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As transformações sócio-econômicas dos últimos 20 anos têm afetado


profundamente o comportamento de empresas até então acostumadas à pura e exclusiva
maximização do lucro. Se por um lado o setor privado tem cada vez mais lugar de
destaque na criação de riqueza; por outro lado, é bem sabido que com grande poder,
vem grande responsabilidade. Em função da capacidade criativa já existente, e dos
recursos financeiros e humanos já disponíveis, empresas têm uma intrínseca
responsabilidade social.

A idéia de responsabilidade social incorporada aos negócios é. Portanto,


relativamente recente. Com o surgimento de novas demandas e maior pressão por
transparência nos negócios, empresas se vêem forçadas a adotar uma postura mais
responsável em suas ações.

Infelizmente, muitos ainda confundem o conceito com filantropia, mas as razões


por trás desse paradigma não interessam somente ao bem estar social, mas também
envolvem melhor desempenho nos negócios e, conseqüentemente, maior lucratividade.
A busca da responsabilidade social corporativa tem, grosso modo, as seguintes
características:

-c r . Empresas não devem satisfações apenas aos seus acionistas. Muito
pelo contrário. O mercado deve agora prestar contas aos funcionários, à mídia,
ao governo, ao setor não-governamental e ambiental e, por fim, às comunidades
com que opera. Empresas só têm a ganhar na inclusão de novos parceiros sociais
em seus processos decisórios. Um diálogo mais participativo não apenas
representa uma mudança de comportamento da empresa, mas também significa
maior legitimidade social.

-c r  
  . A responsabilidade social nos negócios é um conceito que se
aplica a toda a cadeia produtiva. Não somente o produto final deve ser avaliado
por fatores ambientais ou sociais, mas o conceito é de interesse comum e,
portanto, deve ser difundido ao longo de todo e qualquer processo produtivo.
Assim como consumidores, empresas também são responsáveis por seus
fornecedores e devem fazer valer seus códigos de ética aos produtos e serviços
usados ao longo de seus processos produtivos.

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-c r   . Responsabilidade social anda de mãos dadas com o conceito de


desenvolvimento sustentável. Uma atitude responsável em relação ao ambiente e
à sociedade, não só garante a não escassez de recursos, mas também amplia o
conceito a uma escala mais ampla. O desenvolvimento sustentável não só se
refere ao ambiente, mas por via do fortalecimento de parcerias duráveis,
promove a imagem da empresa como um todo e por fim leva ao crescimento
orientado. Uma postura sustentável é por natureza preventiva e possibilita a
prevenção de riscos futuros, como impactos ambientais ou processos judiciais.

-c r   . A globalização traz consigo demandas por transparência. Não


mais nos bastam mais os livros contábeis. Empresas são gradualmente obrigadas
a divulgar sua performance social e ambiental, os impactos de suas atividades e
as medidas tomadas para prevenção ou compensação de acidentes. Nesse
sentido, empresas serão obrigadas a publicar relatórios anuais, onde sua
performance é aferida nas mais diferentes modalidades possíveis. Muitas
empresas já o fazem em caráter voluntário, mas muitos prevêem que relatórios
sócio-ambientais serão compulsórios num futuro próximo.

Muito do debate sobre a responsabilidade social empresarial já foi desenvolvido


mundo afora, mas o Brasil tem dado passos largos no sentido da profissionalização do
setor e da busca por estratégias de inclusão social através do setor privado.

 


O modelo de certificar empresas através da realização de auditorias por


renomadas entidades independentes está sendo reconhecido pelo mercado como eficaz.
Mais de 500.000 empresas em todo o mundo tiveram seus sistemas de qualidade
auditados e reconhecidos, provando para seus clientes que essas empresas dão
prioridade ao aspecto da qualidade.

Empresas de classe mundial como AVON, KPMG, SGS, TOYS R US,


organizações não governamentais (ONGs), sindicatos, entidades de classe, resolveram
elaborar uma norma relativa às condições de trabalho. Uma entidade norte-americana, a
CEPAA coordenou as atividades. Esta entidade agora chama-se Social Accountability
International ± SAI (www.sa-intl.org). O Brasil foi representado pela ABRINQ,

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entidade ligada aos fabricantes de brinquedos, que tem desenvolvido uma ação contra o
trabalho infantil. Assim foi lançada a norma SA 8000, que ainda é uma norma de uma
entidade, mas que no futuro tenderá a se tornar uma norma internacional, como as
demais normas ISSO.

A SA 8000 foi feita baseando-se nas normas da Organização Internacional do


Trabalho (OIT), na Declaração Universal dos Direitos Humanos e na Declaração
Universal dos Direitos da Criança da ONU. A sua elaboração foi iniciada por ocasião do
50º aniversário da Declaração dos Direitos Humanos da ONU. A norma segue o modelo
das normas ISO 9000 e 14000, o que facilita a sua implantação por empresas que já
conhecem esse sistema, normalmente as maiores e melhores empresas do mundo.

Esta norma vem atender a uma necessidade de consumidores mais esclarecidos que se
preocupam com a forma como os produtos são produzidos, e não apenas com a sua
qualidade. A vantagem de Ter uma norma de padrão internacional é que há uma
padronização dos termos, uma consistência nos processos de auditorias, um mecanismo
para melhoria contínua através da participação dos órgãos e entidades, além de um
envolvimento de todas as partes interessadas. Para aumentar a credibilidade do
programa à norma exige que os funcionários da empresa elejam um representante que
vai acompanhar a sua implantação, o que não acontece hoje com as normas ISO 9000 e
14000.

As organizações interessadas em comprovar o atendimento aos requisitos da


norma são submetidas a auditorias por técnicos especializados de renomadas entidades
independentes. O certificado só é concedido àquelas organizações que cumprem
totalmente os requisitos da norma. Os requisitos da norma envolvem os seguintes
aspectos: trabalho infantil, trabalho forçado, segurança e saúde no trabalho, liberdade de
associação e direitos coletivos, discriminação (sexual, raça, política, nacionalidade, etc),
práticas disciplinares, remuneração, e carga horária de trabalho.

Através da implantação da SA 8000 a empresa demonstra que está preocupada com a


responsabilidade social com relação a seus empregados. Antes de divulgar para o
público externo a preocupação com a responsabilidade social a empresa deve primeiro
garantir que está praticando esses princípios dentro de casa. Ultimamente temos visto
uma preocupação das empresas em demonstrar o seu compromisso social. Para isso foi

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criado o termo Marketing Social. Mas antes de fazer isso essas empresas deveriam no
mínimo realizar uma auditoria baseando-se nos requisitos da SA 8000 para verificar se a
empresa aplica esses princípios em relação a seus empregados. A certificação do
sistema de responsabilidade social baseado na norma SA 8000 por uma entidade
independente, com reconhecimento internacional, é uma forma de dar credibilidade ao
trabalho da empresa.

A exemplo das normas ISO 9000 e 14000, é necessário o envolvimento da alta


administração, a indicação de um representante da administração para coordenar o
programa, a análise crítica periódica, o planejamento e implementação, o controle de
fornecedores de materiais e serviços, o processo de ação corretiva, a comunicação com
as partes interessadas e a existências de registros.

No mundo todo 182 empresas (dados de dezembro/2002) já implantaram este sistema e


obtiveram a sua certificação por entidades independentes, as mesmas que concedem os
certificados ISO 9000. No Brasil são dezoito certificados: DE NADAI (empresa de
alimentação industrial), CESG (empresa de consultoria), ALCOA/AFL (fornecedora da
indústria automobilística), COSMOTEC (fornecedora de produtos para a indústria de
cosméticos), SANTA ELISA (beneficiamento de cana-de-açúcar), SÉTIMO OFICIO
DE REGISTRO (cartório), AVON (cosméticos), WECKERLE (cosméticos),
OXITENO (petroquímica) ± quatro unidades certificadas -, KANNENBERG (tabaco),
KBH&C (tabaco), ALBRAS (alumínio), COMPANHIA NIQUEL TOCANTINS
(níquel) e MAXXI QUIMICA (fornecedora de produtos para a indústria de cosméticos).
Pesquisa realizada pela QUALITAS no site da SAI identificou que o Brasil é o quarto
país do mundo em número de certificados SA 8000. A China tem 39 certificados, a
Itália 24, a Índia 24 e o Brasil 18. Portanto o Brasil é o país da América com maior
número de certificados e está na frente dos países mais desenvolvidos do mundo.

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