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Mckenzie - outro biblista católico que confirma a tríplice divisão do cânon hebreu é John L.
Mckenzie em seu "Dicionário Bíblico" pág. 141, assegura:
"No Novo Testamento, podemos ver que Jesus e os apóstolos aceitaram uma coleção de livros
sagrados, juntamente com os hebreus. E os títulos por eles usados correspondem à tríplice
divisão dos livros hebraicos."
Em adição, a literatura Rabinica também falou de uma divisão tripla do VT. O Talmud babilônico
(14) de Baba Bathra referi a esta divisão.
Apesar das declarações de Agostinho sobre os apócrifos serem ambíguas (assim como o resto de
sua teologia) ele reconheceu que os judeus não aceitavam esses livros como parte do cânon.
(Cidade de Deus 19.36-38)
Como exemplo ele cita o livro dos Macabeus dizendo que era "tido por canônicos pela Igreja e por
apócrifo para os judeus. A igreja assim pensa por causa dos terríveis e admiráveis sofrimentos
desses mártires..." (ibdem 18.36). É obvio que esse é um critério muito fraco para justificar sua
canonização.
Agostinho não era autoridade em grego ou hebraico como era Jerônimo e por isso foi mais
facilmente levado a crer na autoridade dos apócrifos. Também havia uma crença corrente a
respeito de uma lenda de como a Septuaginta fora traduzida de forma milagrosa por setenta
escribas. Por certo Agostinho acreditava nessa lenda e por isso era relutante em excluir os livros
apócrifos do cânon. Como sua versão era a Antiga Latina que por sua vez fora traduzida da
Septuaginta ele considerava os apócrifos canônicos. Mesmo assim quando um de seus
adversários apelou para o livro apócrifo de II Macabeus, respondeu que sua causa era deveras
fraca se tivesse que recorrer a um livro que não era da mesma categoria daquela que eram
recebidos e aceitos pelos judeus.
Orígenes e Epifanio também testemunharam que os judeus haviam rejeitado certos livros
apócrifos. Orígenes escreveu que os judeus tinham pouca consideração por Judite e Tobias,
nunca aceitando eles como canônicos, e Epifanio declarou que eles haviam rejeitado Eclesiasticos,
Sabedoria, Baruque e a Epístola de Jeremias.
Eusébio citando Orígenes declara: "Em sua exposição do primeiro Salmo ele dá um catálogo dos
livros nas Sagradas Escrituras do Antigo Testamento, da seguinte maneira: "Mas deve-se
observar que os livros canônicos, conforme transmitidos pelos hebreus, são vinte e dois, de
acordo com o número das letras em seu alfabeto". Após algumas outras observações, acrescenta:
"Esses vinte e dois livros, de acordo com os hebreus, são os seguintes: 'Aquele chamado Gênesis,
mas pelos hebreus, de acordo com o início do livro, Bresith, que significa no início. Êxodo,
Walesmoth,' que significa, esses são seus nomes. Levítico, Waikra, e ele chamou. Números,
Anmesphekodlim. Deuteronômio, Elle haddabarim, ou seja, essas são as palavras. Jesus, filho de
Nave, em hebraico, Josué hen Num. Juízes e Rute em um livro; com o hebraico que chamam
Sophetim. Dos Reis, o primeiro e o segundo, um livro, com eles chamado Samuel, o escolhido de
Deus. O terceiro e o quarto de Reis, também em um livro com eles, chamados Wahammelech
Dabid2 que significa e rei Davi. O primeiro e o segundo livro de Paralipomena, contido em um
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volume com eles e chamados Dibre Hamaim, que significam as palavras, isto é, os registros dos
dias. O primeiro e o segundo de Esdras, em um, chamados Ezra, isto é, um assistente. O livro de
Salmos, sepher Thehillim. Os Provérbios de Salomão, Misloth, Eclesiastes, Coheleth. O Cântico
dos Cânticos, Sir Hasirim. Isaías, Iesaia. Jeremias, com Lamentações, e sua Epístola, em um,
Jeremiah. Daniel, Daniel. Ezequiel, Jeezkel. Jó, Job. Ester, também com os hebreus, Ester. Além
desses há também Macabeus, que são inscritos Sarbeth sarbane el. Esses, portanto, são os livros
que Orígenes menciona no livro supracitado (Salmos)." (Histórica Eclesiástica - Eusébio de
Cesaréia Livro VI, 25)
Objeções quanto ao cânon judaico
Os apologistas Católicos contestam essas conclusões com respeito à estrutura e número de livros
no cânon em três pontos fundamentais. Primeiramente, eles reclamam que o uso da Septuaginta
por alguns dos Judeus sugere que eles tinham um cânon não fixo. Eles afirmam que embora os
Judeus da palestina fossem mais conservadores, os Judeus de Alexandria não eram e possuiam
um cânon mais largo que incluia os apocrifos. Dizem que pelo fato da septuaginta ter originado
em Alexandria incluindo os apócrifos e foi a Bíblia comumente utilizada por Jesus e os escritores
neotestamentario, eles devem ter citado estes livros também. Um outro argumento usado
largamente por eles é o Conselho de Jamnia, composto de anciões judaicos depois da queda de
Jerusalem em 70 A.D.. Alí, dizem eles, foi estabelecido a condição canonica do VT. Com isso eles
querem provar que o cânon palestinense não era fechado ou fixo até então. E por último os
católicos alegam que os essênios usavam um cânon mais extenso que o palestinense. Iremos
logo abaixo responder cada uma dessas objeções.
O maior problema com a teoria do cânon Alexandrino é que não há nenhuma lista ou coleções de
livros ou testemunhas para nos dizer quais livros compunham de fato esse cânon. Ninguém sabe
quais livros foram incluídos de fato na Septuaginta. Nada sabemos desta tradução antes da era
cristã. O manuscrito mais antigo que trazem os apócrifos data do 4º século d.C. Outro problema
com a teoria do cânon Alexandrino é que isto não prova de maneira conclusiva que os judeus
Alexandrinos ou os outros judeus da dispersão adotaram um em detrimento do outro. Além disso,
não há provas concretas de dois cânones diferentes sendo usados pelos judeus. Não há de se
supor que os judeus alexandrinos não tinham por canônicos somente os 22 ou 24 livros usados
pelos judeus palestinenses. Apesar de haver diferenças entre a cultura do judeu helenístico e o da
palestina, não há nada que prova que essa diferença afetou o cânon. Tanto é que nem Josefo ou
Filo, sendo judeus helenistas que falavam o grego e, portanto tiveram contato com a
Septuaginta, citaram os livros apócrifos apesar de terem citado os 22 livros canônicos do
judaísmo tradicional.
O Conselho de Jamnia
Freqüentemente os livros católicos levanta a objeção de que o Concilio de Jamnia decidiu a
fixação do cânon hebraico. Conseqüentemente, antes desse Concílio o cânon judaico ainda estava
aberto. Historicamente, havia alguns poucos livros que foi o centro de debate dentro do
judaísmo. Eram Ezequiel, Provérbios, Eclesiastes, Cantares e Ester. Mas não se segue que porque
havia debates em torno deles, que não faziam parte do cânon judaico, estando o cânon ainda
aberto. A questão não girava em torno se estes livros deveriam entrar no cânon ou não, mas se
eles deveriam permanecer canônicos. Nunca houve qualquer menção sobre acrescentar livros ao
cânon, principalmente os apócrifos.
Aliás, ressalta-se que o termo Sínodo ou Concílio é inapropriado. A academia de Jamnia,
estabelecida pelo rabino Johanan ben Zakkai antes da queda de Jerusalém em 70 d.C., era ao
mesmo tempo uma universidade e um centro legislativo.
No que diz respeito aos livros disputados, a discussão foi confinada à pergunta se Eclesiastes e
Cantares (ou possivelmente só Eclesiastes) eram inspirados.
A decisão tomada por aqueles rabinos não foi considerada de grande importância, pois algumas
vozes discordantes continuou a ecoar por todo o século II.
Eles não mudaram em nada a condição canônica daqueles livros ou de quaisquer outros. Não foi
introduzida nenhuma inovação, permanecendo a tradição judaica sobre o cânon amesma de
sempre. Prova disso é a tradução de Áquila (O VT do hebraico para o grego) feita muito tempo
depois, incluindo estes cinco livros debatidos e não aceitando nenhum dos apócrifos.
A teoria que afirma que o cânon foi fechado em Jamnia é insustentável pois nenhum dos
apócrifos foi sequer mencionado.
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Porque esses livros haviam sido rejeitados?
Alguns questionaram-nos por diversos motivos:
Cantares: Alguns achavam este livro sensual demais;
Éster: A objeção era a ausência do nome de Deus, por isso alguns questionavam sua inspiração;
Ezequiel: alguns estudiosos hebreus achavam que ele não condizia com a lei mosaica que era
praticamente um padrão para aferir a inspiração e conseqüentemente sua canonicidade;
Provérbios: A objeção contra esse livro partia do fato de parecer contraditório (ex, Pv. 26.4,5)
Os Essênios
Os Essênios foi uma corrente judaica que havia se separado do judaísmo tradicional. Os escritos,
conhecidos como rolos do mar morto, desse povo foram descobertos nas cavernas de Qumran
perto do mar morto. Eles pareciam provar que havia uma categoria mais longa de livros que os
vinte e dois ou vinte e quatro do cânon judaico tradicional, sugerindo para alguns que o cânon
não havia sido fechado entre os judeus da Palestina. As descobertas dos rolos do mar morto
demonstram que havia muitas outras literaturas religiosas junto com os 22 livros canônicos dos
judeus. Entretanto, isto não prova que eles aprovavam um cânon mais extenso. É certo que os
essênios produziram uma considerável quantidade de escritos pseudepígrafos apocalíptico, mas
eles não consideravam esses livros inspirados. Eles foram estimados como interpretações
autorizadas dos livros canônicos, mas nunca foram tomados como Escrituras Sagradas. A obra
pseudepígrafo Jubileu cita o número exato do cânon palestinense, isto é, 22 os mesmos
atestados posteriormente por Filo, Josefo e Jerônimo. Isto prova que os essênios tinham o
mesmo cânon que os judeus tradicionais. Apesar de haver discordâncias quanto a interpretação
no judaísmo, não havia, entretanto discordância quanto ao cânon. Essênios, Fariseus e Saduceus
parecem estar de acordo quanto a isso.
O NT cita os apócrifos?
Alguns objetam dizendo que há muitas referências feitas pelos escritores do NT aos apócrifos, e,
portanto, nós não podemos assegurar que Jesus de fato aceitava o cânon palestinense. As provas
oferecidas para isto geralmente são as citações listadas pela edição do NT grego Nestle-aland que
inclui um apêndice de supostas referências e alusões aos apócrifos e pseudepígrafos no NT.
Entretanto, a ilegitimidade deste apêndice torna-se patente quando algumas destas alusões são
examinadas. Por Exemplo, alega-se que a referencia de Mateus 4:4 é uma alusão ao livro
apócrifo Sabedoria de Salomão 16:26, mas isto nada mais é que uma clara citação direta de
Deuteronômio 8:3. Também é dito que Mateus 4:15 é uma alusão a 1 Macabeus 5:15, mas o
verso é uma citação direta de Isaias 9:1. Dizem que Hebreus 11:35 é uma alusão a II Macabeus
7.12, mas parece ser mais uma referência a I Reis 17.22. Quanto aos pseudepígrafos as únicas
alusões certas é o Livro de Enoque 1.9 em Judas 14.
O que acontece é que tais alusões que parece ser uma citação direta é na verdade apenas
semelhanças.
É embaraçoso os católicos romanos lidar com o fato de que não há prova alguma de Jesus ou os
escritores do NT citando os apócrifos. Dificilmente essa omissão poderia ser acidental se eles
considerassem tais livros canônicos. Também acrescenta-se que seria muito estranho eles
citarem obras apócrifas ou pseudepígrafas tais como Assunção de Moisés e o Livro de Enoque
(Judas 7,14), e deixarem de citar nominalmente 14 ou 15 livros encontrados na Septuaginta
supostamente considerados canônicos.
Seria este um argumento do silêncio?
Os católicos rebatem a essa resposta alegando que isto é um argumento do silêncio. Alguns
refutam a omissão dos apócrifos dizendo que nós poderíamos usar o mesmo critério de avaliação
quanto a alguns livros do VT que não foram citados no NT tais como Juizes, Crônicas, Ester,
Cantares. Eles também não poderiam fazer parte do cânon visto por este prisma, dizem eles.
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Mas este argumento não procede porque não há paralelo real entre a falta de alusão a livros que
certamente são canônicos e a falta de alusão aos apócrifos. Como nós temos visto, o cânon do VT
já estava bem estabelecido na época de Jesus. O próprio Jesus menciona sua tripla divisão e
Josefo nos conta que aquelas três divisões perfaziam 22 livros, número este confirmado por
muitas outras fontes históricas. Além disso, não há absolutamente nenhuma evidência que
qualquer dos escritos apócrifos foi alguma vez aceito como canônicos pelos Judeus. Alguns dos
livros apócrifos eliminam eles mesmos da condição de canônicos como Eclesiástico e I Macabeus.
Os pais da Igreja primitiva afirmavam que os judeus não aceitavam os apócrifos como canônicos.
Assim, a falta de alusão para alguns livros do VT não tem o mesmo peso quanto a mesma falta
de alusão aos apócrifos católicos pelo fato de estes livros já fazerem parte do cânon judaico sob
as categorias gerais de Leis, Profetas e escritos que totalizavam 22 livros apenas. Paulo nos
informa que aos judeus foram confiados os "oráculos de Deus". O fato dos judeus terem rejeitado
a Jesus não minimiza o fato de eles serem os guardiões do cânon.
Traduzido e adpatado pela equipe editorial do CACP.
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