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Rio de Janeiro/ RJ
ÍNDICE
PREÂMBULO. 4
CAPÍTULO I 6
A HISTÓRIA DO ADVENTISMO 6
CAPÍTULO II 7
A RESPEITO DO SÁBADO 7
2.1. Considerações Preliminares 7
2.2. O Sábado no Novo Testamento?! 9
2.3. O Sábado e os Gálatas 12
2.4. O Sábado e os Colossenses 13
2.5. O Sábado e os Coríntios. 15
2.6. O Sábado e os Romanos 18
2.7. O Sábado: Moral ou Cerimonial? 18
2.8. O Sábado e o Dia do Senhor 19
2.9. Constantino e o Sábado 20
2.10. O Sábado na Eternidade 20
2.11. Que Pensam do Sábado os Sabatistas? 20
CAPÍTULO III 21
O CARDÁPIO ADVENTISTA 21
CAPÍTULO IV 29
SOBRE O ALÉM-TÚMULO 29
4.1. Que Diz a Bíblia 29
4.1.1. Filipenses 1.21-26 29
4.1.2. II Coríntios 5.1-8 30
4.1.3. II Coríntios 12. 2-8. 32
4.1.4. Lucas 23.43 33
4.2. O Adventismo Recita Seus Textos Prediletos 33
4.2.1. II Timóteo 4.8 33
4.2.2. I Coríntios 15.18 34
4.2.3.Entendendo Eclesiastes 3.18-19 34
CAPÍTULO V 34
CADEIA CIRCUNSTANCIAL?! 34
5.1. O Arrebatamento da Igreja e a Grande Tribulação 36
5. 2. A Manifestação de Jesus em Glória e o Armagedom. 36
5. 3. O Juízo das Nações. 37
5.4. O Milênio. 37
5. 5. O Juízo Final. 37
5.6. A Purificação do Universo. 37
5. 7. Eterno Estado de Felicidade 39
CAPÍTULO VI 39
O ADVENTISMO NEGA O INFERNO BÍBLICO 39
CAPÍTULO VII 40
A RESPEITO DO SANTUÁRIO CELESTIAL 40
CAPÍTULO VIII 46
AS CONTRADIÇÕES DE ELLEN WHITE 46
8.1. Contra a Política ou a Favor Dela? 46
8.2. Os Dons de Curar Cessaram ou Continuam? 46
CAPÍTULO IX 47
O ADVENTISMO DO 7º DIA É SEITA? 47
9.1. O Adventismo Tropeça na Bíblia 47
9.2 O Adventismo Tropeça em Cristo 48
9.2.1.Diz que Jesus é Miguel 48
9.2.2. Jesus Era Pecador Por Natureza?! 51
9.3. O Adventismo é Exclusivista, Proselitista e Sorrateiro 52
9.3.1. Exclusivista 52
9.3.2. Proselitista 52
9.3.3. Sorrateiro 53
9.4) O Adventismo é Hipócrita e Sofismático 55
9.5. O Adventismo Profana e Subestima o Sangue de Jesus. 55
EPÍLOGO 56
NOTAS 58
BIBLIOGRAFiA 58
I. Obras Evangélicas 58
II. Livros do Adventismo 59
OUTRAS OBRAS DO AUTOR (livros e apostilas) 59
PREÂMBULO.
M uitas das heresias pregadas pelos adventistas, são heresias com “h” minúsculo, isto é, infantilidades
espirituais pequenas demais para desqualificá-los como cristãos. A guarda do sábado semanal e a
observância do cardápio judaico (se não fossem apresentadas como condição imprescindível à salvação); a
negação do castigo eterno para o diabo, seus anjos e os homens perdidos; a chamada “prisão circunstancial”
para Satanás; o chamado “sono da alma”; a afirmação de que o milênio será no Céu e outras mais desse
nível, são erros que, não obstante, podem ser tolerados. Afinal de contas, quem não erra? Qual é a igreja
evangélica que não comete alguns desvios doutrinários? Ninguém acerta tudo. Por este motivo, durante
muitos anos este autor considerou os adventistas como evangélicos. A resposta que dávamos aos que nos
consultavam sobre este assunto era que o Adventismo seria uma igreja evangélica mal doutrinada. Isto se
deu porque não queríamos emitir juízo temerário; temíamos atuar como “juízes” de pequenas causas. E, pior
ainda, não fazer justiça nesse julgamento. Pensávamos que o Adventismo, apesar dos seus desvios, não
chegava a negar os pilares da fé cristã. Assim pensávamos porque, em diálogos com amigos adventistas,
detectamos que eles não negam a triunidade de Deus; o nascimento virginal de Jesus e a dualidade de
natureza (divina e humana simultaneamente; inseparáveis, porém distintas) na Sua Pessoa; a pessoalidade e
divindade do Espírito Santo; a inspiração verbal e plena das Escrituras Sagradas - a Bíblia; a pecaminosidade
do homem; a morte de Cristo na cruz e Sua ressurreição dentre os mortos; a segunda vinda de Cristo; o
arrebatamento da Igreja e outros pontos relevantes. Qual não foi, portanto, a nossa surpresa, quando,
enquanto pesquisávamos mais sobre este segmento religioso, descobrimos que o Adventismo do Sétimo Dia,
longe de falhar somente em questões periféricas (ou banais) do Cristianismo, nega pontos cardeais (ou
fundamentais) da fé que, de uma vez por todas, foi entregue aos santos (Jd 3). Altruisticamente, pois,
elaboramos estas linhas, com os seguintes objetivos: Glorificar a Deus, edificar a Igreja (qualitativamente) e
bradar às vítimas dos engodos religiosos que constituem o Adventismo, os quais, por sua vez, o caracterizam
como seita. Certamente este brado despertará a muitos dormentes, o que contribuirá para a edificação
quantitativa da Igreja do Senhor Jesus.
Não confunda Adventismo com adventistas. Este autor desdenha o Adventismo, não os adventistas,
que, geralmente são pessoas amáveis, dignas de respeito. Esta informação é importantíssima, visto não serem
poucos os adventistas que se melindram, e, irados, arremetem com ímpeto contra os que ousam ponderar
suas crenças. Tenho recebido diversos e-mails desaforados, vindos de adventistas revoltados, que me
agridem moralmente, tachando-me de demente, hipócrita, odioso etc. E tudo isso só porque refuto suas
doutrinas e advirto aos meus irmãos em Cristo, principalmente os Pastores, quanto ao dissimulado
proselitismo que os adventistas fazem junto às igrejas evangélicas, visando nos conquistar para as suas
fileiras. Eles o fazem com boas intenções, pois nada mais querem que nos tirar do que chamam de igrejas
falsas, hipócritas, babilônias etc. Mas, como de pessoas bem intencionadas, o inferno já está cheio, convém
que não cochilemos. Olhemos, pois, por nós mesmos e pelo rebanho sobre o qual o Espírito Santo nos
constituiu Bispos, para que as ovelhas que o Sumo Pastor nos confiou permaneçam sob o Cajado que Ele pôs
na nossa mão (At 20. 28). Livremo-las dos lobos, ursos e leões (1Sm 17. 34-36a; Mt 7.15). Longe de
fugirmos à luta, encaremos os lobos e socorramos as ovelhas do Amo (Jo 10. 12). Levemo-las às águas
tranqüilas e aos pastos verdejantes da sã doutrina (Sl 23), e lutemos para que não comam “parra brava” (2Rs
4. 39-40). Demos “farinha” (2Rs 4. 41 [a Palavra de Deus bem explicada]) aos que já se intoxicaram com a
parra brava do Adventismo (2Rs 4. 41).
Já informei que não raro os adventistas se melindram ante nossas refutações às suas crenças; mas, como
o leitor daqui a pouco verá, os itens 6, 7, 8 e 12, da lista abaixo, não deixam dúvida alguma de que eles
também tentam provar que as igrejas evangélicas são falsas. Ora, ao réu deve-se, com justiça, o direito de
defesa. E é através destas linhas que elevo a minha voz em defesa das inverdades que renomados adventistas
têm proferido contra as igrejas evangélicas, tachando-as de falsas. Mas, como é impossível se defender de
uma acusação falsa, sem refutar a mentira, qualificando-a como tal, este livro não é apenas defensivo, mas
também ofensivo. À verdade esposada pela fé evangélica, minhas apologias; e à frágil base sobre a qual o
Adventismo se apóia para nos tachar de igrejas falsas, minhas refutações.
O leitor verá que o Adventismo, embora tenha muitos pontos em comum com os evangélicos,
simultaneamente nega não poucos pilares da genuína fé cristã, portando, entre outros, os seguintes desvios:
1) Prega que os pecados dos cristãos, embora já estejam perdoados, ainda não estão cancelados;
2) Prega que Jesus está, desde 1844, purificando o Santuário Celestial;
3) Prega que a Bíblia não é a única regra de fé e prática do Cristão. Aliás, para que o dito fique pelo
não-dito, o Adventismo prega, paralelamente, que a Bíblia é a única regra de fé do cristão;
4) Prega que Jesus é o arcanjo Miguel;
e) Prega que a observância do domingo será o sinal da Besta;
5) Prega que a inobservância do sábado semanal é motivo de perdição;
6) Prega que os que não se abstêm de café, coca-cola, presunto, mortadela, salame, camarão, lagosta,
carne de porco... estão perdidos; Aliás, Ellen White, a papisa desse movimento, proibiu todo e
qualquer tipo de carne, sob a alegação de que o fazia por ordem divina;
7) Não considera os evangélicos como aliados, mas sim, como um Campo Missionário, no qual
investe com afinco e muito tato, empreendendo nos conquistar para o Adventismo;
8) Prega que os pastores evangélicos reproduzem mensagem de Satanás;
9) Prega o chamado “sono da alma”;
10) Nega a imortalidade da alma;
11) Nega o tormento eterno para o diabo, os demônios e os homens que se perderem;
12) Prega que só a Igreja Adventista do Sétimo Dia, a única que tem a verdade, é a verdadeira Igreja,
a única Esposa do Cordeiro, qualificando como falsas todas as demais igrejas;
13) Prega que Jesus Cristo era portador da natureza pecaminosa, mais conhecida por pecado
original, comum a todos os descendentes de Adão;
14) Na profissão de fé consta que o candidato ao batismo confesse que crê no “espírito de profecia”,
isto é, na inspiração divina dos escritos de Ellen White, escritos estes considerados como sendo tão
inspirados por Deus quanto a Bíblia;
15) Prega que os pecados dos verdadeiros cristãos serão castigados e expiados na pessoa do diabo,
etc.
A revista Adventista de junho de 2002, afirma à página 8 que “eruditos evangélicos reconhecem a Igreja
Adventista do Sétimo Dia como uma denominação genuinamente cristã”. Infelizmente isso é verdade. Essa
era também a infeliz opinião do autor destas linhas. Tal se dá porque o Adventismo é tão sutil que consegue
enganar até peritos bíblicos. Este autor, porém, já se libertou desse engano. Oxalá o caro leitor não seja a
próxima vítima. E, se você já é uma vítima desse movimento espúrio, que se liberte em nome de Jesus.
Se conseguirmos provar que a exposição acima não é calúnia, ficará claro que o Adventismo não é
cristão. E é isto que empreendemos demonstrar nesta obra.
Não duvidamos que o prezado e respeitável leitor esteja suspeitando da possibilidade de provarmos o que
dissemos acima. Todavia, esteja certo que podemos sim, provar que não estamos caluniando. É razoável
concluirmos que ninguém ousaria fazer tão graves denúncias sem estar devidamente documentado. Atente
para o fato de que nossas denúncias são facilmente verificáveis, pois informamos nossas fontes, indicando os
nomes das obras literárias das quais fazemos as transcrições, bem como suas páginas, editoras e suas
respectivas datas de edição. Além disso, sabemos que calúnia é crime e dá cadeia e outras punições. Logo, se
não temêssemos a Deus, temeríamos pelo menos a justiça dos homens.
Este autor não aborda neste livro todos os argumentos que os adventistas apresentam no intuito de
defenderem suas heresias. Por este motivo sugerimos que os nossos leitores consultem as obras evangélicas
constantes da BIBLIOGRAFIA
Há várias ramificações no Adventismo, mas nesta obra só consideramos o Adventismo do Sétimo Dia.
CAPÍTULO I
A HISTÓRIA DO ADVENTISMO
O Adventismo do Sétimo Dia nasceu assim: No início do século XIX, um batista chamado William
Miller, em Nova Iorque, Estados Unidos, “baseando-se” em Dn. 8:13,14, proclamou que Cristo voltaria à
Terra em 1843. Diante do fracasso, Miller efetuou novos cálculos e concluiu que havia cometido um
pequeno equívoco, e a nova data prevista para a vinda de Cristo à Terra, seria o dia 21/03/1844. Diante do
novo fracasso, a próxima data foi o dia 22 de outubro daquele mesmo ano. Ao sofrer mais essa decepção,
Miller reconheceu que estava equivocado e, arrependido, voltou à sua igreja, onde permaneceu fiel ao
Senhor até à sua morte, aos 67 anos de idade, em 20/12/1849.
Quando as três previsões de Miller falharam e ele reconheceu seu erro publicamente, os seus cem mil
adeptos se debandaram quase todos. Porém, alguns se uniram e, em 28 de setembro de 1860 organizaram a
“igreja” que hoje se conhece pelo nome de Igreja Adventista do Sétimo Dia.
Devido a esse vergonhoso passado, os adventistas, como que desconfiados, disseram: “Somos
Adventistas do Sétimo Dia. Envergonhamo-nos, acaso, de nosso nome? Respondemos: Não! Não! Não nos
envergonhamos” (Administração da Igreja, página 26, CPB). Ora, ora, não estamos perguntando nada.
Desse movimento Millerista nasceram outros grupos religiosos: Igreja Adventista da Promessa, Igreja
Adventista do 7º Dia (Movimento de Reforma), Igreja Adventista do Sétimo Dia (Movimento de Completa
Reforma), Igreja Adventista do Sétimo Dia Remanescente etc. Não é exorbitante afirmar que a seita
Testemunhas de Jeová também nasceu do movimento Millerista, visto que Russell, após romper com a Igreja
Presbiteriana (onde nascera) e ir para a Igreja Congregacional, emigrou-se para a Igreja Cristã do Advento
(uma das ramificações do Movimento Millerista), de onde também saiu para fundar a sua própria religião.
Três pessoas tiveram papéis importantes na formação dessa nova “igreja”: Hiran Edson, segundo o qual
Miller errara quanto ao local da vinda de Cristo, não quanto à data, afirmou que naquele ano (1844) iniciara
a purificação do Santuário Celestial (o que refutaremos no sétimo capítulo); Joseph Bates, ardoroso defensor
da guarda do sábado; e a famosa Ellen White que, dizendo-se possuidora do dom de profecia, apoiou Hiram
Edson e Joseph Bates, com suas “profecias e visões sobrenaturais”, por cujo motivo os adventistas crêem até
hoje que os livros dessa visionária são tão inspirados quanto a Bíblia, como veremos em 9.1.
CAPÍTULO II
A RESPEITO DO SÁBADO
CAPÍTULO III
O CARDÁPIO ADVENTISTA
Neste capítulo pretendo provar, que embora saibamos que antes da entrada do pecado no mundo, ao
homem foi dada a ordem de se alimentar só de vegetais: “... Eis que vos tenho dado todas as ervas que
produzem semente, as quais se acham sobre a face de toda a terra, bem como todas as árvores em que há
fruto que dê semente: ser-vos-ão para mantimento” (Gn 1.29), mais tarde o próprio Deus deu a seguinte
contra-ordem: “Tudo quanto se move e vive vos servirá de mantimento...” (Gn 9.3a). Este novo mandamento
era para Noé e sua família (Esposa, filhos, noras, netos, etc.). Logo, Noé e seus descendentes não tinham por
que observar nenhuma restrição alimentar quanto ao consumo de carne, pelo menos até que Deus ditasse o
que consta de Lv 11 e outros textos correlatos. Além disso, há aqui outros pontos dignos de nossa atenção.
Vejamo-los:
1ª) estes textos (refiro-me a Lv 11 e demais textos correlatos que estabelecem o cardápio dos judeus) não era
um retorno a Gn 1. 29, já que este texto proibia o consumo de todas as carnes, enquanto aquele (refiro-me a
Lv 11) só proibia algumas carnes;
2ª) era uma ordem dada aos judeus, milênios após a criação do homem, a saber, quando a Lei veio, muitos
séculos após Abraão (Gl 3.17). E, sendo assim, os demais descendentes de Noé (no caso, as outras nações)
não estavam sujeitos a isso.
3ª) uma das muitas provas bíblicas de que algumas das restrições feitas aos judeus, não eram extensivas aos
outros povos, é o que consta de Dt 14. 21, que diz: “Não comerás nenhum animal que tenha morrido por si;
ao peregrino que está dentro das tuas portas o darás a comer, ou o venderás ao estrangeiro...” (Grifo
nosso). Aqui Deus proíbe os judeus de comerem um animal que não tenha sido morto pelo homem, mas os
manda doá-lo ao peregrino ou vendê-lo a um estrangeiro. Estaria Deus autorizando os judeus a induzir os
estrangeiros ao pecado? De modo nenhum. Este caso é similar ao dos nazireus que, como todos os que
estudam a Bíblia sabem, não podiam comer uvas: (...”nem uvas secas ou frescas comerá” [ Nm 6: 3b]). Esta
proibição não era nem para todos os israelitas, mas apenas para aqueles que, dentre os judeus, fizessem o
voto de nazireu, e enquanto o dito voto durasse. Logo, alguns mandamentos eram só para os judeus. E, como
se não bastasse, havia alguns mandamentos que eram só para alguns dos judeus;
4ª) ninguém deve estranhar o fato de o imutável Deus estabelecer para Adão uma dieta à base de vegetais;
depois, mandar Noé comer todas as carnes; posteriormente, proibir algumas carnes aos judeus; e, atualmente,
voltar a nos dizer o mesmo que dissera a Noé: “Tudo quanto se move e vive vos servirá de mantimento... ”
como o veremos abaixo. Sim, pois o Deus da Bíblia é assim mesmo. Só os que ignoram que há várias
Dispensações, bem como diversos Pactos (com Adão, com Noé, com Abraão, com os judeus, com Davi e
com a Igreja), se surpreendem com isso. Sim, conforme Deus firma com o homem um Novo Pacto, coisas
que haviam sido proibidas antes, podem ser liberadas e vice-versa. Veja os exemplos abaixo:
· Deus proibiu matar Caim (Gn 4:15), mas mandou Noé executar os assassinos (9:6). Isto significa
que se Caim fosse contemporâneo de Noé, a lei de talião lhe teria sido aplicada por ordem divina;
· Jacó casou com a sua cunhada (Gn 29: 21-31), mas aos judeu isso foi proibido (Lv 18:18);
● Abraão, Jacó e tantos outros servos de Deus, que viveram antes e
durante a vigência do Antigo Testamento, além de serem bígamos e
polígamos, se relacionavam sexualmente com suas criadas (Gn 16:4;
29:32 - 30:24). Hoje, porém, não se proíbe apenas o concubinato, mas se
estabelece como Lei, sob pena de condenação eterna, a monogamia. Por
que Deus permitiu no Antigo Testamento algumas coisas que Ele não
permite hoje? Não posso tratar deste assunto aqui, pois, o mesmo foge
ao escopo deste livro. Por ora quero apenas observar que a nossa
responsabilidade e obrigações diante de Deus mudam de uma
Dispensação para outra. Ademais, por razões não reveladas, Deus nunca
proibiu o homem de fazer todas as coisas erradas. Até hoje, algumas
coisas erradas são toleradas. Só para citar um exemplo, Deus nunca
proibiu os seus servos de terem escravos. Abraão, Jacó, e outros servos
do Senhor, os tiveram (Gn 22.3; 32.5). O Novo Testamento exige que os
senhores sejam humanos para com seus escravos (Ef 6.9), o que implica
em permissão para tê-los. Ora, todo o mundo sabe que a escravidão não
é boa coisa. Por mais que o amo seja humano, ser amo é ser desumano.
Isto significa que aquele crente que paga um salário miserável aos seus
empregados, embora esteja errado, e precise mudar quanto a isso, não
podemos tachá-lo de filho do diabo por isso, já que se ele pode até
possuir escravos, remunerar mal as mãos-de-obra a seu serviço seria dos
males o menor. Logo, Deus ainda nos tolera até hoje.
· havia fervorosos servos de Deus (Abel, Enoque, Noé ... ) antes de Abraão, mas só a partir deste
patriarca que a circuncisão entrou em vigor (Gn 17: 9 – 27). Ademais, a Melquisedeque e a outros
servos de Deus contemporâneos de Abraão, não encontramos Deus dando a mesma ordem. A
circuncisão era só para Abraão, seus descendentes e os seus servos (Gn 17:27). Abraão era, portanto,
do Novo Testamento. Sim, em relação ao Pacto de Deus com Noé, Abraão viveu uma espécie de
Novo Testamento, tendo, pois, um dever que os que o precederam _Abel, Sete, Enoque, Noé..._ não
tinham: a circuncisão. Aliás, até mesmo alguns de seus contemporâneos, como, por exemplo,
Melquisedeque e os seus súditos, estavam sob outra Aliança;
· dissemos e provamos que Abraão era de um Novo Testamento. E o mesmo podemos dizer de
Moisés e seus liderados. Estes também receberam mandamentos que nenhum servo de Deus havia
recebido antes. A nenhum de Seus servos que viveram antes do êxodo de Israel do Egito, mandou
Deus observar o Ano Sabático, o Jubileu, o Dia da Expiação, etc. Logo, Moisés e os demais que com
ele saíram do Egito também viveram numa espécie de Novo Testamento. De certo modo, Moisés
também podia dizer: “Abrão era do Velho Testamento”.
Dividir a Lei em moral, sanitária, cerimonial, etc., não é errado, desde que o façamos com conhecimento
de causa e para fins de estudo, e não para ludibriar os incautos por intermédio desse “malabarismo”.
Informemos que este recurso é humano e não divino.
Mesmo sendo a dieta judaica da qual trata Lv. 11, uma Lei sanitária, o certo é que os cristãos não estão
sujeitos a esse cardápio, pois Rm 14.1-3 diz claramente que estamos livres para comermos de tudo, e que
aquele que acha que o cristão deve comer só legumes, é fraco. Na Versão Revisada, Rm 14.2 está traduzido
assim: “Um crê que de tudo se pode comer, e o que é fraco, come só legumes” (Grifo nosso). Medita
também, ó leitor, em I Tm 4.1-5 e em I Co. 10.25 que respectivamente dizem:
a)“Mas o Espírito expressamente diz que nos últimos tempos apostatarão alguns da fé dando ouvidos a
espíritos enganadores e a doutrinas de demônios, pela hipocrisia de homens que falam mentiras, tendo
cauterizada a sua própria consciência, proibindo o casamento e ordenando a abstinência dos manjares que
Deus criou para os fiéis e para os que conhecem a verdade, a fim de usarem deles com ações de graças;
porque toda criatura de Deus é boa, e não há nada que rejeitar, sendo recebido com ações de graças
porque, pela palavra de Deus e pela oração, é santificada”;
b) “Comei de tudo quanto se vende no açougue sem perguntar nada, por causa da consciência”. (Este
versículo é mais do que um retorno a Gn 9.3a. Trata-se da repetição e manutenção da Lei dada aos gentios
nos dias de Noé. É que aos gentios Deus sempre permitiu o uso de todas as carnes na alimentação. E, quando
nos convertemos ao Senhor, este nos mantém na mesma liberdade quanto a isso, como também, no passado,
o fez a Noé, dizendo-lhe: “Tudo quanto se move e vive vos servirá de mantimento... ”. Ou seja, Deus não
insere no pacote das doutrinas que constituem o Pacto firmado entre Ele e a Igreja, nenhuma novidade
alimentar. E quando o faz, fá-lo apenas por razões éticas, como no caso de At 15. 28-29.
O fato de a Bíblia reprovar a glutonaria (Gl. 5.21), prova que é da vontade de Deus que cuidemos bem
do nosso corpo. Daí os evangélicos absterem da maconha, da embriaguez, da cocaína, do fumo, etc. Mas os
sabatistas extrapolam, proibindo o uso da carne de porco, bagre e outras carnes, conforme prescrito em Lv.
11, e desaconselhando toda e qualquer carne em obediência às recomendações da senhora Ellen White.
Não estamos nos levantando contra o cardápio dos adventistas, mas tão-somente sugerindo que
mostremos aos nossos discipulandos a distinção que há entre o Cristianismo e o menu. E necessário
informarmos a todos que a questão do que se deve ou não comer, não é tema religioso; antes refere-se a
questão de ordem sanitária. É preciso informar que o Novo Testamento não preceitua nenhum cardápio á
Igreja, como já vimos. É importante observarmos que a proibição a comer algumas carnes, consta só do
Antigo Testamento; e que a sugestão à abstinência de toda e qualquer carne não consta em parte alguma da
Bíblia. Sim, exageram os adventistas, quando desaconselham o uso do café e outros alimentos que eles
consideram proibidos por Deus.
Se o cardápio dos adventistas é ou não salutar, é discutível; e que os nutricionistas se dêem ao trabalho
de fazê-lo. Mas adicioná-lo ao corpo de doutrinas da fé cristã, é adulterar o puro leite espiritual (1Pe 2.20).
Uma prova disso é o fato de o apóstolo Paulo, que segundo At. 20.27, anunciou “todo o conselho de Deus”,
não ter registrado estes mandamentos nas suas epístolas.
É corretíssimo lavar as mãos antes das refeições; negligenciar isso pode ser fatal. Mas o Senhor Jesus
Cristo disse que isto não contamina o homem (Mt 15.1-20). À luz das Palavras de Jesus, registrada em Mt.
15.20 afirmamos, sem medo de errar, que a única coisa “grave” que pode ocorrer a um cristão que come sem
lavar as mãos é o apressamento da sua ida para o Paraíso Celestial.
Embora Jesus tenha dito que comer sem lavar as mãos não contamina o homem, ousamos dizer que
contamina sim. E este paradoxo entre nós e Cristo se explica assim: Comer sem lavar as mãos pode
contaminar materialmente, mas nunca espiritualmente. Isto prova que as obrigações do Ministério da Saúde
não foram confiadas à Igreja (embora, como indivíduos, os membros da Igreja possam acatar e recomendar
as orientações deste tão importante órgão).
Os adventistas alegam que é racional concluirmos que Deus quer que tomemos medidas salutares para
com o nosso corpo. E nós concordamos plenamente e acrescentamos que, não obstante, Ele não nos lançará
no Inferno, se não formos extremamente negligentes quanto a isso. Caso contrário Jesus Cristo teria ensinado
heresia, quando sustentou que comer sem lavar as mãos não contamina o homem. Ora, comer sem lavar as
mãos pode não ser menos prejudicial à saúde do que comer bagre, carne de porco, etc.
Seria bom se todos fôssemos vegetarianos? Há quem diga que sim, bem como os que divergem. E que
debatam sobre este assunto os que pelo mesmo se interessarem. Porém, jamais admitamos que estas questões
sejam incluídas no corpo de Doutrinas da fé cristã, visto que fazê-lo colide com Êx 12.8 e Lv. 11 onde,
respectivamente, Deus manda comer carne ao instituir a Páscoa, e alista os animais que os judeus podiam
comer.
Do que temos exposto, está claro que os adventistas crêem que um bom cristão é, necessariamente, um
nutricionista que ensina e pratica uma boa dieta alimentar. A este respeito, eles são mais “zelosos” do que
Deus. Senão, vejamos: No Antigo Testamento Deus proibiu comer certas carnes, mandou comer algumas e
liberou outras. No Novo Testamento Ele não proibiu, não mandou e nem desaconselhou o comer quaisquer
carnes. Mas os adventistas proíbem comer algumas carnes e desaconselham outras. Esta atitude colide com a
Bíblia, que diz que podemos comer de TUDO quanto se vende no mercado (1Co. 10.25-26) e que ninguém
nos pode julgar (ou condenar) pelo comer ou pelo beber (Cl. 2.16). Isto não significa que o cristão não possa
abster-se de comer e/ou beber algo e, sim, que não é necessário submetermos ao que a Lei (o Pentateuco)
determina quanto a isso. O corpo de doutrinas que norteia a Igreja é o que está contido em toda a Bíblia, do
Gênesis ao Apocalipse. Mas é aí mesmo que encontramos a informação de que só são aplicáveis à Igreja, os
mandamentos do Novo Pacto, embora todos os mandamentos morais constantes do Velho Testamento
estejam repetidos no Novo. Como já dissemos, repetidos e não transportados.
Os adventistas adoram citar 2Co. 6.16-18 objetivando “provar” que as carnes tidas por imundas no
Antigo Pacto não podem ser saboreadas pelos cristãos. Mas a verdade solene é que o apóstolo Paulo está tão-
somente fazendo uma aplicação do que está exarado em Is. 52.11 e Jr. 31.1,9. O que este apóstolo está
dizendo é que assim como na Velha Aliança, os judeus não podiam tocar algo que a Lei tachava de imundo
(uma mulher hemorrágica, por exemplo), o cristão não pode transgredir os preceitos da Nova Aliança. Em
outras palavras: Assim como os judeus não podiam comer as carnes de animais imundos, não podemos
desobedecer aos mandamentos constantes do Novo Testamento.
Quando dizemos que a Lei foi abolida, não estamos afirmando que Gn 1.1, por exemplo, tenha sido
abolido, pois como todos sabemos, esta referência bíblica é o registro de um fato histórico, e não uma Lei.
Chamamos “Lei” aos mandamentos constantes do Pacto que Deus firmou com os judeus. Estes foram todos
abolidos. Até os “não matarás, não adulterarás, não furtarás...” foram abolidos. O cristão não se abstém do
furto em obediência às determinações da Lei de Moisés e, sim, em obediência à Lei de Cristo (I Co. 9.21). E
a Lei de Cristo e a Lei de Moisés são distintas e diferentes. Muitos dos mandamentos da Lei de Cristo são
iguais aos da Lei de Moisés, mas isso se dá por mera coincidência. Lembremo-nos que o Novo é novo, e não
o Velho melhorado.
Como já dissemos, os adventistas tripartem a Lei em Lei moral, Lei sanitária e Lei de Moisés. Afirmam
que a parte cerimonial da Lei, como os sacrifícios de animais, por exemplo, não é, em parte alguma da
Bíblia, chamada de Lei de Deus; e que essa é a Lei que Cristo aboliu, à qual não estamos sujeitos. Segundo
eles, sempre que o Novo Testamento diz que “Cristo nos libertou da Lei”, está, ou se referindo à libertação
da condenação da Lei, ou aludindo à Lei de Moisés, e não à Lei de Deus. Acontece, porém, que em II Cr.
31.3 e em Lc. 2.24, os sacrifícios de animais são chamados de “Lei do Senhor” ou “Lei de Jeová”, segundo
os originais. Ora, se a Lei de Deus não foi abolida, e os sacrifícios de animais constam da Lei de Jeová, os
adventistas devem sacrificar animais a Deus até hoje. Talvez os adventistas retruquem dizendo que os
sacrifícios de animais constam da Lei do Senhor ou Lei de Jeová, e não da Lei de Deus; mas aí
perguntaremos: Jeová e Deus são duas pessoas distintas? O Senhor é uma pessoa e Deus é outra? É possível
ser de Jeová sem ser de Deus?
A Lei de Deus é chamada de Lei de Moisés porque este foi o seu medianeiro, ou seja, Deus a deu por
sua instrumentalidade; senão, compare os versículos 1 e 8 de Ne. 8.
Já deixamos claro que o Novo Testamento não prescreve um cardápio especial para a Noiva de Cristo;
mas como esta afirmação parece colidir com At 15.28-29, esclarecemos que as restrições em questão eram
de caráter provisório e se destinava a facilitar o relacionamento entre os judeus e os gentios que haviam se
convertido à fé cristã. Nada mais era que uma demonstração de respeito às crenças dos irmãos fracos na fé.
Uma prova clara de que as coisas são assim, é que esta passagem só proíbe quatro coisas. Por que isso? Só
há quatro pecados? Por que não se proíbe neste texto, a inveja, o roubo, a calúnia, a mentira, etc.? Será que
alcançaremos o Reino de Deus se guardarmos só estes quatro mandamentos? Obviamente que não.
Esta passagem (At. 15.28-29) pode ser parafraseada assim: “No que diz respeito às leis judaicas (às
quais não estamos sujeitos, pois as praticando ou não, seremos salvos pela fé em Jesus), pareceu bem ao
Espírito Santos e a nós, para não escandalizarmos os nossos irmãos judeus, que vocês abstenham dessas
quatro coisas: Do sangue, das coisas sacrificadas aos ídolos, da carne sufocada, e do casamento com os
judeus, bem como do relacionamento sexual durante a menstruação. Não há maldade alguma em fazer estas
coisas, mas devemos fazer como fracos para ganharmos os fracos, e como judeus para ganharmos os
judeus”.
Uma prova de que esta conclusão está correta, é que esta passagem proíbe comer algo que tenha sido
sacrificado aos ídolos e, não obstante, o apóstolo Paulo deixa claro, em 1Co. 8, que o cristão está livre para
comer estas coisas, contanto que não escandalize o irmão fraco. O erudito pastor Raimundo F. de Oliveira,
em seu livro intitulado Como Estudar e Interpretar a Bíblia, editado pela CPAD - Casa Publicadora das
Assembléias de Deus - página 139, argumenta: “Para Paulo, comer carne sacrificada a ídolos não significa
nada, mas por causa daqueles que estavam à sua volta e que pensavam que isto implicava em pecado, ele
não comia”.
A nosso ver, a interpretação acima é correta e que, portanto, 1Co 8 prova que At. 15.28-29 era uma
medida de caráter provisório, objetivando tão-somente o estreitamento da comunhão entre os irmãos. Assim
pensa também a liderança das Assembléias de Deus no Brasil, visto que segundo o livro Administração
Eclesiástica, da autoria dos pastores Nemuel Kessler e Samuel Câmara, também editado pela CPAD, 2ª
edição de 1.992, página 100, a CPAD não publica livro algum, sem antes submetê-lo ao Conselho de
Doutrina da Convenção Geral das Assembléias de Deus, que examina se “nada contraria as doutrinas
esposadas pelas Assembléias de Deus.” Logo, a cúpula assembleiana aprovou o livro supracitado, da autoria
do pastor Raimundo. E, sendo assim, fica claro que pelo menos um dos mandamentos constantes de At
15.29, não precisa ser observado (a não ser por questão de consciência), segundo a alta liderança das
Assembléias de Deus. Ora, se um dos mandamentos registrados em At 15.29, não é moral, os demais
mandamentos registrados neste versículo também não podem ser morais, pois tamanha falta de coerência ou
associação de idéias constituiria insuperável violência à Hermenêutica.
Salientamos que At. 15.28-29 é, simultaneamente, cultural e transcultural, temporal e eterno. É
transcultural, pois em qualquer parte do mundo se deve respeitar a consciência alheia; e é cultural, pois trata
duma demonstração de respeito à cultura judaica. É temporal, pois passou com o tempo; e é eterno, pois
sempre que se fizer necessário, o cristão deve abster-se de algo que possa fazer o seu irmão inexperiente
tropeçar.
Na nossa obra intitulada “Transfusão de Sangue Não é Pecado”, tecemos um comentário mais
profundo, em apreço a At. 15.28-29. Lá mostramos que assim como o apóstolo Paulo circuncidou Timóteo
(At. 16.1-5), fez voto de nazireu (deixou os cabelos crescerem e depois rapou a cabeça, At. 18.18) e ofereceu
sacrifícios, mas todos nós compreendemos que tais medidas eram provisórias, assim devemos também
encarar este texto em apreço, a saber, At. 15.28-29.
O maior erro dos adventistas do sétimo dia quanto ao que se deve ou não comer, não consiste no fato de
se absterem de certos alimentos, nem tão pouco no fato de nos aconselharem a fazermos o mesmo; mas sim,
por afirmarem que aqueles cujos cardápios diferem do deles estão indo para o Inferno. Senão, vejamos o que
diz o “pastor” adventista, Alejandro Bullón, um dos maiores líderes dos adventistas, no prefácio do livro
abaixo identificado: “A questão não é simplesmente se posso ou não posso comer carne de porco... O
assunto é muito sério. É uma questão de vida ou morte, de salvação ou perdição...” (Transcrito do livro
adventista intitulado Assim Diz o Senhor, 3ª Edição, 1986, da autoria de Lourenço Gonzalez Silva, edição do
autor, página 5). O senhor Lourenço Gonzalez Silva, autor desse livro infernal, que é prefaciado com elogios
e recomendações pelo “pastor” Alejandro Bullón, afirma às páginas 323-327 que as igrejas evangélicas que
não se abstêm de café, coca-cola, presunto, mortadela, salame, camarão, lagosta carne de porco... são igrejas
falsas, hipócritas, e que, portanto, estão indo para o Inferno.
A atitude radical do “pastor” Alejandro Bullón, de condenar os evangélicos que comem carne de porco
e outras carnes por ele proibida, não constitui um ato isolado. Aliás, o adventista que não for tão fanático
quanto ele, não estará sendo um autêntico seguidor do Adventismo. Podemos dizer inclusive, que os
adventistas devem ser até mais radicais do que ele, se é que querem mesmo obedecer à papisa Ellen White,
visto que essa falsa profetisa teve a audácia de proibir o consumo de toda e qualquer carne, chegando ao
cúmulo de dizer que os que consomem alimento cárneo não estão mantendo uma linha divisória com os
ímpios e seriamente comprometendo sua salvação eterna. Para que o leitor veja que de fato as coisas são
assim, vejamos as transcrições abaixo:
“...Há pessoas que devem ser despertadas para o perigo de comer carne, que ainda comem carne de
animais, pondo assim em risco a saúde física, mental e espiritual. Muitos que são agora só meio convertidos
quanto aa questão de comer carne, sairão do povo de Deus, para não mais andar com ele”. (Conselhos
Sobre o Regime Alimentar, pág. 388, da autoria de Ellen G. White, Casa Publicadora Brasileira - grifo
nosso)
“...O regime cárneo é questão séria. Hão de seres humanos viver da carne de animais mortos? A resposta,
segundo a luz dada por Deus é: Não, decididamente não”.(ibidem. Grifo nosso)
“... Foi-me mostrado claramente que o povo de Deus deve assumir atitude firme contra o comer carne... Os
que usam carne menosprezam todas as advertências que Deus tem dado relativamente a esta questão. Não
possuem nenhuma prova de estar andando em veredas seguras. Não têm a mínima desculpa quanto a comer
a carne de animais mortos”. (ibidem - grifo nosso)
“ Não dê nenhum de nossos pastores um mau exemplo no comer carne. Vivam, eles e suas famílias, segundo
a luz da reforma de saúde. Não animalizem nossos pastores sua natureza e a de seus filhos... (Ibidem pág.
399 - grifo nosso)
“Andem nossos pastores sob a bandeira da estrita temperança. Nunca vos envergonheis de dizer: Não,
obrigado; não como carne”. (Ibidem pág. 402)
O Professor Tavares (EX-ADVENTISTA), em seu artigo intitulado PARA OS ADVENTISTAS A
SALVAÇÃO É MUITO MAIS DO QUE ACEITAR A CRISTO, publicado no jornal Desafio das Seitas,
segundo trimestre de 2001, editado pelo CPR_ Centro de Pesquisas Religiosas, à página 11 faz a seguinte
observação: “Ellen White afirma que tomar chá e café é pecado. Escreveu essa advertência no livro
Temperança, pág. 80. Na pág. 273 do mencionado livro Ellen White cita que Daniel foi vegetariano.
Assim é ensinado pela Igreja Adventista não somente em seus púlpitos como nas lições da Escola
Sabatina. Entretanto, nas Escrituras Sagradas, no próprio livro de Daniel 10:3, o texto deixa claro que
Daniel comia carne.
Fico pensando que, segundo a doutrina adventista, Daniel perdeu a salvação pelo fato de ter comido
carne”.
Repetimos que comer isto ou aquilo outro não é questão relevante, visto não possuir valor salvífico,
segundo Romanos 14. Mas, nos acusarmos mutuamente por essas questões, pode nos levar à perdição.
Atentemos para o fato de que Romanos 14 não reprova prato algum, mas censura aqueles que vêem no
cardápio alheio, motivo de perdição.
Circuncidar ou não, era, segundo o apóstolo Paulo, algo de somenos importância (I Co. 7.19; Gl. 5.6;
At. 16.3). Mas como os gálatas o faziam para se salvar (At. 15.1), ele asseverou que eles haviam caído da
graça e que estavam separados de Cristo (Gl. 5.2-4). Isto prova que os escrúpulos dos adventistas só
poderiam ser tachados de infantilidade inofensiva se eles não fizessem disso motivo de salvação ou perdição.
Mas, como vimos acima, Ellen White e seus discípulos afirmam que a dieta alimentar interfere na salvação.
Sim, ao fanatismo de Ellen White aquiescem até os expoentes da seita em questão, como Alejandro Bullón,
Lourenço Gonzalez, Floriano Xavier, etc.
Repito que se o cardápio dos adventistas é ou não salutar, é discutível; e que os nutricionistas se dêem
ao trabalho de fazê-lo. E, pelo que me consta, o cardápio dos adventistas já está sendo questionado por
nutricionistas e gastronômicos. Estes já estão recomendando o café. Sob o cabeçalho Café, a bebida do bem,
numa revista do ramo, consta o que se segue: "Além de ser delicioso, o café é ótimo para proteger o
organismo contra certas doenças. Previne contra o diabetes [e] ajuda a diminuir o risco dos males de
Alzheimer e de Parkinson, de cirrose e de cálculos da vesícula biliar. [...] A cafeína evita a liberação do
colesterol ruim no sangue e favorece a queima de gordura, prevenindo doenças do coração. [...] funciona,
também, como antioxidante, combatendo os radicais livres" (Revista AnaMaria. São Paulo: Editora Abril.
31 de agosto de 2007, p. 29). Bem, dessa briga posso me eximir, pois tenho outros ofícios: evangelizar os
perdidos e doutrinar a Igreja. E, para fazer muito bem este trabalho, não preciso me formar em nutrição e
gastronomia. Basta-me a Teologia.
CAPÍTULO IV
SOBRE O ALÉM-TÚMULO
É incrível, mas muitos religiosos confessam não crer que haja existência consciente entre a morte e a
ressurreição. Afirmam que “essa crença é de origem pagã”. Esta é, por exemplo, a opinião dos adventistas do
sétimo dia. Mas, se examinarmos as Escrituras Sagradas sem idéias preconcebidas, facilmente enxergaremos
que Jesus Cristo e os apóstolos pregaram a existência de vida consciente no além-túmulo. São diversas, as
referências bíblicas que poderíamos citar para provar a ortodoxia do que acabamos de afirmar. Todavia,
fiquemos por enquanto só com as que estão relacionadas a seguir.
4.1.1. Filipenses 1.21-26
“Porque para mim o viver é Cristo, e o morrer é ganho. Mas, se o viver na carne me der fruto da minha
obra, não sei então o que deva escolher. Mas de ambos os lados estou em aperto tendo desejo de partir, e
estar com Cristo, porque isto é ainda muito melhor. Mas julgo mais necessário, por amor de vós, ficar na
carne. E, tendo esta confiança, sei que ficarei, e permanecerei com todos vós para proveito vosso e gozo da
fé. Para que a vossa glória abunde por mim em Cristo Jesus, pela minha nova ida a vós” (Almeida Revista
e Corrigida).
Agora passemos á interpretação da transcrição acima. No versículo 21, o apóstolo Paulo apresenta o
seu conceito acerca da vida. Para ele, Cristo é a vida, ou seja, viver é estar com Cristo. A seguir, ele mostra
que na sua opinião a morte, para o salvo, não representa nenhuma derrota, sendo até vantajosa. No versículo
22, ele chama o não morrer de viver na carne e assegura que se isso lhe concedesse oportunidade de produzir
frutos, isto é, a oportunidade de fazer uma obra maior em prol do Reino de Deus, ele ficaria sem saber o que
escolher. Ora, se ao NÃO MORRER ele chama de VIVER NA CARNE, naturalmente o morrer é,
obrigatoriamente, o contrário disso; E o contrário de VIVER NA CARNE só pode ser VIVER FORA DA
CARNE. O contrário de viver é morrer, mas o contrário de viver dentro duma certa casa não é morrer, mas,
sim, viver fora dela. A seguir, Paulo diz que estava em aperto de ambos os lados, mas que desejava “partir
para estar com Cristo”, por ser isto muito melhor. Depois da opção registrada no versículo 23, ele volta atrás
no versículo 24, e decide por “ficar na carne”, o que equivale a dizer, NÃO ficar FORA DA CARNE, como
já vimos. Ora, é fácil vermos que o apóstolo rotula o não morrer de “VIVER NA CARNE” e “FICAR NA
CARNE”. E à morte ele chama de “PARTIR” e “ESTAR COM CRISTO”. Finalmente, ele deixa bem
transparente que o que ele chamava de PARTIR E ESTAR COM CRISTO não era uma referência ao
arrebatamento da Igreja. Senão, vejamos: No versículo 25, ele garante que não ia partir e, sim, ficar e
permanecer com os irmãos, para proveito deles e gozo da fé. Ora, se ele estivesse se referindo ao
arrebatamento da Igreja, ele teria mentido, pois já morreu e, portanto, não permaneceu conosco. Cadê ele? Se
ele não estivesse, no contexto, se referendo à morte e à vida quando disse que não sabia o que escolher entre
viver na carne ou partir; e também quando disse que decidiu por ficar e que deste modo sabia que ficaria, ele
não teria morrido e nem morreria nunca, pois pertenceria ao grupo de salvos que estará vivo no dia da vinda
de Jesus (I Ts. 4.17); mas isso não aconteceu, visto ter ele morrido e, assim, podemos ver que para ele,
morrer era viver fora da carne e partir para estar com Cristo.
Depois de tudo que já dissemos, ainda nos resta, juntamente com o leitor, analisarmos o versículo 26,
no qual o apóstolo Paulo, depois de dizer no versículo 24 que julgava mais necessário, por amor aos irmãos,
ficar na carne; e no versículo 25 que, por conseguinte, sabia que ia ficar, diz, no versículo 26, o objetivo
disso: “Para que a vossa glória abunde por mim em Cristo Jesus, pela minha nova ida a vós”. Está claro que
o apóstolo Paulo está se referindo aí a não morrer tão cedo, mas FICAR com os irmãos por mais algum
tempo para poder fazer a eles mais uma visita e, deste modo, contribuir para que a glória dos irmãos
abundasse por seu intermédio, em Cristo Jesus”. Sim, o texto bíblico transcrito e analisado neste tópico
prova cabalmente que Paulo chamou a morte de “partir para estar com Cristo”, o que prova que ele
acreditava na realidade duma existência consciente entre a morte e a ressurreição.
Se Paulo estivesse se referindo ao arrebatamento, ele teria optado por não ser arrebatado para ser útil
aos irmãos, o que é um absurdo.
“Conheço um homem em Cristo que há catorze anos (se no corpo não sei, se fora do corpo não sei:
Deus o sabe) foi arrebatado até o terceiro Céu. Sim, conheço o tal homem (se no corpo, se fora do corpo,
não sei: Deus o sabe), que foi arrebatado ao paraíso, e ouviu palavras inefáveis, as quais não é lícito ao
homem referir. Desse tal me gloriarei, mas de mim mesmo não me gloriarei, senão nas minhas fraquezas.
Pois, se quiser gloriar-me, não serei insensato, porque direi a verdade; mas abstenho-me, para que ninguém
pense de mim além daquilo que em mim vê ou de mim ouve.
E, para que me não exaltasse demais pela excelência das revelações, foi-me dado um espinho na
carne, um mensageiro de Satanás para me esbofetear, a fim de que eu não me exaltasse demais, acerca do
qual três vezes roguei ao Senhor que o afastasse de mim” (Versão Revisada).
Esta referência (II Co. 12.2-8) é mais que suficiente para provar por si só que o homem possui um
espírito e que este pode viver dentro ou fora do corpo. Assim sendo, fica claro que o homem sobrevive á
morte do corpo, pois ele (o espírito) não depende do corpo para existir conscientemente. O que nos leva a
fazer esta afirmação é o fato do apóstolo Paulo dizer que ele havia sido arrebatado ao Paraíso, mas que
ignorava se esse arrebatamento havia sido no corpo, ou se fora dele. Ora, o que é ser arrebatado no corpo? E
o que é ser arrebatado fora do corpo? Ser arrebatado no corpo significa ter experiências iguais às que tiveram
Enoque (Gn. 5.24; Hb. 11.5), Elias (II Rs. 2.1,11), Jesus (At. 1.9) e Filipe (At. 8.39,40). E ser arrebatado fora
do corpo é ser arrebatado em espírito e significa ter experiências similares às que tiveram Ezequiel (Ez. 8.3)
e João (Ap. 1.10). Sendo assim, o espírito humano pode sair do corpo, ir a um determinado lugar, retornar ao
corpo e ainda conservar lembranças do lugar visitado. Alguém talvez objete, alegando que o arrebatamento
no corpo pode ser apenas um estado de êxtase, que permite ao arrebatado ter a impressão de que subiu ao
Céu quando, na verdade, não saiu do planeta Terra. Esta objeção é correta, pois realmente existe o
arrebatamento de sentido” (At. 10.10 ALMEIDA REVISTA E CORRIGIDA). Mas, no que diz respeito ao
arrebatamento fora do corpo, sem dúvida se refere ao ato do espírito sair do corpo e voar ao lugar
determinado por Deus. Então, embora possamos admitir que ser arrebatado no corpo não seja,
necessariamente, ter experiência similar às que tiveram Enoque, Elias, Jesus e Filipe, ser arrebatado fora do
corpo implica em que o espírito se separe do corpo. E isto prova que o homem tem o seu lado espiritual, que
este constitui o nosso verdadeiro “EU”; e que pode existir conscientemente à parte do corpo, não
dependendo deste para viver e que, portanto, sobrevive à morte.
Certo testemunha de Jeová disse-nos que “é errado pregarmos a imortalidade do espírito à luz de II Co.
12.2-8 porque, nesta passagem bíblica, o apóstolo Paulo não diz que ele foi arrebatado ao Paraíso fora do
corpo. O que Paulo diz aí”, disse-nos, “é que ele não sabia se tal arrebatamento havia sido ou não fora do
corpo. Ora, se Paulo não sabia se o referido arrebatamento se deu no ou fora do corpo, como dizermos que
este texto prova que é possível ser arrebatado fora do corpo?” Mas lhe respondemos que nisto está a
maravilha. Se o apóstolo não sabia se tal arrebatamento se deu no ou fora do corpo é porque ele admitia
ambas as possibilidades; se ele admitia ambas as possibilidades, então é possível ser arrebatado fora do
corpo; e se é possível ser arrebatado fora do corpo, só nos resta sabermos o que é isso. E o que é isso, senão
o desprender-se o espírito do corpo e voar?
“Disse eu no meu coração: é por causa dos filhos dos homens, para que Deus possa prová-los, e eles
possam ver que são em si mesmo como os animais. Porque o que sucede aos filhos dos homens, isso mesmo
também sucede aos animais; a mesma coisa lhes sucede: como morre um, assim morre o outro, todos têm o
mesmo fôlego; e a vantagem dos homens sobre os animais não é nenhuma, porque todos são vaidade”.
Caro leitor, se um adventista lhe apresentar estes versículos com a finalidade de “provar” que a alma
não sobrevive à morte do corpo, diga-lhe que Salomão não está dizendo que assim é, mas, sim, dizendo que
ele um dia havia pensado essa bobagem. Chame a sua atenção para o fato de que as primeiras palavras dos
versículos acima copiados são: “Disse eu no meu coração”, e que a interpretação é: “Eu pensei”. Ora, quem
diz “eu pensei” certamente não pensa mais.
Cremos ter deixado claro que quando a Bíblia diz que os mortos dormem no pó da terra (Dn. 12.2), está
dizendo tão-somente que o corpo (e não a alma) dorme. O corpo dorme porque está inconsciente e destinado
à ressurreição.
Quanto a Ez. 18.4, que diz que “a alma que pecar, essa morrerá”, é bom lembrar que neste versículo a
palavra alma significa pessoa. A palavra alma aparece na Bíblia com vários significados. Além disso, todo
aquele que ainda não aceitou a Jesus como seu Salvador é uma alma morta, espiritualmente; porém, no
versículo em apreço (Ez. 18.4), Deus estava apenas mandando apedrejar os que pecassem.
Há outros textos correlatos a serem considerados, mas paremos por aqui e oremos pelos adventistas.
Nossas orações falarão mais alto do que os nossos argumentos.
CAPÍTULO V
CADEIA CIRCUNSTANCIAL?!
Dialogando com os adventistas e lendo suas obras ficamos sabendo que eles
crêem que após a Grande Tribulação terá lugar o arrebatamento da Igreja,
quando todos os salvos serão arrebatados ao Céu, onde passarão mil anos.
Nesse dia os ímpios serão mortos. Assim se pode ver que os adventistas não
crêem que o o Milênio será na Terra. Mas eles se esquecem que, se assim
fosse, nenhuma necessidade haveria de se prender o diabo durante o milênio
(ap 20.1-3,7, 8). Raciocinemos: Se os salvos estarão no céu com Cristo,
definitivamente livres dos enganos de Satanás, e todos os perdidos mortos,
para que prender o diabo, objetivando tolher-lhe de enganar as nações? A esta
objeção os adventistas “respondem” dizendo que o diabo não estará preso
numa cadeia literal e, sim, numa cadeia circunstancial, isto é, ele não
encontrará a quem enganar durante o milênio. Ora, se quando a Bíblia diz que
o diabo será preso durante mil anos, está dizendo apenas que ele não terá a
quem enganar nesse período, natural e necessariamente, quando diz que ele
será solto, está apenas dizendo que ele terá a quem enganar novamente. E aí
perguntamos: A quem enganará o diabo? E os adventistas respondem: “Aos
que morrerem no dia do arrebatamento da igreja, os quais serão ressuscitados,
no fim do milênio”. Ora, como enganar ainda aqueles que morreram perdidos?
Aquele que morreu perdido foi tão enganado que não tem como enganá-lo
mais; esta conclusão dos adventistas é um disparate tão grande que não
dispomos de um adjetivo capaz de qualificá-lo à altura de seus méritos. Quanto
à “prisão circunstancial” de Satanás, argumentamos que este raciocínio é tão
absurdo quanto matar todas as mulheres de um país e depois dizer que
prendeu o estuprador numa cadeia circunstancial, isto é, ele não terá mais a
quem estuprar. Todos os que pregam doutrinas contrárias à Bíblia, mais cedo
ou mais tarde terão que ou abandoná-las ou arranjar outras para justificá-las,
pois “um abismo chama outro abismo” (Sl. 42.7).
Os adventistas, tentando provar que todos os ímpios serão mortos no dia do
arrebatamento, citam Ap 19.20-21, onde se diz que “os demais foram mortos...”; mas
“os demais” desta passagem bíblica diz respeito aos militares integrantes dos
exércitos coligados ao Anticristo e não se trata duma referência à humanidade. “Os
demais” aqui, não significa “os demais habitantes do planeta Terra” e, sim, “os
demais personagens envolvidos no episódio de que trata o contexto”. Para se chegar
a esta conclusão, basta não interpretar o texto isolado do seu contexto. O texto fala
da besta, os reis da Terra, seus exércitos e o falso profeta. E informa que destes, dois
(a besta e o falso profeta) foram lançados vivos no lago de fogo. E os demais (os reis
da Terra e seus exércitos) foram mortos. Senão, vejamos: E vi a besta, e os reis da
terra, e os seus exércitos reunidos para fazerem guerra àquele que estava montado
no cavalo, e ao seu exército. E a besta foi presa, e com ela o falso profeta que fizera
diante dela os sinais com que enganou os que receberam o sinal da besta e os que
adoraram a sua imagem. Estes dois foram lançados vivos no lago de fogo que arde
com enxofre. E os demais foram mortos pela espada que saía da boca daquele que
estava montado no cavalo; e todas as aves se fartaram das carnes deles. (Ap19.19-
21)
Muitos pensam que nós, os evangélicos, cremos que os salvos irão para o Céu, os
perdidos para o Inferno, e a Terra será destruída. Os que assim pensam, certamente
não examinaram nossos compêndios teológicos.
Para que os adventistas compreendam porque discordamos da “escatologia” deles,
julgamos importante informar como a Doutrina das Últimas Coisas está sistematizada
nos compêndios teológicos que este autor considera respaldados pela Bíblia.
Vejamos abaixo uma sinopse dos principais eventos escatológicos em ordem
cronológica:
5.4. O Milênio.
Quando o Senhor destruir os exércitos inimigos de Israel no Armagedom; julgar
as nações; lançar os bodes, a Besta e o falso profeta no lago de fogo; dar boas
vindas às ovelhas; e prender o diabo por mil anos, iniciar-se-á na face de toda
a Terra, o Reino do qual a Bíblia tanto fala (Is 11. 6-9; 65. 20-25; Dn 2. 44; 7.13,
14, 27; 9.24; Zc 14.8-21; Mt 6.10; Ap 20.4-7 etc.).
5. 5. O Juízo Final.
Quando o Milênio terminar, Satanás será solto por um curto espaço de tempo (Ap 20. 3), e a
seguir lançado definitivamente no lago de fogo, onde encontrará a Besta, o falso profeta, e os bodes,
os quais foram lançados lá antes do Milênio, (como já observamos),com os quais será atormentado
eternamente (Ap 20.10). Com a derrocada final do diabo, coincidirá o Juízo Final, que é o momento
em que Deus ressuscitará todos os mortos, os julgará, e lançará os ímpios no lago de fogo eterno
(Ap 20. 11-13). Os que não forem condenados no Juízo das Nações, se permanecerem fiéis durante
o Milênio, bem como após o Milênio quando Satanás for solto e os tentar, vão herdar a Terra.
Ressuscitou! Ressuscitou!
E para o Céu Jesus tornou
Mas voltará, também de lá
E neste mundo então reinará
(Hino 188 da antiga Harpa Cristã, hinário oficial das Assembléias de Deus, grifo nosso)
CAPÍTULO VI
O ADVENTISMO NEGA O INFERNO BÍBLICO
O vocábulo original (AIÔN) traduzido por eterno em Mt. 25.46 pode significar
ETERNIDADE, mas também longa duração. Os adventistas se servem disso
para inculcar nos incautos que o diabo, os demônios e os homens perdidos não
vão sofrer eternamente no lago de fogo. Mas este “argumento” não é
respaldado pela Bíblia, pois se trata apenas duma postura tendenciosa. Por não
crerem que os ímpios sofrerão eternamente, fazem AIÔN significar apenas
longa duração. Mas por que não dizem eles que a vida dos justos não será
eterna, porém, apenas de longa duração, já que o mesmo AIÔN que se usa
para a vida dos salvos, se usa também para o tormento dos ímpios? Mas,
verdade seja dita, se AIÔN tem mais de uma tradução, se faz necessário
definirmos qual a sua tradução correta, quando se refere ao tormento dos
perdidos. E Ap. 20.10 é mais que suficiente para dirimir as dúvidas de um
inquiridor sincero, de que AIÔNAS AIONÔN não pode significar outra coisa além
da eternidade propriamente dita.
A Bíblia mostra claramente que o Anticristo e o falso profeta serão lançados no
lago de fogo antes do milênio e que depois dos mil anos, será a vez do diabo
(Ap. 19.20). Diz então Ap. 20.10 que, quando o diabo cair lá, encontrará o
Anticristo e o falso profeta, com os quais será atormentado para todo o
sempre. Diz o texto: “E de dia e de noite serão atormentados pelos séculos dos
séculos”, ou como já transliteramos acima, AIÔNAS AIONÔN. Ora, se serão
atormentados, é porque o tormento deles ainda não havia cessado; se não
havia cessado, é porque ainda não haviam sido aniquilados; e se 1000 anos de
tormento não foram suficientes para extingui-los, perguntamos: Quando serão
extintos? Assim se pode ver que os adventistas estão achando a pena eterna
dura demais; e, por este motivo, tentam amenizá-la. Mas o castigo terá a
durabilidade que tiver, e não a que gostaríamos que tivesse.
Os adventistas estão certos, por dizerem que AIÔN é uma palavra elástica, mas
equivocados por darem à mesma, a definição que bem querem,
desconsiderando o contexto. Realmente esta palavra é elástica, e, portanto,
tem mais de uma definição. Mas, por qual delas devemos optar? Pela definição
que mais harmonia tiver com os nossos corações? Obviamente esta não seria
uma boa opção, uma vez que “enganoso é o coração...” (Jr. 17.9). Então, o que
fazermos? Estudemos a Bíblia com afinco, sob o influxo do Espírito Santo, e
deixemos que ela fale mais alto que os nossos corações.
A crença adventista de que os ímpios serão ressuscitados e lançados no lago de fogo
onde sofrerão até ser extintos, colide com Hb 9:27. Este versículo nos diz que ao
homem está ordenado morrer uma só vez. É bem verdade que a Bíblia fala da
segunda morte (Ap. 20:14); porém, esta morte não é física. Do contrário, a Bíblia seria
contraditória. Trata-se, pois, de uma morte espiritual, que é a eterna definitiva
banição da presença de Deus.
Crer ou não no sofrimento eterno dos perdidos, não interfere na salvação de
ninguém, visto que, obviamente, ao crermos em Cristo, recebemos a anulação
da pena reservada aos ímpios, sendo a mesma eterna ou não. Contudo, vale a
pena sabermos a verdade acerca deste assunto, pois é tema bíblico; e na Bíblia
tudo é muito importante. Por exemplo, quanto maior a perdição da qual Cristo
nos salvou, maior é o livramento que Ele nos deu, como também amplia o valor
do Seu sacrifício substitutivo. Se o Seu sacrifício nos livra de uma pena infinita,
infinito é o valor do seu sangue remidor.
CAPÍTULO VII
A profecia de que trata Dn. 8.14 se cumpriu em 165 a.C.. Trata-se de 1.150
dias, e não 2.300 anos. Refere-se ao período em que o rei Antíoco Epifânio,
inimigo dos judeus, decidiu exterminá-los juntamente com a religião deles. Ele
profanou o templo dos judeus, chegando a sacrificar sarcasticamente um porco
sobre o altar. Esta profanação, prevista em Dn. 8.12-13, durou apenas o tempo
previsto em Dn. 8.14, isto é, 1.150 dias (ou seja, três anos e meses). É que
Judas Macabeus, com a ajuda de Deus, obteve vitórias sobre Antíoco e seu
exército. Esta história está registrada em I Macabeus, livro apócrifo existente
nas Bíblias católicas. Este é apenas um livro histórico de grande valor, pois não
é a Palavra de Deus. Há dois livros com este nome.
Talvez o leitor não tenha entendido o porquê de afirmarmos que 2.300 tardes e
manhãs são 1.150 dias. Por que o número de dias corresponde exatamente à
metade do total das tardes e manhãs? O raciocínio é o seguinte: Se alguém
disser que na empresa tal trabalham 2.000 homens e mulheres, não se deve
entender que trabalhem lá 2.000 homens e 2.000 mulheres e, sim, que a soma
dos homens e mulheres que lá trabalham corresponde a 2.000 pessoas. De
igual modo, 2.300 tardes e manhãs não são 2.300 tardes + 2.300 manhãs. E
como 1 tarde + 1 manhã correspondem a 1 dia, 2.300 tardes e manhãs
equivalem, portanto, a 1.150 dias.
Os adventistas às vezes tentam contradizer a interpretação da profecia de Dn.
8.14, que se cumpriu no século II antes de Cristo, citando Dn. 8.26, que diz que
a profecia só se cumpriria depois de muitos dias; estes muitos dias são,
segundo eles, uma referência ao final dos tempos. “Assim sendo”, dizem eles,
“não pode ter se cumprido antes de Cristo vir ao mundo”. Assim argumentam
para esticarem a data até 1.844 e deste modo cobrirem o seu vergonhoso
passado. A desconcertante matemática dos adventistas seria desnecessária se
a Sra. White e seus correligionários, que fundaram o Adventismo, seguissem o
belo exemplo de Willian Miller que humildemente confessou que errou e voltou
à sua igreja, pedindo perdão a Deus e aos irmãos em Cristo. Ele foi humilde até
a sua morte.
Realmente, não precisamos esticar “os muitos dias” de Dn. 8.26 até 1844; há
várias profecias para os últimos dias que se cumpriram há quase 2.000 anos.
Por exemplo, o profeta Joel profetizou que NOS ÚLTIMOS DIAS o Espírito Santo
seria derramado sobre toda carne (2.28). Esta profecia se cumpriu há quase
2.000 anos (At. 2.16). A promessa de enobrecer as terras de Zebulom e de
Naftali foi feita para os últimos tempos (Is. 9.1-2). Não obstante, porém,
cumpriu-se já há quase 2.000 anos, segundo Mt. 4.14-16.
A alegada purificação do santuário celestial que os adventistas teimam em
dizer que começou em 1844, como já sabemos, é rotulada também por eles de
Juízo Investigativo. Crêem os adventistas que os pecados dos que morreram
fazendo a vontade de Deus, embora perdoados, não estavam cancelados, pois
permaneceram no livro de registros pelo menos até 1844. A partir daí, Cristo
está investigando caso a caso e, quando concluir esta investigação (a qual
inclui todos os vivos [cristãos e não-cristãos]), Ele virá buscar a Sua Igreja.
Logo, Jesus ainda não concluiu esse escrutínio, visto que, de outro modo, Ele já
teria vindo. Assim se vê que os adventistas têm uma idéia muito pequena da
Augusta Pessoa de Jesus. Pense nestas perguntas: 1) Será que o onisciente e
onipotente Jesus levaria tantos anos para examinar estes casos? Hoje são 11
de março de 2007, e, portanto, já faz 163 anos que tudo começou (2007-
1844= 163); 2) Será que no Céu existe, literalmente, uma pilha de livros? 3)
Será que quando a Bíblia diz que todas as ações dos homens estão sendo
registradas em livros, livros estes que serão abertos no Dia do Juízo, não quer
dizer apenas que Deus está atento a todos os nossos atos, que responderemos
por todos os nossos feitos, e que o galardão será à base das obras? Imaginar
Deus de caderninhos na mão fazendo anotações (ou encarregando os anjos de
fazê-lo, como o supõem os adventistas), é ter uma péssima idéia de Deus.
Aliás, esse negócio de pecado perdoado, mas não cancelado, pregado pelos
adventistas em O Conflito dos Séculos, páginas 488-489, e Nisto Cremos,
página 418, é doutrina estranha à fé cristã. Isso cheira a Catolicismo.
Biblicamente não há diferença entre perdão e cancelamento de pecado. Isso
cheira a Santa Sé, não é mesmo?
Como sabemos, os adventistas pregam que a purificação do santuário celestial
INICIOU-SE em 1844; mas o que está previsto em Dn. 8.14 é a purificação, e
não o início da purificação. Não se diz lá: “Até duas mil e trezentas tardes e
manhãs, e INICIAR-SE-Á a purificação do santuário”. O que está escrito lá é que
“até duas mil e trezentas tardes e manhãs e o santuário será purificado”,
isto é, dentro deste período, dar-se-ia a purificação do santuário. Logo, se as
coisas fossem como os adventistas pensam, o Juízo Investigativo teria iniciado
em 457 a.C., e terminado em 1844.
Atentemos para o fato de que o versículo 14 do capítulo 8 de Daniel, é a
resposta à pergunta formulada no versículo 13; e a referida pergunta não foi:
“Quando se iniciará a purificação?...”. Mas sim: “Até quando durará... para que
seja entregue o santuário, a fim de serem pisados?”. É bom sabermos qual foi
a pergunta, pois facilita a compreensão da resposta. Além disto, a resposta não
foi: “Iniciar-se-á a purificação”, mas sim, “e o santuário será purificado”.
Os adventistas afirmam, como já sabemos, que Jesus esteve até 1844 oficiando
no compartimento chamado “Lugar Santo” e que, a partir de então Ele passou
para o compartimento chamado "Lugar Santíssimo" ou "Santo dos Santos".
Ora, sabemos pela Bíblia que Jesus, ao subir ao Céu, assentou-se à destra de
Deus no seu trono (Mc. 16.19, Ap. 3.21). Ora, será que há no Céu algum lugar
mais santo do que o outro? E se há, será que há algum lugar no Céu mais
santo do que o trono de Deus? Obviamente que não, mas os adventistas
querem pôr isto na nossa cabeça, quando nos dizem que a partir de 1844
Cristo passou do Lugar Santo para o Lugar Santíssimo.
Incoerência é o que há em fartura nos escritos de Ellen G. White. Já vimos que
ela afirmou que os pecados dos verdadeiros servos de Deus que morreram na
graça, estavam, estão e estarão perdoados, mas não cancelados, até que seus
casos sejam averiguados por Jesus, o que se dará durante o Juízo Investigativo
que o Senhor Jesus Cristo empreende desde 1.844. Só então, os pecados serão
cancelados ou extintos. A esta altura, um leitor que não conheça todas as
heresias dessa mulher, poderá pensar que, até que enfim, a novela acabou.
Porém, ledo engano, pois ela sustenta que o diabo arrostará com os pecados
dos verdadeiros penitentes depois do milênio, quando então ele será lançado
no lago de fogo. Ora, se os pecados foram extintos durante o Juízo
Investigativo, como lançá-los depois sobre o diabo no dia final? Afinal de
contas, o pecado foi extinto ao término do Juízo Investigativo ou não foi?
Lembre-se que os adventistas, inspirando-se nos escritos de Ellen White crêem
que, ao término da purificação do santuário (ou Juízo Investigativo), Cristo virá
e arrebatará a Igreja ao Céu, onde ela passará mil anos. Depois disso é que
virá o juízo final, quando então o diabo arrostará com os pecados que, segundo
ela mesma disse, já haviam sido extintos mais de mil anos antes. Dá para
entender essa barafunda? Mas essa é a profetisa dos “remanescentes”.
A “Revista Adventista” de março de 1973, alega que a profanação do santuário
causada por Antíoco Epifânio durou, na melhor das hipóteses, 1130 dias, mas
nunca, 1150 dias, tempo este exigido pela profecia, se as 2300 tardes e
manhãs correspondessem realmente a 1150 dias. De fato, se formos rígidos
aritméticos, jamais acharemos o número exato, ao basearmos em I Macabeus
1.57; e 4.52. Para este problema sugerimos duas possíveis soluções:
1ª) Macabeus, embora sejam livros históricos de grande valor, não gozam de
infalibilidade, visto que não foram escritos sob inspiração divina. Por
conseguinte, podemos até citá-los de passagem, sem nos esquecermos,
porém, que o nosso “cavalo de batalha” é a Bíblia Sagrada. É ela que dará a
palavra final; 2ª) os números na Bíblia são, às vezes, arredondados, ou para
mais, ou para menos. Há vários exemplos disso. Contudo, veremos agora
somente um caso. Em Gn. 15:13 Deus disse que os descendentes de Abraão
habitariam no Egito por 400 anos. Mas Êx. 12:40, 41; e Gl. 3:17, nos informam
que o tempo exato foi de 430 anos.
Que o período da profanação aludida em Dn 8.13-14, são de 1150 dias, é
posição defendida quase que por unanimidade pelos mais abalizados peritos
bíblicos. Por exemplo, os comentaristas da Bíblia de Estudo Pentecostal,
explicam Dn 8.14 assim: “a purificação do santuário ocorreu três anos e dois
meses depois de o altar do Senhor ter sido removido por Antíoco. Cada par de
‘tardes e manhãs’ representa um dia literal (...) Assim, o período decorrido foi
de 1150 dias”.
Segundo Ellen White, é após a conclusão do trabalho de que trata o Juízo
Investigativo (o que implica, como eu já informei, em averiguar o caso de toda
a Humanidade (mortos e vivos), que Jesus voltará. Ela disse ainda, que haverá
um tempo não revelado a nós, entre o fim do Juízo Investigativo, e a vinda de
Jesus para arrebatar a Igreja. Nesse espaço de tempo, ninguém mais poderá se
converter e se salvar (Cf.: O Conflito dos Séculos, capítulo 28. Sugiro que você
leia todo este capítulo). É que, segundo ela, o tempo da graça terá, então,
findado. Ora, se assim é, talvez estejamos evangelizando em vão. A partir de
1844, já não há mais como garantir ao pecador: “Crê no Senhor Jesus Cristo e
serás salvo, tu e a tua casa” (At 16.30), visto que podemos estar naquele
espaço de tempo existente entre o fim do Juízo Investigativo, e a vinda de
Cristo para arrebatar a Sua Igreja, período este que, segundo Ellen White, a
porta da graça estará fechada. Mas, astuciosa e incoerentemente, os chefões
do Adventismo não passam essa insegurança em seus sermões. E essa
sonegação de informação é, sim, indício de desonestidade. É! Um abismo
chama outro abismo! Podemos considerar como genuinamente cristã, uma
"igreja" que não assegura a salvação dos que crêem no Evangelho? Os
poderosos chefões do Adventismo dirão que eles não o fazem, mas há aqui as
seguintes dificuldades: 1) Se não o fazem, são hipócritas, o que também
descaracteriza qualquer associação que arrogue a si o título de cristã; 2)
Fazem sim, e por escrito, pois difundem o livro O Conflito dos Séculos, op. cit.,
fruto da maldita pena de Ellen White, que garante que assim é. Este diabólico
livro é apresentado ao público ledor, como obra de grande valor, do qual se diz
até que é tão inspirado por Deus quanto a Bíblia (Veremos isso no capítulo IX).
Estribamo-nos em Gn. 1: 5, para mostrar que um par de “tarde e manhã”
corresponde a um dia. Mas, obviamente, as tardes e manhãs de Dn 8.14
correspondem às nove horas da manhã e às três da tarde, já que o contexto
fala de sacrifícios, e era nestes horários que se sacrificava a Iavé. Isto, porém,
em nada altera o nosso raciocínio anterior, segundo o qual 2300 tardes e
manhãs representam 1150 dias; visto que, de qualquer forma, continuamos
tendo 1150 pares de “tardes e manhãs”.
CAPÍTULO VIII
AS CONTRADIÇÕES DE ELLEN WHITE
Ora, sabemos que (de acordo com o contexto) quem, nesta passagem, se dirige ao diabo, é o próprio
SENHOR (“Anjo do Senhor”, segundo algumas traduções), isto é, Jesus Cristo, de acordo com
renomados teólogos evangélicos. E, sendo assim, encontramos aqui o próprio Jesus pré-encarnado,
agindo tal qual Miguel agira, quando de seu embate com o diabo. Isto constitui prova de que o fato de
constar em Jd 9 que Miguel disse a Satã, “o Senhor te repreenda”, não testifica contra a Deidade
natural e plena deste Arcanjo. Isto posto, ele pode, sim, ser Jesus, mesmo se expressando deste modo.
E a prova disso, repito, é o fato de Jesus ter falado dessa mesma maneira em Zc 3.2. Doutro modo, o
SENHOR (Iavé, no original) falante, mencionado no texto em questão (Zc 3.2), seria alguém inferior
a Cristo; com o que, não só os adventistas, mas também os evangélicos, discordariam.
Bem, quando coloquei que o fato de o arcanjo Miguel haver dito a Satanás “O Senhor te repreenda” (Jd
9), prova que ele não é Jesus, estava apenas querendo reforçar este parecer, visto que isto já ficou elucidado
categórica e peremptoriamente, quando explanei Dn 10. 13. Portanto, ainda que eu tivesse sido infeliz ao
recorrer a Jd 9 objetivando maior elucidação sobre esta questão, permaneceria de pé a explicação que dei
referente a Dn 10.13. Atente para o fato de que o que eu disse sobre Jd 9, está sendo contestado com Zc 3.2,
mas o que afirmei acerca de Dn 10.13, emudeceu os oponentes. E, se o que queremos, não é “sair vitorioso
no debate, ainda que para isso tenhamos que procurar chifre em cabeça de cavalo”, mas sim, a extração da
verdade, assim como a sua exposição, devemos concluir que deveras Dn 10.13 não deixa dúvida de que
Miguel não é Jesus; e que, quanto a isso, a conferência está encerrada, isto é, esta questão já não mais está
em discussão. E no que diz respeito à minha dissertação a respeito de Jd 9, podemos até divergir, e,
concomitantemente caminharmos juntos para o Céu, considerando que, de um jeito ou de outro, a heresia de
perdição que leva para o inferno, que é a falsa conclusão de que Jesus é apenas “um dos primeiros
príncipes”, já foi rechaçada.
Mas (verdade seja dita), uma vez que eu levantei uma questão à base de Jd 9, por mais lógica que a
mesma possa me parecer, não posso negar aos meus interlocutores o direito de me refutar. E, confesso, a
refutação ao meu colóquio baseado em Jd 9, embora equivocada, tem uma roupagem de ortodoxia (ou seja,
uma aparência com a verdade) que só vendo. Realmente, este argumento calcado em Zc 3.2, apresentado
pelo aludido oponente, parece ser tão lógico e verdadeiro quanto ao que eu dissera enquanto discorria sobre
Jd 9. Todavia, como nenhum de nós ignora, sempre que duas pessoas divergem sobre uma mesma questão,
no mínimo uma está errada. Isto significa que o leitor pode até ficar em cima do muro, sem saber de que lado
está a verdade, ou decidir a meu favor, ou ainda ombrear o meu oponente, mas jamais poderá dizer que
ambas as idéias estão certas. E, sendo assim, quem é o errado? Bem, é princípio elementar da Hermenêutica
que todo texto tem que ser interpretado à luz do contexto. À parte do contexto, todas as possibilidades são
possíveis. Sugiro, pois, que o leitor leia Jd 9 à luz do contexto e veja que Judas contrasta Miguel com os
ímpios “que negam a Deus, único dominador e Senhor nosso, Jesus Cristo” (vv. 4), e “...rejeitam a
dominação e vituperam as dignidades” (vv. 8). Enquanto o arcanjo Miguel, embora superior a tais
arrogantes, foi comedido no trato para com Satã, limitando-se a dizer-lhe, “O Senhor te repreenda” (vv. 9.
Grifo nosso). Grifei “repreenda” porque quero que o leitor atente para o tempo verbal. É claro que o leitor
sabe que “repreenda” não é o mesmo que “repreende”. Neste caso, o verbo está no presente do indicativo, e,
por isso mesmo, indica que a repreensão está acontecendo; mas naquele, o verbo está no subjuntivo, e
expressa apenas um anelo, com sabor de invocação a Deus, para que este interviesse sem delonga, em seu
(do arcanjo Miguel) socorro. Ora, é claro que em jd 9, o contexto faz saltar à vista que o falante não é
nenhum dos integrantes da Divindade, visto que qualquer dos membros da Santíssima Trindade pode sim, de
per si, em Seu próprio nome, sem megalomania alguma, repreender o diabo. O fato de Miguel não ousar a
tanto, mas apelar para que Deus o fizesse, evidencia que ele não se julgou à altura fazê-lo, o que prova, sim,
que ele sabe que há entre ele e Deus um intransponível hiato. E, se não é Deus, então não é Jesus, já que
Cristo o é. Até porque Jesus não agiu assim nem mesmo nos dias da Sua humilhação, após se humanizar,
durante o Seu Ministério terreno. Naquela época já dizia Ele: “Vai-te, Satanás...” (Mt 4.10). Então, não só
Ele, mas até os simples mortais que se valiam do Seu nome, punham os demônios para correr (Mt 10.8; Mc
16. Lc 10.17). E isto prova que o nome de Jesus tivera, tinha e tem poder sobre o diabo.
Mas, de um jeito ou de outro, não é verdade que em Zc 3.2 temos o próprio Jesus, pré-encarnado,
dizendo ao diabo “O SENHOR te repreende”? Sim, temos; mas atente para o fato de que na Almeida Revista
e Corrigida, o texto diz “repreende”, e não “repreenda”.
É verdade que em algumas Bíblias consta “repreenda” em Zc 3.2. E não é totalmente sem razão que
alguns editores optam por traduzir assim, visto que o original não é claro, gerando notável dificuldade de
tradução. Só o contexto pode levar um tradutor a se posicionar quanto a isso, e essas divergências certamente
perdurarão mesmo em meio a acirrados debates. Ora, já que na Bíblia há textos de difícil interpretação (2Pe
3.16), que, por sua vez, geram dificuldades de tradução, dificuldades estas que dividem os eruditos,
obviamente nos é bom ouvir ou ler o que esposam tais peritos bíblicos em defesa de seus ponto de vista.
Apreciemos, então, o que exararam os comentaristas da Bíblia de Estudo Pentecostal, em consideração a Jd
9: “[...] o poderoso arcanjo Miguel recusou-se a insultar Satanás, mas confiou no poder de Deus [...]”. Mas,
de Zc 3.2, eles registram outra observação. Queira ver: “[...] o próprio Deus resistiu a Satanás, e o
repreendeu [...].” Logo, neste caso, diferentemente do que disseram de Miguel em Jd 9, os eruditos em
questão não vêem um falante comedido, mas ousado. E, _ toma-se nota _, o dito falante age, segundo os
referidos comentaristas, em Seu próprio nome. E se Ele age em Seu próprio nome, então a versão preferível
deve ser “repreende”, e não “repreenda”. E o porquê, nós já vimos acima, enquanto considerávamos os
respectivos tempos dos verbos em lide.
Além do que disseram os comentaristas da Bíblia de estudo supracitada, em alusão a Zc 3.2, os
elaboradores dos estudos constantes da Bíblia Vida Nova registram o que se segue: “Deus responde a
Satanás. Te repreende. [...]” (Grifo no original).
Sabemos que a Trindade é tríplice quanto às pessoas que a integram, mas uma, no que diz respeito à
essência da Divindade. Logo, há um só Jeová, não há dois ou três Senhores, nem tampouco mais de um
Deus. E, sendo assim, Zc 3.2 exibe o próprio Deus repreendendo ao diabo, já que nos diz que “O SENHOR
disse a Satanás: O SENHOR te repreende”. Ora, se há um só Senhor (Ef 4.5), então o falante e o
repreendedor são um só e o mesmo Deus. Deste modo, salta aos olhos que não temos em Zc 3.2 um caso tal
qual o de Jd 9. O contexto deste texto nos fala de um ser recorrendo ao auxílio do seu maioral, mas o daquele
nos mostra o próprio Jeová peitando o Bicho Ruim. Sim, visto que nenhuma das Pessoas da Trindade se
limita a aspirar que Satã seja repreendido, nem tampouco necessita recorrer a qualquer das outras duas
Pessoas que compõem a Divindade, para se defender. O Filho de Deus, uma vez humanizado, poderia fazer
isso; mas antes de se humanizar, não. Temo, pois, no versículo em análise, que Deus mesmo repreende ao
seu opositor.
Pode-se ver (à luz do contexto) em Jd 9 que Miguel concluiu não ser da sua competência amaldiçoar o
diabo em seu próprio nome, por cujo motivo apelou que o Senhor o fizesse. Ora, a Santíssima Trindade não é
uma escadinha de Deuses formada por três degraus, antes os “três são um” (Jo 5.18; 10.30; 1Jo 5.7). Estaria
o Pai à altura de fazer algo que fuja da alçada do Filho? É o Pai mais ousado do que o Filho?
O Filho de Deus, mesmo depois de humanizado, mandou que os Seus discípulos expulsassem os
demônios em Seu nome (Lc 10.17). Ora, se podemos expulsar os demônios no nome de Jesus, desnecessário
é dizer que Cristo o faz em Seu próprio nome. Sim, do fato de se fazer algo em nome de alguém, subentende-
se que o mandante o faz em seu próprio nome. Douto modo o outorgante seria um falsário. E, sendo assim,
por que o não teria feito em Jd 9?
A palavra traduzida por “repreenda” (VEpitimh,sai) em Jd 9, é a mesma usada pelos tradutores que
elaboraram a Septuaginta, ao traduzirem Zc 3.2. Todavia, certamente os adventistas não ignoram que
nenhuma tradução goza da Inspiração Verbal e Plena, própria da Escritura original. Todos os peritos bíblicos
sabem que muitos dos equívocos existentes até hoje em diversas traduções, nasceram na Septuaginta e nos
foram repassados pela Vulgata Latina, que, por sua vez se inspirou na tradução latina levada a cabo em 170
d.C. Ademais, já notamos que há eruditos sustentando que em Zc 3.2 o próprio SENHOR repreende ao
Maligno, e que não poderia ser diferente, já que há um só SENHOR.
O ponto alto de tudo que dissemos até aqui, independentemente de a tradução correta de Zc 3.2 ser
“repreende” ou “repreenda”, à luz de Dn 10.13 Miguel não é Jesus, e que Jd 9 reforça esta idéia; e que apelar
para Zc 3.2, intuindo provar que Jd 9 está sendo mal interpretado mim, é desconversar. Lembre-se que eu
não sou Deus e que, por isso mesmo, interpreto erradamente vários textos bíblicos. Mas, se o que queremos,
é ir para o Céu, precisamos parar de confundir o Criador com a criatura, já que isso está induzindo os
adventistas a negarem a singularidade de Cristo. Ainda que tudo quanto eu disse de Jd 9 e Zc 3.2 esteja
errado, isso não vai impedir a minha entrada no Céu, visto que de um jeito ou de outro, não estou
degradando a Cristo. O mesmo, porém, não se pode dizer dos que sustentam que Jesus é “um dos primeiros
príncipes”. Não!!! Jesus é “O”!!!!
A errônea crença de que Jesus é Miguel, pregada pelos adventistas, foi ensinada também pela senhora
White. São dela estas palavras:
Moisés passou pela morte, mas Cristo desceu e lhe deu vida antes que seu corpo visse a corrupção.
Satanás procurou reter o corpo, pretendendo-o como seu; mas Miguel ressuscitou Moisés e levou-o
ao Céu....Satanás maldisse amargamente a Deus, acusando-o de injusto por permitir que sua presa lhe
fosse tirada; Cristo, porém, não repreendeu a seu adversário, embora fosse por sua tentação que o
servo de Deus houvesse caído. Mansamente remeteu-o a Seu Pai, dizendo: ‘O Senhor te repreenda’
“(Primeiros Escritos. 3ª edição,1988, página 164, grifo nosso).
Aqui, a senhora White está expondo o que Deus lhe teria revelado acerca de Judas 9, que nos fala da
mais que mencionada contenda que se deu entre o arcanjo Miguel e o diabo. E como vimos, ela disse sem
rodeios que o arcanjo Miguel é o Senhor Jesus.
É fácil raciocinar à base da Bíblia e ver que Jesus não é Miguel. Mas, como essa heresia é uma das
obras da senhora White, mulher essa de grande prestígio entre os adventistas, fica difícil convencê-los de que
isso é heresia. Todavia, o que é difícil ou até mesmo impossível aos homens, é facílimo para Deus. Não
desistamos, pois. Persistamos na oração e no ensino da Palavra, confiantes no poder do Espírito Santo. “A
semente do Evangelho, em vão não se semeia”.
9.2.2. Jesus Era Pecador Por Natureza?!
Outra doutrina diabólica pregada pelo Adventismo do Sétimo Dia acerca da Augusta Pessoa de Jesus
Cristo é que, segundo essa seita, Jesus também herdou a natureza pecaminosa. Senão, vejamos o veneno que
Ellen White e seus discípulos estão espalhando por aí:
“...Cristo tomou sobre Si as fraquezas da humanidade degenerada...” (O Desejado de Todas as Nações,
Ellen G. White, CPB, 37ª edição, página 82).
Em sua humanidade, Cristo participou de nossa natureza pecaminosa, caída. De sua parte humana, Cristo
herdou exatamente o que herda todo o filho de Adão_uma natureza pecaminosa” (Estudos Bíblicos, CPB,
edição de 1979, páginas 140_141).
Agora, compare a aberração acima com a Bíblia e veja quão diferente do “Jesus” adventista, é o Jesus
da Bíblia!: “Porque nos convinha tal sumo sacerdote, santo, inocente, imaculado, separado dos pecadores, e
feito e feito mais sublime do que os céus” (Hb7.26). sim, o Adventismo prega outro Jesus (2Co 11.4)
Se Jesus fosse o que os adventistas dizem, Seu sacrifício na cruz não seria substitutivo e, portanto, não
teria valor salvífico. Um pecador, ainda que apenas por natureza e, portanto, sem culpas pessoais, não
poderia sofrer no lugar dos demais. A justiça Divina exigia que um justo pagasse por nós, e não que um
pecador sofresse no lugar dos demais. Se Jesus fosse pecador por natureza, Ele seria condenado juntamente
conosco, e não em nosso lugar.
Jesus, além de não ter culpas pessoais, era também isento do pecado original, isto é, Ele não tinha a
natureza pecaminosa comum a todos nós. Os adventistas, porém, ensinam diferente.
Certo medalhão adventista se “defendeu” dizendo que nem todos os adventistas pensam assim.
Concordamos, mas convenhamos que:
1) O Adventismo do Sétimo Dia prega isso oficialmente;
2) Ellen White ensinava isso;
3) Todo adventista típico reconhece Ellen White como profetisa de Deus, o que implica em reconhecer que o
que ela falou de Jesus é a expressão da verdade, e, que portanto, Jesus deve ser o que ela disse dEle;
4) Isso caracteriza o Adventismo como seita;
5) Quem não protesta isso é condizente, visto que quem cala consente.
9.3.2. Proselitista
“Proselitismo” ou “pescaria de aquário” são, numa conceituação particular, jargões evangélicos que
designam os que hipocritamente tremulam bandeira evangélica, no intuito de se infiltrar entre nós, a fim de,
desse modo, nos conquistar para as suas fileiras. Os adventistas são hábeis pescadores de evangélicos. Logo,
são o que chamamos de proselitistas. Senão, vejamos as evidências abaixo:
3ª) O “pastor” Alejandro Bullón, um dos expoentes dos adventistas, prefaciou o referido livro, esbanjando
elogios, o que prova que o senhor Alejandro também pesca no aquário evangélico.
4ª) Este autor vem sendo assediado pelos adventistas desde quando era novo convertido. Temos recebido
cartas até da liderança dessa seita, convidando-nos a participarmos de seus “Estudos Bíblicos” a fim de
inteirarmos da Mensagem Adventista. Ora, se são evangélicos, então não têm nenhuma novidade para nós; e,
se têm algo novo a oferecer-nos, então não são do nosso grupo. É como dizia o ex-Padre Aníbal: “O diabo
não consegue esconder o rabo”.
5ª) Já tivemos que socorrer muitos irmãos em Cristo, especialmente novos convertidos, vítimas de sérias
dúvidas que lhes foram inculcadas pelos adventistas.
9.3.3. Sorrateiro
Primeira prova:
Faz parte da estratégia proselitista dos adventistas, dirigir-se às igrejas evangélicas, oferecendo-nos
seus livros. Chegam dizendo que tais obras são neutras, isto é, não entram no mérito das divergências
doutrinárias que há entre nós. Pura hipocrisia! Na obra intitulada As Belas Histórias da Bíblia, volume 1, a
guarda do sábado é enfatizada. Além disso, eles “dão” um “brinde”, a saber, um livro, no qual suas heresias
são defendidas com ardor. Por exemplo (embora mordendo e assoprando ao mesmo tempo), no capítulo 33
do livro O Grande Conflito (com o qual, geralmente presenteiam os que compram suas obras “neutras”), se
insinua que nós, pastores evangélicos, somos agentes do diabo, por pregarmos que: a) a alma sobrevive à
morte do corpo; b) os homens que se perderem, o diabo, e os demônios serão atormentados eternamente. É
esse alimento estragado que as ovelhas recebem, quando um pastor evangélico, que ainda não saiba o quanto
o Adventismo é perigoso, permite, às vezes até por escrito, que esses lobos invadam seus apriscos e devorem
as ovelhas que o sumo Pastor pôs sob o cajado que Ele lhes confiou.
Essa estratégia “missionária” dos adventistas, além de não ser dispendiosa (nós os pagamos para que
nos “evangelizem”), é altamente rentável, visto que desse modo a editora deles fatura alto sobre nós.
Segunda Prova
Na Revista Adventista de abril/98, os adventistas são aconselhados a não dizer que eles são o único
povo que tem a verdade, bem como a única e verdadeira Igreja, caso haja não adventista por perto.
Atentemos para o fato de que não se proíbe dizer isso, mas tão-somente sugere que se evite expressar assim,
na presença dos que não são adventistas.
Terceira Prova
O grande apologista Aldo Menezes, referindo-se ao “pastor” Alejandro Bullón, disse: “Quem ouve seus
sermões cristológicos pensa tratar-se de um adventista diferente, que prega exclusivamente a Cristo, e não a
guarda da lei e de um descanso sabático. Mas a coisa não é bem assim. Numa entrevista à Revista
Adventista (janeiro/97), p.17, perguntou-se a Bullón: ‘Parece que a comunidade evangélica tem sido mais
tolerante com a Igreja Adventista. Mudou a Igreja, ou mudaram as pessos?’ Ele respondeu: ‘A Igreja não
mudou, a doutrina não mudou. Mudou a ênfase que damos à mensagem. Antes, fomos ensinados a destacar
os resultados da salvação. Hoje, a ênfase está na causa da salvação que é Cristo. Quando pregamos a
Cristo e o evangelho, naturalmente, os evangélicos abrem o coração à nossa mensagem’. Sua resposta é
reveladora: Antes, enfatizavam o resultado da salvação, que segundo a literatura adventista inclui a guarda
do sábado e o reconhecimento do ‘espírito de profecia’ na pessoa de Ellen White etc.. Hoje, enfatizam o
Salvador, deixando o ‘resultado da salvação’ para depois. Com isso ficou mais fácil atrair o coração dos
evangélicos para a ‘mensagem adventista’ ” (Agir Notícias, órgão oficial da AGIR__Agência de
Investigações Religiosas__ Ano II, número 6, maio/junho de 1998, página 1. Grifo nosso.). Você captou a
mensagem? A estratégia atual é fazer com que pensemos que eles são iguais a nós e assim nos atrair à seita
deles para depois nos intoxicar com suas heresias.
Relembramos que o “pastor” Alejandro disse que “A questão não é simplesmente se posso ou não
posso comer carne de porco, se devo ou não devo guardar o domingo...O assunto é muito sério. È uma
questão de vida ou morte, de salvação ou perdição...” (Assim Diz o Senhor, Lourenço Gonzalez, página 5,
supracitado).
Quarta Prova
Um cantor adventista, cujo nome omitiremos por não termos gravado sua declaração, após ser por nós
encurralado, nos disse: “Todo pastor que não prega as doutrinas bíblicas pregadas pelo Adventismo do 7º
Dia, é, das duas, uma: Ou um mal informado ou um obstinado, visto que doutro modo, ele seria adventista”.
Esse lobo anda por aí, se infiltrando entre nós, no intuito de abocanhar uma ovelhinha desprevenida. Esse
“malabarista”, por não saber onde este autor congrega, se oferecera a um de nossos diáconos para cantar na
nossa igreja. O que ele pretende com isso, já que ele nos considera como falsos profetas? Converter-nos ao
Adventismo, é a resposta.
Quinta Prova
Com quem os atuais adventistas aprenderam esse vergonhoso proselitismo? Com a senhora Ellen
White, é a resposta franca e sincera. Eis a prova:
“Temos uma obra a fazer por ministros de outras igrejas. Deus quer que eles se salvem.
Nossos ministros devem buscar aproximar-se dos ministros de outras denominações” (Testemunhos
Seletos, Volume II, 2ª edição de 1956, página 386).
Esse malabarismo dos adventistas os torna mais perigosos do que os testemunhas de Jeová, os
mórmons e outros. É que estes batem de frente conosco, tachando-nos de falsos profetas na cara. Mas os
adventistas, embora pensem assim também, não nos dizem isso nos primeiros contatos, a fim de não
espantarem a presa. Essas estratégias têm funcionado, pois é grande o número de evangélicos que se deixam
levar, ora afirmando que os adventistas são evangélicos, ora até mesmo se filiando a essa agremiação
herética, o que demonstra ter um fundo de verdade o seguinte provérbio: “Que Deus me defenda dos meus
amigos, porque dos meus inimigos me defendo eu”.
Sexta Prova
Outra estratégia proselitista dos adventistas consiste em oferecer às igrejas evangélicas palestras sobre
dependência química, prevenção às drogas, Medicina Natural etc.. Usam esses temas não religiosos para se
infiltrar entre nós, conquistar nossa simpatia e injetar o veneno. Não aceite essa “ajuda” do Inimigo. É
preferível convidar um ateu, a ouvir esses proselitistas.
Vigie, ó irmão!
Atentemos com mais diligência para a Palavra do Senhor que nos adverte: “Acautelai-vos... dos falsos
profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas interiormente são lobos devoradores” (Mt. 7.15). Na
opinião deste autor, de todos os lobos, os que melhor se vestem como ovelhas são os adventistas. É que eles
pregam tudo quanto nós pregamos, mais alguma coisa. E é aí que mora o perigo. São como os gálatas, os
quais, além de crer que Jesus é o Salvador, criam paralelamente que a circuncisão, a guarda do sábado e
outros preceitos da Lei, eram imprescindíveis à salvação, como já demonstramos em 2.3.
EPÍLOGO
Já encontramos muitos “adventistas” de cuja salvação não podemos duvidar. Não há um único
adventista salvo. Mas há “adventistas” que não são adventistas de fato, pois não crêem na infalibilidade das
obras literárias de Ellen G. White; que Jesus é o Arcanjo Miguel; que Jesus é portador da natureza
pecaminosa; que os nossos pecados serão postos sobre Satanás; que em 1.844 iniciou a purificação do
santuário celestial, ou o Juízo Investigativo, bem como não se prendem à guarda do sábado, nem tampouco
ao cardápio judaico de Lv. 11, e outras práticas judaizantes que caracterizam o Adventismo. E, sobretudo,
não são hipócritas. Sim, há adventistas e “adventistas”. Há até adventistas que empreendem abrir os olhos
aos seus correligionários, mostrando-lhes pela Bíblia, os erros nos quais laboram.
Damos aos adventistas que já enxergaram que o Adventismo é falso, os seguintes conselhos:
1º.) Mostre aos seus correligionários a verdade que você descobriu;
2º.) Pare de contribuir com dízimos e ofertas para manutenção dessa seita; dê suas contribuições
financeiras a um trabalho sério;
3º.) Saia dessa “igreja” e vincule-se a uma igreja realmente evangélica, isto é, a uma igreja que
tenha a Bíblia como sua única regra de fé e prática e que não subestime o precioso sangue de
Jesus (Ap. 18.4; Hb. 10.29; II Co. 6.17,18). Não alimente a falsa idéia de mudar a “Igreja”
Adventista. Tente mudá-la fora dela. A primeira pessoa que você precisa tirar do Adventismo é
você.
Que os adventistas não nos considerem como inimigos por causa destas linhas (Gl. 4.16), pois as
mesmas não têm por finalidade ridicularizá-los, mas, sim, despertá-los para a realidade de que estão sendo
enganados por Satanás. Como o Apóstolo Paulo se dirigiu aos gálatas, nos dirigimos aos adventistas, pois
estes também estão separados de Cristo e caídos da graça (Gl. 5.4). E o motivo pelo qual estão nesse precário
estado, é o mesmo que vitimou os gálatas: não confiam só no sangue de Jesus. Consideram-no necessário,
porém, insuficiente. Aliás, a situação dos adventistas é mais grave do que a dos gálatas. Estes estavam
(segundo afirmou Paulo em Gl. 5.4) separados de Cristo e caídos da graça porque confiavam em Cristo e na
Lei de Moisés. Mas aqueles confiam em Cristo, na Lei de Moisés e no sacrifício expiatório que será efetuado
na pessoa do diabo, o qual só será extinto após pagar tintim por tintim pelos pecados dos verdadeiros
penitentes (segundo os adventistas).
Ó prezados adventistas! como amo a todos vocês! Como aspiro encontrá-los na Glória Celestial!
Seguremos juntos, portanto, com as duas mãos, a salvação pela graça por meio da fé (Ef. 2.8,9). Que o
Espírito Santo abra os olhos do nosso entendimento para enxergarmos a sã doutrina e distingui-la daquilo
que apenas aparenta sê-lo!
Amém
Obrigado por você nos ter dado a honra de ler este livro.
P.S.:
O dinheiro que obtemos através de doações e venda de nossos livros, não é usado em
mordomias, mas na realização da Obra de Deus, como, por exemplo, lançamentos de
novos títulos; novas edições dos livros que já vieram a lume; distribuição de folhetos
evangelísticos; bem como outras necessidades inerentes à Obra Missionária que Deus
nos confiou. Este autor é Missionário autóctone de tempo integral na Obra de Deus.
Estamos, pois, à disposição de Deus e da Noiva de Cristo, isto é, a Igreja. Fazemos
cruzadas evangelísticas e ministramos, nas igrejas que nos convidam, seminários
semanais sobre Heresiologia. Associe-se a nós, e juntos evangelizemos o Brasil e o
mundo!
Sabemos que são muitos os espertalhões que vivem às custas da “lã” das ovelhas de
Cristo. Logo, se por este motivo você teme nos apoiar, sugerimos que ore ao Senhor,
perguntando a Ele se somos ou não sérios. E só contribua após ouvir a Sua voz.
BIBLIOGRAFiA
I. Obras Evangélicas
1) ALMEIDA, Abraão de. O Sábado, A Lei e A Graça. CPAD. Casa
Publicadora das Assembléias de Deus.
2) ARAÚJO, Ubaldo Torres de. O Adventismo.
3) CABRAL, J. Religiões, Seitas e Heresias. Universal Produções.
4) Defesa da Fé (Revista editada pelo ICP, Instituto Cristão de Pesquisas;
vários exemplares).
5) Desafio das Seitas (Jornal editado pelo CPR, Centro de Pesquisas Religiosas;
vários exemplares).
6) OLIVEIRA, Raimundo F. de. Como Estudar e Interpretar a Bíblia. CPAD
7) OLIVEIRA, Raimundo F. de. Seitas e Heresias, Um Sinal dos Tempos.
8) PAXTON, Geoffrey F. O Abalo do Adventismo. JUERP
9) REIS, Aníbal Pereira. Dos. A Guarda do Sábado. Caminhos de
Damasco.
10) RINALDI, Natanael e ROMEIRO, Paulo. Desmascarando as Seitas.
CPAD.
11) Agir Alerta (Jornal editado pela AGIR, Agência de Informações
Religiosas; vários exemplares).
12) Bíblia de Estudo Almeida. SBB_Sociedade Bíblica do Brasil
13) A Bíblia Vida Nova. Bíblia de estudo editada pela S.R. Edições Vida
Nova
14) Bíblia de Estudo Pentecostal.__CPAD__Casa Publicadora das
Assembléias de Deus
15) ) Bíblia de estudo editada pela Edições Paulinas (editora católica)
16) Bíblia de estudo editada pelo CBC_Centro Bíblico Católico
17) Série Apologética, Volume III, ICP_Instituto Cristão de Pesquisas_
edição de 2002
18) AnaMaria (Revista). 31 de agosto de 2007. São Paulo: Editora Abril
II. Livros do Adventismo
CHRISTIANINI, Arnaldo B. Radiografia do Jeovismo. CPB__Casa Publicadora
Brasileira. Esta é a editora dos adventistas.
2) CHRISTIANINI, Arnaldo B. Subtileza do Erro. CPB.
3) Nisto Cremos. CPB.
4) WHITE, Ellen G. Fundamentos da Educação Cristã. CPB.
5) WHITE, Ellen G. Medicina e Salvação. CPB.
6) WHITE, Ellen G. O Conflito dos Séculos. CPB.
7) SILVA, Lourenço Gonzalez. “Assim Diz o Senhor”, produção
independente, 1986.
Você pode obter muitas informações sobre seitas e heresias, acessando o site
acima.
SOBRE O AUTOR:
O Pastor Joel Santana leciona Heresiologia, Teologia Sistemática e História
Eclesiástica em vários Seminários Teológicos no Rio de Janeiro/RJ.
prjoel@pastorjoel.com.br
Rio de Janeiro/RJ