Documenti di Didattica
Documenti di Professioni
Documenti di Cultura
Apostasia
Dene McGriff
Tradução: Mary Schultze - novembro 2006
http://cpr.org.br/McGriff-01.htm
Parte 1 - Reconhecendo o
Engodo
O que eles não querem que você
saiba
Capítulo 1 - A Necessidade de
Revelação Divina
(The Need for Divine Revelation)
O próprio Deus fez-Se conhecido ao homem por divina revelação. O homem
não entende as coisas de Deus apenas com a mente. De fato, somos alienados
de Deus e Seus inimigos em nossa mente (Colossenses 1.11 - Romanos 8.7).
Necessitamos de uma mente renovada (Romanos 12.1). “O espírito é o que
vivifica, a carne para nada aproveita; as palavras que eu vos disse são espírito e vida”
(João 6.63).
O entendimento das coisas espirituais não vem através do estudo, da
leitura ou do pensamento sobre Deus. Também não vem do exercício da vontade
e da busca em conhecê-Lo, ou abrir as emoções para senti-Lo. Não se pode
chegar a Deus seguindo uma fórmula ou forma, indo a uma igreja ou a um
“homem santo”. Não há intermediários! Só se pode compreender Deus quando
Ele próprio a nós Se revela.
O Homem é feito de corpo, alma e espírito. Somente o espírito humano
pode compreender Deus. “Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem
em espírito e em verdade” (João 4:24). Permitam-me parafrasear: “A Essência de
Deus é espírito, e os que desejam comunhão com Ele devem fazê-lo com o seu
espírito humano”. Esta é a essência da vida cristã. Não é com doutrina, ensinos,
agindo de certa maneira, indo à igreja ou à escola dominical. É tendo uma
relação com Deus! Não é aprendendo, estudando, pensando e meditando. É
chegar a Deus com o nosso espírito humano. Se uma luva é feita conforme a
mão, ela não preenche o seu propósito, até que seja calçada pela mão. Do
1
mesmo modo, o homem é feito à imagem de Deus, (Gênesis 1:26) e não tem
propósito algum, até atingir essa “imagem”- o espírito humano recebe vida e é
habitado por Ele!
Por favor, leia João 3. Por causa do pecado e da queda do homem, a
terceira parte do nosso ser, o espírito humano, ficou morta. Um erudito sacerdote
judeu, estando com Jesus, perguntou-lhe: “...Rabi, bem sabemos que és Mestre,
vindo de Deus; porque ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se Deus não for
com ele. Jesus respondeu, e disse-lhe: Na verdade, na verdade te digo que aquele que
não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus. Disse-lhe Nicodemos: Como pode
um homem nascer, sendo velho? Pode, porventura, tornar a entrar no ventre de sua
mãe, e nascer? Jesus respondeu: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não
nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus. O que é nascido da
carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito”. (João 3:2-6).
Então, o que acontece quando somos salvos? Nosso espírito humano é
trazido à vida e literalmente nasce de novo, pois o Espírito de Deus traz o espírito
humano à vida e o toma como habitação. Logo que isso acontece, temos a
revelação divina dentro de nós. Mais que repentinamente, nossa condição
humana e o que Deus fez no Homem-Deus, Jesus Cristo, faz sentido. Sentimo-nos
atraídos para Ele, agradecidos a Ele e amando-O. Acontece uma mudança, uma
centelha de vida, que todo cristão novo experimenta. Não é uma experiência
intelectual, nem emocional, mas uma experiência espiritual, que não pode ser
explicada racionalmente.
Com a revelação do Espírito em nós, quanto mais lemos a Bíblia, mas ela
faz sentido. Quando a líamos antes, nada fazia sentido. Agora faz. Entendemos o
eterno plano e propósito de Deus, de como desde o exato início do Antigo
Testamento Ele tinha um plano para trazer de volta o homem à comunhão com
Ele. Em Gênesis 1:7 lemos: “Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa
semelhança...” Tomemos, por exemplo, a luva: para que é feita? Para ser
preenchida com areia? Com água? Não, obviamente a luva encontra o seu
propósito e significação quando calçada pela mão humana. Nenhum outro animal
foi feito à imagem de Deus -somente o homem. Mas o homem, orgulhoso e
arrogante, tenta preencher a “imagem de Deus” com todas as coisas, exceto com
Deus - conhecimento, riqueza, prazer, etc. Nesse caso, tentamos criar Deus à
imagem do homem. Sentimos que deveria haver um “Ser Supremo” em algum
lugar e então fabricamos Deus da maneira como imaginamos que Ele deveria ser.
O Homem adora o sol, a lua, os elementos, os ensinos e as doutrinas. Mas, a não
ser que aceitemos o plano de Deus e tenhamos o nosso espírito vivificado, temos
apenas nossa vã imaginação; não a verdadeira revelação.
A Bíblia diz: “Eu amo aos que me amam, e os que cedo me buscarem, me
acharão” (Provérbios. 8:17).
Quando você busca Deus, certamente O encontra. Ninguém pode fazer
isso por você. Não se trata de ser membro de uma igreja, de crer num conjunto
de ensinos ou de ter uma mudança de comportamento. É o caso de abrir o
coração e pedir-Lhe para revelar-Se a você e recebê-Lo cordialmente, aceitando o
Seu plano para a sua vida, a Ele se entregando totalmente. Se você deseja saber
o que a Bíblia quer dizer e conhecer o seu Autor, é preciso ter o seu espírito
humano vivificado pelo “novo nascimento” para, em seguida, receber a revelação
interior, a fim de ter uma relação com o próprio Deus! O Cristianismo é uma
questão de relacionamento, não de religião. Toda religião gira em torno de fazer
coisas, com alguém tentando ser bom, vivendo um padrão. O Cristianismo
significa ter uma relação com Deus, permitindo que Ele o transforme dia a dia.
1
Isso não quer dizer que o homem tenha deixado de reduzir o Cristianismo
formal a uma religião morta. Francamente, o sistema do clero/laicato, os edifícios
da igreja organizada, com suas cruzes e janelas adornadas de vitrais, grandes
corais e grupos de adoração e a “ordem de culto”, têm pouco, ou nada a ver,
com a verdadeira Igreja. Você pode imaginar a igreja primitiva com um boletim
impresso dizendo aos cristãos o que eles iriam fazer e quando? Onde fica a
liderança Espírito Santo nisso? Podemos antecipar o Seu mover uma semana
antes, quando o boletim é impresso e as canções são selecionadas? Não, isso é
mera religião! Não Cristianismo! Se Você já viveu no Sul, viu o Cristianismo
cultural em ação e todas as regras pelas quais terá de viver.
A igreja primitiva foi edificada com homens e mulheres comuns, os quais
eram estimulados por uma vida interior que tanto haviam descoberto e desejado,
renunciando a tudo, inclusive às suas vidas, por amor ao seu Salvador e Deus. O
problema com o Cristianismo de hoje é que ele gravita apenas em busca de
agitação. O cântico congregacional e a oração pastoral nunca são espontâneos e
representativos da obra do Espírito Santo em Seu Corpo. O sacerdote ou pastor
se levanta para pregar e ensinar, enquanto a maioria das pessoas fica sentada
ali, por obrigação, escutando a mesma coisa, semana após semana, mês após
mês e ano após ano. O clero pode estar regurgitando sermões já escritos, ou até
mesmo podendo realmente saber como chegar ao Senhor em seu espírito
humano e obter nova revelação da Bíblia. Mas eles compartilham o
conhecimento, não a sua capacidade de transmitir essa revelação aos outros. Se
o clero realmente sabe como chegar a Deus, por que não compartilha essa
habilidade com o laicato e trabalham juntos numa ocupação?
Então, voltando ao reconhecimento do engodo, se você depende dos outros
(do seu pastor, dos grandes livros, e das grandes fitas e/ou programas de rádio
cristãos para a sua revelação), poderá ficar desapontado. Existem duas razões
básicas para isso. Primeira, conforme veremos no próximo capítulo, os pastores
e sacerdotes provavelmente estão lhe dizendo a coisa errada, porque estão
apenas lhe transmitindo os mesmos ensinos obsoletos que já receberam.
Segunda, e mais importante, a única proteção real que você tem é a sua
verdadeira relação pessoal com Jesus Cristo. Se você a tem, a Bíblia chegará viva
a você e o Senhor lhe abrirá os olhos para o que realmente está acontecendo
nos últimos dias. Sua percepção interior ficará tão elevada que você identificará
as mentiras e a simulação e terá força para se posicionar contra a onda de
opinião e os amigos que se opõem a você.
Eu encorajaria cada um de vocês a desenvolver sua relação com Deus e a
desejar segui-Lo para onde Ele os conduzir, aprendendo a escutar e a obedecer a
Sua voz, ainda que suave. É uma vergonha que o clero esteja perpetuando seus
empregos em vez de transmitir aos santos sua suposta habilidade de estar perto
de Deus e receber revelação da Palavra! Você não reconhecerá o engodo se
seguir um homem ou os seus ensinos. Precisa ter a sua própria relação e
revelação. Você vai responder diante de Deus, no Dia do Julgamento, por aquilo
que faz, e seguindo cegamente outros homens não ficará isento de prestar
contas. De fato, mais tarde mostraremos como tantos chamados lideres cristãos
estão resvalando pela trilha das desastrosas conseqüências do engodo. A Bíblia
diz claramente que haverá um grande desaparecimento de cristãos
[Arrebatamento], nos últimos dias, e isso não é o que está sendo pregado
atualmente nos púlpitos.
1
Então, tudo que este livro pretende é fazê-lo “Reconhecer o Engodo”.
Satanás está aí para enganar e tem tido um bocado de sucesso. Os Cristãos são
enganados o tempo todo; as seitas então repletas de cristãos “nascidos de
novo”, os quais têm sido ludibriados. E o fato é que todos nós somos
susceptíveis, se estivermos vivendo apenas em nosso “homem natural” e não no
espírito e com uma “mente renovada”. Pois, alguém dizer que de algum modo
temos imunidade contra o ser enganados é um pensamento deliberado, porque
deveria ser óbvio que os cristãos podem ser e têm sido enganados o tempo
inteiro. Alguns cristãos dizem que “quando chegar a hora, saberão o que fazer”.
Mas, se não conhecemos o Senhor e nem sabemos discernir os tempos atuais, as
chances não serão tão grandes de amanhã sermos bem sucedidos.
Esta é mais que uma razão para você embasar sua vida cristã sobre a sua
relação com o Senhor, em vez de depender do que os peritos lhe dizem. Você
precisa juntar-se a outros cristãos em comunidades vivas remanescentes da
igreja primitiva. Você precisa se conscientizar de que, provavelmente, sofrerá a
perda de todos os seus bens, de muitos relacionamentos que considera caros e,
eventualmente, de sua própria vida. Não se apegue ao mundo nem às riquezas,
firme-se no sofrimento do coração, pois as linhas de batalha estão se
aproximando. A Bíblia diz que o filho se voltará contra o pai e o pai contra o filho;
a mãe contra a filha e o irmão contra o irmão. Somente uma verdadeiro relação
com Deus irá protegê-lo do problema vindouro, possibilitando-o a sobrepujar a
onda de engodo que está varrendo a Igreja.
Somente a revelação divina ira protegê-lo do engodo vindouro. Você
precisa sair de sua cultura e da instituição cristã. Leia a Bíblia e peça ao Senhor
que fale com você, com um coração e mente abertos. Lembre-se que a Bíblia nos
diz que nos últimos dias a Igreja vai apostatar, portanto tenha cuidado. E se você
é cristão no “mundo ocidental”, e não pode ver o que está acontecendo hoje na
igreja, talvez já possa estar sendo enganado”. A Igreja tem estado se desviando
durante anos, porém nós somos como a rã na água quente e nos acostumamos à
elevação de temperatura. ******************************
Reconhecendo a
Apostasia
Dene McGriff
Tradução: Mary Schultze - novembro 2006
http://cpr.org.br/McGriff-02.htm
Parte 1 - Reconhecendo o
Engodo
1
O que eles não querem que você
saiba
Quando se escuta falar do assunto, são estas as opiniões conflitantes que se escutam.
O mais interessante é que na típica Igreja Americana não se ouve falar de profecia. Houve
uma conferência sobre a profecia, em Sacramento, com Tim LaHaye e outros notáveis,
porém tudo que disseram foi que “ninguém se preocupe porque em breve seremos todos
arrebatados e os problemas ficarão para trás, a fim de que os outros resolvam”. Quando se
consegue escutar um bom sermão sobre as profecias dos últimos dias, no púlpito de
1
algumas igrejas americanas, não será muita coisa, a não ser que o pregador fale de
escapismo ou dominionismo. O assunto é muito controverso para que pastor algum queira
se comprometer, de modo que ele sempre se detém nos itens básicos da salvação “aqui e
agora”, aconselhando a que se tenha uma vida decente em família, sendo responsável
diante da sociedade e com o seu próprio dinheiro, etc. Que não se fale, de modo algum, na
possibilidade de se perder a vida, a saúde e a os bens.
Quando se conversa com os pastores, eles sempre se queixam da falta de visão
espiritual do povo, pois este vive preso aos problemas do coração, ao lar, aos jogos, à
dança, aos esportes, à TV e à própria sobrevivência. Todos vivem preocupados em manter o
seu casamento, o controle sobre os filhos e os seus empregos. Criticam a igreja, o pastor, os
outros membros e os programas. Por que? Porque estão vivendo no tempo mais crítico da
história e não têm visão.
Estas são algumas das principais escolas de pensamento hoje, as quais estão levando
a média dos cristãos a uma trilha de erro. Elas podem ser mais ou menos classificadas pela
sua posição quanto ao Milênio (Reinado Milenar de Cristo, após o Seu Retorno). O grande
desvio e o engodo doutrinário mantido por esses grupos pode ser medido pela sua posição
em três itens: o Milênio, o Arrebatamento e Israel.
Os itens que vamos discutir abaixo são extremamente importantes. Por que? Porque
uma pessoa vai levar a vida conforme a sua maneira de pensar sobre o que vai acontecer.
Se as pessoas acharem que vão ser arrebatadas, ou simplesmente, entrar no reino, para
que se preocuparem? Se considerarem a possibilidade de passar pela pior de todas as
tribulações jamais vistas neste mundo, elas devem reavaliar cuidadosamente suas vidas e
para onde irão.
Os amilenistas acreditam que não haverá o Milênio. Eles crêem que o mundo vai
continuar sempre existindo. Historicamente, as igrejas liberais menos “evangélicas”, tais
como as presbiterianas, metodistas, congregacionais, que defendem a justiça social e o
evangelho social, têm assumido essa posição - a mesma defendida pelo Concílio Mundial
de Igrejas. Por causa dessa posição, elas acreditam que os cristãos estão na Terra para
melhorar o mundo, ampliando sua influência política, social e cultural, no sentido de evitar
que o mal prevaleça. Mais tarde veremos que essas igrejas poderão entrar, facilmente,
numa aliança com os dominionistas, os quais estão literalmente buscando trazer o Reino de
Deus à Terra. Outro grupo relacionado com esta visão são os “preteristas”, os quais
acreditam que já estamos vivendo no final dos tempos, a partir dos últimos 2.000 anos e,
portanto, a profecia já foi cumprida.
Os Pós-Milenistas acreditam que já estamos vivendo no período da Tribulação e
que Cristo não poderá voltar, até que a Sua Igreja se torne “semelhante a Ele”. Está é a
posição tradicional da Igreja Católica Romana, a qual tem-se esforçado para ter a Igreja
[Evangélica] sob a sua autoridade. Recentemente, os Vineyards e o Movimento Palavra de
Deus (o qual sempre foi 60% católico) e muitas igrejas e ministérios pentecostais, bem como
os anglicanos e luteranos, têm iniciado o seu caminho de volta ao rebanho católico
“dominionista”.
Estes dois grupos podem ainda ser apoiadores da Teologia da Aliança, a qual
acredita que os judeus perderam sua primazia e todas as promessas divinas
passaram à Igreja e, por terem sido infiéis a Deus, eles foram substituídos pela
Igreja (Teoria conhecida como Teologia da Substituição). Isso, apesar de
Romanos 11:1-26. A verdade é que Deus ainda mantém uma aliança com o Seu
povo, o qual, no final dos tempos, vai reconhecer Jesus como o seu Messias.
1
A opinião destes dois grupos é que não haverá Arrebatamento. A Igreja
jamais irá a parte alguma, por ser ela absolutamente essencial no seu papel de
converter o mundo inteiro, a fim de estabelecer o seu domínio sobre a Terra.
Logo que ela tiver cumprido a sua tarefa, Cristo poderá voltar, finalmente, para
governar o mundo.
Desde a segunda metade do século passado, os protestantes mais
fundamentalistas pertencem à escola pré-milenista de pensamento. Eles
acreditam que Jesus voltará no final de um período de sete anos, conhecido como
“Tribulação”, a fim de estabelecer o reinado de mil anos. Dentro do rebanho pré-
milenista existem três posições diferentes: O Arrebatamento pré-tribulacional
(pré-trib), o mid-tribulacional (mid-trib) e o pós-tribulacional (pós-trib).
Dispensacionalismo
1
queda é a riqueza do mundo, e a sua diminuição a riqueza dos gentios, quanto mais a
sua plenitude!
Porque convosco falo, gentios, que, enquanto for apóstolo dos gentios, exalto o meu
ministério;
Para ver se de alguma maneira posso incitar à emulação os da minha carne e salvar
alguns deles.
Porque, se a sua rejeição é a reconciliação do mundo, qual será a sua admissão, senão
a vida dentre os mortos?
E, se as primícias são santas, também a massa o é; se a raiz é santa, também os ramos
o são.
E se alguns dos ramos foram quebrados, e tu, sendo zambujeiro, foste enxertado em
lugar deles, e feito participante da raiz e da seiva da oliveira,
Não te glories contra os ramos; e, se contra eles te gloriares, não és tu que sustentas
a raiz, mas a raiz a ti. Dirás, pois: Os ramos foram quebrados, para que eu fosse
enxertado.
Está bem; pela sua incredulidade foram quebrados, e tu estás em pé pela fé. Então não
te ensoberbeças, mas teme.
Porque, se Deus não poupou os ramos naturais, teme que não te poupe a ti também.
Considera, pois, a bondade e a severidade de Deus: para com os que caíram,
severidade; mas para contigo, benignidade, se permaneceres na sua benignidade; de
outra maneira também tu serás cortado.
E também eles, se não permanecerem na incredulidade, serão enxertados; porque
poderoso é Deus para os tornar a enxertar. -
Porque, se tu foste cortado do natural zambujeiro e, contra a natureza, enxertado na
boa oliveira, quanto mais esses, que são naturais, serão enxertados na sua própria
oliveira!
Porque não quero, irmãos, que ignoreis este segredo (para que não presumais de vós
mesmos): que o endurecimento veio em parte sobre Israel, até que a plenitude os
gentios haja entrado.
E assim todo o Israel será salvo, como está escrito: De Sião virá o Libertador, E
desviará de Jacó as impiedades”.
Então, o que se infere destas Escrituras? Nós (a Igreja e Israel) estamos juntos nisso.
Fomos enxertados em Israel e Deus não descartou nenhum dos dois povos. Quando se lê
cuidadosamente o Livro de Apocalipse, a Igreja está presente em cada capítulo e não mais
do que no capítulo 11, quando ele fala das tuas testemunhas que são as duas oliveiras e os
dois castiçais. (v. 4). Este verso se refere claramente a Israel como as "duas oliveiras” e à
Igreja, como os “dois castiçais”, sendo que a Igreja é referida nos capítulos 2 e 3 como “dois
castiçais”. Claro que Israel e a Igreja são as duas testemunhas corporativas. No capítulo 7, o
livro fala dos 144.000 provenientes de cada uma das 12 tribos de Israel. No capítulo 14, ele
fala de outros 144.000 (vs. 1-5):
“E OLHEI, e eis que estava o Cordeiro sobre o monte Sião, e com ele cento e quarenta e quatro
mil, que em suas testas tinham escrito o nome de seu Pai.
E ouvi uma voz do céu, como a voz de muitas águas, e como a voz de um grande trovão; e ouvi uma
voz de harpistas, que tocavam com as suas harpas.
E cantavam um como cântico novo diante do trono, e diante dos quatro animais e dos anciãos; e
ninguém podia aprender aquele cântico, senão os cento e quarenta e quatro mil que foram comprados
da terra.
Estes são os que não estão contaminados com mulheres; porque são virgens. Estes são os que
seguem o Cordeiro para onde quer que vá. Estes são os que dentre os homens foram comprados como
primícias para Deus e para o Cordeiro.
1
E na sua boca não se achou engano; porque são irrepreensíveis diante do trono de Deus”.
Não é possível que Deus tenha desistido de um grupo e ido para o outro.
1
Deus providenciou a vinda do Seu Santo Espírito para cada pessoa que O agradou, na
Antiga Aliança!].
Além disso, os “santos da Tribulação” não são também uma parte do corpo de Cristo?
Então, como iria o Senhor permitir que eles sofressem? Dizer que a Igreja não é
mencionada após o capítulo 3 de Apocalipse é ser desonesto, na melhor das hipóteses. Os
santos são mencionados dezenas de vezes no Livro de Apocalipse. No capítulo 13:7, o
Anticristo fará guerra contra os santos e os vencerá.
Deus jamais poupou a Igreja da tribulação, da ira ou da perseguição. Marvin
Rosenthal mostra um caso óbvio em seu livro “Pre-Wrath Rapture” (Arrebatamento Pré-Ira).
As taças da ira de Deus são derramadas durante os 75 dias após a volta de Jesus e o
Arrebatamento. Porém mais interessante é o fato de que as duas testemunhas descrevem
claramente as duas entidades corporativas que compõem o povo de Deus - a Igreja (os
castiçais) e as duas oliveiras (Israel). Quem mais iria enfrentar o mundo que rejeitou Cristo e
escolheu o Anticristo? Qual é a glória de Deus além do Seu povo, os crentes que “...
venceram pelo sangue do Cordeiro e pela palavra do seu testemunho; e não amaram as suas vidas até
à morte”?
O Dispensacionalismo não funciona, porque não é possível retirar a Igreja das
profecias do Velho Testamento, mais do que se pode retirá-la do Livro de Apocalipse. A
doutrina de um Arrebatamento secreto precisou convulsionar de tal maneira a Escritura que
uma completa teologia do final dos tempos foi erroneamente edificada sobre a mesma. Os
amilenistas e os pós-trib rejeitam diretamente essa visão, embora com a tendência a
descartar e rejeitar Israel, também. O fato é que precisamos tanto do povo espiritual como
do povo físico de Deus para culminar a batalha das eras:
“Para que agora, pela igreja, a multiforme sabedoria de Deus seja conhecida dos principados e
potestades nos céus, segundo o eterno propósito que fez em Cristo Jesus nosso Senhor, no qual
temos ousadia e acesso com confiança, pela nossa fé nele”. (Efésios 3:10-12).
Deus não desiste da Igreja nem de Israel. Ambos são atores importantes no último ato
desse drama.
O Testemunho de Jesus
São estas as principais visões dos “últimos dias” mantidas pelos cristãos de hoje. Eu o
desafiaria a examinar as Escrituras. Alguns dizem que nada disso é importante, mas o fato é
que realmente é. Sua visão sobre os ”últimos dias” vai determinar o que você faz. Se
porventura achar que a Igreja vai exercer domínio sobe o mundo, você agirá conforme esse
objetivo. Se o Anticristo se assemelhar a um maravilhoso cristão disposto a salvar o mundo,
até mesmo os cristãos vão ser enganados e engolidos. Se você pensa que vai ser
arrebatado, livrando-se de todo o sofrimento da Tribulação, não vai ficar preocupado nem se
preparar para a mesma. Por que, irmão? Porque se você achar que não haverá Tribulação
nem Milênio continuará apenas sua vida “normal de trabalho”. Mateus 24 diz no verso 37:
“E, como foi nos dias de Noé, assim será também a vinda do Filho do homem”.
Nenhum deles tinha visto um barco antes do dilúvio. Então, não precisavam de um
barco; portanto, quando Noé avisou que Deus iria julgar a Terra através do dilúvio, eles
apenas riram. É o que está acontecendo hoje com a Tribulação, o julgamento final da Terra.
São pouquíssimos os que estão se preocupando com isso. Por isso serão todos apanhados
de surpresa nesse evento, quando já será tarde demais. Somente Noé e sua família
sobreviveram. É o caso de indagar: qual é a “arca” de hoje? (Falaremos sobre isso depois).
Eu costumava pensar como a maioria dos cristãos sobre esses assuntos, achando não
serem tão importantes. Costumava chamar a mim mesmo de “pan-trib”, deixando tudo de
lado. O caso é que somente uma dessas posições é verdadeira, conforme a revelação
bíblica, enquanto as outras são falsos ensinos, parte do engodo corrente. Este não é um
assunto sem importância, visto que, segundo a resposta que lhe for dada, isso resultará no
que você vai ou não vai fazer. Se a doutrina é falsa, ela também conduz ao desvio, sendo
uma parte do engodo. Pense nisso. Do mesmo modo como dezenas de profecias já se
cumpriram literalmente, quando Jesus veio na primeira vez, o mesmo vai acontecer quando
Ele regressar. Isso pode ser importante demais, no caso de sermos a última geração viva,
quando Ele regressar. Será que vamos passar pela grande Tribulação? E como vai ser ela?
Devemos fazer algo para ficar preparados? Como vamos reconhecer os sinais? O que
devemos buscar? Como isso poderá afetar nossa família e nossos amigos? Se realmente
estamos destinados a entrar nesse período da Tribulação e captarmos qualquer das duas
teorias acima descritas, estaremos prontos para cair no engodo. Ou não estamos esperando
a Tribulação ou então estamos por demais confiantes em que seremos arrebatados e então
não poderemos entender o que realmente estará acontecendo. O Anticristo não vai ser
alguém tão fácil de ser reconhecido como uma pessoa má. Ele vai parecer bom e agir como
um maravilhoso cristão. O seu nome está errado, pois “Anticristo” significa “Cristo
personalizado” ou “substituto”. Nesse caso, os cristãos liberais que esperam transformar o
mundo num lugar melhor, cairão diretamente no rol dos que seguirão o novo líder. O pessoal
do Arrebatamento pré-trib não terá uma indicação correta sobre o que estará acontecendo,
1
porque não espera encontrar-se ainda aqui, nesse tempo, sendo-lhe difícil o reconhecimento
do engodo.
Como surgiram teorias tão diferentes? A Bíblia não é um livro assim tão difícil. Ela foi
escrita para ser lida e entendida pelo povo comum. Ninguém precisa ter um doutorado ou ler
uma dúzia de comentários bíblicos para entendê-la. Você precisa apenas ter uma mente e
um coração receptivos e um espírito humano vivificado. Quem se aproxima da Bíblia com
uma mente fechada ou preconcebida, logo procura justificar uma posição já assumida. É o
que muitos têm feito - reforçando aquilo em que já acreditavam. A questão do
Arrebatamento ilustra o assunto. Uma leitura direta de qualquer das escrituras associadas
(Mateus 24; 2 Tessalonicenses 2, etc.) logo indicará que o Arrebatamento ocorrerá
simultaneamente com o retorno de Jesus Cristo nas nuvens. Você vai ter de ler todo tipo de
assuntos na Bíblia para chegar a qualquer outra conclusão. É isso que em geral as pessoas
têm feito. Elas escutam um ensino, captam uma idéia e procuram justificá-la, edificando
sobre a mesma.
Através dos séculos, teólogos e crentes bíblicos sinceros têm lutado honestamente com
as passagens relacionadas às profecias dos “tempos finais”. Eles fizeram o máximo para
interpretar essas passagens, mas o problema é que estavam interpretando-as à luz do seu
contexto cultural e histórico. Imagine alguém interpretando a Escritura no século 16, quando
a Espanha dominava o mundo! A que conclusão poderia chegar? Ou a França sob
Napoleão, e a Alemanha sob Hitler - muitos deles supostos como sendo Anticristos. E nos
séculos 18 e 19, quando o sol jamais se punha no Império britânico! O que ara a América -
senão uma novel colônia do outro lado do oceano? O que era Israel no final do Século 19? A
esperança de alguns judeus, enquanto a maioria deles estava espalhada pelo mundo,
dispersados pelas guerras e pela Inquisição. Esses teólogos fizeram o melhor que puderam
para interpretar a profecia, mas o que poderiam ter feito, além disso, quando estavam
embasados apenas no seu contexto histórico e político? O problema é quando sua
interpretação é veiculada através dos anos. [Nota da Tradutora: Quando traduzi o
Comentário do Apocalipse de John Wesley (1703-1791), fiquei apavorada com a
interpretação errônea que ele deu aos acontecimentos mencionados nesse livro. Vivendo
no Século 18, como poderia ele entender certos acontecimentos ali descritos?]
Obviamente, quando se interpretam esses assuntos sobre os “tempos finais”, à luz da
Europa do Século 19, ou de qualquer outra época anterior à nossa, essa interpretação
jamais pode ser exata. Interessante é que no último capítulo de Daniel, provavelmente o livro
mais importante da profecia no Velho Testamento, lemos em Daniel 12:9: “E ele disse: Vai,
Daniel, porque estas palavras estão fechadas e seladas até ao tempo do fim”. Isto quer dizer que a
profecia não foi apenas selada, mas também “ocultada” até o “final dos tempos”, quando ele
declara meridianamente que a profecia será revelada.
Nos círculos da “Intelligenzia” este processo é conhecido como “ necessidade de
conhecer”, não importa qual seja o esclarecimento de alguém da segurança, o certo é que a
informação classificada somente é revelada na base da “necessidade de conhecer”.
Quando existe a “necessidade de conhecer” para o conhecimento da segurança, então a
informação é revelada. Você pode ser o presidente dos EUA, mas se não tiver a
“necessidade de conhecer”, a informação continuará secreta. Os versos de Daniel dizem
que a Escritura profética somente será revelada nos tempos finais, quando tivermos a
“necessidade de conhecer” e de entender o que ali está escrito.
Quanto mais nos aproximarmos do “fim”, mais o Senhor vai nos revelar a verdadeira
significação de quase a quarta parte da Bíblia, que trata da profecia dos “tempos finais”. O
problema é que carregamos uma bagagem de idéias preconcebidas, idéias que nos têm sido
1
transmitidas através de gerações, nas Escolas Bíblicas e nos Seminários. É fácil entender
como certos ensinos incorretos puderam surgir, mas o problema é que tais ensinos
predominam a vida inteira sobre quem deles se apropria. Eles são validados porque “foi isso
que nos ensinaram”. Eventualmente, esses ensinos incorretos podem se transformar em
falsas doutrinas. Somente uma pessoa de mente ágil e coração aberto vai conseguir
escapar do engodo resultante.
Não se trata necessariamente de uma censura contra pessoa alguma, especialmente
contra as já falecidas e desaparecidas, pois provavelmente elas fizeram o melhor que
puderam com as informações disponíveis no seu tempo. Porém, se a próxima geração
aceitar essa interpretação, estará tão somente se juntando ao engodo.
Alguma censura deveria ser feita aos mestres do tempo atual, os quais se recusam a
enxergar a verdade, pensando apenas conforme a sua mente estreita. Se estamos nos
“últimos dias”, estes assuntos já não são apenas “acadêmicos”. Deus quer revelar a verdade
sobre o que vai acontecer, a fim de que as pessoas possam ficar preparadas para o que
vier. Os dois extremos sobre o Arrebatamento são: 1). - Vamos escapar antes da Tribulação.
2). – Não vai haver Arrebatamento porque vamos conseguir o domínio da Terra. Será que
isso é importante? Se estiverem errados, será porque os que promovem esses falsos
ensinos são falsos mestres, lobos em pele de cordeiro, conduzindo os seus rebanhos ao
erro, enganando os irmãos. E como já falei antes, as pessoas sempre agem conforme suas
crenças. O primeiro grupo não vai se empenhar em coisa alguma [esperando o
Arrebatamento pré-trib] e o segundo, principalmente os cristãos americanos, estará
trabalhando pela hegemonia mundial da América, de Cristo e de Sua Igreja. Você pode ver
como qualquer uma dessas posições poderá conduzir à trilha do engodo? Dizer que a mais
poderosa força econômica, política e militar que o mundo jamais havia visto é irrelevante,
por não ser mencionada nas profecias, ou então que ela é a nação por Deus escolhida para
trazer o seu Reino à Terra, são duas teorias errôneas, ambas conduzindo a sérias
conseqüências . A primeira recusa-se a enxergar o óbvio e a segunda transtorna a profecia
e vai conduzir o povo diretamente a cair nas mãos do Anticristo.
Antes de encerrar este assunto, preciso dizer que sendo ou não internacional, a
maioria dos pastores vai impor umas destas duas agendas. Por que? Por que talvez tenha
sido as que eles aprenderam e por isso estão transmitindo a você. Ou talvez porque os
pastores “laodiceanos” estejam entregando apenas mensagens mornas. “Laodicéia” no
Grego significa “governo do laicato”. Isso que dizer que se esses pastores não derem aos
leigos exatamente o que eles querem escutar, poderão ser dispensados dos seus empregos.
A Igreja está regredindo. Agora ela tem um laicato exigindo que ela cuide bem dele, quando
o próprio povo é que deveria ser os dons da Igreja, onde cada pessoa tem o seu dom, que
deveria ser usado. Não precisamos de uma classe de “cristãos profissionais de tempo
integral”, pois o que resta aos cristãos “não profissionais” de meio expediente? Cada um de
nós precisa conhecer o Senhor e a Sua Palavra. Somos todos responsáveis diante de Deus.
Apenas mais uma palavra de admoestação: se você ficar escutando esses falsos mestres,
vai cair no engodo. “Um pouco de fermento leveda toda a massa” (Mateus 16:6-12). Era
Jesus falando dos ensinos dos fariseus. Se você ingere lixo o seu corpo vai enfermar por
causa desse tipo de alimento. Se der ouvidos a esse lixo espiritual [que está enchendo as
igrejas modernas], o seu espírito vai ficar manchado. Não existe meio termo. Não entendo
como tantos cristãos podem assistir a TBN e escutar esses ensinos “cristãos” o dia inteiro,
sem ficar nauseados pela promoção dos falsos ensinos. Esses falsos ensinos, ensinos
apóstatas, mal dirigidos e obsoletos, todos eles são acrescentados ao engodo que hoje tem
se tornado rompante no corpo de Cristo.
A não ser que você faça por si mesmo uma boa pesquisa na Bíblia, estará
incorrendo em grave perigo. Se acompanhar esses líderes “cristãos” atuais, logo
1
estará escorregando pela trilha do engodo. Os riscos são altos. Isso não é apenas
um jogo! ******************************
Reconhecendo a
Apostasia
Dene McGriff
Tradução: Mary Schultze - novembro 2006
http://cpr.org.br/McGriff-03.htm
Parte 1 - Reconhecendo o
Engodo
O que eles não querem que você
saiba
Alguma vez você já leu a Bíblia e sentiu como se ela entrasse por um
ouvido e saísse pelo outro? Outras vezes você leu e as palavras pularam à sua
frente? Ela é de fato um Livro incomum. Dependendo da ocasião, ela pode
confundir ou então abençoar. Mas, e se ela for realmente a tentativa de Deus de
comunicar claramente o Seu plano e propósito ao homem?
Muitas pessoas acham a Bíblia misteriosa, um livro difícil de se ler,
especialmente a versão inglesa da Bíblia King James. Outras criticam as
modernas bíblias diluídas e parafraseadas. Mas o caso não é tanto a versão da
Bíblia que se lê. João 6:63 nos diz que “a letra mata”. Quando lemos a Bíblia com
uma mente não regenerada, confiando em nosso poder de dedução e
compreensão, só conseguimos a letra morta, não uma revelação divina.
A Bíblia deve ser lida com o coração aberto, com o espírito humano vivo e
compromissado. Quando o cristão “nasce de novo” (João 3), o seu espírito
humano é regenerado (recebe vida) pelo Espírito de Deus. Nesse ponto as luzes
brilham e tudo na Bíblia faz sentido. Lemos a Palavra Viva quando o nosso
coração está aberto e o nosso espírito humano se compromete, interagindo com
o Espírito de Deus. É então que a Palavra nos faz vibrar, iluminando-nos e falando
conosco para nos alimentar. É então que recebemos uma nova revelação do
próprio Deus através de Sua Palavra.
1
Você sabe o que acabei de fazer? Eu lhe dei a chave para reconhecer o
engodo. Todo o propósito deste livro é encorajá-lo a se tornar um daqueles que
“têm os sentidos exercitados para discernir tanto o bem como o mal ”. Não é algo
que você aprende, mas algo que você mesmo experimenta. Quando a Bíblia
chega viva ao nosso coração e mente, essa é a coisa mais importante que se
pode experimentar na vida cristã. É quando Deus fala e escutamos Sua voz, por
mais suave que ela seja. Algo para se lembrar é que não chegaremos a “ouvir
vozes”, pois o que ela diz JAMAIS poderá entrar em contradição com a Palavra de
Deus. Sempre haverá concordância. Mas, quando confessamos nossos pecados e
abrimos o nosso coração e nos quedamos em Sua presença, lendo a Sua Palavra,
essa é a hora em que Ele a imprime em nosso coração e mente. Isso é
geralmente o que acontece com o nosso pastor, mas também deveria acontecer
conosco, diariamente. Quando aprendemos a chegar à presença de Deus,
permitindo que Ele nos fale através de Sua Palavra, nossa vida é transformada e
nunca mais seremos os mesmos! Receberemos o Seu poder e poderemos
compartilhar o Evangelho vivo com todas as pessoas que encontrarmos em nosso
caminho [Essa é a nossa Grande Comissão]. Quem mantém um firme
relacionamento com Deus fica protegido contra todo tipo de engodo [religioso].
Então, para os que são novos na fé e não estão entendendo o que estou
dizendo, isso é o que deve acontecer a toda pessoa que “se torna um verdadeiro
cristão”. Trata-se de um “relacionamento” e não de uma “religião”. Deus o criou
com um corpo, alma e espírito. Para o caso de você não ter ainda observado, até
podemos discernir qual seja a coisa certa, porém nem sempre está ao nosso
alcance fazê-la. O problema é que nascemos espiritualmente mortos e sujeitos a
todas as tentações às quais o mundo, a carne e o diabo nos possam conduzir.
Não se trata de quanto pecamos, mas de que somos pecadores por natureza,
separados de Deus e de Sua vida. E quando recebemos a nova vida, Deus passa
a cuidar de nossos problemas e fracassos.
Uma boa porcentagem do Cristianismo tem se tornado apenas imitação.
Tentamos ser bons. Indagamos o que Jesus faria em nosso lugar e tentamos fazê-
lo, mas, no final, apenas conseguimos fazer o que fazem as pessoas ao nosso
redor. Isso não é Cristianismo verdadeiro. Este só existe quando acontece uma
mudança e nossa vida é transformada por um relacionamento com Deus.
Gastamos tempo em Sua presença e permitimos que Ele nos fale e nos
transforme. A 2 Coríntios 3:18 nos dá a chave: “Mas todos nós, com rosto
descoberto, refletindo como um espelho a glória do Senhor, somos transformados de
glória em glória na mesma imagem, como pelo Espírito do Senhor ”. Nossa
transformação acontece por causa do viver em Sua presença, observando-O e
refletindo-O, não necessariamente indo à igreja ou fazendo isso ou aquilo.
A Bíblia diz em João 8:31:32: “Se vós permanecerdes na minha palavra,
verdadeiramente sereis meus discípulos; e conhecereis a verdade, e a verdade vos
libertará”.
A Bíblia é a Palavra de Deus a nós revelada. Ela é a única chave para a
verdade. Leia-a. Releia-a. Permita que Deus fale com você em seu espírito
humano, quando estiver lendo-a. Ela contém toda a informação de que você
precisa para viver, bem como o alimento espiritual e a força, dos quais você
precisa para encarar o futuro.
A Bíblia tem comprovado ser histórica e arqueologicamente exata, até
mesmo ajudando os arqueólogos e historiadores em suas pesquisas. Ora, ela é
confiável! Saiba que temos apenas um total de SETE manuscritos de Platão,
datados de 1000 d.C. e CINCO de Aristóteles, datados de 1400 d.C. e, mesmo
1
assim, ninguém duvida de sua autenticidade. Enquanto isso, temos 25.000
manuscritos do Novo Testamento datados do Século 4. Existem 66 livros escritos
num período de 1.500 anos [Sem que nenhum dos autores tenha entrado em
contradição]. Os Pergaminhos do Mar Morto não mostraram variações
significativas em 1.000 anos de cópias. A Bíblia apresenta um perfeito registro
profético, algo que não pode ser afirmado por qualquer outro escrito religioso,
tais como os de Buda, Maomé, Joseph Smith (fundador do Mormonismo) Confúcio
ou Krishna.
Porém o mais importante é a inacreditável capacidade da Bíblia de falar ao
coração humano, como nenhum outro livro consegue fazer. A prova real está na
leitura - não apenas com a mente, mas com o espírito e o coração entrelaçados
durante a leitura. Não estou ensinando misticismo nem ocultismo. É difícil colocar
isso em palavras porque é algo a ser experimentado e não apenas descrito. Deus
vai falar com você através da Bíblia. Com relação a se você vai fazer ou não a
coisa certa é do seu foro íntimo. O segredo é iluminar a sua vida, o que somente
acontece com o conhecimento da Bíblia. João 6:63 diz: “O espírito é o que vivifica,
a carne para nada aproveita; as palavras que eu vos disse são espírito e vida ”. E a 2
Coríntios 3:6 diz: “O qual nos fez também capazes de ser ministros de um novo
testamento, não da letra, mas do espírito; porque a letra mata e o espírito vivifica” . O
motivo de tantas pessoas nada aproveitarem da Bíblia é que estão lendo a “letra
morta”, não recebendo a revelação do Espírito Santo, quando a lêem. Não se
pode explicar. É o caso de se experimentar. Portanto, siga em frente!
Quem quiser evitar o engodo, que leia a Bíblia e memorize-a. Leia-a e
releia-a, permitindo que ela o conforte e lhe ministre vida. Ela é a sua melhor
proteção. Ela é verdadeira. Quando se ensina um funcionário de Banco a
reconhecer as notas falsas, eles precisam ficar tão familiarizados com as
verdadeiras, a ponto de poderem reconhecer as falsas. Isso acontece também
com os falsos ensinos, os quais estão sendo astuciosamente embalados e
promovidos hoje em dia. Somente quando se conhece bem a Palavra,
adquirindo um espírito de discernimento é que se pode reconhecer o
engodo.
Para os cristãos o engodo chega em forma de falsos, mal conduzidos e
poluídos ensinos. Por poluídos entenda-se que eles são construídos com um
pouco da Bíblia, um pouco de narrativa histórica e política, um pouco de
Psicologia e um pouco da opinião e da inclinação pessoal do “mestre”. É por isso
que você precisa julgar as coisas, sozinho.
Este é o meu desafio. O que tenho a dizer não tem importância. O que
importa é conhecer bem a Palavra de Deus... Não o que alguém diz que Deus lhe
falou, nem interpretação alguma. Você é responsável e eu o desafio a olhar para
dentro de você mesmo. Deus vai segurá-lo e você vai ser o único responsável
pelos seus atos, no Dia do Julgamento. Ali você não terá como culpar o seu
pastor, nem os seus mestres, nem esse ou aquele livro que você leu.
Estas são algumas das mais importantes questões a serem consideradas
em sua vida:
* A Igreja tem se tornado uma testemunha melhor e mais eficiente?
* Ela está apresentando um exemplo de justiça e santidade de vida?
* Ela está vendo um reavivamento de sinais e maravilhas?
* Ou será que ela está simplesmente copiando o mundo?
* Ela está resvalando na apostasia?
1
* Ela está se afastando da sã doutrina e das raízes bíblicas?
* Ela está confiando em experiências extra-bíblicas?
* Será que podemos parar esse filme?
* Vamos tentar?
* O que vamos fazer?
* O que faremos quando a igreja se apartar da verdade e começar a promover
falsas doutrinas?
* O que fazer quando a liderança começar a conduzir os santos pela decadente
estrada rumo à apostasia?
* Quando a instituição cair, será que os santos terão capacidade de permanecer
firmes, sem o seu apoio?
* Ou será que os verdadeiros cristãos escaparão dos tempos trabalhosos, através
do Arrebatamento pré-tribulacional?
* Será que o estudo da profecia é meramente acadêmico ou se encaixa
exatamente em nossa geração?
* Estamos desperdiçando tempo, quando estudamos a profecia?
* Por outro lado, se formos passar pela Tribulação, sabemos o que nos espera?
* Será que estamos preparados?
Este assunto pode ser preocupante, mas não devemos permitir que
sejamos vencidos pelo medo. O que venha a acontecer no futuro, ele será
glorioso, se permanecermos no centro da vontade de Deus. Contudo, devemos
nos acautelar contra as idéias preconcebidas. Não devemos aceitar cegamente a
sabedoria convencional, porém, em vez disso, cada um de nós deve examinar os
fatos pela Palavra de Deus. Devemos olhar objetivamente a história da igreja e a
sua condição atual. Não devemos permitir que a sabedoria convencional,
tradições, ensinos, nossa cultura e a programação do mundo mau possam
manter domínio sobre nossas mentes e emoções. A idéia de que os cristãos do
mundo ocidental estão, de um certo modo, isentos do sofrimento, porque Deus
não iria permitir que “os cristãos sofressem”, é absolutamente absurda, nem é
também histórica, quando se leva em consideração o sofrimento dos cristãos ao
redor do mundo, hoje em dia. Talvez seja isso o que está faltando à Igreja
Ocidental. Achamos tudo tão fácil e temos nos moldado de tal maneira aos
conceitos do mundo que não existe perseguição contra nós, exatamente porque
somos iguais ao mundo. O Senhor nos desafia a nos separarmos do maligno
sistema religioso, conforme Hebreus 13:13: “Saiamos, pois, a ele fora do arraial,
levando o seu vitupério”. Precisamos estar no mundo, mas não a ele pertencer.
Recebi um e-mail anunciando um dia de oração pela igreja sofredora, no
domingo 16/11/1997. Ele dizia que mais pessoas estão sofrendo e morrendo pela
sua fé em Jesus, agora, do que em todos os 2.000 anos somados. Além de tudo, o
Senhor disse: “No mundo tereis aflições” (João 16:33), portanto não deveríamos
nos surpreender quando isso nos acontece. Até agora nós, os cristãos ocidentais,
temos sido poupados da dor e do sofrimento por causa de nossa fé. Os santos
através das eras, e até mesmo nos dias de hoje, consideram um privilégio sofrer
por amor ao Senhor, o qual deu Sua vida por eles [e por nós]. Não importa o que
aconteça, deveríamos considerar isso uma glória, como o Apóstolo Paulo fez,
quando foi considerado digno de sofrer pelo Senhor.
1
Estamos julgando os outros?
1
apóstolos, o falso Cristo e o falso Espírito (2 Coríntios 11:3-5, 13,15). A questão se
complica pelo fato de haver duas palavras na língua grega para “julgar” e uma é
julgar erroneamente. (Romanos 14-13), enquanto a outra faz parte do discipulado
(Filipenses 1:9). “Julgar”, quando não nos compete é “krino” no Grego,
significando “julgar a pessoa como um todo”. Exemplo, dizer que “alguém não é
nada bom”, enquanto somos permitidos a julgar particulares, o que corresponde
a “dokimazo", julgando como “essa foi uma boa ação”, “essa pessoa tem uma fé
forte” ou “essa pessoa tem uma doutrina errônea na área tal...”. Não é correto
dizer que “a Bênção de Toronto não pode vir de Deus”. Quando Jesus julgou a
heresia nicolaíta em Apocalipse 2:6, Ele disse: “odeias as obras dos nicolaítas, as
quais eu também odeio”. Então você diz: “Estou a par de tal e tal manifestação” ou
“Acho errado que eles creiam nisso ou naquilo”, permanecendo num campo mais
seguro.
Existem mais coisas em questão aqui do que apenas uma simples
manifestação de opinião. Como você verá, ela vai ao exato âmago do assunto:
Vamos seguir a verdade ou o erro? Adrian Roger, ex-Diretor da Convenção
Batista do Sul, disse: “É melhor ser dividido pela verdade do que ser unido no
erro. É melhor falar a verdade que fere e cura do que a falsidade que conforta e
depois mata. Vou dizer-lhes uma coisa, amigos: não existe amor nem amizade,
quando deixamos de declarar a maldição divina. É melhor ser odiado por dizer a
verdade do que ser amado por dizer a mentira. É impossível encontrar na Bíblia
alguém que tenha sido um poder de Deus e não tenha feito inimigos, nem tenha
sido odiado. É melhor ficar sozinho com a verdade do que estar errado com a
multidão. É melhor ter sucesso no final, com a verdade, do que ter um sucesso
temporário com a mentira. Sói existe um Evangelho e Paulo disse: “Mas, ainda
que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos
tenho anunciado, seja anátema (Gálatas 1:8).
Líderes do Engodo
1
*Sir John Marks Templeton promove a chegada da Religião Mundial do
Anticristo, oferecendo um prêmio a quem contribuir para o seu desenvolvimento,
sendo louvado pelos ganhadores do prêmio, tais como Billy Graham, Charles
Colson e Bill Bright.
* Muitos líderes evangélicos assinaram o documento ecumênico
-“Evangélicos e Católicos Juntos” (falaremos mais sobre isso, depois).
* Evangélicos como Colson, Packer e Bright concordaram em não
evangelizar os católicos, porque “não há necessidade disso” (Falaremos mais
sobre este assunto, depois).
Estes são apenas alguns exemplos, a ponta do iceberg. Se isso está
acontecendo com os líderes evangélicos mais importantes, o que acontecerá com
o restante dos cristãos evangélicos, os não profissionais esquentadores de
bancos de igrejas, na América? Então o que a Bíblia diz a respeito da Igreja nos
últimos dias?
Notem que essas declarações focalizam o que esses líderes têm dito
publicamente. Elas não afirmam que eles sejam más pessoas. De fato, eles até
podem ser pessoas maravilhosas! Porém se os líderes estão conduzindo os seus
rebanhos pela estrada do engodo, precisamos gritar! Não podemos simplesmente
varrer tudo isso para baixo do tapete, por causa de sua alta posição e de sua
reputação.
Ela diz claramente que nos dias finais haverá uma igreja apóstata ou
decaída. Não é preciso ir longe para ver que a Igreja institucional já está
infectada com um espírito apóstata e mundano. Isso não significa questionar a
sinceridade de muitos santos amados que estão dentro dela, ou questionar os
que estão servindo ao Senhor de todo o coração - pois existem muitos. Contudo,
existem muitos líderes de rebanhos que vão dar contas a Deus, no Dia do
Julgamento, por estarem ensinando o erro. Existem santos que voluntária e
cegamente seguem os seus líderes, por serem preguiçosos demais para estudar
a Palavra e conhecer realmente o Senhor. Precisamos ser cuidadosos com quem
seguimos, porque somos responsáveis pelos nossos atos neste corpo e “naquele
dia” iremos nos apresentar sozinhos, sem direito a censurar pessoa alguma.
Jesus nos diz em Mateus 24 que nos últimos dias o amor de muitos esfriará.
Haverá uma Grande Tribulação, a qual não virá exatamente do mundo, mas de
dentro, com irmãos entregando irmãos, pensando que estão agradando a Deus.
As epístolas nos avisam que nos últimos dias a Igreja vai apostatar. Não estou
sendo critico. Estou apenas declarando um fato embasado na Palavra de Deus.
Vejamos:
“Mas o Espírito expressamente diz que nos últimos tempos apostatarão alguns
da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios; pela
hipocrisia de homens que falam mentiras, tendo cauterizada a sua própria consciência;
proibindo o casamento...” (1 Timóteo 4:1-3-a).
“Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos.
Porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos,
blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, sem afeto natural,
irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons,
traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus,
tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela...” (2 Timóteo 3:1-5).
1
“Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão
nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências;
e desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas” (2 Timóteo 4:3-4).
“Mas, como fomos aprovados de Deus para que o evangelho nos fosse confiado,
assim falamos, não como para agradar aos homens, mas a Deus, que prova os nossos
corações. Porque, como bem sabeis, nunca usamos de palavras lisonjeiras, nem houve
um pretexto de avareza; Deus é testemunha. E não buscamos glória dos homens, nem
de vós, nem de outros, ainda que podíamos, como apóstolos de Cristo, ser-vos
pesados” (1 Tessalonicenses 2:4-6). “A esse cuja vinda é segundo a eficácia de Satanás,
com todo o poder, e sinais e prodígios de mentira” (2 Tessalonicenses 2:9).
“Porquanto se levantará nação contra nação, e reino contra reino, e haverá
fomes, e pestes, e terremotos, em vários lugares. Mas todas estas coisas são o
princípio de dores. Então vos hão de entregar para serdes atormentados, e matar-vos-
ão; e sereis odiados de todas as nações por causa do meu nome. Nesse tempo muitos
serão escandalizados, e trair-se-ão uns aos outros, e uns aos outros se odiarão...
Porque haverá então grande aflição, como nunca houve desde o princípio do mundo
até agora, nem tampouco há de haver. E, se aqueles dias não fossem abreviados,
nenhuma carne se salvaria; mas por causa dos escolhidos serão abreviados aqueles
dias” (Mateus 24:7-10, 21-22).
“Mas o dia do Senhor virá como o ladrão de noite; no qual os céus passarão com
grande estrondo, e os elementos, ardendo, se desfarão, e a terra, e as obras que nela
há, se queimarão. Havendo, pois, de perecer todas estas coisas, que pessoas vos
convém ser em santo trato, e piedade, aguardando, e apressando-vos para a vinda do
dia de Deus, em que os céus, em fogo se desfarão, e os elementos, ardendo, se
fundirão? Mas nós, segundo a sua promessa, aguardamos novos céus e nova terra, em
que habita a justiça”. (2 Pedro 3:10-13).
Estas palavras não são minhas. Deus disse que isso vai acontecer e vai
mesmo. Em parte nenhuma vemos um grande reavivamento nos “tempos finais”,
conforme tantos predizem - mas, em vez disso, haverá apostasia. Ninguém
deveria se surpreender, quando isso acontecer. De fato, deveríamos esperar e
ficar de olhos abertos, a fim de reconhecer o engodo e a apostasia da Igreja.
Os crentes “se desviarão da fé”. É impossível um incrédulo se desviar de
algo que ele não tem. A ameaça não virá de fora, mas de dentro. As pessoas que
se autodenominam cristãs estão sendo enganadas. Que descrição da nossa
geração: “Amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos,
desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, sem afeto natural, irreconciliáveis,
caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons, traidores, obstinados,
orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus ”. Esta geração zomba
da sã doutrina, dizendo ser ela bitolada demais, exclusiva demais; e por isso é
impossível haver unidade, se ficamos divididos pela doutrina. Também é
interessante que essas igrejas que prometem saúde, riqueza e bênçãos são
exatamente as que mais crescem. Somente os pregadores da TV, que prometem
multiplicar os seus dons, podem se dar ao luxo de custear a TV. As igrejas que
estão crescendo são exatamente as que estão buscando sinais maiores e
maravilhas mais espetaculares, riqueza e aceitação das massas. O “caminho da
cruz” tornou-se “obsoleto”, divisor e cansativo.
Estes são apenas alguns versos sobre os tempos finais, os quais são
ignorados para o nosso próprio perigo. Tudo que se precisa fazer hoje em dia é
olhar para as histórias dos lideres na Christianity Today, ou andar pelas livrarias
cristãs, olhando os títulos dos livros, a fim de constatar que a Igreja está com
problema. Ela está com problema moral, pois o laicato e o clero estão resvalando
juntos no pecado. A taxa de divórcios na igreja americana tem superado a taxa
nacional. A igreja se tornou espiritualmente problemática porque a sã doutrina
está sendo substituída pelo Cristianismo “experimental” e por um apelo à
1
unidade, às expensas da verdade. Pela primeira vez na história, a linha principal
dos evangélicos está buscando a liderança e a direção da Igreja Católica Romana,
pois o Ecumenismo “virou moda”. Os líderes estão amenizando as diferenças e
dizendo às pessoas que estas não são realmente importantes, pois somos todos
cristãos. A Igreja tem se envolvido cada vez mais na política. A igreja (evangélica
e católica) transformou-se em poderosa força política, a qual é conhecida como
“direito religioso”. Estas não são apenas acusações contundentes e estes
assuntos serão examinados detalhadamente, nos próximos capítulos.
A igreja verdadeira está sob ataque. O objetivo de Satanás é abaixar o véu
e cobrir os olhos, para que não se veja o engodo. Somente os cristãos que se
colocarem firmemente a favor da verdade é que poderão deter esse engodo.
Os versos supracitados não podem ser ignorados, pois não são minhas palavras,
mas as palavras de Deus [João 12:48]. *********************
Reconhecendo a
Apostasia
Dene McGriff
Tradução: Mary Schultze - novembro 2006
http://cpr.org.br/McGriff-04.htm
Parte 2 - Reconhecendo a
Apostasia
(Recognizing The Deception)
Se você é um cristão nascido de novo, há algum tempo ou mesmo
recentemente, deve ser-lhe difícil reconhecer os sinais da apostasia na moderna
igreja cristã. Mesmo assim, semelhante à rã que vai sendo gradualmente
aquecida na panela, vamos nos acostumando ao deslize, até que seja tarde
demais. Basta que se observe como a programação da TV tem mudado nesses
poucos anos. O que é apresentado hoje [em horário nobre] jamais teria sido
permitido há alguns anos passados.
Pois é isso mesmo que está acontecendo na igreja. O levedo tem nela
penetrado gradualmente. Nos anos 1940, quando surgiram as tais doutrinas dos
“Filhos de Deus” em alguns círculos carismáticos, elas foram ostensivamente
rejeitadas pelas principais linhas pentecostais, ou seja, Assembléias de Deus e
Quadrangular. Hoje em dia elas estão de volta com ligeiras modificações e estão
sendo abraçadas por estas e outras igrejas importantes. Elas estão avançando
cada vez mais depressa.
Uma das marcas registradas dos “últimos dias” é a movimentação rumo a
uma Única Igreja, de modo que o ponto óbvio a ser examinado é o Movimento
1
Ecumênico. Desde que este começou, as Igrejas Anglicana e Luterana iniciaram o
seu caminho de volta a Roma. Mas não se trata apenas disso. Existem poderosos
movimentos, tais como os obscuros ramos dos Promise Keepers, que já
começaram a chapinhar nessa areia movediça. Muitos evangélicos proeminentes
já começaram a minimizar as diferenças, dizendo que estas não são tão
importantes assim. Será verdade? Será que esses itens são apenas secundários?
O próximo capítulo vai tratar do que a Bíblia chama “levedo” (que faz
crescer a massa do pão), o qual está penetrando na Igreja, a fim de contaminá-la.
Esse levedo apresenta uma visão diametralmente oposta do homem e da sua
natureza pecaminosa, conforme a Bíblia, e, mesmo assim, os cristãos em todo o
mundo o têm abraçado, chamando-o “Psicologia Cristã”. De fato, a psicologia
“cristã” tem predominado nas ondas difusoras, em nossos dias. A questão é a
seguinte: Será que esse “cavalo de Tróia” é realmente cristão? Ou será ele
apenas um levedo conduzindo a igreja rumo à apostasia?
Nos próximos capítulos estaremos falando dos muitos fenômenos que se
encontram hoje em dia nas igrejas, desde o tal “Riso de Isaque” até os sinais e
maravilhas, o Movimento das Igrejas em Células, a Submissão aos Apóstolos e
Profetas, etc. Será que essas coisas são de Deus? Como podemos saber? Vamos
tratar apenas ligeiramente desses assuntos, visto como existem muitos websites
e publicações que serão mencionados, os quais costumam prover ampla
documentação e análise, fazendo um trabalho que não posso fazer neste
resumido espaço.
Finalmente, veremos a liderança da Igreja, as instituições e os crentes se
imiscuindo na política, alguns deles até mesmo afirmando que a Igreja deve
exercer o domínio da terra.
O que se pode concluir de tudo isso? O que a Bíblia diz que iremos
encontrar nos “últimos dias” - um poderoso reavivamento ou uma grande
apostasia? Os líderes cristãos de hoje gostariam que acreditássemos na primeira
hipótese, mas não é isso que a Bíblia diz, nem a nossa experiência, quando
observamos cuidadosamente o que está acontecendo ao nosso redor. Tenho
esperança de que esta seção comece a abrir os seus olhos para o que realmente
está acontecendo no mundo cristão de hoje. Dizer isso não é ser negativo, nem
significa que todos os cristãos venham a cair nessa rede, ou que os líderes são
maus, porém Jesus nos admoestou claramente em Mateus 16 para termos
cuidado com o levedo dos líderes religiosos, pois ele arruína a massa (neste caso
a Igreja). Portanto, nada existe de errado em conservarmos os olhos abertos,
usando o cérebro que Deus nos deu. Não estamos sendo críticos nem rebeldes,
apenas expondo, à luz da Palavra de Deus, o que esses líderes estão dizendo e
fazendo.*******************************
Capítulo 4 - O Ecumenismo e a
Igreja Católica Romana (Ecumenism
and The Roman Catholic Church)
Um dos piores sinais da apostasia é o Movimento Ecumênico. A única
maneira de reunir todas as igrejas é comprometendo a verdade. O Ecumenismo
procura minimizar a importância da doutrina (e até criticá-la como divisora),
1
enfatizando somente o amor e esquecendo as diferenças. Algumas igrejas
liberais já começaram a se mover em direção ao rebanho católico e muitos
carismáticos americanos têm homenageado o papa, como o líder da fé cristã.
Observe-se apenas o restante das igrejas evangélicas entrando num acordo com
Roma.
Precisamos dar uma boa olhada no que a Igreja Católica Romana (ICR)
pensa de si mesma. Observamos a ICR na América e pensamos que ela mudou.
Mas não mudou. Não mudou sua posição oficial sobre os seus dogmas mais
importantes: comunhão, transubstanciação, deificação de Maria, natureza da
salvação, purgatório, indulgências, nem a declaração de que qualquer pessoa
fora da ICR está condenada.
(AP 17:3) E levou-me em espírito a um deserto, e vi uma mulher assentada sobre uma
besta de cor de escarlata, que estava cheia de nomes de blasfêmia, e tinha sete
cabeças e dez chifres.
(AP 17:4) - E a mulher estava vestida de púrpura e de escarlata, e adornada com
ouro, e pedras preciosas e pérolas; e tinha na sua mão um cálice de ouro cheio das
abominações e da imundícia da sua prostituição;
(AP 17:5) - E na sua testa estava escrito o nome: Mistério, a grande Babilônia, a mãe
das prostituições e abominações da terra.
(AP 17:6) - E vi que a mulher estava embriagada do sangue dos santos, e do sangue
das testemunhas de Jesus. E, vendo-a eu, maravilhei-me com grande admiração.
(AP 17:7) - E o anjo me disse: Por que te admiras? Eu te direi o mistério da mulher, e
da besta que a traz, a qual tem sete cabeças e dez chifres.
(AP 17:9) - Aqui o sentido, que tem sabedoria. As sete cabeças são sete montes,
sobre os quais a mulher está assentada.
(AP 17:14) - Estes combaterão contra o Cordeiro, e o Cordeiro os vencerá, porque é o
Senhor dos senhores e o Rei dos reis; vencerão os que estão com ele, chamados, e
eleitos, e fiéis.
Embora possa haver alguns católicos “nascidos de novo”, a questão é: Será que a
ICR mudou oficialmente suas posições históricas? A resposta é NÃO! De fato, o Vaticano
II e cada concílio e édito, desde então, só têm confirmado essas posições. Em que a ICR
crê exatamente? Infelizmente, em vista da vastidão deste assunto, vou esclarecer
apenas algumas. Todos esses pontos podem ser completamente documentados. As
seguintes são apenas algumas das posições históricas e contemporâneas da Igreja, as
quais são absolutamente opostas à Bíblia histórica, centrada no Cristianismo.
1
* Deus perdoa o pecado através da Igreja, especificamente no ato judicial do
sacerdote, após ter ele conferido a contrição.
1
desconsiderar as suas posições sobre as verdades essenciais. Podemos ter
unidade com a ICR às expensas da verdade ou então ter apenas a verdade.
Vamos ser claros, a ICR acredita que é “a única igreja verdadeira”, que
somente ela provê os sacramentos que conduzem à salvação e que ela jamais vai
compartilhar essa distinção com outras igrejas.
Então, o que há com Paul Crouch, Benny Hinn, Bill McCartney (fundador dos
Promise Keepers), J. I. Packer, Charles Swindoll, até mesmo Billy Graham e muitos
outros líderes que acreditam que a ICR mantém os itens fundamentais da fé do
Cristianismo histórico e que os católicos são nossos irmãos e irmãs em Cristo?
Sinto-me envergonhado e embaraçado ao dizer isso, porém um dia a história vai
mostrar que pessoas como Billy Graham e Bill Bright (fundador da Campus
Crusade) fizeram mais pelo Movimento Ecumênico do que quaisquer outros.
Graham sempre trabalhou em conjunto com a ICR, enviando as pessoas “salvas”
de volta... Para onde? Para uma seita apóstata! Bright e uma porção de outros
ministros concordam em que não se deve fazer proselitismo com os católicos, em
Colorado Spring, porque “Somos todos cristãos!”
Irmãos e irmãs! Eu poderia prosseguir sempre, mas vocês não acham que
existe algo errado? Há trinta aos, nós evangélicos já esperávamos que os
membros do liberal CMI acabasse caindo no rebanho católico; contudo, jamais
poderíamos imaginar que uma denominação fundamentalista, como a Batista,
levasse pelo menos em consideração tal coisa. Contudo, hoje em dia estamos
1
vendo uma debandada “quantum”. Atualmente os evangélicos estão liderando
carros de som para celebrar o jubileu do Ano 2000 e a Missa Papal para 5 bilhões
[de iludidos]. Os líderes evangélicos estão seguindo em bandos, para beijar o anel
do papa! Nesse caso, onde é que irão para os seus rebanhos?
1
Qualquer pessoa que se atreve a questionar é logo considerada rebelde
contra a autoridade, criadora de casos, negativa, deficiente no amor, divisora e
caçadora de heresia. E as que resistem à corrida rumo à unidade são
ridicularizadas e marcadas. É por demais frustrante que as pessoas não desejem
discutir tais assuntos. Elas simplesmente atacam quem não entra na onda. Eu
costumava indagar a um pastor se ele já havia lido este ou aquele livro, mas ele
sempre respondia: “Não! É muito negativo!” Essas pessoas temem ficar a par dos
assuntos. E são nossos líderes! Caros leitores, se vocês de nada se lembrarem,
esqueçam tudo que eu disse. Mas saibam que existe um movimento que apela à
unidade, a qualquer custo. Em vez de ser uma proteção para o crente, a sã
doutrina agora é considerada divisora. Toda a Palavra de Deus já não é regra,
mas os cinco essenciais (conforme definição dos Promise Keepers) ou qualquer
que seja o número deles. Isso vai ser definido pelos eruditos, então não se atreva
argumentar! Quem é você? Quais são as suas credenciais? Existe uma força
compressora que vai passar sobre as igrejas desta terra; então, tenha cuidado
para não atravessar no caminho. Você poderá ser esmagado e pessoalmente
desacreditado.
Fico deveras desgostoso, quando leio um livro depois do outro sobre os
“últimos dias”. Todos eles nos mostram que a ameaça vem do Hinduísmo, do
Budismo, do Islamismo, dos Universalistas, ou de algum moderno movimento
novaerense, que nos manda ficar sentados em posição de loto, meditando,
meditando...
Ora, a ameaça não vem de fora, ela vem de dentro. Ela vem da Igreja
Evangélica, a qual tem aderido à pseudociência da Nova Era, nunca antes
conhecida pelo homem. Essa não é uma fútil idéia minha. Por que os nossos
líderes não enxergam isso? Temos escancarado nossas portas ao humanismo, o
qual tem penetrado nas igrejas, sendo poucas as que ainda não foram afetadas
por ele. Vamos examinar como esse levedo tem penetrado na igreja.
*********************
Reconhecendo a
Apostasia
Dene McGriff
Tradução: Mary Schultze - novembro 2006
http://cpr.org.br/McGriff-05.htm
Parte 2 - Reconhecendo a
Apostasia
O que eles não querem que você saiba
1
Capítulo 5 - Psicologia - O Cavalo de
Tróia
(Psychology - The Trojan Horse)
Se já existiu um cavalo de Tróia - algo que pudesse minar a Igreja e afastar
o seu pensamento da Bíblia para uma base humanista - aqui está ele. Abrimos as
portas de nossas igrejas, de nossas escolas bíblicas e de nossos seminários e o
abraçamos. Tentamos integrá-lo aos ensinos bíblicos e conseguimos o maior,
mais novo e melhor meio de tratar a condição humana - chamando-o “Psicologia
Cristã”! Eu poderia abordar alguns firmes cristãos evangélicos e indagar-lhes o
que eles acham da psicologia ”cristã”, tendo a certeza de que 99 em cada 100
deles me dariam uma resposta positiva. Essa porcentagem poderia até ser mais
alta entre os pastores. Será que eles estão certos ou sou eu que estou
simplesmente lutando contra moinhos de vento?
Se estamos vivendo nos “últimos dias”, uma das questões mais
importantes que os cristãos estão enfrentando será: como vamos reconhecer o
engodo? Como vamos reconhecer a apostasia? Como evitar que sejamos
enganados? Um amigo disse que o engano de satanás é perigoso, porém vale a
pena ser tão corajoso, enfrentando Satanás e suas habilidades? Ele é um “anjo de
luz” e o seu engodo vai ser tão bom que a maioria das pessoas, inclusive os
cristãos, vai se desviar. A palavra “apostasia” significa “desvio”. Ninguém decide
“desviar-se”. Tudo começa com uma série de pequenos compromissos, atitudes
e decisões. Uma vez que se começa a escorregar, vai ser difícil voltar a subir. O
desvio vai começando aos poucos: “Um pouco de fermento leveda toda a massa” (1
Coríntios 5:6). A massa pode ser 99% pura, como o pão sem fermento, porém
logo que o fermento começa a agir, ela fica 100% levedada. O processo é lento e
sutil. Ele começa permitindo-se uma pequena mistura. É por isso que através de
todo o Velho Testamento, Deus tanto odiava a mistura. Sempre que o Seu povo
se misturava aos pagãos e à sua religião, logo apostatava de Deus. Nos tempos
modernos temos visto o levedo da moderna cultura penetrando na Igreja. O
levedo mais perigoso de todos é a falsa ciência que tem apresentado uma visão
diferente da natureza do homem e uma maneira incrementada de resolver os
seus problemas. Tendo em vista, porém, que ela é tão aceita pelos cristãos,
torna-se um assunto bem difícil de ser abordado. Tenho enfrentado muito maior
oposição ao meu posicionamento contra a psicologia “cristã” do que contra
outros tópicos que tenho abordado.
O engodo precisa ser bom. Não pode ser extremista demais ou então os
cristãos jamais iriam aceitá-lo. Não pode ser obviamente herético ou jamais seria
aceito pela corrente principal. Um engodo realmente bom precisa ser tão bom
que ninguém possa questioná-lo. Precisa ser aceito por todos! De fato, o melhor
engodo seria aquele que pudesse penetrar na Igreja como uma ciência, uma
ciência adotada pela Igreja, sendo tão popular entre o clero como entre o laicato,
uma excelente mistura do melhor que possa existir entre os dois mundos. Que tal
1
melhorar o Cristianismo com esta nova e maravilhosa ciência, fazendo a
combinação de ambos? Pois foi exatamente isso que aconteceu.
A psicologia “cristã” obteve tal aceitação que alguns dos programas mais
populares da atualidade são o “Focus On The Family”, o “Minirth Myre” e outros.
A psicologia tem sido aceita por todos os seminários e escolas bíblicas e, de fato,
até mesmo deles é exigida, a fim de serem credenciados. Quase todos oferecem
uma especialização em diversos campos da psicologia e do aconselhamento.
Muitas igrejas grandes têm mais pessoas treinadas em psicologia do que
pastores - exatamente para resolver as necessidades da congregação. Os
pastores são admoestados a que aconselhem somente no campo espiritual,
deixando os problemas psicológicos ao novo sacerdócio - o do psicólogo cristão.
A psicologia tem-se tornado uma parte do nosso pensamento e da nossa
maneira de viver, de tal modo que é difícil encará-la negativamente.
Encontramos a psicologia nos sermões, no aconselhamento e nos serviços
referenciais da igreja, algumas vezes dentro da Igreja, nas escolas bíblicas e
seminários, colégios cristãos, aconselhamento conjugal e familiar, programas de
reabilitação de missionários, rádios cristãs e nos livros cristãos mais vendidos. Ela
tem-se tornado uma parte importante na organização do moderno Cristianismo,
graças à popularidade de pessoas como James Dobson, Gary Smalley e muitos
outros, que bombardeiam as ondas sonoras e as livrarias com a sua nova e
implementada mensagem de como solucionar os crescentes problemas humanos.
A maioria dos evangélicos nada vê de conflitante, achando que as duas [a Bíblia
e psicologia] trabalham muito bem juntas. A psicologia “cristã” se transformou
em grande negócio.
“A ‘Sociedade Americana de Conselheiros Cristãos’ possui 17.500
membros. O mercado do aconselhamento psicológico “cristão” inclui muitos
indivíduos e pequenos centros de aconselhamento. Ele tem ainda grandes
conglomerados com programas de rádio, os quais encaminham os cristãos a
programas de terapia. “The Minirth Meier New Life Clinic” (Clínica Minirth Meier
Nova Vida) tem 25 unidades de internação de pacientes, 55 de pacientes
externos e mais de 600 funcionários. Essa clinica registrou admissões de 500
pacientes e 7.600 visitas de pacientes externos, somente no mês de janeiro,
1996. O “Rapha” tem 63 programas, com uma network de 3.500 igrejas em seu
programa “Rapha Care”, tendo duplicado sua amplitude, nos últimos 18 meses”
(Martin & Dreide Bobgan, “PsychoHeresy Proliferating”, página na Internet).
Jamais havia eu tratado de um assunto tão emocionante e controverso.
Infelizmente, muitos dos que resvalaram até agora, já têm suas mentes
adaptadas a esse modismo e nem sequer encontram tempo para estudar o
assunto. Este capítulo vai examinar o pano de fundo e a base da psicologia e
também se existe algo errado em se combinar o melhor da psicologia com a
Bíblia. Será que a psicologia é uma científica verdade objetiva? Será que toda
verdade é verdade de Deus, conforme sugerem alguns psicólogos? Será que não
podemos aproveitar o melhor que existe nas duas? Será que não podemos aplicar
alguma revelação adicional à Escritura?
1
a propriedade. O Comunismo era a religião da “não religião”. Ele declarava que
Deus não existe, tendo colocado o homem, no centro de tudo. Todo bom
comunista poderia falar de sua natureza “não religiosa”, porém não de maneira
tão sutil. No Ocidente chegou uma “religião” parecida, conhecida como
“humanismo”, que é outra filosofia centrada no homem.
Os cristãos estão cientes de que o humanismo secular se infiltrou em
nossas escolas e universidades, em nossos valores culturais e sociais e em nosso
sistema de governo. Entendemos que o humanismo é uma filosofia, a qual
afirma que o homem, e somente o homem, pode resolver os seus próprios
problemas. Ficamos chocados que não haja absolutos, valores estabelecidos,
moral ou paradigmas. Tudo no humanismo secular passa a ser relativo. Dentro
dele existe a crença de que o homem é o senhor do seu próprio destino e que
não existe problema algum que ele não possa resolver e nenhuma tarefa árdua
demais. A sociedade tem apenas de se dedicar a resolver os problemas. A
resposta está na educação, na eliminação da pobreza, dos preconceitos e de
todas as terríveis condições causadoras dos mesmos. As pessoas são vistas como
vítimas, as quais sofreram abusos da parte de outras, em seu ambiente. Elas são
consideradas inerentemente boas, precisando apenas ser resgatadas. O potencial
humano é infinito. O espírito humano é indomável. Tudo que se precisa fazer é
eliminar as causas do crime, da pobreza, das guerras, da incompreensão e assim
por diante, a fim de tornar as coisas melhores. A ironia é que os mesmos
cristãos que se opõem veementemente ao humanismo secular são eles
mesmos seduzidos pela visão humanista do homem, a qual está incorporada na
psicologia moderna.
Não nos referimos aqui à psicologia ”pop” - pequenos estratagemas que
surgem vez por outra - mas à psicologia, de como esta define o homem, como ele
age e qual a solução que ela propõe para os seus problemas. Devo admitir que a
visão dos psicólogos sobre o homem é uma “religião secular humanista”,
diametralmente oposta à visão bíblica sobre o mesmo.
As Origens da Psicologia
Uma ciência legítima trata com dados. Ela pode calcular e controlar. Os
fundamentos da psicoterapia não são científicos, mas filosóficos. Quando
examinamos os fundadores da psicologia moderna, vemos Sigmund Freud, Carl
Jung, Abraham Maslow, William James, Alfred Adler, Erich Fromm, Carl Rogers, F.
B. Skinner e não existe sequer um homem piedoso entre eles. Esta é uma lista de
“Quem é Quem” no humanismo. Suas visões do homem são totalmente
humanistas e suas visões psicológicas são nada menos que uma religião
humanista, na pior das hipóteses. Eles não só entraram no ocultismo como na
religião oriental, na qual se embasa o pensamento da Nova Era. O foco está no
EGO, na auto-atualização, na auto-imagem, no auto-objetivo, na auto-estima, na
auto-dignidade, no auto-melhoramento, em resumo, no deus “EGO”. Esta é a
religião da auto-adoração. Ela é auto-centrada e auto-inflada. Ao contrário do que
afirmam os psicólogos cristãos, o homem não tem dificuldade alguma em amar a
si mesmo e por isso deve adiantar-se em amar primeiro a Deus e em seguida ao
próximo como a si mesmo. O chamado movimento do potencial humano conduz
rapidamente à deificação do homem.
A chamada “ciência” da psicologia afirma estar embasada no
comportamento humano. Mas o comportamento humano é bem mais difícil de
ser isolado e estudado do que o são os micróbios sob um microscópio. Existem
1
variáveis demais. O resultado é que a interpretação de alguém é que determina o
comportamento humano. Isso não é ciência. Freud, por exemplo, traçou tudo de
volta à relação da criança com o pai e a mãe, muitas vezes preenchendo as
coisas com inconvenientes termos sexuais, tais como os seus estágios de
desenvolvimento - anal, oral, fálico e genital. Maslow define uma hierarquia de
necessidades, num esforço de explorar o comportamento. Tudo isso não passa de
teorias. Não existe qualquer prova científica. Qualquer pessoa pode criar um
sistema para explicar o comportamento humano e em seguida interpretá-lo nos
seus próprios termos. O fato é que a psicologia é opinião e filosofia, não é
matéria científica. Além disso, a psicoterapia não funciona. As pesquisas
informam que existe uma relação inversa entre a soma de treinamento que um
terapeuta possui e sua taxa de sucesso.
As teorias da psicologia “pop”, tais como as diferenças entre o lado direito
e esquerdo do cérebro, e a ordem de nascimento, as quais já foram
definitivamente descartadas, continuam sendo promulgadas por psicólogos
“cristãos”, tais como Gary Smalley. Nada disso é ciência, mas apenas opiniões
implementadas, observações e idéias brilhantes.
A Proposta Psicológica
1
“aconselhamento de vitimização”, tentando que as pessoas sofressem a dor das
experiências que haviam prejudicado sua auto-estima. Jesus não via o homem
como ser ferido, traumatizado, disfuncional nem dependente. Em vez disso, ele
feriu a sua auto-imagem, dizendo a essas pessoas que elas eram pecadoras,
rebeldes, más e que nelas não existia bem algum. Elas poderiam somente atirar-
se aos pés da cruz, confessando os seus pecados e pedindo que Jesus as curasse
e renovasse. Em alguns círculos isso é chamado “confissão negativa”! Jesus não
nos trata como vítimas, mas como pecadores necessitados de um Salvador.
Quando falamos sobre psicologia cristã, não estamos tratando de uma
interpretação diferente da Escritura, mas de variadas visões mundanas.
O âmago da psicologia é o ego. J. I. Packer descreve a tendência
evangélica em direção ao egoísmo:
“SABE, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos.
Porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos,
blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, sem afeto natural,
irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons,
traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus,
tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela. Destes afasta-te”.
O Evangelho do Ego
1
“A Igreja de Jesus Cristo está sendo assolada e entregue às mãos dos seus
inimigos, porque tem bancado a prostituta com o deus da psicologia, cujo
objetivo antibíblico é fazer as pessoas ‘se sentirem bem consigo mesmas’, em
vez de amar a Deus de todo o coração, alma, mente e força e serem
conformadas à imagem do Seu Filho” (“Psychology, a Biblical Analysis from the
Psychoheresy”, de Mel e Gloria Blowers, no seu site na Internet).
1
Essa idéia de auto-aceitação não é encontrada na Bíblia. Ela diz que
devemos nos contentar com o que temos (Hebreus 13:5-b), quer sejamos ricos ou
pobres, dotados ou medíocres, escravos ou livres, senhores ou escravos. Ela diz
que “nossas justiças são trapos de imundícia” (Isaías 64:6) e que somos inimigos
de Deus. Mesmo assim, Dobson diz: “Quanto mais cedo você puder aceitar a
transcendente dignidade de sua humanidade, mais cedo poderá sentir-se bem
com você mesmo” (Ibid, p. 147). Deus não fala de dignidade transcendente em
nossa humanidade - pelo contrário. Cristo não morreu por nós em razão de haver
algo amorável e de valor inerente em nossa humanidade! Os psicólogos iriam
dizer que a cruz nos convoca à auto-afirmação! (“The Cross of Christ”, John
Stott). Que evangelho é esse? Paulo clama em Romanos 7:4: “Miserável homem
que eu sou! quem me livrará do corpo desta morte?” Que auto-imagem negativa
Paulo possuía! Porém, o caso não é a nossa auto-dignidade, mas a nossa
depravação. Deus me ama apesar do que sou. Então, qual é o certo: amar o
nosso ego ou negá-lo?
O que a “religião do ego” tem em comum com o evangelho de Jesus Cristo?
Será que não existe algo errado com essa descrição? Qualquer pessoa que tenha
os livros de Dobson já deve saber que um dos termos principais nas suas
entrelinhas é que ele acha que uma baixa-estima é o problema e uma elevada
auto-estima é a solução. Na obra supra citada ele ensina estratégias de como
melhorar a auto-estima, conforme ilustração abaixo:
Isso não é uma questão de psicologia “pop”, mas de qual a visão básica do
homem na qual devemos acreditar: na visão de Deus ou na do homem? Hoje em
dia, esse “evangelho do ego” está sendo pregado no mundo inteiro e em certas
organizações como a dos Promise Keepers e a Focus Family. Será que devemos
nos entregar a esse evangelho ou ao evangelho da cruz de Cristo? Devemos
acreditar que somos vítimas ou que somos pecadores? Será que a resposta se
encontra em voltar ao passado ou em correr até a cruz? Será que a resposta está
em melhorar o ego ou em matá-lo? Será que a resposta está em Cristo, mais um
sistema secular humanista, ou somente em Cristo? Será que a psicologia “cristã”
é uma nova revelação ou apenas um falso ensino?
A psicologia “cristã” afasta as pessoas do verdadeiro evangelho,
conduzindo-as a “outro evangelho”. O problema do homem deixa de ser o pecado
e a rebelião contra Deus, passando a ser uma baixa auto-imagem. Agora trata-se
de um trauma do nascimento (exigindo regressão e cura de memórias). É a
maneira como a pessoa foi tratada na infância pela mãe, pelo pai ou por outras
pessoas. São as drogas, o álcool, as tendências homossexuais, a pobreza, etc. O
caso é atribuir e transferir a culpa da própria pessoa para alguém ou para outra
coisa - uma transferência de culpa. Não tenho espaço aqui para falar de todas as
teorias da torre da “psicobabel”, mas apenas quero dizer que os ícones do
Cristianismo moderno, como James Dobson, Gary Collins, Gary Smalley, John
Trent e Robert Ricks não apenas estão dentro dela como entre os mais fortes
proponentes dos Promise Keepers.
Os psicólogos “cristãos” têm tentado integrar a psicologia numa
perspectiva bíblica, usando termos “bíblicos” e equivalentes, exemplos, etc. Mas
isso nada prova e apenas conduz a uma mistura maligna. Eles argumentam que
toda verdade é verdade de Deus e que a Bíblia não é suficiente para explicar os
problemas da condição e do comportamento do homem. Infelizmente, cada um
dos principais chamados “psicólogos cristãos” usa uma mistura de psicologia
secular, conversa bíblica e calor humano, criando estórias indiscerníveis, a fim de
1
convencer as pessoas de que eles têm uma proposta mais nova e implementada
para a solução dos problemas humanos. Contudo, somente Deus, através de Sua
Palavra revelada e da obra do seu Filho, tem a resposta para o problema do
homem. A psicologia é a tentativa humana de explicar, entender e resolver os
problemas relacionados à condição humana, longe de Jesus Cristo.
1
A psicologia oferece uma visão do homem. Sua teoria é que o homem tem
evoluído e possui um poder infinito para resolver os seus próprios problemas. É
uma tentativa de diagnosticar e tratar a decaída condição humana. É uma
tentativa de explicar as razões dos problemas do homem. A proposta psicológica
é culpar cada coisa (pais, álcool, baixa auto-estima), exceto a condição
pecaminosa do homem e sua necessidade de um Salvador. Por que deveríamos
anexar ao Cristianismo um sistema não bíblico, não comprovado e humano? Por
que os psicólogos cristãos acham que devem defender o que estão fazendo em
termos “cristãos”? Porque deveriam eles afirmar que precisamos de Jesus mais
psicologia? Por que precisam eles de procedimentos? Será que a Bíblia não
explica claramente o problema do homem, nem resolve a sua necessidade?
Irmãos e irmãs, leiam o Antigo Testamento. Os israelitas aceitaram outras
religiões, permitindo que se misturassem. E qual foi o resultado? Perderam a
bênção de Deus e, eventualmente, foram castigados. Será que podemos esperar
algo melhor? Existem atualmente mais programas radiofônicos e livros de
psicologia cristã do que jamais houve antes na história. Será que eles estão
fazendo algum bem? Será que as famílias cristãs estão hoje mais unidas do que
há trinta anos, embasadas, como estão, em todo esse maravilhoso
conhecimento? A psicologia é a religião do ego, da geração do “me”. Ela tem
permeado a sociedade e agora entra na Igreja. Ela é tão sutil, tão enganosa! Vai
entrando devagar e ninguém nota, nem parece acautelar-se. Deveria haver gritos
de admoestação - Inimigo no campo! Porém o que existe é o silêncio!
Ora, se a psicologia tem suas raízes numa mentalidade centrada no
homem, a qual é nula para Deus, por que os chamados psicólogos “cristãos”
tentam integrá-la ao Cristianismo? Será que ela conhece mais sobre a condição
humana do que Deus conhece? Alguns admitem que não existe essa coisa
chamada “psicologia cristã” - porém, exatamente os psicólogos, que se julgam
cristãos, estão aplicando princípios psicológicos à sua obra. Eu gostaria de ter
tempo de entrar aqui em mais detalhes, visto como este problema está afetando
o exato âmago do Cristianismo moderno. Este é o levedo da massa. A psicologia
é uma proposta ímpia, vazia, de mentalidade anticristã, a qual tem-se infiltrado
na Igreja e está subvertendo-a. De fato, existem muitas práticas psicológicas, tais
como a hipnose, a visualização e várias formas de meditação, as quais, não
apenas são da Nova Era, mas também são demoníacas. Elas colocam as pessoas
em contato com os demônios (embora elas até suponham estar falando com
Jesus, Maria ou algum santo falecido). O problema é que tendo permitido que a
psicologia penetrasse na Igreja, nós nos abrimos a uma visão mundana, contra a
qual deveríamos lutar, uma visão que está nos transformando, gradualmente,
nos subvertendo e nos enganando.
Conclusão
Espero que vocês arranjem tempo para estudar os livros dos Bobgans sobre
Psycoheresia ou o livro de Jim Owen, “Christian Psychology’s War on God’s Word,
The Victimization Of The Believer”. Há muita coisa escrita sobre o assunto. Há
muita pesquisa que pode ser feita no sentido de mostrar a chocante ineficiência
da psicologia. Mesmo assim, ela tem penetrado no âmago da igreja.
Homens importantes como Dobson, Smalley, Trent e muitos outros
continuam impondo ativamente a psicologia à Igreja. Não importa como seja ela
bem apresentada, com muitas histórias e antídotos atraentes, trata-se de uma
mistura perigosa à saúde espiritual do crente que lhe dá ouvidos. Um deles, como
Larry Crabb, famoso psicólogo cristão Ph.D, denunciou a psicologia em um artigo,
na Christianity Today (14/08/1995), no qual ele diz:
“Isso me leva a sugerir que aquilo que chamamos problemas
emocionais/psicológicos são, realmente, problemas espirituais/teológicos e que
os problemas não orgânicos procedem de uma alma perturbada, não de um ego
prejudicado, em que os psicoterapeutas teimam em se fixar... A Igreja, bem
como os homens e mulheres piedosos, precisam retomar o seu papel espiritual
mais seriamente. Eles têm uma porção maior de poder para afetar
1
profundamente as almas de outras pessoas do que geralmente lhes são
creditados”.
Reconhecendo a
Apostasia
Dene McGriff
Tradução: Mary Schultze - novembro 2006
http://cpr.org.br/McGriff-06.htm
Parte 2 - Reconhecendo a
Apostasia
1
O que eles não querem que você saiba
Pano de Fundo
1
Nosso adversário - o “anjo de luz” chamado Satanás - jamais tentaria
subverter a igreja com algo que parecesse maligno. Só podemos ser
desarticulados com algo que pareça bom. Assim, iremos nos afastando
paulatinamente de Deus e de Sua Verdade, até que um dia possamos verificar
que já apostatamos. Esse é o processo da APOSTASIA. Não é necessário esforço
algum para que a gravidade seja exercida. A gente simplesmente fica parada e
cai. Mas é preciso um esforço para deter a queda. Primeiro é necessário notar
que estamos caindo, para em seguida tentarmos subir novamente.
Em seu livro “PK: Another Trojan Horse”, Phill Arms escreve:
“O erro fundamental dos PK não se refere tanto aos seus declarados
objetivos, como na organização centrada no homem, dirigida pela vontade e
ilegítima proposta a toda a fé cristã... Nunca desde os tempos da inquisição, a
igreja enfrentou tamanho desafio à sua autoridade, à sua doutrina e à sua
missão, como nesta hora de tamanho engodo partindo de tantos porta-vozes
“cristãos”, aparentemente dinâmicos e legítimos. Trata-se de um período
histórico, no qual multidões de profecias estão se cumprindo. Principal e
especificamente quando se refere ao nosso tópico, o reavivamento religioso que
está tentando consolidar todos os homens de fé e a fé de todos os homens em
um gigantesco exército de Deus, a fim de se apossar do mundo para Jesus e Sua
igreja. É um momento não apenas orweliano em seu caráter, mas bíblico em sua
profética colocação a respeito do tempo programado por Deus ... Um movimento
que trata a Palavra de Deus com rompante irreverência e absurdo desrespeito...
mas para alguns crentes a clareza do conflito ostensivo profundamente arraigado
entre as posições declaradas dos PK e a Palavra de Deus escrita é tão
lamentável que os poucos que possuem um piedoso discernimento ficam
traumatizados com o choque espiritual sobre a aquiescência e cooperação
espiritual de tantos líderes cristãos de elevado perfil, envolvidos nesse
extermínio das verdades bíblicas” (Phill Arms, “Promise Keepers: Another Trojan
Horse”, Shiloh Publishers, Houston, ps. 50, 51 e 70).
Então, onde se originou o movimento Promise Keepers? Nos anos 1970, Bill
McCartney, fundador dos PK, era treinador de futebol na Universidade de
Michigan, em Ann Arbor. Por acaso também ali foi fundado o movimento Palavra
de Deus, por Ralph Martin e Steve Clark (ambos católicos), no passados anos
1960. No início de 1970, esse movimento se espalhou pelo mundo inteiro. Foi
quando teve início o movimento de pastoreio/discipulado nos EUA (tendo
começado antes com Juan Carlos Ortiz, na Argentina), o qual foi mais tarde
reforçado pelo movimento Fort Lauderdale Five. Novos discípulos seriam
destinados a um pastor, ao qual ficariam subordinados. Eles eram obrigados a
fazer um diário completo de todas as suas atividades realizadas durante as 24
horas do dia, devendo submeter esse diário ao seu pastor, para ser avaliado.
Tudo passava pelo crivo do pastor, o qual poderia, assim, dizer ao discípulo como
reajustar a sua vida - desde o que via na TV, até à diversão, encontros, trabalho,
finanças e sexo. Nada ficaria isento. É esse o mesmo tipo de subordinação que
hoje encontramos nos PK.
Em 1975, os líderes do movimento Palavra de Deus tiveram o seu primeiro
encontro com o papa, passando por cima da liderança dos bispos nos EUA. Esse
movimento era entre 60 a 70% católico, como o eram: o treinador McCartney,
Ralph Martin e Steve Clark. Em 1975, eles organizaram as conferências de
1
pastoreio de homens e em 1977, 40.000 assistiram à conferência no Estado de
Kansas City.
Quando a Bill McCartney foi oferecido um cargo de treinador chefe no time
de futebol na Universidade de Colorado, ele foi enviado à comunidade Ann Arbor,
como seu representante. Não passou muito tempo até que McCartney
convencesse o Pr. James Ryles, do movimento Vineyard, a começar um
movimento de homens - os PK. Este começou em 1990, com apenas 87 homens
assistindo a uma conferência em Boulder.
Os PK se lançaram em imensa atividade, por causa do apoio de três
ministérios importantes: O Focus Family de James Dobson, o Campus Crusade for
Christ de Bill Bright (com uma longa história ecumênica) e o Navigators, com
quartel general em Colorado Springs, o qual iria se tornar o editor do material dos
PK. Houve ainda o apoio corporativo da família Voss, da Amway (uma companhia
de Michigan, especialmente ativa no “direito religioso”) e de Tony Monahan,
fundador do Domino’s Pizza, também com raízes no movimento Palavra de Deus,
da Igreja Católica Romana (ICR), a Coor’s Heritage Foundation, etc. Michael Timis
e Jack Hayford estão ambos no quadro de diretores dos PK e têm suas raízes no
movimento Palavra de Deus. Como poderia, então, um movimento saltar de 87
homens para alguns milhões, em poucos anos, se não houvesse recebido um
apoio tão tremendo?
Deveríamos observar que houve dois grandes movimentos “extra-igreja”,
organizando, ao máximo possível, o nível de propagação dentro das igrejas. Um
deles é o próprio PK, onde o ajuntamento é uma atração, sendo que o negócio
real provém dos Grupos de Submissão (Accountability Groups) - nas igrejas
locais, que são liderados pelos “Point Men” da hierarquia dos PK (não da igreja),
os quais estão sob absoluta autoridade. O outro é o Community Impact Project,
de James Dobson, liderado com John Eldridge, o qual está organizando os PACs
(Comitês de Ação Política) nas igrejas, por todo o país. Em 1995, havia 1.000
comitês do Impact, somente nas igrejas em Michigan.
Um dos objetivos dos PK é unir todas as pessoas que amam Jesus e são
nascidas do Espírito de Deus, sem considerar sua denominação ou o seu passado.
Eles não têm compromisso algum com a doutrina. Qualquer pessoa que use o
nome de Jesus é bem-vinda, inclusive, particularmente, os católicos e os
mórmons. O presidente dos PK, Randy Phillps, foi entrevistado por Al Dagger
(Media Spotlight Special Report - “Promise Keepers Is What You See What You
Get?” - 1995). Ele afirmou que os PK não querem dividir. Eles encorajam os
homens a se unirem, sem considerar a doutrina. Conforme Randy Phillips, os PK
não assumem posição em assuntos doutrinários. Nos livros e manuais de
operação dos PK, os homens são aconselhados a não julgar ou comentar, não
lhes sendo permitido fazer proselitismo nem ainda encorajar os católicos a
abandonar a sua Igreja. Eles apóiam os padres católicos: “Um dos valores
essenciais dos PK é honrar os pastores e sacerdotes de nossas congregações
locais”. (Geoff Gorush, “Brothers: Calling Men Into Vital Relationships”, p. 50).
Phill Arms, um pastor da Convenção Batista do Sul, diz:
“O público endosso dos PK à ICR é infeliz e anticristão, comprovando mais
uma vez a imatura disposição não apologética de desafiar a Escritura, enquanto
afirma “da boca para fora” o seu compromisso com a mesma. Ninguém pode
1
aceitar como legítima a doutrina católica e ao mesmo tempo confessar que crê
na Palavra de Deus. Estes são sistemas de crenças diametralmente opostos. O
Catolicismo Romano é mais um sistema de falsas crenças reconhecido pelos PK
como sendo legítimo”. (Phill Arms, Obra citada, ps. 302-303).
Os PK dão boas vindas a todos que afirmam seguir Jesus Cristo, sem
considerar em qual Jesus Cristo eles acreditam. Uma TJ, um Mórmon, um Money
ou um Católico, todos eles afirmam crer em Jesus Cristo, mas cada um deles em
um Jesus totalmente diferente. Os PK não fazem distinção, o que é
decididamente contrário à Escritura.
Na Conferência do Clero dos PK em Atlanta, em 13-15/02/1997, o Dr. John
Mackay, líder presbiteriano ecumênico, disse que em 1997, o CMI iria prover o
poder espiritual para se construir a Igreja Ecumênica Mundial . Isso já está
acontecendo agora e os PK estão comandando a vanguarda dos novos
evangélicos comprometidos.
Seu modus operandi está funcionando. A Diocese de Los Angeles
recomendou a publicação dos PK (de abril de 1995) da New Covenant (Nova
Aliança). Ela foi também recomendada pelo Cardeal Mahony, da Arquidiocese
Latino-Americana. O presidente efetivo dos Mórmons no sul da Califórnia, Chip
Rowlings, também recomendou os PK: “As sete promessas do movimento são
algo muito parecido com o que temos no manual do sacerdócio da Igreja”
(conforme registrado na Media Spotlight - Promise Kepers Update, Vol. 16, No. 1).
Os PK se empenham de tal maneira em prol da unidade que dizem que os
cristãos não deveriam se dividir por causa de doutrina. Por que os PK são aceitos
pelos católicos e os mórmons? Porque pregam um “evangelho não doutrinário”.
Como podem os PK se colocar a favor da integridade, se não têm integridade
alguma com relação à verdade? Como se pode ter o evangelho de Jesus Cristo
sem conflito?
Os batistas fundamentalistas fizeram a seguinte declaração sobre a
unidade dos PK:
“Considerando que a organização para-eclesiástica conhecida como PK
advoga uma unidade religiosa não escritural, às expensas das sãs doutrina e
prática, aceitando e promovendo os ensinos carismáticos não escriturais e
promovendo a inclusão da Igreja Católica Romana; aprovando e usando
propostas psicológicas, que misturam a verdade e o erro; usando música profana
e preletores altamente questionáveis, em qualquer lugar onde tentam
agressivamente conseguir novos membros, numa definitiva ameaça às igrejas
batistas bíblicas, as quais mantêm a pureza doutrinária, fica, portanto, resolvido
que a Comunhão Batista do Sul (Southern Baptist Fellowship) se coloca
firmemente contra os PK e sua inclinação ecumênica”. (Comunhão Batista do
Sul, Encontro na Trinity Baptist Church, Jacksonville, Florida, 7-9/10/1996.
O fato de tão poucas pessoas, inclusive alguns dos meus leitores, nada
verem de errado com os PK é uma evidência de quanto já temos avançado rumo
à apostasia. Que vergonha para nós! Os PK instruem os seus homens a voltarem
aos seus pastores e padres. Bill McCartney, o fundador, grita sob aplausos: “Eis-
me aqui: Os PK não se importam se você é católico!” Ele encoraja o “laicato” a
ir de volta aos pastores e padres, dizendo: “Não podemos manejar corretamente
a Palavra da Verdade, precisamos que vocês nos ensinem” (Bill McCartney,
Promise Keepers’94 - Seize the Movement Men’s Conference, Portland,
18/06/1994, conforme registrado por Al Dagger na obra supracitada, p.12).
McCartney acredita que o homem comum não tem direito à interpretação
particular da Bíblia, fora da liderança (anciãos, apóstolos, profetas, padres, etc.).
1
Isso parece familiar? Quer atrasar o seu relógio em 500 anos? Você é incapaz de
pensar e de ler a Bíblia sozinho? Essa não é a opinião de “um qualquer”. É uma
citação do fundador dos PK. É isso mesmo que você deseja?
Bill McCartney falou durante uma Conferência de Notícias, no Centro
Cristão de Buffalo:
“Embora o Movimento seja considerado como amplamente protestante, os
PK têm a aprovação da Conferência Nacional dos Bispos Católicos, usa alguns
preletores católicos e dá as boas vindas aos homens católicos, inclusive aos
padres”. Na Promessa No. 6, McCartney diz: “O Corpo de Cristo engloba uma
grande diversidade de membros. Existem muitas denominações, vários estilos de
adoração e representantes de todas as esferas da vida... A Bíblia diz que há um
só Corpo. Jesus orou para que nos tornássemos um. Como homens do PK,
determinamos quebrar as barreiras e nossas zonas de conforto, para conhecer
outros membros desse Corpo... Vamos derrubar as paredes de separação entre
nós, de modo que possamos demonstrar o poder da unidade bíblica, embasada
no que temos em comum. Seja um construtor de pontes... Ore diariamente pela
unidade entre os cristãos e sua comunidade!” (Seven Promises of a Promise
Keeper, obra citada).
Isso é exatamente o que há de errado com os PK. Uma organização sem
paredes não pode ter qualquer integridade bíblica. Por que os PK parecem
imaginar que são capazes de reinventar ou desenvolver um movimento superior
ao Cristianismo Bíblico?
Os PK são um movimento feito de membros executivos, mantenedores e
preletores de muitos pontos da moderna cristandade, com disposições
ecumênicas. Não é por acidente que esses homens estão participando dos PK.
Nada existe de novo no movimento da apostasia à sã doutrina, rumo à unidade, a
qualquer preço. As pessoas dizem que a doutrina é divisora e que não
deveríamos ser negativos. É exatamente essa atitude que dá força ao movimento
ecumênico. Deixemos que Palavra de Deus fale sozinha:
“Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão
nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências”
(2 Timóteo 4:3).
“Retendo firme a fiel palavra, que é conforme a doutrina, para que seja
poderoso, tanto para admoestar com a sã doutrina, como para convencer os
contradizentes” (Tito 1:9).
“Porque tais falsos apóstolos são obreiros fraudulentos, transfigurando-se em
apóstolos de Cristo. E não é maravilha, porque o próprio Satanás se transfigura em
anjo de luz. Não é muito, pois, que os seus ministros se transfigurem em ministros da
justiça; o fim dos quais será conforme as suas obras” (2 Coríntios 11:13-15).
Phill Arms sabe o que diz:
“Não deveríamos nos surpreender, quando, nos próximos anos,
descobrirmos alguns dos mais proeminentes e procurados preletores e
personalidades populares da mídia cristã forem achados entre os falsos apóstolos
e enganosos obreiros, os quais estão se ocupando em se transformar em
apóstolos de Cristo. O escopo desse engodo vai destruir milhões de pessoas, as
quais ficarão cegas por algum tempo, pelo brilho ofuscante de uma nação
transbordando de anjos de luz” (Arms, p. 241).
Se estes são os “últimos dias”, como poderemos ser protegidos do engodo
que está às portas, se não estivermos firmes na sã doutrina? Deus nos deu a Sua
Palavra. Somos ensinados a julgar o que escutamos [Atos 17:11]. A julgar os
espíritos [1 João 4:1]. Os PK podem ter apenas alguns pontos positivos a seu
favor, misturados aos seus erros letais. O seu evangelho destina-se a fixar
1
nossas mentes no ecumenismo, para que mais nos aproximemos do Catolicismo
Romano. Um cristão nascido de novo e andando na luz não pode concordar com
qualquer dos ensinos heréticos da ICR, os quais foram, de maneira resumida,
descritos anteriormente [no capítulo 4 deste livro]. E pensar que há 20 anos
ninguém teria acreditado que poderíamos nos afastar tanto assim de nossas
doutrinas históricas! Precisamos nos distanciar, o máximo possível, da Meretriz
embriagada como sangue dos mártires! Esta é uma séria admoestação - e
qualquer pessoa que ficar a favor dela, ficará do lado errado, seguindo a estrada
do engodo e da destruição. Vejamos o que diz Apocalipse 18:4-5:
“E ouvi outra voz do céu, que dizia: Sai dela, povo meu, para que não sejas
participante dos seus pecados, e para que não incorras nas suas pragas. Porque já os
seus pecados se acumularam até ao céu, e Deus se lembrou das iniqüidades dela”.
Essa organização extra-bíblica já se firmou em milhares de igrejas, por toda
a terra!
O maior perigo vindo para a igreja, de ministérios como os PK, não está
apenas na agitação e diversão dos seus homens e nos recursos, mas nos seus
infectos “zelos” espiritualmente escusos.
“Os homens são sempre subliminarmente amaciados, principalmente com
uma fraseologia parecendo escritural, com os ajuntamentos super- animados e
de aparência inócua, repletos de diversão, com orações feitas por preletores
cristãos populares, de elevado perfil.
Os homens que participam dos PK são lenta, mas vigorosamente
convencidos e convertidos a uma nova “abertura”, a qual expõe suas mentes e
corações às crenças doutrinárias heréticas e apóstatas, e às práticas típicas da
liderança dos PK e de sua igreja mãe, o movimento Vineyard. A contaminação
espiritual cruzada é inevitável. Milhões de homens que assistem às funções dos
PK, provenientes de sólidas igrejas cristãs pregadoras da Bíblia, voltam aos seus
lares como “portadores”, os quais, sem um imediato antídoto espiritual,
eventualmente vão desenvolver explosivas manifestações de engodos
doutrinários e de prioridades mal colocadas... Eles estão sendo inadvertidamente
infectados pela venenosa influência dos PK”. (Phill Arms, ps. 317-318).
1
O pior é que quanto mais gritam, mais se levanta o clamor de que isso seja
feito. Essas causas são justas e por isso temos o “direito” do nosso lado. Contudo,
a cura pode ser pior do que a moléstia. Não há dúvida de que as coisas estão
piorando. A unidade familiar está se desmembrando. Nosso sistema educacional
não funciona. O crime tem aumentado. Os valores tradicionais são ridicularizados
nas escolas e nas diversões. As cortes têm torcido todos os valores de nossa
sociedade, de nossas escolas e das famílias. Já não existe Deus, nem julgamento,
nem eternidade. Só existe o “aqui e agora”. Já não existem verdades absolutas -
apenas a verdade relativa, redefinida pelo indivíduo, conforme o seu interesse.
Cada um define a sua própria realidade. A família é o que alguém acha que seja:
dois homens juntos e mais um garoto; duas mulheres juntas e mais um garoto,
qualquer um junto com qualquer outro. As escolas ensinam as crianças a definir
seus próprios valores. Somos uma sociedade completamente sem âncora.
Muitos cristãos importantes acreditam que a solução está num movimento
político que possa trazer de volta os bons tempos, o qual vai restaurar a
decência, aquele tempo em que as pessoas se cuidavam, os nascituros não eram
sacrificados pela conveniência da mulher, quando existia um modelo de moral,
até mesmo um movimento que volte a reconhecer Deus, trazendo de volta as
orações nas escolas. Não precisamos olhar com muita atenção para observar que
existe um movimento político em ação, nos dias de hoje, chamado “direito
religioso”. As causas são boas e justas...
Agora, permitam-me dar alguns esclarecimentos. Não creio que haja algo
de errado em ser um bom cidadão, com o pagamento de impostos, com votar
sobre assuntos e ter representantes. Contudo, nossa base de cidadania não está
neste mundo: “... buscamos uma pátria. E se, na verdade, se lembrassem daquela de
onde haviam saído, teriam oportunidade de tornar” (Hebreus 11:14-b-15). Não
existe esperança alguma para este mundo, a não ser numa vida salva em Cristo.
A única mudança exterior verdadeira é a que resulta de uma mudança interior,
numa vida transformada por Cristo. Tem havido exemplos, tais como o “Welsh
Revival” (Reavivamento de Gales), no século passado, quando a própria
sociedade sentiu o impacto de vidas transformadas, porém esse é o único meio.
O príncipe deste mundo é Satanás, o príncipe das potestades do ar (Efésios 2:2).
Novamente volto à profecia dos “últimos dias”: haverá uma revitalizada casa de
força de uma igreja, ou uma igreja apóstata aliada ao governo?
A posição da igreja nos “últimos dias” é muito importante em termos de
visão mundial: será que Jesus voltará antes ou depois do Milênio, ou Reinado
Milenar de Cristo? Nossa escatologia ou visão sobre os “últimos dias” é que vai
determinar o que fazemos.
O Domínio da Igreja
1
intitulada “Vengeance is Ours, the Church Dominion” (A Vingança é Nossa - o
Domínio da Igreja).
Reconstrucionismo - Este apela à igreja, para que ela tome o domínio sobre a
terra. É esposado por R. J. Rushdooney e seu genro Gary North. Seu objetivo
básico é que todos os homens sejam conclamados a um viver ético, sob os
termos da Antiga Aliança. Não é diferente dos PK em suas crenças sobre as três
alianças divinas: família, igreja e governo civil. “Resumidamente, os cinco pontos
são os contidos na Antiga Aliança: 1) - Uma visão transcendente de Deus, que Ele
é distinto de Sua criação; 2) - um conceito de autoridade ou hierarquia,
embasado na representação; 3) - uma sociedade embasada na ética,
particularmente nas leis da Bíblia; 4) - um sistema de sanções embasado em um
pacto; 5) - um sistema de continuidade embasado sobre algo além das relações
de sangue” (Al Dagger, p. 207, citando Ray Sutton).
A Coalizão Sobre o Reavivamento (COR) tem sido fortemente influenciada
por este ensino dominionista e, conforme eu suponho, pelos PK, no modo como
estes encorajam o ativismo político e a submissão um ao outro. O seu caráter de
discipulado é muito semelhante à mentalidade de submissão dos PK, “onde o
discipulado envolve a participação em íntimas relações de compromisso,
confrontação e submissão. Ele deve descer aos detalhes diários de sua vida:
tomar decisões, finanças, relacionamentos, hábitos, valores, etc.” (Al Dagger, p.
246). Citando o artigo 3 do COR: “Os Essenciais De Uma Visão Mundial Da
Coalizão Sobre o Reavivamento”. Seu objetivo é que a igreja estabeleça o
domínio sobre as instituições sociais, econômicas e políticas. Os cristãos devem
ficar “submissos” uns aos outros, obedecendo a uma hierarquia informar que
cada um deve seguir. Isto se assemelha ao que os PK propõem.
Alguns reconstrucionistas também acreditam que a América tem uma vocação
especial estabelecida, por ser uma nação cristã, escolhida por Deus para trazer o
Reino de Deus à terra, através da força e do poder. Geralmente, o domínio é visto
mais em termos físicos e políticos do que espiritual e sobrenatural.
Dominionismo - Seus adeptos acreditam que a igreja vai tomar o domínio sobre
a terra, política e sobrenaturalmente. Este envolve uma porção de movimentos:
Latter Rain, The Manifest Sons of God, Restoration, Christian Identity, Charismatic
Renewal, Shepherd/Discipleship, Kingdom Message e Positive Confession.
Os dominionistas ficam transtornados com a constatação de que os
evangélicos da linha antiga acreditam no Arrebatamento da igreja, antes da
Tribulação. Eles se ofendem com a imagem de uma igreja arrebatada, com o rabo
entre as pernas, e com a idéia dos 144.000 judeus fazendo em sete anos o que a
igreja não conseguiu fazer em quase 2.000 anos (Tenho um problema, também,
com as duas, mas por razões diferentes). Os dominionistas acreditam que
Satanás usurpou o domínio do homem sobre a terra e que a igreja vai tomá-lo de
volta, quando tomar conta do governo e das instituições. Somente então, Jesus
voltará. Existe um problema básico, o qual já vimos acima, sobre a estrutura
autoritária no sentido de implementar uma agenda dominionista. Mesmo assim,
Pat Robertson vive tagarelando sobre este assunto em seus livros e programas
de TV, parecendo refletir isso. O número de dominionistas hoje em dia
demonstra o “Who is Who” do Cristianismo. As livrarias cristãs estão atulhadas
dos seus escritos.
Essas mesmas pessoas têm constituído a essência do “direito religioso”,
desde Pat Robertson e Paul Crouch até Jack Hayford, John Wimber, John Mears,
Larry Lea, Tim LaHaye, Dennis Peacock, Oral Robert, Kenneth Copeland, Kenneth
Hagin e outros. Seu objetivo é “tomar de volta a nação para Cristo”, não
1
exatamente espiritual, mas politicamente. Garry Potter, presidente do Catholics
For Christian Political Action, diz: “Quando a maioria cristã tomar este país, não
mais haverá igrejas satanistas, nem distribuição de livros pornográficos, não
haverá mais aborto por conveniência da mulher e nem discussões sobre os
direitos dos homossexuais. Depois que a maioria cristã tomar o controle, o
pluralismo (isto é, a multi-cultura) será vista como imoral e maligna, e o estado
não permitirá que pessoa alguma pratique o mal” (Conforme citação do “Religion
on Politics”, Vol. I, no. 1).
Esses dominionistas tendem a ser carismáticos e dão uma forte ênfase aos
sinais, maravilhas e milagres. Quem já assistiu suas reuniões deve ter observado
que eles são extremamente interessados em manifestações sobrenaturais. Já vi
pessoas vendendo pedaços de madeira como sendo da cruz de Cristo e lascas de
pedra como sendo do túmulo de Cristo, os quais têm supostamente poderes de
cura. Tenho visto pessoas que afirmam ter tido suas caries dentárias obturadas e
suas pernas alongadas.
Seria o caso de indagar: será que Deus é o único capaz de operar milagres?
“Porque surgirão falsos cristos e falsos profetas, e farão tão grandes sinais e
prodígios que, se possível fora, enganariam até os escolhidos (Mateus 24:24).
“A esse cuja vinda é segundo a eficácia de Satanás, com todo o poder, e sinais e
prodígios de mentira” (2 Tessalonicenses 2:9). Não seriam estas as principais
atrações para o engodo? Tenho conhecido cristãos que não conseguem falar de
outra coisa. Outros dominionistas costumam usar termos como Exército de Joel
(um ensino dos vineyards e dos profetas de Kansas), Os Manifestos Filhos de
Deus (Movimento Latter Rain), a Nova Geração (dos carismáticos) e Os
Vencedores, etc., referindo-se ao tempo em que um exército divino de elite vai
destruir literalmente todos os inimigos e crentes de mente tacanha [os
fundamentalistas bíblicos da linha antiga], para em seguida estabelecer o Reino
de Deus. Essa é proposta mental dos dominionistas. Ora, o que estão eles
fazendo agora? Mais recentemente devemos acrescentar os novos apóstolos e
profetas, sobre os quais discutiremos depois.
O direito religioso consiste de protestantes e católicos, que se preocupam
com o que está acontecendo em nosso país, e assim por diante. Pessoalmente
não sou contra uma base puritana, item por item. Meu problema é com o seu
objetivo precípuo, isto é, a igreja exercendo o domínio. Também tenho um
problema quando os lobistas da igreja registram as pessoas para que votem de
determinada maneira. Desde quando o Partido Republicano tem uma base de
justiça? Não faz sentido votar em alguém por causa de sua posição sobre um ou
dois itens, sua garantia de ser um freqüentador de igreja ou um cristão “nascido
de novo”. Conhecemos muita gente que diz qualquer coisa, a fim de conseguir
votos. Mesmo assim, cristãos importantes estão se engajando na política,
acreditando nas mentiras dos candidatos e dos seus partidos. Sempre que a
igreja institucional (ao contrário dos indivíduos) tem se engajado na política, ela
tem sofrido. Agora mesmo, o “direito religioso” está se imiscuindo na teia do
direito econômico e político. Estamos sendo apenas usados, porque eles
precisam de nossos votos. Que aliança profana! É assim que os “bons” pastores
estão conduzindo cegamente os seus rebanhos pela estrada do ativismo político.
Uma vergonha para eles!
Nesse caso, o que poderia ser melhor do que um movimento político que
promete restaurar a moralidade, a lei, a ordem e os princípios bíblicos? Pode
acontecer que a cura seja pior do que a moléstia. Como se controla o crime?
Simplesmente colocando um número na mão ou na testa, sem o qual a pessoa
1
não possa comprar ou vender. Como se pode controlar a moralidade? Com
espiões controlando as pessoas interiormente? Como se pode conseguir a ordem?
Com mais controle policial? Estudamos o Fascismo na Alemanha entre as duas
guerras. Hitler subiu ao poder sobre uma plataforma de moralidade. Ele
prometeu limpar a Alemanha e transformá-la novamente numa nação cristã. A
igreja o apoiou, achando que Hitler seria um salvador. Quando se tornou óbvio o
que ele estava realmente fazendo, os cristãos não se levantaram para protestar.
Houve negação e conluio. Poucos se levantaram contra os fascistas. Os líderes
cristãos entraram no esquema e alguns “foram substituídos”. Seus seguidores os
seguiram por dever. Muitos bons jovens cristãos participaram voluntariamente
do Holocausto, achando que estavam servindo a Deus. Estavam convencidos de
que os judeus eram inimigos de sua nação e de Cristo. Achavam que sua causa
era justa. Estariam lutando por Deus e pelo seu país. Não é difícil conhecer as
pessoas e pervertê-las. Hitler fez isso e não houve muitos dissidentes que
tenham sobrevivido para contar a história. De quanto pior será capaz o nosso
país em nome de sua justiça própria?
Será que esta lição não serviria de prenúncio ao nosso futuro? Você não
acha que o engodo dos “últimos dias” será mil vezes mais convincente do que o
de Hitler? Você acha que vai estar alerta e bastante a par do mesmo, a fim de
escapar? Acha que realmente será fácil detectá-lo? Espero que de fato seja assim
porque muitos amados cristãos estão rolando pelo precipício sem sequer
observar isso. Você acha que Deus o vacinou com um tipo de vacina, só porque
você é salvo? Não é tão fácil assim! Ele nos deu a Sua Palavra como
admoestação. Tudo que precisamos saber está ali. Os judeus falharam com o
Messias, em Sua primeira vinda, por causa da sua dureza de coração e Lhe
fecharam as mentes. Os riscos são altos demais para acompanhá-los cegamente.
Estamos falando da batalha das eras. Noventa e nove por cento dos cristãos
alemães aquiesceram. Somente um pequeno número deles permaneceu fiel.
Você acha que agora vai ser diferente? A questão é: de que lado você vai ficar? A
histeria coletiva em torno dos PK não é um bom sinal.
1
à discussão. A questão seguinte é a de número 3 (ps. 32-33) do guia de estudo, a
qual deve ser discutida em pequenas reuniões de grupo de homens:
“Nossa cultura tem apresentado muitos ritos iniciais ou passagem à
masculinidade, os quais estão associados ao falo. Quais foram os tipos já
experimentados por você? Você tem uma história para compartilhar com outros
homens sobre um desses eventos?
*Quando na infância eu fui ensinado a deixar de molhar a cama?
* Sobre o crescimento púbico
* Uma experiência infeliz com a pornografia
* Minha primeira experiência com um encontro
* Minha noite de núpcias
* A concepção do primeiro filho
* Outros”
1
Dizem que os PK se afastaram do livro de Hicks. Telefonamos aos PK e
soubemos que o “Masculine Journey” de Hicks havia sido abandonado por eles.
Ainda hoje você pode escrever-lhes e eles lhe enviarão uma cópia da carta de
sete páginas de apóio ao “Masculine Journey”. O fato de que o livro de Hicks ter
sido usado e distribuído durante tantos anos pelos PK demonstra uma falta de
discernimento e de liderança. Mas não é esta a única publicação dos PK que
revela a sua visão não bíblica sobre o homem. Muitos outros livros ainda usados
pelos PK reforçam a sua contínua orientação psicológica. Por exemplo, “Brothers,
Calling Men Into Vital Relationship”, de Geoff Gorush; “What Makes a Man”, de
Leighton Ford, Don Osgood e Bill McCartney, etc., sem mencionar o livro “The
Seven Promises of a Promise Keeper”.
Os PK estão repletos de “psicologistas”. Eles usam a mais recente
terminologia psicológica ”pop”, como agrupamento, sensibilidade, “auto” isso e
aquilo. O uso de tipologias da personalidade ou estágios de desenvolvimento
pode ser interessante como idéia do homem, porém é tão espúrio como a
astrologia em termos de significativa exatidão. Os mitos promulgados por James
Dobson, Gary Smalley, John Trent, e outros que estão apoiando os PK,
demonstram a sua orientação psicológica. Em seu livro “The Language of Love”,
Smalley (um dos principais preletores dos PK) e Trent entram nas diferenças
entre homens e mulheres e em termos cérebro da “direita” ou “esquerda”,
mesmo tendo uma pesquisa recente desacreditado essa teoria (Psychoheresy II,
ps. 211-223). Essas teorias podem ser atraentes e divertidas, mas são no mínimo
simplistas, ou então totalmente erradas e mal conduzidas. Existem muitas teorias
psicológicas que são apresentadas como fato e com a total autoridade do Dr.
Fulano de Tal, “psicólogo cristão”. Por exemplo, a importância das memórias da
infância, da hora do nascimento, a interpretação da memória dos sonhos, a idéia
de que sua memória é uma armadilha de aço que tudo capta, a idéia de que você
é formado como uma pessoa desde os seis anos de idade e que existe pouca ou
nenhuma esperança de mudança em você (sem ajuda da psicologia, claro). Essas
teorias têm sido desacreditadas na psicologia, junto com as principais teorias de
Freud, pelos pesquisadores. Então, porque os pesquisadores “cristãos”
continuam promovendo essas obsoletas especulações, tentando revesti-las com
“termos bíblicos”? Um exame final dos livros dos PK - “Daily Discipline for
Christian Man” - do Dr. Bob Belts. Este promove os doze passos dos Alcoólicos
Anônimos (AA), os quais são também promovidos pelo Dr. James Dobson.
Estudos recentes têm demonstrado que o AA não dá resultado. É um movimento
que prega a “dependência como uma doença” e a pesquisa descobriu que numa
sessão de aconselhamento a cura pode ser tão efetiva como em qualquer
reunião do AA. Ao contrário da noção popular, o AA não se coloca a favor do
evangelho, mas depende da ajuda de um “ser superior” (Psychoheresy, ps. 249,
255). Não é um modelo a ser seguido. Por favor, leiam “Christian Psychology War
on God’s Word, the Victimization of the Believer”, de Jim Owen. Para o psicólogo
cristão o problema provém de se ter uma baixa auto-estima, não do pecado e da
falta de relacionamento e obediência a Jesus Cristo. O mesmo problema
relativista pelo qual criticamos o mundo tem penetrado em nós. Já não
acreditamos em absolutos. Nosso modelo já não é a Palavra de Deus. Por que não
fazer da psicologia também um modelo? Quem sabe a baixa auto-estima é de
fato um problema? Nós tocamos “The Greatest Love of All” em nossas estações
“cristãs” de rádio, enquanto “aprendemos a amar a nós mesmos!” O que há de
errado com os católicos? Eles crêem em Jesus, não crêem? Eles não são tão maus
assim. O alcoolismo não um pecado - é uma doença. O homossexualismo não é
1
um pecado - é uma tendência biológica, ou outra coisa causada pelo meio
ambiente... Quem sabe até mesmo pela água? O problema é a pobreza. São as
os traumas de infância, o abuso, a falta de comunicação, a baixa auto-estima, o
estresse... [Tudo menos a natureza corrupta do homem].Talvez precisemos de
uma nova revelação para nos explicar tudo isso! Os PK juntam os homens em
grupos. A comunhão entre os homens centrada na Bíblia é uma coisa, mas nos
encontros dos PK são copiadas certas táticas do AA e de outros movimentos.
Esses programas trazem o determinismo psicológico, a gratificação sexual e um
evangelho focado em buscar e descobrir o verdadeiro eu, não a legítima
edificação e serviço cristão, que deveria acontecer entre os homens, em sua
comunhão normal com os crentes.
Os PK têm revivido a fatal estrutura do encontro de grupo. Os homens são
colocados em várias e reconhecíveis formas de encontro de grupo. O objetivo é
chocar e quebrar inibições. O que o estudo de Hicks admite é que a maioria dos
homens vive uma vida pecaminosa, disfuncional e mundana, em vez de uma vida
piedosa. O homem normal pode querer saber se algo é errado, caso não se
encaixe na descrição do “guerreiro ferido”. O guia raramente oferece uma
resposta bíblica, mas focaliza o pecado, as tentações e o comportamento
anormal. Como no caso de muitos encontros na igreja, nos anos 1970, a
dissonância criada deixa os homens sentindo-se miseráveis, tendo ali confessado
pensamentos e ações ocultas, com pouco para preencher o espaço vazio.
Mais uma vez Phill Arms resume brilhantemente o problema:
“Os homens têm vivido sempre inclinados a edificar a estrada rumo ao céu.
Essas estradas têm sido constantemente pavimentadas com as obras religiosas e
o esforço humano... O esforço humano tenta reembolsar o Cristianismo,
mesclando-o com exigências extra-bíblicas, princípios de psicologia e outros
aditivos, que devem ser reconhecidos como a manufatura do sabotador.
Introduzir na doutrina do Cristianismo bíblico livros, conceito e racionalização
humanos, biblicamente ilegítimos, somente desvia os homens, os quais, de outra
maneira, deveriam caminhar com Deus numa capacitação mais profunda...
Lançar ‘algumas verdades da Palavra de Deus’, tentando ‘santificar’ o ‘todo’, é
também futilidade. Mesmo assim o material e as técnicas do guia ministerial dos
PK fazem exatamente isso. Quando torcem desse modo as Escrituras, como se a
Palavra de Deus fosse a fonte por trás dos seus conceitos com relação aos
homens se tornarem realmente ‘homens verdadeiros”, eles capturam corações
distraídos com a sua sonora fraseologia bíblica” (Phill Arms, ps. 205-206).
Então, os PK são um movimento político? Claro que sim. Existem “três não
negociáveis da masculinidade: integridade, compromisso e ação.” (Dagger,
Special Report, p. 12, conforme registrado na Convenção dos PK, em Portland).
Há uma convocação à ação no lar, na igreja e na comunidade. É apenas uma
questão de tempo, até que a agenda da “comunidade” seja desenvolvida.
Certamente ela tem o apoio de uma poderosa força política, Segundo, alguns dos
profissionais que apóiam os PK certamente têm uma agenda política, pelo menos
James Dobson, do Focus Family, além de muitos outros cristãos, já com os seus
quartéis generais sediados em Colorado Springs, graças à El Pomar Foundation e
à Arquidiocese Católica.
1
Embora os PK pareçam ter alguns pontos positivos, existe um excesso de
informação disponível, com a qual deveríamos tratar. Eles já têm uma inclinação
ecumênica, estão fortemente entrosados na psicologia e poderiam tornar-se uma
força política. O crescimento dos PK é extraordinário. É difícil alguém questioná-
los, quando apenas se mede o sucesso em termo de algarismos; as convenções
são eletrizantes e o assunto que vem à tona tem a doçura de mãe e de torta de
maçã. Contudo, Hitler e Mussolini também tinham os seus lados positivos. Hitler
purificou a República Weimer do excesso de liberalismo e dos pecados. Mussolini
fez os trens andarem na hora certa. Pelo fato de um movimento parecer
poderoso e bom, não significa exatamente que ele seja um grande movimento de
Deus. Usando essa linha de racionalização, poder-se-ia abraçar organizações
como os mórmons, que não são fumantes nem bebedores, e a dos valores
familiares.
Ao analisar os preletores e mantenedores dos PK, quase não se tem
dúvida de que existe ali uma agenda política. Primeiro, um milhão de PK
marcham na capital da nação. Agora estão planejando marchar em cada capital
dos estados. Os PK representam uma espantosa força, quando mobilizada. Mais
de um milhão de homens que têm freqüentado os ajuntamentos estão sendo
organizados a nível de emergência, nas igrejas, em todo o país. Para onde irão
esses participantes voluntários? É nisso que nós, os cristãos dos ”últimos dias”,
estamos envolvidos? O que está acontecendo na frente doméstica? Phil Arms
descreve o processo:
“Essa é uma preocupante, senão óbvia característica dos PK. Milhares de
homens leigos têm sido arrastados das igrejas seriamente bíblicas, através de
sua participação na teologia herética da Terceira Onda dos PK. Raramente isso é
resultado dos ajuntamentos dos PK, onde a sua doutrina não se manifesta tanto.
A armadilha doutrinária tem sido difundida nas pequenas reuniões de grupo e
nas relações pessoais entre os homens, promovidas pelo esforço de
“mentalização” dos PK... À bagagem que os acompanha, embora não seja
designadamente óbvio na maioria dos ajuntamentos, tem sido adicionado um
contrabando espiritual do território inimigo. Os homens que se envolvem na
filosofia e nas doutrinas dos PK tornam-se “veiculadores” do germe do engodo.
Eles continuam levando esse germe, quando regressam aos lares e às igrejas,
espalhando uma epidemia de AIDS espiritual, deixando as igrejas impotentes
para resistir à infecção espiritual dos conceitos poluídos e envenenados sobre
Deus, e à mercê das doutrinas de demônios. Sob uma fachada atraente, os PK
estão contaminados de tudo: de humanismo cristão, crenças danosas, heréticas
e apóstatas, até um total desrespeito pela integridade da doutrinas escritural
estabelecida por Deus” (Phill Arms, ps. 250-251).
Quando escrevi o meu artigo original sobre os PK, há vários anos, havia
apenas algumas vozes de alarme. Hoje em dia existem centenas de artigos, sem
mencionar o livro de Phill Arms, além de numerosos sites na Internet, expondo os
óbvios perigos do movimento PK. Mas será que tem havido algum efeito nessa
admoestação às pessoas? Existem várias razões pelas quais as pessoas não
conseguem enxergar o óbvio:
1. - Devem ser tão fracas no conhecimento fundamental da Palavra de Deus
que não conhecem coisa melhor.
1
2. - Ficaram entusiasmadas com os ajuntamentos, pela enorme aparência
externa do que há de “bom” no movimento dos PK, a ponto de não terem
suficiente discernimento espiritual para enxergar além disso.
3. - Têm sido levadas aos mesmos através do seu relacionamento com
pessoas em quem confiam.
Estas são as prováveis razões, mostrando quão facilmente isso pode
acontecer. Quando os amigos, pastores e parentes sobem todos ao carro de
som, parece tola demais a pessoa que se recusa a fazê-lo. Cuidado! Quem segue
as multidões, sem nada questionar, certamente vai apostatar!
Nosso registro pessoal sobre os PK foi enviado a todo o país, tendo
recebido reação mista. Alguns o odiaram e outros o amaram. Alguns pediram
para ser retirados de nossa lista postal, enquanto outros pediram que lhes
enviássemos cópias extras para serem distribuídas. Contudo, ficamos
preocupados com a reação de alguns. Como consideramos não apenas a
possibilidade, mas também a probabilidade do engodo, parece existir uma
predisposição generalizada de não ser levado a sério o que foi dito.
1. - Existe uma predisposição para se ignorar os fatos e evitar os assuntos.
Alguns dizem que o registro sobre os PK fizeram “sérias acusações”. Não foram
sérias acusações, mas sérias informações, diretamente colhidas no próprio
material dos PK.
2. - Existe uma predisposição para atacar o mensageiro, em vez de encarar os
assuntos. O mensageiro é sempre condenado, não “pelo que disse, mas pela
maneira como o fez”. É um esforço no sentido de desviar a atenção do assunto
abordado. A alguns que nos condenam em alta voz, indagamos se leram todo o
material. Disseram: “Não, mas ouvimos falar dele por alguns que o leram”. Os
críticos raramente discordam, quando argumentam sobre os itens abordados.
3. - Existe uma predisposição para minimizar os pontos. Não citamos pessoa
alguma, além do fundador dos PK. Não estamos falando da psicologia que tem-se
infiltrado e permeado nossas igrejas, escolas bíblicas e seminários, além dos
corações e mentes de tantos cristãos.
4. - Existe uma predisposição de não se tomar uma posição, porque isso pode
afastar as pessoas, causar divisão dentro da igreja ou entre igrejas. É uma
predisposição de se preocupar mais com o que as pessoas pensam do que com a
verdade.
5. - Existe uma predisposição com o ser específico. Alguns podem concordar com
o que está sendo dito, mas têm má vontade, quando se nomeiam pessoas. Como
se podem separar a posição e a pessoa? Devemos parar o debate público no
Corpo de Cristo, sob a desculpa de ser falta de amor e não ser cristão? Se é
assim, onde fica a verdade?
A própria Escritura nos diz a que se assemelharão as coisas, nos “últimos
dias”. Então, o que deveríamos fazer? Deveríamos nos tornar ecumênicos e nos
unir à corrida pela unidade? Dar as mãos na luta contra o aborto, o crime, a
pobreza nas escolas, etc.? Abraçar a psicologia “cristã” e os psicólogos
”cristãos”? Ou deveríamos abrir nossos olhos, a fim de cuidadosa e
objetivamente examinar o que está acontecendo ao nosso redor, à luz da
Escritura? Conforme observou um irmão, a verdade bíblica promove divisão. Isso
é inevitável [Lucas 12:51-52]. Quando os crentes se posicionarem pela verdade
nos “últimos dias”, estarão indo contra a onda. Todos estarão indo em outra
direção. Você poderá ser acusado de elitista, segregacionista, sem amor, irado,
julgador e assim por diante. Você vai querer pagar este preço ou simplesmente
seguir junto com a multidão?
1
“Portanto, tudo o que vós quereis que os homens vos façam, fazei-lho também
vós, porque esta é a lei e os profetas. Entrai pela porta estreita; porque larga é a
porta, e espaçoso o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que entram por
ela; e porque estreita é a porta, e apertado o caminho que leva à vida, e poucos há que
a encontrem. Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos
como ovelhas, mas, interiormente, são lobos devoradores” (Mateus 7:12-15).
Observe que estas passagens são usadas em conjunto com os falsos
profetas. Eles conduzem as pessoas através das portas largas da popularidade e
da aceitação. Uma pessoa “predisposta” a não olhar, não escutar nem considerar
os assuntos, a condenar as pessoas que as questionam e a seguir cegamente os
seus líderes, não fará a melhor escolha. Se um cristão quiser assumir uma
posição nos “últimos dias”, isso vai depender de uma vida repleta de Jesus, de
obediência, diligência, honestidade e coragem.
Você vu as raízes dos PK? De onde eles vieram? Nós frisamos que eles
lembram claramente o movimento Palavra de Deus, no qual McCartney esteve
engajado em Ann Arbor, na submissão, nos ajuntamentos, etc. Mas quando
McCartney se mudou para Boulder, Colorado, com quem ele se juntou? Com os
vineyards. Os vineyards têm estado na liderança do atual “reavivamento” de
sinais e maravilhas, o qual está assolando o mundo. Como diz Phill Arms:
“A organização (PK) é teológica e doutrinariamente uma legítima herdeira
de Wimber e suas maravilhas da Terceira Onda.” (p. 241).
O que aconteceu nos últimos oito anos? Os ajuntamentos já não são tão
grandes, como costumavam ser, mas estão bem estabelecidos nos ministérios de
homens, em muitas igrejas, em toda a nação, espalhando seus ensinos e
métodos não bíblicos. Esse tipo de movimento tem um método de ficar no
subsolo, para ressurgir à superfície, anos depois, de forma diferente. O último
capítulo ainda vai ser escrito sobre os PK. Agora existe muito mais material na
Internet, visto como os olhos de muitos cristãos foram abertos à realidade de sua
legítima natureza. ************
Reconhecendo a
Apostasia
Dene McGriff
Tradução: Mary Schultze - novembro 2006
http://cpr.org.br/McGriff-07.htm
Parte 2 - Reconhecendo a
Apostasia
O que eles não querem que você saiba
1
Capítulo 7 - Sinais e Maravilhas
(Signs and Wonders)
O Conhecimento da Revelação
1
não é novidade, pois qualquer estudioso da Escritura pode atestar. Foram
realmente desse tipo as pessoas que crucificaram Jesus Cristo.
Eram os escribas e fariseus, religiosos e irados, atacando e perseguindo
qualquer pessoa que ousasse discordar de suas exclusivas visões. É assim que se
fortalece a conspiração. Esses cães de guarda da pureza doutrinária - os quais
ironicamente violam as Escrituras através de suas ímpias atitudes, dos seus
comentários com significado espiritual e do seu enganoso registro - que agora
voltaram suas espadas contra os Vineyards e seus líderes . E por que? Visto não
haver verdade alguma em suas acusações, alguém deveria indagar: por que eles
acusam? O que os motiva a derrubar outra Igreja? A resposta é: orgulho, ciúme,
medo, ódio ou ignorância.”
Pelo visto, qualquer pessoa que ousar opor-se a eles, está se opondo a
Deus. “A comunidade religiosa sempre volta atrás, quando Deus se move,
afiando a língua e apontando o dedo. Sempre existe oposição ao mover de Deus
e nós simplesmente não queremos estar entre os que se opõem” (Carl Tuttle,
Vineyard - Anheim, conforme transcrito da fita cassete #00363, segundo registro
na obra “Deception in the Church News Letter”, com site na Internet). Para
maiores informações sobre a oposição [Aos Manifestos Filhos de Deus], leiam o
livro do evangelista Steve Hill, do Pensacola Revival, intitulado “The God
Mockers” (Os Escarnecedores de Deus), ou ver na Internet no website:
http://www.rapidnet.com/di/new_product/god_mo_1.htm.
Como já antes foi dito neste livro, a Escritura encoraja os crentes a
questionarem: “E logo os irmãos enviaram de noite Paulo e Silas a Beréia; e eles,
chegando lá, foram à sinagoga dos judeus. Ora, estes foram mais nobres do que os que
estavam em Tessalônica, porque de bom grado receberam a palavra, examinando cada
dia nas Escrituras se estas coisas eram assim.” (Atos 17:10-11).
O problema é que não temos espaço para um debate honesto, mesmo tendo
sido este encorajado pelo apóstolo Paulo, referindo-se aos seus próprios ensinos.
Concordo em que não devemos nos opor a um legítimo mover de Deus, porém é
preciso que o examinemos para ver se o mesmo tem respaldo na Escritura. Isso
não significa caçar heresia, ser negativo ou não ser amoroso, mas estar atento,
considerando o engodo que se aproxima.
Por favor, não acreditem em minhas palavras; leiam, estudem a Palavra e
orem. Confiram as minhas fontes e tirem suas próprias conclusões. Porém se
ousarem falar contra esse mastodonte que está se aproximando, na certa ele vai
esmagar vocês sem misericórdia.
Eles consideram inimigo qualquer um que a eles se opõe, o qual deveria ser
eventualmente eliminado. No livro de Rick Joyner -“The Shepherds Rod” (A Vara
dos pastores), 1997, ele diz o seguinte:
“Os corvos e as raposas devorarão os que não se moverem com o Espírito
Santo, este ano... Os que não corresponderem de modo apropriado ao Espírito
Santo serão como carcaças no deserto, presa para os predadores... As raposas
são um símbolo para a ilusão... Os que não receberem o amor da verdade, a qual
será entregue pelos inspirados mestres, ficarão marcados pela sua forte ilusão e
confusão”.
Apenas mais uma citação de Steve Hill, das Assembléias de Deus de
Brownsville (origem do reavivamento de Pensacola):
“Os escarnecedores de Deus ridicularizam e desprezam tudo que ‘não
aprovam’. A segunda marca de um escarnecedor de Deus é ter medo do
1
confronto e da mudança. Eles estão de tal modo firmados na tradição religiosa
que se fecham a qualquer revelação nova” (Steve Hill – “God Mockers”).
Espero que não sejamos encaixados nessa descrição - que estejamos
sempre abertos ao Senhor. Pode haver uma certa soma de verdade em acusar
alguns cristãos de estarem incrustados na tradição, não se abrindo à nova
revelação. Mas esperamos que qualquer nova revelação seja totalmente
escritural. Quanto a se devemos ou não julgar, vamos observar os versos
seguintes:
“Mas o que é espiritual discerne bem tudo, e ele de ninguém é discernido ” (1
Coríntios 2:15)
“Não sabeis vós que os santos hão de julgar o mundo? Ora, se o mundo deve ser
julgado por vós, sois porventura indignos de julgar as coisas mínimas? (1 Coríntios
6:2).
“Falo como a entendidos; julgai vós mesmos o que digo” (1 Coríntios 10:15).
“Amados, não creiais a todo o espírito, mas provai se os espíritos são de Deus,
porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo” (1 João 4:1).
John Wimber, fundador dos Vineyards, foi um dos líderes da Terceira Onda.
Ele considerava a igreja moderna racional e materialista demais e, portanto, não
aberta ao legítimo poder de Deus e, portanto, os cristãos careciam de uma nova
fé no sobrenatural. Mas teriam sido os sinais e maravilhas que provocaram o
crescimento da igreja primitiva? Historicamente os sinais e maravilhas operados
por Jesus não produziram fé. A princípio eles ajudaram na Sua popularidade,
porém as multidões logo se dispersavam. Jesus falou sobre as massas que iam
até Ele em busca de milagres: “Uma geração má e adúltera pede um sinal, porém,
não se lhe dará outro sinal senão o do profeta Jonas” (Mateus 12:39). Evangelismo
de poder através de sinais e maravilhas, obviamente está em falta, neste
assunto.
“Os sinais não têm qualquer poder inerente no sentido de conduzir os
pecadores á fé. Isso deveria ser óbvio, quando se examina o ministério de Jesus,
no qual os poderes da época futura eram regularmente expostos em conexão
com uma vida perfeita e uma infalível declaração da verdade, porém, mesmo
assim, o seu povo claramente O rejeitou” (Stan Fowler - “Signs and Wonders
Today” – conforme citação de Eric Wright no “Strange Fire”, Evangelical Press,
Inglaterra, p. 250).
As igrejas alcançadas pela “Bênção de Toronto” e o “Derramamento de
Pensacola” têm sido afetadas por estranhos fenômenos: tremores, contorções,
risos incontroláveis, latidos, rugidos, gritos, fanerose e assim por diante.
Deveríamos observar que a comunidade de Vineyard separou-se da Vineyard de
Toronto. Mesmo assim esses fenômenos continuam a ser vistos nas comunidades
vineyards e nas Assembléias de Deus, através da nação. Essas atividades que, há
anos atrás, deveriam ser questionadas como sendo, possivelmente, demoníacas,
agora são recebidas como um mover do Espírito Santo. É verdade que têm
surgido alguns bons frutos em razão de tais experiências. Contudo, seria por
causa delas ou apesar delas? [Nota da Tradutora: Deus é Soberano e age como
1
quer, onde quer e quando quer, apesar da nossa iniqüidade]. O caso é que tenho
recebido uma porção de e-mails de pessoas que foram terrivelmente
machucadas por causa dessas experiências.
Alan Morrison escreve: “Depois de ter sido consultado por muitas centenas
de pessoas que haviam sido afetadas por essas experiências psico-religiosas...
dentro das igrejas que propagam as experiências de Toronto, encontramos nelas
muitíssimos pontos característicos das seitas: 1. - revelação extra-bíblica; 2.-
uma falsa base de salvação; 3. - afirmações arrogantes dos seus líderes; 4. -
doutrina dúbia; 5. - cristologia deficiente; 6. - pneumatologia deficiente; 7. -
prova injustificada de texto escritural; 8. - injusta e ameaçadora denúncia contra
os que discordam; 9. - práticas e associações sincretistas”. (Letter in Evagelical
Times, conforme citado por Eric E. Wright, no "Strange Fire", p. 47). Além disso,
Wright observa que os milagres não eram comuns na vida do Velho nem do Novo
Testamento: “A contínua dependência de milagres coloca em dúvida a sabedoria
de Deus, desvalorizando o Seu íntimo envolvimento em todos os setores da vida
e da história”. (Ibid, p. 244).
Essa gente trata o Espírito Santo como se Ele fosse um produto de mercado
que pudesse ser descartado ou apanhado por qualquer pessoa que passasse.
Tanto Hannegraff em seu livro “Counterfeit Revival” (Falso Reavivamento) como
Wright no “Strange Fire” (Fogo Estranho) fazem idênticas observações. Wright
observa sete características negativas na “Bênção de Toronto” e nos Vineyards:
1
Finalmente, quero citar uma carta escrita por Al Dagar, endereçada a Steve
Hill, das Assembléias de Deus de Brownsville:
Muitíssimo mais pode ser e tem sido escrito sobre este assunto. Eu apenas
toquei a ponta do iceberg. Não sou único a fazê-lo. Existem muitos que estão
bem mais a par. Espero que vocês leiam todo o texto dos livros aqui
mencionados. O que isso representa é uma mudança de paradigma no
Cristianismo evangélico:
Reconhecendo a
Apostasia
Dene McGriff
Tradução: Mary Schultze - novembro 2006
http://cpr.org.br/McGriff-08.htm
Parte 2 - Reconhecendo a
Apostasia
O que eles não querem que você saiba
1
Capítulo 8 - O Movimento de
Crescimento da Igreja (The Church
Growth Movement)
Nos próximos capítulos iremos discutir os principais movimentos dentro do
Cristianismo Evangélico - a “Meta-Igreja”, depois o Movimento da “Igreja em Células” (Cap.
9) e, em seguida, uma discussão sobre o Movimento dos Apóstolos e Profetas (Cap. 10).
Se estamos nos “últimos dias”, seria de esperar o aparecimento de algumas falsificações
muito bem forjadas. A “Meta-Igreja” também conhecida como “Igreja com Propósito”, ou
“Seeker Friendly Church” (Igreja do Buscador Amistoso), representa um movimento
extremamente bem sucedido em termos de crescimento da Igreja.
Instintivamente, podemos achar que uma coisa assim tão popular não seja boa, pois
quando um movimento é tão popular a ponto das pessoas correram para ali se reunirem,
logo eu penso nas palavras de Jesus, em Mateus 7:13: “Entrai pela porta estreita; porque larga é
a porta, e espaçoso o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela.” Devemos
pensar que qualquer coisa muito bem sucedida deveria merecer desconfiança, visto como a
mensagem do Evangelho, mesmo sendo de Boas Novas para os que crêem, é uma notícia
má para os que o rejeitam, quando, então, muitos começam a deturpá-lo, para que possa
soar boa ao buscador, o que não é correto.
O Apóstolo Paulo nos adverte, na 2 Timóteo 4:3-4: “Porque virá tempo em que não
suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as
suas próprias concupiscências; e desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas”.
Será que a Igreja Com Propósito é tão tremendamente popular porque as pessoas
buscam a verdade ou porque ela diz o que as pessoas gostam de ouvir?
Pretendo ser justo e descrever exatamente o que é a “Meta-Igreja” e qual é a causa
pela qual ela se esforça. Li todos os seus livros e observei uma igreja local, com a qual estou
muitíssimo familiarizado, a qual tem feito a cruzada dos “Quarenta Dias Com Propósito” , da
qual milhares de igrejas estão participando. Warren lecionou esses seminários a mais de
175 mil pastores e líderes de igrejas de 60 denominações, em 42 países, e mais de 60 mil
pastores assinam e recebem sua carta-circular semanal, via e-mail. O Programa é
simultaneamente levado, via satélite, a milhares de igrejas em todo o mundo.
1
3. - Algumas Igrejas aplicam os princípios do crescimento da Igreja, que vão além de sua
imaginação (por exemplo, o mesmo das igrejas unitarianas e de outras igrejas não
fundamentalistas).
4. - As técnicas de gerenciamento podem substituir a verdade.
5. - Existe o perigo de se confiar em técnicas, em vez de se confiar em Deus.
Será que a Igreja primitiva era uma “buscadora amistosa?” Será que os cristãos ali se
reuniam para entreter os perdidos? Será que os cristãos se reuniam para desenvolver
programas que pudessem ser encaixados no mercado? Como funcionava a Igreja Primitiva
sem o ”know-how” empresarial de hoje? Temos nos esforçado no sentido de criar uma Igreja
de “cultura amistosa”, de modo que ir a Cristo seja tão fácil quanto humanamente possível.
Quem pode imaginar os apóstolos antigos fazendo uma pesquisa de mercado, antes de
pregar um evangelho “amistoso ao pecador”?
“Meta” significa transformação ou mudança, a qual conduz os líderes transformistas ao
impingi-las. Os pastores do mundo inteiro, todos eles desesperados pelo sucesso, adquirem
as listas de referência, as mensagens escritas e os vídeos... Os Guiness escreveu: “As duas
marcas registradas mais facilmente reconhecíveis da secularização são a exaltação dos
algarismos e a técnica. Ambos são importantíssimos no Movimento de Crescimento da
Igreja. Em sua fascinação pela estatística e pelos dados, em sacrifício da verdade... Em um
mundo de devoradores de algarismos, de contadores de grãos e analistas de sistemas, o
crescimento da Igreja como uma empresa comercial mensurável, baseada em fatos, é
absolutamente natural. O problema com essa mentalidade é que quantidade não significa
qualidade. Os números nada têm a ver com a verdade, a excelência e o caráter”. (“No God,
But God”, Chigago: Moody, 1992, p. 164).
Warren zomba da época dos desacertos da Igreja Tradicional, nos anos 1950, e
defende sua posição, dizendo que ela funciona. Ele define o sucesso como o cumprimento
da Grande Comissão (p. 64 do seu livro), mas quando chega à oposição, ele diz:
”Concordo em que as pessoas abandonam a Igreja. E lhe digo que o fato de que as
pessoas estão saindo da Igreja nada tem a ver com o que se faz, mas quando se define a
visão, escolhendo quem deve sair. Você diz: ‘Mas Rick, elas sãos os pilares da Igreja!’.
Pilares são as pessoas que sustentam as coisas... e em sua Igreja você precisa de algumas
abençoadas subtrações, antes de receber quaisquer adições legítimas.” (Dennis Costela –
“Foundation” Evangelical Magazine). A oposição será marginalizada.
“Os pastores vão falar mal delas, vão pregar sobre isso e até pregarão sobre as
pessoas dissidentes. Sabemos de pastores pregando sobre as abençoadas substituições - e
orado para as pessoas saírem da Igreja. Sabemos de um pastor que fez isso, tendo orado
bastante para que certas pessoas saíssem e, até certo ponto, concordo, sim, quando o
pastor principia com essa nobre causa de desejar conseguir uma porção de gente e de fazer
grandes coisas para Deus”. (Entrevista do Dr. Robert Clenck, Ortopedista, pelo Dr.
Monteith).
Quem desejar informações mais detalhadas, inclusive com referências, sugiro a
excelente obra do Banner Ministries:
(http://www.banner.or.uk/apostasy/cell-church-cont.htm).
A Linha Divisória
Se estamos nos “últimos dias”, a Bíblia é muito clara sobre o fato de que a Igreja vai
apostatar. Nos capítulos 2 e 3 de Apocalipse, lemos as cartas dirigidas às Sete Igrejas da
Ásia Menor. Muitos eruditos acreditam que elas se referem especificamente às Igrejas
históricas, mas também à época da história da Igreja. Eu gostaria de tratar sucintamente
com estas, mas apenas em termos de um tema - organização eclesiástica.
1. - A Igreja de Éfeso - A primeira Igreja primitiva. Seus membros foram ordenados a testar
os chamados apóstolos, que foram achados falsos. Foram advertidos pelo Senhor por terem
1
abandonado o primeiro amor, porém elogiados no verso 6: “Tens, porém, isto: que odeias as
obras dos nicolaítas, as quais eu também odeio”. Ora, quem eram os nicolaítas? A palavra grega
significa “subjugar ou conquistar o laicato”. Em outras palavras, tratava-se de um grupo que
estava promovendo uma hierarquia clerical. Hierarquia é uma parte de toda religião
fabricada pelo homem, até mesmo o Judaísmo do Velho Testamento (Apocalipse 2:1-7).
2. - Deus nada tinha contra a Igreja de Esmirna: “Conheço as tuas obras, e tribulação, e
pobreza”, a qual foi admoestada a não temer o sofrimento que estava para vir.
3. - Vamos, então à Igreja de Pérgamo. Deus tinha algo contra ela. Ela havia permitido que
ensinos e práticas pagãos penetrassem na Igreja (Balaão e Balaque) e ainda: “Assim tens
também os que seguem a doutrina dos nicolaítas, o que eu odeio” Isso cobre o período entre as
Igreja primitiva, o sofrimento da igreja e a eclosão final, como Igreja Católica Romana.
(Apocalipse 2:11-17).
4. - A Igreja de Tiatira – O Senhor fala da idolatria em alta escala [Sob o comando da falsa
profetisa Jezabel] (Apocalipse 2:18-29). Para quem não aprecia os males da Igreja
Católica Romana, recomendo o capítulo 4 deste livro - “Ecumenismo e a Igreja Católica
Romana”. Nessa Igreja não existe apenas um cadinho de religiões pagãs. Ela também se
tornou a religião estatal (sob Constantino, tendo assim permanecido por tantos séculos),
além de ter um sistema cheio de empáfia, de clero/laicato, com os seus padres, bispos,
arcebispos, até o papa.
5. - A Igreja de Sardes - Representa as Igrejas da Reforma. Notem que estas nunca se
libertaram do sistema de clero/laicato e por isso Deus não se agradou tanto delas:
“Conheço as tuas obras, que tens nome de que vives, e estás morto....” (Apocalipse 3:1-6).
(Salvação pela graça e outros frutos da Reforma)
6. - A Igreja de Filadélfia - Muito interessante! Deus nada tem a reclamar contra ela, mas
reconhece que ela “tem pouca força” (Apocalipse 3:7-13). Creio que esta Igreja representa
os pequenos grupos de cristãos que deram as costas à igreja organizada. Isso foi declarado
por alguns Irmãos no Século 19, os quais abandonaram a Igreja organizada e o sistema de
clero profissional, enfatizando, pela primeira vez, desde a Igreja primitiva, o verdadeiro
sacerdócio dos crentes - no qual todos os membros possuem dons e devem exercitar os
seus dons. Mas como todos os legítimos movimentos de Deus, até mesmo algumas dessas
assembléias acabaram se tornando institucionalizadas. Começaram a dividir-se e a tomar as
mais bizarras direções.
Voltando à Igreja de Filadélfia, acredito que ela ainda representa o remanescente
dos crentes singelos, que se reúnem nas salas de visita de suas casas, através do mundo
inteiro, simplesmente para adorar a Deus e fruir a vida simples da igreja verdadeira.
7. A Igreja de Laodicéia - Representa a principal fonte da Igreja “Cristã” ocidental, nos
“últimos dias”. Lembre-se que a maioria das igrejas co-existe hoje em dia: a igreja sofredora,
a Igreja de Roma, suas afiliadas nascidas da Reforma, bem como a frágil e pequena
Filadélfia. Para mim, nenhuma Igreja representa melhor a moderna Mega-Igreja do que a
Igreja de Laodicéia:
“Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente; quem dera foras frio ou quente! Assim,
porque és morno, e não és frio nem quente, vomitar-te-ei da minha boca. Como dizes: Rico sou, e estou
enriquecido, e de nada tenho falta; e não sabes que és um desgraçado, e miserável, e pobre, e cego, e
nu; aconselho-te que de mim compres ouro provado no fogo, para que te enriqueças; e roupas brancas,
para que te vistas, e não apareça a vergonha da tua nudez; e que unjas os teus olhos com colírio, para
que vejas” (Apocalipse 3:15-18).
Laodicéia era uma cidade rica, no tempo do Império Romano, e ficava na rota
comercial da Ásia, 45 milhas a sudeste da Filadélfia. Ali havia duas fontes: uma de água
quente, em um lado da cidade, e outra de água fria, no lado oposto, ambas fluindo para o
centro da cidade e ali chegando como água morna. A Igreja histórica em Laodicéia estava
lucrando com o comércio e teria muito a perder, se não andasse conforme as ordens dos
senhores romanos. Em outra parte há uma história dizendo que embora seus membros
1
admitissem seriamente a hipótese de curvar-se diante do imperador romano, todos eles
acabaram sendo martirizados. Foi esse o fim da primitiva Igreja de Laodicéia. E O QUE
VAI ACONTECER COM A DE HOJE?
A passagem nos fala de uma igreja rica (abastada de bens materiais), uma igreja tão
moldada ao mundo, que se tornou espiritualmente morna, Embora se considerando rica,
satisfeita e “de nada tendo falta”. Laodicéia se assemelha realmente às Igrejas de Robert
Schüller, Rick Warren, Bill Hybels, Kenneth Copeland, Crespon Dollar, Pat Roberson, Peter
Wagner, Paul Crouch, Jack Hayford, Charles Stanley, D. James Kennedy, Tim LaHaye, Juan
Carlos Ortiz, dos falecidos John Wimber, Kenneth Hagin e Oral Roberts, John Farwell, David
Yoion Cho, John Paul Jackson, James Ryle, Frank Damazio, Ed Silvoso, Claudio Freidzon,
Roger Mitchell, Ted Haggard, Paul Cain. Chuck Pierce, Rick Joyner, etc.
Existe mais uma coisa que deveríamos obserar sobre a Igreja de Laodicéia. Nas
Igrejas católicas e protestantes, o pastor e o sacerdote tipicamente governavam o laicato
com mão de ferro. Não davam chance de argumentação. Lembra-se dos nicolaítas, onde o
clero governava o laicato? Ora, Laodicéia significa “governar pelo laicato”. A Igreja
evangélica de hoje é governada por um conselho de algum tipo. (diáconos, anciãos, etc.).
Em média, o pastor serve sob a pressão do conselho. Quando a igreja precisa de um novo
pastor, um comitê de pesquisa entrevista algum em potencial, trazendo-o para pregar na
igreja e em seguida há uma votação - geralmente com todos os membros da igreja. Quando
o pastor não agrada, logo é dispensado através de votação e logo se começa uma nova
pesquisa. Isso é tão distante do modelo bíblico que nem sequer merece defesa. Mas o
resultado da nova igreja “democrática” controlada pelo laicato é ver as pessoas se juntando
aos mestres que lhes “provocam comichão nos ouvidos”, conforme lemos na passagem da
2 Timóteo 4:3, citada no início deste capítulo.
Poderíamos falar um bocado ainda sobre Laodicéia, mas a questão é que nem o
modelo nicolaíta (domínio do claro) nem o de Laodicéia (domínio do laicato), nem a igreja do
“buscador amistoso”, nem a igreja mercadológica - nenhuma destas representa o que Deus
realmente deseja. A igreja deveria ser governada pelo Espírito Santo, não por uma agenda
escrita. A intenção de Deus é ter um corpo, um organismo, não uma organização. Não
importa o quanto Rick Warren e Peter Wagner digam que o seu modelo é o de um corpo
(especialmente o Movimento da Igreja em Células), o fato é que todas elas são controladas
de cima para baixo, sem qualquer semelhança com a vida espontânea da igreja primitiva.
Mas, desde que a Igreja primitiva perdeu o seu primeiro amor, a estagnação espiritual
e a morte certamente aconteceram. A questão é a seguinte: a “Igreja do laicato amistoso”
fará parte de um reavivamento ou da apostasia do “final dos tempos?”
“Ninguém de maneira alguma vos engane...” (2 Tessalonicenses 2:3-a).
“MAS o Espírito expressamente diz que nos últimos tempos apostatarão alguns da fé, dando
ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios; pela hipocrisia de homens que falam
mentiras, tendo cauterizada a sua própria consciência” ( 1 Timóteo 4:1-2).
“E por isso Deus lhes enviará a operação do erro, para que creiam a mentira” (2
Tessalonicenses 2:11).
“Nesse tempo muitos serão escandalizados, e trair-se-ão uns aos outros, e uns aos outros se
odiarão”. (Mateus 24:10).
Em Mateus 16, Jesus admoesta os apóstolos contra “o fermento dos fariseus e
saduceus”, os líderes religiosos daquele tempo. Até mesmo uma ínfima quantidade de
fermento leveda toda a massa, fazendo-a inchar. O verso diz que Ele se referia aos ensinos
dos líderes religiosos. Agora, sou levado a admitir que nada é preto e branco. Ainda há
muito o que dizer sobre Rick Warren e os ensinos da “Igreja Com Propósito”. Elas são
animadoras, têm ensinos fundamentais, exortam os crentes de que não se incomodam se
eles saírem, mas somente com Deus e com o que Ele pode dar. Sua ênfase sobre o
evangelismo é admirável. Seu esforço no sentido de apoiar o laicato em desenvolver o seu
próprio ministério também é louvável. Vejamos o lado negativo:
1
1. - Essas Igrejas fogem das controvérsias e de tópicos impopulares, em seu esforço
de agradar o objetivo de sua audiência. Se estamos vivendo nos ”últimos dias”, será que
eles estão pregando o escapismo do arrebatamento pré-tribulacional, ou estão ignorando
completamente a profecia? Ou será que eles apenas preenchem as “necessidades sentidas”
das pessoas e desenvolvem programas, de modo que suas vidas se tornem mais completas
e realizadas?
2. - Eles tendem a permitir o levedo entrando na Igreja. Por outro lado, conheço
algumas Igrejas, aparentemente fundamentalistas, que estão permitindo e até mesmo
promovendo o Aconselhamento Psicológico (Leiam Psicologia - O Cavalo de Tróia), os
Doze Passos tipo Programas AA (de origem demoníaca) - Leiam Psichoheresy de Martin
Bobgan), Curso Alpha (http://www.banner.org.uk/misc/alpha.tml), Pagadores de Promessa
(Veja o Estudo de Case – “The Promise Keepers”) e apóiam organizações dominionistas,
tais como a JOCUM, e muitos outros movimentos modernos, que são muito questionáveis -
Ecumenismo, Nova Era, Movimento dos Apóstolos e Profetas, etc. Existe uma afinidade de
companheirismo entre os líderes do Movimento do Crescimento da Igreja e deveríamos ficar
desconfiados, quando vemos um pastor alisando as costas de Robert Schüller, Tim LaHaye,
Benny Hinn, Peter Wagner, etc.
3. - Eles tendem a misturar patriotismo com política, no púlpito. A maioria das igrejas
apóia cegamente o presidente “cristão” e sua política mundial. De fato, muitas têm um fervor
patriótico e um senso de que o destino da América é levar Cristo, o capitalismo e a
democracia ao mundo inteiro e, se necessário, até mesmo pelas armas. Se estamos nos
“últimos dias”, a Bíblia deixa claro que a Igreja vai apostatar. Ela vai se aliar ao sistema
político e montar na besta, enquanto o Anticristo sairá para conquistar [Apocalipse 6]. Temos
tratado desse item da América na profecia, em muitos artigos. A Igreja deveria ser a
cautelosa em termos de apoiar o estado, pois aí está o cerne da apostasia dos “últimos
dias”.
5. - Não importa qual seja o sistema que a Igreja organizada apóie, se a “Meta-Igreja”
ou a ”Igreja em Células”, ela continua sendo instituição (governada pelo clero ou pelo
laicato). Não importa quanto protestem: elas são organizações, não organismos. Todas são
hierárquicas e controladoras, até mesmo a Igreja em Células, conforme veremos no próximo
capítulo. Jesus foi claro em Sua analogia, quando disse que não nos assemelhamos a uma
árvore, ligados por pequenos ramos de tamanho médio, transformando-nos em grandes
ramos e, finalmente, numa grande árvore. Ele nos comparou a uma videira, na qual somos
enxertados, sendo Ele a fonte (João 15). Não somos uma organização militar, organizada de
cima para baixo. Não precisamos mais de hierarquia, pois todos nós somos reis e
sacerdotes. Não precisamos de intermediários. Temos uma relação com Deus e entre nós
mesmos, por causa da nossa relação com Ele.
O Princípio da Vida
Leia Romanos, Efésios e as demais epístolas. A maneira de Deus é colocar Sua vida
em cada pessoa que nasce de novo. Essa vida cresce de dentro para fora e nos transforma.
Ele chama cada um de nós a trabalhar e nos outorga dons. Ele nos faz semelhantes a um
corpo, com os membros conectados uns aos outros, fluindo vida de uns para os outros, e
nenhuma parte do corpo é mais importante que a outra. A maneira dos homens é criar
ofícios, hierarquias, e organizações. A maneira de Deus é criar funções de vida verdadeira.
Ninguém deve ter o ofício de pastor, mas apenas funcionar como pastor (se for esse o seu
dom). Ninguém deve ter o ofício de mestre, mas apenas funcionar como mestre. Deus fala
em termos de funções, não de ofícios: evangelista, ancião, diácono (alguém que serve os
outros), o dom da hospitalidade, de visitar os enfermos, etc. Estas são as coisas que um
cristão faz, não os ofícios que ele mantém. Você não precisa cursar uma Escola Bíblica ou
1
um Seminário. Basta permitir que o Senhor flua através de você, para fazer isso. Veja
Romanos 12:1-8, depois o verso 16:
Não se deve ignorar o óbvio, ou seja, não devemos nos conformar a esse
mundo. Nesse caso, como fica a “Igreja do Buscador Amistoso”? Vamos ver o
que, simplesmente, deve ser feito. Cada um de nós tem a medida da fé e sua
função e dons no corpo, os quais devem ser usados. Deixe que as palavras acima
penetrem em seu íntimo. Isso não soa como a igreja institucional hodierna? Agora
vamos à 1 Coríntios 12:4-11:
A fonte dos dons e ministérios é o Espírito Santo. Ele fala de algum modo para que
alguém curse uma Escola Bíblica ou um Seminário? Isto soa como ofícios que alguém deva
receber ou pagar por eles? Ou é obra do Espírito Santo? O que está hoje em falta no Corpo
de Cristo são os dons e ministérios exercidos pelos próprios crentes - cada membro do
corpo. São funções, não ofícios. É isso que os cristãos devem fazer - ministrar os dons
outorgados pelo Espírito Santo e não ocupar posições. São a obra do Espírito e não das
1
pessoas que ocupam posições com obras de um sistema religioso educacional. Os versos
prosseguem com 1 Coríntios 12:24-31:
“Porque os que em nós são mais nobres não têm necessidade disso, mas Deus assim formou o
corpo, dando muito mais honra ao que tinha falta dela; - Para que não haja divisão no corpo, mas antes
tenham os membros igual cuidado uns dos outros. De maneira que, se um membro padece, todos os
membros padecem com ele; e, se um membro é honrado, todos os membros se regozijam com ele. Ora,
vós sois o corpo de Cristo, e seus membros em particular. E a uns pôs Deus na igreja, primeiramente
apóstolos, em segundo lugar profetas, em terceiro doutores, depois milagres, depois dons de curar,
socorros, governos, variedades de línguas. Porventura são todos apóstolos? são todos profetas? são
todos doutores? são todos operadores de milagres? Têm todos o dom de curar? falam todos diversas
línguas? interpretam todos. Portanto, procurai com zelo os melhores dons...”
“E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para
pastores e doutores, querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para
edificação do corpo de Cristo. Até que todos cheguemos à unidade da fé, e ao conhecimento do Filho
de Deus, a homem perfeito, à medida da estatura completa de Cristo, para que não sejamos mais
meninos inconstantes, levados em roda por todo o vento de doutrina, pelo engano dos homens que
com astúcia enganam fraudulosamente.
Antes, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo, do qual todo o
corpo, bem ajustado, e ligado pelo auxílio de todas as juntas, segundo a justa operação de cada parte,
faz o aumento do corpo, para sua edificação em amor”.
Não posso negar que Deus usa certos cristãos para ajudar o aperfeiçoamento dos
santos. Mas Ele os convoca e equipa. Novamente, eles funcionam porque são dotados pelo
Espírito Santo (Não por terem estudado numa Escola Bíblica ou num Seminário). O objetivo
não é o de um homem agir como profissional, governando sobre os santos, mas que todos
devam crescer e não continuar sendo crianças, devendo cada parte e cada junta suprir uma
à outra. A Igreja é apenas um grupo de pessoas, as quais ministram entre si a vida de
Cristo.
Por causa do sistema clero/laicato, o qual tem dominado todo o Cristianismo
evangélico, temos uma geração de cristãos imaturos, portando-se como crianças que ainda
precisam de entretenimento, como se indagassem: “O que tem de bom aqui para mim e
para a minha família?” A maioria dos cristãos que ler o que estou escrevendo vai ficar
admirada! Somente Deus poderá mostrar-lhe que deseja um Corpo prático, vivo, de crentes
ministrando uns aos outros ou alcançando pessoas que reconheçam sua luz e vida,
declarando: “Vejam como eles se amam!”
Nada tem sido mais danoso à maturidade dos cristãos do que o sistema do
clero/laicato e a igreja institucional organizada. O tempo que se permanece num sistema,
onde tudo é feito por profissionais, não permite descobrir os próprios dons e função no
Corpo vivo dos crentes.
Até mesmo Rick Warren verifica em como é difícil uma pessoa mudar. Por isso ela
chama sua Igreja de “Meta-Igreja” (uma Igreja em “mudança”). Ele verifica que a maioria dos
1
cristãos jamais se apartará do Cristianismo evangélico tradicional e por isso busca novos
convertidos. De fato, as igrejas em células fazem o mesmo. As lições? Porque a maioria das
pessoas está tão apegada às suas tradições e modus vivendi. Elas não têm crescimento na
vida em Cristo, maturidade ou compromisso da necessidade de fazer algo, à parte do
conforto e organização da “Igreja”.
Se você tem interesse em desenvolver uma verdadeira vida em Cristo, provavelmente
abrirá suas portas para alcançar novos tipos de pessoas que jamais tenham sofrido lavagem
cerebral. Tanto como adoraríamos compartilhar da igreja institucional, provavelmente não
iríamos alcançar muitos, porque já estão imersos num virtual caldeirão de
institucionalização, apostasia e indiferença... e nem sequer sabem disso. Estão
acostumados ao sistema clero/laicato e não podem imaginar que haja outro meio de fazer as
coisas. A maioria dessas pessoas se porta como recém-nascidos que ainda precisam sugar
o leite do pastor.
À medida em que entramos nos “últimos dias”, as diferentes igrejas proféticas passam
a coexistir: a ICR (Tiatira), as Igrejas protestantes (Sardis), a Igreja com pouca força
(Filadélfia) e a morna e rica igreja (Laodicéia), bem como a Igreja sofredora em vários
pontos do mundo (China, África, etc.). Em qual destas você fará parte - do problema ou da
solução? Apocalipse 17 e 18 descrevem o Cristianismo apóstata - a grande mãe das
prostituições, e seus filhos (A ICR e as Igrejas que a seguem). A mulher (igreja) está
cavalgando a besta (o sistema político) e faz guerra aos santos.
O engano está abundando e, a não ser que se tenha convicção e mente abertas para
separar-se da influência do fermento da Igreja instituição, não se poderá escapar da
pressão. No livro de Rick Warren (Uma Igreja Com Propósito) ele diz que se alguém tem
sete amigos na Igreja, provavelmente estará em contato com eles... Tão poderosas são as
amizades, relações e tradições. Infelizmente, a maioria vai cuidar do seu conforto e de suas
relações, mais do que o fará com a verdade.
Muitas pessoas me contam, entusiasticamente, que existe uma alternativa
para a igreja organizada – a Igreja em Células. Seria esta uma resposta ou mais
uma falsidade? Veremos isso no próximo capítulo. ************
Reconhecendo a
Apostasia
Dene McGriff
Tradução: Mary Schultze - novembro 2006
http://cpr.org.br/McGriff-09.htm
Parte 2 - Reconhecendo a
Apostasia
O que eles não querem que você saiba
1
Capítulo 9 - Fraudes Espirituais - A
Igreja em Células (Spiritual Counterfeits -
The Cell Church)
A Igreja em Células é apresentada como uma revivescência da igreja
primitiva. Seus proponentes criticam a igreja organizada, do mesmo modo como
nós o fazemos. Eles falam da igreja primitiva e afirmam estar de volta às suas
raízes. Será que isso é verdade ou se trata apenas de uma sutil e fraudulenta
imitação? Como é possível saber qual a diferença que existe entre as duas?
Os co-pais do moderno Movimento da Igreja em Células são Juan Carlos
Ortiz e David Yong Cho, da Argentina e Coréia do Sul, respectivamente. [Nota da
tradutora: Há quem diga que o atual “David”, que antes se chamava “Paul”, mudou o seu
nome porque “Paul” significava apenas o nome do maior apóstolo de Cristo, enquanto
“David” representa o Rei a quem de direito pertence, eternamente, o trono de Israel]. O
movimento foi popularizado nos EUA por Ralph Neighbors, Carl George e outros.
Conforme veremos mais tarde, ele está estreitamente ligado ao Movimento dos
Apóstolos e Profetas. Discutiremos cada um destes, logo mais, para termos uma
visão mais aproximada da estrutura da Igreja em Células.
Juan Carlos Ortiz deu início às igrejas em células nos passados anos
1960/70. A ele dá-se o crédito de ter deslanchado o movimento de
apascentamento e discipulado nos EUA, quando introduziu os seus ensinos de
discipulado aos proponentes, mais tarde conhecidos como Fort Luderdale “Five”.
Ele declara que cada pessoa precisa estar sob a autoridade de alguém. Sua
primeira lei no discipulado é: “Não existe formação sem submissão” e a segunda:
“Não existe submissão sem submissão” ("Disciple", Juan Carlos Ortiz, ps.
111,113). Ele esclarece isto, dizendo: “Somente quando estou na linha é que a
autoridade pode passar de mim para os outros... Quem quiser ter o direito de
controlar os outros, precisa estar, ele mesmo, sob o controle de outros” (Ibid, os.
113,114). Ele ressalta uma estrutura, na qual os comandos para o corpo fluem
“do alto, através do meio, para a extremidade inferior” (Ibid, p. 125). Não seria
essa uma errônea analogia da nossa anatomia? Os comandos não fluem da nossa
cabeça, através do pescoço, do coração, do estômago, das pernas e dos pés para
movimentar os artelhos. Existe uma conexão direta entre a cabeça e os artelhos.
Não existe hierarquia no corpo. Cada membro é conectado, através do sistema
nervoso, à “cabeça”. Eis aqui a exata diferença entre a Antiga e a Nova Aliança. A
Antiga era exterior, organizacional e hierárquica, enquanto a Nova é orgânica,
embasada no relacionamento de cada um de nós com Deus.
Outra doutrina fundamental de Juan Carlos Ortiz é o ofício de “apóstolos”,
na igreja moderna. “O Novo Testamento não fala constantemente da doutrina de
Jesus, mas da doutrina dos apóstolos. Eles eram infalíveis.” Esta pode ser uma
doutrina católica e tenho dúvidas de que os apóstolos iriam concordar com a
mesma. Lembre-se deste conceito, quando chegarmos ao capítulo 10, sobre
1
“Apóstolos, Profetas e Submissão”. Ele conclui com a idéia de “uma igreja, uma
cidade”, na qual todos os pastores da cidade são co-pastores de uma igreja (Ibid,
os. 128,129). É a tentativa de manter os cristãos de uma cidade sob o comando
de um grupo de “super-anciãos”, consistindo de apóstolos auto-nomeados sobre
os pastores e o laicato dessa cidade. A base do Movimento da Igreja em Células é
uma interpretação não bíblica da submissão, na qual cada pessoa deve estar sob
ou sobre o comando de outra. Discutiremos isso com mais profundidade no
próximo capítulo. Ora, o pastor hispânico, atualmente, na Catedral de Cristal de
Robert Schüller, trabalhando de mãos dadas com este, é Juan Carlos Ortiz. Para
quem é iniciante e achar que Schüller é apenas um apóstata, vejamos: “O falso
ensino de Schüller é um assunto extremamente sério, à luz de sua ampla
influência. Ele é o mais popular em sua difusão pela TV na América. Seus livros
são vendidos aos milhões. Ele aparece ao lado de presidentes. O seu
‘Cristianismo da auto-estima’ tem sido adotado por multidões. Elas acham que
são cristãs e freqüentam igrejas; porém, na realidade, adoram um falso cristo e
seguem um falso evangelho. Roberto Schüller e o seu mentor, o falecido Norman
Vincent Peale, são dois entre os mais danosos promotores do erro”.
(http://rapidnet.com/~jbeard/bdm/expose/schuller/). Acesse este website, para ler
uma exposição mais completa do assunto supra.
A Igreja em Células de maior sucesso e, sem comparação, reputada como a
maior do mundo, fica em Seul, Coréia do Sul, a qual lidera um milhão de
membros. David Yon Cho também está estreitamente vinculado ao Movimento
Positivo de Robert Schüller, englobando curas miraculosas, profecia, visualização,
teologia da prosperidade e outras práticas pentecostais. “O ensino de Cho é um
sistema da mente dominando a matéria (ou então da imaginação dominando a
matéria). Ele admite francamente ser essa uma versão cristianizada dos métodos
praticados pelos budistas, expoentes da Yoga e seguidores de outros sistemas
pagãos, místicos e ocultistas... Sobre o pensamento positivo (confissão), Cho
declara: ‘Você pode criar a presença de Jesus com a sua boca... Ele pode ser
aprisionado pelos seus lábios e pelas suas palavras...’” Quanto à visualização, a
técnica, mais poderosa do ocultismo, Cho escreve: “Através da visualização e do
sonho, você pode incubar o seu futuro e conseguir os resultados” (Para obter
mais detalhes, acesse o site:
http://www.rapidnet.com/jbeard/bdm/exposes /cho/general/htm).
Cho ensina que a chave do sucesso se encontra no pensamento positivo, na
visualização e no falar, para que se dê origem à realidade física. Isso não é
Cristianismo. É pura bruxaria!
Cho declara: “Nossa Igreja tornou-se um organismo vivo, no qual as
células são vivas, funcionando identicamente às células do corpo humano. Em
um organismo vivo as células crescem e se dividem. Onde antes existiu uma
célula, agora existem duas. Depois haverá quatro, oito, dezesseis e assim por
diante. Elas são simplesmente acrescentadas ao corpo numa progressão
geométrica”. (“Successful Home Cell Groups”, David Yong Cho, p. 65).
A Igreja de Cho não é uma rede de igrejas domésticas, porém uma igreja
dividida em células, com uma rígida liderança hierárquica e compulsórios
serviços semanais. Ela se encaixa mais no modelo da Meta-Igreja de Rick Warren,
a Igreja de Saddleback.
1
Conforme veremos, as igrejas em células são todas elas estruturas
piramidais, onde os líderes aprendizes são cuidadosamente reinados e
monitorados apenas sob a liderança de outro líder e do “staff” da igreja. Embora
afirmem seguir os métodos do “Novo Testamento”, elas são mais rígidas e
autoritárias do que as estruturas tradicionais que temos hoje. O famoso consultor
de “Crescimento da Igreja” Carl F. George, descreve os sistemas “Jetro I e Jetro
II”, cujos nomes derivam do sistema instituído por Moisés com os “juízes da lei”.
Ele começa com o indivíduo, seguido pelos líderes aprendizes, o líder do grupo de
células, o líder de dez, o líder de cinco grupos de dez, o líder de 100 e o de 500. A
falha neste caso é que a forma organizacional do Antigo Testamento, incluindo o
Templo e o sacerdócio, foram descartados pela Nova Aliança. [Nota da
Tradutora: Todo criador de novidades no Cristianismo atual tende a se embasar no
Antigo Testamento e no Gnosticismo, pois o NT não dá margem a esses engodos].
Os pastores desenvolvem uma hierarquia clerical e líderes leigos, numa
organização que pode ser desenhada num mapa chamado “Meta-Mapa”. “O hábil
uso do 'Meta-Mapa' permite que o “staff” e os escritórios entendam como são
configuradas as suas igrejas, de modo a que possam movimentar fatores críticos
importantes, como, por exemplo, onde se encontram os líderes e líderes em
potencial, as novas pessoas, como os visitantes estão sendo tratados e onde os
membros antigos são aparentados com os membros mais novos. Um 'Meta-
Mapa' possibilita que os líderes vejam o que acontece depois que cada pessoa se
reuniu em adoração corporativa: aonde elas vão? Qual a tarefa que estão
levando com elas? Qual o estágio de vida que estão ocupando? ... Cada símbolo
visual no 'Meta-Mapa' representa um líder a ser supervisionado, um sítio de
treinamento para a produção de um aprendiz...” (Carl F. George - “The Coming
Church Revolution”, p. 246). Longe de serem liberalmente organizados e estarem
sob a direção do Espírito Santo, os grupos de células são fortemente controlados
dentro da hierarquia da igreja.
Seus proponentes sentem que “a igreja embasada no programa tradicional
não pode conter o futuro reavivamento” (Larry Stocksill - “The Cell Church”, p.
17). As linhas seguintes descrevem uma reunião ideal de células:
“Às vezes, no estabelecimento de um lar, cada pessoa se move numa área
de vida, começando com um ‘quebrador o gelo’, como, naturalmente, em
qualquer outro tópico de conversa. O líder do grupo coloca uma simples pergunta
(escrita em cada lição), à qual cada pessoa deve dar uma resposta rápida ou
engraçada. Um “quebrador de gelo” é indispensável, pois ele promove a
comunidade de grupo e ainda abre uma possibilidade dos membros
compartilharem. O próximo componente é uma discussão de quatro perguntas
embasadas numa passagem da Escritura. Nossos grupos geralmente discutem o
tópico do sermão do domingo passado... A lição termina com uma ‘aplicação’...
Após a lição, o grupo focaliza mais uma vez a oração e a ‘visão’” (Ibid, ps.
135,136). Esta é dificilmente uma explanação de uma espontânea “igreja
primitiva”, onde cada pessoa seguia a direção do Espírito Santo.
Compartilhar, segundo esse relato, o sermão do domingo passado? E onde fica o
Espírito Santo nessa história?
Em sua excelente obra sobre o assunto, Tricia Tillin diz o seguinte:
“À primeira vista, parece existir pouca distinção entre as igrejas em células
e as igrejas domésticas, pois a retórica parece idêntica. Ambas condenam as
estruturas eclesiásticas das antigas denominações, ambas ressaltam a estrutura
1
informal da igreja primitiva, apressando os cristãos a mudarem o pensamento
sobre a maneira como a igreja deve ser organizada.
Contudo, os objetivos de cada uma são idênticos. Os cristãos poderiam ser
desculpados por acreditarem que as igrejas em células constituem outro método
- um método recomendável - de evitar o apascentamento austero, deixando claro
que os anciãos não exigem tanta autoridade, resultando em nada a ser feito
pelos membros da igreja, exceto o dever de se submeterem e obedecerem como
ovelhas.
O Pensamento de Grupo
1
O objetivo do Movimento de Crescimento da Igreja é conseguir um
movimento paradigma infiltrado em nosso pensamento, vendo os seus pastores
como “agentes de mudança”. Eles usam as reuniões de pequenos grupos para
desafiar antigos paradigmas e meios de pensar, transformando-os gradualmente.
Conforme cita Tracia Tillin:
“No website de Berit Kjos encontra-se uma excelente explanação deste
processo:
‘Quando a Palavra de Deus é dialogada (em vez de ser didaticamente
interpretada) entre os crentes e descrentes, com múltiplas versões bíblicas
utilizadas (desencorajando-se a leitura da BKJ) e o consenso é alcançado - acordo
com o qual todos se sentem confortáveis - logo a Palavra de Deus é diluída de
modo tão sutil que os participantes são condicionados a aceitar (e até mesmo a
celebrar) o seu compromisso (síntese). A nova síntese torna-se o ponto de
partida (tese) para a próxima reunião e o processo de mudança (inovação)
continua. O temor da alienação do grupo é a pressão que impede o indivíduo de
permanecer firme na verdade da Palavra de Deus, fazendo-o permanecer calado
(auto-editado). O respeito humano (rejeição) supera o temor de Deus. O
resultado final é um “movimento de paradigma” em como alguém processa a
factual informação”. (“What’s Wrong With The 21st Century Church?’” (O Que Há
de Errado com a Igreja do Século 21?), Dr. Robert Klenck).
“O que os líderes das igrejas em células desejam é o experimental
conhecimento de Deus, uma intimidade espiritual, sinais miraculosos, grupos
entrelaçados, mãos levantadas, canções e danças, diversão e emoção. O estudo,
ensino e pregação da Palavra são deixados de lado, e em alguns casos
abandonados, sendo a maior ênfase colocada em satisfazer as necessidades
sentidas pelas pessoas, relacionando umas com as outras e “compartilhando”
atividades sociais, psicologia, aconselhamento, e usando-se recursos espirituais
para efetuar mudanças nas pessoas que freqüentam, ou sobre as que estão
sendo trazidas ao grupo. Desenvolver a vida comunitária é considerado muito
mais importante do que estabelecer a verdade objetiva no coração do indivíduo”
(Ibid, Tracia Tillin, parte 7).
Análise
Parte 2 - Reconhecendo a
Apostasia
O que eles não querem que você saiba
1
Porém ainda tem mais! Ele acredita que os “Potentados são os maiores
empecilhos ao avanço da igreja e devem ser tratados apostolicamente” (p. 60).
Ele afirma que estes somente poderão ser destruídos através do ministério
apostólico. Ele afirma que “embora cada crente tenha status para expulsar
demônios, os apóstolos andam e ministram em status mais elevado. Os maus
espíritos e os anjos reconhecem esse status. Os apóstolos são os comandantes
espirituais da Igreja” (p. 63). Ele prossegue afirmando que somente o apóstolo
tem autoridade para executar os propósitos e planos de Deus. “São estes os
generais e comandantes militares que irão mobilizar o povo de Deus...” (p. 65).
Eu poderia continuar sempre e encorajaria vocês a fazerem isso, se houver
interesse.
Existe tanta coisa a mais escrita sobre isso que deixo o restante da
pesquisa a vocês. (Por favor, acessem o site...
http://www.banner.org.uk/contents.html
Leiam também o capítulo 7 deste livro. O Movimento dos Apóstolos e Profetas
está ligado ao reino dos “espíritos territoriais”, mapeamento espiritual, igrejas em
células, movimento do crescimento das igrejas, etc. Os participantes deste movimento
lidam com o “Quem é Quem” no Cristianismo (exemplo: Peter Wagner (apóstolo
principal), Dutch Sheets, Ted Haggard - new President of the NAE, John Kelly, Win and
Charles Arn, David Yonggi Cho, Bill Hybels, Paul Crouch, Jack Hayford, Tim LaHaye, o
falecido John Wimber, Juan Carlos Ortiz, C. Peter Wagner, Ern Baxter, Pat Robertson,
Jerry Falwell, David Yonggi Cho, Robert Stearns, Mike Bickle, Reuven Doron, Che Ahn,
Frank Hammond, Cindy Jacobs, Bill Hamon, John Eckhardt, Bobbie Byerly, Jim Goll, John
Paul Jackson, James Ryle, Frank Damazio, Ed Silvoso, Carlos Annacondia, Claudio
Freidzon, Roger Mitchell, Ted Haggart, Chuck Pierce, Rick Joyner, Kingsley Fletcher, Jim
Laffoon, Barbara Wentroble, Robert Schuller, Paul Cain, Ralph Neighbor, etc.).
Existe uma hierarquia de apóstolos sobre várias cidades e pastores com um
ancião superior sobre uma cidade particular. Talvez os evangélicos estejam
aprendendo isso com a Igreja Católica Romana. Existe em sua agenda algo mais que
uma simples organização. O objetivo é conquistar! As Igrejas Protestantes Liberais, tais
como as Presbiterianas, Metodistas, etc., têm sido sempre “a” ou “pós” milenistas
(significando que não esperam que Cristo venha reinar por 1.000 anos), mantendo a
mesma posição da Igreja Católica Romana. Todos esses diversos ramos - desde a ICR
até as Protestantes Liberais, as igrejas neopentecostais dos apóstolos e profetas e o
Movimento dos Profetas - aliam-se no mesmo objetivo de tomar posse das instituições
políticas e sociais.
Sabemos que a “mulher montada”, de Apocalipse 17 (A igreja apóstata) cavalga
a besta (o estado político) em sua sede de domínio mundial. Isso não é semelhante ao
casamento entre o “direito religioso” e a presente administração para derrotar as
forças do mal e trazer o capitalismo, a democracia e Cristo ao mundo?
Em vez de repetir isso, eu prefiro ir ao capítulo 17 deste livro para uma descrição
da noção extra-bíblica entre os “profetas” - uma nova geração de pessoas que
acreditam estar expressando hoje a “Palavra de Deus” com o mesmo poder e
autoridade do próprio Deus (apesar do fato de que erram mais do que acertam). Mas,
quem está vencendo? Eles prosseguem fazendo continuamente novas profecias, sem
que ninguém lhes peça contas. E mesmo sem entrar no mérito da coisa, eu destacaria
que se trata de uma estrutura altamente autoritária e hierárquica. E agora?
Análise
1
Na história antiga, a Igreja perdeu o rumo e adotou a maneira secular, com o seu
clero, seus edifícios e tudo o mais. Contudo, não era assim no princípio. Nos tempos
do Velho Testamento houve necessidade de líderes como Davi e Salomão, mas não no
período do Novo Testamento. Todos nós somos “a geração eleita, o sacerdócio real, a
nação santa, o povo adquirido...” Todos nós temos igual acesso a Deus através do nosso
espírito humano. Estamos na videira, não numa árvore. Todo crente nascido de novo é
enxertado na videira. Criar uma hierarquia neotestamentária é absurda tolice. Se é
assim, devemos nos tornar novamente católicos romanos, no qual o laicato perdeu
todo o contato com Deus (a videira), só podendo chegar até Ele através de um
sacerdote.
Hoje em dia, a Igreja apóstata está usando o modelo secular ou militar. As
descrições dos títulos, funções e empregos “eclesiásticos” provêm do mundo, não do
Senhor. A Bíblia fala de dons e funções - sendo apóstolo aquele que é enviado a plantar
igrejas. É o que ele faz, não o que ele é. Outros, pastoreiam, ensinam, supervisionam
e profetizam. É o que eles fazem, não os ofícios que ocupam. Trata-se de um ponto de
vista “funcional” em vez de “posicional”. O homem não é o cabeça da Igreja, mas
sim, Jesus. Existe apenas uma cabeça no corpo e todas as instruções são dadas por
ela. Elas não fluem pelo corpo. Cada parte do corpo tem uma conexão direta com a
cabeça. O mundo é que precisa de hierarquia e controle externo.
Jesus disse:
“... Bem sabeis que pelos príncipes dos gentios são estes dominados, e
que os grandes exercem autoridade sobre eles. Não será assim entre vós; mas
todo aquele que quiser entre vós fazer-se grande seja vosso serviçal; e,
qualquer que entre vós quiser ser o primeiro, seja vosso servo; Bem como o
Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir, e para dar a sua
vida em resgate de muitos”.
Jesus repetiu isso em Lucas 22:25-27:
“... Os reis dos gentios dominam sobre eles, e os que têm autoridade
sobre eles são chamados benfeitores. Mas não sereis vós assim; antes o maior
entre vós seja como o menor; e quem governa como quem serve. Pois qual é
maior: quem está à mesa, ou quem serve? Porventura não é quem está à
mesa? Eu, porém, entre vós sou como aquele que serve”.
O mundo gentílico opera na base de uma cadeia de comandos. A
autoridade se embasa na posição e na hierarquia. Os líderes medem a sua
grandeza pelo poder, influência e importância. No Reino de Deus, o maior é o
menor e o menor é o maior. O líder é aquele que mais serve. A maneira de Deus
é totalmente oposta à maneira do mundo. A maneira do Novo testamento é
aquela em que uma pessoa é controlada pelo Espírito Santo que nela habita.
Satanás e o mundo carecem de uma hierarquia, mas o Corpo de Cristo, não!
Mas o que dizer da autoridade religiosa? Não devemos respeitar e venerar
os líderes religiosos?
Jesus disse:
“Vós, porém, não queirais ser chamados Rabi, porque um só é o vosso
Mestre, a saber, o Cristo, e todos vós sois irmãos. E a ninguém na terra
chameis vosso pai, porque um só é o vosso Pai, o qual está nos céus. Nem vos
chameis mestres, porque um só é o vosso Mestre, que é o Cristo. O maior
dentre vós será vosso servo. E o que a si mesmo se exaltar será humilhado; e o
que a si mesmo se humilhar será exaltado” (Mateus 23:8-12).
No mundo judaico e no meio cristão apóstata existem líderes religiosos com
os títulos de rabino, pastor, bispo, sacerdote, reverendo, padre, etc. Mas isso
não deveria existir entre nós! Somos apenas irmãos e irmãs em Cristo, cada
um com o seu dom, agindo dentro do corpo. Pode haver pastores, mestres,
1
profetas, evangelistas e até mesmo apóstolos entre nós - mas isso pelo que
fazem, não pelo que são. Um pastor é simplesmente alguém que pastoreia e
cuida das pessoas. Um mestre ensina. Um apóstolo é enviado para plantar
igrejas. Os anciãos supervisionam. Nenhum destes governa sobre o rebanho.
Somos todos iguais, com diferentes funções. Não precisamos de comitês para
fazer uma pesquisa nacional para um pastor. Devemos buscar os dons e os
santos que há entre nós. Cada um de nós possui um dom e deve exercê-lo.
Ofícios ou funções?
A Igreja primitiva não tinha uma pessoa que fosse o CEO de uma
organização isenta de impostos, dirigindo um staff, pregando aos domingos e
fazendo casamentos funerais e serviços eucarísticos e aconselhamentos
psicológicos. Tudo isso é extra-bíblico e foi copiado da Igreja Católica Romana. E
agora que Peter Wagner está copiando essa modalidade, teremos uma hierarquia
paralela à de Roma. Não existe esse imaginário tipo de liderança na Igreja. Essa é
a exata organização de clero/laicato, a qual tem causado um efeito deficitário
sobrre os santos. Pois os próprios santos é que deveriam estar apascentando,
supervisionando e ensinando, em lugar de alguns “profissionais” com elevada
educação pós-gradual em crescimento da Igreja, em gerenciamento,
organização, criação de programas, exegese da Palavra, chefia de cozinha,
lavagem de pratos! Nunca existiu na Igreja do Novo Testamento qualquer igreja
com um líder ancião, um dirigente de programação ou pastor chefe. A Igreja é
constituída simplesmente de irmãos e irmãs em Cristo, reunindo-se para
ministrar uns aos outros. A 1 Coríntios 12:28 não descreve qualquer hierarquia
organizacional, quando diz: “E a uns pôs Deus na igreja, primeiramente apóstolos,
em segundo lugar profetas, em terceiro doutores...” Ela descreve funções lógicas:
aquele que funda uma igreja (apóstolo); o que compartilha visão (profeta); o que
entrega o fundamento bíblico (mestre) e assim por diante. Ao descrever as
características dos anciãos e diáconos, Paulo está falando das qualidades de uma
pessoa funcionando nessa capacidade e não nas qualificações para tal ofício. Um
irmão ou irmã funciona em um grupo por ter estado a par e ter sido refinado na
obra pelo Espírito Santo. Outros reconheceram o seu dom, sua experiência e
autoridade em determinados assuntos. Mas estes são dons e funções, não
ofícios. Sua legitimidade é reconhecida pelos outros por causa da sua
“serventia” e do seu fruto, não por ter sido eleita ou nomeada para um cargo. Um
apóstolo prova o seu dom, quando funda igrejas; um evangelista, pelo seu ganho
de almas para Cristo; um mestre, pelo ensino e um pastor pela capacidade de
apascentar bem as ovelhas. Tudo isso se resume a funções e não a ofícios [ou
títulos] concedidos. Ninguém precisa estudar anos a fio para aprender a ser
alguma coisa [na igreja]. Deixemos que o Senhor opere em sua vida, para que
possa tornar-se uma bênção dentro do Corpo.
Temos nos distanciado tanto da verdadeira Igreja, da vida simples do Corpo
que eu duvido que possamos redescobri-la, a não ser através de uma boa dose
de tribulação! Somente quando formos libertados dos nossos preconceitos, de
nossas posses e de nossas preocupações, conscientizando-nos de que tudo isso
está indo por água abaixo, é que iremos cair na realidade e descobrir o tesouro
que está guardado no íntimo do menor dos santos, permitindo que ele seja livre!
Somente quando nossas organizações, programas e profissões tiverem sido
denunciados pela sua pretensão, é que o corpo ficará livre para se tornar o
1
almejado Corpo de Cristo, no qual cada membro funciona conforme o Senhor tem
agido em seu íntimo.
“Segundo o eterno propósito que fez em Cristo Jesus nosso Senhor, no qual
temos ousadia e acesso com confiança, pela nossa fé nele. Portanto, vos peço que não
desfaleçais nas minhas tribulações por vós, que são a vossa glória. Por causa disto me
ponho de joelhos perante o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, do qual toda a família
nos céus e na terra toma o nome, Para que, segundo as riquezas da sua glória, vos
conceda que sejais corroborados com poder pelo seu Espírito no homem interior”
(Efésios 3:11-16).
Minha oração é para que, quando vocês meditem nestes versos, o Senhor
lhes mostre o Seu Corpo e como este nada tem a ver com a instituição chamada
“Igreja”. Deus coloca uma variedade de pessoas em nosso meio. Ele opera em
suas vidas e através delas para edificar outras vidas. Elas não precisam
freqüentar uma escola bíblica nem um Seminário. Elas freqüentam a “escola das
árduas tribulações”, quando crescem e amadurecem no Senhor. Elas funcionam -
não para criar um ofício, no qual irá receber um alto salário, mas para edificar os
outros, a fim de que todo o Corpo fique entrelaçado e cada parte individual esteja
trabalhando apropriadamente, permitindo que o amor e a vida do Senhor possam
fluir através do Corpo, fazendo-o crescer e edificar-se em amor. Esses homens
dotados não monopolizam todo o show, mas protegem os mais novos na fé e os
encorajam a se conectar e a crescer até à maturidade. Eles não dominam. Eles
facilitam e encorajam os outros a funcionar.
Fico tão empolgado com passagens como esta que me sinto incapaz de
explicar a sua significação. A não ser que a tenhamos experimentado é o mesmo
que descrever um bom filme para um homem da caverna. Eu realmente
experimentei essa “vida da igreja” de um modo maravilhoso, de forma que sei
como funciona. Foram dias em que abandonávamos tudo por Cristo e o Seu
Corpo. Era mais do que simplesmente ajuntamentos. Mas hoje existe tão pouco
compromisso! Um ajuntamento não faz uma “vida da igreja”, quer seja num
prédio ou numa casa. Entraremos neste assunto, mais tarde.
Atualmente, os cristãos se movem de um programa para o outro. Por isso é
que as igrejas em células, as mega-igrejas, as meta-igrejas [com propósito?] os
apóstolos e profetas e tudo o mais parecem tão atraentes aos cristãos de hoje.
Desejamos algo mais, esperando que a próxima novidade seja mais “It”. Vamos
nos distanciando cada vez mais da principal intenção de Deus, conforme Efésios
3, uma corporativa expressão Dele mesmo sobre a terra - um organismo
chamado “Igreja”.
Tenho mais a dizer sobre o que podemos fazer sobre isso, em um capítulo
posterior, mas agora precisamos falar de uma das mais abusivas e mal usadas
práticas do Cristianismo atual, a qual está crescendo muito no movimento de
apóstolos e profetas - a subordinação.
Subordinação
Bibliografia:
Reconhecendo a
Apostasia
Dene McGriff
Tradução: Mary Schultze - novembro 2006
http://cpr.org.br/McGriff-11.htm
Parte 2 - Reconhecendo a
Apostasia
O que eles não querem que você saiba
1
induziu os escravos a conseguir liberdade. Por que? Porque Ele estava falando de
um novo reino, o qual nada tinha ver com a posição ou as posses da pessoa
neste mundo. Somente a nossa geração tem tanto a perder, embora com a
esperança de poder manipular o mundo, sem se aperceber de que, até mesmo
na melhor das hipóteses, esta é uma ilusão satânica.
Com o objetivo de que a Igreja possa ajudar a ganhar perspectiva, feche os
olhos e imagine que você é um cristão do século 1, vivendo na cidade de Éfeso,
na Ásia Menor, banhada pelo Mar Egeu, na Grécia. Você é um tecelão e, por
acaso, conhece alguns judeus que se tornaram seguidores de Cristo. Eles
compartilharam as “boas novas” com você e, em seguida, você aceitou Cristo
como Salvador e Senhor. Sua vida mudou radicalmente. Você deixou de lutar de
sol a sol para vender o seu produto no mercado. Você tem mais a considerar do
que as festas e sacrifícios feitos aos deuses gregos. Agora você conhece o único
Deus e faz parte de uma comunidade de crentes, que vão de casa em casa, à
noite, para orar e louvar a Deus pela nova vida encontrada!
Os governadores romanos tê-lo-iam deixado em paz no passado (exceto
pelos impostos e por uma simbólica adoração a César). Mas agora as coisas estão
esquentando um pouco e os romanos estão ficando preocupados com a
crescente influência dessa nova seita religiosa, a qual proíbe lealdade a qualquer
homem. Um dia eles se acercam dos líderes [cristãos] e exigem que estes se
ajoelhem e adorem César. Eles recusam respeitosamente e são degolados, ali
mesmo. Logo em seguida eles alcançam você, porém você não se incomoda, por
ter encontrado algo melhor do que este mundo poderia oferecer. Você se
incomoda com as injustas políticas romanas? Preocupa-se com a sua
discriminação, suas violações dos direitos humanos? Preocupa-se com a sua
aposentadoria, com as próximas férias no oceano? Não acho que seja assim.
Você se preocupa com as coisas que possui? De qualquer modo você não tem
muitas coisas - apenas algumas peças de mobiliário, uma cabana de um quarto e
o cruel destino de assentar-se a um canto, num chão encardido. Seu banheiro é
um buraco atrás das árvores. A água corrente vem do poço, no final da rua. Você
nunca teve o privilégio de aprender a ler. O seu mundo consiste de alguns tijolos
na cidade, pelo caminho que conduz à sua casa hipotecada, numa vila perto do
mar. Você pensa em mudar o governo e lançar fora os opressores? Não. Você
finalmente ficou livre dessa vida sem significado, pois encontrou a verdadeira
salvação por toda a eternidade, numa comunidade de crentes. Você tem algo a
esperar após sua morte iminente? Claro que tem!
Até mesmo nos dias de hoje será que a viúva haitiana com seus seis filhos,
vivendo em amarga pobreza, mas amando a Jesus, precisa de algo mais nesta
vida? E aquela família africana, vivendo numa comunidade muçulmana, marcada,
defraudada, exilada e até assassinada pela sua nova fé em Cristo? O que dizer
dos cristãos chineses que se encontram clandestinamente nos lares? Será que
estão preocupados com as coisas deste mundo? Você imagina as coisas que eles
poderiam possuir? Será que eles estão pensando em mudar o seu governo? Pode
até ser, mas realmente eles não têm muita esperança neste mundo e por isso
suspiram pela eternidade.
Durante os dezenove séculos passados, a vida foi bastante simples para a
maioria das pessoas, inclusive para os crentes. Era uma vida de subsistência,
uma simples vida social, sem jornais, revistas, livros, rádio, TV e nem mesmo
transporte coletivo. A maioria das pessoas ia para a cama, logo que anoitecia.
Elas não se preocupavam com política. Os reis vinham e iam, mas a vida quase
1
em nada mudava. Os que conheciam o gozo da salvação encontravam sua
verdadeira alegria na comunhão com o Senhor e nos Seus filhos - uma família de
pessoas nascidas através do Espírito de Deus, espalhada pelo mundo. Elas não
tinham muita estabilidade neste mundo, pois o que tinha ele a oferecer?
“Manda aos ricos deste mundo que não sejam altivos, nem ponham a esperança
na incerteza das riquezas, mas em Deus, que abundantemente nos dá todas as coisas
para delas gozarmos... Porque o amor ao dinheiro é a raiz de toda a espécie de males;
e nessa cobiça alguns se desviaram da fé, e se traspassaram a si mesmos com muitas
dores” (1 Timóteo 6:17,10).
1
dez anos! O mundo jamais foi tão tentador, com tanta esperança e desespero
acontecendo simultaneamente!
“Sabemos que somos de Deus, e que todo o mundo está no maligno” (1 João
5:19). Este é o reino de Satanás! Ele é quem governa o mundo (João 12:31).
Então, por que deveríamos fixar residência nele? Por que sermos nele
encaixados? Um novo pensamento tem penetrado no “homem moderno”, o de
que podemos ser donos do nosso próprio destino [Humanismo]. Podemos usar o
nosso voto e nossa habilidade para controlar o curso do novo governo. O
problema com a Igreja atual no Ocidente é que ela se sente em casa, neste
mundo. Ela já não vê o mundo como não pertencendo ao mesmo (João 17:16).
(Ver 1 João 2:12-17). Nós nos vemos não apenas como sendo deste mundo, mas
como principais agentes de mudança para transformá-lo e até mesmo trazer o
reino de Deus a terra. Será que a Catedral de Notre Dame em Paris, a de São
Pedro em Roma, a Catedral de Cristal e a Igreja de Saddleback, edificada
segundo os moldes arquitetônicos da Disneylândia, ou qualquer uma dessas
“igrejas” da atualidade estão refletindo o céu na terra? Qual é o tipo de reino no
qual os cristãos estão hoje incluídos?
Um cristão que tem um pé no mundo, ou até mesmo numa igreja mundana,
é um candidato em potencial ao engodo que se aproxima. Um homem de mente
dobre, que tem o melhor de ambos os mundos, por si mesmo já está enganado.
Se você acha que a sua ação significa alguma coisa e que pode mudar o curso
dos acontecimentos está enganado. Se acha que o governo americano é melhor
ou pior dos que os outros governos está enganado. O que ilude os cristãos
destes “últimos dias” é a ilusão de que podem mudar o mundo, especialmente
quando podem apoiar e eleger o candidato certo.
Eu o desafiaria a ir à Bíblia e estudar sozinho. Sim, a Bíblia diz que devemos
honrar e obedecer aos nossos líderes e orar por eles e isso se aplica a todos os
líderes, quer sejam bons ou maus. Quer o seu líder seja o imperador romano
Nero, Adolf Hitler, Winston Churchill ou Saddan Hussein, não importa. Não se
deve ter um modelo de líder “bom” ou “mau”. Eles são ali colocados por Deus, a
fim de manter a ordem e devem ser respeitados. Mas a nós isso não deveria
importar, pois a nossa pátria está num outro país. Somos apenas embaixadores,
estrangeiros e peregrinos neste mundo.
Através da história nunca foi clara aos santos a sua verdadeira cidadania.
Cristãos importantes apoiaram o “direito divino” dos monarcas, dos papas e dos
governantes, como sendo eles representantes de Cristo na terra. Eles também
apoiaram candidatos presidenciais e partidos políticos, como se estes fossem
mais “corretos” e justos do que os outros. Um candidato que apóia os
“tradicionais valores familiares” parece ser bom, mesmo estando amasiado com
corporações que estão poluindo a terra em favor do seu próprio lucro. Isso não é
apenas tolice. É cegueira! Todo homem é decaído. Somos todos pecadores,
“todos estão debaixo do pecado... Não há um justo, nem um sequer”. Fora do poder
transformador de Cristo dentro de nós, todos somos capazes de pecar, pois uma
coisa que o homem sabe fazer muito bem, essa coisa é pecar! Não importam
quão boas sejam as nossas intenções, uma pessoa ainda não transformada pelo
Espírito Santo está apenas vegetando. Nenhuma transformação fora do Espírito
merece confiança.
Como americanos fomos ensinados que podemos efetuar mudanças na
sociedade. Temos provérbios banais, como “Se um homem bom nada faz, o mal
vai prevalecer”, como se viessem da Bíblia. Somos ensinados a ter iniciativa, a
votar, a organizar, a trabalhar pela mudança. É verdade que podemos atrapalhar
1
o sistema mundial, aqui e ali, fazendo isso parecer progresso, mas não podemos
mudar o mundo. É o caso do Titanic. Ninguém imaginava que ele fosse afundar,
mas quando ele ainda estava sobre as águas, a única esperança era conseguir
salva-vidas e salvar o maior número possível de pessoas. Quando você está
dentro da “causa”, não importa quão boa ela seja, quão bíblica, quão
maravilhosa, você pode estar sendo um candidato ao engodo. Somos chamados
a “morrer para nós mesmos, a fim de viver para Ele”. Não somos convocados a
subir em qualquer carro de som que apareça, quer seja na luta contra o aborto, a
favor dos valores familiares ou para salvar “baleias”. Somos chamados a tomar
todo dia a nossa cruz e segui-Lo (Mateus 10:38). Se o Apóstolo Paulo fosse vivo,
acho que ele faria à nossa geração a mesma pergunta: “Sois vós tão insensatos
que, tendo começado pelo Espírito, acabeis agora pela carne?” (Gálatas 3:3).
Imagino que existem mais cristãos compromissados na África e na China do
que na América. Os cristãos nas regiões muçulmanas da África vivem sob perigo
de vida e de sobrevivência. Os cristãos na igreja subterrânea na China não têm
raiz alguma neste mundo e no que ele possa oferecer. Quanto mais o
“Cristianismo” é aceito numa sociedade, mais se torna possível que ele caia no
engodo. A instituição americana que chamamos “igreja”, penetrou na mesma
linha de administração da guerra contra o “eixo do mal” e o “Islamismo ímpio”.
Eles declararam uma “guerra santa”, com o intuito de levar Cristo, o capitalismo
e a democracia ao mundo. Quando a Igreja sobe ao carro de som e apóia o
governo, o qual está, supostamente levando “a verdade, a justiça e o método
americano” ao resto do mundo, cuidado! Temos aí outra cruzada perigosa!
Alguém pode dizer que sou mais um dissidente americano, embora não seja
um inimigo iraquiano ou iraniano. Nada disso! Sou simplesmente um forasteiro e
peregrino, um cidadão da pátria celestial.
1
defraudadas e levadas a tal desespero que preferem ter esperança numa opção
que fazem de ser homens bombas suicidas, em vez de viver na miséria. Você
pode ler a mesma história, chegando aos fatos e aos anti-fatos, que lhe permitem
chegar a conclusões bem diferentes. Muitas pessoas não chegam tão longe em
seu raciocínio. Acreditam nos chamados fatos e nas resultantes conclusões. Em
Israel, os judeus e os palestinos vêem as mesmas notícias e as interpretam de
modo totalmente diferente, dependendo de como são apresentadas dentro de
sua moldura referencial. Como podemos ser tão facilmente levados a crer de um
modo ou do outro?
Primeiro, é a nossa moldura cultural de referência e segundo, isso tem a
ver com o nosso aprendizado. Existem dois tipos de conhecimento: o
conhecimento pessoal e o conhecimento público. Se você perguntar a uma dona
de casa sobre cozinhar e cuidar de filhos, ela vai responder de modo pessoal. Mas
se alguém lhe perguntar o que pensa sobre o Iraque, a Bósnia, o aquecimento
global, a economia ou qualquer outro assunto atual, você vai usar as informações
que tem sobre esses assuntos - provavelmente as notícias (TV ou jornal) de Bill
O’Rielley, Rush Limbaugh ou qualquer outro de quem você tenha escutado.
Temos opiniões definitivas sobre todo tipo de coisas que estão na esfera do
conhecimento “público”. Se não fosse pelo que nos contam ou pelo que lemos,
não teríamos opinião alguma.
Como poderíamos ficar a par de assuntos controversos de acontecimentos
tão distantes? Só pelo que têm nos contado, chegando às conclusões que eles
desejam que cheguemos. O conhecimento “público” é adaptado de modo que as
massas possam entendê-lo. Todos têm fortes opiniões sobre os problemas
globais e nacionais, porém de um modo um tanto vago. Os verdadeiros peritos
estão a par da complexidade e das implicações. O verdadeiro perito observa
quão pouco ele sabe e em geral tem menos opinião do que o homem das ruas.
Ele vê a parte cinzenta e não apenas o preto e o branco. Não deveria nos
surpreender que a humanidade não possa entender os complexos e obscuros
conceitos. Contudo, a média das pessoas acha que pode entender assuntos
complexos e resolver os difíceis problemas mundiais, tão facilmente como
conseguem guardá-los. Imaginam poder resolver os problemas do Iraque e nem
mesmo conseguem apontá-lo no mapa.
As massas podem ser facilmente convencidas a crer em quase tudo.
Podemos navegar ao redor de nossa própria comunidadezinha. Temos problemas
quando tentamos extrapolar do mundo que conhecemos para aquele que não
conhecemos. Um perito de alto padrão tenta explicar as complexidades dos
problemas no Oriente Médio ou no meio ambiente e achamos que entendemos,
especialmente se ele for capaz de pegar um problema importante e complexo e
conseguir relatá-lo em termos simples, que possamos entender. O pensamento
da multidão é diferente do pensamento individual. Um indivíduo trata com o
mundo imediato ao redor, o qual ele pode entender. A multidão pode crer em
qualquer coisa porque os “fatos” podem ser adaptados para elas, segundo as
conclusões a que chegam os peritos.
Nossas “opiniões públicas” são constantemente construídas pela mídia,
pelo governo e pela igreja, sendo reforçadas pela repetição. Embora saibamos
que 15 dos 18 “hijackers” em 11/9 foram sauditas e nem um só do Iraque,
mesmo assim, quando o governo prosseguiu com a sua campanha de
desinformação, aproximadamente ¾ dos americanos acreditaram que os
iraquianos estavam por trás do 11/9 e nenhuma arma de destruição em massa foi
1
encontrada. O medo do terrorismo permeia as ondas aéreas, na medida em que
nos movemos de um nível de ameaça para o próximo. Conforme explicou
Michael Moore, em seu recente livro “Dude, Where is My Country?”
(Companheiro, Cadê o Meu País?), nem um só americano morreu nas mãos dos
terroristas nos anos anteriores a 2001. Em 2001 as chances de ser morto por um
terrorista eram de uma em dez, o perigo de morte por suicidas - então, por que o
governo não gastou milhões nos protegendo? Estamos correndo um risco muito
maior, quando entramos em nossos carros para ir ao mercado do que ser
atacados por um terrorista. Contudo, o governo acena com o temor e com alarme
amarelo, laranja e vermelho e nos induz, deturpando fitas e outros suprimentos
sobre o assunto. É mais fácil você ser atacado duas vezes no semáforo. Quarenta
mil pessoas morrem de pneumonia, mas quando morrem 5 de AIDS, logo vem o
pânico pelo rádio. Você vê como temos sido manipulados pelo medo?
O Pensamento de Grupo
1
antiguidade, e mais controle e regulamentos do que Henrique VII jamais poderia
ter imaginado.
Onde quer que o rei fosse teoricamente responsável pelos bem estar dos
seus súditos, o indivíduo estava protegido em sua terra, dependendo dos amigos
e da família. No mundo coletivo de hoje (quer seja comunista ou democrático), o
governo é responsável pela redistribuição das riquezas, através dos impostos,
provendo saúde, educação, bem estar e aposentadoria chamada “seguro social”.
O sistema provê garantia e proteção contra as ameaças. Oh, sim, ele também
nos protege das ameaças dos nossos inimigos - inclusive do mais recente, o
terrorismo. O bom nesse inimigo é que ele pode estar circulando em qualquer
parte, de modo que até pode exatamente examinar a sua casa, o seu negócio, a
sua conta bancária, (sem sofrer um processo ou suspeita). Eles vão trazer de
volta a divisão universal de homens e mulheres. A lei já está escrita. Estão
apenas aguardando a melhor hora, a fim de apresentá-la - mais provavelmente
até o final de 2005. Eles vão enviar seus filhos e filhas ao mundo, a fim de
protegê-los do grande “T” [Terror] alienando o resto do mundo no processo,
criando novos terroristas, os quais criarão mais inimigos para saírem matando
pessoas. Claro que eles gastam milhões em contratos com as suas corporações
favoritas, tais como Halliburton, Bechtel e várias companhias de petróleo.
Mais um evento terrorista, até mesmo 11/9, pode ser visto no http://the-
tribulation-network.com/news/current_articles.htm) e o governo recebe carta
branca, não só para fazer guerra, mas para perseguir inimigos - ou seja, qualquer
pessoa que ousar fazer oposição ao mesmo. O que você imagina serem os
programas ”Homeland Security” e TIPS? Esse é um programa nacional do “atalaia
da vizinhança” para descartar os dissidentes e os desleais. Já não existe forte
emoção com o patriotismo. O patriotismo faz com que o povo jovem vá cega e
alegremente para a guerra. A massa coletivizada tem levado outras pessoas de
bem a se juntarem, para enviar japoneses e judeus aos campos de concentração,
achando que estão prestando um serviço ao estado. Ele vai erguer a sua
horrenda cabeça, mais uma vez, na América pós-terror.
Evitando o Engodo
“E digo isto, e testifico no Senhor, para que não andeis mais como andam
também os outros gentios, na vaidade da sua mente. Entenebrecidos no
entendimento, separados da vida de Deus pela ignorância que há neles, pela dureza do
seu coração; os quais, havendo perdido todo o sentimento, se entregaram à
dissolução, para com avidez cometerem toda a impureza. Mas vós não aprendestes
assim a Cristo, se é que o tendes ouvido, e nele fostes ensinados, como está a verdade
em Jesus; que, quanto ao trato passado, vos despojeis do velho homem, que se
corrompe pelas concupiscências do engano; e vos renoveis no espírito da vossa mente;
e vos revistais do novo homem, que segundo Deus é criado em verdadeira justiça e
santidade” (Efésios 4:17-24).
1
Pode observar que os efésios são comandados a não andar, não agir e nem
pensar conforme os gentios (aqueles que não são salvos e cujos espíritos ainda
não foram vivificados). Isso indica claramente que é possível um cristão andar,
pensar e agir como se não fosse “salvo”. Infelizmente são poucos os cristãos de
“mente renovada”. Eles são mais afetados pelas coisas que lhes dizem, pelo que
vêem e lêem, do que pelo Espírito de Deus. O item principal para o cristão dos
“tempos finais” é este: se suas mentes foram de fato renovadas, Deus os
protegerá do engodo porvir. Porém, se suas mentes não foram renovadas e
acompanham as multidões, eles na certa cairão no engodo. A renovação da
mente é um processo que exige muitos anos.
“Mas os seus sentidos foram endurecidos; porque até hoje o mesmo véu está por
levantar na lição do velho testamento, o qual foi por Cristo abolido; e até hoje, quando
é lido Moisés, o véu está posto sobre o coração deles. Mas, quando se converterem ao
Senhor, então o véu se tirará. Ora, o Senhor é Espírito; e onde está o Espírito do
Senhor, aí há liberdade. Mas todos nós, com rosto descoberto, refletindo como um
espelho a glória do Senhor, somos transformados de glória em glória na mesma
imagem, como pelo Espírito do Senhor” (2 Coríntios 3:14-18).
A Igreja e a Política
1
Existe um inacreditável corpo de literatura que examina a entrada da
Igreja Americana na área política. Poder-se-ia dizer que a “Igreja” tem-se
inclinado a influenciar a política, a fim de, no futuro, tomar as rédeas da mesma,
através do Partido Republicano do aparentemente convertido presidente atual na
Casa Branca. Não imagino ser exagero afirmar que 9 entre 10 cristãos
evangélicos de hoje acreditam que finalmente um “homem de Deus” tomou
assento na cadeira presidencial e que esse ”homem de Deus” decididamente,
tem declarado guerra contra o mal mundial e está guerreando o mesmo. Eles
imaginam que foi esse “homem de Deus” quem jogou areia nos olhos do
maligno.
Mas será que este governo é realmente de Deus ou não passa de uma
autêntica fraude? Não desejo argumentar aqui sobre este ponto. É você quem
deve decidir. Tudo que eu posso dizer é que a média dos cristãos “nascidos de
novo” está de tal maneira entusiasmada com o fato de ter um presidente
“cristão”, o qual se coloca heroicamente contra o mal, que está nutrindo a
esperança de que a Igreja possa realmente ser capaz de trazer o Reino de Deus a
terra.
Se você está assim tão excitado é porque tem colocado esperança demais
neste mundo. E pode estar enganado se achar que...
Reconhecendo a
Apostasia
Dene McGriff
Tradução: Mary Schultze - novembro 2006
http://cpr.org.br/McGriff-12.htm
Parte 2 - Reconhecendo a
Apostasia
O que eles não querem que você saiba
1
descrita como um edifício, é como um “edifício vivo”. Ela se tornou distinta por
ser repleta de pessoas que estavam em comunhão com o Senhor Jesus. Esse era
o único elo que mantinha a igreja unida - com uma vida em comum. Por quase
300 anos a Igreja se reuniu predominantemente nos lares.
Houve muitas forças agindo para levar o adorador aos “templos sagrados” -
os judaizantes, que teriam transformado a igreja numa seita judaica, com as
pessoas adorando nas sinagogas - e os gregos modernistas e os romanos
adorando nos templos. Era uma inclinação natural do homem organizar e
institucionalizar, de modo que a igreja começou a se apartar da “simplicidade
que há em Cristo”. Finalmente, o Imperador Romano Constantino transformou o
Cristianismo na religião oficial de Roma. Poderia vir alguma coisa boa do
amálgama de igreja e estado? A partir de Constantino, a igreja foi se
transformando maciçamente em edifícios e o clero profissional tomou conta da
maior parte da significativa função “espiritual”. O laicato foi posto de lado,
desempenhando o papel de expectador, e o testemunho da igreja terminou.
Hoje em dia, a maioria confunde a “igreja” com o “santuário”, o edifício. Os
judeus possuem edifícios para a adoração corporativa (sinagogas) e assim
também fazem os pagãos em seus santuários e templos. Ambos ensinavam que
esses eram locais santificados para a adoração divina. Mas isso não acontecia no
Cristianismo. A igreja primitiva costumava se encontrar na intimidade dos lares.
Poderia ter sido natural que eles se reunissem em edifícios, porém não o fizeram
e não apenas em razão das perseguições, pois estas não aconteceram antes do
século 3. Deus queria que o Seu povo tivesse um local de habitação. Ele não
queria que este O adorasse num “santuário sagrado”, pois as pessoas eram o
próprio templo, o Seu local de habitação - não um edifício.
A Igreja primitiva não conhecia as organizações ... isentas de impostos, com
profissionais remunerados, com uma casta especial de clérigos elevada acima
dos outros cristãos, em posições oficiais. O líder da igreja era simplesmente um
dos irmãos. Os dons do ministério para o corpo vinham de dentro - não eram
recrutados em pesquisas nacionais. A liderança e todas as funções eram locais. A
liderança era em termos de função, não de posição - um ofício formal. Eles eram
“líderes servos” que dirigiam norteados pelo exemplo e protegidos pelo amor. Os
pastores e anciãos do Novo Testamento não operavam como executivos,
presidindo alguma empresa religiosa. Não procuravam os conselhos de
consultores sobre como arrecadar dinheiro para programas de construção e
desenvolvimento de estratégias de crescimento. Liderar não era fazer o
ministério, mas dar aos santos o poder de trabalhar no ministério (Efésios 4:11-
16) e protegê-los do engodo, do erro (Tito 1:7-14), não governar sobre eles ou
criar uma passiva dependência.
Como Al Dager explica:
“A Igreja do Novo Testamento, isenta de uma classe especial de clero,
dependia apenas da Escritura e do Espírito Santo para guiar uma pluralidade de
liderança entre os homens piedosos, sendo este um processo de renascimento”
(Mídia Spotlight, Vol. 17, no. 2 p. 8). Ele prossegue, dizendo:
“Isso não agrada muito as pessoas religiosas ... especialmente líderes
religiosos... que gozam de preeminência entre os rebanhos. A crítica vai abundar,
embasada em elementos tipo ‘não eruditamente’... especialmente anciãos... que
não levam iniciais diante dos seus nomes, os quais não usam o tratamento de
“reverendo”, “bispo”, “reverendíssimo” (Ibid, p. 8).
1
Ele prossegue observando que “O estabelecimento religioso não é
exatamente reconhecer a liderança espiritual dos homens ‘não credenciados’. “O
nome do jogo para o estabelecimento religioso é controle e auto-glorificação”
(Ibid, p. 8). Existe pouco respeito pelo laicato, o qual deve depender do clero para
protegê-lo e alimentá-lo.
Voltaremos a este tema, mas a questão é: será que já estamos enganados
e não o sabemos? Será que o exato sistema religioso que nos salvou está nos
conduzindo diretamente rumo à apostasia?
1
habitação. Porém o homem tem a tendência natural de torcer o que Deus tem
dito e de transformar as coisas, de modo que se desvie da substância e da vida
divina. O homem é inerentemente religioso - desejoso de agradar um Deus
distante e aterrorizador. Do mesmo modo como a nação de Israel exigiu um rei,
em vez de aceitar o próprio Deus como sua exclusiva autoridade, a igreja trouxe
de volta o sacerdote de tempo integral e as casas de adoração.
Embora a instituição tenha tido muitas formas, o Senhor tem permanecido
com a Sua verdadeira igreja - o filamento de ouro que tem avançado pela história
- o qual tem sido eloqüentemente descrito em crônicas clássicas, tais como a
“Miller’s Church History”. Mas a igreja verdadeira composta dos que são lavados
no sangue do Cordeiro, dos que realmente conhecem o Senhor, tem existido
sempre, “apesar de” e não “por causa” da instituição “igreja”. Apocalipse 17 nos
diz que a Igreja Prostituta, assentada sobre os sete montes (de Roma) e suas
afiliadas, são mais responsáveis pelo sangue dos santos martirizados do que por
tudo o mais (Apocalipse 17:3-9). Então, vamos dar uma rápida olhada na história
da igreja.
A Reforma
Reconhecendo a
Apostasia
Dene McGriff
Tradução: Mary Schultze - novembro 2006
http://cpr.org.br/McGriff-13.htm
1
Parte 2 - Reconhecendo a
Apostasia
O que eles não querem que você saiba
A Bíblia descreve uma igreja dos “últimos dias”, que é diferente das seis
igrejas antes descritas em Apocalipse 2 e 3. Essa igreja é materialmente
abastada, imaginando possuir tudo, mas nada tendo. Ela é cega quanto à sua
verdadeira condição. Poderíamos ser essa igreja? Leiamos Apocalipse 3:14-22:
A maioria dos eruditos acredita que as cartas enviadas às sete igrejas são
literais e proféticas/históricas. A última carta, no capítulo 3, refere-se à igreja
que é materialmente abastada, até mesmo rica, porém não verifica ser morna,
cega, pobre e nua. Ela é morna por ser casada com o mundo e com tudo que este
tem a oferecer e, mesmo sendo materialmente rica, ela é espiritualmente pobre.
Embora seus membros imaginem ser ricos e não se considerem carentes de coisa
alguma, estão enganados, pois são cegos! Eles podem se considerar justos,
porém têm apenas uma justiça própria e, portanto, estão nus. Esta é uma
declaração condenatória à igreja de hoje, onde os profissionais do
entretenimento estufam os peitos diante das congregações e das câmeras de
suas tele-igrejas, raramente permitindo que se escute uma única palavra
negativa. As pessoas que as freqüentam vão ali apenas para encontrar amigos,
fazer contatos comerciais, impressionar com as suas roupas e compartilhar as
últimas novidades. Esta é a igreja apóstata, tentando usufruir o melhor que os
dois mundos podem oferecer.
Então, quando começou esse engodo? Como sempre acontece, ele até
pode ter tido um princípio louvável. Milhões de imigrantes fugiram da Europa
para a América, em busca de liberdade religiosa. Os puritanos vieram não apenas
em busca de liberdade religiosa, mas para criar uma sociedade “cristã”. O pastor
1
e a igreja tornaram-se o centro das novas comunidades. Eles tiveram uma
profunda influência na fundação do país, em termos de sistema político, legal e
econômico, inclusive no fundamento moral, o qual nos tornou diferentes de
outras nações do mundo. A América tornou-se um porto para os que fugiam da
perseguição religiosa. Não há dúvida de que a América tem profundas raízes
cristãs.
A igreja da América floresceu. As igrejas protestantes de todas as
denominações proliferaram. A maioria delas era pequena, com o máximo de 200
pessoas, tendo a adoração centrada nas manhãs de domingo, com um programa
de culto (hinos, coral, leitura responsiva e bênção). Nos anos 1960, os jovens
cristãos, inclusive eu mesmo, abandonaram a igreja tradicional e se engajaram
em organizações para-eclesiásticas ou em tipos de estabelecimentos
frouxamente organizados, algumas vezes no dinâmico e poderoso “Movimento
de Jesus”. Outros movimentos, como o Calvary Chapel e o Vineyard saíram do
“Movimento de Jesus” e, eventualmente, transformaram-se nas super-igrejas de
hoje. Nos passados anos 1970 e 1980, começaram a surgir as mega-igrejas, com
serviço completo de última linha, orientadas ao mercado de consumo, ao
buscador amistoso, ao frenesi e aos entretenimentos, oferecendo um programa
para cada específica necessidade dos freqüentadores. As Assembléias de Deus,
algumas Igrejas Batistas e outras independentes se projetaram de algumas
centenas para milhares de membros. Dizem que 60% dos evangélicos
americanos freqüentam uma mega-igreja.
Hoje em dia, os cristãos americanos vivem auto-satisfeitos, na nação mais
rica e poderosa da terra, crendo que a sua nação foi fundada como “uma nação
de Deus”, por homens de Deus. Nós nos consideramos os bons moços, que levam
o modelo cristão e capitalista ao mundo. Estamos cegos ao fato de que temos
poluído o mundo com a nossa ambição, luxúria, materialismo, exploração
econômica e domínio militar. Mas o que devemos temer não é o nosso lado mau,
mas o senso de justiça própria, o qual não conhece fronteiras. No dia em que
começamos a estampar na sociedade e no mundo o nosso espírito de cruzados,
ninguém mais conseguiu nos deter. Será que somos tão ingênuos a ponto de
esquecer que um monstro maligno e sinistro vai chegar ao poder? Ele vai se
assemelhar a um anjo de luz - apresentado-se como alguém que deseja restaurar
os valores tradicionais, tornando as ruas seguras, as escolas produtivas, muitos
empregos disponíveis e, sobretudo, toda a paz e prosperidade no mundo.
Será que a igreja vai sofrer? Não! Ela estará tão empenhada nas causas
justas, no anseio pela unidade e exclusividade em trazer o reino de “Deus” à
terra, em nova moralidade legalista (diferente da legítima moralidade do Espírito,
que transforma o cristão de dentro para fora), que os verdadeiros cristãos que
ousarem se opor ao sistema serão marginalizados e, eventualmente, eliminados.
Isso vai separar o trigo do joio, as ovelhas dos cabritos, ou seja, os muitos que
darão a vida pelo seu Salvador, daqueles que desejam usufruir o melhor dos dois
mundos. Essa perseguição vai acontecer literalmente de dentro para fora,
quando um irmão vai entregar o outro e a mãe vai entregar a própria filha, etc.
Não estou julgando, condenando ou criticando a igreja institucional. Tudo
que estou dizendo é que nos “últimos dias” haverá uma igreja apóstata,
conforme foi profetizado na Bíblia. Exatamente como nos dias de Hitler, a
instituição física da igreja será facilmente subvertida e dominada. O fato é que,
quanto maior a instituição, mais facilmente ela vai se “comprometer”. Por que?
Jamais haveria mega-igrejas, a não ser que os líderes tivessem enganado os
ouvidos da congregação, a fim de poderem atrair multidões [1 Timóteo 4:1-2]. As
1
igrejas institucionais são de fácil localização, porque as pessoas se reúnem em
grandes edifícios e a liderança é facilmente identifica, pois trabalha ali mesmo. O
clero depende do laicato para viver. Se ele tomar uma posição impopular, vai
perder o emprego.
A verdadeira igreja vai ser sempre subterrânea, exatamente como tem
acontecido na China, nos últimos 50 anos. Não sei se esta história é verídica, mas
faz sentido. Certa noite, nos anos 1970, a KGB invadiu, de fuzis em punho, uma
reunião cristã clandestina em Moscou. O líder da reunião falou: “Quem quiser
desistir, que o faça agora!” A metade levantou-se e saiu. As portas foram
fechadas. Então o líder da KGB falou: “Bem, precisávamos saber quem eram os
verdadeiros cristãos. Agora vamos orar!” Por que a igreja na Alemanha foi
ocupada? Porque o laicato havia se acostumado a seguir os pastores e os
sacerdotes e não sabia pensar por si mesmo ou funcionar sozinho. Se o Terceiro
Reich tivesse continuado a existir por mais de 12 anos, tenho certeza de que uma
poderosa igreja subterrânea teria eventualmente surgido. Porém não houve
tempo suficiente. Nem também haverá tempo suficiente nos sete anos finais [da
Grande Tribulação], portanto o tempo de nos prepararmos é agora!
O Clero e o laicato
1
Prosseguimos em perpetuar o sistema de clero e laicato. Os pastores se
queixam de que o nível de compromisso das pessoas com o Senhor já não é o
mesmo de antes, quando eram mais jovens. Eles sentem que estão empurrando
os santos feridos para fora, castigando, murmurando e criticando. Eles ensinam,
aconselham, mas quase sem resultado. O pecado, a falta de visão e os cuidados
da vida têm neutralizado a média dos cristãos. Alguns pastores se conscientizam
que ao laicato deve ser dada uma oportunidade de crescer, apoiando os estudos
bíblicos ou as reuniões domésticas. A maioria admite ter gasto um tempo enorme
à procura de líderes maduros, que façam as pessoas participarem. Eles acabam
fazendo reuniões em casas, as quais se assemelham às reuniões da “igreja”,
onde existe limitada liberdade e participação da média dos santos. Alguns
dominam as reuniões. As pessoas se acostumaram de tal modo a ser cuidadas, e
a ser meras observadodoras, que nunca aprendem a ser participantes. Elas vêm
para ser apascentadas e não têm muito para compartilhar. Mas, de quem é a
culpa?
A condição da igreja moderna na América não é apenas culpa do clero, pois
se este não satisfaz o laicato, acaba perdendo o emprego. Ele teme que facções
inteiras de membros deixem a igreja, se realmente a verdade for pregada.
Também é culpa do laicato, esse cristão de meio expediente, o qual dedica a
semana inteira ao seu negócio, mal tendo o pensamento de um segundo voltado
para o Senhor, aparecendo aos domingos para cantar alguns hinos e ser
entretido. Eles criticam a mensagem, se esta for longa demais, ou muito
resumida, quando não concordam com a mesma, ou se não a consideram
bastante dinâmica. Depois, tomam uma xícara de café, fazem uma visita e em
seguida voltam para casa, para a sua vida normal.
E o que dizer do evangelho? Uma vergonha para a média dos membros da
igreja! Quando foi a última vez em que os cristãos compartilharam o evangelho
com um amigo ou vizinho? Na semana passada, no mês passado, no ano
passado? Não estou apenas sendo crítico - existem estatísticas que apóiam o fato
de que o cristão comum raramente dá testemunho de sua fé. Que tipo de
relacionamento e compromisso tem um cristão que não compartilha a sua fé?
Quando muito alguns deles conseguem levar um amigo à igreja, onde o pastor
vai pregar o evangelho para ambos.
Ora, para algum de vocês que diga que estou sendo crítico demais e que a
sua igreja é diferente, admito que você e sua igreja sejam honrosas exceções.
Seu pastor deve ser fantástico, dando realmente à igreja a oportunidade de
funcionar de maneira significativa. Você pode ter uma nata especial de santos
que se dispõe a servir na EBD, no aconselhamento nas visitas aos novos
convertidos, aos enfermos, etc. Seus irmãos e irmãs em Cristo podem ser os seus
melhores amigos e deveriam ser. Tenho estado em igrejas assim, mas devemos
admitir que se trata de uma exceção em vez da regra. A maioria das igrejas tem
uma nata compromissada, mas isso acontece cada vez menos. Outro dia recebi
e-mail de uma senhora que congregava há 30 anos numa igreja batista, até que
chegou um pastor jovem, querendo trazer um falso reavivamento, por isso ela
deu o fora.
Reconhecendo a
Apostasia
Dene McGriff
Tradução: Mary Schultze - novembro 2006
http://cpr.org.br/McGriff-14.htm
Parte 2 - Reconhecendo a
Apostasia
O que eles não querem que você saiba
1
Tribulação. Essa vai ser a hora da separação do trigo da palha - daqueles que
afirmam ser cristãos versus os que estão dispostos a renunciar as suas vidas por
amor do seu Senhor.
Numa pesquisa recente, 60% dos americanos afirmaram ser “nascidos de
novo”, mas será que são mesmo?
“Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele
que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus. Muitos me dirão naquele dia: Senhor,
Senhor, não profetizamos nós em teu nome? e em teu nome não expulsamos
demônios? e em teu nome não fizemos muitas maravilhas? E então lhes direi
abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniqüidade”
(Mateus 7:21-23).
1
Eu gostaria de concluir esta breve discussão sobre o Arrebatamento Pré-
Tribulacional com outra citação de Marvin Rosenthal feita em seu livro antes
citado:
“Talvez se encontre aqui o decisivo erro do Arrebatamento Pré-
Tribulacional. Ele mantém a falsa esperança de um arrebatamento iminente, em
vez do verdadeiro arrebatamento esperado. Por arrebatamento esperado
entende-se que cada geração, a partir do século primeiro, teria sido a geração
que entrou na 70ª semana de Daniel para aguardar o Arrebatamento. Mas
somente a geração que realmente entrar na 70ª semana de Daniel é que irá
chegar a esse tempo. Sobre essa geração diz o Senhor:
‘Igualmente, quando virdes todas estas coisas, sabei que ele está próximo, às
portas’. Um criterioso exame destes versos nos diz que ensinar iminência (que
nenhum dos eventos profetizados deve ocorrer antes do Arrebatamento) revelará
que eles realmente ensinam expectação”. (Rosenthal, p. 282).
1
17 - Quantos estão pagando agora o preço para que amanhã estejam
preparados?
18 - Quantos cristãos acham realmente que estamos nos “últimos dias”?
19 - Quantos se preocupam com isso?
Rosenthal diz:
“Muitos que usam o nome de Cristo só desejam que a Igreja lhes conceda
entretenimento, em vez de adoração. Eles esperam que a Igreja lhes dê a
atmosfera acolhedora e saudável de um clube e não a filosofia de sair pelas
estradas e arrabaldes, convidando pessoas (Lucas 14:22). Com algumas notáveis
exceções, no momento a Igreja se encontra fragmentada, polarizada, carnal,
materialista, humanista e impotente” (Rosenthal, p. 295).
Afirmar que o Senhor de modo algum vai permitir que essa Igreja morna,
amante dos prazeres, auto-absorta, carnal, materialista e humanista não vai
passar pela Tribulação é uma afronta a Deus e a todos os piedosos cristãos que
deram suas vidas pelo Salvador.
No sou fanático a ponto de dizer que o mundo vai acabar e que o Senhor
voltará nesta ou naquela data. Mas qualquer pessoa, inclusive Herodes, o qual
poderia ter lido o Velho Testamento para saber o tempo aproximado da vinda do
Messias. O Senhor censurou a Sua geração por ser capaz de prever o tempo,
porém não saber discernir os “sinais do tempo”. Sabemos que não é possível
saber o dia nem a hora em que o Senhor voltará e usamos esse pretexto para
ignorar o óbvio. O Senhor censurou os líderes religiosos por não saberem
discernir os sinais do tempo.
Muitos cristãos sentiram-se traídos, quando os “últimos dias” – os últimos
sete anos não terminaram em 1988, quarenta anos após a fundação da nação de
Israel. Mas a Bíblia fala que Jerusalém seria pisada pelos gentios, até o fim, e de
quando a figueira florir - a Jerusalém restaurada. Sabemos que essa geração não
passará até que essas coisas aconteçam (Isso está em Mateus 24, sobre a
Tribulação e a volta do Senhor). Jerusalém foi devolvida a Israel em 1967, tendo
se tornado oficialmente a capital de Israel, em 1981. Então, o tempo poderá
começar a ser contado a partir de uma dessas duas datas. Essa opinião não é
minha, mas de muitos líderes evangélicos da atualidade.
Não precisa ser um cientista para ver os sinais dos tempos, não somente
em termos de guerra, rumores de guerra, fome, pestes, com os árabes
pressionando Israel de todos os lados, exigindo mais terra em troca de paz.
Sabemos que nos “últimos dias” haverá eventos que acontecerão antes da
Grande Tribulação (quando a Rússia e os países vizinhos marcharão contra
Israel). Sabemos também que a Tribulação vai começar quando Anticristo fizer
um pacto com Israel para garantir a sua segurança. Portanto, ainda não
chegamos lá, mas podemos estar bem próximos, sabendo o que procurar. Se
você acha que vai subir no Arrebatamento e ainda estiver na terra após esses
dois eventos terem acontecido, seria bom reavaliar a sua posição.
Parece que os líderes cristãos gostariam de nos proteger dessas profecias,
temendo que fiquemos apavorados. Eles querem que fiquemos certos de que o
Arrebatamento vai cuidar de tudo e que não precisamos nos preocupar, mas
apenas confiar neles. Será que há sabedoria nisso? Não! As profecias foram
escritas para que nós possamos ler e entender as mesmas. Existe uma bênção
especial em Apocalipse 1:3 para quem ler, entender e se acautelar. Contudo, se
1
ignoramos as óbvias advertências divinas, estamos correndo perigo. Sou um
cristão dos últimos dias e nada existe mais importante para mim, no mundo
inteiro, do que estudar e dar muita atenção à profecia. Se estes são os “últimos
dias”, então a profecia se destina a você e a mim. Elas não foram importantes
para um cristão que viveu há 200 anos. Mas o são para nós. No último capítulo de
Daniel, ele diz que estas profecias se referem aos “últimos dias” e ficariam
seladas até o tempo do fim, sendo revelada somente aos que “precisam saber”.
Tantos cristãos, alguns até bem próximos de mim, dizem: “Você não
precisa se preocupar. Tudo vai ficar bem. Quando chegar a hora, o Senhor
cuidará de nós”. Se assim fosse, por que Ele se daria ao trabalho de nos
prevenir? Para que tantas profecias sobrre os “últimos dias” estariam ocupando
espaço na Bíblia? Por que iria Ele se preocupar, nos avisando que haveria um
grande engodo? ... Que haveria uma igreja apóstata... Que não poderemos fazer
operação alguma sem a marca da besta?... E que iremos sofrer a maior
perseguição jamais sofrida pela igreja? Não entendo por que os cristãos não
percebem informações tão vitais para eles!
1. - Os da velha guarda dizendo que não devemos nos preocupar, pois a Igreja
vai ser arrebatada, antes da Tribulação.
2. -Os neo-evangélicos, que afirmam que a Igreja vai exercer o domínio na terra,
antes que o Senhor volte, sendo essa a condição sine-qua-non para a Sua volta.
3. - As poucas vozes clamando no deserto, como as nossas. Somos basicamente
da linha antiga em nossas crenças, mas consideramos a doutrina do
Arrebatamento Pré-Trib como perigosamente errônea. Este não é um ponto
trivial, como alguns afirmam, - os pan-trib - achando que tudo pode acontecer no
final. Trata-se de uma séria questão bíblica com tremenda implicação. Ela não
interessou a Paulo, Martinho Lutero, Dwight Moody ... porque estes já se foram.
Mas deve interessar a você e a mim. Estamos ignorando pelo menos ¼ da
profecia bíblica, a qual se aplica especificamente aos cristãos e judeus dos
“últimos dias”.
A maioria dos escatologistas evangélicos (pessoas que estudam os “últimos
dias”), tais como Dwight Pentecost, John Woolvord e outros concordam que duas
coisas devem preceder a Tribulação (a guerra de Gogue e Magogue e o Tratado
do Inferno e Morte entre o Anticristo e Israel). Então, o Arrebatamento não
poderia acontecer antes disso. Porém se esses dois eventos acontecerem quando
ainda estivermos aqui, será tarde demais! A Igreja avançará ainda mais na
apostasia. Os cristãos individuais podem não estar preparados - espiritual e
praticamente. E quem está apostasia par desses eventos, sabe muito bem que
eles podem acontecer a qualquer momento.
Tudo isso está nos dizendo para levarmos mais a sério a profecia. Não leve
em conta o que eu digo. Leia você mesmo. Deixe que o Senhor fale com você.
Estude a Palavra. Em seguida, pergunte a você mesmo: se eu sou um cristão dos
“últimos dias” como devo agir, a fim de ficar preparado? Como devo gastar estes
últimos anos? O que devo fazer para ajudar a noiva a se preparar? Quais são as
minhas prioridades? Com o tempo correndo tão velozmente, qual o tipo de
pessoas com quem devo ficar?
1
Reconhecendo a
Apostasia
Dene McGriff
Tradução: Mary Schultze - novembro 2006
http://cpr.org.br/McGriff-15.htm
Parte 2 - Reconhecendo a
Apostasia
O que eles não querem que você saiba
1
movimentos errôneos. Leia os livros de Dave Hunt e Hank Hannegraff e outros
[livros bíblicos para ficar a par desta verdade].
Essas igrejas parecem ser totalmente evangélicas. Freqüentei
pessoalmente as igrejas da Palavra da Fé (não apenas uma vez, mas por vários
anos), as igrejas do “Latter Rain” (Chuva Serôdia), em Connecticut, as quais
pareciam boas em 99% das vezes, porém ali aconteciam notáveis exceções.
Houve certa manhã de domingo em que o pastor entregou uma mensagem sobre
o “Exército de Joel” (Joel 2), que foi uma ostensiva mensagem sobre os
“manifestos filhos de Deus” e em seguida entregou uma profecia de John e Paula
Sanford, os quais têm uma forte ligação com a Nova Era, promovendo técnicas
de visualização. Mais tarde, ele promoveu um livro de Benny Hinn, outro defensor
da Palavra da Fé. Se você não sabe o que há de errado com isso, aconselho-o a
ler alguma coisa a respeito. Depois eu disse ao pastor que promover uma pessoa
como o Benny Hinn no púlpito é o mesmo que endossar o Hinn e seu ministério.
Ele concordou e foi a última vez que estive ali. Ao mesmo tempo, ele se recusava
a ler os livros de Dave Hunt [para ficar mais esclarecido], dizendo que eram “por
demais negativos”.
O fato é que muitos cristãos são enganados e têm apostatado da sã
doutrina e se envolvido em práticas antibíblicas. Os exemplos são por demais
numerosos para serem mencionados, como a tal prática de “cair no Espírito”
[fanerose], promover “palavras de profecia” como se fosse a Palavra de Deus, a
visualização, a cura de memórias e muito mais. Um grande amigo meu foi assistir
a uma conferência e ali um irmão começou a profetizar sobre ele. Meu amigo
ficou muito impressionado com o fato, até que, mais tarde, veio a saber que esse
“profeta” era homossexual e pedófilo. Nesse caso, de onde provêm essas
informações proféticas? De Deus ou dos maus espíritos? Os cristãos estão
freqüentando igrejas como as da Palavra da Fé, as quais promovem doutrinas e
práticas heréticas. Os cristãos estão sendo ludibriados com ações sociais e
políticas, o que é perda de tempo para qualquer pessoa, cuja cidadania está no
céu.
Conforme antes mencionado, estive tão intimamente envolvido com as
igrejas (Palavra da Fé, Vineyard e Latter Rain), que hoje reconheço facilmente
que elas “nada valem”. Mas naquele tempo eu nada via de errado com elas.
Confiava em seus pastores. Era feliz na adoração e na comunhão. Não era
negativo nem buscava encontrar defeitos nelas. Se tivesse permanecido ali,
gradualmente ter-me-ia inclinado a seguir suas doutrinas e práticas. Mas o
Senhor me fez sair, quando me abriu os olhos. Mas isso foi uma exceção. Posso
imaginar que a maioria ainda se encontra ali e está sendo conduzida ainda mais
ao engodo. Se os cristãos não podem resguardar-se agora do engano, como
esperam fazer isso no futuro, quando o pior de todos os engodos cair sobre nós?
Então, livre-se do mito de que os cristãos não podem ser enganados. Isso
acontece o tempo inteiro! Na verdade, a maioria deles é capturada, hoje em dia,
pelos propósitos mercadológicos das mega-igrejas.
O engano tem acontecido a vida inteira. Por isso é que a marca da besta é
mencionada em dois lugares: na testa e na mão. Além de ser literal, isso pode
referir-se ao que pensamos e ao que fazemos. Se nossa mente não é renovada
pelo Senhor, mas estofada com as coisas mundanas, não será possível apagar o
programa mental de toda uma vida. Vejamos um exemplo. Os garotos de hoje
passam três a quatro horas diárias na escola, mas logo em seguida ficam dez
horas vendo televisão. Não que eu seja totalmente contra a TV, mas hoje em dia
1
as famílias entram em casa e logo vão ligando o tubo, para começar a receber a
sua programação mental. As coisas que em geral se vêem hoje na TV jamais
poderiam ser vistas há 30 anos. A moral tem sido gradualmente mudada no
mundo inteiro. Vivemos em um mundo de estimulação, no qual somos
constantemente bombardeados, através da TV, dos filmes, revistas, livros, radio
e agora, da Internet. O lixo está constantemente assaltando nossas mentes...
reprogramando-nos. Conforme o que lemos, o que falamos, o modo como
passamos o tempo - seremos transformados à imagem do mundo ou à imagem
do Senhor. Não se pode fugir a isso. Ou semeamos para o espírito ou então para
a carne [Gálatas 6:7]. Quanto a tantos cristãos que estão seguros de que farão a
escolha certa, quando um dia tiverem de escolher entre aceitar ou não a marca
da besta, se não tiverem sido transformados em sua maneira de pensar e agir,
conforme o Senhor, cada dia, ano após ano, infelizmente estão errados.
Transformação é um processo que requer uma vida inteira e que hoje está
absolutamente em falta na igreja. Isso não se refere ao que fazemos, mas sim,
em que usemos o nosso tempo e o que temos sob o senhorio de Jesus.
Infelizmente, existem poucos que distinguem um cristão de um incrédulo, hoje
em dia... Somente quando chegar uma boa tribulação é que haverá
possibilidade de se distinguir um cristão verdadeiro de um pretenso
cristão.