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A Minha Vida e a Vontade de Deus

Romanos 12.1,2

Introdução

A questão da vontade de Deus, e mais especificamente, da relação dessa vontade com a


minha vida é um tema bastante explorado em estudos e pregações. Há quem se arrisque
a apresentar uma fórmula para se conhecer a vontade de Deus, em que a pessoa segue
os passos seqüenciais, um a um, como seguindo passo a passo a receita de algum
alimento para, no final, ter a compreensão da vontade de Deus.

De fato, Deus tem vontade, que se expressa de formas e por razões diferentes. Em Sua
grandeza e soberania, Ele tem sua vontade para cada pessoa criada, portanto, tem sua
vontade para mim e para você. Por isso, muitas pessoas estão tentando descobrir a
vontade de Deus para suas vidas. A boa notícia é que Deus quer que saibamos qual é
sua vontade para nossas vidas.

Mas se Deus realmente quer que conheçamos a Sua vontade, então por que é tão difícil
descobri-la? Por que é tão confuso este assunto? Por que nós ficamos no escuro tanto
tempo? Por que têm homens e mulheres em seus 40 ou 50 anos andando sem rumo,
mesmo cristãos, por não conhecerem a vontade de Deus? À medida que buscamos as
respostas nas Escrituras Sagradas, veremos que Deus fez as coisas de forma a
compreendermos, mas os homens fazem tanta confusão, que acabam por terem
dificuldade de compreender aquilo que Deus deseja que compreendamos.

Romanos 12.2 apresenta os adjetivos da vontade de Deus. O texto diz que ela é “boa,
perfeita e agradável”. Tais adjetivos formam uma unidade, como se fosse uma só
qualidade manifesta de três formas.

Outra questão diz respeito à definição que damos a essas qualidades. Isso nos remete a
compreensão errada, porque limitamos esses conceitos. Por exemplo, quando se diz que
a vontade de Deus é boa, argumentamos que aquilo que é bom para uma pessoa pode
não ser para outra. Da mesma forma agimos em relação à perfeição e à agradabilidade
da vontade divina. O que é agradável a um pode não ser a outro e o que é perfeito para
alguém, pode não ser para outro.

O que temos que perguntar aqui é: Por que ou em que sentido a vontade de Deus é boa,
perfeita e agradável? Quando encontramos esta resposta, vamos resolver quase todos os
nossos problemas de conhecer a vontade de Deus.

Primeiramente precisamos entender que a vontade de Deus é boa, perfeita e


agradável, porque é uma vontade estruturada

Isto significa que ela se organiza em determinadas partes ou elementos, formando um


todo. É o mesmo que dizer que a vontade de Deus é uma só, expressando todos os
atributos divinos. Isto equivale a dizer que a vontade de Deus está totalmente relacionada
com quem Deus é e com aquilo que Ele é capaz de fazer. Por isso dizemos que Deus não
pode fazer algumas coisas, não por Ele ser limitado em Seu poder ou liberdade, mas
porque certas coisas não são desejadas por Ele. Exemplos: Deus não pode mentir,
porque verdade é um atributo moral de Deus, isto é, Deus é verdadeiro. Deus não pode
ser injusto, porque justiça é um atributo Seu, Ele é Deus justo. Portanto, restringindo-nos
apenas a estes exemplos, a vontade de Deus é verdadeira e justa, porque ela está
relacionada com o caráter justo e verdadeiro de Deus. Tudo o que Deus deseja é sempre
verdadeiro e justo, como é também um desejo relacionado a todos os demais atributos da
Sua Pessoa (amor, santidade, onipresença etc).

Portanto, ainda nos restringindo somente a estes dois exemplos, podemos concluir que
tudo o que for justo e verdadeiro é a vontade de Deus, o que já nos revela parte desta
vontade para ser aplicada em nossa vida. É nesse sentido que entendemos o que o
Espírito Santo disse por intermédio do apóstolo Paulo, em Filipenses 4.8: “Quanto ao
mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo,
tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma
virtude, e se há algum louvor, nisso pensai". Essas coisas devem ocupar o nosso
pensamento, porque pensando nelas, pensamos na vontade de Deus.

Olhar a vontade de Deus como uma vontade estruturada é olhar para a existência e
atributos de Deus fundamentados em base suficiente que reivindica supremo amor a Ele,
o que nos remete a olhar a Deus não meramente como existindo, mas como agindo em
favor da nossa felicidade. Isto significa que para experimentarmos este favor de Deus em
nossas vidas, devemos nos envolver nessa estrutura que compõe a Sua vontade. Esta é
a razão de o texto primeiramente nos exortar para uma vida de entrega total ao Senhor, a
fim de experimentarmos a vontade de Deus.

Dessa forma, só experimentamos e consequentemente conhecemos a vontade de Deus


na medida em que ajustamos o nosso caráter ao caráter de Deus. Para tanto, a exortação
que vem no texto é para buscarmos transformação em nossa vida a partir da renovação
de nossas mentes. Quando buscamos outro formato de vida – e não aquele imposto por
nossa cultura – atestamos que o caminho de Deus é o melhor caminho, que a vontade de
Deus é boa, perfeita e agradável.

Isto significa que é necessário agir, porque Deus não está produzindo os cristãos com a
cosmovisão do mundo. Ele está formando pessoas que vão provar o valor do caminho de
Deus pela obediência, com escolhas conscientes e deliberadas.

Outro detalhe que precisa ser abordado é que a transformação da pessoa pela renovação
da sua mente não é o fim último que o Espírito Santo almeja. Em verdade, esta é a parte
preliminar de um projeto que vai muito além disso. Nesta parte preliminar o alvo é nos
tornar semelhantes a Jesus. Fomos criados de novo em Cristo Jesus e os efeitos dessa
nova criação é o que o Espírito Santo primeiro deseja trabalhar (Efésios 2.10).

Todavia, o objetivo de Deus é formar uma família eterna de pessoas que conscientes e
deliberadamente decidiram trilhar pelo seu caminho, executando a Sua vontade. Assim
sendo, a essência de toda a nossa obra é fazer a vontade de Deus e este processo
começa com o nosso ser sendo transformado pela renovação da nossa mente ou
entendimento. Isto posto, compreender que a vontade de Deus se estrutura em Seu
caráter, à medida que conhecemos Deus, vamos conhecendo a Sua vontade, o que nos
exige atos de justiça, de amor, de santidade, de bondade, de verdade etc.

Em segundo lugar, precisamos compreender que quando nos ajustamos ao caráter


de Deus, não teremos dificuldades de compreender a Sua vontade específica para a
nossa vida.

Em nossa tradução do Novo Testamento está escrito em Romanos 12.2: “E não sedes
conformados com este mundo, mas sedes transformados pela renovação do vosso
entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita
vontade de Deus”. A palavra aqui traduzida por “experimentar” não alcança a
profundidade do significado do termo original, diferentemente da tradução para o inglês1,
que traz “testem” em vês de “experimentem” e da tradução francesa 2, que traz
“discirnam”. Estas traduções nos dão uma compreensão melhor do termo original que
literalmente significa “por meio de testes possais discernir que a vontade de Deus é boa,
perfeita e agradável”.

Hoje, quando os cristãos falam sobre descobrir a vontade de Deus, eles geralmente têm
em mente que devem orar até que Deus de alguma forma revele uma direção específica
para as suas vidas, com quem devem se casar, que profissão escolher, que tipo de
negócio devem fazer, se é esta ou se é aquela casa que devem comprar, para onde viajar
nas férias e assim por diante. Isso não é exatamente o significado de “por meio de testes
possais discernir que a vontade de Deus…”, nem é o que Romanos 12.2 ensina. A
vontade de Deus é muito mais importante do que isso.

O problema maior que as pessoas têm em relação a descobrir a vontade de Deus está
relacionado com a Sua vontade específica para a vida de cada um. No entanto, temos
que compreender que a pessoa cujo entendimento sobre Deus é constantemente
renovado, não terá dificuldades de compreender a vontade específica Dele para a vida
pessoal. É como numa relação conjugal, em que os casais se conhecem pelos anos de
convivência, sabendo, mesmo sem palavras, os anseios, projetos, receios e gostos um do
outro. O que ocorre é que uma determinada situação pode direcionar para vários cursos
de ação, sem que nenhum deles desvie da vontade de Deus. Isto implica dizer que é
comum haver determinadas circunstâncias que apontem para várias opções que
agradariam a Deus, embora Ele não nos direcione para nenhuma delas em especial,
porque todas essas opções estão perfeitamente dentro de sua vontade.

Por outro lado, dentro da Sua soberania e governo de todas as coisas, Deus pode
especificar pessoas para trabalhos específicos, como é o caso da escolha dos profetas,
dos apóstolos e dos missionários. Todavia, Ele não faz esta escolha sem considerar a
nossa vontade pessoal e sem trabalhar a nossa vida dentro do conjunto da nossa
formação. Isso é para nós um mistério que somente é parcialmente compreendido à luz
da soberania de Deus, que ao mesmo tempo nos dá a liberdade de decisão, enquanto
age em nossa história, nos preparando para decidir conforme o seu querer.

No entanto, há de se considerar que quando Jesus chama alguém para participar da vida
do Reino de Deus, está claro que a pessoa que decide atender ao chamado, está
decidindo por uma vida de entrega total a uma vida de obediência. Portanto, mesmo
escolhendo pessoas específicas para trabalhos específicos, Deus não viola a liberdade da
pessoa, porque antes desta comissão houve uma decisão por parte desta pessoa.

O ponto principal é: Podemos não saber o que é específico sobre a vontade de Deus e,
na verdade, não precisamos saber. No entanto, podemos saber que Deus tem uma
vontade perfeita para nós, revelada nas Escrituras, e que o Espírito Santo está orando por
nós de acordo com essa vontade.

O ensino de Romanos 12.2 sobre a vontade de Deus deve ser interpretado no seu
contexto e o contexto do texto indica que a vontade de Deus proposta é a de que o nosso
corpo seja oferecido a Deus como sacrifício vivo, recusando-nos a conformar-nos com o
sistema de valores da cultura vigente, buscando a transformação pela renovação dentro
de nossas mentes. É isso que devemos perseguir para encontramos a boa, agradável e
perfeita vontade de Deus, embora, é claro, se fizermos isso, nós também nos
encontramos trabalhando nos detalhes da vontade específica de Deus para nossas vidas.

Conclusão

Desde que entendemos que a vontade de Deus é boa, perfeita e agradável, porque é uma
vontade estruturada e que quando nos ajustamos ao caráter de Deus, não teremos
dificuldades de compreender a Sua vontade específica para a nossa vida, restam duas
perguntas que desejo abordar:

1) Para que Deus deseja que conheçamos a sua vontade? Que propósitos tem Deus em
nos revelar Sua vontade?

2) Como podemos nos ajustar ao caráter de Deus, a fim de conhecermos e vivermos de


acordo com a sua vontade? Embora algumas luzes foram lançadas nesta reflexão, como
especificamente devemos agir para experimentarmos (testar – discernir) a vontade de
Deus em nossa vida?

Procurarei responder essas duas perguntas nas reflexões dos próximos dois domingos
deste mês.

1.
Bíblia em Inglês, King James Version (KJV)
2.
Tradução de Louis Segond, teólogo suíço que traduziu a Bíblia para a língua francesa
diretamente das línguas bíblicas originais.

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