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Porto Alegre, 19 de abril de 2011

DEFENDENDO O CÓDIGO FLORESTAL BRASILEIRO


Bom para o Agronegócio, ruim para a biodiversidade do Brasil

A APEDEMA/RS - Assembleia Permanente de Entidades de


Defesa do Meio Ambiente – repudia toda e qualquer forma de
precarização e flexibilização da legislação ambiental.
Sendo assim, tendo em vista o relatório do deputado Aldo Rebelo,
é impossível e inadmissível concordar com um projeto que elimina a
reserva legal em 90% das propriedades brasileiras, que anistia os
crimes ambientais, que beneficia ocupações ilegais recentes, que reduz
e descaracteriza as Áreas de Preservação Permanente.
Para nós é inadmissível que interesses unilaterais, pautados numa
uma visão fracionada e reducionista, estejam balizando as propostas de
alteração do Código Florestal Brasileiro. Este movimento, de interesse
sobremaneira econômico - do setor do agronegócio - que pouco ou nada
tem de desenvolvimento sustentável, infelizmente encontrou em vários
parlamentares – que deveriam zelar pelo interesse da coletividade -
intermediários leais na minimização e até retirada da importante
proteção legal da natureza.
Denunciamos que tal movimento que visa atender exclusivamente
a essência do modelo vigente – capitalista neo-liberal - no qual é
degradador por excelência e necessita cada vez mais se apropriar de
forma privada da natureza, da vida.

Secretaria Executiva
Rua Fernando Machado, 464
CEP 90.010-320 – Porto Alegre – RS
Telefone (51) 99520081/ 9152.6588
http://www.apedemars.org.br/
apedemars@gmail.com
Não compactuamos com interesses setoriais que comprometerão
de forma irreversível a nossa sociobiodiversidade, atingindo a todas e
todos os seres.
Portanto, nós da APEDeMA-RS discordamos:
• Da proposta de redução do limite das matas ciliares de 30 para 7,5
metros nas margens de cursos dágua de até 5 metros de largura;
• Da proposta de anistiar das multas quem desmatou além do
permitido até 2008. Isso é premiar a impunidade!
• Da proposta de compensação de áreas desmatadas de
determinado Estado, por áreas de floresta em outros Estados ou
bacias hidrográficas;
• Da proposta de isenção de reserva legal para imóveis com até 4
módulos fiscais em todo o país. Pois embora a justificativa para tal
medida seja a proteção da pequena agricultura familiar, o dispositivo
não faz qualquer referência à condição socioeconômica do beneficiário
da dispensa;
• Da não diferenciação da Agricultura Familiar conforme legislação
específica.

Além disso, se pensarmos o Rio Grande do Sul, no nosso principal


bioma, o Bioma Pampa, as alterações propostas não condizem com a
realidade local, já que o Pampa é composto por comunidades vegetais
que nem sempre são florestas. Por exemplo, os banhados - áreas
úmidas – que merecem destaque especial no Código Florestal
Brasileiro, mas que com a proposta de alteração podem ser suprimidos
sobremaneira.
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Também no Rio Grande do Sul nos preocupa as proposições de
alguns deputados dessa casa legislativa, também capitaneados pelos
interesses do agronegócio - especialmente do setor da celulose e papel-
acerca do Projeto de Lei 154 de 2009 (PL 154) – o PL da desproteção
do Meio ambiente gaúcho – no qual propõe alterações, que levam à
descaracterização do Código Estadual do Meio Ambiente e, por
consequência, uma diminuição e, até, total supressão da tutela legal do
Estado sobre o ambiente, com riscos graves para a natureza e para toda
a sociedade.
Uma proposta de lei anti-democrática que também não primou
pela participação de todos os setores da sociedade, nem mesmo pela
Comissão de Saúde e Meio Ambiente dessa casa. No entanto, mesmo
com toda a movimentação da sociedade gaúcha, que resultou no
arquivamento do PL 154, o mesmo, nessa nova legislatura já foi
desarquivado e começa a tramitar.
Por fim, nós da APEDeMA-RS, parte integrante do Movimento
Ecológico Gaúcho, reconhecidamente vanguarda na luta ecológica,
reivindicamos que a legislação ambiental seja efetivada por meio de
políticas públicas; que o Estado Brasileiro se responsabilize
imediatamente pela promoção do Zoneamento Econômico Ecológico;
que haja um esforço para discussões sobre os índices de produtividade
e do limite da propriedade privada e não apenas se predisponha a
discussões que não visam alterações reais na forma como nos
relacionamos com a natureza. Também destacamos a necessidade de
prorrogar o decreto 7029, para que possamos discutira com mais
propriedade e a calma necessária o Código Florestal Brasileiro.

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Enfim atender a pressão do grande agronegócio, autorizando a
continuidade do desmatamento, se cria a cumplicidade na perda de
bens materiais, de vidas humanas e não humanas e na degradação
consolidada da natureza.

CONTRA A REFORMA DO CÓDIGO FLORESTAL, CONTRA A


CONCENTRAÇÃO DE RENDA, CONTRA AS CAUSAS DO
AQUECIMENTO GLOBAL
UM OUTRO DESENVOLVIMENTO É POSSIVEL!

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