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Carvalho, Ana Amélia A. (Org.) (2009). Actas do Encontro sobre Podcasts. Braga: CIEd.

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Screencast utilizando o Jing

Pedro Ferreira
Professor do Ensino Básico
pmpgferreira10596@gmail.com

Ricardo Pinto
Professor do Ensino Básico e Secundário
rmnpslb@gmail.com

Resumo - O Jing é uma ferramenta da Web 2.0, gratuita e de fácil utilização, criada pela
Techsmith para conceber screencasts. Um screencast é uma gravação digital do ecrã do
computador, que contém sequências de imagens capturadas sobre a interacção do
utilizador com, um programa, um software, etc., às quais se adiciona locução. Este artigo
descreve a ferramenta Jing, apresentando um tutorial sobre o seu modo de funcionamento.

Introdução
Tim Berners-Lee provavelmente não previa a dimensão que a WWW (World Wide
Web) tem nos dias de hoje quando ele a criou no final da década de 80. A WWW é um conceito
relativamente jovem, em constante evolução e potenciada pelos próprios cibernautas.
Pierre Lévy (2004) refere que a World Wide Web nem foi inventada, nem difundida,
nem alimentada por macro-autores mediáticos como a Microsoft, a IBM, a AT&T ou o exército
americano, mas pelos próprios cibernautas. Com o crescente uso da Web foram desenvolvidas
progressivamente novas ferramentas que potenciam a própria utilização da Web.
Se recuarmos ao início da Web e efectuarmos o seu percurso até aos dias de hoje,
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verificamos que esta era estática e de difícil acesso . No início deste milénio a Web começou
a ter movimento, som e imagem, surgindo novas ferramentas que permitiam que qualquer
pessoa as utilizasse facilmente. Essas ferramentas vêm dinamizar a produção de informação e
conteúdos sem grande esforço e sem grandes conhecimentos técnicos por parte do utilizador.
Este novo conceito, a intitulada Web 2.0, é contextualizado numa nova geração de
aplicações Web, onde tudo está acessível. O´Reilly (2005) refere que a “regra mais importante
é desenvolver aplicativos que aproveitem os efeitos de rede para se tornarem melhores e são
mais usados pelas pessoas, aproveitando a inteligência colectiva".
O utilizador pode aceder a um conjunto de ferramentas dinâmicas com elevada
performance de interactividade. A comunicação difunde-se através da utilização de diferentes

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acesso era feito por dial up

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ferramentas tecnológicas e de simples configuração. O Jing insere nesse contexto permitindo


de uma forma intuitiva, acessível e agradável criar screencasts.

Screencast
Udell (2004) utilizou o termo screencast definindo-o com uma gravação digital do ecrã
do computador, contendo sequências de imagens capturadas para serem reproduzidas
posteriormente e com o objectivo de representar a interacção do utilizador com o “computador”
durante um determinado período de tempo. O screencast pode também conter som do próprio
computador, assim como, narração áudio realizada pelo utilizador.
O conceito de screencast ganhou uma outra dimensão com a popularidade da Internet,
com o aparecimento da banda larga e com a evolução da Web. Mais pessoas podem efectuar
o download/upload de arquivos gerados em screencast e existem muitas mais ferramentas
disponíveis para os produzir, algumas delas de fácil utilização e que não exigem grandes
conhecimentos técnicos.
Myers (s.d.) refere que a informação disponibilizada em grande parte das páginas Web
é realizada essencialmente através de texto. Muitas vezes para interpretar determinada
informação que circula na Web e executar uma simples tarefa é necessário ler um conjunto de
páginas com muito texto, mas “screencast technology change that”. Com o screencast
utilizadores podem visualizar um “screencast” que demonstra, exactamente, como executar
determinada tarefa.
Actualmente existem vários tipos de screencast que diferem na forma de os produzir e
na forma de os divulgar. Podem ser utilizados várias aplicações para produzir o screencast,
alguns deles de forma livre e online, como é o caso do Jing.

O Jing
Jing é uma ferramenta da Web 2.0 que resulta de um projecto desenvolvido pela
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Techsmith . Esta empresa incorporou o conceito da Web 2.0, disponibilizando também um
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serviço (“Screeencast.com”) com o qual podemos armazenar e compartilhar, os screencast
produzidos pelo utilizador – imagens, vídeos, apresentações ou outros tipos de documentos.
O Jing é uma aplicação gratuita que possibilita a captura de imagens e vídeos do ecrã
do computador, facilitando o armazenamento e a partilha destes através da Web – isto só é
possível se for efectuado o registo utilizando o serviço “Screencast.com” – criando para o efeito
uma conta que disponibiliza, neste momento, 2Gb de espaço e 2Gb de tráfego mensal. É
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também possível a ligação com o Flickr , com o YouTube ou através de FTP para enviar os
screencast.

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Empresa dos estados unidos da América que desenvolve software de captura e edição de vídeos e imagens.
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Disponível em http://www.techsmith.com/screencast.asp
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Flickr é uma ferramenta da Web 2.0 que facilita o armazenamento, a busca, a classificação e a partilha das suas
fotografias, encontra-se disponível em http://www.flickr.com.

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Figura 1. Exemplo de screencast à página do projecto Jing

Como criar um screencast utilizando o Jing

Instalação do Jing
O primeiro passo é aceder do seu browser ao seguinte endereço:
http://www.jingproject.com/ (1) para efectuar o download (2) – Windows ou Mac - o qual
encaminha o utilizador para uma página onde será efectuado a transferência automática da
aplicação Jing (Figuras 2 e 3). Nesta página o utilizador deverá descarregar e executar (3) a
aplicação que desse modo ficará instalada no computador.

Figura 2. Página principal do Jing

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YouTube é uma ferramenta da Web2.0 que permite aos utilizadores a partilha de vídeos em formato digital.
Disponível em http://www.youtube.com.
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FTP – File Transfer Protocol, é um protocolo de transferência de arquivos de um computador para outro através da
internet.

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Figura 3. Página onde é efectuada a transferência da aplicação Jing

Nesta fase o processo de instalação decorrerá normalmente e durante alguns minutos


(Figura 4). O processo só ficará concluído quando surgir a informação no ecrã Jing is ready to
go (Figura 5).

Figura 4. Processo de instalação do Jing

Figura 5. Janela que informa a aplicação


foi instalada

De seguida surge o ícone do Jing no ambiente de trabalho do utilizador (Figura 6) e de


imediato o ícone diminui progressivamente de tamanho deslocando-se para a parte superior

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central do ecrã (Figura 7) onde ficará disponível para ser utilizado a qualquer momento (Figura
8). No entanto o utilizador tem a liberdade de o deslocar para onde entender.

Figura 7. Ícone do Jing deslocando-se para a parte


Figura 6. Ícone do Jing
superior central do ecrã

Botões do Jing
Após a instalação do Jing estamos em condições de utilizar a ferramenta. Para tal, o
ícone que se encontra disponível na parte superior central do ambiente de trabalho poderá ser
activado fazendo passar o rato sobre ele (Figura 8). Quando activado o ícone sobressai e
apresenta três botões (Figura 9): Capture ( ), History ( ) e More ( ).

Ícone do Jing que será activado quando


fizermos passar o rato sobre ele.

Figura 8. Posição do ícone do Jing no ambiente de trabalho.

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Figura 9. Botões do Jing

Antes de iniciarmos a descrição da utilização da ferramenta para a criação de um


screencast iremos explicitar o funcionamento de cada um dos botões.

O botão Capture permite


seleccionar a área do ecrã que
pretendemos seleccionar e dar inicio ao
processo de captura.

Figura 10. Área seleccionada com o botão capture

O botão History dá acesso às


imagens e/ou vídeos produzidos com o
Jing.

Figura 11. Histórico do Jing

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O botão More dá acesso a um


conjunto de opções adicionais:

1 – Done (Concluído)

2 – Send Feedback (Enviar sugestão) 1 5


2 3 4
3 – Preferences (Preferências)

4 – Help (Ajuda) Figura 12. Opções adicionais do Jing

5 – Quit (Fecha a aplicação Jing)

Criação de um screencast com o Jing


O processo de criação de um screencast inicia-se pela definição do objecto de
“captura”. O exemplo que apresentamos a seguir é um tutorial do próprio Jing em formato de
screencast, totalmente criado com essa ferramenta.
Como já foi referido o processo inicia-se clicando no botão Capture, surgindo de
imediato duas linhas perpendiculares que permitem definir a área de captura. O ponto de
encontro dessas linhas define as coordenadas de um ponto onde tem início a selecção da área
pretendida. Para seleccionar a área pressionamos o botão esquerdo do rato, e sem o largar,
arrastamos o rato para outro ponto do ambiente de trabalho, definindo assim a dimensão da
área ambicionada (Figura 13).

Indicação da área definida em pixéis

Figura 13. Definição da área de captura

Para seleccionar a totalidade do ecrã é suficiente clicar uma única vez no ambiente de
trabalho, aquando do aparecimento das duas linhas perpendiculares.

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Delimitada a área de captura surge num dos cantos da área seleccionada uma caixa de
ferramentas (Figura 14) que apresenta quatro botões e informa acerca das dimensões dessa
área (Capture size).

Captura imagem

Captura vídeo

Captura com a Webcam

Anula a selecção da área

Cancelar

Figura 14. Caixa de ferramentas

Para realizar o tutorial através de uma sequência de imagens pressionamos o botão de


captura de imagem ( ) efectuando a sua captura. De imediato surge uma janela com a
imagem capturada e com um conjunto de ferramentas (Figura 15):
1 – Ferramentas de edição, permitem escrever, assinalar ou destacar partes da imagem;
2 – Nome da imagem capturada, permite alterar o nome da imagem capturada;
3 – Ferramentas do “Jing” que serão descritas a seguir.

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Figura 15. Conjunto de ferramentas

Personalizar esta barra de ferramentas


(acrescentando/removendo botões).

Cancelar – retorno ao ambiente de trabalho

Editar a imagem no Snagit (ferramenta não gratuita da


TechSmith para edição de imagem)

Copiar – permite copiar a imagem para a área de transferência


do windows
Gravar – permite gravar a imagem

Partilhar – efectua o upload da imagem para o screencast.com

Para personalizar esta barra de ferramenta pressionamos o botão ( ) que permite


aceder a um painel de configuração (Customize Jing Buttons). Neste painel surgem os
botões configuráveis e disponíveis na barra de ferramentas e outros dois que permitem
adicionar ou remover botões (Figura 16).

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Adicionar Remover

Figura 16. Botões configuráveis

Quando arrastamos os botões em direcção do “contentor do lixo” e os largamos estes


são removidos. Para adicionar um novo botão clicamos em “New” surgindo um novo painel:
Button Settings. Além dos botões presentes na barra de ferramentas por defeito, que também
podem ser configurados, existe a possibilidade de adicionar outros três botões que permitem o
envio e a partilha das imagens/vídeos por FTP, para o Flickr e para o YouTube (Figura 17).

Figura 17. Configuração dos botões

Para realizar o tutorial através de um vídeo


pressionamos o botão de captura de vídeo ( )
iniciando assim a captura da área seleccionada. De
seguida, surge nessa área uma janela com a
contagem decrescente para o início da captura
(Figura 18).

Restart – inicia nova captura de vídeo


Figura 18. Início da
Microfone– liga e desliga a captura do som
captura
Pause – faz uma pausa na gravação
Stop – pára a gravação

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Para terminar a captura de vídeo basta premir o botão stop ( ), surgindo no


ambiente trabalho uma janela que permite visualizar o vídeo capturado e efectuar a gestão do
mesmo (Figura 19).

Botão para
visualização do
vídeo capturado

Atribuir um nome
ao vídeo

As funções desta barra são as mesmas das descritas na


captura de imagem com excepção que nesta não surge a
informação acerca das dimensões da área de captura.
Nesta barra surge um botão - - que permite a edição
do vídeo no Camtasia Studio (ferramenta não gratuita da
TechSmith para edição de vídeo).

Figura 19. Visualização do vídeo

Depois de atribuir um nome ao vídeo, que por defeito o nome é a data e a hora da
captura, este pode ser gravado numa pasta do computador ou enviado para o screencast.com
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no formato swf (na versão PRO o ficheiro pode ser armazenado no formato MPEG-4 ).
A locução é controlada pelo utilizador através do clique no símbolo ( ), não sendo
necessário a utilização de um microfone externo pois se o computador possibilita a entrada de
som esta é suficiente.

75
swf é o formato de arquivo gerado pelo Adobe Flash para animações multimédia ou aplicações.
76
versão não gratuita do Jing.
77
MPEG-4 é um padrão utilizado para compressão de dados digitais de áudio e vídeo.

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Conclusão
A evolução tecnológica tem contribuído para a inclusão e utilização do vídeo na Web,
verificando-se melhorias significativas na sua qualidade e na velocidade de acesso. O vídeo
não sendo já um media inovador, assume agora, através da Internet, novas características e
funcionalidades. De facto, o vídeo viu a sua versatilidade aumentada ao constituir-se como um
Net media capaz de despertar no utilizador a sua capacidade criadora e difusora de
conhecimento. Associado a este facto têm surgido ferramentas que permitem a utilização do
vídeo de uma forma simples, rápida e com uma qualidade razoável. O Jing é uma dessas
ferramentas.
Com o Jing a criação de um screencast torna-se uma tarefa acessível a qualquer
utilizador sem necessidade de conhecimentos técnicos. É uma ferramenta que permite o
acesso gratuito, a colaboração e a partilha dos screencast criados, inserindo-se assim no
espírito da Web 2.0. Pelo facto de aliar o podcast ao poder da imagem/vídeo potencia a sua
utilização em diversos contextos, nomeadamente, o educativo.
Com o uso desta ferramenta torna-se fácil a explicação de uma temática qualquer ou a
realização de um tutorial ficando facilmente disponível na Web para poder ser utilizado por
qualquer utilizador.

Referências

Lévy, P. (1997). Cibercultura. Lisboa: Instituto Piaget.


Myers, B. (s.d.). Screencasting: how to create and use screencasts to pull traffic to your Web
site. Disponível em http://www.bmyers.com/public/941.cfm?sd=3. Acedido a 28 de Abril
de 2009.
O’Reilly, T. (2005). What is Web 2.0. Design patterns and Business models for the next
generation of Software. Consultado em 14 de Março de 2009 em
http://www.oreillynet.com/lpt/a/6228.
Udell, J. (2004). Name that genre: Screencast. InfoWorld. Disponível em
http://weblog.infoworld.com/udell/2004/11/17.html. Acedido a 2 de Março de 2009.

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