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Válvulas
industriais
PETROBRAS ABASTECIMENTO
Válvulas Industriais
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Pense e Não se devem exagerar ou eliminar
válvulas. Se, de um lado, um número
Anote excessivo pode representar problemas,
de outro, um número inferior sempre
será um problema ainda maior.
Classificação
PETROBRAS ABASTECIMENTO
14 Válvulas Industriais
Pense e Anote
Quanto à função ou
natureza da aplicação
VÁLVULAS DE BLOQUEIO
OU DE FECHAMENTO
(block valves)
São utilizadas para permitir a passagem to-
tal ou o bloqueio completo de um fluido. São projetadas para trabalhar
totalmente fechadas ou totalmente abertas.
Os tipos existentes são: válvulas gaveta ((gate
gate valves
valves)) e válvulas ma-
cho ((plug
plug
plug,, clock valves
valves)). Como variantes das válvulas gavetas, temos as
válvulas comporta ((slide
slide
slide,, blast valves
valves)), as válvulas de fechamento rá-
pido (quick-acting valves
valves)) e as válvulas de passagem plena ((through
through con-
duit valves
valves)) e como variantes das válvulas macho as válvulas de esfera
(ball valves
valves)) e as válvulas de 3 ou 4 vias ((three&four
three&four way valves ).
valves).
VÁLVULAS DE REGULAGEM
(throttling valves)
Controlam o fluxo de um fluido, adequan-
do-o a uma necessidade específica de processo. Trabalham parcialmente
abertas.
globe valves
Os tipos existentes são: válvulas globo ((globe valves)), válvulas agu-
lha ((needle
needle valves), válvulas de controle (control valves
valves), ), válvulas bor-
valves),
boleta (batterfly valves
valves)) e válvulas diafragma ((diaphragm
diaphragm valves
valves)).
Manuais
Operadas por volante (com ou sem o uso de extensões ou correntes), ala-
vanca ou por meio de engrenagens (Figuras 1, 2 e 3).
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FIGURA 1
Volante
Piso de operação
Haste de
extensão
FIGURA 2
Alavanca de manobra
Haste
Orifício de Engaxetamento
passagem
Anéis Macho
retentores (esfera oca)
FIGURA 3
Volante
Engrenagens de redução
Castelo
Flange
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16 Válvulas Industriais
Pense e Anote
Motorizadas
Operadas por acionamento hidráulico, pneumático ou elétrico (Figuras 4,
5 e 6).
FIGURA 4
Gaxetas
Haste
deslizante
Gaveta
FIGURA 5
FIGURA 6
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Automáticas
Operadas por meio de molas ou contrapesos, ou, ainda, por meio da dife-
rença de pressão do fluido nos pontos de entrada e saída da válvula (Figu-
ras 7 e 8).
FIGURA 7
Pense e Anote VÁLVULA OPERADA POR MOLAS OU CONTRAPESO
FIGURA 8
Tampa
Guia
Pino
Tampão
Sede
ENTRADA SAÍDA
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18 Válvulas Industriais
Pense e Anote
Componentes e
aspectos construtivos
Alguns componentes são básicos e estão presentes em todas as válvulas,
body)), o castelo ((bonnet
como o corpo ((body
body bonnet
bonnet)) e o trim, componente móvel
composto basicamente pela haste ((stem
stem
stem)) e pelo obturador ou tampão
(plug
plug)) com formato de cunha, disco, comporta e que responde pela regu-
lagem ou pelo bloqueio do fluxo do fluido de trabalho. A Figura 9 ilustra
uma válvula gaveta, em que os componentes mencionados podem ser ob-
servados. Nessa ilustração, o obturador assume a forma de uma cunha.
Em outras válvulas, a sua forma pode corresponder a um disco, a um ele-
mento deslizante tipo comporta etc.
FIGURA 9
VÁLVULA GAVETA
Volante
Gaxetas
Castelo aparafusado
Junta
Corpo
Gaveta
Sedes
Flanges
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Válvulas Industriais
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sua corrosividade e à severidade do trabalho. Para válvulas abaixo de 3",
a utilização da união antes mencionada é considerada eficaz e pode tam-
bém ser utilizada para condições de trabalho severas.
Pense e Em válvulas que atuam em condições de trabalho consideradas não se-
Anote veras, a fixação direta por rosca é aceitável. Nessas duas situações, entre-
tanto, a exemplo do que ocorre quando da fixação por parafusos, o uso de
uma junta é fundamental, valendo a observação feita anteriormente no que
diz respeito à necessidade de definição da junta em função do fluido de tra-
balho (corrosividade) e do produto pressão x temperatura.
A fixação do corpo à tubulação se dá por rosca, solda ou flange, sendo
que a primeira forma de fixação (rosca) é utilizada para válvulas de peque-
no porte (até 4"), desde que as condições de trabalho assim o permitam.
Com relação ao uso de solda para fixação das válvulas, duas possibili-
dades existem: uso de solda tipo encaixe e uso de solda de topo.
A soldagem de topo válvula/tubulação é empregada para condições de
trabalho severas, exigindo chanfros adequados para as extremidades dos
tubos e da válvula, com configurações que dependem da espessura dos
materiais envolvidos, como ilustrado na Figura 10.
Os materiais utilizados na construção dos diversos componentes das vál-
vulas devem ser adequados para as condições de trabalho. Evidentemente,
definido o material em função da corrosividade, as espessuras dos compo-
nentes devem ser calculadas pela aplicação de procedimentos estabelecidos
em norma e que levam em conta os valores de pressão e temperatura do
fluido de trabalho, bem como da tensão admissível do material escolhido.
Uma relação orientadora da definição dos materiais existentes x corro-
sividade do produto é apresentada no Anexo 4. Após fabricação, a válvula
deve ser testada, normalmente com água, à temperatura ambiente e à
pressão equivalente a 1 1/2 vezes a pressão máxima de trabalho prevista.
Uma tabela prática, apresentada no capítulo correspondente à manuten-
ção de válvulas, orienta sobre a definição da pressão de teste.
Se construídas em aço-carbono em grandes espessuras ou, ainda, em
materiais tipo liga, como 4% a 6% Cr com 0,5% Mo, após soldagem, tor-
na-se necessário um tratamento térmico de alívio de tensões. A qualida-
de da soldagem é acompanhada por teste com líquido penetrante para
localização de eventuais trincas.
Posteriormente, as soldas são radiografadas, inspeção que pode reve-
lar trincas, poros ou escórias presentes na solda. Enquanto as trincas são
inadmissíveis, os poros e as escórias presentes podem ou não ser aceitos,
dependendo da dimensão desses defeitos, bem como da sua forma.
A soldagem e o posterior tratamento térmico de alívio de tensões po-
dem distorcer a válvula, bem como afetar a junta corpo/castelo, razão pela
qual, em muitas situações, essa atividade é desenvolvida apenas com o
corpo da válvula, sem os seus internos.
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20 Válvulas Industriais
Pense e Anote
FIGURA 10
SOLDAGEM DE TOPO
A – CHANFRO EM V
30 O
Corpo
da válvula Tubulação
1/16”
1/16”
30 O
Corpo
da válvula Tubulação
1/16”
1/16”
Solda
Corpo
da válvula
Solda Tubulação
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Válvulas Industriais
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Válvulas/Tipos
Válvulas são aplicadas em diversas situações e cumprem objetivos que
podem ser diferentes, razão pela qual tais acessórios apresentam diver-
Pense e sas formas construtivas e características próprias.
Anote
Válvula gaveta
Tal válvula, muito utilizada nas instalações industriais, é projetada, em
princípio, para operar totalmente aberta ou totalmente fechada. Se utili-
zadas parcialmente abertas, provocam grande perda de carga, fato que de-
corre da geometria, em forma de cunha, do seu obturador. Por outro lado,
totalmente aberta, dá passagem plena ao fluido de trabalho, impondo,
portanto, pequena perda de carga ao fluido.
O obturador, designado simplesmente por gaveta, em forma de cu-
nha ou provido de faces paralelas, acompanha o movimento da haste ao
qual está conectado, deslizando, durante o fechamento ou a abertura, por
meio de duas sedes. Tais sedes, em válvulas de pequeno diâmetro, po-
dem ser usinadas no próprio corpo ou, como ocorre na maior parte das
aplicações, podem ser constituídas de duas peças independentes do cor-
po da válvula, fixadas por pressão, rosca ou pressão seguida de soldagem,
nos casos de operação em condições mais severas.
Os materiais utilizados internamente às válvulas podem ser de alto
ponto de fusão, acima de 1.100ºC, condição que confere a designação de
válvulas de segurança contra incêndio.
Nessas válvulas, a vedação é obtida de metal contra metal, exigindo
ajustes mais perfeitos e, portanto, trabalhosos, entre a sede e a gaveta.
Dessa forma, válvulas de segurança contra incêndio não admitem materi-
ais, tais como plástico, bronze, latão etc.
Sede e gaveta são componentes que podem ser recuperados ou substi-
tuídos, exigindo-se para isso um ajuste, cujo procedimento é mostrado
no capítulo referente à manutenção de válvulas.
A gaveta constituída de uma única peça, como ilustrado na Figura 9, é
utilizada para líquidos em geral, independentemente do diâmetro e das
condições de pressão e temperatura. Tais líquidos não devem ser excessi-
vamente corrosivos ou deixar sedimentos, os quais, se depositados na parte
inferior do alojamento da gaveta, impedem o total fechamento, dando
origem à passagem de fluido de trabalho (falta de vedação).
Para linhas de vapor, acima de 8" de diâmetro, as válvulas gavetas são
muito utilizadas, promovendo um bloqueio eficiente. O mesmo ocorre com
linhas de ar comprimido acima de 2".
As válvulas gaveta podem, ainda, apresentar gavetas constituídas de
mais de uma peça, como a ilustrada na Figura 12. Nela, há duas peças
articuladas entre si e que trabalham com uma haste cuja parte terminal
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22 Válvulas Industriais
Pense e Anote
está rosqueada em um componente em forma de cunha. Com o movimen-
to descendente da haste, a cunha mencionada abre as partes articuladas
da gaveta, jogando-as contra a sede, promovendo-se, dessa forma, veda-
ção eficiente.
FIGURA 12
Gaxetas
Haste deslizante
Gaveta
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Válvulas Industriais
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Pense e Durante o funcionamento normal do sistema, a válvula de grande
diâmetro está fechada, bem como a de menor porte, situada na
Anote tubulação de contorno (by-pass). Por ocasião da abertura da válvula
de grande diâmetro (válvula principal),
faz-se, inicialmente, a abertura da válvula
de by-pass, obtendo-se, com isso, uma
equalização da pressão dos dois lados O by-pass equaliza
da gaveta, o que reduz o esforço exigido a pressão dos dois lados
na abertura da válvula principal. da gaveta, permitindo
menor esforço na abertura!
Volante
Gaveta
Sedes
Flanges
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24 Válvulas Industriais
Pense e Anote
HASTE ASCENDENTE/ROSCA INTERNA
(rising stem – RS)
A haste, nesse caso, gira de forma
solidária ao volante, e a rosca penetra na válvula, condição que caracteri-
za essa válvula como de pior qualidade em relação ao modelo anterior.
FIGURA 15
Volante
Gaxetas
Castelo
rosqueado
Haste com
rosca interna
Corpo
Gaveta
Extremos
rosqueados
PETROBRAS ABASTECIMENTO
Válvulas Industriais
25
Algumas válvulas gavetas especiais são encontradas, como as válvu-
las de comporta ((slide
slide valves
valves)), as válvulas de fechamento rápido ((quick
quick
quick--
acting valves
valves)) e as válvulas de passagem plena ((through
through conduit valves
valves)),
como segue:
Volante
Haste
Sobreposta
Castelo
Gaveta maciça
(em duas partes) Corpo
VISTA Sedes
F R O N TA L
DA GAVETA Guias fixas
da gaveta
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26 Válvulas Industriais
Pense e Anote
FIGURA 18
Brushes
Brushes
pig
FIGURA 19
Alavanca
de operação
Guia da
alavanca
Haste deslizante
Gaxeta
Castelo
aparafusado
Gaveta
Flange
VÁLVULAS COMPORTA
Válvulas cujas gavetas assemelham-se a chapas,
portanto, de superfícies planas e não em forma de cunha, que deslizam
sobre guias, controlando a passagem de gases, os quais podem conter par-
tículas sólidas dispersas. Tais válvulas encontram aplicação em dutos de
CO das unidades de craqueamento catalítico para controlar a pressão no
interior do reator. Nesse caso, a gaveta pode ser dupla, isto é, duas chapas
deslizantes. Trabalhando nas mesmas guias, deslizam sobre elas e se en-
contram no centro da válvula. Como as extremidades de cada chapa con-
PETROBRAS ABASTECIMENTO
Válvulas Industriais
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têm um semicírculo, o encontro no centro da válvula dá origem a uma
abertura circular de passagem mínima do gás mencionado e necessária
para garantir a segurança operacional do reator. A Figura 20, esquemati-
Pense e camente, ilustra esse tipo de válvula.
Anote FIGURA 20
VÁLVULA COMPORTA
Guia
Comporta
Válvula macho
As válvulas macho, classificadas como válvulas de bloqueio ou de fecha-
mento, apresentam uma característica interessante, que é o acionamento
mediante a rotação de uma alavanca em apenas 1/4 de volta, tornando-
se, por essa razão, válvulas de fechamento rápido.
Do ponto de vista de sua construção, apresentam como obturador um
componente designado de macho, o qual, conectado à alavanca mencio-
nada, gira para definição das posições aberta e fechada. Normalmente, nes-
sas válvulas, o uso do macho em condições de fechamento parcial não é
recomendável diante da grande perda de carga nessa condição de trabalho.
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28 Válvulas Industriais
Pense e Anote
Tais válvulas são aplicáveis, quando em pequenos diâmetros e baixas
pressões, para bloqueio de água, vapor e líquidos e, em quaisquer diâme-
tros e pressões, para gases de um modo geral.
A Figura 21 mostra uma válvula macho com obturador em forma de
cone e que dispõe de uma passagem retangular para o fluido. Diante do
atrito que se desenvolve entre o macho e a sede, a válvula é dotada de
dispositivo de lubrificação, o qual conduz a graxa, sob pressão, através de
ranhuras existentes nesse obturador.
FIGURA 20
VÁLVULA MACHO
Alavanca
Engaxadeira de manobra
Sobreposta
Gaxetas
Sedes
Macho
Orifício de
passagem
Rasgos de lubrificação
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Válvulas Industriais
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FIGURA 22
VÁLVULA MACHO/LUBRIFICAÇÃO
Pense e
Anote Encaixe quadrado
para uso de chave Conexão para lubrificação
Porca/parafusos
Sobreposta da sobreposta
Anel de gaxeta Porca de fixação da tampa
Anel de metal
Tampa
Junta Válvula de
retenção para
Plugue cônico lubrificantes
Ranhura
lubrificação
Câmara de
Corpo lubrificação
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30 Válvulas Industriais
Pense e Anote
FIGURA 23
VÁLVULA ESFERA
Alavanca
Haste de manobra
Engaxetamento
Orifício de
passagem
Macho
(esfera oca)
Anéis retentores
Haste
Alavanca de manobra
Engaxetamento
Orifício de
passagem
Anéis retentores
Macho
(esfera oca)
Macho
POSIÇÃO ABERTA
CORTE EM PROJEÇÃO
HORIZONTAL
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Válvulas Industriais
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Válvula globo
VÁLVULAS GLOBO
globe valves
(globe valves) São destinadas a controlar o fluxo de um produto
qualquer em uma tubulação por permitir várias posições de regulagem
(Figura 25).
Pense e Anote FIGURA 25
VÁLVULA GLOBO
Volante
Haste com
rosca externa
Sobreposta
Castelo aparafusado
Tampão
Sede
Sentido
de fluxo
Pela sua configuração, com o fluido que escoa da parte inferior para a
superior do obturador (“tampão”), a válvula globo impõe significativa
mudança na direção desse escoamento, tendo-se como conseqüência a
ocorrência de grande perda de carga. Fechadas, tais válvulas permitem
vedações estanques. Além disso, os seus internos podem ser de materiais
de alto ponto de fusão (acima de 1.100ºC), caracterizando-as como vál-
vulas de segurança contra incêncio. Em válvulas menores, aplicadas
em serviços que não exijam essa característica, alguns internos podem ser
de neoprene, borracha ou de outros materiais de baixo ponto de fusão.
Algumas válvulas globo possuem características especiais, como as
válvulas angulares (angle valves), as válvulas em “Y” e as válvulas agu-
valves),
lha (needle valves ).
valves).
Válvulas angulares
As válvulas angulares, conforme a Figura 26, apresentam os bocais de en-
trada e saída de produto dispostos a 90º, arranjo que confere perda de
carga menor que as válvulas globo. Entretanto, sua utilização é limitada
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32 Válvulas Industriais
Pense e Anote
em função de restrições ao seu posicionamento nas tubulações. Depen-
dendo desse posicionamento, particularmente em linhas que operam em
alta temperatura, esforços excessivos, gerados por efeito da dilatação, atu-
am sobre o corpo dessas válvulas, podendo, em determinadas situações,
provocar a ruptura.
FIGURA 26
VÁLVULAS ANGULARES
Gaxetas
Tampão
Trajetória do fluido
FIGURA 27
VÁLVULAS AGULHA
Válvulas
agulha
As válvulas agulha
apresentam um tam-
pão (Figura 27), o qual,
deslocado por ação do
volante, libera passa-
gem pequena para o
Castelo
fluido, permitindo de união
PETROBRAS ABASTECIMENTO
Válvulas Industriais
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Válvulas em “Y”
As válvulas em “Y” apresentam como diferença, comparativamente à vál-
vula globo tradicional, o posicionamento da sede, o qual é definido segun-
Pense e do um ângulo de 45º em relação à linha de centro da tubulação. Essa cons-
Anote trução reduz a perda de carga através da válvula, minimizando o problema
existente nas válvulas globo tradicionais. São utilizadas mais intensamente
em linhas de vapor nas atividades de bloqueio e regulagem de fluxo.
FIGURA 28
VÁLVULAS EM “Y”
Tampão
Trajetória
do fluido
Sede
Válvula de retenção
As válvulas de retenção ((check
check valves
valves)) permitem o escoamento do flui-
do de trabalho em apenas um sentido. O seu obturador, também cha-
mado de tampão, é pressionado pelo próprio fluido contra a sede, quan-
do o escoamento ocorre em um determinado sentido, vedação que pode
ou não ser auxiliada por uma mola. No sentido oposto, o mesmo fluido
atua sobre o tampão, afastando-o da sede; ele vence, nesse caso, a força
da mola, se existente.
Um tipo de válvula de retenção, que atua no sentido de impedir o va-
zamento do produto em escoamento para a atmosfera, constituído de
esferas e válvulas, foi apresentado anteriormente. No caso mencionado, a
válvula permitia a injeção da graxa de fora para dentro da válvula, lubrifi-
cando as faces do macho em forma de cone e também a sede. No sentido
oposto, entretanto, impedia não só o retorno da própria graxa, como o
vazamento de produto para a atmosfera.
Dispositivo similar é o caso do pneu de automóvel pressurizado com ar
comprimido injetado através de uma válvula de retenção. Retirado o bico de
injeção de ar comprimido, o ar pressurizado do pneu tenderia a escoar para
a atmosfera, no que é impedido pela válvula de retenção existente no pneu.
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34 Válvulas Industriais
Pense e Anote
Em instalações industriais, particularmente quando duas bombas centrí-
fugas operam com a mesma finalidade, uma reserva da outra (Figura 29), o
produto da descarga da bomba em operação pode, em face do arranjo de
tubulações normalmente utilizado, injetar produto na bomba parada em fluxo
reverso, fazendo-a girar ao contrário. Nessa situação, o rotor da bomba des-
conecta-se do eixo, gerando um acidente de proporções consideráveis.
Um tipo particular de válvula, o qual não pode, rigorosamente, ser classi-
ficado como válvula de retenção, designado como válvula de passagem mí-
nima ou de recirculação, também é utilizado na descarga de algumas bom-
bas, que não podem operar abaixo de uma determinada vazão sem mostrar
aquecimento excessivo capaz de provocar o travamento da bomba.
Para a bomba que opera acima da vazão mínima, a válvula opera como
uma retenção comum, permitindo o fluxo de produto no sentido da bomba
para o sistema de descarga. Porém, quando a vazão da bomba está abaixo
da vazão mínima, uma linha lateral, acionada mecanicamente por um
sistema de alavancas, é aberta, permitindo ao fluido retornar parcialmen-
te para a sucção. Assim, uma parte do fluido bombeado segue o trajeto
bomba/sistema de descarga, e uma segunda parte retorna para a sucção
da bomba, via linha lateral. Dessa forma, por meio da bomba, o fluxo de
produto é a soma dos fluxos mencionados, cuja totalidade supera o fluxo
mínimo necessário para a bomba.
O produto, na válvula de passagem míni-
ma, opera com grande velocidade e, como o
desgaste é em geral proporcional ao quadra-
do da velocidade, os internos desse acessó- Sem válvula de retenção, há um risco
enorme de se “perder” a bomba!
rio são normalmente de grande dureza, ou
seja, da ordem de 70Rc (Figura 30).
FIGURA 29
Bomba A
Bomba B
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Válvulas Industriais
35
FIGURA 30
Anote
Tampão ou
disco (descarga)
Sede
Tampão ou disco
(passagem mínima)
Passagem
mínima
Sede
(passagem mínima)
Guia inferior
Válvulas de retenção
e de levantamento
A Figura 31 ilustra esse tipo de válvula, em que o tampão trabalha conecta-
do a um pino, o qual, sob a ação da pressão do fluido, promove o seu levan-
tamento e o escoamento desejado. Por outro lado, quando a pressão do flui-
do na parte superior do tampão é maior do que a existente na sua parte
inferior, esse obturador, jogado contra a sede, impede o retorno do fluido.
Tal tipo de válvula oferece, praticamente, a mesma resistência ao es-
coamento que as válvulas globo e é mais intensamente utilizado para sis-
temas gás ou vapor de diâmetros acima de 6". O sistema pino/guia, por
sua vez, está sujeito a emperramento, podendo, particularmente, quan-
do do manuseio de produtos com sedimentos ou corrosivos, deixar de
operar de forma satisfatória.
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36 Válvulas Industriais
Pense e Anote
FIGURA 31
Tampa
Guia
Pino
Tampão
Sede
Entrada Saída
Tampa
Flange de Flange
entrada de saída
Tampão
Sede
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Válvulas Industriais
37
Válvulas de retenção de esferas
Utilizadas mais intensamente para fluidos de grande viscosidade que es-
coam em sistemas de 2" ou de menor diâmetro, as válvulas de reten-
Pense e ção de esferas ((ball
ball
ball--chek valves
valves)) encontram grande aplicação industrial
Anote (Figura 33).
FIGURA 33
Esfera
Entrada Saída
VÁVULA DE PÉ
Bocal de saída
Pino
Guia
Tampão
Grade
de entrada
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38 Válvulas Industriais
Pense e Anote
FIGURA 35
Haste rosqueada
Haste do
tampão
Guia Tampão
Entrada Saída
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Válvulas Industriais
39
Válvulas de segurança e de alívio
Tais válvulas são fundamentais para a segurança operacional das instala-
ções industriais. Limitam, normalmente por ação de uma mola ou de um
Pense e contrapeso, a pressão no interior de um sistema, mantendo-o dentro das
Anote condições limites de projeto. Excedida a pressão predefinida como segu-
ra, a válvula abre, descarregando para outros sistemas, como o sistema
de tocha (flare) ou para a atmosfera, situação que ocorre em compresso-
res de ar comprimido ou em caldeiras a vápor d´água.
No caso de caldeiras, a descarga dessas válvulas, as quais devem estar
sempre posicionadas de modo a não causarem riscos ao homem, é segui-
da de ruído intenso quando da passagem do fluido, razão pela qual, em
muitas situações, um silenciador também é utilizado na seqüência da
instalação.
Assim como as válvulas de retenção, as válvulas de segurança e de alí-
vio operam por ação da pressão ou diferença de pressão desenvolvida pelo
próprio fluido de trabalho, caracterizando-se, portanto, como válvulas
automáticas.
Nesse tipo de válvula, a pressão do fluido de trabalho, que atua sobre
a parte inferior do tampão, também chamado de disco ou sede superior,
vence a resistência da mola (ou contrapeso), abrindo-a e permitindo que
ela descarregue para um sistema de alívio.
Caso a válvula esteja alinhada para um sistema também pressurizado,
o esforço desenvolvido na parte inferior do tampão vence a resistência da
mola adicionada ao esforço desenvolvido pela pressão do fluido do siste-
ma de descarga, atuante na parte superior do tampão.
Tal pressão, designada de contrapressão ((back
back pressure
pressure)), pode ser anu-
lada em algumas válvulas pelo uso de algum tipo de dispositivo, como
um fole, caso em que a válvula é dita balanceada.
A Figura 36 ilustra uma válvula de segurança convencional, e as Figu-
ras 37 e 38 mostram válvulas balanceadas, nas quais, com o auxílio ou
não de fole, a construção permite fazer com que sobre o disco, tanto na
sua parte inferior como na superior, os esforços gerados pelo produto da
descarga sejam os mesmos. Este esquema possibilita, portanto, anular os
esforços sobre ele automaticamente. Tanto as válvulas balanceadas como
as não balanceadas podem ser dotadas de uma alavanca externa para aci-
onamento manual, proporcionando uma verificação ou teste dessas vál-
vulas para certificação da funcionalidade das mesmas.
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40 Válvulas Industriais
Pense e Anote
FIGURA 36
Porca de
regulagem
Mola
Bocal
de saída
Tampão
Sede
Bocal de entrada
Castelo
Mola (Fs)
PB PB
Vent
Guia
do disco
Tampão
ou disco
PB PB
PV
PV AN = Fs + (PB AN)
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Válvulas Industriais
41
FIGURA 37
Fole
com vent
PV
Nota
AB = AN
Na figura P = PS (PV) (AN) =
V
FS (típica) e PS = FS/AN
FIGURA 38
Mola do
FS castelo ventado
Pistão
PB PB
PB
Tampão
ou disco
PB PB
Vent
PV
AP = A N
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42 Válvulas Industriais
Pense e Anote
alívio, independentemente do estado físico do produto com os quais tra-
balham, são designadas apenas como válvulas de segurança.
Um equipamento, como uma caldeira, por exemplo, deve ser subme-
tido a teste hidrostático realizado a uma pressão da ordem de 1 1/2 vez a
pressão de trabalho do equipamento, valor superior à pressão de ajuste
da válvula de segurança. Durante o teste, a válvula deve ser removida ou,
na impossibilidade de sua remoção, particularmente nos casos em que a
válvula é soldada, ela deve ser travada na condição fechada para permitir
o referido teste. A Figuras 39 e 40 mostram, respectivamente, um plugue
e um grampo utilizados no teste.
FIGURA 39
Plugue
Pino
Cap
Anel “O”
Bocal
FIGURA 40
Parafuso do grampo
teste Rosqueado
Grampo de teste
PETROBRAS ABASTECIMENTO
Válvulas Industriais
43
Alguns termos são utilizados com freqüência quando estamos tratan-
do de válvulas de segurança e de alívio, sendo que os principais estão
relacionados a seguir.
Pressão de operação
Pense e Anote É a pressão de operação do fluido de trabalho, entendendo-se que ele pode
estar em mais de uma condição de pressão e temperatura, todas conside-
radas condições de trabalho. Dentre elas, a que corresponde à maior pres-
são é utilizada como referência para definir pressão de abertura da válvu-
la, designada de pressão de ajuste.
Pressão de ajuste
É a pressão definida para abertura da válvula, valor evidentemente maior
que a pressão de operação usual, guardando entre elas diferença de pres-
são de 10%.
Na situação em que a válvula de segurança ou de alívio descarrega para
um sistema pressurizado, este impõe uma contrapressão à válvula, cujo
valor deve ser considerado para definição da pressão de ajuste.
Sobrepressão
Atingida a pressão de ajuste, o tampão desloca-se, iniciando a abertura
da válvula. A pressão, porém, ainda cresce, bem como a abertura da vál-
vula, até atingir valor que corresponde à máxima capacidade de escoamen-
to do fluido. A diferença entre essa pressão e a pressão de ajuste, normal-
mente expressa em termos percentuais, é a sobrepressão, a qual, de con-
formidade com o código ASME (American Society Mechanical Engineering),
tem os seguintes valores:
Acúmulo
É a diferença de pressão, expressa em geral em termos percentuais, entre
a máxima pressão alcançada durante a abertura da válvula e a máxima
pressão de trabalho permitida (Maximum Admitted Work Pressure – MAWP).
Caso a máxima pressão de trabalho permitida seja igual à pressão de ajuste,
os conceitos de sobrepressão e acúmulo coincidem.
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Pense e Anote
Diferencial de alívio
Concluída a descarga, por ocasião do fechamento da válvula, a pressão cai
para um valor ligeiramente inferior ao da pressão de ajuste. A diferença
entre as pressões mencionadas, expressa em termos percentuais com re-
lação à pressão de ajuste, é designada de diferencial de alívio (blowdown).
O diferencial de alívio também é um valor normalizado pelo código
ASME. A seção VIII define o valor de 5% a 7% para as válvulas de processo,
e a seção X, o valor de 4% para caldeiras.
As válvulas de segurança possuem anel de regulagem a partir do qual,
em bancada, o diferencial de alívio pode ser ajustado. O anel de regula-
gem, entretanto, só tem aplicação para válvulas de segurança que ope-
ram com vapor ou gás, sendo inócuo para válvulas que operam com lí-
quidos.
Reunindo os conceitos até aqui apresentados, a Figura 41 mostra-os
em função da máxima pressão de ajuste.
FIGURA 41
% Índice
50 150
Sobrepressão 40 140
ou
30 130
acúmulo
25 125 Sobrepressão (Líquidos)
21 121 Sobrepressão (Fogo)
16 116 Máxima pressão alívio para
múltiplas válvulas (Processo)
10 110 Sobrepressão (Vapor/gás)
Máxima pressão ajuste permitida
para válvulas suplementares (Fogo)
5 105 Máxima pressão de ajuste
permitida para válvulas
suplementares (Processo)
3 103 Sobrepressão (Caldeira)
Máxima pressão de trabalho
permitida – MAWP
0 100 Pressão de ajuste
Diferença
–2 98 Início da abertura
de alívio
–5 95 Reassentamento da válvula
(Diferencial de alívio)
– 10 90 Máxima pressão de operação
usual/pressão para teste de vedação
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45
A análise da seqüência operacional de uma válvula de segurança é
importante para caracterizar os conceitos apresentados. A Figura 42 retra-
ta uma válvula de segurança fechada e alguns de seus componentes (bo-
Pense e cal, tampão, anel do bocal, anel guia, a guia propriamente dita e a mola).
Anote
Seqüencialmente, ocorre:
Abertura inicial da válvula, condição em que o fluido deixa de atuar sobre
a área A1 do disco para atuar sobre a área A 2. Como se pode observar, A 2> A1,
fato que promove um acréscimo instantâneo na força de abertura da válvu-
la, a qual passa a sobrepujar em muito a força da mola e, também, a contra-
pressão existente. O fluido, vapor ou gás expande-se por ocasião da abertura
da válvula, contribuindo para a continuidade desse processo. Nesse instante,
atinge a válvula uma abertura correspondente a 70% do curso total.
VÁLVULA DE SEGURANÇA/ESQUEMA
Força da mola
Área do disco “A 1”
Pressão do sistema
Válvula fechada
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Pense e Anote
FIGURA 43
Força da mola
Área anular
secundária “A 2”
Guia de disco
Anel de regulagem
(ajuste)
Pressão do sistema
Abertura inicial
FIGURA 44
Força da mola
Área anular
secundária “ A 2 ”
Furo do bocal
Pressão interna
durante o escoamento Totalmente aberta
Vazão total
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47
Nas válvulas de segurança (Figura 36), o bocal é normalmente inserido
no corpo da válvula. Tanto o bocal como o tampão, disco ou ainda o fole,
quando utilizado, são normalmente constituídos de aços inoxidáveis. Na
região de assentamento (disco/bocal), em que a velocidade de escoamen-
to é alta, o material é revestido com “Stellite”. Corpo e castelo, bem como
Pense e Anote a mola, podem ser eventualmente de aço-carbono. Entretanto, em mui-
tas situações, materiais mais nobres são utilizados. Abaixo, são relaciona-
dos os materiais mais empregados para esses componentes.
Corpo e castelo
ASTM A 216 Gr WCB, ASTM A 217 Gr C5, ASTM A 217 Gr WC6,
ASTM A 217 Gr WC9, ASTM A 217 Gr CF8, ASTM A 351 Gr CF8,
ASTM A 351 Gr CF8M, Monel e Hastelloy.
Bocal e disco
AISI 304, AISI 316, AISI 316 L, Monel e Hastelloy, com os revestimentos
mencionados anteriormente na região de assentamento.
Mola
Aço-Carbono, Aço Inoxidável, Aço-Liga, Inconel, Monel e Hastelloy.
Fole
AISI 316, AISI 316 L, Monel, Hastelloy e Inconel.
DISCO DE RUPTURA
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Pense e Anote
Válvula de controle
Malha de controle existe para obter-se determinado valor de uma variá-
vel de processo. Composta por diversos equipamentos e comandada por
programas de computador, possui como elemento final uma válvula de
controle.
Fundamentalmente, ela atua no sentido de manter em determinado
valor a pressão ou a vazão de um fluido de trabalho. Para isso, tal válvula
recebe um sinal de pressão ou de vazão de produto sob controle (ar de ins-
trumento), e esse sinal atua sobre a face superior de um diafragma ao qual
está conectada a haste de acionamento da válvula, fechando-a, por exem-
plo, de acordo com a necessidade do processo. Nesse esquema de fecha-
mento da válvula, uma mola, como ilustrado na Figura 46, é distendida,
provocando o retorno da haste e, portanto, a abertura da válvula sempre
que o sinal de pressão atuante na face superior do diafragma é reduzido.
A válvula apresentada na figura caracteriza-se como válvula globo, po-
rém dotada de duplo tampão, o qual tem por objetivo compensar os es-
forços provocados pelo fluido sobre a haste, não influenciando sua desci-
da ou subida.
O atuador da válvula da figura é pneumático, e o sinal pode vir direta-
mente de um ponto específico do sistema sob controle ou de uma central
de controle, a qual, após computar uma série de informações de proces-
so, emite sinais para diversas válvulas, ajustando-as dentro de uma con-
dição operacional definida.
A Figura 46 apresenta as curvas de funcionamento de diversos tipos de
válvulas para controle de vazão em função do
percentual de abertura da válvula. Dependen-
do das características de abertura das válvu-
las, têm-se aplicações específicas; portanto, é O melhor computador
de processo nada faz se não
necessário compatibilizar o tipo de válvula
existirem as válvulas de controle!
utilizado com a função esperada para ela.
Válvula borboleta
As válvulas borboleta ((butterfly
butterfly valves), utilizadas para líquidos, gases e
valves),
materiais pastosos, apresentam um disco revestido ou não, o qual, sob a
ação de uma alavanca, gira, permitindo controlar a vazão de produto. O
revestimento do disco é feito sempre que exis-
te a necessidade de compatibilizar a corrosi-
vidade do produto com o material do disco,
o qual é, normalmente, de aço-carbono. Em- Borboletas são muito usadas
bora deficiente em termos de vedação, tais para o bloqueio de células em
torre de água de resfriamento!
válvulas encontram grande aplicação indus-
trial (Figura 47).
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49
FIGURA 46
VÁLVULAS DE CONTROLE/PERCENTAGEM
DE ABERTURA X PERCENTAGEM DE VAZÃO
Atuador
Pense e Anote pneumático
Porca de
regulagem da mola
Haste
Diafragma flexível
Sobreposta
Gaxeta
Tampões
Sedes duplos balanceados
2
Abertura da válvula (%)
3 3. Abertura rápida
1 4. Linear
FIGURA 47
VÁLVULA BORBOLETA
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Pense e Anote
Válvula diafragma
As válvulas diafragma ((diaphragm
diaphragm valves
valves)) (Figura 48) são de construção
simples, em que um diafragma fixo a um eixo, resistente à corrosividade
do produto, controla, por ação de um volante, o fluxo de um produto.
Os materiais utilizados nessas válvulas são apresentados a seguir:
TABELA 1
FIGURA 48
VÁLVULA DIAFRAGMA
Haste
Volante
Castelo
Tampão
Diafragma
flexível (aberto)
Posição fechada
Sede
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Válvula mangote
Aplicada de forma similar à válvula diafragma, é constituída por um man-
gote fixado à tubulação por meio de flanges. O estrangulamento do man-
Pense e gote, efetuado por ação de uma haste acionada por um volante ou pneu-
Anote maticamente, controla a vazão do produto.
O mangote é de material flexível e resistente à ação corrosiva do produto.
FIGURA 49
VÁLVULA MANGOTE
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