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Material utilizado como Referencial:

(Documentos disponíveis para download)

 Cosméticos: a química da beleza. Fernando Galembeck & Yara Csordas.

 Estudo Prospectivo. Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos. Série “Cadernos


da Indústria”. Volume XIII. Brasília, 2009. Agência Brasileira de Desenvolvimento
Industrial (ABDI).

 Guia Técnico Ambiental da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos.

 Manual de Boas Práticas em Pesquisa e Desenvolvimento para a Indústria de


Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (ABIHPEC).

 Panorama do Setor de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (HPPC) pela


Associação Brasileira da Indústria Brasileira de Higiene Pessoal, Perfumaria e
Cosméticos (ABIHPEC).

 Livro “New Cosmetic Science”, capítulos disponíveis: “Introduction”, “Preservation”,


“Raw materials”, “Safety”, “Stability” e “Usefulness of cosmetics”.

Nesta etapa do trabalho, foi necessária a busca por definições básicas sobre o
tema, para melhor compreensão.

O que é um cosmético?

Cosméticos são substâncias, misturas ou formulações usadas para melhorar


ou para proteger a aparência ou o odor do corpo humano. No Brasil, eles são
normalmente tratados dentro de uma classe ampla, denominada produtos para a
higiene e cuidado pessoal.
No passado, cosméticos tinham o principal objetivo de disfarçar defeitos físicos,
sujeira e mau-cheiro. Com a mudança nos hábitos de limpeza e cuidado pessoal, seu
uso hoje é muito mais difundido e diferente do que ocorria, por exemplo, nas cortes
européias do século 18.
Cosméticos são percebidos de diferentes maneiras em diferentes países. A
legislação dos EUA, por exemplo, não lista sabões como cosméticos, enquanto, na
França, os perfumes formam uma classe de produtos industriais à parte dos
cosméticos. No Brasil, a legislação tarifária incentivou a criação de um produto que
desodoriza, mas é escolhido e comprado como um perfume: a deocolônia.
É muito difícil se fazer uma distinção precisa entre os cosméticos para
embelezamento por cobertura pura e simples, como as maquiagens, e aqueles
cosméticos destinados ao cuidado pessoal e à obtenção de propriedades específicas,
como redução na formação de rugas.

Cosmecêuticos

Nos últimos anos surgiram produtos que têm funções mais complexas do que a
limpeza ou o embelezamento. Estão sendo chamados pelos fabricantes de
cosmecêutico, dermocosmético, cosmético funcional ou ainda cosmético de
desempenho, mas essas palavras não são usadas ou mesmo aceitas uniformemente.
Trata-se de formulações de uso pessoal que atuam beneficamente sobre o
organismo, causando modificações positivas e duráveis na saúde da pele, mucosas e
couro cabeludo. São muitos produtos diferentes, que usam muitas substâncias
químicas como matérias-primas: colágeno e elastina, cafeína, nanocompósitos de
ouro, retinóis, estrógenos e várias outras.

Classificação dos Cosméticos

De acordo com a Resolução RDC nº 211/2005 (Resolução RDC nº 211 de 14 de julho


de 2005), os produtos de HPPC são subdivididos em Dois grupos de risco, de acordo
com o grau de risco sanitário,e quatro categorias, conforme descrição a seguir:

Grau 1: têm propriedades básicas ou elementares as quais não necessitam ser


inicialmente comprovadas e não requeiram informações detalhadas em relação ao seu
modo de uso e as suas restrições de uso, devido às características intrínsecas do
produto.

Exemplos: sabonetes, xampus, cremes de beleza, loção de beleza, óleos, batons,


lápis e delineadores labiais, produtos para maquiagem dos olhos (sem proteção solar)
e perfumes, dentre outros.

Grau 2: possuem indicações específicas, cujas características requeiram sua


segurança e/ ou eficácia a serem provadas, bem como informações e cuidados, modo
e restrições de uso.

Exemplos: xampus anticaspa, cremes dentais anticáries e antiplacas, desodorante


íntimo, desodorante antiperspirante axilar, esfoliante peeling químico, protetores
labiais com protetor solar, alguns produtos para área dos olhos, fotoprotetores,
agentes bronzeadores, tinturas capilares, branqueadores, clareadores, produtos para
ondular cabelo, tônicos capilares, depilatórios químicos, removedores de cutícula,
removedores de mancha de nicotina químico, endurecedores de unha e repelentes de
insetos e todos os produtos infantis, dentre outros.

Categorias: • Produtos para higiene;


• Cosméticos;
• Perfumes;
• Produtos para bebês.

Evolução do Mercado

No período de 1996 a 2006, a Indústria Brasileira de Higiene Pessoal,


Perfumaria e Cosméticos (HPPC) apresentou crescimento médio deflacionado
composto de 10,9%, tendo passado de um faturamento ex factory, líquido de impostos
sobre vendas, de R$ 4,9 bilhões no primeiro ano para R$ 17,5 bilhões no último.
O crescimento em dólares no biênio 2004/2005 foi influenciado pela
valorização do Real, na média do ano, em relação ao dólar (3,9% em 2004 e 17,7%
em 2005), além do crescimento efetivo do mercado interno de 13,4%, em 2005, e
14,2%, em 2006. Vários fatores têm contribuído para o excelente crescimento do
setor, dentre os quais podem ser destacados:
 Participação crescente da mulher brasileira no mercado de trabalho;

 Utilização de tecnologia de ponta e o consequente aumento da produtividade,


favorecendo os preços correntes do setor, que vem apresentando índices de
aumento inferiores aos praticados pela economia em geral;

 Lançamentos constantes de novos produtos e/ou apresentações, atendendo


cada vez mais às necessidades do mercado nacional e internacional;

 Aumento da expectativa de vida da população, o que traz a necessidade de


conservar a jovialidade e alcançar a “melhor idade” com qualidade de vida.

Distribuição do Setor Produtivo

Existem no Brasil 1.541 empresas atuando no mercado de produtos de higiene


pessoal, perfumaria e cosméticos (ANVISA, junho de 2007). Deste total, cerca de
1.400 são micro e pequenas empresas. Considerando a distribuição por região, 20
delas estão na região norte, 94 no Centro-Oeste, 120 no nordeste, 304 no sul e 1.003
no sudeste. Destas empresas quinze são consideradas de grande porte, com
faturamento líquido de impostos acima dos R$ 100 milhões e representando 72,8% do
faturamento total. As empresas estão distribuídas por região/estado conforme a Figura
abaixo.

Figura 1. Distribuição geográfica por estado das empresas fabricantes de produtos de higiene pessoal, perfumaria e
cosméticos no Brasil Fonte: ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária)
De acordo com esta distribuição, observa-se que as empresas de produtos
cosméticos estão concentradas na região sudeste, seguindo a tendência do setor
industrial e do poder de consumo.

Mercado Brasileiro no Contexto Internacional

O Brasil ocupa a terceira posição em relação ao mercado mundial de produtos


de HPPC, superado apenas pelos Estados Unidos e Japão. Vale destacar que o
crescimento percentual para o ano de 2006 foi de 26,2%, superior aos demais países
mencionados. A participação brasileira foi de 6,7%, conforme dados do Euromonitor
de 2006, resultado do crescimento do mercado interno em 14,2% conjugado com a
valorização do Real em relação ao dólar no período.

Entre os fatores que interferem no comportamento brasileiro, a capacidade


industrial instalada e os níveis de qualidade dos produtos, equivalentes aos padrões
internacionais, garantem às empresas condições de competitividade em segmentos
específicos, como dentifrícios, produtos capilares e esmaltes de unha.

Empresas internacionais e especificidades do consumidor brasileiro

Observa-se na estrutura industrial brasileira a presença de empresas


internacionais de grande porte (multinacionais e transnacionais), abastecendo os
mercados, nacional e de outros países da América Latina. Entretanto, essas empresas
transferem para o Brasil, essencialmente tecnologias relacionadas à manufatura de
alguns produtos de complexidade elevada, optando por concentrar esforços na
fabricação dos demais produtos e em pesquisa e desenvolvimento nos países de
origem.
Esta postura adotada pelas empresas internacionais de grande porte em
relação ao Brasil resulta, em alguns casos, na necessidade de adequação de seus
produtos às necessidades do consumidor brasileiro, pois nem sempre a formulação
que é desenvolvida no país de origem será aceita pelo público de outro. Devem ser
considerados vários aspectos particulares ao país, como:

 Clima tropical úmido;

 Características culturais próprias de cada região;

 Características sócio-econômicas e étnicas.

Estas características formam uma população com diversos tipos de pele e


necessidades específicas para cada tipo de público (considerando os diversos nichos)
a que se destina o produto cosmético. Desta forma, por meio do investimento em
pesquisa, as empresas nacionais poderiam se beneficiar desta situação, buscando
explorar de forma mais adequada as especificidades/necessidades do consumidor
brasileiro, desenvolvendo matérias-primas e formulações cosméticas que mais se
enquadrem às suas necessidades.

*** Segmentação de Mercado por Categorias de Produtos

Nesta seção são abordadas as diversas categorias do setor como: infantil,


desodorante e antitranspirante, perfumaria, banho, cuidados masculinos, higiene
bucal, cuidados dos cabelos, maquiagem, proteção solar, cuidado da pele e
depilatório.

Evolução Histórica

 Os cosméticos na Antiguidade

A palavra “cosmético” deriva da palavra grega kosmetikós, que significa “hábil


em adornar”. Existem evidências arqueológicas do uso de cosméticos para
embelezamento e higiene pessoal desde 4000 anos antes de Cristo.
Os primeiros registros tratam dos egípcios, que pintavam os olhos com sais de
antimônio para evitar a contemplação direta do deus Ra, representado pelo sol. Para
proteger sua pele das altas temperaturas e secura do clima desértico da região, os
egípcios recorriam à gordura animal e vegetal, cera de abelhas, mel e leite no preparo
de cremes para a pele.
Existem registros de historiadores romanos relatando que a rainha Cleópatra
frequentemente se banhava com leite para manter pele e cabelos hidratados. Na
Bíblia, é possível encontrar muitos relatos do uso de cosméticos pelos israelitas e por
outros povos do antigo Oriente Médio, como: a pintura dos cílios (de Jezebel) com um
produto à base de carvão; os tratamentos de beleza e banhos com bálsamos que
Ester tomava para amaciar sua pele; e a lavagem com vários perfumes e óleos de
banho dos pés de Jesus, por Maria - irmã de Lázaro.
Os gregos e romanos foram os primeiros povos a produzir sabões, que eram
preparados a partir de extratos vegetais muito comuns no Mediterrâneo, como o azeite
de oliva e o óleo de pinho, e também a partir de minerais alcalinos obtidos a partir da
moagem de rochas. Atores do teatro romano eram grandes usuários de maquiagem
para poderem incorporar diferentes personagens ao seu repertório.
Pastas eram produzidas misturando óleos com pigmentos naturais extraídos de
vegetais (açafrão ou a mostarda) ou de rochas. Mortes por intoxicação eram comuns
entre os atores, pois muitos dos pigmentos minerais da época continham chumbo ou
mercúrio em sua composição.
 Os cosméticos na Idade Média

A queda do Império Romano, após as invasões bárbaras, fez com que os


banhos entrassem em declínio. E apenas no Império Bizantino se manteve a tradição
dos banhos. Por isso, temos hoje a expressão “banhos turcos”.
No século 10, os cabelos eram lavados não com água, mas com misturas de
ervas e argilas, que limpavam, matavam piolhos e combatiam outras infestações do
couro cabeludo. No Século 13, com a epidemia de peste negra, os banhos foram
proibidos, pois a medicina da época e o radicalismo religioso pregavam que a água
quente, ao abrir os poros, permitia a entrada da peste no corpo.
Durante os 400 anos seguintes, os europeus evitaram os banhos e a água era
somente usada para matar a sede. Lavar o corpo por completo era considerado um
sacrilégio e o banho era associado a práticas lascivas. Mãos, rosto e partes íntimas
eram limpas com pastas ou com perfumes, e as práticas de higiene eram mínimas, o
que muito contribuiu para o crescimento do uso da maquiagem e dos perfumes.

 Os cosméticos na Era Moderna

O reconhecimento do benefício da higiene pessoal cresceu ao longo do


século 19. Donas de casa dessa época fabricavam cosméticos em suas próprias
residências utilizando limonadas, leite, água de rosas, creme de pepino etc. A
influência do Romantismo e o contato dos europeus com os povos indígenas da
América, cuja cultura estava profundamente associada ao banho e à higiene,
voltaram a glorificar a natureza do banho como um ato saudável. Em 1878, foi
lançado o primeiro sabonete, pela empresa Procter & Gamble.
No século 20, a indústria de cosméticos cresceu muito. Em 1910, Helena
Rubinstein abriu em Londres o primeiro salão de beleza do mundo. Em 1921,
pela primeira vez o batom é embalado em um tubo e vendido em cartucho para
as consumidoras. Entre as inovações da indústria de cosméticos, destacam-se:
os desodorantes em tubos, os produtos químicos para ondulação dos cabelos,
os xampus sem sabão, os laquês em aerossol, as tinturas de cabelo pouco
tóxicas e a pasta de dentes com flúor.
Nos anos 50, políticas de incentivo trouxeram para o Brasil empresas
multinacionais gigantescas, como a americana Avon e a francesa L’Oréal. Essas
empresas lançaram novidades como a venda direta e produtos para o público
masculino. A maquiagem básica, que se compunha de pó-de-arroz e batom, foi
se diversificando e se sofisticando.
Nos anos 90, o tempo entre a aplicação do cosmético e o aparecimento
do efeito prometido na bula diminui de 30 dias para menos de 24 horas.
Surgem os cosméticos multifuncionais, como batons com protetor solar e
hidratantes antienvelhecimento. Neste início do século 21, os alfa-hidroxiácidos,
utilizados em cremes para renovar a pele, começam a ser substituídos por
enzimas, mais eficazes. Outra tendência é a descoberta de novas matérias-
primas contendo várias funções. No momento atual, as pesquisas avançam na
direção da manipulação genética para melhorar a estética.

CURIOSIDADE: Produtos Nanocosméticos

Nanocosméticos podem ser definidos como formulações que veiculam


princípios ativos ou outros componentes nanoestruturados. Esses podem apresentar
vantagens, em comparação aos produtos convencionais, como mencionado
anteriormente. Uma busca nos bancos de dados do ISI (THE THOMSON
CORPORATION) indicou na última década um aumento progressivo do número de
publicações referentes à nanobiotecnologia no desenvolvimento de produtos cutâneos,
somando na mais de 1.500. Igualmente, na busca por patentes observam-se mais de
1.700 patentes depositadas relativas exclusivamente à cosméticos ou produtos
dermatológicos de base nanotecnológica.
Até o momento, o tipo de nanoestrutura mais estudado e presente em produtos
cosméticos comerciais são os lipossomas. Os nanocosméticos são geralmente
constituídos de materiais poliméricos e/ou lipídicos estruturados na forma de
nanopartículas (esferas e cápsulas), nanoemulsões ou lipossomas (Figura abaixo).
Estes sistemas podem ser do tipo matricial ou reservatório.

Figura 2. Representação esquemática dos diferentes tipos de nanoestruturas utilizadas em nanocosméticos e sua
composição Referência bibliográfica.

Independentemente do tipo de nanoestrutura desenvolvida, na maior parte dos


fluxos de produção de nanocosméticos, existe uma etapa de formulação na qual o
princípio ativo cosmético é incorporado nas nanoestruturas originando dispersões
coloidais semi-sólidas. Na etapa subsequente, esse produto líquido pode ser veiculado
em formas cosméticas semisólidas (como cremes ou géis), ou ainda sólidas (como
nos produtos de maquiagem) visando adequar as suas propriedades ao uso tópico.

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