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UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA

PÓS-GRADUAÇÃO EM GESTÃO DO MEIO AMBIENTE

POLUIÇÃO ATMOSFÉRICA – REVISÃO BIBLIOGRÁFICA DA CETESB

Ipatinga, 12 de novembro de 2010


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QUALIDADE DO AR

1 – Histórico

Poluente atmosférico é toda e qualquer forma de matéria ou energia com


intensidade e em quantidade, concentração, tempo ou características em
desacordo com os níveis estabelecidos em legislação, e que tornem ou
possam tornar o ar impróprio, nocivo ou ofensivo à saúde, inconveniente
ao bem-estar público, danoso aos materiais, à fauna e à flora ou
prejudicial à segurança, ao uso e gozo da propriedade e às atividades
normais da comunidade.

A relação entre efeitos à saúde e poluição atmosférica foi estabelecida a


partir de episódios agudos de contaminação do ar e estudos sobre a
ocorrência do excesso de milhares de mortes registradas em Londres, em
1948 e 1952. No caso da Região Metropolitana de São Paulo - RMSP, o
crescimento desordenado verificado na Capital e nos municípios vizinhos,
especialmente da região do ABC, a partir da 2ª Guerra Mundial, levou à
instalação de indústrias de grande porte, sem a preocupação com o
controle das emissões de poluentes atmosféricos, sendo possível a
visualização de chaminés emitindo enormes quantidades de fumaça.

Há registros em jornais da década de 60 e especialmente de 70, de


episódios agudos de poluição do ar que levaram a população ao pânico
devido aos fortes odores, decorrentes do excesso de poluentes lançados
pelas indústrias na atmosfera, causando mal-estar e lotando os serviços
médicos de emergência. Esse crescimento rápido e desordenado levou, no
início dos anos 60, à criação da Comissão Intermunicipal de Controle da
Poluição das Águas e do Ar - CICPAA, envolvendo os municípios de Santo
André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul e Mauá. As medições
de poluentes na atmosfera restringiam-se às taxas mensais de sulfatação,
poeira sedimentável e corrosividade. As atividades da CICPAA, no início da
década de 70, foram incorporadas pela Superintendência de Saneamento
Ambiental – SUSAM, vinculada à Secretaria de Saúde do Estado de São
Paulo e, em 1975, transferidas à CETESB.

O monitoramento da qualidade do ar, com a avaliação das concentrações


de poluentes no Estado de São Paulo, foi iniciado na Região Metropolitana
de São Paulo, em 1972, com a instalação de 14 estações para medição
diária dos níveis de dióxido de enxofre (SO2) e fumaça preta. Nessa
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época, a qualidade do ar passou a ser divulgada diariamente à população


por meio de boletins encaminhados à imprensa. Parte das estações,
denominadas manuais, continuam sendo utilizadas pela CETESB no
monitoramento da qualidade do ar.

Em 1981, foi dado um salto qualitativo, com o início do monitoramento


automático e a instalação de novas estações, para a avaliação de SO2,
material particulado inalável (MP10), ozônio (O3), óxidos de nitrogênio –
(NO, NO2 e Nox), monóxido de carbono – (CO) e hidrocarbonetos não-
metânicos – (NMHC),além dos parâmetros meteorológicos como direção e
velocidade do vento, temperatura e umidade relativa do ar.

Os resultados dos monitoramento passaram a ser acompanhados de hora


em hora, em uma central, que recebia as informações de todas as
estações. Em 2000, o monitoramento automático foi ampliado para
algumas cidades do interior do Estado.

Além da medição diária desses poluentes, atualmente, a CETESB realiza


estudos sobre outros poluentes, dentre os quais se destacam o chumbo,
aldeídos e compostos reduzidos de enxofre, além de estudos específicos,
alguns dos quais, em parceria com a Universidade de São Paulo – USP e
Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP.

1.1 – Programas de Controle de Emissão dos Poluentes e


Resultados

Entre 1975 e 1976, embora o Estado de São Paulo não possuísse uma
legislação adequada para que a CETESB pudesse atuar de forma efetiva
no controle das diversas fontes, desenvolveu-se uma intensa atividade
para o levantamento das fontes de emissões atmosféricas industriais e
outras ações em um programa denominado “Operação Branca”.

Após a consolidação dos dados de emissão e com a promulgação da Lei


997/76 e seu regulamento aprovado pelo Decreto 8.468/76, a CETESB
aplicou, no final da década de 70, um programa para redução das
emissões industriais de material particulado e, no início dos anos 80, um
programa para redução das emissões de SO2.

Ainda na década de 80, foram registradas reduções significativas dos


níveis de SO2 na atmosfera da RMSP. Concomitantemente, a CETESB, na
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década de 70, motivada pelas condições meteorológicas desfavoráveis à


dispersão atmosférica durante o inverno, desenvolveu a chamada
“Operação Inverno”, no período de maio a agosto, e estendida
posteriormente até final de setembro. Para tanto, os maiores
consumidores de óleo nas regiões críticas de poluição, RMSP e Cubatão,
foram obrigados a utilizar óleo com baixo teor de enxofre.

Nesse período, a CETESB intensificava a vigilância sobre as empresas


envolvidas na operação e, quando a rede de monitoramento da qualidade
do ar mostrava altas concentrações de poluentes, era solicitada às fontes
situadas nas áreas em que o padrão de qualidade do ar foi ultrapassado, a
melhora do desempenho de seus equipamentos e, se necessário, que
reduzissem sua produção. Houve casos, como o ocorrido na atmosfera de
Vila Parisi, em Cubatão, em que foram atingidos níveis altíssimos de
concentração de material particulado no ar, que levaram à redução e
mesmo à paralisação de atividades de várias indústrias. Também no
inverno, as ações de controle sobre a emissão de fumaça preta por
veículos a diesel foram intensificadas, visando a redução das emissões.

A partir da metade da década de 70, a CETESB detectou altos níveis de


monóxido de carbono (CO) na região central da cidade de São Paulo
provocada pelas altas emissões dos carros movidos a gasolina. Ainda na
metade dessa década, a CETESB passou a desenvolver estudos para
avaliar as emissões veiculares provenientes da adição de etanol à
gasolina, verificando que essa mistura de combustíveis contribuía para a
diminuição da emissão de CO.

Com a adição do etanol à gasolina, ocorrido no início dos anos 80, em


substituição ao chumbo tetraetila, os veículos deixaram de emitir chumbo
na atmosfera da RMSP e, conseqüentemente, os níveis desse poluente na
atmosfera, segundo avaliação da CETESB, em 1983, mostravam uma
diminuição acentuada em comparação com os níveis de 1978.

Durante os anos 80, a CETESB desenvolveu as bases técnicas que


culminaram com a Resolução nº 18/86 do CONAMA – Conselho Nacional
do Meio Ambiente, que estabeleceu o Programa de Controle da Poluição
do Ar por Veículos Automotores - PROCONVE, posteriormente
complementada por outras Resoluções CONAMA. Essas ações resultaram
na redução significativa de emissão dos poluentes emitidos pelos veículos
automotores. No final da década de 90, a CETESB, por meio de sua rede
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de monitoramento da qualidade do ar, registrava quedas dos níveis de CO


na atmosfera da RMSP.

Uma vez que os veículos automotores eram os principais causadores da


poluição na RMSP, a Secretaria do Meio Ambiente do Estado e CETESB
realizaram um programa de restrição ao uso de veículos durante os dias
úteis, com o objetivo de reduzir os níveis de concentração de poluentes,
principalmente de CO, na atmosfera. A primeira operação ocorreu em
1995, durante uma semana e consistiu na mobilização dos proprietários
de veículos na RMSP para que os deixassem, voluntariamente, em casa
em um dia na semana, conforme o final de placa. Em 1996 e 1997, a
Operação Rodízio foi realizada por meio de uma lei.

Mais recentemente, a CETESB elaborou uma proposta para o controle das


emissões das motocicletas, que deu origem à Resolução CONAMA nº
297/02 que estabeleceu o Programa de Controle da Poluição do Ar por
Motociclos e Veículos Similares – PROMOT, posteriormente
complementada pela Resolução CONAMA nº 342/03. Os níveis de CO na
atmosfera da RMSP, avaliados pela CETESB até 2005, comprovam a
importância e a eficácia desses programas.

Programas de controle sobre as emissões de fumaça preta por veículos a


diesel e os programas preventivos implementados pela CETESB têm se
refletido na contínua redução dos níveis de fumaça preta, MP10 e CO na
atmosfera da RMSP e municípios do Interior do Estado.
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2 – Poluentes

Considera-se poluente qualquer substância presente no ar e que, pela sua


concentração, possa torná-lo impróprio, nocivo ou ofensivo à saúde,
causando inconveniente ao bem estar público, danos aos materiais, à
fauna e à flora ou prejudicial à segurança, ao uso e gozo da propriedade e
às atividades normais da comunidade.

O nível de poluição atmosférica é medido pela quantidade de substâncias


poluentes presentes no ar. A variedade das substâncias que podem ser
encontradas na atmosfera é muito grande, o que torna difícil a tarefa de
estabelecer uma classificação. Para facilitar esta classificação, os
poluentes são divididos em duas categorias:

Tabela 1 – Categorias dos poluentes

Poluentes Primários Poluentes Secundários


Aqueles emitidos diretamente pelas Aqueles formados na atmosfera
fontes de emissão. através da reação química entre
poluentes primários e componentes
naturais da atmosfera.

As substâncias poluentes podem ser classificadas da seguinte forma:

Tabela 2 – Classificação das substâncias poluentes

Compostos Monóxido
Compostos Compostos Compostos Material
de de Ozônio
de Enxofre Orgânicos Halogenados Particulado
Nitrogênio Carbono
SO2 NO hidrocarbonetos, CO HCI mistura O3
de
álcoois, compostos
SO3 NO2 HF no estado formaldeído
aldeídos, sólido
Compostos ou
de Enxofre NH3 cetonas, cloretos, líquido acroleína
Reduzido:
(H2S, ácidos orgânicos
Mercaptanas,
HNO3 fluoretos PAN,
Dissulfeto de
carbono,etc)

sulfatos nitratos etc.


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A interação entre as fontes de poluição e a atmosfera vai definir o nível de


qualidade do ar, que determina por sua vez o surgimento de efeitos
adversos da poluição do ar sobre os receptores, que podem ser o homem,
os animais, as plantas e os materiais.
A medição sistemática da qualidade do ar é restrita a um número de
poluentes, definidos em função de sua importância e dos recursos
disponíveis para seu acompanhamento.

O grupo de poluentes que servem como indicadores de qualidade do ar,


adotados universalmente e que foram escolhidos em razão da freqüência
de ocorrência e de seus efeitos adversos, são:

- Material Particulado (MP)


- Dióxido de Enxofre (SO2)
- Monóxido de Carbono (CO)
- Oxidantes Fotoquímicos, como o Ozônio (O3)
- Hidrocarbonetos (HC)
- Óxidos de Nitrogênio (NOx)
2.1 – Descrição dos Poluentes

2.1.1 – Material Particulado (MP)

Material Particulado (MP), Partículas Totais em Suspensão (PTS),


Partículas Inaláveis (MP10) e Fumaça (FMC).

Sob a denominação geral de Material Particulado se encontra um conjunto


de poluentes constituídos de poeiras, fumaças e todo tipo de material
sólido e líquido que se mantém suspenso na atmosfera por causa de seu
pequeno tamanho. As principais fontes de emissão de particulado para a
atmosfera são: veículos automotores, processos industriais, queima de
biomassa, ressuspensão de poeira do solo, entre outros. O material
particulado pode também se formar na atmosfera a partir de gases como
dióxido de enxofre (SO2), óxidos de nitrogênio (NOx) e compostos
orgânicos voláteis (COVs), que são emitidos principalmente em atividades
de combustão, transformando-se em partículas como resultado de reações
químicas no ar.

O tamanho das partículas está diretamente associado ao seu potencial


para causar problemas à saúde, sendo que quanto menores maiores os
efeitos provocados. O particulado pode também reduzir a visibilidade na
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atmosfera.

O material particulado pode ser classificado como:

Partículas Totais em Suspensão (PTS)

Podem ser definidas de maneira simplificada como aquelas cujo diâmetro


aerodinâmico é menor que 50 µm. Uma parte destas partículas é inalável
e pode causar problemas à saúde, outra parte pode afetar
desfavoravelmente a qualidade de vida da população, interferindo nas
condições estéticas do ambiente e prejudicando as atividades normais da
comunidade.

Partículas Inaláveis (MP10)

Podem ser definidas de maneira simplificada como aquelas cujo diâmetro


aerodinâmico é menor que 10 µm. As partículas inaláveis podem ainda ser
classificadas como partículas inaláveis finas – MP2,5 (<2,5µm) e partículas
inaláveis grossas (2,5 a 10µm). As partículas finas, devido ao seu
tamanho diminuto, podem atingir os alvéolos pulmonares, já as grossas
ficam retidas na parte superior do sistema respiratório.

Fumaça (FMC)

Está associada ao material particulado suspenso na atmosfera proveniente


dos processos de combustão. O método de determinação da fumaça é
baseado na medida de refletância da luz que incide na poeira (coletada
em um filtro), o que confere a este parâmetro a característica de estar
diretamente relacionado ao teor de fuligem na atmosfera.

2.1.2 – Dióxido de Enxofre (SO2)

Resulta principalmente da queima de combustíveis que contém enxofre,


como óleo diesel, óleo combustível industrial e gasolina. É um dos
principais formadores da chuva ácida. O dióxido de enxofre pode reagir
com outras substâncias presentes no ar formando partículas de sulfato
que são responsáveis pela redução da visibilidade na atmosfera.
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2.1.3 – Monóxido de Carbono (CO)

É um gás incolor e inodoro que resulta da queima incompleta de


combustíveis de origem orgânica (combustíveis fósseis, biomassa, etc).
Em geral é encontrado em maiores concentrações nas cidades, emitido
principalmente por veículos automotores. Altas concentrações de CO são
encontradas em áreas de intensa circulação de veículos.

2.1.4 – Ozônio (O3) e Oxidantes Fotoquímicos

“Oxidantes fotoquímicos” é a denominação que se dá à mistura de


poluentes secundários formados pelas reações entre os óxidos de
nitrogênio e compostos orgânicos voláteis, na presença de luz solar, sendo
estes últimos liberados na queima incompleta e evaporação de
combustíveis e solventes. O principal produto desta reação é o ozônio, por
isso mesmo utilizado como parâmetro indicador da presença de oxidantes
fotoquímicos na atmosfera. Tais poluentes formam a chamada névoa
fotoquímica ou “smog fotoquímico”, que possui este nome porque causa
na atmosfera diminuição da visibilidade.

Além de prejuízos à saúde, o ozônio pode causar danos à vegetação. É


sempre bom ressaltar que o ozônio encontrado na faixa de ar próxima do
solo, onde respiramos, chamado de “mau ozônio”, é tóxico. Entretanto, na
estratosfera (a cerca de 25 km de altitude) o ozônio tem a importante
função de proteger a Terra, como um filtro, dos raios ultravioletas
emitidos pelo Sol.

2.1.5 – Hidrocarbonetos (HC)

São gases e vapores resultantes da queima incompleta e evaporação de


combustíveis e de outros produtos orgânicos voláteis. Diversos
hidrocarbonetos como o benzeno são cancerígenos e mutagênicos, não
havendo uma concentração ambiente totalmente segura.
Participam ativamente das reações de formação da “névoa fotoquímica”.
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2.1.6 – Óxido de Nitrogênio (NO) e Dióxido de Nitrogênio (NO2)

São formados durante processos de combustão. Em grandes cidades, os


veículos geralmente são os principais responsáveis pela emissão dos
óxidos de nitrogênio. O NO, sob a ação de luz solar se transforma em NO2
e tem papel importante na formação de oxidantes fotoquímicos como o
ozônio. Dependendo das concentrações, o NO2 causa prejuízos à saúde.

Além dos poluentes, para os quais foram estabelecidos padrões de


qualidade do ar (Resolução CONAMA nº 03/90), a CETESB monitora
outros parâmetros, como por exemplo, os compostos de Enxofre Reduzido
Total (ERT).

2.1.7 – Enxofre Reduzido Total (ERT)

Sulfeto de hidrogênio, metil-mercaptana, dimetil-sulfeto, dimetil-


dissulfeto, são, de maneira geral, os compostos de enxofre reduzido mais
freqüentemente emitidos em operações de refinarias de petróleo, fábricas
de celulose, plantas de tratamento de esgoto e produção de rayon-
viscose, entre outras. As demais espécies de enxofre reduzido são
encontradas em maior quantidade perto de locais específicos. O dissulfeto
de carbono, por exemplo, é usado na fabricação de rayon-viscose e
celofane.

Os compostos de enxofre reduzido também podem ocorrer naturalmente


no ambiente como resultado da degradação microbiológica de matéria
orgânica contendo sulfatos, sob condições anaeróbias, e como resultado
da decomposição bacteriológica de proteínas.

Estes compostos produzem odor desagradável, semelhante ao de ovo


podre ou repolho, mesmo em baixas concentrações.
A concentração de poluentes está fortemente relacionada às condições
meteorológicas. Alguns dos parâmetros que favorecem altos índices de
poluição são: alta porcentagem de calmaria, ventos fracos e inversões
térmicas a baixa altitude. Este fenômeno é particularmente comum no
inverno paulista, quando as noites são frias e a temperatura tende a se
elevar rapidamente durante o dia, provocando alteração no resfriamento
natural do ar.
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A inversão térmica se caracteriza por uma camada de ar quente que se


forma sobre a cidade, “aprisionando” o ar e impedindo a dispersão dos
poluentes.

Nos primeiros 10 quilômetros da atmosfera, normalmente, o ar vai se


resfriando à medida que nos distanciamos da superfície da terra. Assim o
ar mais próximo à superfície, que é mais quente, portanto mais leve, pode
ascender, favorecendo a dispersão dos poluentes emitidos pelas fontes,
conforme se verifica na figura 1.

A inversão térmica é uma condição meteorológica que ocorre quando uma


camada de ar quente se sebropõe a uma camada de ar frio, impedindo o
movimento ascendente do ar, uma vez que, o ar abaixo dessa camada fica
mais frio, portanto, mais pesado, fazendo com os poluentes se
mantenham próximos da superfície, como pode ser observado na figura 2.
As inversões térmicas são um fenômeno meteorológico que ocorre
durante todo o ano, sendo que, no inverno elas são mais baixas,
principalmente no período noturno.

Em um ambiente com um grande número de indústrias e de circulação de


veículos, como o das cidades, a inversão térmica pode levar a altas
concentrações de poluentes, podendo ocasionar problemas de saúde.
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3 – Padrões, índices

3.1 – Padrões de Qualidade do ar

Os padrões de qualidade do ar definem legalmente o limite máximo para a


concentração de um poluente na atmosfera, que garanta a proteção da
saúde e do meio ambiente. Os padrões de qualidade do ar são baseados
em estudos científicos dos efeitos produzidos por poluentes específicos e
são fixados em níveis que possam propiciar uma margem de segurança
adequada.

Os padrões nacionais foram estabelecidos pelo IBAMA - Instituto Brasileiro


de Meio Ambiente e aprovados pelo CONAMA - Conselho Nacional de Meio
Ambiente, por meio da Resolução CONAMA 03/90.

São estabelecidos dois tipos de padrões de qualidade do ar: os primários e


os secundários.

São padrões primários de qualidade do ar as concentrações de poluentes


que, ultrapassadas, poderão afetar a saúde da população. Podem ser
entendidos como níveis máximos toleráveis de concentração de poluentes
atmosféricos, constituindo-se em metas de curto e médio prazo.

São padrões secundários de qualidade do ar as concentrações de


poluentes atmosféricos abaixo das quais se prevê o mínimo efeito adverso
sobre o bem estar da população, assim como o mínimo dano à fauna e à
flora, aos materiais e ao meio ambiente em geral. Podem ser entendidos
como níveis desejados de concentração de poluentes, constituindo-se em
meta de longo prazo.

O objetivo do estabelecimento de padrões secundários é criar uma base


para uma política de prevenção da degradação da qualidade do ar. Devem
ser aplicados às áreas de preservação (por exemplo: parques nacionais,
áreas de proteção ambiental, estâncias turísticas, etc.). Não se aplicam,
pelo menos a curto prazo, a áreas de desenvolvimento, onde devem ser
aplicados os padrões primários. Como prevê a própria Resolução CONAMA
n.º 03/90, a aplicação diferenciada de padrões primários e secundários
requer que o território nacional seja dividido em classes I, II e III
conforme o uso pretendido. A mesma resolução prevê ainda que enquanto
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não for estabelecida a classificação das áreas os padrões aplicáveis serão


os primários.

Os parâmetros regulamentados são os seguintes: partículas totais em


suspensão, fumaça, partículas inaláveis, dióxido de enxofre, monóxido de
carbono, ozônio e dióxido de nitrogênio. Os padrões nacionais de
qualidade do ar são apresentados na tabela a seguir.

Tabela 3 – Padrões nacionais de qualidade do ar


(Resolução CONAMA nº 03 de 28/06/90)

Padrão Padrão
Tempo de Método de
Poluente Primário Secundário
Amostragem Medição
µg/m³ µg/m³
1
partículas totais 24 horas 240 150 amostrador de
2
em suspensão MGA 80 60 grandes volumes
partículas 24 horas1 150 150 separação
inaláveis MAA3 50 50 inercial/filtração
24 horas1 150 100
fumaça refletância
MAA3 60 40
dióxido de 24 horas1 365 100
pararosanilina
enxofre MAA3 80 40
dióxido de 1 hora1 320 190
quimiluminescência
nitrogênio MAA3 100 100
1 hora1 40.000 40.000
monóxido de 35 ppm 35 ppm infravermelho
carbono 8 horas1 10.000 10.000 não dispersivo
9 ppm 9 ppm
ozônio 1 hora1 160 160 quimiluminescência
1 - Não deve ser excedido mais que uma vez ao ano. 2 - Média geométrica anual. 3 - Média aritmética anual.

A mesma resolução estabelece ainda os critérios para episódios agudos de


poluição do ar. A declaração dos estados de Atenção, Alerta e Emergência
requer, além dos níveis de concentração atingidos, a previsão de
condições meteorológicas desfavoráveis à dispersão dos poluentes.

A Legislação Estadual (DE 8468 de 08/09/76) também estabelece padrões


de qualidade do ar e critérios para episódios agudos de poluição do ar,
mas abrange um número menor de parâmetros. Os parâmetros fumaça,
partículas inaláveis e dióxido de nitrogênio não têm padrões e critérios
estabelecidos na Legislação Estadual. Os parâmetros comuns às
legislações federal e estadual têm os mesmos padrões e critérios, com
exceção dos critérios de episódio para ozônio. Neste caso a Legislação
Estadual é mais rigorosa para o nível de atenção (200µg/m3).
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Além dos poluentes para os quais foram estabelecidos Padrões de


Qualidade do Ar, a CETESB monitora outros parâmetros, como por
exemplo, os Compostos de Enxofre Reduzido Total (ERT).

Tabela 4 - Critérios para episódios agudos de poluição do ar


(Resolução CONAMA nº 03 de 28/06/90)

Parâmetros Atenção Alerta Emergência


partículas totais em suspensão
375 625 875
(µg/m3) - 24h
partículas inaláveis
250 420 500
(µg/m3) - 24h
fumaça
250 420 500
(µg/m3) - 24h
dióxido de enxofre
800 1.600 2.100
(µg/m3) - 24h
SO2 X PTS
65.000 261.000 393.000
(µg/m3)(µg/m3) - 24h
dióxido de nitrogênio
1.130 2.260 3.000
(µg/m3) - 1h
monóxido de carbono
15 30 40
(ppm) - 8h
ozônio
400* 800 1.000
(µg/m3) – 1h
* O nível de atenção é declarado pela CETESB com base na Legislação Estadual que é mais restritiva (200
µg/m3).

3.2 – Índice de qualidade do ar e saúde

O índice de qualidade do ar é uma ferramenta matemática desenvolvida


para simplificar o processo de divulgação da qualidade do ar. Esse índice é
utilizado desde 1981, e foi criado usando como base uma longa
experiência desenvolvida no Canadá e EUA.

Os parâmetros contemplados pela estrutura do índice da CETESB são:

- dióxido de enxofre (SO2)


- partículas totais em suspensão (PTS)
- partículas inaláveis (MP10)
- fumaça (FMC)
- monóxido de carbono (CO)
- ozônio (O3)
- dióxido de nitrogênio (NO2)
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Para cada poluente medido é calculado um índice. Através do índice obtido


o ar recebe uma qualificação, que é uma espécie de nota, feita conforme
apresentado na tabela abaixo:

Tabela 5 – Índice de qualidade do ar


MP10 O3 CO NO2 SO2
Qualidade Índice
(µg/m3) (µg/m3) (ppm) (µg/m3) (µg/m3)
Boa 0 - 50 0 - 50 0 - 80 0 - 4,5 0 - 100 0 - 80
Regular 51 - 100 50 - 150 80 - 160 4,5 - 9 100 - 320 80 - 365
Inadequada 101 - 199 150 - 250 160 - 200 9 - 15 320 - 1130 365 - 800
Má 200 - 299 250 - 420 200 - 800 15 - 30 1130 - 2260 800 - 1600
Péssima >299 >420 >800 >30 >2260 >1600

Para efeito de divulgação utiliza-se o índice mais elevado, isto é, a


qualidade do ar de uma estação é determinada pelo pior caso. Esta
qualificação do ar está associada com efeitos sobre a saúde,
independentemente do poluente em questão, conforme tabela abaixo:

Tabela 6 – Significado do Índice de qualidade do ar


Qualidade Índice Significado
Boa 0 - 50 Praticamente não há riscos à saúde.
Pessoas de grupos sensíveis (crianças, idosos e
pessoas com doenças respiratórias e cardíacas),
Regular 51 - 100
podem apresentar sintomas como tosse seca e
cansaço. A população, em geral, não é afetada.
Toda a população pode apresentar sintomas como
tosse seca, cansaço, ardor nos olhos, nariz e garganta.
Inadequada 101 - 199 Pessoas de grupos sensíveis (crianças, idosos e
pessoas com doenças respiratórias e cardíacas),
podem apresentar efeitos mais sérios na saúde.
Toda a população pode apresentar agravamento dos
sintomas como tosse seca, cansaço, ardor nos olhos,
nariz e garganta e ainda apresentar falta de ar e
Má 200 - 299
respiração ofegante. Efeitos ainda mais graves à saúde
de grupos sensíveis (crianças, idosos e pessoas com
doenças respiratórias e cardíacas).
Toda a população pode apresentar sérios riscos de
manifestações de doenças respiratórias e
Péssima >299
cardiovasculares. Aumento de mortes prematuras em
pessoas de grupos sensíveis.

Individualmente, cada poluente apresenta diferentes efeitos sobre a saúde


da população para faixas de concentração distintas, identificados por
estudos epidemiológicos desenvolvidos dentro e fora do país. Tais efeitos
sobre a saúde requerem medidas de prevenção a serem adotadas pela
população afetada.
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3.3 – Problemas decorrentes da baixa umidade do ar e da alta


concentração de poluentes

No inverno, freqüentemente ocorrem dias com baixa umidade do ar e alta


concentração de poluentes. Nessas condições, é comum ocorrerem
complicações respiratórias devido ao ressecamento das mucosas,
provocando sangramento pelo nariz, ressecamento da pele e irritação dos
olhos.

Quando a umidade relativa do ar estiver entre 20 e 30%, é melhor evitar


exercícios físicos ao ar livre entre 11 e 15 horas; umidificar o ambiente
através de vaporizadores, toalhas molhadas, recipientes com água,
umidificação de jardins etc; sempre que possível permanecer em locais
protegidos do sol ou em áreas arborizadas.

Se a umidade estiver entre 20 e 12%, é recomendável suspender


exercícios físicos e trabalhos ao ar livre entre 10 e 16 horas; evitar
aglomerações em ambientes fechados; e seguir as orientações anteriores.

Mas, se a umidade for menor do que 12% é preciso interromper qualquer


atividade ao ar livre entre 10 e 16 horas; determinar a suspensão de
atividades que exijam aglomerações de pessoas em recintos fechados;
manter umidificados os ambientes internos, principalmente quartos de
crianças, hospitais etc.

Além dessas medidas é recomendável usar colírio de soro fisiológico ou


água boricada para os olhos e narinas e beber muita água.

4 – Redes de Monitoramento

4.1 – Rede automática

A CETESB possui estações medidoras na Região Metropolitana de São


Paulo, Cubatão, Campinas, São José dos Campos, Sorocaba e Paulínia,
além de estações móveis, que são utilizadas em estudos temporários.

Esta rede, ligada a uma central de computadores por via telefônica,


registra ininterruptamente as concentrações dos poluentes na atmosfera.
Estes dados são processados com base nas médias estabelecidas por
padrões legais e nas previsões meteorológicas, que indicam as condições
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para a dispersão dos poluentes. Eles são disponibilizados de hora em hora


na internet, e em boletim diário, elaborado às 16 horas, apresentando a
situação das últimas 24 horas. Esse boletim é divulgado na Internet e
enviado para a imprensa em geral.

Com base nessas informações é possível determinar as ações previstas na


Legislação Ambiental, quando os padrões de qualidade do ar forem
ultrapassados e apresentarem níveis que prejudiquem a saúde pública.

Tabela 7 - Métodos de determinação dos poluentes


Parâmetros Método de Medição
Partículas inaláveis radiação Beta
Dióxido de enxofre fluorescência de pulso (ultravioleta)
Óxidos de nitrogênio quimiluminescência
Monóxido de carbono infravermelho não dispersivo (GFC)
Hidrocarbonetos cromatografia gasosa / ionização de chama
Ozônio ultravioleta

Central Telemétrica Estação Pinheiros Estação móvel


Figura 3 – Imagens de redes de monitoramento

Figura 4 – Imagem da Estação Ibirapuera


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4.2 – Rede manual

Existem redes manuais de avaliação da qualidade do ar na Região


Metropolitana de São Paulo, interior e litoral.

No monitoramento manual as amostras são coletadas no campo e trazidas


para análise nos laboratórios da Cetesb. A tabela a seguir apresenta os
poluentes monitorados, os métodos utilizados para determinação dos
poluentes, bem como a freqüência de amostragem.

Tabela 8 - Métodos de determinação dos poluentes


Freqüência de
Parâmetro Método
Amostragem
Partículas inaláveis 1 amostra de 24 h a
gravimétrico / amostrador dicotômico
finas - MP2,5 cada 6 dias
Partículas inaláveis - gravimétrico / amostrador de grandes 1 amostra de 24 h a
MP10 volumes acoplado a um separador inercial cada 6 dias
Partículas totais em gravimétrico / amostrador de grandes 1 amostra de 24 h a
suspensão volumes cada 6 dias
1 amostra de 24 h a
Fumaça refletância
cada 6 dias
1 amostra mensal
Dióxido de enxofre cromatografia iônica / amostrador passivo
contínua

Figura 5 – Amostrador de grande volume para determinação da concentração de


partículas totais em suspensão
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Amostrador de Amostrador Estação tipo Amostrador


grande volume dicotômico para OPS/OMS para passivo para
acoplado a um determinação da determinação da determinação da
separador inercial concentração de concentração de concentração de
de partículas partículas fumaça na dióxido de
para inaláveis finas e atmosfera enxofre
determinação da partículas
concentração de inaláveis grossas
partículas
inaláveis (MP10)
em suspensão na
atmosfera

Figura 6 – Imagens de amostradores e estação de monitoramento

5 – Saturação de Municípios

Desde dezembro de 2007 está em vigor uma política de gerenciamento da


qualidade do ar que aplica conceitos de saturação de poluentes
atmosféricos numa determinada região e instrui o licenciamento ambiental
nessas regiões. Trata-se do Decreto Estadual 52.469.

O objetivo dessa regulamentação é recuperar as áreas mais degradadas


em termos de qualidade do ar e ao mesmo tempo não impedir o
desenvolvimento industrial. Portanto, a CETESB, por meio de sua rede de
monitoramento de qualidade do ar, avalia e publica anualmente as áreas
saturadas (SAT), em vias de saturação (EVS) e não saturadas (NS) no
Estado de São Paulo. Conciliar a implantação de novos empreendimentos
com a preservação da qualidade ambiental só é possível pelo mecanismo
criado que se baseia na geração de “créditos de emissão”. Ou seja,
qualquer fonte de emissão de poluentes que comprove redução de
emissão dos poluentes material particulado, monóxido de carbono, óxidos
de nitrogênio, óxidos de enxofre e compostos orgânicos voláteis nas áreas
SAT e EVS pode obter créditos de emissão.
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As novas fontes ou ampliações de fontes existentes devem utilizar esses


créditos de emissão para atestar sua viabilidade ambiental. São admitidas
fontes de grande porte em regiões saturadas ou em vias de saturação
desde que apresentem, no balanço geral das emissões, redução (SAT) ou
manutenção (EVS) da carga de poluentes emitidos na subregião.

Para as fontes de emissão já instaladas será feito um diagnóstico inicial de


cada subregião a partir do inventário de fontes. Esse inventário
identificará os principais contribuintes para a deterioração da qualidade do
ar e num segundo momento será estabelecida para cada fonte uma meta
de redução de emissões.

Com essas ações e demais em curso será possível observar uma


recuperação gradativa das áreas comprometidas no Estado de São Paulo.

Estamos disponibilizando para consulta a classificação de saturação dos


municípios do Estado de São Paulo - 2009.

Essa classificação foi aprovada pela Deliberação CONSEMA 14/2010 e


publicada pela Resolução SMA 68, de 2010.

6 – Plano de Emergência

6.1 – Plano de Emergência para Episódios Críticos de Poluição do


Ar

A legislação ambiental estadual, regulamentada pelo Decreto 8468/76,


instituiu o Plano de Emergência para Episódios Críticos de Poluição do Ar,
visando coordenar as medidas necessárias a serem adotadas pelo Estado,
Municípios, entidades privadas e comunidade para evitar riscos à saúde da
população. Este conjunto de medidas é estabelecido conforme o Estado
declarado (Atenção, Alerta e Emergência), e o poluente que apresentar
maior nível de concentração.

Considera-se episódio crítico de poluição do ar a presença de altas


concentrações de poluentes na atmosfera em curto período de tempo,
resultante da ocorrência de condições meteorológicas desfavoráveis à sua
dispersão. Cabe ao Secretário de Estado do Meio Ambiente declarar os
níveis de Atenção e de Alerta e ao Governador o de Emergência.
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Durante os episódios críticos, as fontes de poluição do ar estão sujeitas às


seguintes restrições:

6.1.1 – Estado de Atenção

Quando o Estado de Atenção é declarado, devido a monóxido de carbono


ou oxidantes fotoquímicos, é solicitada a restrição voluntária do uso de
veículos automotores particulares.

No caso do material particulado ou dióxido de enxofre, as atividades


industriais como limpeza de caldeiras ou a operação de incineradores só
podem ser realizadas em um período determinado do dia, assim como
devem ser adiados o início de novas operações de processamentos
industriais. Devem ser eliminadas imediatamente as emissões de fumaça
preta por fontes estacionárias que estiverem fora dos padrões legais, bem
como a queima de qualquer material ao ar livre.

6.1.2 – Estado de Alerta

No caso do Estado de Alerta ser declarado por monóxido de carbono ou


oxidantes fotoquímicos, fica impedida a circulação de veículos na área
atingida, no período das 6 às 21 horas. Se os poluentes responsáveis pelo
estado de Alerta forem o material particulado ou o dióxido de enxofre
ficam proibidas as operações industriais de limpeza de caldeira, operação
de incineradores e circulação de veículos a óleo diesel fora dos padrões
legais.

6.1.3 – Estado de Emergência

Declarado o Estado de Emergência, no caso de CO, O3 e SO2, são


totalmente proibidas a circulação e o estacionamento de veículos na área
atingida, assim como são totalmente paralisadas as operações industriais,
quando os poluentes forem o MP ou o SO2.

6.2 – Ações Preventivas

A CETESB desenvolve diversas ações para reduzir a emissão e controlar o


volume da poluição atmosférica. Entre os programas que têm como
objetivo controlar a emissão de poluentes estão:
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6.2.1 – Operação Fumaça Preta

Realizada o ano todo e intensificada no período do inverno nas estradas e


nos corredores de tráfego, esta ação é exercida pelos fiscais da CETESB e
tem como objetivo autuar os ônibus, caminhões e veículos utilitários
movidos a diesel que emitam fumaça acima dos padrões aceitáveis, por
estarem desregulados.

6.2.2 – Programa de Melhoria da Manutenção dos Veículos a Diesel


Programa preventivo, desenvolvido em parceria com o Sindirepa -
Sindicato da Indústria de Reparação de Veículos e Acessórios do Estado de
São Paulo, para capacitar as oficinas reparadoras de veículos diesel a
realizar regulagem adequada, respeitando os parâmetros ambientais.

6.3 – Auto-fiscalização da frota

Programa para que as empresas realizem fiscalização preventiva nos


veículos de suas frotas, evitando que circulem emitindo fumaça acima dos
padrões.

6.4 – Operação Inverno

Programa desenvolvido junto às indústrias no período em que a dispersão


da poluição do ar é mais difícil (maio a setembro), quando são adotadas
uma série de medidas preventivas, entre as quais o uso de óleo
combustível com baixo teor de enxofre e a interrupção ou substituição de
alguns processos produtivos a partir de determinados níveis de
concentração de poluentes, conforme determina a legislação.

6.5 – Operação Mata-Fogo

Programa de prevenção e combate a incêndios nas unidades ambientais,


reservas florestais e nas matas em geral, coordenado pelo DEPRN -
Departamento Estadual de Proteção aos Recursos Naturais, unificando as
ações da Polícia Florestal e do Corpo de Bombeiros, além das brigadas de
controle de incêndio locais.
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6.6 – Grupo de Trabalho do Ozônio

Este grupo de trabalho formado por técnicos de diversas áreas tem, entre
suas atribuições, propor o controle das emissões evaporativas em postos
de abastecimento de combustível e interpretar os dados ambientais para
formular o planejamento ambiental adequado para o estabelecimento de
um programa de controle do ozônio.

6.7 – Proconve

A CETESB é o órgão técnico conveniado ao IBAMA, responsável por


implantar e operacionalizar em nível nacional o Proconve - Programa de
Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores. Assim, todos os
modelos de veículos nacionais e importados são submetidos,
obrigatoriamente, à homologação quanto à emissão de poluentes. Para
isso, são analisados todos os parâmetros de engenharia do motor e do
veículo, referentes à emissão de poluentes, sendo também submetidos a
rígidos ensaios de laboratório, onde as emissões reais são quantificadas e
comparadas aos limites máximos em vigor.

7 – Anexos

Anexo I – Qualidade do ar e efeitos à saúde.


Anexo II – Qualidade do ar e prevenção de riscos à saúde.
Anexo III – Resolução SMA 68, de 30/06/2010.

8 – Referência bibliográfica

<http://www.cetesb.sp.gov.br> acesso em 12/11/2010.

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