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DIFERENTES TIPOS DE PROBLEMAS

NO DESENVOLVIMENTO DE DIFERENTES HABILIDADES DE PENSAMENTO

Norma Suely Gomes Allevato-UNISAL–Campinas/SP1


normallev@uol.com.br

Justificativa teórica
Há muito tempo a Resolução de Problemas tem sido um tópico presente nos
currículos de Matemática. O termo "problema" está bastante presente no dia-a-dia de
quem trabalha com Matemática, mas, nem sempre, seu uso vem acompanhado de um
consciente posicionamento sobre o seu significado. Existem muitas formas de se
conceber Resolução de Problemas, cada uma com suas particularidades, finalidades e
potencialidades pedagógicas. (ONUCHIC; 1999; ALLEVATO, 2005).
Ao propor um problema aos alunos, o professor deve refletir e analisar os fatos
ocorridos durante a resolução e os resultados didáticos obtidos ou não: adequação do
problema, processos de resolução, diferentes soluções obtidas, grau de dificuldade,
possibilidade de introdução ou extensão de conteúdos matemáticos, de geração de novos
problemas, etc. (ALLEVATO; ONUCHIC, 2006; ONUCHIC, 2004; ONUCHIC;
ALLEVATO, 2005).
Acrescente-se a estes elementos o fato de que a resolução de problemas tem sido
considerada a mola propulsora para o desenvolvimento da capacidade de raciocínio dos
estudantes, e tal capacidade constitui um dos objetivos básicos do ensino de
Matemática. No âmbito do pensamento e do raciocínio, uma área que exige grande
atenção é a do desenvolvimento das habilidades de pensamento de ordem superior,
especificamente o pensamento crítico e o criativo (CALIFÓRNIA; 1992). Orientações
para os professores trabalharem nesta linha se fazem presentes, não somente nos
trabalhos desenvolvidos por alguns educadores matemáticos da atualidade (KRULIK;
RUDNICK, 2001, 2005; VAN DE WALLE, 2001, 2006), mas também em orientações
curriculares atuais para o ensino de Matemática, no Brasil (BRASIL; 1997, 1998, 1999)
e em outros países (NCTM; 2000).

1 Doutora em Educação Matemática. Membro do GTERP – Grupo de Trabalho e Estudo em Resolução


de Problemas, coordenado pela Profª Drª Lourdes de la Rosa Onuchic; membro do GPIMEM – Grupo de
Pesquisa em Informática, outras Mídias e Educação Matemática, coordenado pelo Prof Dr Marcelo de
Carvalho Borba; UNESP – Rio Claro/SP. Professora e pesquisadora do Centro UNISAL - Unidade
Campinas; membro do GREMAP – Grupo de Estudos em Matemática Aplicada, coordenado pela Profª
Drª Regiane Helena Bertagna; UNISAL – Campinas/SP. Email: normallev@uol.com.br
Por pensamento crítico entende-se a habilidade de analisar uma determinada
situação e tirar conclusões apropriadas e corretas a partir dos dados. Isso inclui
determinar se há inconsistência ou ausência de dados ou, até mesmo, dados estranhos. O
pensamento criativo envolve a habilidade de obter uma solução para um problema, por
meio de criação, síntese e aplicação de idéias originais na resolução. Considerando a
resolução de problemas como um veículo que conduz os estudantes ao desenvolvimento
de sua capacidade de raciocínio, onde se inserem essas duas formas de pensamento, a
eles deverá ser dada a oportunidade de experimentar uma variedade de estratégias de
resolução de, igualmente, uma variedade de tipos de problemas.
Novas maneiras de conceber a Resolução de Problemas levam a novas formas de
trabalho em sala de aula. Atribuir à resolução de problemas a tão nobre função de
desenvolver nos estudantes habilidades de pensamento de ordem superior, exige um
olhar mais atento aos problemas que serão propostos. Os professores devem incorporar
à sua prática a proposição de problemas de tipos variados; que levem os estudantes a ler,
escrever, ouvir e falar. É fundamental que os estudantes: leiam o problema
cuidadosamente, entendam o que está sendo pedido, resolvam o problema e determinem
se a resposta ou solução obtida faz sentido ou não.(KRULIK; RUDNICK, 2001).

Proposta do mini-curso
1. Tema: Diferentes tipos de problemas no desenvolvimento de diferentes habilidades
de pensamento.

2. Sub-temas: (1)Relações entre a Resolução de Problemas e o desenvolvimento do


raciocínio. (2)Pensamento de ordem superior, pensamento crítico e pensamento
reflexivo (3)Diferentes tipos de problemas matemáticos. (4)Possibilidades
pedagógicas da resolução de problemas nas aulas de Matemática.

3. Público-alvo: Professores do Ensino Fundamental e do Ensino Médio; alunos de


Licenciatura em Matemática; pesquisadores da área de Educação Matemática.

4. Duração: 4 horas.

5. Metodologia de trabalho e atividades


O mini-curso será realizado seguindo as seguintes etapas:
(5.1) Introdução (1hora)
Apresentação dos participantes e da proposta do mini-curso.
Breve exposição teórica sobre a resolução de problemas, as diferentes concepções
3

em resolução de problemas, a função da resolução de problemas na Educação


Matemática, diferentes tipos de problemas:
(a) Que número faz sentido? - Problemas para os quais é preciso escolher as
quantidades (números) que fazem sentido no enunciado.
(b) Que número está errado? - Problemas resolvidos em que a resolução
contém erro no raciocínio (conceitual, de interpretação ou de cálculo). O objetivo é
identificar o erro e encontrar uma solução correta.
(c) O que devemos fazer? - Problemas de final aberto, que os alunos resolvem
baseados em suas próprias preferências e experiências e, em seguida, justificam suas
soluções.
(d) Que questões você pode responder? - Problemas apresentados na forma de
situações em contém dados numéricos. É solicitado que os alunos elaborem questões
que podem ser respondidas a partir dos dados.
(e) O que está faltando? - Problemas em que uma importante informação
(dado) está faltando. Os estudantes identificam o que falta, fornecem o dado apropriado
e resolvem o problema.
(f) Qual é a questão se você sabe a resposta? - Problemas que contém dados,
mas não questões. São fornecidas respostas específicas para as quais os alunos devem
elaborar questões apropriadas.

(5.2) Desenvolvimento (2 horas e meia)


O trabalho será desenvolvido a partir e através de problemas, ou seja, a
metodologia de trabalho adotada será a Metodologia de Ensino-aprendizagem de
Matemática através da Resolução de Problemas. Ela representa uma possibilidade de
trabalho para a sala de aula, que será vivenciada pelos participantes do mini-curso, ou
seja, para cada tipo de problema apresentado anteriormente, serão seguidas as seguintes
etapas: (1)Formar grupos e entregar a atividade: os participantes, organizados em
pequenos grupos (duplas), tentarão resolver o problema proposto. (2)O papel do
professor: inicialmente será um observador e, depois, um mediador e incentivador da
aprendizagem. Em breves intervenções nos grupos, ele lança questões desafiadoras, leva
os alunos/participantes a pensar, acompanha suas explorações e ajuda, quando
necessário, em problemas secundários. (3)Resultados na lousa: o professor ou os
próprios alunos/participantes registram todos os resultados obtidos (certos, errados,
feitos por diferentes processos, etc) pelos grupos. (4)Plenária: o professor chama todos
os participantes para uma assembléia plena. (5)Análise dos resultados: são analisadas
as resoluções apresentadas e os pontos de dificuldades encontrados pelos alunos são
trabalhados. (6)Consenso: sanadas as dúvidas, busca-se um consenso sobre o resultado
do problema. (7)Formalização: professor e participantes sintetizam aquilo que se
objetivava aprender com o problema e, formalmente, são colocadas as definições,
identificadas as propriedades, etc.
Após este trabalho, será realizada uma reflexão de natureza didática com os
participantes, orientada essencialmente pelas seguintes questões: (1)Isso é um
problema? Por quê? (2)Que tópicos de Matemática poderiam ser trabalhados com esse
problema? (3) Para que séries você acredita ser esse problema adequado? (4) Quais as
potencialidades deste problema no desenvolvimento do raciocínio dos alunos? (5) Que
habilidades de pensamento podem ser estimuladas com esse problema? (6) Que
caminhos poderiam ser percorridos para se chegar à sua solução? (7) Você, como
professor, teria dificuldade de trabalhar esse problema? (8) Que grau de dificuldade
você acredita que seu aluno possa ter diante desse problema? (9) Que outros problemas
poderiam ser elaborados a partir deste? Além destas, outras questões podem surgir e
poderão ser discutidas.
Certamente não haverá tempo para que os participantes do mini-curso realizem
esse trabalho com os seis tipos de problemas apresentados na introdução. De qualquer
modo, lhes será oferecido material impresso com exemplos de todos os tipos.
Finalizando esta parte, aos participantes será apresentado um problema retirado de
livro didático para que o transformem em um dos tipos de problemas apresentados no
mini-curso.

(5.3) Conclusão (meia-hora


Os participantes serão convidados a responder um questionário de avaliação do
mini-curso.

Recursos materiais
Retroprojetor, lousa e giz, fichas de trabalho.

Bibliografia
ALLEVATO, N. S. G. Associando o Computador à Resolução de Problemas
Fechados: Análise de uma Experiência. 2005. 370 f. Tese (Doutorado em
5

Educação Matemática) - Instituto de Geociências e Ciências Exatas, Universidade


Estadual Paulista Julio de Mesquita Filho, Rio Claro, 2005.

ALLEVATO, N. S. G.; ONUCHIC, L. R. Ensino-Aprendizagem-Avaliação de


Matemática através da Resolução De Problemas - Uma nova possibilidade para o
trabalho em sala de aula In: Reunião de Didática da Matemática do Cone Sul, 7.,
2006, Águas de Lindóia. Anais do VII Reunião de Didática da Matemática do
Cone Sul. Águas de Lindóia: PUC/SP, 2006.
BRASIL. MEC. Parâmetros Curriculares Nacionais: Matemática – 1o e 2o ciclos
(1997); 3o e 4o ciclos (1998); Ensino Médio (1999). Brasília, DF.
CALIFÓRNIA. Department of Education. Mathematics Framework for California
Public School. Sacramento, California, 1992.
KRULIK, S.; RUDNICK, J. A. Roads to Reasoning – Developing Thining Sills
Through Problem Solving. Chicago: McGraw-Hill, 2001.
_______ . Problem-Driven Math – Applying the Mathematics Beyond Solutions.
Chicago: McGraw-Hill, 2005.
National Council of Teachers of Mathematics. Principles and Standards for School
Mathematics. Reston, VA: NCTM, 2000.
ONUCHIC, L. R. Ensino-aprendizagem de Matemática através da resolução de
problemas. In: BICUDO, M. A. V.(Org.). Pesquisa em Educação Matemática.
São Paulo: Editora UNESP, 1999. p.199-220.
_______ . A Resolução de Problemas e o trabalho de ensino–aprendizagem na
construção dos números e das operações definidas sobre eles In: ENEM, 8., 2004,
Recife. Anais do VIII Encontro Nacional de Educação Matemática. Recife:
UFP, 2004.
ONUCHIC, L. R.; ALLEVATO, N. S. G. Novas reflexões sobre o ensino-aprendizagem
de matemática através da resolução de problemas. In: BICUDO, M. A. V.;
BORBA, M. C. (Org). Educação Matemática-pesquisa em movimento. 2ed. São
Paulo: Cortez, 2005. p.213-231.
VAN DE WALLE, J. A. Teaching Through Problem Solving. In: VAN DE WALLE, J.
A. Elementary and Middle School Mathematics. New York: Longman, 2001.
p.40-61.
VAN DE WALLE, J. A; LOVIN, H. L. Teaching Student-Centered Mathematics.
New York: Pearson, 2006.

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