Sei sulla pagina 1di 31

REVISTA

Nº 0 setembro de 2009

CHEIAS DE CHARME
APLICAÇÃO DE TECIDO NAS
PAREDES VOLTA À MODA

LONGE DO ESTRESSE
DANÇA DE SALÃO É
ÓTIMA TERAPIA

SUCESSO RETRÔ
PRODUTOS HIGH TECH
COM DESIGN DO PASSADO

Exemplar
para
degustação

ENTREVISTA

AHERDEIRA DENARA?
Fernanda Takai, do Pato Fu, brilha em carreira solo
ANS - 41092-6
ANS - 41092-6

ANS - 41092-6
ANS - 41092-6

O plano que, há 10 anos, cuida da minha saúde


e da saúde de milhares de pessoas.

Com uma ampla rede conveniada, a Só Saúde atua na cidade de Belo Horizonte
e região metropolitana, oferecendo atendimento com excelência em todas as
áreas médicas.
Registrada e definitivamente autorizada pela Agência Nacional de Saúde
Suplementar (ANS), a Só Saúde trabalha com planos individuais e empresa-
riais diferenciados e flexíveis, planejados na medida da sua necessidade.
Coloque mais tranquilidade, segurança e bem-estar na sua vida. Deixe a
Só Saúde cuidar de você também.

Só Saúde. Muita vida pela frente.


Tel.: (31) 3078-8000 - www.sosaude.com.br
Expediente Palavra afinada
A Revista MRV é uma publicação bimestral da
Medialuna Comunicação e Editora para a MRV
Engenharia. Distribuição dirigida. Além da Casa Própria
CONSELHO EDITORIAL
Em 30 anos de mercado, a MRV Engenharia evoluiu, adotou práticas de
Rubens Menin, Rodrigo Resende, Simone Maia,
governança corporativa, abriu seu capital, passou a fazer parte do Novo Mer-
Ivana Moreira, Maria Carmen Lopes, Roselena
cado e tornou-se a maior plataforma de imóveis econômicos do país. Estamos
Nicolau, Cristiane Miranda e Eduardo Ferrari
cada vez mais voltados para atender as necessidades de nossos clientes, sem-
REDAÇÃO pre pautados nos principais conceitos construídos ao longo de nossa história:
Direção editorial: Ivana Moreira inovação permanente e uma relação sólida com todos os nossos públicos.
Editoras assistentes: Roselena Nicolau Para fortalecer ainda mais nossa capacidade de construir relacionamen-
Fernanda Agostinho tos duradouros, estamos lançando a Revista MRV, mais um canal de comu-
Repórteres: Desireê Antônio nicação com nossos clientes, fornecedores, poder público, imprensa e
Roberto Ângelo comunidades onde atuamos. Com projeto editorial moderno e consistente,
Colaboradores: Flávia Eto a revista da MRV apresentará novos conceitos de decoração, comporta-
Renata Alves mento, planejamento financeiro, turismo, bem-estar, moda, cultura, meio
Joana Suarez ambiente, além de entrevistas de personalidades que vão falar sobre suas
Fotografia : Bruno Magalhães/Agência Nitro carreiras de sucesso e o seu jeito de viver.
Victor Schwaner/Agência Nitro Além de realizarmos o sonho da casa própria, queremos levar informa-
Nino Andrés ção, diversão e novos sonhos para nossos leitores.
Boa leitura!
CAPA: Nino Andrés fotografou Fernanda Takai

ARTE: Projeto Gráfico e Direção de arte


Rubens Menin
Presidente da MRV Engenharia
Janette Sá (BravaDesign)

REVISÃO: Fátima Caldas

IMPRESSÃO: Rona Editora Da redação


Para jornalistas, a emoção de criar uma revista completamente nova é
FALE COM A REDAÇÃO uma sensação muito parecida com a de comprar uma casa própria. Muita
Email: revistamrv@medialuna.com.br
adrenalina, muita ansiedade até receber as chaves do imóvel. No nosso caso,
até ver tudo pronto para ser entregue à gráfica.
PARA ANUNCIAR Quem já viveu a emoção de comprar sua casa sabe que pequenas frus-
Tel: (31) 3309-2420 trações também fazem parte da espera. Não foi diferente na redação da Me-
Email: publicidade@medialuna.com.br dialuna. Pautas caíram, entrevistas foram canceladas, fotos não chegaram.
Mas o orgulho de ver o trabalho feito – ou a casa pronta – compensa cada
minuto de cansaço.
E – devo confessar – nossa equipe não trabalhou apenas. Também nos
divertimos muito produzindo cada uma das páginas. Espero que vocês, ao
lê-las, curtam tanto quanto nós ao fazê-las.
Neste número 0, oferecemos uma pequena mostra de tudo o que a Re-
MEDIALUNA COMUNICAÇÃO E EDITORA LTDA. vista MRV levará a seus leitores nas próximas edições. Mesmo com a agenda
Diretora Executiva: Maria Carmen Lopes cheia, no meio da turnê de seu álbum solo, a cantora Fernanda Takai acei-
Diretora de Relacionamento: Cristiane Miranda tou o convite para ser nossa primeira capa e dividir conosco um momento
Diretora de Publicações: Roselena Nicolau super especial de sua carreira.
Diretora de Projetos Especiais: Ivana Moreira Na matéria sobre produtos de tecnologia de ponta com design retrô, lei-
tores apaixonados por clássicos como vinil, jukebox e Fusca viverão mo-
Av. do Contorno, 3861 cj 101 mentos de pura nostalgia.
Belo Horizonte – MG – CEP 30110-021 Divirtam-se!
Tel. (31) 3309-2420
Ivana Moreira
www.medialuna.com.br Direção Editorial

4 MRV Revista
Sumário

Foto: Victor Schwaner/ Agência Nitro

24

4 PALAVRA AFINADA 11 DESTAQUE MRV 24 COMPORTAMENTO


Saiba tudo o que é notícia Dançar ajuda a relaxar o corpo
7 BEM BACANA na construtora e aliviar as tensões do dia-a-dia
Dicas e boas ideias para 12 HOT SITE 26 FINANÇAS
incrementar sua casa
Gadgets de última geração e Como ensinar os pequenos a
8 ACONCHEGO informações sobre tudo que economizar e, principalmente,
há de novo na web a controlar o consumo
Decoradores apostam nos
tecidos para dar um toque 22 CONSUMO 28 ESPETÁCULO!
criativo às paredes dos
diversos ambientes A onda retrô inspira designers Quinteto baiano arrasa no vocal,
e invade o mercado reproduzindo sons de instrumento.

Foto: Divulgação

14 ENTREVISTA 30 ECO-LÓGICO
De voz contida e delicada, Sacolas de pano substituem as
Fernanda Takai brilha nos palcos plásticas nas compras do
com a turnê “Luz Negra” e supermercado e fazem muito
encara novos projetos musicais bem ao meio ambiente

14

Foto: Cristina Agostinho /Arquivo Pessoal

18
MALAS PRONTAS
Conheça a Cordilheira
Huayhuash, no Peru, um dos
dez destinos turísticos mais
procurados pelos amantes do 18
trekking de todo o mundo

Revista MRV 5
Intermedium. Um
banco sólido para
quem procura o
melhor investimento.
No Banco Intermedium, além de um atendimento
diferenciado, você obtém uma excelente
rentabilidade na aplicação em CDB, com
isenção completa de tarifas e condições especiais
para grupos de investidores. Consulte nossos
assessores e faça o melhor investimento.

(31) 2101-7001 | (31) 2101-7002 | www.bancointermedium.com.br Crédito ágil, investimento seguro.

IN002009_Ad_Intermedium_REVISTA_MRV_20,5x27,5cm.indd 1 9/11/09 5:43:14 PM


Bem Bacana

Ideias úteis
e descoladas
para a sua casa

ACORDE COM O
ASPIRADOR DE LÍQUIDOS? CHEIRINHO DO CAFÉ
O aspirador portátil Rápido Flex Electrolux dispensa Para aqueles que sonham em se levantar da cama e en-
o uso de fios, pois conta com uma bateria que dura até dez contrar seu café prontinho da cafeteira, a dica é a Cafeteira
minutos. Ele também traz outra grande vantagem sobre os Chef com timer da Eletrolux. Antes de dormir, e só abas-
demais: aspira líquidos. O modelo é vendido na cor azul e tecer o aparelho com pó e água e ajustar o timer para a
possui design arrojado. Está disponível em todas as grandes hora desejada. Prontinho! Vá para cama e acorde com o
redes do país. No www.americanas.com, o preço do aspirador cheirinho gostoso do café. No www.submarino.com.br, a
é R$198,00. cafeteira custa R$99,90.

VENTILADOR COM
CONTROLE REMOTO
A fabricante Latina lançou um prático ventilador
de teto. O destaque é o controle remoto que per-
mite o ajuste de intensidade da luminosidade,
temporizador para desligamento automático, re-
versão automatizada e memória. Pura mordomia!
No site www.clubedolar.com.br, custa R$ 399,00.

A PANELA DESLIGA FERRO DE


AUTOMATICAMENTE PASSAR
A Panela a Vapor Philips RI9140 possui três re-
SEM FIO
cipientes para o preparo da comida.O sabor das O ferro a vapor Settros chegou para facili-
refeições é preservado integralmente. No com- tar a vida de quem se incomoda com o fio
partimento inferior, fica o reservatório de água elétrico na hora de passar roupas. No
que, quando aquecida, vai produzir o vapor. O lugar do cabo, o aparelho tem uma bateria
timer de 60 minutos desliga automáticamente, interna que o mantém aquecido. A base
sem o risco de queimar os alimentos. O preço recarregadora tem um giro de 360 graus.
da panela no site www.submarino.com.br é No www.clubedolar.com.br, este produto é
R$ 499,00. vendido por R$ 79,00.

Revista MRV 7
Aconchego

Técnica de inspiração europeia, fácil conservação e baixo custo, o uso de tecidos em paredes é retomado por decoradores

Vestidas para
arrasar
Velho conhecido dos decoradores, o uso de tecidos
aplicados em paredes retorna com força total

8 MRV Revista
Fotos: Bruno Magalhães/Agência Nitro
| Roberto Ângelo

A aplicação de tecidos em paredes está de volta.


Grande variedade, fácil manutenção e preços acessíveis
são as principais características dessa tendência que
vem superando o papel de parede e as texturas na pre-
ferência dos clientes. Resgatando um estilo de decora-
ção europeu, o tecido pode revestir as paredes de vários
ambientes da casa, da sala de estar ao lavabo.
Segundo a decoradora mineira Ângela Borges, o re-
torno de uma alternativa de decoração do passado é
um movimento normal na área. “A técnica tinha fi-
cado esquecida”, diz ela. “O decorador está sempre
procurando novidades; assim, vieram as texturas e
novas utilizações do papel de parede.” Havia, no en-
tanto, uma semelhança peculiar nos trabalhos com ou-
tros materiais de forração de paredes. “Foi
interessante ver que muitos experimentos com textu-
ras e papéis de parede procuravam reproduzir as es-
tampas e efeitos próprios dos tecidos”, observa.
Além das paredes, os tecidos estão sendo aplicados
em placas de compensado ou MDF. “Além de ser mais
prático para trabalhar, podemos parafusar as placas na
parede criando, por exemplo, uma cabeceira para uma
cama box”, diz. “Há 20 anos, fiz meu barzinho em casa
com tecido rústico de puro algodão na parede. Dei aca-
bamento com moldura em madeira e fiz o sofá e as ban-
quetas com o mesmo tecido. Gostei muito do resultado.
Isso foi há 20 anos e não caiu de moda”, comenta.
Segundo a decoradora, não há limitações quanto ao
uso de tecidos em paredes. Ela só dá alguns conselhos
para que o resultado obtido seja o esperado. “Temos
que ter cuidado quando o tecido for xadrez ou listrado
para que as listras não fiquem tortas”, observa. Ela
ainda dá mais algumas dicas: “As paredes podem fazer

Ousadia: Casa Cor Variedade de


apresenta ambientes estampas permite
revestidos com couro uso em qualquer
espaço

MRV Revista 9
Listras: cuidado na aplicação para que não fiquem tortas

uma combinação com o sofá e almofadas, fica belís-


simo, e podemos viajar na criatividade, usando todos os
estilos: clássico, romântico, contemporâneo etc.”
A variação de estilos vai depender do gosto do
cliente. Estampas florais criam um ambiente mais ro-
mântico, ideal para quartos. Se a pessoa quiser um
efeito mais sóbrio, a dica é usar tecidos monocromáti-
cos lisos ou listrados. Além do resultado estético, os te-
cidos têm uma outra aplicação interessante. Se o cliente
quiser criar um home theater em algum cômodo da
casa, o tecido pode melhorar a acústica do local.
A decoradora paulista Marilene Reis também aprova
o uso do material em salas de TV e vídeo. Mas sugere que
seja feita uma aplicação de espuma especial na parede
que receberá o tecido. A espuma garantirá um melhor
efeito acústico. E permitirá ainda evitar rugosidades.
G
você mesmo
Faça
Para quem quiser tentar fazer o trabalho por conta
própria, segue abaixo o passo a passo sugerido por
Ângela Borges:

IMPORTANTE: Realizar o trabalho com o auxílio


Para quem quer usar tecidos nas paredes em sua pró- de outra pessoa.
xima reforma, mas está temeroso quanto aos resultados,
MATERIAL: Tecido, cola branca, rolo de espuma,
a dica é experimentar em pequenas áreas - nas partes
espátula e fita crepe.
superiores ou inferiores da parede. Marilene garante que
o uso de tecidos em paredes, que ganhou força neste ano
de 2009, será tendência por muito tempo. “Imagine 1 Dilua a cola na água, conservando a proporção
uma aplicação de seda pura nas paredes do quarto do de duas partes de água para oito de cola.
casal; o resultado é muito luxuoso”. A decoradora lembra Isso vai evitar que a cola seque rápido demais.
que é preciso garantir que o tecido tenha a espessura 2 Com a parede bem lisa e limpa, pregue o tecido
correta. Caso contrário, a cola usada para fixá-lo à pa- com fita para medir a área que você pretende
rede pode atravessá-lo, estragando o tecido. cobrir.
Toda técnica antiga que volta à moda absorve ele-
mentos modernos. A variedade de tecidos hoje é muito 3 Depois, aplique com o rolo de espuma uma
maior. Na Casa Cor 2009 de Minas Gerais, por exem- camada da cola na parede.
plo, os visitantes podem encontrar vários exemplos de 4 Em seguida, fixe o tecido na área da parede
aplicação do material. Alguns são bem modernos. Al- que recebeu a cola. Use a espátula para eliminar
guns decoradores usaram tecidos emborrachados, ou- a formação de rugas.
tros usaram couro nas paredes, obtendo um resultado
muito interessante. 5 Para finalizar, aplique mais uma camada de cola
Quem estiver em Belo Horizonte e quiser conferir por cima do tecido. Isso vai ajudar na fixação,
terá até o dia 06 de outubro para fazer a visita. A feira além de aumentar a proteção. Outra possibilidade
de decoração também ocorre em outras capitais do é usar uma camada de verniz. Opte por um verniz
país. Para conferir a programação, basta acessar o site fosco ou semi-brilho. O acabamento pode ser feito
www.casacor.com.br. com moldura de gesso ou madeira.

10 Revista MRV
Destaque MRV

Para surpreender os leitores,


o planejamento da Revista MRV
envolveu meses de pesquisas

Edição nº1, com 20 mil


exemplares, circulará em novembro
A Revista MRV, o novo veículo de comunicação um novo lar”, conta a diretora executiva da Medialuna,
criado pela construtora MRV, circulará na primeira se- Maria Carmen Lopes. “A revista trará informações que
mana de novembro. Bimestral, a publicação terá 80 pá- ajudarão os clientes da construtora a tomar decisões e
ginas, tiragem de 20 mil exemplares e acabamento também muito entretenimento.”
gráfico de excelente qualidade, com lombada quadrada. A versão impressa da revista será distribuída nos 14
Sempre ágil para aprimorar suas ferramentas de co- Estados onde a MRV atua. Novos clientes vão receber a
municação com os clientes, a direção da empresa co- publicação a partir da assinatura do contrato até doze
meçou a planejar esta revista há cerca de um ano. meses depois da entrega das chaves do imóvel. Uma ver-
Foram necessários vários meses de estudos, em parce- são digital da revista poderá ser lida na internet por todos
ria com a Medialuna Comunicação e Editora, até che- os clientes da MRV. A versão digital também estará dis-
gar ao melhor modelo para a publicação. ponível para acesso na primeira semana de novembro.
Os últimos meses foram de trabalho intenso para os
profissionais da área de comunicação da MRV e para a
equipe da Medialuna, responsável pela produção e co-
mercialização da nova revista. Da proposta editorial ao
projeto gráfico, tudo foi pensado para superar as ex- Leitores com alto
pectativas dos leitores da revista _ os novos clientes da potencial de consumo
construtora, que a receberão em casa. Receberão a Revista MRV:
Trata-se de um público jovem, que está começando
a construir um patrimônio. A maior parte dos clientes,  Jovens que começam a construir um patrimônio
cerca de 66% deles, é solteira e começa a pensar em  População com aumento real de renda
formar uma família. “A revista é leve e gostosa de ler,
 Casais que planejam formar uma família
com matérias sobre diferentes assuntos que interessam
a esses leitores que estão investindo na construção de

Revista MRV 11
Hot Site

Fotos: Divulgação

IPOD DE 5ª GERAÇÃO: CONVERGÊNCIA TOTAL YOUTUBE PODERÁ


A Apple anunciou, no início do mês, o lançamento da mais nova geração do seu famoso tocador EXIBIR FILMES
de músicas. A quinta geração do Ipod Nano inclui uma série de itens que os usuários desejavam PAGOS
há tempos. Agora, o produto conta com uma câmera e rádio FM. Posicionada na parte traseira, O portal de vídeos YouTube está negociando a
a câmera grava vídeos com áudio e tira fotos. O rádio possui a função “pausa ao vivo”, que per- possibilidade de exibir filmes pagos em longa
mite interromper a transmissão e voltar a ouvir sem perder nada. Companheiro inseparável dos metragem produzidos por alguns estúdios de
praticantes de caminhada, o Ipod irá ajudá-los com seu novo sistema de pedômetro, que calcula Hollywood, segundo matéria publicada neste
distância percorrida e calorias gastas durante o trajeto. O Nano de 8GB custará US$149 e o de mês pelo jornal norte-americano New York
16GB, US$179. Ainda não há previsão de quanto chegará ao mercado brasileiro. Times. O site, que já disponibiliza alguns fil-
mes antigos grátis, está negociando com pro-
dutoras como Lionsgate Entertainment, Sony e
Warner Bros. Se o acordo for fechado, o You-

Novidades do Tube passará a ser concorrente da Amazon e da


Apple, que já oferecem o serviço.

mundo
INTERNET PEDALANDO SEM
digital SPAM À PRIMEIRA
NA REDE ELÉTRICA? PERDER O RUMO LETRA
A rede elétrica será usada para a transmissão A fabricante de aparelhos GPS Garmin lançou A quantidade de spams que você recebe pode
de dados (áudio, vídeo e internet). A regula- um aparelho para auxiliar os ciclistas. Quando estar relacionada à letra inicial do seu endereço
mentação foi anunciada recentemente pela acoplado à bicicleta, o Edge 500 calcula dis- de e-mail. Essa é a constatação de um estudo
Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). tância percorrida, velocidade e os níveis de su- feito pelo cientista da computação Richard
A tecnologia já existe em outros países e é co- bida e descida. Outros sensores podem ser Clayton, da Universidade de Cambridge. No le-
nhecida pela sigla PLC. O sistema dispensa a acoplados ao aparelho, tais como monitores vantamento feito no ano passado com 550 mi-
instalação de cabos de telefone ou TV, pois de batimentos cardíacos. Ele conta com uma lhões de mensagens enviadas por um provedor
uma vez liberado o sinal, basta conectar o bateria que dura até 18 horas, podendo ser re- de internet britânico, o pesquisador observou
modem a uma tomada da casa. Mas ainda vai carregada pela porta USB do computador. que, em endereços eletrônicos que começavam
demorar um pouco para o serviço chegar às com as letras “A”, “M”, “S”, “R” e “P”, 40% dos
residências brasileiras. A Aneel não arrisca e-mails eram spams. Já aqueles que começa-
dizer em quanto tempo o PLC estará, de fato, vam com “Q”, “Z” e “Y” eram menos populares
disponível para a população. As distribuidoras para os geradores das propagandas e recebiam
de energia terão de formar parcerias com pro- apenas 20% de “mensagens lixo” do total de
vedores de internet antes de vender o serviço. seus e-mails.

12 Revista MRV
Anúncio Medialuna.indd 1 15/9/2008 16:50:15
Entrevista

Em turnê com
seu segundo
álbum solo, a
vocalista da
banda Pato Fu
consagra-se
como intérprete
Foto: Nino Andrés

14 MRV Revista
Fernanda
Takai
| Desireê Antônio
Sozinha
no palco

D
esde que lançou seu primeiro à frente do Pato Fu ¬ sempre foi uma “ouvinte plural”.
álbum solo, “Onde Brilhem os Mais do que uma ouvinte plural, Fernanda é uma
Olhos Seus”, em 2007, cujo reper- artista plural. Além de cantar, tocar violão, guitarra e
tório é composto integralmente compor, ela também escreve. A cantora é colaboradora
por canções interpretadas por dos jornais “Estado de Minas” e “Correio Braziliense”,
Nara Leão, a cantora Fernanda espaço em que publica contos e crônicas. Em 2007, al-
Takai tem sido celebrada por crí- guns desses textos em que expõe sua visão do mundo
ticos como uma grata surpresa na função de intérprete. e da vida foram reunidos em seu primeiro livro, com
Há quem diga que ela é a herdeira de Nara, a musa da um nome que diz muito sobre o jeito da autora:
Bossa Nova, o álbum caiu nas graças da crítica especiali- “Nunca subestime uma mulherzinha”.
zada, sendo eleito o Melhor Disco de Música Popular de Aos 38 anos, a cantora - que nasceu em Serra do
2007 pela Associação Paulista dos Críticos de Arte. E en- Navio, no Amapá, mas reside em Belo Horizonte desde
cantou também o público. Mais de 50 mil cópias já foram os nove - divide o tempo entre as apresentações solo do
vendidas. “Luz Negra”, os shows do Pato Fu, a composição de
Agora, com o lançamento do CD e DVD ao vivo novas músicas, a redação de crônicas para jornais e a
“Luz Negra”, seu segundo trabalho sem os compa- criação da filha, Nina, de cinco anos. Fernanda é casada
nheiros do Pato Fu, Fernanda dá um novo passo em sua com um colega de banda, o guitarrista John Ulhoa.
carreira e estreita seus laços com a MPB. A partir de outubro, outros dois projetos farão com
O novo disco, derivado do show do primeiro álbum, que seu tempo fique ainda mais escasso: o início da
mescla bossa nova, pop e rock. A lista inclui canções produção do décimo disco do Pato Fu e o lançamento
como There must be an angel (Playing with my heart), de um álbum em japonês, em parceria com a cantora
do Eurythmics, e Ordinary world, do Duran Duran, além Nomiya Maki, vocalista da banda Pizzicato Five.
de uma versão em japonês para “O barquinho”, aprovada Em meio à sua agitada rotina, Fernanda encontrou
pelo próprio Roberto Menescal. A música, que ganhou o uma brechinha para conversar com a Revista MRV.
nome de Kobune, é uma das preferidas da cantora.
A mistura de ritmos do álbum é explicada pela pró-
pria Fernanda. “Qualquer coisa que seja muito estan- Revista MRV: Por que você escolheu a faixa “Luz
que ou facilmente detectada como estilo puro não me Negra” para dar nome ao seu segundo álbum solo?
atrai muito”, revela. Fernanda Takai: Esse nome elegante dá bem a ideia
A diversidade não está presente apenas na seleção de do conteúdo estético visual e sonoro do álbum, além
canções para seus discos, mas também na interpretação de ser um de meus arranjos preferidos. Não queria co-
dos títulos. Mesmo músicas consagradas da MPB rece- locar um título óbvio como “Onde Brilhem Os Olhos
beram arranjos pops. Fernanda justifica dizendo que, Seus - Ao Vivo”, porque o repertório do show tem mui-
apesar de ter feito carreira no pop rock – está há 17 anos tas canções a mais do que o disco de estúdio. Oito das

MRV Revista 15
músicas não tinham sido gravadas. E a plateia me co- brasileira e o pop do Japão. Vamos cantar em japonês e
brava o registro disso, pra que as pudesse ouvir em português. O lançamento está previsto para o próximo
casa, já que no show eram muito aplaudidas. mês. Aqui no Brasil, será apenas digital, pois o formato
EP nunca foi bem acolhido entre o público. Como os
Revista MRV: Como os fãs reagiram à mistura de dias atuais sugerem modernidade também no formato
estilos do álbum? do negócio da música, vamos fazer dessa forma. Os ja-
poneses ainda compram muito discos e gostam de pro-
Fernanda: Recebo muito retorno positivo por email e
jetos especiais assim.
pessoalmente, após os espetáculos. Dá pra sentir a pla-
teia feliz. Acho que os fãs gostam de ser surpreendidos Revista MRV: Você está criando uma relação cada
algumas vezes. No meu show, eu canto o repertório vez mais forte com a MPB. Você tem medo de ser
inteiro do disco dedicado à Nara e esses bônus que associada ao estilo?
agora fazem parte do CD e DVD ao vivo. São minhas
memórias afetivas musicais. Fernanda: Medo? De jeito nenhum! Eu gosto de poder
cantar coisas que vêm dos mais variados universos so-
Revista MRV: Dessas memórias registradas no CD, noros. Apesar de ter construído minha carreira no pop
qual a faixa da qual mais gosta? rock, sou uma ouvinte plural. Acontece que eu agora
tenho cantado mais músicas da MPB, mas pode repa-
Fernanda: Difícil escolher... Gosto muito de cantar rar que o arranjo delas é pop! Nada melhor do que
Kobune, que é O Barquinho, em japonês. poder descompartimentar as coisas.
Revista MRV: De onde veio a idéia de gravar a ver- Revista MRV: Quem é o público da Fernanda Takai
são em japonês para “O Barquinho”? solo?
Fernanda: Quando meu disco estava pra ser licenciado Fernanda: Felizmente, é todo misturado. Gosto de ver
para o Japão, soube que é uma tradição colocar uma na plateia gente de todas as idades e estilos. Acho que
faixa exclusiva para o país. “O Barquinho” podia muito sou assim também. Qualquer coisa que seja muito es-
bem ter entrado no disco aqui do Brasil, mas eu já tanque ou facilmente detectada como estilo puro não
tinha “Insensatez”, representando a Bossa Nova, den- me atrai muito. Quando percebo que pessoas muito di-
tro do universo da Nara. O dono do selo Taiyo, que ferentes têm gostado da minha voz, discos e shows, isso
lança meus discos lá, gostou da ideia de ter mais essa é um grande prêmio de reconhecimento pela carreira
canção em japonês e providenciou uma versão. Mos- de 17 anos que tenho até aqui.
tramos ao Roberto Menescal, que adorou e autorizou o
lançamento. Revista MRV: Qual a diferença entre fazer shows
com o Pato Fu e sozinha?
Revista MRV: Você tem planos de gravar outras can-
Fernanda: Na banda, eu toco violão e guitarra, além
ções ou mesmo lançar um álbum em japonês?
de cantar um repertório mais autoral. No meu show
Fernanda: Estou finalizando um EP com a Nomiya solo, apenas canto. E é um espetáculo baseado em can-
Maki, cantora pop japonesa. Ficamos amigas depois de ções de outras pessoas, um show de intérprete. O figu-
cantarmos juntas no Palácio da Artes, em Belo Hori- rino do Pato Fu é mais despojado, e do meu solo, mais
zonte, e também no Sogetsu Hall, em Tóquio. Quere- elegante; às vezes, até arrisco um salto não muito alto...
mos fazer um intercâmbio mais forte entre música Mas a minha equipe técnica é a mesma. Hoje tenho

Show do Pato Fu, em 2005, Em 2002, Fernanda e o Pato Fu


no Pop Rock Brasil, em BH gravaram o “MTV Ao Vivo”

16 MRV Revista
Nome: Fernanda Barbosa Takai
Data de Nascimento: 25/08/1971
Origem: Serra do Navio, Amapá
País: Brasil
Gêneros: Pop-rock, MPB
Instrumentos: guitarra, violão
Tempo em atividade: 1992- atualmente

Descendente de japoneses, Fernanda é formada


em Relações Públicas pela Universidade Fede-
ral de Minas Gerais e escreve crônicas dos jor-
nais “Estado de Minas” e “Correio Braziliense”.
Em 2001, foi eleita uma das dez melhores do
mundo pela revista norte-americana “Time”.

dois empresários: Aluizer Malab (Pato Fu) e Patrícia Nos últimos dois anos, eu fui apenas dizendo sim às
Tavares (solo), e dois escritórios de produção diferen- portas que foram se abrindo e não me arrependo disso.
tes. Fico contente em poder continuar com a banda e
também fazer outras coisas profissionalmente. Revista MRV: Quais são seus projetos futuros?
Fernanda: Até janeiro de 2010, sigo em turnê solo. O
Revista MRV: Você é uma pessoa que costuma fazer
Pato Fu começa a produzir o décimo álbum da carreira,
planos?
a partir do fim do mês de setembro, mas não estamos
Fernanda: Até tento ter um certo planejamento de parados, temos feito alguns shows pelo Brasil. Se tudo
vida, mas a carreira artística não se comporta muito der certo, ele sai no primeiro trimestre do ano que vem.
com o seu simples querer. A demanda do mercado é Neste momento, estou em Porto Velho (RO) com a
sempre incerta. Não se sabe se um disco ou turnê vai banda, para tocar num festival de música independente.
dar certo até que a gente coloque o material na rua, co- Sigo escrevendo pro “Estado de Minas” e pro “Correio
mece a viajar. Então, às vezes, penso que em seis meses Braziliense”, cuidando do meu site [www.fernandata-
vou estar mais tranquila pra pensar em projetos mais kai.com.br], da minha filha que vai fazer 6 anos e de vá-
pessoais, e o que acontece é o trabalho me chamar mais. rios outros convites musicais que surgem o tempo todo.

Fotos: Divulgação

Além de cantar, ela toca Apresentação solo, em SP,


violão, guitarra e compõe na “Virada Cultural 2008”

MRV Revista 17
Em 2007, lançou seu
primeiro álbum solo
Malas prontas

Além das ruínas do

Peru
Cordilheira Huayhuash é opção
alternativa – e econômica – ao tradicional
roteiro para Macchu Picchu

| Desireê Antônio morada fizeram um trekking de 160 quilômetros pelas


montanhas da região.
Com picos acima dos 6 mil metros de altitude, a A melhor época para viajar é entre os meses de maio
Cordilheira Huayhuash, no norte do Peru, tornou-se e agosto, quando chove menos na região. A empresa
um destino muito procurado por trekeiros e pratican- Artizone Adventure, uma agência especializada em tu-
tes de montanhismo de todo o mundo. Roteiro alter- rismo de aventura, faz agendamento pela internet.
nativo às ruínas históricas de Macchu Picchu, O pacote contratado pelos escritores, com serviços de
Huayhuash é uma boa opção para quem quer uma via- guia e toda estrutura para percorrer o trajeto, custou U$S
gem econômica – e cheia de aventuras – para o Peru. 500 por pessoa, um pouco menos de R$ 1.000. Os paco-
O custo total do passeio não chega a U$S 2 mil dó- tes são montados para atender grupos de oito pessoas.
lares por pessoa, menos de R$ 4 mil. O valor inclui Quatro refeições diárias são feitas por um cozinheiro
todas as despesas de um roteiro de 12 dias: passagens que acompanha o grupo. Viajam também com os gru-
de avião de ida e volta, gastos com hospedagem, servi- pos quatro arrieros, rapazes que conduzem os burros
ços de guia, acomodações e refeições. Foi o que gastou que transportam as cargas e auxiliam os turistas. Por
o casal de escritores Luis Giffoni e Cristina Agostinho, mais US$ 10, ou R$ 20,00, as empresas colocam um ca-
que visitou a cordilheira em agosto. valo para percorrer parte do caminho. As passagens aé-
“Já fui ao Himalaia, às Montanhas Rochosas, à Serra reas para Lima podem ser encontradas por preços em
Nevada e aos Alpes na Europa. Para mim, o lugar mais torno de US$ 700, ou R$ 1390, para ida e volta.
bonito foi, sem dúvida, este”, conta Giffoni. Ele e a na- Escolher Huayhuash em vez do roteiro tradicional
Fotos: Cristina Agostinho /Arquivo Pessoal
a Macchu Picchu não significa abrir mão de conhecer
a história das civilizações antigas do Peru. Huaraz e seu
entorno foram berço dos chavin, povo muito anterior
aos incas e que também possuía alto grau de desenvol-
vimento artístico e tecnológico para a época. Desco-
bertas arqueológicas estimam que a civilização tenha
vivido entre os séculos IX e II a.C e indicam que os cha-
vin foram responsáveis pelos primeiros trabalhos de
ourivesaria no mundo.
O trekking para a Cordilheira Huayhuash é uma aven-
tura deliciosa. Mas, para quem estiver interessado, vale
um aviso. O programa exige bom condicionamento fí-
sico. Mesmo habituados à prática de trekking, Giffoni e
Cristina preparam-se por dois meses, mantendo uma ro-
tina de caminhadas num parque perto de onde moram.

Cristina, perto do Lago Querococha,


em Huaraz, cidade próxima
à Cordilheira Huayhuash

MRV Revista 19
Doze dias pela cordilheira
Ao chegar a Lima, aproveite o primeiro dia de viagem Preparar a bagagem exigirá atenção para levar o es-
para visitar pontos históricos da capital peruana ou atra- tritamente necessário. A mochila deve ter três mudas
ções perto da cidade. De Lima, os turistas vão pegar o de roupas, protetor solar – durante o dia a temperatura
ônibus para Huaraz, que fica a 450 quilômetros, no pode chegar a 30º–, capas de chuvas, botas especiais
norte do país. A passagem custa cerca de U$ 30, quase para trekking, calças impermeáveis ou especiais para a
R$ 60, e pode ser comprada pela internet. prática do esporte, luvas e gorros, além de objetos para
A viagem é longa, dura cerca de nove horas. Mas a qua- higiene pessoal.
lidade dos veículos e dos serviços oferecidos pela empresa Considerando mochila e sacos de dormir, a carga será
Mobil Tours ajudam a tornar a viagem agradável. As pol- de quase 18 quilos. A bagagem será levada pelos animais
tronas reclinam num anglo de quase 180 graus e são muito que servem à equipe, o que permitirá que o grupo se mova
confortáveis. As refeições servidas também são muito boas. mais rapidamente. Durante a trilha, que dura 12 dias, a
Para Huaraz, é deve-se reservar dois dias. É preciso rotina do grupo é levantar bem cedo e tomar um bom café
fazer caminhadas por locais com altitude em torno de da manhã: café, leite, chá, panquecas, manteiga, presunto
3.400 metros para promover a aclimatação – fazer o or- e queijo. Depois, a caminhada poderá durar de 10 a 12
ganismo se acostumar às condições climáticas de altas horas, com intervalos para lanches leves.
altitudes, frio e baixa oferta de oxigênio. No vilarejo, os No começo da noite, os guias escolhem algum vale,
turistas têm a oportunidade de conhecer um pouco da próximo a algum dos rios formados pelo degelo da neve
cultura local antes de começar a trilha pelos montes do presente no pico das montanhas, para montar as barra-
Huayhuash e também de passar pelo Lago Churup, pró- cas. Antes de dormir, os turistas têm direito a um jan-
ximo à Cordilheira Branca. tar mais reforçado, com sopas e caldos, para repor as
energias e ajudar a aquecer o corpo. À noite, a tempe-
ratura pode chegar a dez graus negativos.
ol O céu estrelado sobre a cordilheira e o barulho das
C

ômbia avalanchas de gelo, são lembranças inesquecíveis para


quem visita Huayhuash . Por se tratar de uma região de
or

instabilidade tectônica, com maior probabilidade de


d

u a ocorrência de terremotos e atividade vulcânica, é pos-


Eq Iquitos
sível ouvir pedaços de gelo se desprendendo do pico dos
montes. “Você não acredita no brilho daquelas estre-
las. Parecia que estavam tão perto que conseguiría-
mos pegá-las nas mãos. Parece um sonho”, recorda
a escritora Cristina Agostinho.
Para dar conta da árdua missão de percorrer os
sil

160 quilômetros de trilha, muitos viajantes mas-


cam folhas de coca. Ou tomam as soroche pill, um
ra

remédio feito com extrato de uma planta da região


B que tem este nome e, segundo os nativos, evita o “mal de
altura” – dores de cabeça e náuseas provocadas pelo baixo
Huaraz nível de oxigênio no ar.
Cordilheira Huayhuash Programe sua viagem
 Venda de passagens Brasil/Peru (São Paulo/Lima):
www.tam.com.br - www.submarinoviagens.com.br
Bolívia

LIMA
 Transporte de Lima para Huaraz:

 www.moviltours.com.pe
 Agenciamento de guia para trilha:
www.artizonadventure.com
 Hotéis em Huaraz: Hotel Los Portales
www.artizonadventure.com/hotellosportales
 Informações sobre trilhas em Huayhuash:
www.huayhuash.com

20 MRV Revista
l
e

Chi
Consumo

Tecnologia high tech


em
design retrô
Jukebox toca MP3,
rádio AM e FM e
Com visual do passado, produtos de
armazena 42 CDs última geração fazem o maior sucesso
| Renata Alves

O design é totalmente retrô e garante uma viagem no


tempo até a década de 50 ou 60. Mas a tecnologia é de
última geração. Eletrodomésticos, aparelhos de som e
até automóveis que aliam aparência do passado com tec-
nologia high tech já têm venda garantida entre os brasi-
leiros. Atentos ao nicho de mercado que ganha cada vez
mais espaço, os fabricantes não economizam nos lança-
mentos sob medida para este público que ainda vê muito
charme na estética das décadas passadas.
Um refrigerador vermelho, com pés-palito e puxa-
dor inspirado no modelo convencional dos anos 50,
mas com espaço interno e consumo de energia dignos
do século XXI, é um dos produtos que andam fazendo
o maior sucesso. Outro é o New Beetle, um automóvel
que tem na aparência o carisma do velho Fusca, mas
que carrega na bagagem pequenos detalhes como
motor com gerenciamento eletrônico de última gera-
ção, tração dianteira e freios ABS.
O empresário mineiro Valério Madeira Coelho atua
no setor de tecnologia da informação. Na hora de com-
prar uma máquina de café expresso, porém, não teve
dúvidas. Entre tantos outros, escolheu um modelo que
tivesse alto desempenho e, ao mesmo tempo, fizesse
vezes de uma obra de arte. “Os aparelhos com design
moderno não decoram nada”, diz.
A cafeteira, com desenho de 1940, da marca Ariette,
é fabricada na Alemanha e comercializada por diversos
estabelecimentos no Brasil. Na loja Tool Box, especia-
lizada em artigos de casa, custa cerca de R$ 2 mil, um
pouco acima da média dos produtos com característi-
cas similares. Para os fãs, entretanto, o custo-benefício
compensa. “Sou um consumidor compulsivo,” avisa
Coelho, já de olho em outro bibelô à moda antiga – um
relógio despertador alemão que é a cara dos anos 50 e
custa R$ 300, em média.
Garimpando as prateleiras da Tool Box, é possível
encontrar ainda um liquidificador que é produzido
com o mesmo desenho desde 1947, uma mini gela-

22 Revista MRV
deira portátil, estilo anos 70, que pode ser ligada até
no isqueiro do carro, e uma garrafa térmica, modelo
1950, como a que é usada, até hoje, no palácio da rai-
nha da Inglaterra.
Para o designer Dijon de Moraes, o retrô caiu nas
graças do consumidor não tanto pelo apelo emocional, Linhas do refrigerador
mas pela volta às linhas arredondadas típicas de déca- Brastemp são da
década de 50, mas
das passadas. “São formas que transmitem suavidade o consumo de energia
aos objetos, deixando os desenhos mais amigáveis e é baixo como nos
afáveis a quem usa”, explica. modelos atuais.
O valor sentimental, entretanto, não é desprezado
pelas empresas que decidem trilhar os caminhos do gerente de Produtos da empresa, Marcelo Papa.
retrô. Nas pesquisas realizadas pela Volkswagen do As vitrolas agradaram tanto que a Import Express
Brasil sobre o perfil dos potenciais consumidores do resolveu redirecionar o foco do seu negócio, antes vol-
New Beetle, o resultado é bastante esclarecedor. “Em tado exclusivamente para as linhas contemporâneas de
sua maioria, são homens de 35 anos, elitizados, cultos, eletroeletrônicos importados. Agora, a maior parte do
nostálgicos e emocionais”, concluem as pesquisas. estoque é composta de artigos retrô. Marcelo Papa co-
A Brastemp lançou um refrigerador compacto que memora um crescimento de 190% nas vendas das vi-
reproduz as formas da década de 50. A intenção da em- trolas desde que lançaram o produto no Brasil. “Até
presa era oferecer um produto que fosse não somente mesmo o visual das lojas, na capital paulista, está sendo
um eletrodoméstico, mas um objeto de decoração para adaptado para o estilo”, anima-se.
a sala. “A aceitação foi imediata, e as vendas vêm cres- Os apaixonados por essa moda podem ficar tranqui-
cendo a cada mês”, destaca o diretor de Marketing da los, pois vão encontrar objetos para todo gosto. Além das
Whirlpool para a marca Brastemp, Jerome Cadier. vitrolas, a loja oferece uma infinidade de modelos de rá-
Já as características tecnológicas do refrigerador dei- dios, telefones das décadas de 20, 30 e 50 e até um Ju-
xam claro em que época o consumidor está vivendo. A kebox em tamanho real, com rádio AM e FM digital, CD
geladeira tem baixo consumo de energia, além de Player, CDR de arquivos MP3 e WAV, controle remoto
layout interno com freezer, porta latas, separador de e gabinete para armazenamento de 42 CDs.
garrafas e dispenser de água. Em São Paulo, a Import O caminho que estes produtos percorrem até che-
Express comercializa vitrolas no estilo anos 30, com garem à casa dos brasileiros (são importados dos Esta-
capacidade para tocar e gravar CD, fita K-7, rádio AM dos Unidos, mas fabricados na China), somado ao valor
e FM e o saudoso vinil. agregado do design, são fatores que tornam os preços
Os aparelhos fazem a alegria dos colecionadores e um pouco salgados para a média do mercado. Para ter
amantes dos discos raros, pessoas, em geral, com idade um desses mimos, é preciso preparar o bolso. A vitrola
acima dos 35 anos, que assistiram à agonia dos long play que oferece os recursos mais avançados pode custar até
(LP) e à chegada dos compact disc (CD), há 25 anos. R$ 2,5 mil. Nada, porém, que a força do desejo não
“Mas também há jovens aficionados por vinil”, ressalta o seja capaz de tornar possível.

New Beetle herdou as curvas do Fusca.


Mas o parentesco para por ai: o
automóvel é produzido com tecnologia
de última geração.

Revista MRV 23
Comportamento

No “dois-pra-lá”, dois-pra-cá,
praticantes de dança relaxam e
aliviam tensões do dia-a-dia

entre nessa

Dança
Fotos: Victor Schwaner/ Agência Nitro
Dança de salão é
sucesso em
todas as idades e
classes sociais.
Alunos buscam na
prática bem-estar
físico e mental
Dança curou o estresse da aposentada Rosângela Nicolau.
| Flávia Eto e Roberto Ângelo “Hoje sou uma pessoa mais tranquila”, afirma

As pistas das escolas de dança de salão estão cheias. quem tem a iniciativa da condução do movimento, ele
E, ao contrário do que muitos podem imaginar, os fre- não dança sozinho. “A mulher participa dos passos e é
quentadores não são idosos em busca de companhia ou fundamental para a composição do ritmo. Eles prefe-
de uma atividade para ocupar o tempo livre. Jovens e rem dançar com a parceira que acompanha bem e tem
adultos em busca de bem-estar físico e mental já são jogo de cintura”, explica Rodrigo Delano.
maioria nas academias. O diretor da Unidansa ainda explica que a prática
“Mais do que arte e sequência de movimentos rit- contínua de aulas de zouk, por exemplo, pode consu-
mados, a dança a dois traz qualidade de vida”, afirma mir entre 400 e 700 calorias. “A liberação de endorfina
Rodrigo Delano, diretor da Universidade da Dança de e serotonina (hormônios da euforia e felicidade) pro-
Salão (Unidansa) de Minas Gerais. Dos quase 8 mil vocada pela atividade física pode evitar depressão e
alunos que já passaram pela instituição, cerca de 90% mau humor.”
responderam, na ficha de cadastro, que a busca por Carlos Franco, proprietário da Cênica Cia de Dança
bem-estar e a socialização foram os motivos que os le- de Belo Horizonte, explica que existem alunos que che-
varam à pista de dança. gam à escola sofrendo de muita timidez, ansiedade e
“O salão é um espaço democrático, onde você reúne, até com níveis crônicos de depressão. Para estes casos,
em um mesmo ambiente, pessoas de 20 a 60 anos”, Franco explica que são realizados atendimentos indi-
acrescenta Delano. “Temos alunos que praticam há viduais para que estes alunos ganhem mais autocon-
dois meses, e outros, há dez anos.” fiança e percam o receio de participar das aulas
Homens e mulheres de meia-idade, jovens e adoles- coletivas.
centes descobrem, a cada dia, os benefícios da ativi- Segundo Karina Sabah, professora do Centro de
dade e encaram-na como uma nova forma de Dança Jaime Arôxa, de São Paulo, é o forte apelo lú-
conquistar saúde física e mental. É o caso do estudante dico da dança que faz as pessoas relaxarem. “A dança
Alexandre Lugão, de 19 anos, que pesava 113 quilos há serve como alternativa de lazer, oportunidade para
dois anos e, com a dança, perdeu quase 20. fazer novos amigos e meio de se atingir uma consciên-
Com problemas de saúde devido ao peso, o rapaz já cia corporal mais apurada”, explica. Ela estima que
praticou diversos esportes, sempre por obrigação. Ao 60% das pessoas que se matriculam nos cursos ofere-
descobrir a dança de salão há quase um ano, encontrou cidos pela escola Jaime Arôxa buscam, na atividade,
a maneira perfeita de aliar prazer à atividade física. “Eu um alívio para o estresse e a ansiedade.
escolhi a dança porque o médico pediu para eu mudar Foi justamente isso que levou a aposentada Rosân-
meu estilo de vida”, diz ele. gela Silva Nicolau, de 60 anos, para as pistas de dança.
Foi aí que Alexandre conheceu os ritmos e não mais Durante uma sessão de análise, o psicólogo sugeriu que
largou a prática. Hoje, com 95 quilos, faz aulas todos ela procurasse a dança. Rosângela frequenta as aulas
os dias e frequenta casas noturnas. “Apesar de ainda há cinco meses, duas vezes por semana. “Percebo que
existir muito preconceito contra homens que dançam, me tornei uma pessoa mais tranquila, alegre e bem
pretendo continuar praticando sempre. Ela é envol- mais saudável”. Depois de ver os resultados rápidos que
vente, sensual e agitada.” a dança trouxe para sua vida, Rosangela é categórica:
Homens e mulheres têm papéis fundamentais para “Posso até deixar de lado a minha caminhada diária,
a fluência da atividade. E mesmo sendo o homem mas jamais fico sem aparecer no salão de dança”.

MRV Revista 25
Finanças
Foto: Victor Schwaner / Agência Nitro

Gabriel e seu avô Carlos Alberto: mimos dificultam a educação financeira do neto que, aos sete anos quer uma Ferrari

Be-a-bá
financeiro Cecília Nascimento gosta de tocar piano e de fazer
contas, características não muito comuns para a idade
dela. Juntando moedinhas, de um em um real, ela che-
Aprendizado sobre como gou a mil reais. Quem poderia imaginar que uma garo-
tinha de apenas dez anos fosse capaz deste feito, difícil
lidar com dinheiro deve até para adultos? O cofrinho foi só enchendo, até virar
começar na infância uma poupança no banco, com o saldo de R$ 1.060,04.
A pequena Cecília é decidida e tem objetivos muito
| Joana Suarez claros. “Se eu economizar agora, será mais fácil no fu-
turo; posso comprar o que eu quiser e emprestar para
minha família”, explica ela. Na população brasileira,
poucas pessoas são como Cecília. Num mundo em que
as propagandas induzem ao consumismo, casos como o
de Gabriel Pereira, de sete anos, são bem mais comuns.
Primeiro neto da família, ele é o xodó do vovô Carlos
Alberto, que atende todos os seus desejos. A mãe tenta
impor limites, mas o pequeno sabe que, se pedir ao avô,
ele não resistirá. Seu último pedido foi um carrinho da
Ferrari, que custa R$ 750,00. Toda sexta-feira, a rotina
de Gabriel é sagrada: vai ao shopping com o avô com-
prar brinquedos novos e lanchar no McDonald’s.

26 Revista MRV
Educação financeira
começa em casa
Jogos e livros Comece com Incentive as crianças Dê mesadas com Ensine os conceitos
também ensinam moedinhas a poupar regularidade fundamentais
Use jogos educativos Crianças até quatro anos A partir dos dois anos, A mesada regular, aos Ajude seus filhos a
como “O Banco dificilmente diferenciam dê-lhes diariamente pelo seis ou sete anos de perceberem as diferenças
Imobiliário” e o valor das moedas e menos uma moedinha idade, desenvolve o entre querer e precisar de
“Administrando seu cédulas. Comece para criarem o hábito de senso de alguma coisa.
Dinheiro”. estimulando-as a guardar. responsabilidade.
manusear moedinhas, e, A partir dos dez anos,
aos cinco anos, introduza evite dar às crianças
as notas. dinheiro além da
mesada.

Para a economista Jane Noronha, o momento em que Foto: Bruno Magalhães / Agencia Nitro
a criança está insistindo na compra é a melhor oportu-
nidade para que os pais comecem a educá-la financeira-
mente. Ela ressalta que, apesar de ser uma tarefa difícil,
os pais devem mostrar para os pequenos o valor das coi-
sas e quais são as prioridades para a família.
A educação financeira é papel também da escola, se-
gundo o professor de matemática da Universidade Fe-
deral de Minas Gerais e presidente do Instituto de
Pesquisas em Finanças e Investimentos, Leandro Gra-
jeda. Ele é um dos defensores da ideia de que o Minis-
tério da Educação adote a alfabetização financeira
como matéria obrigatória, o que já acontece em países
como a Inglaterra desde 2000.
Grajeda está testando um projeto piloto de ensino
de gestão de finanças para alunos, em parceria com o
Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais (Ibmec).
O projeto atua também na capacitação de professores.
“A falta de educação é um fator de exclusão muito
forte”, argumenta.”As pessoas que têm menor renda
fazem os piores negócios, como empréstimos com
juros de 15% ao mês”, conclui.
O Colégio Magnum, de Belo Horizonte, é um dos
que estão investindo nesta área, com o projeto "Con-
sumo Consciente" para estudantes da 5ª série do En-
sino Fundamental. O objetivo é ensiná-los a gastar com
moderação. Durante a aula, os meninos simulam uma
lojinha para fazer compras com dinheiro de mentira. Grajeda defende
Depois, a professora avalia se eles compraram futili- alfabetização financeira
nas escolas
dade ou artigos necessários.

Revista MRV 27
Espetáculo!

Bons de
UMA BANDA
MUUUUUITO
DIFERENTE

boca| FLÁVIA ETO

A
plateia procura de onde vem o som. Impressionada, tenta
imaginar como a banda consegue apresentar tanto ta-
lento sem usar instrumentos, apenas a voz. Com criati-
vidade, a Banda de Boca domina a arte de fazer música
sem guitarra, contrabaixo, percussão, bateria, violino, cel-
los, sopros, sanfonas ou triângulos. É apenas com a boca
que ela toca e encanta em shows por todo o país.

28 Revista MRV
Formada por quatro vozes masculinas e uma femi- e tenta reproduzi-las com arranjos mais elaborados e
nina, a Banda de Boca atrai o público não só pela ino- reinventados.”
vação musical, mas pela variedade de repertório e A qualidade é resultado da disciplina dos artistas.
improviso nos palcos. Criada há 10 anos, em Salvador, Com ensaios diários, eles dedicam horas para manter
a banda já se apresentou em vários estados como São um condicionamento vocal. Além de não poder ficar
Paulo, Bahia, Santa Catarina, Distrito Federal e até fora muito tempo sem exercitar, é preciso ter cuidado no
do país, em Angola. aquecimento da voz. “É bem interessante a curiosidade
Em 2002, o grupo conquistou o 2º Lugar do Premio do pessoal. Eles ficam olhando para descobrir de onde
Visa de MPB, quando mais de dois mil candidatos do sai o som instrumental”, conta Hiran, que aposta na
Brasil disputaram. A partir daí, outros nomes da mú- resposta positiva do público. “A gente escolhe músicas
sica brasileira passaram a convidar a Banda de Boca de que o grupo gosta, do dia-a-dia, vamos testando nos
para integrar os shows. Ela já dividiu palco com Ivete shows e sentindo o retorno do público, amadurecendo
Sangalo, Tom Zé, Edson Cordeiro e Paulinho Moska. sempre a maneira de cantar”.
Os cantores Carlinhos Brown, Daniela Mercury e O novo disco do grupo formado por Hiran Mon-
Caetano Veloso abriram espaço para participação es- teiro, Arno Junior, Fabio Eca, Neto Moura e Poliana
pecial do grupo em gravações de CDs. "Todo mundo está imerso no imaginário infantil. “MPB para crian-
fica de boca aberta com as coisas que a Banda de Boca ças”, lançado no início do mês pelo selo Biscoito Fino,
faz”, comenta Carlinhos Brown. recupera faixas clássicas como “João e Maria”, de Si-
O fundador do grupo, Hiran Monteiro, explica que vuca e Chico Buarque, e “Leãozinho”, de Caetano Ve-
não se trata apenas de imitar os sons dos instrumen- loso. Contando apenas com arranjos vocais, a banda
tos. “Apesar de não ter técnica, é uma atividade bas- presenteia a garotada de hoje com clássicos que emba-
tante delicada. A gente escuta as músicas várias vezes laram a infância de seus pais.

Foto: Divulgação
Quinteto agrada
com repertório variado
e muito improviso

Revista MRV 29
Eco-Lógico

Bom para o
meio ambiente e para
o bolso
| Desireê Antônio
Consciência ambiental
impulsiona produção de
sacolas de pano
Sempre que vai às compras, a publicitária mineira dia. Apenas no último mês, houve um aumento de 20%
Paula Seabra faz questão de levar, dobrada na bolsa, uma nas vendas. “Há três anos, era muito difícil vender as
de suas ecobags, que usa para evitar o uso das sacolas sacolas; as pessoas não entendiam por que tinham de
plásticas. Adepta das sacolas de pano há quatro anos, parar de usar sacolas de plástico”, lembra. Hoje, mais
Paula está longe de ser considerada uma “ecochata”. pessoas compreendem o encargo que as sacolas plásti-
“Sou uma pessoa normal, cuidar do meio ambiente é ob- cas descartadas representam para o ecossistema. O plás-
rigação”, diz. Além de minimizar o impacto sobre os re- tico pode levar até 400 anos para ser descomposto.
cursos naturais, posturas como as de Paula estão gerando A confecção de Limeira produz, por mês, 20 mil
renda para quem produz as sacolas ecológicas. peças, que são distribuídas nas regiões Sudeste e Sul.
É o caso da confecção Artecológica, de Limeira, no Em agosto, só a livraria virtual “Livros na Rede” enco-
interior de São Paulo, que emprega 16 costureiras na mendou 5 mil sacolas. Kodak e Toyota são outras em-
produção de ecobags. Segundo a proprietária, Dercy presas que já compraram da Artecológica.
Woigt, a procura pelas sacolas vem crescendo a cada
GRANDES REDES
Foto: Bruno Magalhães/ Agência Nitro

O crescimento do uso das sacolas ecológicas pela po-


Ecobags são pulação pode ser constatado nas grandes redes de super-
companhia
constante da
mercados do país. As lojas do grupo Pão de Açúcar
publicitária Paula começaram a comercializar o item em 2005. Ao preço de
R$ 6,89 por unidade, as vendas já somaram 600 mil uni-
dades. Segundo o diretor de responsabilidade ambiental
do grupo, Paulo Pompilio, todo o lucro obtido com as ven-
das das sacolas é repassado a instituições de caridade.
Para estimular o uso, a rede lançou, em março, a cam-
panha “Ganha pontos quem ajudar o planeta”, que pre-
mia com vale-compras os clientes que usam as sacolas
retornáveis. Ao mesmo tempo em que reduz os gastos
com sacolas plásticas, o Pão de Açúcar consolida sua ima-
gem como empresa social e ambientalmente responsável.
Na rede de supermercados Wal-Mart, mais de 2 mi-
lhões de sacolas ecológicas foram vendidas, ao preço
de R$ 2,50 cada. De acordo com informação da em-
presa, as sacolas retornáveis foram responsáveis por
tirar de circulação 6 milhões de sacos plásticos.
A meta da rede é reduzir o uso de sacolas plásticas
em 50% até 2013. Para incentivar a compra das sacolas
retornáveis, a rede Wal-Mart criou o programa “Cliente
merece crédito”, no qual os consumidores que não usam
sacolas de plástico ganham o valor correspondente ao
seu custo – R$0,03 por unidade – em crédito para com-
pras. Bom para o meio ambiente e para o bolso.

30 Revista MRV
100

95

75

25

Potrebbero piacerti anche