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LESÃO DO OMBRO
INTRODUÇÃO
ANATOMIA DO OMBRO
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cavidade glenóidea e a grande cabeça do úmero (Ghorayeb et al., 1999; Hall,
2000). Com o intuito de amenizar esta incongruência mecânica e contribuir
para mínima estabilidade desta articulação tornando-a congruente, encontra-
se na orla da cavidade glenóidea um lábio formado pela cápsula articular e o
tendão do músculo bíceps braquial (cabeça longa). Os ligamentos
glenoumerais, coracoumeral e os tendões dos músculos subescapular, supra-
espinhoso, infra-espinhoso e redondo menor se fundem à cápsula articular
(Hall, 2000; Hirschfeld, 1990).
Devido a instabilidade já mencionada dessa articulação, os músculos que
transpassam esta articulação sendo considerados como estabilizadores ativos
trabalham gerando tensões contrárias (agonistas e antagonistas) evitando
desta forma possível luxação (Brown et al., 2001; Hall, 2000).
Acima da articulação glenoumeral, mais especificamente abaixo do
músculo deltóide e do processo ósseo acrômio da escápula, localiza-se 2
bursas ou bolsas (cápsulas revestidas por membrana sinovial cheias de liquido
sinovial): a subdeltóidea, e a subacromial, as quais possuem a função
específica de evitar constantes atritos entre as estruturas ósseas e tecidos
moles adjacentes (Hall, 2000).
O processo ósseo acrômio da escápula relaciona-se ao processo
coracóide por meio do ligamento coracoacromial, formando um teto
protegendo a cabeça do úmero e os ligamentos do manguito rotator quanto a
impactos diretos. No entanto no movimento de abdução do ombro esse teto
osteoligamentar diminui o espaço subacromial, ficando os tecidos
compreendidos neste espaço comprimidos (Hirschfeld et al., 1990).
O manguito rotador, um conjunto de 4 músculos (subescapular, supra-
espinhal, infra-espinhal e redondo menor) oferecem estabilidade dinâmica a
articulação do ombro, assim como realizam os movimentos de rotação e
abdução associados a outros músculos (Mellion, 1997). A inserção proximal
destes localiza-se na escápula, sendo a inserção distal do subescapular no
tubérculo menor do úmero e dos demais no tubérculo maior do úmero (Hall,
2000; Moore, 1990; Weineck, 1990).
O músculo deltóide do ombro possui 3 porções (anterior, lateral e
posterior) que revestem superiormente, anteriormente, lateralmente e
posteriormente a articulação glenoumeral tendo a importante função de
estabilizador desta importante articulação (Weineck, 1990). Este músculo tem
sua inserção proximal na face inferior da clavícula no terço lateral, acrômio e
espinha da escápula, sendo sua inserção distal na tuberosidade do úmero
(Hall, 2000; Moore, 1990; Weineck, 1990).
Outro músculo de vital importância na instabilidade da glenoumeral é o
músculo bíceps braquial (cabeça longa), devido a sua disposição a de seu
tendão o qual transpõe por cima da cabeça do úmero, inserindo-se (inserção
proximal) no tubérculo supraglenóideo da escápula deprimindo a cabeça do
úmero (Brown et al., 2001; Weineck, 1990). O sulco intertubercular do úmero
que abriga o tendão do músculo bíceps braquial cabeça longa pode apresentar
alterações degenerativas que levaria este tendão a possível tendinite e
ruptura.
Inúmeros músculos atuam sobre a articulação glenoumeral estando os
principais listados abaixo (Hall, 2000; Moore, 1990; Weineck, 1990):
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AÇÃO MÚSCULOS
Deltóide anterior / Peitoral maior (clavicular) /
Flexão
Coracobraquial
Deltóide posterior / Peitoral maior (esternal) / Grande
Extensão
dorsal
Abdução Deltóide médio / supra-espinhoso
Redondo maior e menor / Peitoral maior (esternal) /
Adução
Grande dorsal / Coracobraquial
Abdução Deltóide médio e posterior / Infra-espinhoso / Redondo
Horizontal menor
Adução Peitoral maior (clavicular e esternal) / Coracobraquial
Horizontal
Subescapular / Grande dorsal / Redondo maior / *Peitoral
Rotação medial
maior (clavicular) / *Deltóide anterior
Infra-espinhoso / Redondo menor / *Supra-espinhoso /
Rotação lateral
*Deltóide posterior
Obs (*): estes não aparecem como principais em todas as referências.
Tabela 1
LESÕES DO OMBRO
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LUXAÇÕES
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internos e externos, frizando-se a constante intensão em afastar a cabeça do
úmero do impacto ou atrito com o acrômio (tração longitudinal).
A tendinite do supra-espinhoso é observada por algias referidas
profundamente no ombro direcionando-se para a inserção distal do deltóide e
sensibilidade ao toque, também caracterizada por dificuldades em realizar
abdução e rotação externa. O teste de colisão de Neer (flexão forçada do
braço) e o teste de Hawkin (rotação forçada do braço fletido a 90º) são
provocativos a fim de inferir a lesão do supra-espinhoso. A ruptura do
manguito rotador é observada pela incapacidade na execução inicial da
abdução do ombro, assim como algia intensa (Mellion, 1997).
Devido à localização do bíceps braquial (parte proximal) na articulação
glenoumeral este vem a sofrer do impacto. Estes traumatismos constantes
provocam a tendinite progredindo para um processo degenerativo e possível
ruptura (Mellion, 1997; Iversen, 1985). Logo a identificação e tratamento
desta síndrome são de vital importância para que se evite o indesejável. O
Teste de Speed é utilizado para tal finalidade (cotovelo estendido e antebraço
supinado, flexiona-se o cotovelo até 60º contra resistência), caso surta algias
esta indica a lesão (Hirschfeld, 1990; Mellion, 1997). Hirschfeld (1990), incita
outra manobra por afirmar ser a anterior pouco precisa: ombro e cotovelo em
extensão, antebraço pronado, realiza-se a flexão do ombro e do cotovelo
contra resistência, ao mesmo tempo em que se realiza a supinação.
CONSIDERAÇÕES
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Os profissionais da educação Físicos têm um importante papel na área da
saúde prevenindo e, eventualmente, reabilitando tais lesões sendo de sua
competência capacitar-se e esmerilhar-se em seu pronto atendimento
mostrando socialmente sua grande valia.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS :