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CESARE BATISTI E A SOBERANIA DO BRASIL

1.Breve histórico sobre o caso

Eu continuo sendo um comunista de verdade, não no


sentido partidário. As minhas ideias não mudaram.
Continuo pensando que tem muita injustiça social, que a
humanidade tem ainda muito a fazer para se desenvolver.
Minha maneira de intervir nisso é através da escrita, do
voluntariado. Na França, dei cursos de escrita para presos,
ajudei a montar bibliotecas em comunidades carentes. Por
meio dessas atividades, eu continuo minha militância.
Cesare Battisti a revista Isto É

Nascido na Itália em Dezembro de 1954. Participou na luta em prol


da contestação estudantil de 1968 e a partir de 1971 foi preso várias
vezes por pequenos delitos e roubo para fomentar suas militâncias. Em
1976 estabeleceu-se em Milão ode entrou para o PAC grupo clandestino
Proletários Armados pelo Comunismo que contava com apenas 60
membros operários.
O PAC defendia uma visão Marxista e diferenciava-se das
Brigadas Vermelhas por ter uma hierarquia interna menos rígida e sem
um centro de poder autoritário.
Em 1979 Cesare foi preso e condenado por ter participado de um
grupo armado. Em 1981 teve ajuda de militantes do PAC e evadiu-se
para França onde viveu clandestinamente durante um ano. Em 1982 foi
para o México e dedicou-se a escrever fundando uma revista chamada
Via Libre, além de outras ativdades artísticas.
Logo após as delações premiadas e de declarações de presos,
conciliadas sob tortura, Battisti foi acusado de participação em quatro
homicídios praticados pelo PAC em 78 e 79, e no ano de 1988 foi
julgado a revelia e condenado a prisão perpetua. Mas em várias
publicações, pelo mundo todo, Cesare afirma que abandonou o PAC em
1978, na seqüência do assassinato de Aldo Moro1, e negou sua
participação nestes crimes.
Na França, em 1985, o Presidente Mitterrand prometeu que não
entregaria à Itália os membros de antigas organizações de extrema
esquerda extra parlamentar que renunciasse a violência. Battisti mal
pisou em paris e foi preso devido um pedido de extradição da Itália.
Mesmo assim, em maio de 91 os tribunais negaram a extradição e ele
foi solto e continuou a escrever romances e fazer traduções.
Sua paz durou apenas até fevereiro de 2004 ele foi preso e
extraditado para a Itália em junho de onde fugiu em agosto de 2004. Em
2007 foi preso no Rio de Janeiro onde começou mais uma etapa desta
caçada desumana e sem sentido...

2. contradições sobre o caso

Dos assassinatos de que foi acusado dois qu se deram em 16 de


fevereiro de 1979 - sendo um em Milão, às 15 horas, e o outro em
Mestre, a quinhentos quilómetros de Milão, às 16h50. Battisti foi
condenado a revelia pela participação direta em um dos homicídios e
como mandante intelectual do outro. Ele nega e afirma que as delações
se deram sob tortura.

Na frança cesare teria sido julgado duas vezes pelo mesmo caso o
que contradiz a lei uma vez que em 1991 ele já teria se apresentado em
uma corte francesa e já tinham negado o pedido de extradição para a
italia. Desde então entra a questão da soberania do Brasil em questionar
sobre os motivos de tantas controvérsias neste caso. E indagar ainda a
questão de a unica testemunha do caso ser beneficiaria da delação
premiada e mais ainda sobre o porque da França ter passado por cima
das leis e ter tanta neutralidade diante do julgamento que causou sua
extradição.

A sentença proferida em seu julgamento [1988], qualificam todos os


tipos penais em que teria incorrido Battisti como integrantes de "um só
projeto criminoso, instigado publicamente para a prática dos crimes
de associação subversiva constituída em quadrilha armada, de
insurreição armada contra os poderes do Estado, de guerra civil e de
qualquer maneira, por terem feito propaganda no território nacional
para a subversão violenta do sistema econômico e social do próprio
País”

3. Soberania no caso battisti

“Um país é soberano quando ele sabe reconhecer seus direitos de


fazer valer suas leis mesmo que elas interfiram em leis de outros paises.
É ato soberano de um pais colocar suas convicções, seus valores
morais e sua ordem juridica acima dos intentos mesquinhos de um
governo internacional” autor anônimo

O caso cesare põe a prova a soberania do Brasil no momento em


que seu pedido mal intencionado de extradição, fundamentado apenas
no capricho olitico de reafirmar suas alinças direitistas a fim de arrecadar
voto. Afinal, o CB viveu na frança por mais de dez anos e a Italia nada
intentou, Afinal reconhecems a ilegalidade na questão da frança ter
julgado duas vezes CB pelo mesmo crime.

A soberania do Brasil neste caso é exemplificada num texto simples


citado por franscisco resek, ex juiz internacional em Haia na holanda e
consultor juridico em arbitragens internacional, no qual se baseou tarso
genro ao poferir a sentença: "no domínio da criminalidade comum ... os estados
se ajudam mutuamente, e a extradição é um dos instrumentos desse esforço
cooperativo. Tal regra não vale no caso da criminalidade política, onde o objetivo da
afronta não é um bem jurídico universalmente reconhecido, mas uma forma de
autoridade assentada sobre ideologia ou metodologia capaz de suscitar confronto
além dos limites da oposição regular num Estado democrático"... “A qualificação de
tais indivíduos como refugiados, isto é, pessoas que não são criminosos comuns, é
ato soberano do Estado que concede o asilo. Cabe somente a ele a qualificação. É
com ela que terá início ou não o asilo”

Segundo a lei nº. 9.474/97, que define mecanismos para a implementação do


Estatuto dos Refugiados de 1951, dispõe em seu art. 1º acerca das condições em
que poderá ser reconhecida a condição de refugiado a um cidadão estrangeiro,
verbis:
Art. 1º Será reconhecido como refugiado todo indivíduo que:
I - devido a fundados temores de perseguição por motivos de raça, religião,
nacionalidade, grupo social ou opiniões políticas encontre-se fora de seu país de
nacionalidade e não possa ou não queira acolher-se à proteção de tal país;
II - não tendo nacionalidade e estando fora do país onde antes teve sua residência
habitual, não possa ou não queira regressar a ele, em função das circunstâncias
descritas no inciso anterior;

III - devido a grave e generalizada violação de direitos humanos é obrigado a deixar


seu país de nacionalidade para buscar refúgio em outro país.

Segundo DALMO DE ABREU DALLARI –o caso Battisti merece


especial atenção por sua importância dos pontos de vista ético, jurídico
e político.

“Deixando de lado as conveniências políticas e dando a devida


prioridade aos valores do humanismo, o Brasil decidiu
soberanamente, com independência, e concedeu aos
perseguidos a proteção de sua ordem jurídica. No caso de
Cesare Battisti estão presentes os requisitos fundamentais para
a concessão do estatuto de refugiado, como fica evidente pela
análise dos antecedentes do caso e pelo exame sereno dos
dados do processo, minuciosamente expostos pelo ministro da
Justiça.”

A mais recente postura italiana, que desafia a nossa soberania e a


nossa dignidade ante a sóbria decisão de apoiar a estada de cesare no
Brasil é esta, que nos conta Dalmo Dallari relatando as ofensas e
agressões de ministros do governo italiano ao governo e ao povo do
Brasil pela decisão do ministro Tarso Genro.

“Reagindo com extrema violência, o ministro do Exterior


convocou o embaixador brasileiro na Itália para exigir a
mudança da decisão, ao mesmo tempo em que outros ministros
fizeram ameaças de represália, inclusive de boicote da
participação do Brasil em reuniões internacionais.”

O mais curioso é a recente recusa francesa de extradição de uma


integrante das brigadas vermelhas para a Itália reconhecendo-se a
soberania francesa.

Em suma os argumentos que torna a decisão um ato soberano foi


o julgamento baseado no fato de prevalecer as leis que contemplam o
asilo político a pessoas perseguidas como cesare fazendo valer, ou
seja, positivando, nossas leis acima de ideais políticos internacionais
escusos. Ao contrario, totalmente, do que muitos dizem aqui no Brasil o
julgamento de Battisti ele é político pra eles e não pra nós. Para a nossa
nação ele é justo, honroso em seu esplendor patriota mais sublime, pois:

a) mesmo que houvesse prova sobre o crime, aqui já estaria prescrito.


b) É humano pois visa a preservação da integridade física e proteção
do individuo e da família. Logo, esta de acordo com a constituição;
c)É legal e está de acordo como estatuto de refugiados - devido a
fundados temores de perseguição por motivos de raça, religião,
nacionalidade, grupo social ou opiniões políticas encontre-se fora de
seu país de nacionalidade e não possa ou não queira acolher-se à
proteção de tal país; E inclusive temos exemplo de anistias de
brasileiros na França (ironicamente a de serra...)
d)Esta de acordo com a constituição, que veda a extradição motivada
por crimes políticos e estatui que, neste país não haverá penas de morte
ou de caráter perpétuo (pricipalmente com as provas dubias do caso)
e)Alem do mais aqui no nosso pais todos somos inocentes até que se
prove o contrario e CB foi julgado a revelia e o único depoimento que
consta contra ele é o de um beneficiário da delação premiada. E no
mais, ele nega os assassinatos, no documento, o ex-militante reconhece
ter participado de movimentos armados subversivos na década de 70 e
admite, inclusive, a participação regular em roubos de bancos; nega,
contudo, qualquer participação ativa nos homícios pelos quais foi
condenado.
f)É condenável Por de se tratar de um caso meramente de perseguição
política, o pedido de extradição, fica sem mérito algum perante o artigo
1º § I que diz: I - devido a fundados temores de perseguição por
motivos de raça, religião, nacionalidade, grupo social ou opiniões
políticas encontre-se fora de seu país de nacionalidade e não possa ou
não queira acolher-se à proteção de tal país;
g)E ainda fundamenta-se no art.1º parágrafo III que diz: - devido a
grave e generalizada violação de direitos humanos, é obrigado a deixar
seu país de nacionalidade para buscar refúgio em outro país. Quando
justifica o fato das crueldades aplicadas por regimes como o 14 bis
regime prisional muito severo condenado pelo mundo inteiro e que
despertou a repulsa do projeto Antígone que abomina e combate estas
práticas atrozes como ao isolamento solar.
JULIANE BELLO
RA 3809040

TRABALHO DE TEORIA GERAL DO ESTADO


Profº Orivaldo

FAAT
2009
A SOBERANIA DO BRASIL
NO CASO CESARE
BATTISTI

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