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0.1 Considerando a crescente preocupação da sociedade com relação às questões ambientais e ao desenvolvimento sustentável, a
ABNT criou a CEET-00.01.34 - Comissão de Estudo Especial Temporária de Resíduos Sólidos, para revisar a ABNT NBR 10004:1987
- Resíduos sólidos - Classificação, visando a aperfeiçoá-la e, desta forma, fornecer subsídios para o gerenciamento de resíduos
sólidos.
0.2 As premissas estabelecidas para a revisão foram a correção, complementação e a atualização da norma em vigor e a
desvinculação do processo de classificação em relação apenas à disposição final de resíduos sólidos.
0.3 A classificação de resíduos sólidos envolve a identificação do processo ou atividade que lhes deu origem, de seus constituintes e
características, e a comparação destes constituintes com listagens de resíduos e substâncias cujo impacto à saúde e ao meio
ambiente é conhecido.
A segregação dos resíduos na fonte geradora e a identificação da sua origem são partes integrantes dos laudos de classificação,
onde a descrição de matérias-primas, de insumos e do processo no qual o resíduo foi gerado devem ser explicitados.
A identificação dos constituintes a serem avaliados na caracterização do resíduo deve ser estabelecida de acordo com as matérias-
primas, os insumos e o processo que lhe deu origem.
0.4 A figura 1 ilustra a classificação dos resíduos sólidos quanto ao risco à saúde pública e ao meio ambiente. Os resíduos sólidos
são classificados em dois grupos - perigosos e não perigosos, sendo ainda este último grupo subdividido em não inerte e inerte.
0.4.1 Esta Norma estabelece os critérios de classificação e os códigos para a identificação dos resíduos de acordo com suas
características.
0.4.1.1 Todos os resíduos ou substâncias listados nos anexos A, B, D, E, F e H têm uma letra para codificação, seguida de três
dígitos.
Os resíduos perigosos constantes no anexo A são codificados pela letra F e são originados de fontes não específicas.
Os resíduos perigosos constantes no anexo B são codificados pela letra K e são originados de fontes específicas.
Os resíduos perigosos classificados pelas suas características de inflamabilidade, corrosividade, reatividade e potogenicidade são
codificados conforme indicado a seguir:
D001: qualifica o resíduo como inflamável;
D002: qualifica o resíduo como corrosivo;
D003: qualifica o resíduo como reativo;
D004: qualifica o resíduo como patogênico.
Os códigos D005 a D052 constantes no anexo F identificam resíduos perigosos devido à sua toxicidade, conforme ensaio de
lixiviação realizado de acordo com ABNT NBR 10005.
Os códigos identificados pelas letras P e U, constantes nos anexos D e E, respectivamente, são de substâncias que, dada a sua
presença, conferem periculosidade aos resíduos e serão adotados para codificar os resíduos classificados como perigosos pela sua
característica de toxicidade.
Resíduo
Sim
Não
Não
Possui constituintes
que sãosolubilizados em Não
Resíduo inerte
concentrações classe II B
superiores ao
anexo G?
Sim
Resíduo não-Inerte
classe II A
1)
A não referência ao ano de publicação deste documento significa que deve ser utilizada a edição mais recente.
A identificação dos constituintes a serem avaliados na caracterização do resíduo deve ser criteriosa e estabelecida de acordo
com as matérias-primas, os insumos e o processo que lhe deu origem.
NOTA Outros métodos analíticos, consagrados em nível internacional, podem ser exigidos pelo Órgão de Controle Ambiental,
dependendo do tipo e complexidade do resíduo, com a finalidade de estabelecer seu potencial de risco à saúde humana e ao
meio ambiente.
4.1 Laudo de classificação
O laudo de classificação pode ser baseado exclusivamente na identificação do processo produtivo, quando do enquadramento
do resíduo nas listagens dos anexos A ou B. Deve constar no laudo de classificação a indicação da origem do resíduo,
descrição do processo de segregação e descrição do critério adotado na escolha de parâmetros analisados, quando for o caso,
incluindo os laudos de análises laboratoriais. Os laudos devem ser elaborados por responsáveis técnicos habilitados.
4.2 Classificação de resíduos
Para os efeitos desta Norma, os resíduos são classificados em:
a) resíduos classe I - Perigosos;
b) resíduos classe II – Não perigosos;
– resíduos classe II A – Não inertes.
– resíduos classe II B – Inertes.
4.2.1 Resíduos classe I - Perigosos
Aqueles que apresentam periculosidade, conforme definido em 3.2, ou uma das características descritas em 4.2.1.1 a 4.2.1.5,
ou constem nos anexos A ou B.
NOTA O gerador de resíduos listados nos anexos A e B pode demonstrar por meio de laudo de classificação que seu resíduo
em particular não apresenta nenhuma das características de periculosidade especificadas nesta Norma.
4.2.1.1 Inflamabilidade
Um resíduo sólido é caracterizado como inflamável (código de identificação D001), se uma amostra representativa dele, obtida
conforme a ABNT NBR 10007, apresentar qualquer uma das seguintes propriedades:
a) ser líquida e ter ponto de fulgor inferior a 60°C, determinado conforme ABNT NBR 14598 ou equivalente, excetuando-se as
soluções aquosas com menos de 24% de álcool em volume;
b) não ser líquida e ser capaz de, sob condições de temperatura e pressão de 25°C e 0,1 MPa (1 atm), produzir fogo por
fricção, absorção de umidade ou por alterações químicas espontâneas e, quando inflamada, queimar vigorosa e
persistentemente, dificultando a extinção do fogo;
c) ser um oxidante definido como substância que pode liberar oxigênio e, como resultado, estimular a combustão e aumentar
a intensidade do fogo em outro material;
d) ser um gás comprimido inflamável, conforme a Legislação Federal sobre transporte de produtos perigosos (Portarianº
204/1997 do Ministério dos Transportes).
4.2.1.2 Corrosividade
Um resíduo é caracterizado como corrosivo (código de identificação D002) se uma amostra representativa dele, obtida
segundo a ABNT NBR 10007, apresentar uma das seguintes propriedades:
a) ser aquosa e apresentar pH inferior ou igual a 2, ou, superior ou igual a 12,5, ou sua mistura com água, na proporção de
1:1 em peso, produzir uma solução que apresente pH inferior a 2 ou superior ou igual a 12,5;
b) ser líquida ou, quando misturada em peso equivalente de água, produzir um líquido e corroer o aço (COPANT 1020) a uma
razão maior que 6,35 mm ao ano, a uma temperatura de 55°C, de acordo com USEPA SW 846 ou equivalente.
4.2.1.3 Reatividade
Um resíduo é caracterizado como reativo (código de identificação D003) se uma amostra representativa dele, obtida segundo
a ABNT NBR 10007, apresentar uma das seguintes propriedades:
a) ser normalmente instável e reagir de forma violenta e imediata, sem detonar;
b) reagir violentamente com a água;
c) formar misturas potencialmente explosivas com a água;
d) gerar gases, vapores e fumos tóxicos em quantidades suficientes para provocar danos à saúde pública ou ao meio
ambiente, quando misturados com a água;
- 2-
e) possuir em sua constituição os íons CN ou S em concentrações que ultrapassem os limites de de 250 mg de HCN
liberável por qulilograma de resíduo ou 500 mg de H2S liberável por quilograma de resíduo, de acordo com ensaio
estabelecido no USEPA - SW 846;
f) ser capaz de produzir reação explosiva ou detonante sob a ação de forte estímulo, ação catalítica ou temperatura em
ambientes confinados;
g) ser capaz de produzir, prontamente, reação ou decomposição detonante ou explosiva a 25°C e 0,1 MPa (1 atm);
h) ser explosivo, definido como uma substância fabricada para produzir um resultado prático, através de explosão ou efeito
pirotécnico, esteja ou não esta substância contida em dispositivo preparado para este fim.
4.2.1.4 Toxicidade
Um resíduo é caracterizado como tóxico se uma amostra representativa dele, obtida segundo a ABNT NBR 10007,
apresentar uma das seguintes propriedades:
a) quando o extrato obtido desta amostra, segundo a ABNT NBR 10005, contiver qualquer um dos contaminantes em
concentrações superiores aos valores constantes no anexo F. Neste caso, o resíduo deve ser caracterizado como tóxico
com base no ensaio de lixiviação, com código de identificação constante no anexo F;
b) possuir uma ou mais substâncias constantes no anexo C e apresentar toxicidade. Para avaliação dessa toxicidade, devem
ser considerados os seguintes fatores:
― natureza da toxicidade apresentada pelo resíduo;
― concentração do constituinte no resíduo;
― potencial que o constituinte, ou qualquer produto tóxico de sua degradação, tem para migrar do resíduo para o ambiente,
sob condições impróprias de manuseio;
― persistência do constituinte ou qualquer produto tóxico de sua degradação;
― potencial que o constituinte, ou qualquer produto tóxico de sua degradação, tem para degradar-se em constituintes não
perigosos, considerando a velocidade em que ocorre a degradação;
― extensão em que o constituinte, ou qualquer produto tóxico de sua degradação, é capaz de bioacumulação nos
ecossistemas;
― efeito nocivo pela presença de agente teratogênico, mutagênico, carcinogênco ou ecotóxico, associados a substâncias
isoladamente ou decorrente do sinergismo entre as substâncias constituintes do resíduo;
c) ser constituída por restos de embalagens contaminadas com substâncias constantes nos anexos D ou E;
d) resultar de derramamentos ou de produtos fora de especificação ou do prazo de validade que contenham quaisquer
substâncias constantes nos anexos D ou E;
e) ser comprovadamente letal ao homem;
f) possuir substância em concentração comprovadamente letal ao homem ou estudos do resíduo que demonstrem uma DL50
oral para ratos menor que 50 mg/kg ou CL50 inalação para ratos menor que 2 mg/L ou uma DL50 dérmica para coelhos
menor que 200 mg/kg.
Os códigos destes resíduos são os identificados pelas letras P, U e D, e encontram-se nos anexos D, E e F.
4.2.1.5 Patogenicidade
4.2.1.5.1 Um resíduo é caracterizado como patogênico (código de identificação D004) se uma amostra representativa dele,
obtida segundo a ABNT NBR 10007, contiver ou se houver suspeita de conter, microorganismos patogênicos, proteínas virais,
ácido desoxiribonucléico (ADN) ou ácido ribonucléico (ARN) recombinantes, organismos geneticamente modificados,
plasmídios, cloroplastos, mitocôndrias ou toxinas capazes de produzir doenças em homens, animais ou vegetais.
4.2.1.5.2 Os resíduos de serviços de saúde deverão ser classificados conforme ABNT NBR 12808. Os resíduos gerados nas
estações de tratamento de esgotos domésticos e os resíduos sólidos domiciliares, excetuando-se os originados na assistência
à saúde da pessoa ou animal, não serão classificados segundo os critérios de patogenicidade.
4.2.2 Resíduos classe II - Não perigosos
Os códigos para alguns resíduos desta classe encontram-se no anexo H.
4.2.2.1 Resíduos classe II A - Não inertes
Aqueles que não se enquadram nas classificações de resíduos classe I - Perigosos ou de resíduos classe II B - Inertes, nos
termos desta Norma. Os resíduos classe II A – Não inertes podem ter propriedades, tais como: biodegradabilidade,
combustibilidade ou solubilidade em água.
4.2.2.2 Resíduos classe II B - Inertes
Quaisquer resíduos que, quando amostrados de uma forma representativa, segundo a ABNT NBR 10007, e submetidos a um
contato dinâmico e estático com água destilada ou desionizada, à temperatura ambiente, conforme ABNT NBR 10006, não
tiverem nenhum de seus constituintes solubilizados a concentrações superiores aos padrões de potabilidade de água,
excetuando-se aspecto, cor, turbidez, dureza e sabor, conforme anexo G.
5 Métodos de ensaio
Para análises químicas deverão ser usados os métodos USEPA - SW 846, última edição e, quando disponíveis, os métodos
nacionais equivalentes elaborados pela ABNT.
Anexo A
(normativo)
Código de Característica de
Resíduo perigoso Constituinte perigoso
identificação periculosidade
Os seguintes solventes
halogenados usados, utilizados
em desengraxe:
tetracloroetileno; tricloroetileno;
Tetracloroetileno,
dicloro metano; 1,1,1-
diclorometano, tricloroetileno,
tricloroetano; tetracloreto de
F001 1,1,1-tricloroetano, Tóxico
carbono e fluorocarbonetos
tetracloreto de carbono,
clorados, além de resíduos
fluorocarbonos clorados
originados no processo de
recuperação destes solventes
ou de misturas que os
contenham
Os seguintes solventes
halogenados usados:
tetracloroetileno; 1,1,1-
Tetracloroetileno,
tricloroetano; dicloro metano;
diclorometano, tricloroetileno,
tricloroetileno; 1,1,2-
1,1,1-tricloroetano,
tricloroetano, clorobenzeno;
clorobenzeno, 1,1,2-tricloro-
F002 1,1,2-tricloro-1,2,2-trifluoretano; Tóxico
1,2,2-trifluoretano, orto-
orto-diclorobenzeno;
diclorobenzeno,
triclorofluorometano, além de
triclorofluormetano, 1,1,2-
resíduos originados no
tricloroetano
processo de recuperação
destes solventes ou de
misturas que os contenham
Os seguintes solventes não
halogenados usados: xileno,
acetona, acetato de etila,
etilbenzeno, éter etílico,
metilisobutilcetona, n-butanol,
F003 Não aplicável Inflamável
ciclo-hexanona e metanol, além
de resíduos originados no
processo de recuperação
destes solventes ou de
misturas que os contenham
Os seguintes solventes não
halogenados usados: cresóis,
ácido cresílico e nitrobenzeno,
Cresóis, ácido cresílico e
F004 além de resíduos originados no Tóxico
nitrobenzeno
processo de recuperação
destes solventes ou de
misturas que os contenham
Os seguintes solventes não
halogenados usados: tolueno,
metiletilcetona, dissulfeto de
Tolueno, metiletilcetona,
carbono, metil-1-propanol
dissulfeto de carbono,
(isobutanol), piridina, benzeno,
F005 piridina, isobutanol, 2- Inflamável, tóxico
2-etoxietanol e 2-nitropropano,
etoxietanol, benzeno, 2-
além de resíduos originados no
nitropropano
processo de recuperação
destes solventes ou de
misturas que os contenham
Código de Característica de
Resíduo perigoso Constituinte perigoso
identificação periculosidade
Lodos do tratamento de
efluentes líquidos provenientes
de operações de
eletrodeposição, exceto os
originários dos seguintes
processos: (1) anodização do
alumínio com ácido sulfúrico;
(2) revestimento do aço-
carbono com estanho; (3)
Cádmio, cromo hexavalente,
F006 revestimento do aço-carbono Tóxico
níquel, cianeto (complexo)
com zinco; (4) revestimento do
aço-carbono com alumínio ou
zinco-alumínio; (5) operações
de limpeza/extração
associadas com revestimentos
de estanho, zinco e alumínio no
aço-carbono e (6) gravura e
estampagem química do
alumínio
Soluções exauridas de cianeto
F007 provenientes de operações de Cianeto (sais) Reativo, tóxico
galvanoplastia
Lodos provenientes do fundo
de tanques de banhos
F008 Cianeto (sais) Reativo, tóxico
galvanoplásticos nos quais
foram usados cianetos
Soluções galvanoplásticas de
extração e limpeza exauridas
F009 Cianeto (sais) Reativo, tóxico
nas quais foram utilizados
cianetos
Resíduos de banhos de
têmpera provenientes dos
banhos de óleo, empregados
F010 Cianeto (sais) Reativo, tóxico
nas operações de tratamento
térmico de metais, nos quais
são utilizados cianetos
Soluções de cianeto exauridas
provenientes da limpeza do
F011 cadinho de banho salino das Cianeto (sais) Reativo, tóxico
operações de tratamento
térmico de metais
Lodos originados no tratamento
de efluentes líquidos
provenientes dos banhos de
F012 têmpera das operações de Cianeto (complexo) Tóxico
tratamento térmico de metais
nos quais são utilizados
cianetos
Sedimentos de fundo de lagoa de
descarga do tratamento de efluentes
F014 líquidos do processo de cianetação Cianeto (complexo) Tóxico
utilizado nas operações de extração de
metais contidos em minérios
Soluções exauridas que contenham
cianeto e sejam provenientes dos
F015 banhos utilizados nas operações de Cianeto (sais) Reativo, tóxico
extração de metais contidos em
minérios
Cádmio, cromo, chumbo,
Resíduos e lodos de tinta provenientes
F017 cianeto, tolueno, Tóxico
da pintura industrial
tetracloroetileno
Lodos originados no sistema de Cádmio, cromo, chumbo,
F018 tratamento de efluentes líquidos da cianeto, tolueno, Tóxico
pintura industrial tetracloroetileno
Lodos de tratamento de efluentes
líquidos provenientes do revestimento
do alumínio por conversão química,
Cromo hexavalente, cianeto
F019 com exceção dos provenientes da Tóxico
(complexo)
fosfatização com zircônio de latas de
alumínio quando este processo é
exclusivo de revestimento
Resíduos (exceto efluentes líquidos e
carvão usado provenientes da
purificação do ácido clorídrico) da
Tetra- e pentaclorodibenzo-p-
produção ou uso (como reagente,
dioxinas; tetra- e
intermediário químico ou componente
pentaclorodibenzofuranos;
em um processo de formulação) de tri-
F020 tri- e tetraclorofenóis, bem Altamente tóxico
ou tetraclorofenol, ou de intermediários
como ácidos, ésteres Éteres,
usados para produzir seus derivados
aminas e outros sais
pesticidas, com exceção dos resíduos
clorofenóxi-derivados
originados na produção de
hexaclorofeno a partir de 2,4,5-
triclorofenol altamente purificado
Resíduos (exceto efluentes líquidos e
carvão usado provenientes da
purificação do ácido clorídrico) da Penta- e hexaclorodibenzo-p-
produção ou uso (como reagente, dioxinas; penta e
F021 intermediário químico ou componente hexaclorodibenzofuranos; Altamente tóxico
em um processo de formulação) de pentaclorofenol e seus
pentaclorofenol ou de intermediários derivados
utilizados na produção de seus
derivados
Resíduos (exceto efluentes líquidos e Tetra-, penta- e
carvão usado provenientes da hexaclorodibenzo-p-dioxinas;
purificação do ácido clorídrico) da tetra-, penta- e
produção ou uso (como reagente, hexaclorodibenzofuranos
F022 Altamente tóxico
intermediário químico ou componente
em um processo de formulação) de
tetra-, penta- ou hexaclorobenzenos
sob condições alcalinas
Carvão usado
proveniente do
Explosivos K045 tratamento de efluentes Não aplicável Reativo
líquidos que
contenham explosivos
Lodos provenientes do
tratamento de efluentes
líquidos originados na
K046 produção, formulação e Chumbo Tóxico
carregamento de
compostos iniciadores
à base de chumbo
Água rosa/vermelha
K047 proveniente das Não aplicável Reativo
operações de TNT
Sobrenadante
proveniente de
separadores tipo DAF
K048 (Dissolved Air Cromo hexavalente, chumbo Tóxico
Flotation) empregados
nas indústrias de refino
de petróleo
Sólidos provenientes
da emulsão residual
K049 oleosa gerada na Cromo hexavalente, chumbo Tóxico
indústria de refino de
petróleo
Lodos provenientes da
limpeza dos tubos dos
trocadores de calor
K050 Cromo hexavalente Tóxico
empregados na
Refino de indústria de refino de
petróleo petróleo
Lodos provenientes
dos separadores
K051 empregados na Cromo hexavalente, chumbo Tóxico
indústria de refino de
petróleo
Resíduos contendo
chumbo provenientes
de fundos de tanques
K052 Chumbo Tóxico
empregados na
indústria de refino de
petróleo
Sedimento do tanque
de armazenamento de
K169 óleo cru, das Benzeno Tóxico
operações de refino de
petróleo
Borra clarificada do
Benzo (a) pireno, dibenzo (a,h)
resíduo do tanque de
antraceno, benzo (a) antraceno, benzo
Refino de óleo e/ou sólidos dos
K170 (b) fluoranteno, benzo (k) fluoranteno, Tóxico
petróleo separadores/filtros de
3-metilbenzilciclopentaantraceno,
linha das operações de
7,12- dimetilbenzo (a) antraceno
refino de petróleo
Catalisador gasto
proveniente do
hidrotratamento das
operações de refino de
petróleo, incluindo
leitos usados para Inflamável e
K171 Benzeno, arsênio
dessulfurizar as tóxico
alimentações para
outros reatores
catalíticos (este código
não inclui o meio de
suporte inerte)
Catalisador gasto
proveniente do
hidrotratamento das
operações de refino de
petróleo, incluindo
leitos usados para Inflamável e
K172 Benzeno, arsênio
dessulfurizar as tóxico
alimentações para
outros reatores
catalíticos (este código
não inclui o meio de
suporte inerte)
Lodos ou poeiras
provenientes do
sistema de controle de
emissão de gases
K061 Cromo hexavalente, chumbo, cádmio Tóxico
empregado na
produção de aço
primário em fornos
elétricos
Banho de decapagem
Ferro e aço exaurido proveniente
K062 Cromo hexavalente, chumbo Corrosivo, tóxico
das operações de
acabamento do aço
Lodos ou poeiras
provenientes do
sistema de controle de
K092 emissão de gases Cromo, chumbo Tóxico
empregado na
produção de ferro-
manganês
Poeiras provenientes
do sistema de controle
de emissão de gases
Ferro e aço K209 Cromo, chumbo, arsênio Tóxico
empregado nos fornos
Cubilot empregados na
fundição de ferro
Lodos ou poeiras
provenientes do
sistema de controle de
K090 emissão de gases Cromo Tóxico
empregado na
produção de ferro-
cromo-silício
Ferroligas
Lodos ou poeiras
provenientes do
sistema de controle de
K091 emissão de gases Cromo, chumbo Tóxico
empregado na
produção de ferro-
cromo
Lodos provenientes do
tratamento de efluentes
Zinco líquidos e/ou purga
K066 Chumbo, cádmio Tóxico
primário ácida originados na
unidade de produção
de zinco primário
Lodos calcários de
anodos eletrolíticos
K067 Chumbo, cádmio Tóxico
originados na produção
de zinco primário
Resíduos provenientes
da unidade cádmio
K068 (óxido de ferro) do Chumbo, cádmio Tóxico
processo de produção
de zinco primário
Lodos e lamas do
adensamento da purga
Cobre
K064 ácida do processo de Chumbo, cádmio Tóxico
primário
produção de cobre
primário
Lodos ou poeiras
provenientes do
Chumbo sistema de controle de
K065 Chumbo, cádmio Tóxico
primário emissão de gases
empregado na fundição
de chumbo
Lodos ou poeiras
provenientes do
Chumbo sistema de controle de
K069 Cromo hexavalente, chumbo, cádmio Tóxico
secundário emissão de gases
empregado na fundição
de chumbo secundário
Lixívia residual
resultante do lixiviação
ácida de lodos e/ou
Chumbo poeiras provenientes
K100 Cromo hexavalente, chumbo, cádmio Tóxico
secundário do sistema de controle
de emissões gasosas
empregado na fundição
secundária de chumbo
Lamas de purificação
de salmoura,
provenientes de células
Química de mercúrio em
K071 Mercúrio Tóxico
inorgânica unidades de produção
de cloro, onde não se
faz a pré-purificação da
salmoura
Resíduos de
hidrocarbonetos
clorados provenientes
da etapa de purificação Clorofórmio, tetracloreto de carbono,
utilizada no processo hexacloroetano, tricloroetano,
K073 Tóxico
de produção de cloro tetracloroetileno, dicloroetileno,
que empregue sistema 1,1,2,2-tetracloroetano
de células de
diafragma e anodos de
grafite
Lodos provenientes do
tratamento de efluentes
líquidos originados no
processo de produção
do pigmento branco de
K074 Cromo Tóxico
dióxido de titânio, por
meio do método de
cloretos, a partir de
minérios que
contenham cromo
Lodos provenientes do
tratamento de efluentes
líquidos originados no
K106 Mercúrio Tóxico
processo de produção
de cloro em células de
mercúrio
Filtros-manga da
produção de óxido de
antimônio, incluindo
filtros da produção de
K176 Arsênio, chumbo Explosivo
intermediários (por
exemplo: antimônio
metálico ou óxido de
antimônio bruto)
Escória da produção de
óxido de antimônio,
incluindo a escória da
produção de
K177 Antimônio Tóxico
intermediários (por
exemplo: antimônio
metálico ou antimônio
bruto)
Química
inorgânica Resíduos da fabricação
e de locais de
armazenamento de
cloreto férrico a partir
K178 de ácidos formados Tálio Tóxico
durante a produção do
dióxido de titânio,
utilizando o processo
de ilmenite- cloreto
Resíduos provenientes
de etapas de limpeza
com solventes
K078 Cromo, chumbo, solventes Inflamável, tóxico
empregadas em
processos de produção
de tintas
Efluentes líquidos
Chumbo, mercúrio, benzeno,
provenientes de etapas
tetracloreto de carbono, cloreto de
de limpeza ou materiais
K079 metileno, tetracloroetileno naftaleno, Tóxico
cáusticos gerados em
di-(2-etilhexilftalato),
processos de produção
di-n-butilftalato, tolueno
de tintas
Fabricação Lodos provenientes do
de tintas tratamento de efluentes
Cromo, chumbo, mercúrio, níquel,
K081 líquidos originados no Tóxico
cloreto de metileno, tolueno
processo de produção
de tintas
Lodos ou poeiras Antimônio, cádmio, cromo, chumbo,
provenientes do níquel, prata, cianetos, fenol,
sistema de controle de mercúrio, pentaclorofenol, cloreto de
emissão de gases vinila,
K082 empregado na 3-3-diclorobenzilideno, naftaleno, Tóxico
produção de tintas di-(2-etilhexilftalato),
di-n-butilftalato, benzeno, tolueno,
tetracloreto de carbono, cloreto de
metileno, tricloroetileno
Lodos e lavagens aquosas,
alcalinas ou com solventes,
provenientes de etapas de
limpeza de tubulações e
Fabricação Chumbo, cromo
K086 equipamentos utilizados para a Tóxico
de tintas hexavalente
formulação de tintas a partir de
pigmentos, secantes, sabões
e/ou estabilizantes contendo
cromo ou chumbo
Lodos provenientes do
tratamento de efluentes
líquidos originados no
K084 Arsênio Tóxico
processo de produção de
compostos arseniacais ou
organo-arseniacais
Resíduos de fundo de
destilação originados na etapa
Produtos
de destilação de compostos
farmacêuticos
K101 anilínicos empregados na Arsênio Tóxico
e veterinários
produção de compostos
arseniacais ou organo-
arseniacais
Carvão ativo usado
proveniente da etapa de
K102 descoloração da produção de Arsênio Tóxico
compostos arseniacais ou
organo-arseniacais
Lodo calcário da destilação da Cianeto, naftaleno,
K060 amônia proveniente das compostos fenólicos, Tóxico
operações de coqueificação arsênio
Coqueificaçã Lodo (borra) de alcatrão
o proveniente do tanque de
decantação utilizado no
K087 Fenol, naftaleno Tóxico
sistema de tratamento de
gases gerados na
coqueificação do carvão
Resíduos de processo da
recuperação do alcatrão, Benzeno, benzo (a)
incluindo, mas não se limitando antraceno, benzo (a)
a, resíduos da lagoa de coleta pireno, benzo (b)
Coqueificaçã
K141 da produção de coque a partir fluoranteno, benzo (k) Tóxico
o
de carvão ou da recuperação fluoranteno, dibenzo (a,h)
dos subprodutos do coque antraceno, indeno (1,2,3-
produzidos a partir do carvão. cd) pireno
Este código não inclui o K087
Benzeno, benzo (a)
Resíduos do tanque de
antraceno, benzo (a)
armazenamento da produção
pireno, benzo (b)
de coque a partir de carvão ou
K142 fluoranteno, benzo (k) Tóxico
da recuperação de
fluoranteno, dibenzo (a,h)
subprodutos do coque
antraceno, indeno (1,2,3-
produzidos a partir de carvão
cd) pireno
Resíduos de processo da
recuperação de óleos leves,
incluindo, mas não se limitando
Benzeno, benzo (a)
àqueles gerados em
antraceno, benzo (b)
K143 destiladores, decantadores e Tóxico
fluoranteno, benzo (k)
unidades de lavagem de óleo
fluoranteno
da recuperação de
subprodutos de coque
produzidos a partir de carvão
Resíduos da lagoa de
efluentes do refino de óleo
Benzeno, benzo (a)
leve, incluindo, mas não se
antraceno, benzo (a)
limitando a, lodos das lagoas
pireno, benzo (b)
K144 de interceptação ou de Tóxico
fluoranteno, benzo (k)
contaminação provenientes da
fluoranteno, dibenzo (a,h)
recuperação de subprodutos
antraceno
de coque produzidos a partir
do carvão
Resíduos das operações de
recuperação e coleta de Benzeno, benzo (a)
naftaleno originadas da antraceno, benzo (a)
K145 Tóxico
recuperação de subprodutos pireno, dibenzo (a,h)
de coque produzido a partir do antraceno, naftaleno
carvão
Benzeno, benzo (a)
antraceno, benzo (a)
Resíduos do tanque de
pireno, benzo (b)
armazenamento de alcatrão
K147 fluoranteno, benzo (k) Tóxico
provenientes do refino do
fluoranteno, dibenzo (a,h)
alcatrão
antraceno, indeno (1,2,3-
cd) pireno
Benz (a) antraceno, benzo
Coqueificaçã
Resíduos da destilação do (a) pireno, benzo (b)
o
alcatrão, incluindo, mas não se fluoranteno, benzo (k)
K148 Tóxico
limitando a fundos do fluoranteno, dibenzo (a,h)
destilador antraceno, indeno (1,2,3-
cd) pireno
Resíduos provenientes da
lavagem ácida do benzeno Benzeno, tolueno,
K206 Corrosivo, tóxico
originário da destilação do naftaleno, fenol
alcatrão do coque
Catodos usados provenientes
K088 da redução de alumínio Cianeto (complexo) Tóxico
primário
Alumínio
primário Resíduos provenientes do
desmonte das cubas de
K200 Cianetos (complexo) Tóxico
redução empregadas na
produção de alumínio primário
Borra ácida proveniente do
K207 processo de rerrefino de óleos Não aplicável Corrosivo, tóxico
Rerrefino de lubrificantes usados
óleo Borra neutra proveniente do
K208 processo de rerrefino de óleos Não aplicável Tóxico
lubrificantes usados
Aparas de couro provenientes
K193 Cromo hexavalente Tóxico
de couros curtidos ao cromo
Serragem e pós de couro
K194 provenientes de couros Cromo hexavalente Tóxico
Indústria
curtidos ao cromo
coureira
calçadista Lodos provenientes do
tratamento de efluentes
K195 líquidos originados no Cromo hexavalente Tóxico
processo de curtimento de
couros ao cromo
NOTA Não aplicável - Termo empregado quando o resíduo enquadra-se como perigoso pela presença de um grande
número de constituintes perigosos ou pelo efeito do conjunto destes.
Anexo C
(normativo)
1,2,3-Tricloropropano 96-18-4
Tricloropropano NE 1) 25735-29-9
Trietil tiofosfato 126-68-1
Trietilamina U404 121-44-8
1,3,5-Trinitrobenzeno U234 99-35-4
Trióxido de arsênio Óxido de arsênio III P012 1327-53-3
Tripan blue Sal tetrassódio do ácido 3,3'-[(3,3'- U236 72-57-1
dimetil-(1,1'-bifenil)-4,4'dil)] – Bis (azo)
Bis (5-amino-4-hidróxi)-2,7-naftaleno
dissulfônico
Tris-BP Fosfato de tris(2,3-dibromopropila) U235 126-72-7
Uretano Carbonato de etila U238 51-79-6
Vanadato de amônio P119 7803-55-6
Vernolate Dipropiltiocarbamato de propila 1929-77-7
Warfarin quando em concentração 3-(α-Acetonilbenzil)-4-hidroxicumarina U248 81-81-2
≤ 0,3%
Warfarin quando em concentração 3-(α-Acetonilbenzil)-4-hidroxicumarina P001 81-81-2
> 0.3%
Warfarin (sais) quando em P001
concentração > 0.3%
Warfarin (sais) quando em U248
concentração ≤ 0,3%
Xilenos Dimetilbenzeno U239 1330-20-7
Substâncias tóxicas
Limite máximo no
lixiviado CAS - Chemical Abstrat
Parâmetro Código de identificação
Substance
mg/L
Inorgânicos
Arsênio D005 1,0 7440-38-2
Bário D006 70,0 7440-39-3
Cádmio D007 0,5 7440-43-9
Chumbo D008 1,0 7439-92-1
Cromo total D009 5,0 7440-47-3
Fluoreto D010 150,0 **) genérico
Mercúrio D011 0,1 7439-97-6
)
Prata D012 5,0* 7440-22-4
Selênio D013 1,0 7782-49-2
Pesticidas
Aldrin + dieldrin D014 0,003 **) 309-00-2; 60-57-1
Clordano (todos os D015 0,02 57-74-9
isômeros)
DDT (p, p´ DDT+ p, p´ D016 0,2 50-29-3
DDD + p, p´ DDE)
2,4-D D026 3,0 94-75-7
Endrin D018 0,06 72-20-8
Heptacloro e seus D019 0,003 76-44-8
epóxidos
Lindano D022 0,2 58-89-9
Metoxicloro D023 2,0 72-43-5
Pentaclorofenol D024 0,9 87-86-5
)
Toxafeno D025 0,5* 8001-35-2
2,4,5-T D027 0,2 **) 93-76-5
)
2,4,5-TP D028 1,0* 93-72-1
Outros orgânicos
Benzeno D030 0,5*) 71-43-2
Benzo(a) pireno D031 0,07 50-32-8
Cloreto de vinila D032 0,5 75-01-4
)
Clorobenzeno D033 100* 108-90-70
)
Clorofórmio D034 6,0* 67-66-3
Cresol total***) D035 200,0*) genérico
)
Clorofórmio D034 6,0* 67-66-3
) )
Cresol total*** D035 200,0* genérico
o-Cresol D036 200,0*) 95-48-7
m-Cresol D037 200,0*) 108-39-4
p-Cresol D038 200,0*) 106-44-5
)
1,4-Diclorobenzeno D039 7,5* 106-46-7
1,2-Dicloroetano D040 1,0 107-06-2
1,1-Dicloroetileno D041 3,0 75-35-4
)
2,4-Dinitrotolueno D042 0,13* 121-14-2
Hexaclorobenzeno D021 0,1 118-74-1
)
Hexaclorobutadieno D043 0,5* 87-68-3
)
Hexacloroetano D044 3,0* 67-72-1
Metiletilcetona D045 200,0*) 78-93-3
)
Nitrobenzeno D046 2,0* 98-95-3
)
Piridina D047 5,0* 110-86-1
Tetracloreto de carbono D048 0,2 56-23-5
Tetracloroetileno D049 4,0 127-18-4
Tricloroetileno D050 7,0 79-01-6
)
2,4,5-Triclorofenol D051 400,0* 95-95-4
2,4,6-Triclorofenol D052 20,0 88-06-2
*) Parâmetros e limites máximos no lixiviado extraídos da USEPA - Environmental Protection Agency 40 CFR -
Part 261 - 24 - “Toxicity Characteristcs”.
**) Parâmetro e limite máximo no lixiviado mantido, extraído da versão anterior da ABNT NBR 10004:1987.
***) O parâmetro Cresol total somente deve ser utilizado nos casos em que não for possível identificar separadamente
cada um dos isômeros
NOTA Os demais poluentes e limites máximos no lixiviado deste anexo foram baseados na Portaria nº 1469/2000
do MS, multiplicados pelo fator 100.
Anexo G
(normativo)
Alumínio 0,2
Arsênio 0,01
Bário 0,7
Cádmio 0,005
Chumbo 0,01
Cianeto 0,07
Cloreto 250,0
Cobre 2,0
2,4-D 0,03
Ferro 0,3
Fluoreto 1,5
Manganês 0,1
Mercúrio 0,001
Metoxicloro 0,02
Prata 0,05
Selênio 0,01
Sódio 200,0
2,4,5-TP 0,03
Zinco 5,0
Anexo H
(informativo)
Código de Código de
Descrição do resíduo Descrição do resíduo
identificação identificação
A001 Resíduo de restaurante (restos A009 Resíduo de madeira
de alimentos)
A004 Sucata de metais ferrosos A010 Resíduo de materiais têxteis
NOTA Excluídos aqueles contaminados por substâncias constantes nos anexos C, D ou E e que apresentem
características de periculosidade.