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O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DA ESCOLA NORMAL NO SUL DO

ESTADO DE MATO GROSSO NO CONTEXTO DAS REFORMAS


EDUCACIONAIS (1920-1940)

Margarita Victoria Rodriguez e Regina Tereza Cestari de Oliveira


Universidade Católica Dom Bosco, Campo Grande, MS

Esta pesquisa insere-se no campo temático da historiografia educacional brasileira –


a história de instituições escolares e o seu objetivo é analisar o processo de criação e
consolidação da Escola Normal no sul do então estado de Mato Grosso (hoje, estado de
Mato Grosso do Sul)i. Procura-se compreender, neste texto, o processo histórico de
implantação do ensino normal na região, mediante um resgate da memória institucional e
da história local, inserida no contexto nacional, entendendo que as instituições são
construídas historicamente, e devem ser estudadas no devir das lutas políticas sociais e
econômicas.
Os estados de Mato Grosso e de Mato Grosso do Sul, têm sido objetos de estudo e
pesquisas. Esses registros, inicialmente, materializaram-se em algumas crônicas e cartas de
pessoas que passaram pelo território (comerciantes, políticos, engenheiros, sacerdotes)
centrando seus interesses em descrições do cotidiano –o clima, a geografia, a colonização
das terras, entre outros temas. Posteriormente, de acordo com Alves (2001), alguns
trabalhos pioneiros tentaram resgatar a história da educação do estadoii, porém será a partir
do surgimento na década de 1970, das atuais Universidade Federal de Mato Grosso e,
Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, que, gradativamente, os pesquisadores foram
se organizando em grupos resultando em uma produçãoiii que permite uma aproximação
histórica desse objeto educacional.
Parte-se das discussões e produções existentes em relação à história das políticas
educacionais implantadas no estado, no início do século XX, exigindo desta pesquisa, um
esforço teórico-metodológico que leva em conta a relação entre a produção historiográfica
que discute e analisa a história em âmbito nacional e os estudos da história local e ou
regional. Assim, considerando ambos os recortes, busca-se observar a necessária relação
entre uma abordagem da totalidade do real histórico e uma abordagem “micro”, entendendo
que é impossível compreender a história local sem fazer uma relação dialética com o todo.
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Assim sendo, aborda-se a história local enquanto opção metodológica fazendo um


recorte temático, escolhido a partir da constatação de que existem poucos estudos sobre o
período, enfatizando a relação existente entre as políticas nacionais de educação e seus
desdobramentos regionais. Sem deixar de contemplar uma periodização historicamente
acunhada nas pesquisas históricas de caráter nacional, propõe-se um exercício de
reinterpretação, levando em consideração as tessituras das relações sociais de cada época,
procurando compreender as relações de poder e os conflitos de interesses entre as classes
no contexto regional/local, visando registrar as peculiaridades que se transformaram pela
ação dos homens num mesmo espaço material. Como afirma Alves (2001, p. 164):
Segundo o referencial teórico adotado, os termos regional e nacional são expressões,
em escalas diferentes, do singular. O universal corresponde ao movimento dado
pelas leis da totalidade, isto é, da sociedade capitalista, e o singular cinge-se ao locus
em que esse movimento se realiza: uma região, uma instituição educacional, a obra
teórica e/ou prática de um educador etc. Portanto, universal e singular são
indissociáveis e os objetos de pesquisa só são suficientemente captados quando
revelam essa indissociabilidade. Nesse sentido, as expressões nacional e regional
não se opõem ao universal. São isto sim, formas por meio das quais o universal se
realiza. Como são formas sempre peculiares, em decorrência dos condicionamentos
econômicos e culturais de cada região ou nação, são, por isso, expressões singulares
de realizações do universal.

Os princípios liberais permearam as lutas políticas da América Latina, tanto os


movimentos pela independência, quanto o posterior processo de formação das Repúblicas
latino-americanas abraçaram esta concepção política e econômica, adotando as bandeiras
de liberdade de ensino, gratüidade, obrigatoriedade e laicidade no campo educacional.
No Brasil colonial, o liberalismo produziu as bandeiras e respaldou os movimentos insurrecionais e
de Inconfidência contra o poder metropolitano, e esteve explicitamente presente no movimento que resultou
na Independência, no primeiro quartel do século XIX. A Constituição Imperial é um exemplo acabado da
inesgotável capacidade de adaptação e tradução dos princípios liberais a situações as mais diversas, a ponto
de prestar-se à legitimação de um insólito “contrato” entre senhores e escravos. (JACOMELI e XAVIER,
2003, p.195).
De acordo com Jacomeli (1998) o estado de Mato Grosso seguindo a tendência
nacional foi influenciado pelas idéias liberais. Com efeito:
O ideário liberal nasceu no mundo europeu, como resultado da derrocada do
feudalismo e da constituição das relações capitalistas de produção. Fez parte do
arsenal teórico da burguesia para legitimar o novo, desmontando as fortes
resistências do velho mundo em decomposição. (JACOMELI e XAVIER, 2003, p.
95).
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O ambiente modernizador e reformista circulou por todo o país no decorrer das


décadas de 1910 a 1940. As idéias de progresso e modernização foram incorporadas não só
ao discurso dos intelectuais e políticos, assim como foram materializadas na maioria das
reformas iniciadas nas jurisdições estaduais da República brasileira. O estado de Mato
Grosso apesar de estar fora do círculo capitalista de modernização econômica - que
implicava um processo de crescente industrialização e urbanização - suas elites dominantes
influenciadas pelo clima reinante no país, também procuraram desencadear condições de
infra-estrutura (estradas, ferrovias, pontes, entre outros) propiciando um desenvolvimento.
Assim, foram ensaiadas mudanças econômicas e políticas, e no âmbito da educação
implantaram-se as reformas da instrução pública (1891, 1910, 1927, entre outras). Esse
período é assinalado pela historiografiaiv como emblemático em relação à introdução dos
princípios liberais na educação.
Segundo Siqueira (2000, p.12):

O molde do projeto moderno nacional (...) foi retirado do contexto europeu, fruto da
forte influência colonial herdada. A nova sociedade brasileira deveria ser regida por
um Estado de compromisso, regulamentada por extenso corpo legal escrito. Deveria
se constituir especialmente em cidades modernas, urbanizadas, com serviços de
encanamento de água, melhoramentos na iluminação, transporte devidamente
abastecidas com gêneros alimentícios higienicamente oferecidos ao público.
Sobretudo, ser compostas por uma população disciplina, ordeira, trabalhadora,
respeitadora e cumpridora das leis, portadora de hábitos e costumes saudáveis e, para
a viabilização desse projeto, ser, necessariamente alfabetizada.

O clima de idéias e debates modernizantes conduziu então o processo de


organização do Estado burguês repercutindo nos estados federados, que apontaram como
motor de mudança e de progresso a implantação de um sistema público de ensino gratuito,
obrigatório e laico, embora em muitos estados, o projeto reformista permaneceu apenas no
papel ou em tímidos empreendimentos de criação de umas poucas escolas primárias,
orientadas à alfabetização.
Mato Grosso, por sua vez, entre outros estados, recebeu a influência direta da
reforma paulista, como mostram recentes pesquisas sobre a educação mato-grossense desse
período (JACOMELI, 1998, SIQUEIRA, 2000, ARAUJO, 1997). Com isso, o primeiro
regulamento do ensino do estado, do período republicano, foi conhecido mediante o
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Decreto no 10, de 07 de novembro de 1891, durante o mandato do presidente Dr. Manoel


José Murtinhov.

A Escola Normal em Mato Grosso Nesse, por sua vez surgiu caracterizando-se por
um processo constituído de rupturas e interrupções materializando-se somente no final do
século XIX. O Regulamento de 1837 previa sua criação como Escola Normal Primária,
porém é em 1840 que o Presidente Cônego José da Silva Guimarães, instalou a primeira
Escola Normal da província, sendo dirigida pelo professor Joaquim Felicíssimo de Almeida
Louzadas, que realizou um estágio de especialização na Escola Normal Fluminense, em
Niterói, a fim de se preparar para tal tarefa. Mas a escola ficou aberta por um breve período
sendo desativada logo no inicio do governo do Tenente-Coronel Ricardo José Gomes
Jardim, em 9 de novembro de 1844.
A sociedade mato-grossense ficou sem uma instituição formadora de professores
durante trinta anos, pois somente em 9 de julho de 1874, o Barão de Diamantino sancionou
a Lei nº 13, mediante a qual criava um curso normal na cidade de Cuiabá, sendo instalado
solenemente no dia 3 de fevereiro de 1875. Com a criação do Liceu de Línguas e Ciências,
em 1879, esse curso desaparece dado que foi absorvido pela nova instituição, porque o
Liceu tinha como finalidade habilitar professores para o magistério primário.
O Ensino Normal manteve-se sem dessa forma por quase uma década, voltando a
existir novamente com a criação do Externato do Sexo Feminino, para formação de
mestras, criado com a reforma de 1889, de Antonio Herculano de Souza Bandeira. Porém
extinguiu-se nos albores da república, ou melhor, é mais uma vez absorvido, sendo anexado
ao Curso de Preparatórios, “após as primeiras arremetidas reformistas dos legisladores
republicanos” (MARCÍLIO 1963, p. 196).
Apesar de reiteradas solicitações oriundas dos dirigentes de ensino para que a
Escola Normal ficasse como uma unidade independente, durante vários anos, não
ocorreram mudanças a respeito dessa instituição formadora.
No governo de Pedro Celestino Correa da Costavi foram implantadas uma série de
reformasvii no ano 1910. Nesse conjunto, destaca-se a criação da Escola Normal da capital,
pela Lei 533, que, posteriormente, levará o seu nome, sendo regulamentada pelo Decreto
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266, de 3 de dezembro de 1910. Durante este período a instituição recebeu uma certa
atenção por parte do setor oficial, sendo que sua orientação pedagógica sofreu influências
das idéias paulistas trazidas por especialistas contratados pelo estado.
Em 1914, o governador Joaquim Augusto da Costa Marquesviii, reformulou a
estrutura do curso que se manteve até o segundo mandado de Pedro Celestinoix, quando
novamente se introduziu uma reforma na escola contando com nova administração de um
técnico especializado. A escola passou por um período de expansão e desenvolvimento,
formou um número considerável de mestres. Porém, lentamente, o Ensino Normal entrou
em decadência e descrédito, e em 1937 o governador Julio Strubling Muller
(30.10.1945 / 13.09.193)x acabou desativando essa escola.
Nesse governo procurou-se modernizar e remodelar a capital acompanhando o ritmo
desenvolvimentista do sul do estado, que apresentava um patamar de marcado
desenvolvimento como conseqüência da proximidade e maior comunicação com os centros
mais adiantados do país, devido a sua posição geográfica e a utilização dos transportes
ferroviários. Durante sua gestão foram construídas obras como a ponte de concreto sobre o
Rio Cuiabá, ligando a capital ao então distrito de Várzea Grande.
O Brasil experimentava um processo de intensas mudanças sociais, acompanhadas
do fortalecimento e predomínio de algumas unidades federadas que tinham a hegemonia
das decisões políticas e econômicas do país por meio do controle do aparelho de Estado.
Esta situação repercutiu na área educacional.

Entre 1920 e 1929, particularmente, a instrução pública nos estados e no Distrito


Federal sofre muitas alterações, de que resultam a ampliação da rede escolar, o
melhoramento das condições de funcionamento das instituições escolares existentes,
a criação de novas instituições, até mesmos de caráter paraescolar (...) (NAGLE,
2001, p. 244)

Essas modificações não só envolviam a infra-estrutura e a organização


administrativa da escola, assim como introduziam um novo ideário educacional,
implicando uma nova orientação pedagógica das práticas escolares, como conseqüência das
concepções da Escola Nova.
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Nesse contexto a Escola Normal ganhou nova vitalidade e centralidade, porque era
a instituição encarregada de “divulgar e propagar” os recentes ideais e inovadores métodos
pedagógicos junto aos futuros professores.
Com efeito, o movimento de transformação da sociedade provocou mudanças na
própria natureza da escola primária que na análise de Nagle (2001, p. 281),

(...) ocorre numa fase de tentativa de democratização da cultura que resulta de um


esforço para superar determinadas características semicoloniais da sociedade
brasileira. É por causa desse processo de transformação que vão aparecer novas
exigências ligadas ao problema de formação do professorado. As alterações
realizadas na escola primária provocaram mudanças correspondentes na escola
normal, de tal maneira que a preocupação com a primeira não pode ser analisada
independentemente da preocupação com a segunda; na realidade, ambas constituem
duas facetas de um mesmo problema, pois a nova natureza e as novas funções
atribuídas à escola primárias se firmariam se, além de outras condições fosse alterado
e aperfeiçoado o curso de formação de professores primários , considerado a pedra
angular para o perfeito êxito da nova escola primária.

A década de 1920 esteve marcada pelo confronto de idéias entre correntes


divergentes – nacionalismo, socialismo, comunismo, liberalismo, anarquismo -,
influenciadas pelos movimentos europeus e pela crise econômica mundial de 1929. Esta
crise repercutiu diretamente sobre as forças produtoras rurais que perderam os subsídios
estatais que garantiam a produção e rompeu com as tradicionais alianças políticas para a
eleição presidencial, culminando com a “Revolução” de 1930, ápice de uma série de
movimentos armados, é classificada por Basbaum (1986, p. 294) como “uma insurreição
político-militar com apoio parcial do povo”. Esse fato implicou a substituição do poder
hegemônico de uma facção da classe dominante por outra, ou seja, das oligarquias agrário-
exportadoras pela burguesia urbano-industrial, em ascensão, e tem como meta principal a
consolidação do capitalismo no Brasil.
Essa Revolução intensificou o processo de inserção do Brasil no mundo capitalista
de produção e pôs fim à Primeira República, sendo considerada por muitos historiadores, o
movimento mais importante da história do Brasil do século XX. Segundo Fausto (1995) ela
acabou com a “hegemonia da burguesia do café, desenlace inscrito na própria forma de
inserção do Brasil, no sistema capitalista internacional”xi. Na Primeira República, o
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controle político e econômico do país estava concentrado nas mãos das oligarquias
inclusive as atividades urbanas, consideradas o pólo mais dinâmico da sociedade.
A acumulação de capital, possibilitou que o país investisse no mercado interno e na
produção industrial. A nova configuração da economia brasileira exigia uma mão-de-obra
especializada que motivou não só um amplo debate, assim como desencadeou a
implantação de políticas em relação a investimentos na área educacional. Do ponto de vista
político, o país atravessava um período de notória convulsão e profunda crise de
legitimidade de suas lideranças, provocando sucessivas mudanças dos governantes nos anos
1920, até a tomada de poder por Getúlio Vargas.
O processo de desenvolvimento, no Brasil, foi acompanhado por uma profunda
mudança no âmbito cultural e educacionalxii. Segundo Cândido (1984, p. 28) “não foi o
movimento revolucionário que começou as reformas [do ensino]; mas ele propiciou a sua
extensão para todo o país”. A partir de 1930, o governo orientou suas ações para a criação
de um sistema educativo controlado oficialmente.
Em 1931, o governo provisório sancionou decretos visando a organização do ensino
secundário e as universidades brasileiras ainda inexistentes. Estes decretos ficaram
conhecidos como "Reforma Francisco Campos" xiii.
Em 1934 foi promulgada uma nova Constituição (a segunda da República) e em
função da instabilidade política deste período, Getúlio Vargas, num golpe de Estado,
instalou o Estado Novo (1937-1945) e outorgou uma nova Constituição, em 1937, também
conhecida como "Polaca".
Como conseqüência da segunda guerra mundial iniciada em primeiro de setembro
de 1939, especialmente a região norte do estado de Mato Grosso experimentará um
progresso material considerável fundamentalmente do ponto de vista comercial, devido ao
ressurgimento da exploração dos seringais nativos. Assim, foram abertas novas estradas
desencadeando um notável desenvolvimento da região, expandindo por exemplo a estrada
de ligação Cuiabá - Santarém no estado do Pará, e em agosto de 1942, o estado recebeu a
visita do presidente Getúlio Vargas, provocando na população um grande entusiasmo e
ativando o sentimento de progresso da terra.
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Apesar desse ambiente modernizante e “progressista” o Ensino Normal não


encontrou um espaço para se expandir. O governador Julio Strubling Müller promulgou o
Decreto 112, de 29 de dezembro de 1937, incorporando novamente a escola normal ao
Liceu. Assim, o art. 1º estabeleceu: “A Escola Normal ‘Pedro Celestino’, fica nesta data
incorporada ao Liceu Cuiabano, desaparecendo, portanto sua designação” E o art. 4º fixou
que os alunos que pretendessem dedicar-se ao magistério primário deviam matricular-se no
Curso de Especialização para Professores com duração de um ano (MATO GROSSO,
1938).
Justificou-se essa mudança pelo fato de que “a organização atual do ensino da
Escola Normal ‘Pedro Celestino”, não permite aos alunos que completem o curso a
matrícula nas escolas superiores, privando-os de seguir outra profissão”. Além de que já
havia um grande número de normalistas diplomadas, suficiente para “as necessidades do
nosso ensino primário permite a exigência de um curso mais longo e mais profundo para os
futuros candidatos ao magistério” (MATO GROSSO, 1938).
Ainda, fica evidente nos considerandos do mencionado decreto que o governo
delegava essa formação ao setor particular:

Considerando que há nesta capital vários colégios particulares que preparam, com
eficiência, os alunos que desejam prestar exames de admissão ao curso secundário
e que o Estado não deve fazer concorrências a esses colégios, antes deve contribuir
para que eles prosperem (MATO GROSSO, 1938).

O governador também manifestava no referido decreto o interesse em promover


cursos profissionalizantes –guarda-livrosxiv- que de certa forma viriam a substituir a
formação de professores normalistas: “Considerando que é imperativo incontestável a
criação das escolas profissionais nesta capital, e que o curso de guarda-livros virá facilitar a
muitos moços seguir essa profissão”.
Sendo assim foi implantado um curso de especialização para formar professores
com duração de apenas um ano, constituído pelas seguintes matérias: didática, prática de
ensino, história da educação, psicologia geral e educacional, pedagogia, biologia aplicada a
educação, higiene da criança, higiene domiciliar, escolar e rural (MARCILIO, 1963).
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No sul do estado, a Escola Normal foi criada em 21 de abril de 1930, pelo


presidente do estado, Dr. Aníbal Toledo (22.01.1930 a 30.10.1930), junto ao Grupo Escolar
“Joaquim Murtinho”, inaugurado na cidade de Campo Grandexv, em 13 de junho de 1921.
Também em 1930 foi criada a Escola Normal Dom Bosco -mantida pelas religiosas
da congregação salesiana-, equiparada às escolas do Estado por meio do Decreto no 98 de
10 de setembro de 1931, pelo Interventor Federal em Mato Grosso, Artur Antunes Maciel
(MARCILIO, 1964, p. 162).
Segundo depoimento de Múcio Teixeira Júnior, primeiro diretor da Escola Normal
“Joaquim Murtinho”, no primeiro ano funcionou somente o curso complementar, sendo que
o corpo de professores estava constituído por:

João Tessitori que lecionava ciência, Jorge Nachereiner, Matemática, Tertuliano


Meireles, História Natural, Souza Júnior, Português, Luís Alexandre de Oliveira,
Geografia e História Geral e do Brasil, Nicolau Fragelli, Francês. Eram pessoas de
extrema competência e responsabilidade. Por ter tomado parte na Revolução de 32,
fui exonerado do cargo (...) Em 1935, fui novamente nomeado diretor dessa querida
escola (TEIXEIRA JUNIOR apud SÁ ROSA,1990, p.49).

Outro depoimento elucidativo é o de Maria Constança de Barros Machado,


professora da referida escola, assinalando que:
Ao longo do tempo, muitas turmas de professores saíram do banco daquela escola, a
maioria mulheres, devido ao preconceito que sempre existiu no Brasil quanto à
profissão, considerada essencialmente feminina. O Governador Aníbal de Toledo
contratou 8 a 10 professores em Cuiabá, para que a Escola Normal pudesse funcionar
como convinha. Foram eles que construíram o primeiro corpo docente da instituição:
Simpliciana Correa, Helvecina Reveilleau, Ana Luísa Prado Bastos, Ovídio Correa,
entre outros (MACHADO apud SÁ ROSA,1990, p.62).

Em 1940, a escola foi fechada como conseqüência da reforma que o governo de Julio
Müler tentou implantar, permanecendo inativa por um período de sete anos. Nas palavras
de Múcio Teixeira Junior: foi uma lástima, porque durante sete anos inúmeros professores
deixaram de se formar e, com isso, o prejudicado foi o ensino” (TEIXEIRA JUNIOR apud
SÁ ROSA,1990, p.49).
Marcilio (1963) observa que o Ensino Normal oficial no estado foi restabelecido
depois de dez anos, durante o governo interventor do advogado José Marcelo Moreira
(19.08.1946 a 08.04.1947)xvi. Assim, pelo Decreto-Lei no 834, de 31 de janeiro de 1947,
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foram criadas duas escolas normais, a “Pedro Celestino” que voltou a funcionar na Capital
Cuiabá, e a escola “Joaquim Murtinho”, na cidade de Campo Grande, no sul do estado.
Nesse mesmo governo foi elaborado o Regulamento das Escolas Normais do estado,
promulgado pelo Decreto no 287, de 26 de março de 1947. O Regulamento fixava que
essas escolas tinham como finalidade a formação do pessoal necessário para atuar nas
escolas primárias do estado; habilitar administradores escolares; além de desenvolver e
programar os conhecimentos e técnicas relativos à educação da infância. Explicitava que
essa instituição estaria organizada em dois ciclos: o primeiro destinado a formar regentes
do ensino primário; e o segundo destinado à formação de professores primários, com uma
duração de três anos, após término do ginasial, ou do primeiro ciclo normal.
Marcilio (1963) destaca, ainda, que durante o governo de José Marcelo Moreira o
Ensino Normal experimentou um processo de reabilitação e propagação. Nesse sentido,
implantaram-se ações políticas que concediam habilitações ao setor privado para assumir
essa etapa de ensino, delegando novamente a formação de professores, principalmente ao
setor confessional.
Seguir-seiam, como primeiras experiências, a concessão feita ao Colégio ‘N.S.
Auxiliadora’, de Campo Grande, que ficaria, autorizado a ministrar esse grau do
ensino, pelo Decreto no 266, de 6 de janeiro de 1946, e as que concedeu Arnaldo de
Figueirêdo, já em 1948, ao Ginásio ‘Imaculada Conceição’ de Corumbá, em vista do
Decreto no 452, de 6 e abril daquêle ano, e em 1950, a 13 de abril ao Ginásio
‘Coração de Jesus’, desta capital. Outro processo de rehabilitação seriam os
convênios, tendo Arnaldo de Figueirêdo utilizado essa prática, assinando com o
Ginásio ‘Candido Mariano’ de Aquidauana, por expressa autorização da Lei 342, de
1948, um acôrdo para que aquele estabelecimento criasse junto ao Curso Secundário
que então ministrava, uma escola normal do 2o ciclo (MARCILIO, 1963, p. 199).

Com a deposição de Getúlio Vargas, José Linhares assumiu, na qualidade de


Chefe do Poder Judiciário, a Presidência da República em 30 de outubro de 1945,
permanecendo no cargo até 31 de janeiro de 1946. Na sua gestão foi promulgada a Lei
Orgânica do Ensino Normal no 8.530, em 2 de janeiro de 1946, dando uma nova orientação
ao ensino normal. Porém, esta lei teve repercussão no estado de Mato Grosso apenas 1948.
Assim, como assinala Múcio Teixeira Júnior (apud SÁ ROSA,1990, p. 49): “Em 18 de
fevereiro de 1948, considerando gritante a falta de normalistas do Estado, o Governador
Arnaldo de Figueiredo, por meio do Decreto 410, determinou sua instalação e imediato
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funcionamento”. Teixeira Junior foi nomeado diretor da Escola Normal “Joaquim


Murtinho” e do Ginásio Estadual Campo-Grandense.
Em 31 de dezembro de 1948, o Regulamento de Ensino Normal é baixado pelo
Decreto no 590, durante o governo de Arnaldo de Figueiredoxvii.
O mencionado Regulamento determinava que a Escola Normal deveria se organizar
em dois ciclos: um constituído pelo curso normal regional, com quatro anos de duração,
correspondente ao ginasial. E o segundo considerado como escola normal propriamente
dita, de dois anos. Com respeito a este último ciclo fixava-se que a Escola Normal
funcionaria conforme o art. 9º da Lei Orgânica do Ensino Normal.
As disciplinas que constituíam o currículo do curso estavam divididas em séries, da
seguinte forma:

• 1a Série: português, francês, noções de anatomia e fisiologia humanas,


metodologia do ensino primário, desenho e artes aplicadas, música e canto,
educação física, recreação e jogos;
• 2a Série: português, francês, inglês, psicologia educacional, fundamentos sociais,
da educação, puericultura e educação sanitária, metodologia e prática do ensino
primário, desenho e artes aplicadas, música e canto, educação física, recreação e
jogos.

Ainda no mesmo governo a Escola Normal é novamente regulamentada em 30 de


dezembro de 1949, em decorrência da Lei Orgânica do Ensino Federal, estabelecendo que
as escolas particulares “passariam daí por diante, a funcionar sobre inspeção do governo,
através de um inspetor do ensino normal para tal fim designado” (MARCILIO, 1963, p.
200)
Como se pode observar, a implantação da Escola Normal no estado de Mato Grosso
e, de modo específico, no sul do estado, aconteceu num clima de efervescência política
que, de certa forma, acabou condicionando a sua instabilidade institucional, com
interrupções sucessivas, provocadas pelas mudanças econômicas e pelas lutas políticas e
ideológicas do período. Isso se evidencia nos vários instrumentos legais que regulamentam
a sua instalação, sua organização administrativa e curricular, assim como seu
funcionamento.
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i
O estado de Mato Grosso do Sul situa-se na Região Centro-Oeste e foi criado no governo do presidente
Ernesto Geisel (1974-1979), por meio da Lei Complementar nº 31, de 11 de outubro de 1977, a partir da
divisão do estado de Mato Grosso. A instalação do Governo Estadual de Mato Grosso do Sul ocorreu em
primeiro de janeiro de 1979. Possui 77 municípios distribuídos numa área de 358.158,7 Km e conta com uma
população de 2.075.275 habitantes (IBGE, 2000).
ii
Cita, entre outros, os livros de Virgílio Corrêa Filho. Questões de ensino. São Paulo: Cia. Graphico-Editora
Monteiro Lobato, 1925; Humberto Marcílio. História do ensino em Mato Grosso. Cuiabá: Secretaria de
Educação, Cultura e Saúde, 1963; Gervásio Leite, Um século de instrução pública. Goiânia: Rio Bonito,
1970; Rubens de Mendonça. Evolução do ensino em Mato Grosso, Cuiabá, s.ed., 1997.
iii
Podem ser mencionados, entre outros trabalhos, COSTA, JÂNIO Dos Santos. "Joaquim Murtinho: da
Política à Educação, Uma Mesma Perspectiva". Dissertação (Mestrado em Educação). Universidade Federal
de Mato Grosso do Sul. Campo Grande, 1996; SABOYA FILHO Eduardo Gerson de. "Mato Grosso e a
Reforma educacional Pedro Celestino (1910): produto histórico do imperialismo". Dissertação (Mestrado em
Educação). Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. Campo Grande, 1993; JACOMELI, Mara Regina
Martins. A instrução pública primária em Mato Grosso na Primeira República: 1891 a 1927. Dissertação
(Mestrado em Educação). Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 1998; ARAUJO, Carla Busato
Zandavali Maluf de Araujo. O ensino de didática, na década de trinta, no sul de Mato Grosso: ordem e
controle. Dissertação (Mestrado em Educação). Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Campo Grande,
1997; BRITO, Sílvia Helena Andrade. Educação e sociedade na fronteira oeste do Brasil: Corumbá (!930-
1954). Tese (Doutorado em Educação). Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2001.

iv
Sobre este debate relacionado à modernização de Mato Grosso ver SIQUEIRA, Elizabeth Madureira,
COSTA, Lourença Alves da, CARVALHO, Cathia Maria Coelho. O processo histórico de Mato Grosso. 3.ed.
Cuiabá: UFMT, 1990; JACOMELI, Mara Regina Martins. A instrução pública primária em Mato Grosso
na Primeira República: 1891 a 1927. Dissertação (Mestrado). Campinas: UNICAMP, Programa de Pós-
Graduação da Faculdade de Educação, 1998; CORRÊA, Valmir Batista. Coronéis e bandidos em Mato
Grosso (1889 – 1943). Campo Grande : UFMS, 1995; SIQUEIRA, Elizabeth Madureira. Luzes e sombras:
modernidade e educação pública em Mato Grosso - 1870-1989. Cuiabá: INEP/COMPED/EdUFMT, 2000;
ALVES, Gilberto Luiz. Educação e história em Mato Grosso: 1719-1864. Campo Grande: UFMS, 1984.
ALVES, Gilberto Luiz. Mato Grosso e a história: 1970-1929 - Ensaio sobre a transição do domínio da casa
comercial para a hegemonia do capital financeiro. Boletim Paulista de Geografia, São Paulo, 1984.

v
Proclamada a República, foi nomeado, pelo Decreto de 5 de fevereiro de 1890, 1º Vice-Presidente do Estado
de Mato Grosso, sendo eleito seu Presidente em 15 de agosto de 1891, tomando posse no dia 16 do mesmo
ano. No exercício deste cargo, coube-lhe dirigir toda organização política do Estado que administrou. Deixou
em 1º de fevereiro de 1892, o governo, que reassumiu em 20 de julho seguinte Foi eleito pela Assembléia
Constituinte. Como conseqüência dos conflitos políticos em 03 de novembro de 1891, renuncia o presidente
Manoel Deodoro da Fonseca e assume o vice- presidente Marechal Floriano Peixoto o governo da República,
deixando o país em estado de profundas agitações políticas que perturbaram a paz e a ordem da administração
mato-grossense. No do dia 1º de fevereiro de 1892, forças militares procedentes de Corumbá, uniram-se às da
guarnição de Cuiabá e depuseram o Dr. Manoel José Murtinho, assumindo o governo uma Junta Governativa,
chefiada pelo coronel Luis Benedito Pereira Leite. Mas o Coronel Generoso Ponce procurou alianças nos
municípios vizinhos e organizou o que se conheceu Omo a "Legião Libertadora". Este movimento no dia 07
de maio de 1892, penetraram na capital com 3.000 homens obrigando a renuncia do Coronel José Marques de
Fontes, que havia assumido o governo. Assumiu a presidência o Coronel Generoso Paes Lemes de Souza
Ponce, eleito pela Assembléia Constituinte. Mas transferiu seu o poder em 20/07/1892 ao presidente eleito,
Dr. Manoel José Murtinho, que permaneceu no governo mato-grossense até 15/08/1895 (SILVA, 1996).
13

vi
Pedro Celestino Correa da Costa foi o 1º vice-presidente do estado, eleito por sufrágio direto em primeiro de
março de 1907, quanto se produz a renuncia do presidente Coronel Generoso Paes Leme de Souza Ponce,
assumindo em 12 de outubro de 1908, a condução administrativa e política do estado.

vii
Além da instalação da Escola Normal de Cuiabá, o presidente foi responsável por lançar a pedra
fundamental do Palácio da Instrução em dia 15 de maio de 1911, destinado a sede do Liceu Cuiabano e da
Escola Normal. Inaugurou a 10 de setembro de 1910 o Grupo Escolar, atual Escola Modelo Barão de
Melgaço. Em primeiro de janeiro de 1910, inaugurou a Escola de Aprendizes Artífices, hoje Escola Técnica
Federal.

viii
Foi eleito em primeiro de março de 1911 presidente do estado de Mato Grosso, por sufrágio direto. Teve
uma preocupação cuidado e atenção com a instrução pública. Do ponto de vista da gestão administrativa o
seu governo desenvolveu obras para a melhoria das condições de navegabilidade do Rio Cuiabá, efetuando
dragagens para facilitar a circulação pelo rio. Mediante a Lei nº 583, de outubro de 1911, criou as primeiras
Secretarias de Estado, da Justiça, Interior e Fazenda, e de Agricultura, Comércio e Obras Públicas. Criou em
03 de fevereiro a Biblioteca Pública do Estado, sendo o seu primeiro diretor o historiador Estevão de
Mendonça. Inaugurou em Santa Casa de Misericórdia de Cuiabá, em 23 de junho de 1914. No final de seu
governo, recebeu a visita do ex-Presidente dos Estados Unidos da América do Norte, Coronel Teodoro
Roosevelt no ano de 1914.

ix
Pedro Celestino foi eleito por sufrágio direto em 1º de Novembro de 1921 e assumiu o poder como
Presidente do Estado de Mato Grosso em 22 de Janeiro de 1922. Durante o seu segundo governo cuidou das
finanças do Estado, tomando medidas de contenção de despesas, emitindo apólices da dívida pública, para
pagamento de velhas dívidas. Devido a problemas de saúde renunciou o cargo em 24 de Outubro de 1924.
x
Julio S. Muller, foi eleito governador do Estado de Mato Grosso, pela Assembléia Legislativa no dia 13 de
Setembro de 1937. Durante o Estado Novo, instituído a partir de 10 de Novembro de 1937, os governadores,
passaram a ser chamados de Interventores Federais conforme Carta Constitucional da República, de 10 de
Novembro a que também extinguiu os Partidos Políticos no Brasil.
xi
Eclode em São Paulo a Revolução Constitucionalista, protestando contra o fato de o presidente Getúlio
Vargas governar sem uma Constituição, movimento este que foi logo debelado pelo governo.
xii
Em 1920, reformas promovidas separadamente por Sampaio Dória, Lourenço Filho, Anísio Teixeira,
Fernando Campos, entre outros, visavam a modernização da organização escolar e uma renovação
pedagógica.
xiii
O Decreto 19.850, de 11 de abril, cria o Conselho Nacional de Educação e os Conselhos Estaduais de
Educação (que só vão começar a funcionar em 1934). - O Decreto 19.851, de 11 de abril, institui o Estatuto
das Universidades Brasileiras que dispõe sobre a organização do ensino superior no Brasil e adota o regime
universitário. - O Decreto 19.852, de 11 de abril, dispõe sobre a organização da Universidade do Rio de
Janeiro. - O Decreto 19.890, de 18 de abril, dispõe sobre a organização do ensino secundário. - O Decreto
20.158, de 30 de julho, organiza o ensino comercial, regulamenta a profissão de contador e dá outras
providências. - O Decreto 21.241, de 14 de abril, consolida as disposições sobre o ensino secundário.
xiv
O curso foi criado em 1937 e funcionou até o ano 1944, junto ao então Colégio Estadual. Foi desligado do
mesmo mediante o Decreto-Lei no 694 do 28 de setembro em 1945, que criou a Escola Técnica de Comércio e
regulamentada pelo Decreto no 146 de 14 de setembro de 1946. O Ensino comercial havia sido regulamentado
pelo Decreto-Lei no 450 de 14 de julho de 1942, conforme as diretrizes fixadas na legislação federal fixadas
nos Decretos-Leis, no 6161 e no. 6162.
14

xv
Com a divisão do Estado de Mato Grosso, em 11 de outubro de 1977 e a instalação do governo estadual de
Mato Grosso do Sul, em primeiro de janeiro de 1979, o município de Campo Grande, localizado
geograficamente na região central de Mato Grosso do Sul, tornou-se a capital do novo estado, com uma área
de 8.096 Km², ocupando 2,26% da área total do estado. Sua população, segundo o censo demográfico (IBGE,
2000), atingiu um total de 663.621 habitantes e no contexto nacional é o 23º (vigésimo terceiro).

xvi
Foi nomeado Interventor Federal pelo presidente da República, tomou posse no governo em 19 de agosto
de 1946. Uma vez realizadas as eleições para a Constituinte Estadual em 19 de janeiro de 1947, convocou a
Assembléia Constituinte em 8 de abril desse ano.

xvii
Figueiredo foi eleito governador do estado de Mato Grosso, pela Assembléia Constituinte, em 8 de abril de
1947. Durante seu mandado foi promulgada a nova Constituição Estadual em 11 de Julho de 1947. A gestão
do governo esteve caracterizada pelo desenvolvimento rural do estado, além de finalizar a construção da
estrada rodoviária que ligava a capital à cidade de Campo Grande. Fundou as colônias de Jaciara e
Rondonópolis.

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15

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