FONOAUDIOLOGIA

FONOAUDIOLOGIA
Para Todos
Boletim informativo das fonoaudiólogas da Prefeitura de Santos Ano 1 nº 3 - Julho/2004 - Jornalista responsável: Maria Inês Alonso Notari

Solto a voz na estrada...
Há muito tempo que saúde
deixou de ser ausência de doença.
As pessoas não querem só
sobreviver, querem qualidade de vida
e saúde passou a ser sinônimo dessa
qualidade.
A Fonoaudiologia atualmente
está cada vez mais voltada para as
ações educativas e o trabalho que
focaliza o instrumento vocal
preconiza, além de tratar e prevenir
eventuais alterações, aprimorar o
que já é saudável.
Várias são as abordagens e
estratégias para lidar com voz,
porém o fonoaudiólogo com certeza
é um dos profissionais mais
envolvidos nessa área. Isso porque,
o sucesso da comunicação humana
depende da saúde vocal. A voz
surge antes da palavra e está
presente na nossa vida desde o
Saúde Vocal
nascimento.
Nossas idéias e emoções estão
ligadas a ela, que muitas vezes foge do
nosso controle, se torna autônoma, nos
trai, surpreende, nos antecipa.
A voz pode ser controlada quando
necessário para que tenhamos o
domínio da situação, mas muitas vezes
perdemos este controle. Pode ser o
instrumento do nosso inconsciente,
originando informações variadas sobre
nós.
A voz humana na sua
complexidade reflete nossos hábitos,
saúde, postura. Enfim, expressa a
nossa história, revela nossa alma.
É um fenômeno complexo e
intrigante. Instrumento de trabalho para
alguns, mas veículo de idéias e fonoaudiológica que envolve a voz pertence.
emoções para todos. A voz merece pauta-se no profissionalismo, porém Respeitando suas reais
atenção e cuidados especiais. sem perder de vista o ser humano necessidades, contribuímos para a
Finalizando, a atuação integral e a comunidade à qual ele manutenção de sua qualidade de vida.

Prefeitura Municipal de Santos Programa Saúde Vocal do

Secretaria Municipal de Saúde
Professor prioriza prevenção
Fonoaudiólogas
No dia 19 de maio teve início o ciclo de palestras destinado aos
- Ana Cristina Di Giacomo Domingues - AMBESP/Centro professores da rede municipal. O objetivo é orientá-los quanto ao
- Solange Aparecida Otero Abelha - AMBESP/Centro uso adequado da voz e incentivá-los a adotarem hábitos de higiene
vocal para prevenir disfunções.
- Leniza de Abreu - AMBESP/Centro e CVC/ZN
O trabalho é realizado pelas fonoaudiólogas Alessandra B.
- Carla Maria Villela Silva - CVC/Orla Caraccio, Leniza de Abreu e
- Glaucia Mazon Cagnin - CVC/Orla Maria Cristina P. Biz, da Secretaria Municipal de Saúde.
- Simone Carvalho de Oliveira - CVC/Orla Durante os encontros, as
- Fernanda Garcia da Cruz - CVC/Centro fonoaudiólogas conscientizam os professores sobre a importância
- Rosemeire Chaves Rodrigues - CVC/Centro da saúde vocal, pois este profissional
- Sonia Akiko Teruya - CVC/ZN depende da voz para realizar o seu trabalho.
- Tânia Aparecida Lopes Cardoso - Hosp. SILVÉRIO FONTES A atuação do fonoaudiólogo junto ao professor também se reflete
- Alessandra Bambace Caraccio - SERFIS na relação com o aluno, uma vez que melhorando
a qualidade de vida do educador todos são beneficiados. As
- Andréa Prado - SERFIS
palestras são feitas mensalmente, focalizando
- Maria Cristina Pedro Biz - SERFIS pequenos grupos de educadores.
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Voz saudável é SINAL DE SAÚDE Fonos e monitoras se

A voz é o resultado da
passagem do ar que vem dos
pulmões, vibrando as pregas
vocais e modificada na laringe,
boca e nariz (cavidades de
ressonância).
Os professores, atores,
cantores, locutores, advogados,
telefonistas, entre outros, são
considerados profissionais da voz.
Entretanto, muitas das atividades
verbais utilizadas por eles são
incompatíveis com a Saúde Vocal,
podendo danificar os delicados
tecidos da laringe e produzir um
Distúrbio Vocal (Disfonia),
decorrente do abuso ou mal uso
da Voz.
Dentre as alterações orgânicas
mais freqüentemente observadas
nestes profissionais, encontramos
os Nódulos Vocais (nodulações
semelhantes a calos) e Edemas
(inchaço das pregas vocais).
As formas mais comuns de
Abuso Vocal são:
- não hidratar o organismo e
falar em ambientes secos ou
empoeirados;
- gritar sem suporte
respiratório;
- falar com golpes de glote,
ou seja, falar com ataques vocais
bruscos, golpeando uma prega
vocal contra a outra;
- tossir ou pigarrear
excessivamente;
- falar em ambientes
ruidosos ou abertos;
- utilizar tom grave ou
agudo demais;
- falar excessivamente
durante quadros gripais ou crises
alérgicas;
- praticar exercícios físicos
falando;
- fumar ou falar muito em
ambientes de fumantes;
- utilizar álcool em
excesso;
- falar abusivamente em
período pré-menstrual;
- falar demasiadamente;
- rir alto;
- falar muito após ingerir
grandes quantidades de aspirinas,
calmantes ou diuréticos;
- discutir com freqüência;
- cantar inadequadamente
ou abusivamente ou, ainda,
participar de corais cantando em
vários estilos musicais;
- presença de refluxo
gastroesofágico, altamente
irritante às pregas vocais (o
refluxo gastroesofágico é
decorrente de disfunções
estomacais, responsáveis pela
liberação de ácido péptico, que
em algumas situações pode
banhar as pregas vocais,
agredindo-as).
Considerando que durante a
fonação normal as pregas vocais
vibram centenas de vezes em um
único segundo, é surpreendente
que um trauma no tecido não
ocorra mais comumente.
É também surpreendente que
muita gente que grita e abusa de
sua voz não apresente distúrbios
laríngeos. Talvez estas pessoas
vocalizem de maneira diferente,
com menos sobrecarga e melhor
rendimento.
Em casos de rouquidão
persistente por mais de 15 dias,
dor ao falar, engolir, sensação de
ardor, de queimação ou cansaço
vocal, deve-se consultar um
fonoaudiólogo ou médico
otorrinolaringologista.
Os problemas de voz podem
colocar em risco a sua Saúde e a
sua Profissão.
Fonte: Manual de Higiene Vocal
para Profissionais da Voz – Sílvia
M. Rebelo Pinho – Pró Fono
unem para promover
a saúde da comunicação
Desde abril deste ano, as
fonoaudiólogas da Secretaria
Municipal de Saúde e as monitoras
das creches estão se reunindo em
pequenos grupos mensais, com o
objetivo de trocar informações sobre
o desenvolvimento da comunicação
da criança.
O primeiro encontro foi realizado
no dia 26 de abril.As monitoras
demonstraram interesse pelos temas
abordados e esclareceram dúvidas
quanto ao desenvolvimento de fala e
linguagem e os distúrbios da
comunicação mais comuns na
população da creche.
Ressaltaram a importância de
tomarem conhecimento sobre o
conteúdo dos temas apresentados
para que possam enriquecer a
observação da criança e rever
posturas que não irão beneficiá-las.
O Programa Saúde da
Comunicação visa compartilhar
informações sobre fala, linguagem,
voz e audição e discutir o papel do
monitor e da família na prevenção de
eventuais distúrbios.
O objetivo é promover Saúde da
Comunicação da população infantil
inserida nas creches e não só detectar
eventuais distúrbios.Respeitando a
autonomia do educador, pois é ele que
dedica grande parte do seu tempo à
criança, pretendemos incentivar nas
atividades diárias, atitudes que

Fórum em ação beneficiem o desenvolvimento da

comunicação.
As fonoaudiólogas da Secretaria Municipal de Saúde receberam os As reuniões de abril, maio e junho
profissionais das instituições que prestam mostraram-se gratificantes para
atendimento na área de Fonoaudiologia em Santos. As visitas ocorreram ambos os lados (fonoaudiólogas e
monitoras) motivando a continuidade
durante as reuniões do Fórum de Fonoaudiologia com a finalidade de
desses encontros. O objetivo é atingir
trocar informações e documentar a ação fonoaudiológica na cidade todas as monitoras da rede municipal,
visando elaborar um cadastro. As fonoaudiólogas estão trabalhando para o que corresponde a
o reconhecimento de suas atividades no Serviço Público. aproximadamente 300 educadores.
Priorizar ações educativas e identificar as necessidades da população têm Este programa está vinculado à
sido o principal objetivo. Nas reuniões, também são discutidos os Coordenadoria da Saúde da Criança
programas em andamento desenvolvidos pelas profissionais. e do Adolescente e conta com a
colaboração da Secretaria Municipal
de Educação.

Serviços
CVC -Centro de Valorização da Criança SERFIS - Seção de Reabilitação e Fisioterapia
CVC/Centro: Av. Cons. Nébias, 276, tel.: 32214944
CVC/Orla: Rua Rodrigo Silva, 202, tel.: 32718235 Av. Cons. Nébias, 267, tel.: 3223-5984
CVC/Zona Noroeste: Rua Hugo Maia, 212, tel.: 32997901

AMBESP-Centro - Ambulatório de Especialidades HOSPITAL SILVÉRIO FONTES

Serviço de Audiologia
Rua Gonçalves Dias, 8 - 6º andar, tel.:32194514 Rua Barão de Paranapiacaba, 243, tel.: 3232-5262