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Análise das

Demonstrações
Contábeis
Texto e Exercícios
Parte 1

PROFESSOR

Claudio Sameiro

Rio de Janeiro
2011.1
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Editor: Claudio da Silva Sameiro


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www.sameiro.com.br

Dados Internacionais de Catalogação


Sameiro, Claudio da Silva
Análise das demonstrações contábeis / Claudio da Silva Sameiro
- Rio de Janeiro, 2006.
39 p.

1.Contabilidade 2.Análise das demonstrações contábeis 3.


Finanças I.Título

Índice para catálogo sistemático


1. Contabilidade 657

2011
1ª Impressão
Sumário

Sumário.............................................................................................................................. 3

Introdução........................................................................................................................... 5
Objetivos da disciplina Contabilidade Geral..........................................................................5
Referências para estudo................................................................................................. 5

Análise das demonstrações contábeis........................................................................................... 6


Preparação das Demonstrações Para a Análise.......................................................................6
Bens do Imobilizado Postos a Venda...................................................................................6
Duplicatas Descontadas.................................................................................................. 6
Despesas Antecipadas.................................................................................................... 6
Análise Horizontal........................................................................................................ 8
Análise Vertical........................................................................................................... 9

Índices financeiros de liquidez.................................................................................................. 14


Liquidez Corrente....................................................................................................... 14
Liquidez Imediata....................................................................................................... 14
Liquidez Seca............................................................................................................ 14
Liquidez Geral........................................................................................................... 15

Índices de estrutura de capital................................................................................................. 16


Participação do Passivo Circulante no Ativo Total.................................................................16
Endividamento Geral.................................................................................................... 16
Composição do Endividamento........................................................................................ 16
Imobilização de Capital Próprio.......................................................................................16

Índices de rotatividade........................................................................................................... 18
Giro dos Estoques....................................................................................................... 18
Prazo Médio de Estocagem............................................................................................. 18
Prazo Médio de Recebimento de Clientes...........................................................................18
Prazo Médio de Pagamento de Fornecedores.......................................................................19
Posicionamento Relativo............................................................................................... 19

Índices de rentabilidade......................................................................................................... 21
Margem Bruta............................................................................................................ 21
Margem Operacional.................................................................................................... 21
Margem Líquida.......................................................................................................... 21
Rentabilidade do Capital Próprio ou Return on Equity – ROE.....................................................21
Giro do Ativo............................................................................................................. 21
Retorno do Ativo ou Return on Assets – ROA........................................................................22

Capital de Giro.................................................................................................................... 24
Demonstração das origens e aplicações de recursos...............................................................24
Variação do Capital Circulante Líquido..............................................................................25
Elaborando a DOAR...................................................................................................... 25
Conceito de Origem e Aplicação......................................................................................27
Considerações sobre endividamento.................................................................................29
Capital de Giro........................................................................................................... 29
Capital de Giro Líquido................................................................................................. 29

Administração do Capital de Giro.............................................................................................. 31


Introdução................................................................................................................ 31
Ciclo Operacional........................................................................................................ 31
Ciclo Financeiro ou de Caixa.......................................................................................... 32
Ciclo Econômico......................................................................................................... 33
A Relação Risco-Retorno do Capital de Giro........................................................................33
Necessidade de Investimento em Capital de Giro - (NICG).......................................................34
Ativo Circulante Financeiro (ou Errático) - (ACF)..................................................................34
Ativo Circulante Operacional (ou Cíclico) - (ACO)..................................................................34
Ativo Permanente ou Não Circulantes - (AP)........................................................................34
Passivo Circulante Financeiro (ou Errático) - (PCF)................................................................34
Passivo Circulante Operacional (ou Cíclico) - (PCO)...............................................................34
Passivo Permanente ou Não Circulante (PP)........................................................................34
Necessidade Total de Financiamento Permanente – NFTP........................................................36
Saldo de Tesouraria..................................................................................................... 36

Demonstrações contábeis da Natura Cosméticos S/A........................................................................38


Capítulo 0

Introdução

Objetivos da disciplina Contabilidade Geral


Ao final do curso desta disciplina, o aluno deve estar apto a:
✔ Interpretar melhor a situação econômico-financeira das empresas;
✔ Obter informações da Contabilidade para a tomada de decisões;
✔ Manter controle do patrimônio de uma empresa.

Referências para estudo


NEVES, Silvério das; VICECONTI, Paulo Eduardo V. Contabilidade avançada e
análise das demonstrações financeiras. 15.ed. São Paulo: Frase, 2007. 672p.

MATARAZZO, Dante Carmine. Analise financeira de balanços: abordagem básica e


gerencial. 7 ed. São Paulo: Atlas, 2010. 372p.

IUDICIBUS, Sergio de. Análise de balanços. 10. ed. São Paulo: Atlas, 2009. 254p.

ASSAF , Alexandre; SILVA, César Augusto T. Administração do Capital de Giro. 3ª


edição, Atlas, São Paulo, 2002.

GITMAN, Lawrence J. Princípios de Administração Financeira. Pearson, São Paulo,


10ª Edição, 2004.

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Capítulo 1

Análise das demonstrações


contábeis

Preparação das Demonstrações Para a Análise


Antes de procedermos a análise das demonstrações precisamos fazer algumas
reclassificações no balanço patrimonial e na demonstração de resultados. Estes ajustes
servirão para tornar as análises mais eficientes.

Bens do Imobilizado Postos a Venda


Quando a empresa decide por um imóvel ou qualquer outro bem do imobilizado à
venda, este deve ser reclassificado no ativo circulante. Contudo, sabendo que certos bens
como os imóveis e grandes maquinários são de difícil vendagem, o analista deve
reclassificá-lo no realizável a longo prazo, assumindo desta forma uma posição mais
conservadora.

Duplicatas Descontadas
Duplicatas descontadas referem-se as antecipações feitas pela instituição bancária à
empresa mediante a entrega de duplicatas de seus clientes. Apesar destas antecipações
tratarem-se de empréstimos bancários, são contabilizadas como conta redutora no ativo
circulante e não como passivo circulante. O analista deve por este motivo reclassificar a
conta Duplicatas Descontadas no passivo circulante.

Despesas Antecipadas
A conta Despesas Antecipadas registra a contratação ou pagamento de despesas que
ainda não foram consumidas ou que ainda não contribuíram para geração de receitas.
Este consumo ou contribuição será dará apenas nos próximos meses ou exercícios.
Evidentemente que estes bens e serviços não serão realizados em dinheiro. Por este
motivo devemos reclassificar esta conta no PL, caso seja de valor relevante.

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Exercícios Propostos

Questão 1: Uma empresa apresentou o seguinte balanço patrimonial:

BALANÇO PATRIMONIAL EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2006 (Em milhares reais)


2006 2005 2006 2005
Ativo Passivo
Circulante Circulante
Disponibilidade 1.688 4.729 Obrig. fiscais e previdenciárias 507 367
Impostos a recuperar 382 736 Contas a pagar 16.902 14.784
Clientes 6.872 7.536 17.409 15.151
(-) Títulos descontados -5.738 -6.477
Despesas Antecipadas 2.778 1.783 Não-circulante
Bens a Venda 8.000 0 Exigível a longo prazo
13.982 8.307 Empresas controladas 16.777 15.171
Não-circulante
Realizável a LP
Debêntures 23.837 22.388 Patrimônio líquido
Capital social 50.000 50.000
Investimentos 63.367 60.627 Reserva legal 15.000 10.000
Lucros acumulados 2.000 1.000
67.000 61.000
101.186 91.322 101.186 91.322

Pede-se:
(a) Preparar o balanço para a análise fazendo as reclassificações necessárias.

BALANÇO PATRIMONIAL EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2006 (Em milhares reais)


2006 2005 2006 2005

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Análise Horizontal
O objetivo da análise horizontal é basicamente apontar as variações sofridas nos saldos
das contas entre dois períodos, comparando os saldos iniciais e finais de uma conta.

Exemplo: Observe o balanço patrimonial da empresa abaixo:

BALANÇOS PATRIMONIAIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2003 E 2002


(Em milhares de reais)
2003 2002 2003 2002
ATIVO PASSIVO
Circulante Circulante
Disponibilidades 1.426 1.311 Empréstimos e financiamentos 24.996 14.439
Aplicações financeiras 703 6.720 Fornecedores 7.126 8.669
Contas a receber de clientes 16.639 16.210 Impostos e contribuições a recolher 2.673 431
Estoques 11.309 8.113 ICMS a recolher 1.950 774
Impostos a recuperar 2.932 3.380 Salários e férias a pagar 1.085 917
Outras contas a receber 393 950 Outras contas a pagar 546 1.458
Despesas antecipadas 167 64 38.376 26.688
33.569 36.748Não-circulante
Exigível a longo prazo
Não-circulante Financiamentos 14.756 19.433
Realizável a longo prazo Impostos e contribuições parcelados 4.602 2.510
Empr. Control. e coligadas 4.810 2.766 Provisões para contingências 16.617 19.333
IR e contrib. social diferidos 6.594 5.022 Empresas controladas e coligadas 17.020 8.221
ICMS a recuperar 1.826 2.510 Imposto de renda diferido 119 149
Depósitos judiciais 126 64 Adiant. p/ futuro aumento de capital - 6.379
13.356 10.362 53.114 56.025

Investimentos 20.731 8.972Patrimônio líquido


Imobilizado 56.006 43.803 Capital social 23.512 22.446
Reserva de capital 20.216 14.904
Reservas de reavaliação 1.362 1.450
Prejuízos acumulados (12.918) (21.628)
32.172 17.172
123.662 99.885 123.662 99.885

Repare que os saldos de algumas contas aumentaram e de outras diminuíram entre


2002 e 2003. A análise horizontal propõe mensurar essas variações em termos
percentuais. Vamos fazer a seguir a análise horizontal do ativo circulante:

2003 2002 AH %
ATIVO
Circulante
Disponibilidades 1.426 1.311 8,77
Aplicações financeiras 703 6.720 -89,54
Contas a receber de clientes 16.639 16.210 2,65
Estoques 11.309 8.113 39,39
Impostos a recuperar 2.932 3.380 -13,25
Outras contas a receber 393 950 -58,63
Despesas antecipadas 167 64 160,94
33.569 36.748 -8,65

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O cálculo dos percentuais relativos a análise horizontal foram feitos com base na
fórmula abaixo:

AH = [(Saldo atual ÷ Saldo anterior) – 1] x 100

Podemos verificar agora, com a análise horizontal, que o saldo da conta


“aplicações financeiras” teve a maior queda (-89,54%), e que o saldo da conta “despesas
antecipadas” teve o maior aumento (160,94%).

Análise Vertical
A análise vertical propõe a verificação da composição das contas da demonstração, ou
seja, de que forma os recursos ou itens estão distribuídos dentro da demonstração. A
análise vertical propõe responder, por exemplo, a seguinte pergunta: De que maneira os
recursos estão distribuídos no ativo da empresa, em que proporções?
Vejamos o ativo circulante da empresa estuda anteriormente:

2003 2002
ATIVO
Circulante
Disponibilidades 1.426 1.311
Aplicações financeiras 703 6.720
Contas a receber de clientes 16.639 16.210
Estoques 11.309 8.113
Impostos a recuperar 2.932 3.380
Outras contas a receber 393 950
Despesas antecipadas 167 64
33.569 36.748

Note que cada conta possui uma participação diferente dos recursos aplicados no
ativo. Vamos tentar determinar estas proporções em termos percentuais aplicando a
seguinte fórmula:

AV = (Conta ÷ Total Conta Base) x 100

Para efeito deste cálculo vamos adotar como conta base o total do ativo, ou seja,
vamos comparar o saldo de cada conta com o total do ativo:

2003 AV % 2002 AV %
ATIVO
Circulante
Disponibilidades 1.426 1,15 1.311 1,31
Aplicações financeiras 703 0,57 6.720 6,73
Contas a receber de clientes 16.639 13,46 16.210 16,23
Estoques 11.309 9,15 8.113 8,12
Impostos a recuperar 2.932 2,37 3.380 3,38
Outras contas a receber 393 0,32 950 0,95
Despesas antecipadas 167 0,14 64 0,06
33.569 27,15 36.748 36,79

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Com a aplicação da análise vertical podemos verificar em 2003 que a conta “contas
a receber de cientes” guarda 13,46% dos recursos aplicados no ativo. Comparando ainda
com 2002, verificamos que a participação anterior era de 16,23%.

Exercícios Propostos

Questão 1: Faça as análises horizontal e vertical do balanço patrimonial e da


demonstração de resultados da empresa Natura Cosméticos S/A. (As demonstrações
encontram-se no apêndice desta apostila).

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NATURA COSMÉTICOS S/A
BALANÇO PATRIMONIAL – Controladora
ANÁLISE HORIZONTAL

2009 2008 2007 2006 2005

Ativo
Circulante
Disponibilidades
Clientes
Estoques
Outros
Partes relacionadas
IR e CSLL diferidos
Impostos a recuperar
Adiantamento a colaboradores
Ganhos não realizados com derivativos
Outros créditos

Não Circulante
Realizável a Longo Prazo
Créditos Diversos
Valores a receber de acionistas
Impostos a recuperar
IR e CSLL diferidos
Depósitos judiciais
Incentivos fiscais
Adiantamento a fornecedores
Créditos com Pessoas Ligadas
Com Controladas
Investimentos
Participações em Controladas
Imobilizado
Intangível

2009 2008 2007 2006 2005

Passivo
Circulante
Empréstimos e Financiamentos
Fornecedores
Impostos, Taxas e Contribuições
Dividendos a Pagar
Provisões
Dívidas com Pessoas Ligadas
Outros

Não Circulante
Exigível a Longo Prazo
Empréstimos e Financiamentos
Provisões
Outros

Patrimônio Líquido
Capital Social Realizado
Reservas de Capital
Reservas de Lucro
Ajustes de Avaliação Patrimonial
Lucros/Prejuízos Acumulados

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NATURA COSMÉTICOS S/A
BALANÇO PATRIMONIAL – Controladora
ANÁLISE VERTICAL

2009 2008 2007 2006 2005

Ativo
Circulante
Disponibilidades
Clientes
Estoques
Outros
Partes relacionadas
IR e CSLL diferidos
Impostos a recuperar
Adiantamento a colaboradores
Ganhos não realizados com derivativos
Outros créditos

Não Circulante
Realizável a Longo Prazo
Créditos Diversos
Valores a receber de acionistas
Impostos a recuperar
IR e CSLL diferidos
Depósitos judiciais
Incentivos fiscais
Adiantamento a fornecedores
Créditos com Pessoas Ligadas
Com Controladas
Investimentos
Participações em Controladas
Imobilizado
Intangível

2009 2008 2007 2006 2005

Passivo
Circulante
Empréstimos e Financiamentos
Fornecedores
Impostos, Taxas e Contribuições
Dividendos a Pagar
Provisões
Dívidas com Pessoas Ligadas
Outros

Não Circulante
Exigível a Longo Prazo
Empréstimos e Financiamentos
Provisões
Outros

Patrimônio Líquido
Capital Social Realizado
Reservas de Capital
Reservas de Lucro
Ajustes de Avaliação Patrimonial
Lucros/Prejuízos Acumulados

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NATURA COSMÉTICOS S/A
DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS – Controladora
ANÁLISE HORIZONTAL

2009 2008 2007 2006 2005

Receita Bruta de Vendas e/ou Serviços


Deduções da Receita Bruta
Receita Líquida de Vendas e/ou Serviços
Custo de Bens e/ou Serviços Vendidos
Resultado Bruto
Despesas/Receitas Operacionais
Com Vendas
Gerais e Administrativas
Financeiras
Outras Receitas Operacionais
Outras Despesas Operacionais
Resultado da Equivalência Patrimonial
Resultado Operacional
Resultado Não Operacional
Resultado Antes Tributação/Participações
Provisão para IR e Contribuição Social
IR Diferido
Participações
Lucro/Prejuízo do Período

NATURA COSMÉTICOS S/A


DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS – Controladora
ANÁLISE VERTICAL

2009 2008 2007 2006 2005

Receita Bruta de Vendas e/ou Serviços


Deduções da Receita Bruta
Receita Líquida de Vendas e/ou Serviços
Custo de Bens e/ou Serviços Vendidos
Resultado Bruto
Despesas/Receitas Operacionais
Com Vendas
Gerais e Administrativas
Financeiras
Outras Receitas Operacionais
Outras Despesas Operacionais
Resultado da Equivalência Patrimonial
Resultado Operacional
Resultado Não Operacional
Resultado Antes Tributação/Participações
Provisão para IR e Contribuição Social
IR Diferido
Participações
Lucro/Prejuízo do Período

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Capítulo 2

Índices financeiros de liquidez

Podemos analisar as demonstrações financeiras lançando mão dos índices financeiros,


onde através de medições e comparações de determinadas variáveis extraídas das
demonstrações, podemos criar parâmetros que nos auxiliarão nas tomadas de decisão.
Neste material estudaremos alguns índices que são utilizados universalmente, e
que agruparemos em:
✔ de liquidez
✔ de endividamento
✔ de estrutura de capital
✔ de rotatividade
✔ de rentabilidade

Os Índices de Liquidez avaliam a capacidade de pagamento da empresa, ou seja,


sua situação financeira.
Liquidar significa tornar uma dívida ou obrigação extinta. Sendo assim, os índices
de liquidez querem determinar se o conjunto de bens e direitos de uma empresa são
suficientes para liquidar as suas dívidas.
Podem ser de quatro tipos:

Liquidez Corrente
Este índice é o mais utilizado para medir a situação financeira. Determina quanto a
empresa dispõe para liquidar sua dívida de curto prazo utilizando o seu ativo circulante.

Liquidez Corrente = Ativo Circulante ÷ Passivo Circulante

Liquidez Imediata
Este indicador é derivado da liquidez corrente. Busca determinar quanto de recursos de
liquidez imediata (disponibilidades) a empresa dispõe para liquidar todas as obrigações
de curto prazo.

Liquidez Imediata = Disponibilidades ÷ Passivo Circulante

Liquidez Seca
Este indicador também deriva da liquidez corrente. Avalia a capacidade de pagamento
da empresa no curto prazo considerando os ativos monetários de maior liquidez.

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Devemos excluir do ativo circulante os estoques e os gastos antecipados de exercícios
futuros.

Liquidez Seca = (AC – Estoques – Gastos Antecipados) ÷ PC

Liquidez Geral
Este índice avalia a capacidade da empresa de liquidar suas obrigações no longo prazo.

Liquidez Geral = (AC + RLP) ÷ (PC + ELP)

Exercícios Propostos

Questão 1: Calcule os índices de liquidez da empresa Natura Cosméticos S/A. (As


demonstrações encontram-se no apêndice desta apostila).

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Capítulo 3

Índices de estrutura de capital

Participação do Passivo Circulante no Ativo Total


Mede o percentual de endividamento com o capital de terceiros sobre os recursos
aplicados no ativo.

PPC = Passivo Exigível ÷ Ativo Total

Endividamento Geral
Compara a utilização do capital de terceiros com o capital próprio.
Índice maior que 1 evidencia que a empresa utiliza mais recursos de terceiros do
que recursos próprios. Muitas empresas que vão à falência apresentam índices elevados
de endividamento durante um longo período.

Endividamento Geral = Passivo Exigível ÷ PL

Composição do Endividamento
Mede a participação das dívidas de curto prazo no endividamento total da empresa.

Composição de Endividamento = PC ÷ Passivo Exigível

Imobilização de Capital Próprio


Para a abordagem ortodoxa de finanças, os bens e direitos adquiridos e classificados
como permanentes (Investimentos, Imobilizados e Intangíveis) devem ser financiados
por recursos próprios da empresa. Contudo, quanto mais recursos próprios forem
utilizados no ativo fixo, menos recursos sobrarão para financiar o ativo circulante,
aumentando a dependência por recursos de terceiros.
Identifica o percentual de capital próprio imobilizado no ativo em investimentos
permanentes.

Imobilização do capital próprio = Ativo Fixo ÷ PL

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Exercícios Propostos

Questão 1: Calcule os índices de endividamento da empresa Natura Cosméticos S/A. (As


demonstrações encontram-se no apêndice desta apostila).

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Capítulo 4

Índices de rotatividade

Giro dos Estoques

Giro dos Estoques = CMV ÷ Estoque médio

Indica quantas vezes o estoque girou em relação as vendas. A priore, quanto mais rápido
a empresa vender seus produtos maior será o lucro.

Exemplo: Uma empresa vendeu em 2009 mercadorias adquiridas por $10.000,


sendo seu estoque médio dos últimos doze meses foi de $2.000. Determine a rotatividade
dos estoques.

RE = $10.000 ÷ $2.000
RE = 5 vezes

Prazo Médio de Estocagem


Indica o tempo em que o estoque levará para ser vendido ou consumido.

PME = (Estoque médio x 360 dias) ÷ CMV


ou
PME = 360 / GE

Obviamente que o ideal seja receber mais cedo e pagar mais tarde.

Prazo Médio de Recebimento de Clientes

Indica quanto tempo a empresa deverá esperar para receber o pagamento de seus clientes
em decorrência das vendas a prazo.
PMRC = (Clientes a Receber médios x 360 dias) ÷ (Receita Bruta - Devoluções)

Exemplo: Uma empresa vendeu em 2003 o total de $50.000 a prazo, sendo a média
mensal do saldo de clientes a receber de $3.000. Determine o prazo médio de
recebimentos.

PMRC = ($3.000 x 360) ÷ $50.000

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PMRC = 21,60 dias

Prazo Médio de Pagamento de Fornecedores

Mede o tempo que a empresa dispõe para pagar seus compromissos com fornecedores.
Este índice em conjunto com o de prazo médio de recebimentos nos dá uma idéia de
como está a dinâmica de fluxo de caixa. Se o prazo de recebimento é maior que o de
pagamento, provavelmente esta empresa necessita de capital de giro para lhe dar fôlego
financeiro para sustentar suas vendas.

PMPF = (Fornecedores médios x 360 dias) ÷ Compras

Obviamente que o ideal seja receber mais cedo e pagar mais tarde.

Exemplo: Uma empresa fez compras em 2003 no total de $40.000 a prazo, sendo a
média mensal do saldo de fornecedores a pagar de $1.500. Determine o prazo médio de
pagamentos.

PMPF = ($1.500 x 360) ÷ $40.000


PMPF = 13,5 dias

Posicionamento Relativo
Compara o prazo médio de recebimento com o prazo médio de pagamento.

PR = Prazo Médio de Recebimento ÷ Prazo Médio de Pagamento

Exemplo: Aproveitando os exemplos anteriores, temos:

PR = 21,60 ÷ 13,5
PR = 1,60

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Exercícios Propostos

Questão 1: Calcule os índices de rotatividade da empresa Natura Cosméticos S/A. (As


demonstrações encontram-se no apêndice desta apostila).

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Capítulo 5

Índices de rentabilidade

Margem Bruta
Mede a relação entre o resultado antes das despesas operacionais e a receita líquida.

Margem Bruta = Lucro Bruto ÷ Receita Líquida

Margem Operacional
Mede a razão entre o resultado operacional e a receita líquida.

Margem Operacional = Lucro Operacional ÷ Receita Líquida

Margem Líquida
Mede a relação do resultado líquido com a receita Líquida.

Margem Líquida = Lucro Líquido ÷ Receita Líquida

Rentabilidade do Capital Próprio ou Return on Equity – ROE


Mede a geração de lucros por meio do capital dos acionistas.

ROE = Lucro Líquido ÷ PL

Giro do Ativo

Giro do Ativo = Receita Líquida ÷ Ativo

Mede a quantidade de renovação do ativo pelas receitas.

Exemplo: Uma empresa possui ativos médios no período de 2003 de $230.000,


sendo as vendas líquidas do período da ordem de $400.000. Determine o giro do ativo.
GA = $400.000 ÷ $230.000
GAT = 1,74 vezes

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Retorno do Ativo ou Return on Assets – ROA
Este índice é freqüentemente chamado de retorno do investimento (return on investiment
– ROI), mede a geração de lucros por meio dos recursos disponíveis. Quanto maior for o
índice melhor.

ROA = Lucro Líquido ÷ Ativo

O ROA ainda pode ser obtido pela Fórmula Du Pont.


Veja:

ROA = Margem Líquida x Giro do Ativo

ou

ROA = (Resultado Líquido ÷ Receita Líquida) x (Receita Líquida ÷ Ativo)

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Exercícios Propostos

Questão 1: Calcule os índices de rentabilidade da empresa Natura Cosméticos S/A. (As


demonstrações encontram-se no apêndice desta apostila).

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Capítulo 6

Capital de Giro

Demonstração das origens e aplicações de recursos


A DOAR evidencia a figura do Capital Circulante Líquido (CCL) ou Capital de Giro
Líquido no início e no final do exercício, salientando as modificações da posição
financeira da empresa decorrentes de políticas da entidade.
A DOAR é basicamente a explicação de como o CCL variou durante o exercício.
Quando o Passivo Circulante é maior que o Ativo Circulante, dizemos que temos
um Capital Circulante Negativo – CCN.

CCL = Ativo Circulante – Passivo Circulante, quando o AC > PC


CCN = AC – PC, quando o AC < PC

Ativo Passivo
AC PC
A áre a
ELP
hachurada RLP
PL
repre senta o AP
CCL

Exemplo: Selecionamos do balanço patrimonial de uma empresa qualquer o seguinte:

Contas 2001 2002

Ativo Circulante:
Caixa 1.000 500
Bancos 2.500 1.500
Estoques 2.000 2.000
Clientes 1.500 1.500
7.000 5.500

Passivo Circulante:
Fornecedores 3.500 2.000
Empréstimos 1.500 1.000
5.000 3.000
Portanto o CCL em:
2001: CCL = 7.000 – 5.000 = 2.000
2002: CCL = 5.500 – 3.000 = 2.500

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Variação do Capital Circulante Líquido
De acordo com exemplo anterior, podemos perceber que existe uma diferença entre o
CCL de 2001 e o de 2002. A esta diferença chamamos de Variação do CCL.

Em nosso exemplo:

Variação do CCL = CCL ano atual – CCL ano anterior

Variação do CCL = 2.500 – 2.000 = 500

Ou seja, houve uma variação positiva do CCL de um ano para outro. Este aumento
deverá ser explicado pela DOAR.
Observação 1: Não haverá oscilação no CCL quando somente houver
movimentações entre contas do ativo circulante e passivo circulante.
Observação 2: Sempre que houver operações que envolvam contas circulantes (AC
e PC) e contas do não-circulante (RLP e AP) haverá oscilação no CCL.

Elaborando a DOAR
Continuando o nosso exemplo, suponhamos que o balanço patrimonial completo de
nossa empresa seja o seguinte:

Balanço Patrimonial

ATIVO 2001 2002 PASSIVO 2001 2002

Ativo Circulante: Passivo Circulante:


Caixa 1.000 500 Fornecedores 3.500 2.000
Bancos 2.500 1.500 Empréstimos 1.500 1.000
Estoques 2.000 2.000 5.000 3.000
Clientes 1.500 1.500
7.000 5.500 ELP
Títulos a pagar 500 800
Empréstimos 0 1.000
500 1.800
RLP
Títulos a receber 1.000 2.300 Patrimônio Líquido
Capital Social 7.000 7.000
Lucros Acumulados 3.900 4.280
Ativo Permanente 10.900 11.280
Máquinas 12.000 13.200
DAC Máquinas (3.600) (4.920)
9.400 8.280

Total Ativo 16.400 16.080 Total Passivo 16.400 16.080


Tendo determinado a variação do CCL de 2001 para 2002, temos agora que
explicar o porque desta diferença.

Variação do CCL = 2.500 – 2.000 = 500

Bem, analisando os lançamentos do período que foram os seguintes:

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✔ Pagamento de empréstimo bancário de $500 através da conta corrente;
✔ Compra a vista em dinheiro de mercadorias para estoque no valor de $400;
✔ Venda de mercadorias no valor de $800, recebidos $300 em dinheiro e $500 a
prazo, com CMV de $400;
✔ Aquisição de máquinas por $1.200, pagos da seguinte forma: $400 em dinheiro,
$500 com cheque e $300 a longo prazo;
✔ Recebimento de Clientes, através de depósito em conta corrente, no valor de
$500;
✔ Pagamento de fornecedores com cheque no valor de $1.500;
✔ Contabilização de depreciação de máquinas do período no valor de $1.320;
✔ Serviços prestados com recebimento a longo prazo no valor de $1.300 com
emissão de títulos;
✔ Obtenção de empréstimos bancários a longo prazo no valor de $1.000;

Concluímos que os lançamentos que provocaram, ao mesmo tempo,


movimentações no circulante e não-circulante foram os de nº: 3, 4 e 9.

Capital Circulante
Nº Evento
+ -
800
Venda de mercadorias no valor de $800,
3 recebidos $300 em dinheiro e $500 a prazo,
com CMV de $400;
400

Aquisição de máquinas por $1.200, pagos da


4 seguinte forma: $400 em dinheiro, $500 com 900
cheque e $300 a longo prazo
Obtenção de empréstimos bancários a longo
9 1.000
prazo no valor de $1.000
Total 1.800 1.300
Variação do CCL 500

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Conceito de Origem e Aplicação
Para fins de elaboração da DOAR, Origens são os eventos que provocam aumentos no
CCL. Aplicações, por outro lado, são os eventos provocam diminuições no CCL.

DOAR 2002

Origens de Recursos
Das Operações
Lucro Líquido 380
(+)Depreciação 1.320
(-) Receita LP (1.300) 400

De Terceiros
Empréstimos 1.000
Total das Origens 1.400

Aplicações de Recursos
Aquisição de Imobilizado 900
Total das Aplicações 900

Aumento do CCL 500

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Exercícios Propostos

Questão 4: Uma empresa apresentou o seguinte balanço patrimonial:

Balanço Patrimonial

ATIVO 2002 2003 PASSIVO 2002 2003

Circulante: Circulante:
Caixa 500 Fornecedores 2.000
Bancos 1.500 Empréstimos 1.000
Estoques 2.000 3.000
Clientes 1.500
Investimentos Não-circulante
5.500 ELP
Títulos a pagar 800
Empréstimos 1.000
Não-circulante 1.800
RLP
Títulos a receber 2.300 Patrimônio Líquido
Capital Social 7.000
Lucros Acumulados 4.280
Ativo Permanente 11.280
Máquinas 13.200
DAC Máquinas (4.920)
8.280

Total Ativo 16.080 Total Passivo 16.080

Apresentou ainda a seguinte movimentação em janeiro de 2003:

✔ Pagamento de fornecedores no valor de $1.000,00 através da conta corrente;


✔ Compra de mercadorias no valor de $500,00 pagos à vista e em dinheiro;
✔ Venda de 20% dos estoques por $1.200,00, tendo recebido 50% em dinheiro e
financiado o restante;
✔ Aquisição de máquinas por $400, pagos da seguinte forma: $100 à vista com
cheque e o restante com cheque pré-datado para o dia 05/01/2005;
✔ Recebimento de Clientes, através de depósito em conta corrente, no valor de
$1.000;
✔ Pagamento de fornecedores com cheque no valor de $500;
✔ Contabilização de depreciação de máquinas do período no valor de $1.380;
✔ Aplicação financeira de curto prazo no valor de $300;
✔ Obtenção de empréstimos bancários a longo prazo no valor de $1.000;
✔ Venda de 50% dos estoques por $2.400,00, tendo recebido 100% em dinheiro;
✔ Despesas operacionais diversas pagas à vista por $700,00;

Pede-se o balanço patrimonial, a DRE e a DOAR em janeiro em 2003.

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Considerações sobre endividamento
O endividamento de uma empresa é um aspecto importante que
devemos observar ao analisar um balanço patrimonial. Analisando a
estrutura do passivo notamos que é composta de capital de terceiros
(PC e ELP) e de capital próprio (PL), sendo assim, podemos afirmar que
quanto maior o montante do passivo exigível maior será o
endividamento. Este aspecto é importante quando se quer saber se uma
empresa tem capacidade de adquirir novas dívidas.

Capital de Giro
O ativo circulante é comumente chamado de capital de giro, pois é com ele que a empresa
operacionaliza suas atividades no curto prazo. O ativo circulante representa os recursos
de curto prazo que a empresa dispõe para honrar seus compromissos também de curto
prazo.

Por exemplo: A empresa utiliza o dinheiro que está no caixa para comprar
mercadorias, quando estas são vendidas, à vista ou a prazo, o dinheiro retorna ao caixa
num certo tempo para ser utilizado novamente, para comprar novas mercadorias ou
pagar dívidas com fornecedores.

Veja o diagrama abaixo:

Investimentos

Excedentes
de caixa
Re cebe no Paga no
vencim ento ve ncim e nto
Clientes Caixa e Bancos Fornecedores

Com pras de
Ve ndas
Vendas m e rcadorias à
à vista
a prazo vista Com pras de
m e rcadorias a
prazo

Vendas Estoques

Baixa de
Apuração do
e stoques pela
res ultado
venda
Apuração do
re sultado
Lucro
CMV
Bruto

Capital de Giro Líquido

Também denominado de Capital Circulante Líquido representa a diferença entre o ativo


circulante e o passivo circulante, ou seja:

CGL = Ativo Circulante – Passivo Circulante

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O capital de giro líquido representa a parte do ativo circulante que não está
comprometida com pagamentos de obrigações de curto prazo. Por isso também pode ser
chamado de Capital de Giro Próprio.

Caso o CGL seja positivo, ou seja, AC > PC, podemos dizer que a empresa possui
uma folga financeira, e quanto maior está folga, maior será sua capacidade de absorver
novas dívidas.

No entanto, caso o PC > AC, o resultado será negativo. Sendo assim chamaremos
este resultado de Capital de Giro Negativo ou de Capital Circulante Negativo.

O CGN indica que a empresa não tem capacidade de pagamento de suas


obrigações no curto prazo. Em empresas comerciais e industriais, está posição
desfavorável pode levá-las à insolvência.

Imagine: Uma empresa sem dinheiro para pagar seus fornecedores, começa a
atrasar os pagamentos, sem crédito, não consegue mais repor seu estoque, com isso não
pode gerar novos recursos, ... e o resto já conhecemos. Recentemente uma empresa
italiana de leite mundialmente conhecida passou por crise semelhante.

Exemplo:
Uma empresa apresentou em seu balanço $25.000 em ativos de curto prazo e $
15.000 de passivo circulante. Determine o capital de giro líquido.

CGL = $25.000 - $15.000


CGL = $10.000

Esta empresa possui uma folga financeira de curto prazo de $10.000.

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Capítulo 7

Administração do Capital de Giro

Introdução
O capital de giro tem papel relevante para a atividade operacional das empresas.
Normalmente representa mais de 50% dos recursos aplicados no ativo.
A administração do capital de giro é fundamental para a manutenção da saúde
financeira das empresas. Uma administração má feita do capital de giro pode resultar em
falência da empresa.
A existência de ativos correntes ou circulantes na estrutura patrimonial das
empresas é fundamental para permitir as operações diárias e a lucratividade esperada do
negócio.
Cada empresa deve, mediante sua posição e contexto de mercado, estruturar sua
administração do capital de giro, avaliando suas aplicações correntes de recursos, bem
como, suas fontes de financiamentos. O sucesso do negócio depende desta estrutura de
curto prazo. Por exemplo, o prazo médio de recebimento das vendas a prazo, o tamanho
e o giro dos estoques, as políticas de pagamentos, influenciam diretamente o capital de
giro da empresa.

Ciclo Operacional
Como já vimos, o capital de giro representa o capital que circula na empresa, permitindo
sua operacionalidade. Como por exemplo: o dinheiro no caixa, mercadorias em estoque,
direitos de receber de clientes, etc.
Nota-se que quanto mais este capital gira ou circula, maior será a lucratividade da
empresa, pois consegue, com o mesmo volume de capital, realizar mais operações em
certo período de tempo.
Uma administração eficiente, é a que consegue maximizar o giro do capital
corrente, permitindo uma maior lucratividade.
A circulação do capital de giro, é entendida pela transformação constante dos
recursos em outros bens e direitos de curto prazo. Denomina-se ciclo operacional às
várias etapas de transformações dos recursos durante a atividade operacional da
empresa.

No quadro abaixo são demonstradas as etapas do ciclo operacional de uma


indústria:

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Compra de Início da Final da Recebimento
matéria-prima fabricação fabricação Vendas
s

PME PMF PMV PMC

Onde:
PME – Prazo médio de estocagem
PMF – Prazo médio de fabricação
PMV – Prazo médio de vendas
PMC – Prazo médio de cobrança

A dimensão do ciclo operacional é obtida somando-se os prazos médios de cada


etapa operacional, que compreende desde a aquisição de matérias-prima até o
recebimento das vendas dos produtos.
Quanto mais esticado for o ciclo operacional, mais recursos de curto prazo a
empresa necessitará para financiar o giro. Observando o gráfico anterior, podemos notar
que o recurso alocado no estoque mediante aquisições de matérias-prima para produção,
retornará ao caixa da empresa somente com o recebimento da vendas. Sendo assim,
quanto mais longo for o ciclo operacional, maior será a necessidade de financiamento do
capital de giro.
O dimensionamento do ciclo operacional depende do ramo de atividade, do
tamanho, das políticas internas, e da agressividade comercial de cada empresa.
Geralmente o ciclo operacional das empresas é menor que um ano. No entanto, há
empresas que possuem ciclo operacional acima de um ano, como por exemplo: empresas
de construção civil, naval, de aviação, e rurais.
Cada etapa do ciclo operacional demanda recursos para financiar suas atividades,
e quanto maiores os prazos médios, maiores a necessidades de recursos.

Podemos definir o ciclo operacional pela fórmula abaixo:

Ciclo Operacional = PME + PMF + PMV + PMC

Ciclo Financeiro ou de Caixa


Financeiramente, a empresa pode diminuir suas necessidades de capital de giro
negociando prazos maiores de pagamentos junto a seus fornecedores, e prazos menores
de recebimentos de seus clientes. Ao período que compreende desde o pagamento de
fornecedores até o de recebimento de clientes, chamamos de ciclo financeiro ou de caixa.
Vejamos:

Pagamento de Desconto de
fornecedores duplicatas
Compra de Recebimento
Início da Final da
matéria-prima Vendas de vendas
fabricação fabricação
PMPF PMDD

PME PMF PMV PMC

Ciclo Operacional

Ciclo de Caixa

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Onde:
PMPF – Prazo médio de pagamento a fornecedores
PMDD – Prazo médio de desconto de duplicatas.

O ciclo financeiro compreende as movimentações do caixa, desde o desembolso


inicial referente ao pagamento a fornecedores até o recebimento das vendas. No gráfico
acima, o período do ciclo de caixa não corresponde com o ciclo operacional, pois a
empresa utiliza-se de dois artifícios para reduzir o ciclo financeiro: dilatação do prazo
médio de pagamento a fornecedores e antecipação dos recebimentos de clientes mediante
desconto de duplicatas em banco.

Podemos definir o ciclo de caixa pela fórmula abaixo:

Ciclo Financeiro = Ciclo Operacional - PMPF - PMDD

Ciclo Econômico
Temos ainda um terceiro ciclo denominado ciclo econômico que considera estritamente
as movimentações de natureza econômica, ou seja, as que promovem a realização de
lucros. Este ciclo vai desde a compra de matérias-prima até a realização das vendas.

Pagamento de Desconto de
fornecedores duplicatas
Compra de Recebimento
matéria-prima Início da Final da de vendas
fabricação fabricação Vendas
PMPF PMDD

PME PMF PMV PMC

Ciclo Operacional

Ciclo de Caixa

Ciclo Econômico

Podemos definir o ciclo econômico pela fórmula abaixo:

Ciclo Econômico = Ciclo Operacional - PMC

A Relação Risco-Retorno do Capital de Giro


As decisões financeiras baseiam-se na avaliação do risco e retorno do capital.
A empresa pode, por exemplo, diminuir seus investimentos em capital circulante
como forma de reduzir seus custos financeiros de financiamento. Ao se decidir cortar
custos para se obter maior lucratividade, a empresa se vê no conflito risco-retorno.
Sabemos que quanto maior o capital circulante líquido (AC – PC) de uma empresa, maior
será sua folga financeira e menor seu risco de falência.

No entanto, com maior folga financeira (menor risco) a empresa passa a lucrar
menos pois o capital deixa de ser aplicado na atividade operacional da empresa.
Fundamentalmente cada empresa deve decidir se deseja maior retorno do capital
investido ou menor risco.

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A princípio, uma forma de medirmos a folga financeira é determinando o capital
circulante líquido, como visto no capítulo anterior:

CCL = Ativo Circulante – Passivo Circulante

Podemos presumir que, quanto maior o CCL maior será sua folga financeira. No
entanto, esta não é maneira definitiva de avaliar a liquidez de uma empresa.

Necessidade de Investimento em Capital de Giro - (NICG)


Para determinarmos as necessidades de investimento em capital de giro de uma empresa,
devemos propor uma nova classificação de seus ativos e passivos circulantes, em itens
operacionais e financeiros. O estudo do melhor nível de investimento operacional em
giro é fundamental para garantirmos o equilíbrio financeiro.
Podemos classificar o ativo e o passivo da seguinte forma:

Ativo Circulante Financeiro (ou Errático) - (ACF)


Compreende os itens que não estão ligados diretamente com a atividade operacional da
empresa. Exemplos: o dinheiro em caixa e bancos, aplicações financeiras de curto prazo.

Ativo Circulante Operacional (ou Cíclico) - (ACO)


Diz respeito aos itens ligados à atividade operacional da empresa. Exemplo: créditos de
clientes, estoques de mercadorias e materiais para fabricação.

Ativo Permanente ou Não Circulantes - (AP)


Engloba não somente os investimentos fixos ou permanentes, mas também os itens
realizáveis no longo prazo.

Passivo Circulante Financeiro (ou Errático) - (PCF)


Da mesma forma que o ACF, compreende os itens que não estão ligados diretamente com
a atividade operacional da empresa. Exemplos: empréstimos e financiamentos bancários.

Passivo Circulante Operacional (ou Cíclico) - (PCO)


Diz respeito aos itens ligados à atividade operacional da empresa. Exemplo: obrigações
com fornecedores e impostos a recolher.

Passivo Permanente ou Não Circulante (PP)


Engloba não somente o patrimônio líquido, mas também os itens exigíveis no longo
prazo.

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Vejamos o balanço patrimonial abaixo:

Ativo Passivo
Caixa Financeiros Empréstimos bancários
Financeiros
Bancos ou Erráticos Financiamentos
ou Erráticos
Aplicações financeiras
Fornecedores
Circulante Clientes Circulante
Operacionais Impostos a recolher
Operacionais Estoques de mercadorias
ou Cíclicos Salários a pagar
ou Cíclicos Estoques de materiais
Adiantamento de Clientes
Despesas antecipadas
Realizável em longo prazo
Investimentos
Permanente Permanente Exigíveis no longo prazo
permanentes
ou Não Circulante ou Não Circulante Patrimônio líquido
Imobilizados
Ativos diferidos

Para determinarmos a efetiva necessidade de investimento em capital de giro,


procedemos à aplicação da seguinte fórmula:

NICG = AC Operacional - PC Operacional

Onde:
NICG – Necessidade de investimento em capital de giro

Caso o resultado do NICG seja negativo, podemos afirmar que as origens de


recursos operacionais, estão financiando, não somente a atividade operacional, mas
também outros itens do ativo financeiro ou permanente.

Exemplo: Uma empresa adquire mercadorias com prazo de pagamento para 30


dias, vendendo-as à vista, aplica no mercado financeiro o dinheiro recebido, ou com ele
adquire máquinas.
Não podemos deixar de observar que o ciclo de caixa ou financeiro influencia a
necessidade de investimento em capital de giro.

Observe o gráfico abaixo:

Pagamento de Desconto de
fornecedores duplicatas
Compra de Recebimento
matéria-prima Início da Final da de vendas
fabricação fabricação Vendas
PMPF PMDD

PME PMF PMV PMC

Ciclo Operacional

Ciclo de Caixa

Note que quanto maiores forem os prazos médios das etapas operacionais, maiores
serão as necessidades de financiamento do capital de giro. A empresa pode minimizar
este problema, negociando maiores prazos de pagamento junto a seus fornecedores e

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menores prazos de recebimentos de seus clientes. Além disso, deve a empresa procurar
melhorar seus processos de estocagem, produção e vendas, a fim de encurtar o ciclo
operacional.

Quanto menor for o ciclo de caixa menor será a necessidade de investimentos em


capital de giro.
Concluímos, então, que a necessidade de investimento em capital de giro depende
dos níveis de atividades (produção e vendas) e do ciclo financeiro.

Necessidade Total de Financiamento Permanente – NFTP


Podemos definir a necessidade de financiamento permanente como sendo a soma da
necessidade de investimento de capital de giro com o investimento permanente
(investimento fixo a realizáveis a longo prazo).

NTFP = NICG + Investimentos Permanentes

Onde:
NICG - Necessidade de Investimento em Capital de Giro

Para que haja equilíbrio financeiro, é necessário que os investimentos permanentes


e a NICG sejam integralmente financiados por passivos permanentes (PL e ELP).
Caso a empresa tenha necessidade de aumentar os investimentos, deve procurar
financiá-los por meio do retorno de suas atividades operacionais. Não havendo tais
recursos, deve buscar financiamentos de longo prazo ou realizar aporte de capital.

Saldo de Tesouraria
Saldo de Tesouraria é a diferença entre o Passivo Permanente e a NTFP, veja:

ST = Passivos Permanentes - NTFP

Ou então,

ST = Ativo Circulante Financeiros – Passivo Circulante Financeiros

O saldo positivo de tesouraria representa que a empresa possui reservas


financeiras para eventuais necessidades de investimentos e cobertura de sazonalidades.

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Exercícios Propostos

Questão 1: Determine CGL, NICG, ST e NTFP da empresa Natura Cosméticos S/A. (As
demonstrações encontram-se no apêndice desta apostila).

Questão 2: Uma empresa apresentou os seguintes prazos médios: PME = 10 dias, PMV =
15 dias, PMC = 30 dias, PMF = 5 dias, PMPF = 20 dias, PMDD = 25 dias. Pede-se:

a) Ciclo operacional;
b) Ciclo Financeiro;
c) Ciclo econômico.

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Apêndice 1

Demonstrações contábeis da Natura


Cosméticos S/A

NATURA COSMÉTICOS S/A


BALANÇO PATRIMONIAL – Controladora
em milhares de R$ - em 31 de dezembro

2009 2008 2007 2006 2005 2004

Ativo 2.278.480 1.809.102 1.619.435 1.325.406 1.167.575 846.399


Circulante 911.583 684.037 667.598 563.120 612.723 443.856
Disponibilidades 254.463 87.513 105.571 133.362 275.966 185.287
Clientes 414.645 428.421 512.094 356.181 302.688 236.453
Estoques 94.338 40.977 21.544 28.659 835 1.634
Outros 148.137 127.126 28.389 44.918 33.234 20.482
Partes relac ionadas 26.757 18.518 12.456 7.140 4.850 833
IR e CSLL diferidos 0 0 0 17.860 16.404 12.198
Impostos a rec uperar 93.760 33.275 2.022 1.517 508 3.009
Adiantamento a colaboradores 3.690 6.192 2.305 9.939 3.312 4.084
Ganhos não realizados com derivativos 0 35.393 0 0 0 0
Outros créditos 23.930 33.748 11.606 8.462 8.160 358

Não Circulante 1.366.897 1.125.065 951.837 762.286 554.852 402.543


Realizável a Longo Prazo 304.395 209.695 146.722 25.124 20.249 15.564
Créditos Diversos 304.395 209.695 146.722 24.534 19.242 14.794
Valores a receber de acionistas 90 45 25 20 130 172
Impostos a rec uperar 33.697 20.188 2.370 1.990 1.432 876
IR e CSLL diferidos 82.952 67.344 45.078 20.692 17.680 12.624
Depósitos judiciais 187.656 122.118 98.464 193 0 0
Incentivos fisc ais 0 0 0 0 0 1.122
Adiantamento a fornec edores 0 0 785 1.639 0 0
Créditos com Pessoas Ligadas 0 0 0 590 1.007 770
Com Controladas 0 0 0 590 1.007 770
Investimentos 1.000.600 868.497 770.701 707.422 516.929 373.748
Partic ipaç ões em Controladas 1.000.600 868.497 770.701 707.422 516.929 373.748
Imobilizado 50.375 37.865 27.866 26.190 14.415 11.378
Intangível 11.527 9.008 6.548 3.550 3.259 1.853

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NATURA COSMÉTICOS S/A
BALANÇO PATRIMONIAL – Controladora
em milhares de R$ - em 31 de dezembro

2009 2008 2007 2006 2005 2004

Passivo 2.278.480 1.809.102 1.619.435 1.325.406 1.167.575 846.399


Circulante 1.047.695 557.968 516.490 631.844 563.764 369.094
Empréstimos e Financiamentos 469.590 5.293 120.785 45.052 44.942 11.879
Fornecedores 60.876 51.214 43.240 48.679 38.070 17.197
Impostos, Taxas e Contribuições 190.620 131.552 132.171 80.490 75.536 52.776
Dividendos a Pagar 174 174 146 213.813 212.769 127.267
Provisões 1.465 15.791 0 1.993 2.703 4.802
Dívidas com Pessoas Ligadas 211.591 250.555 145.037 168.927 124.241 102.245
Outros 113.379 103.389 75.111 72.890 65.503 52.928

Não Circulante 90.964 237.025 181.893 42.587 80.551 39.853


Exigível a Longo Prazo 90.964 237.025 181.893 42.587 80.551 39.853
Empréstimos e Financiamentos 25.707 177.972 116.847 28 44.290 19.549
Provisões 62.873 52.033 59.645 39.340 34.455 19.463
Outros 2.384 7.020 5.401 3.219 1.806 841

Patrimônio Líquido 1.139.821 1.014.109 921.052 650.975 523.260 437.452


Capital Social Realizado 404.261 391.423 390.618 233.862 230.762 230.762
Reservas de Capital 142.979 138.285 151.702 134.633 119.909 112.016
Reservas de Lucro 611.304 479.240 408.070 282.480 172.589 94.674
Ajustes de Avaliação Patrimonial (18.723) 5.161 (8.403)
Lucros/Prejuízos Acumulados 0 0 (20.935) 0 0 0

NATURA COSMÉTICOS S/A


DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO – Controladora
em milhares de R$ - em 31 de dezembro

2009 2008 2007 2006 2005 2004

Receita Bruta de Vendas e/ou Serviços 5.410.052 4.575.866 4.083.357 3.731.863 3.127.463 2.457.896
Deduç ões da Rec eita Bruta (816.887) (744.927) (914.744) (837.107) (721.114) (576.564)
Receita Líquida de Vendas e/ou Serviços 4.593.165 3.830.939 3.168.613 2.894.756 2.406.349 1.881.332
Custo de Bens e/ou Serviços Vendidos (1.956.558) (1.609.476) (1.232.280) (1.161.087) (960.012) (776.170)
Resultado Bruto 2.636.607 2.221.463 1.936.333 1.733.669 1.446.337 1.105.162
Despesas/Receitas Operacionais (1.823.888) (1.529.817) (1.354.053) (1.154.162) (932.663) (721.702)
Com Vendas (1.062.579) (1.017.117) (847.329) (730.986) (606.509) (458.913)
Gerais e Administrativas (732.429) (505.377) (486.587) (463.359) (335.443) (268.401)
Financ eiras (27.011) (25.525) (4.281) 13.468 19.670 2.824
Outras Receitas Operacionais 961 30.738 0 0 0 0
Outras Despesas Operacionais 0 0 (4.081) (1.514) (3.640) 0
Resultado da Equivalência Patrimonial (2.830) (12.536) (11.775) 28.229 (6.741) 2.788
Resultado Operacional 812.719 691.646 582.280 579.507 513.674 383.460
Resultado Não Operacional 0 0 0 688 (212) 1.098
Resultado Antes Tributação/Participações 812.719 691.646 582.280 580.195 513.462 384.558
Provisão para IR e Contribuiç ão Social (144.403) (196.055) (126.756) (110.869) (116.105) (76.969)
IR Diferido 15.608 22.266 4.546 0 0 0
Participaç ões 0 0 0 0 0 (7.178)
Lucro/Prejuízo do Período 683.924 517.857 460.070 469.326 397.357 300.411

Análise das Demonstrações Contábeis – Professor Claudio Sameiro – www.sameiro.com.br 39

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