Sei sulla pagina 1di 109

c

UNP ± UNIVERSIDADE POTIGUAR


CTGÁS-ER ± CENTRO DE TECNOLOGIA DO GÁS & ENERGIAS
RENOVÁVEIS
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM AUTOMAÇÃO DE PROCESSOS A
GÁS NATURAL

DANIEL CÂMARA GADÊ DE VASCONCELOS

PROJETO PARA ESTAÇÃO DE MEDIÇÃO DE GÁS NATURAL

NATAL
2010
c
c

DANIEL CÂMARA GADÊ DE VASCONCELOS

PROJETO PARA ESTAÇÃO DE MEDIÇÃO DE GÁS NATURAL


.

Monografia de especialização
apresentada a banca examinadora do
curso de Automação de Processos a Gás
Natural da Universidade Potiguar e do
Centro de Tecnologia do Gás como
requisito necessários para a obtenção d o
título de Especialista em Automação de
Processos a Gás Natural.

ORIENTADOR: Prof. Ms. Marcos


Ferreira de Lima

NATAL
2010

c
c
c
c
c

c
p p pasconcelos, Daniel Câmara Gadê de.
Projeto para estação de mediação de gás natural. / Daniel
Câmara Gadê de pasconcelos. ± Natal, 200.
09f.

Monografia (Pós-Graduação em Automação de Processos à


Gás Natural / CTGÁS). ± Universidade Potiguar. Pró-Reitoria de
Pesquisa e Pós-Graduação.
Bibliografia. f. 8 -85.

. Automação de Processo à Gás Natural ± Monografia. 2.


Medição de gás natural. . Tipos e redes de computadores. I.
Título.

RN/UnP/BSRF CDU: 55 .98(04 c


cccccccccc
c
c
c
c
c

DANIEL CÂMARA GADÊ DE VASCONCELOS

PROJETO PARA ESTAÇÃO DE MEDIÇÃO DE GÁS NATURAL

Monografia de especialização
apresentada a banca examinadora do
curso de Automação de Processos a Gás
Natural da Universidade Potiguar e do
Centro de Tecnologia do Gás como
requisito necessários para a obtenção do
título de Especialista em Automação de
Processos a Gás Natural.

Aprovado em:____/____/_____

BANCA EXAMINADORA

____________________________________
Profº Ms. Marcos Ferreira de Lima
Orientador
Universidade Potiguar ± UnP

c
c
c
c
c

AGRADECIMENTOS

A minha família e aos meus amigos que me deram força para continuar este
trabalho.
Aos professores que se dedicaram a transferir todo o conhecimento necessário para
que este trabalho fosse realizado. Em especial ao meu orientador, que me guiou
nesta empreitada.
A Deus.

c
c
c
c
c

Não podemos construir uma máquina do tempo para mudar o passado porque
se o passado fosse mudado não construiríamos uma máquina do tempo. [...]
Todos nós temos máquinas do tempo. As que nos levam ao passado são
nossas lembranças, e as que nos fazem ir em frente são os nossos sonhos.
Èerbert George Wells ± ³A Máquina do Tempo´

c
c
c
c
c

RESUMO

Este trabalho tem como objetivo elaborar um projeto para instalação de uma
estação de medição de gás natural típica (também conhecida como EMED de gás),
utilizando dados de processos genéricos, buscando elaborar um comparativo entre
os diversos instrumentos usados neste tipo de instalação, bem como os tipos de
redes e de computadores de vazão utilizados. Também serão especificados todos os
instrumentos usados neste projeto, a partir dos dados de processo gerados,
incluindo toda documentação para detalhamento dos métodos de cálculos gerados
para os instrumentos selecionados e todo o embasamento teórico das normas
vigentes no Brasil para a execução destes cálculos. O sistema de filtragem e de
regulação da vazão e da pressão do gás para a EMED não é escopo deste projeto.

Palavras-chave : EMED. Gás Natural. Automação. Instrumentação. Projeto.

c
c
c
c
c

ABSTRACT

This study have a objective to develop a project to install of a monitoring


station of natural gas typical (also known as gas EMED), using data from generic
processes, seeking to draw a comparison between the various instruments used in
this type of installation, and types of networks and flow computers used. Also be
specified all the instruments used in this project, from process data generated,
including all documentation for details of the calculation methods generated for the
selected instruments and all the theoretical foundation of rules in Brazil for a
execution of this calculations. The filtration system and regulation of flow and
pressure of gas for EMED is not scope of this project.

€eywords: EMED. Natural Gas. Automation. Instrumentation. Design.

c
c
c
c
c

LISTA DE FIGURAS

Figura  - Exemplo de cadeia de transporte do gás natural. ................................ .... 5c


Figura 2 - A ANP e o Inmetro são responsáveis por regular a medição de petróleo e
gás natural no Brasil. ................................ ................................ ................................ 8c
Figura - A API, a ISA e a AGA São as agências reguladoras internacionais. ........ 8c
Figura 4 - Medidor do tipo turbina de forma eletrônica. ................................ ............ 2c
Figura 5 - Medidor do tipo turbina de forma mecânica. ................................ ............ 22c
Figura 6 - Diferentes tamanhos de medidores do tipo turbina. ................................ . 22c
Figura 7 - Modo de operação medidor de efeito Doppler. ................................ ........ 2 c
Figura 8 - Modo de operação medidor de tempo de trânsito. ................................ ... 24c
Figura 9 - Diferentes tipos de montagem de transdutores. ................................ ....... 25c
Figura 0 - Medidor do tipo Pitot, placa de orifício e tubo penturi respectivamente . 25c
Figura  - Esquema de funcionamento de um transmissor de vazão (SMAR LD 00)
................................ ................................ ................................ ................................ .. 27c
Figura 2 - Detalhe de funcionamento do transmissor de pressão do tipo indutivo .. 28c
Figura  - Transmissor eletrônico de pressão Indutivo ................................ ........... 29c
Figura 4 - Transmissor eletrônico de pressão piezoelétrico ................................ .... 0c
Figura 5 - Transmissor eletrônico de pressão piezoresistivo ................................ .. c
Figura 6 - Detalhe de funcionamento do transmissor de pressão do tipo
piezoresistivo ................................ ................................ ................................ ............ 2c
Figura 7 - Detalhe de funcionamento do transmissor de pressão do tipo capacitivo
................................ ................................ ................................ ................................ .. c
Figura 8 - Componentes da célula capacitiva ................................ ......................... c
Figura 9 - Funcionamento básico do sensor ................................ ........................... 5c
Figura 20 - Transmissor de pressão manométrico e diferencial, respectivamente, do
tipo capacitivo. ................................ ................................ ................................ .......... 5c
Figura 2 - Esquema de montagem do transmissor de vazão para fluidos líquidos . 6c
Figura 22 - Esquema de montagem do transmissor de vazão para fluidos gasoso e
vapores ................................ ................................ ................................ ..................... 6c
Figura 2 - Montagem do elemento secundário para medição de vazão de gás ...... 7c
c
c
c
c
c

Figura 24 - Montagem de flanges de orifício ................................ ............................. 7c


Figura 25 - Exemplos de porta-placas e flanges de orifício ................................ ...... 8c
Figura 26 - Exemplo de computador de vazão instalado em painel. ........................ 46c
Figura 27 - Modelo do computador de vazão da Smar ................................ ............. 47c
Figura 28 - Computador de vazão D 
0 da  ................................ 48c
Figura 29 - Floboss 0 da Emerson/Fisher ................................ ............................. 49c
Figura 0 - Estrutura de um projeto de instrumentação ................................ ............ 50c
Figura  - Configuração de ERP ................................ ................................ ............. 5 c
Figura 2 - Configuração da EMED. ................................ ................................ ......... 54c
Figura - Exemplo de arquitetura de sistema de medição ................................ ..... 57c
Figura 4 - Na transmissão de dados analócos (esquerda), cada instrumento tem
que ser conectado individualmente, na digital (direita), todos podem ser ligados em
um único barramento, criando uma malha. ................................ ............................... 59c
Figura 5 - Diferença de sinal entre transmissões de dados analógicos e digital ..... 59c
Figura 6 - Exemplo de montagem do computador de vazão da m  em painel. .. 6c
Figura 7 - Exemplo de diagrama lógico ................................ ................................ .. 6 c
Figura 8 - Exemplo de instalação ao processo. ................................ ...................... 65c
Figura 9 - Exemplo de instalação ao processo (foto anterior ± vista de trás). ........ 66c
Figura 40 - Exemplo de detalhe de instalação pneumática. ................................ ..... 67c
Figura 4 - Modelo de lista de cabos. ................................ ................................ ....... 70c
Figura 42 - Programa de cálculo de vazão utilizado pela Petrob ras. ........................ 74c
Figura 4 - Condicionador de fluxo do tipo feixe tubular. ................................ .......... 76c
Figura 44 - Exemplos de selos remotos e selo diafragma, respectivamente. ........... 80c

c
c
c
c
c

LISTA DE TABELAS

Tabela  - Montagem do transmissor de vazão. ................................ ....................... 6


Tabela 2 - Comparativo entre rede È 
e D 
 D  . .............................. 58
Tabela - Critérios de dimensionamento de placa de orifício. ................................ . 7
Tabela 4 - Dimensões do trecho reto calibrado, de acordo com a AGA . ............... 75
Tabela 5 - Dimensões do trecho reto calibrado com condicionador de fluxo, de
acordo com a AGA . ................................ ................................ ............................... 76
Tabela 6 - Diferenças de limites entre as normas de medição de vazão de gás
natural. ................................ ................................ ................................ ...................... 77

c
c
c
c
c

LISTA DE SIGLAS

ANP Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis


INMETRO Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade
Industrial
ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas
OIML Organização Internacional de Metrologia Legal
Ym Y

  
  m
  

Y   
   Y



     

m   m
  
  
 
CNP Conselho Nacional do Petróleo
INPM Instituto Nacional de Pesos e Medidas
RBC Rede Brasileira de Calibração
CLP Controlador Lógico Programável

c
c
c
c
c

SUMÁRIO

1.c INTRODUÇÃOc cc


2.c DISTRIBUIÇÃO E MEDIÇÃO DO GÁS NATURALc cc
å.c ESTAÇÃO DE MEDIÇÃOc cc
.c MEDIÇÃO DE ÓLEOc cc
.2c MEDIÇÃO DE GÁS NATURALc cc
'.c MEDIDORES DE VAZÃOc cc
4.c MEDIDOR DE pAZÃO TIPO TURBINAc cc
4.2c MEDIDOR DE pAZÃO TIPO ULTRA-SÔNICOc cc
4. c MEDIDOR DE pAZÃO TIPO DIFERENCIAL DE PRESSÃO COM PLACA
DE ORIFÍCIOc cc
'.å.1 c Transmissor Eletrônico de Pressão Tipo Indutiv oc cc
'.å.2 c Transmissor Eletrônico de Pressão Tipo Piezoelétrico c cc
'.å.å c Transmissor Eletrônico de Pressão Tipo Piezoresistivo ou m 
c c cc
'.å.' c Transmissor Eletrônico de Pressão Tipo Capacitivo c cc
'.å.5 c Montagem dos Equipamentos c cc
4.4c PARÂMETROS DE SELEÇÃOc cc
'.'.1 c Dados da Vazão c cc
'.'.2 c Custoc cc
'.'.å c Função c c c
'.'.' c Desempenho c c c
'.'.5 c Instalação c c c
'.'.6 c Fluido c c c
'.'.7 c Perda de Carga c c c
5.c COMPENSAÇÕESc c c
6.c COMPUTADOR DE VAZÃOc c c
7.c PROJETANDO A EMEDc cc
7.c PROJETO BÁSICOc cc
7.1.1 c Critérios do Projeto c cc
7.1.2 c Fluxograma de Engenharia c c
7.1.å c Folha de Dados de Processo c cc

c
c
c
c
c

7.1.' c Listas de Instrumentos c cc


7.1.5c Memorial Descritivo c cc
7.1.6 c Matriz de Causa e Efeito c c
c
7.1.7 c Arquitetura de Automação c cc
7.2c PROJETO EXECUTIpO c
c
7.2.1 c Diagrama Lógico c c
c
7.2.2 c Diagrama de Malha c c
c
7.2.å c Detalhamento Típico de Instrumentos (Detalhes de Instalação) c c
c
7.2.' c Planta de Instrumentação e Encaminhamento de Cabos c c
c
7.2.5 c Lista de Cabos c
c
7.2.6 c Memorial de Cálculo cc
7.2.7 c Folhas de Dados dos Instrumentos c cc
ù.c CONCLUSÃOc cc
o.c REFERÊNCIAS c cc
APÊNDICE A ± FLUXOGRAMA DE ENGENÈARIAc c
c
APÊNDICE B ± FOLÈAS DE DADOS DE PROCESSOc cc
APÊNDICE C ± LISTA DE INSTRUMENTOSc cc
APÊNDICE D ± ARQUITETURA DE AUTOMAÇÃOc cc
APÊNDICE E ± DIAGRAMA DE MALÈAc cc
APÊNDICE F ± DETALÈE DE INSTALAÇÃO AO PROCESSOc c c
APÊNDICE G ± DETALÈE DE INSTALAÇÃO ELÉTRICAc cc
APÊNDICE È ± DETALÈE DE INSTALAÇÃO DE SUPORTESc cc
APÊNDICE I ± MEMORIAS DE CÁLCULOc cc
APÊNDICE J ± FOLÈAS DE DADOS c c

c
c
c
c
c

1. INTRODUÇÃO

Nos últimos anos, o gás natural tem se tornado um importante insumo


energético com participação crescente na matriz energética nacional. As suas
qualidades e vantagens frente às outras fontes de energia fomentaram as aplicações
industriais, domiciliares e automotivas do gás natural, notadamente nos grandes
centros urbanos e industriais das regiões Sul, Sudeste e Nordeste. Com efeito,
somente o volume de gás transportado através de tubulações em terra já ultrapassa
os 22 milhões de metros cúbicos por dia. [2]
O gás natural é um combustível fóssil encontrado em rochas porosas no
subsolo, podendo estar associado ou não ao petróleo. A sua formação advém das
eras pré-históricas, como resultado do acúmulo de energia solar sobre matérias
orgânicas soterradas em grandes profundidades ao longo o processo de
acomodação da crosta terrestre. O gás natural é composto por gases inorgânicos e
hidrocarbonetos saturados, predominando o metano e, em menores quantidades o
propano e o butano, entre outros. Geralmente, apresenta baixos teores de
contaminantes como o nitrogênio, CO2, água e compostos de enxofre. O gás natural
permanece no estado gasoso, sobre pressão atmosférica e temperatura ambiente.
Mais leve que o ar, o gás natural dissipa-se facilmente na atmosfera em caso de
vazamento. Para que se inflame, é preciso que seja submetido a uma temperatura
superior a 620°C. A título de comparação, vale lembrar que o álcool se inflama a
200°C e a gasolina a 00°C. Além disso, é incolor e in odoro, queimando com uma
chama quase imperceptível. Por questões de segurança, o gás natural
comercializado é odorizado com compostos que possuem enxofre natural como o

  
 ou o

  
 . [2]
São inúmeras as vantagens econômicas do uso do gás natural, mas sua
maior contribuição está ligada diretamente à melhoria dos padrões ambientais.
Devido à sua pureza, produz uma queima limpa e uniforme, sem a presença de
fuligem e de outras substâncias que prejudicam o meio ambiente. O gás natur al é
usado como combustível para fornecimento de calor, geração de eletricidade e de
força motriz; como matéria-prima nas indústrias siderúrgica, química, petroquímica e
de fertilizantes. Na área de transportes é utilizado como substituto da gasolina e do
c
c
c
 c
c

álcool. Tais fatores permitem a utilização quase irrestrita do produto em vários


segmentos, atendendo as determinações ambientais e contribuindo de forma eficaz
e eficiente no controle dos processos, segurança e qualidade. Desta forma, o gás
natural participa direta ou indiretamente da vida de toda a população. [2]

c
c
c
c
c

2. DISTRIBUIÇÃO E MEDIÇÃO DO GÁS NATURAL

Para chegar ao consumidor final, o gás natural passa por uma série de etapas
que vão desde a exploração da jazida, passando pela produção, processamento,
transporte, e chegando finalmente à distribuição. Nesse caminho, que se assemelha
ao percurso do sangue através das artérias e capilares do corpo humano, o gás é
comprimido, processado e transportado ao longo de centenas de qu ilômetros de
tubulações que compõem as malhas de gasodutos que cruzam fronteiras de estados
e de municípios, passando por estações de regulagem e medição até chegar às
distribuidoras e seus consumidores. Na fase de distribuição, o gás já deve estar
atendendo a padrões rígidos de especificação, e praticamente isento de
contaminantes para não causar problemas aos equipamentos onde será utilizado
como combustível ou matéria-prima. [2]

Figura  - Exemplo de cadeia de transporte do gás natural. [2]


c
c
c

c
c

A medição é um dos pontos chaves na utilização e na exploração do gás


natural. É com ela que se obtêm o lucro proveniente da sua utilização. A medição
eficiente e precisa do gás natural é de importânc ia vital no gerenciamento de energia
do mundo atual. []
A medição de gás é baseada em uma combinação de leis da física, da
química, da engenharia e do balanço de massa, e não é uma ciência exata. É uma
ciência aplicada, que muda com as altercações da tecn ologia, negócios e meio
ambiente.
Devido ao aumento da demanda e a tendência para cobranças automáticas,
forçaram a indústria de gás a se mover rapidamente na direção da medição
eletrônica. Embora os elementos primários de medição de vazão de gás não tende m
a mudar no futuro próximo, os equipamentos secundários convergem para
instrumentos eletrônicos modernos.
As principais atividades onde podemos encontrar estações de medição de
gás são na transferência de custódia onde o gás é vendido de uma empresa para
outra, e a medição fiscal onde o gás extraído é medido para fins de fiscalização e
pagamento de impostos. Essa medição é regida pelo decreto nº 2.705 da ANP.
Existem também as medições de apropriação (similar a anterior, utilizada para o
pagamento dos royalties aos responsáveis pelas terras onde o gás foi extraído) e a
medição operacional que possui instrumentos de medição com precisão menor que
o exigido pelos tipos de medições anteriores e é utilizado apenas para o controle da
produção do gás.
Todos estes tipos de medição são regidos normas rígidas a fim de definir um
padrão para o sistema de medição e reduzir ao máximo o grau de incerteza (erro
entre o que é medidor e o que realmente é transferido) na medição dando mais
confiabilidade ao processo. Por isso, no Brasil esses tipos de medição são
normatizados pela portaria conjunta nº  do Inmetro e da ANP onde especifica os
principais critérios adotados no Brasil para a medição de gás e de petróleo. Como o
objetivo deste trabalho é apresentar um modelo de um projeto para a especificação
de uma estação de medição de gás natural (EMED), será abordado principalmente
as características da medição fiscal na abordagem dos tópicos a seguir.

c
c
c
c
c

å. ESTAÇÃO DE MEDIÇÃO

Por definição, uma EMED é uma estação de medição que delimita fisicamente
o sistema de medição no campo. O sistema de medição é um conjunto de
equipamentos dedicados a medição de um fluido tais como: transmissores de campo
(vazão, temperatura e pressão), computadores de vazão, IHM (Interface Homem-
Máquina), gateway (interface entre as redes dos computadores de vazão e a rede de
automação), linhas e periféricos (analisad ores de BS&W (³basic sediment and water´
- relação percentual entre volume de água/sedimentos e volume total de líquido) e
densidade, amostradores manuais e automáticos, filtros, condicionadores de fluxo,
válvulas, etc.) destinados à medição fiscal e trans ferência de custódia.
Os locais de instalação das estações de medição de gás natural devem ser
aprovados pela ANP e devem se localizar imediatamente após as instalações de
separação e condicionamento e antes de quaisquer instalações de transferência,
processamento ou transporte.
Os instrumentos de medição e os sistemas de medição utilizados devem ser
submetidos ao controle metrológico do INMETRO ou comprovar rastreabilidade aos
seus padrões.
Ainda, de acordo com o INMETRO, os sistemas de medição fiscal da
produção de petróleo e gás natural devem ser protegidos contra acessos não
autorizados, de forma a evitar dano, falha ou perda de calibração dos instrumentos e
componentes do sistema. Devem ser instalados selos para evitar acesso não
autorizado às operações que possam afetar o desempenho dos instrumentos e dos
sistemas de medição. Para operações realizadas através de programação, devem
ser incluídas palavras-chave ou outros meios para impedir o acesso não autorizado
aos sistemas e programas de configuração, ajustes, calibração, alarmes, históricos e
eventos.
Os cálculos dos volumes produzidos a partir de medidores de vazão devem
ser realizados por computadores de vazão ou dispositivos do tipo PLC e os seus
algoritmos de vazão de gás deverão atender ao API MPMS Chapter 4 (AGA- e
AGA-8), comprovados por certificação independente. Os sistemas de medição de
petróleo e gás natural para efeito fiscal e de apropriação da produção devem incluir
c
c
c
c
c

dispositivos para compensação automática das variações de pressão estát ica


(absoluta no caso de gás natural) e de temperatura .

Figura 2 - A ANP e o Inmetro são responsáveis por regular a medição de petróleo e gás natural no
Brasil.

Figura - A API, a ISA e a AGA São as agências reguladoras internacionais.

A seguir serão especificados os principais instrumentos de m edição utilizados


nas EMED¶s.

. MEDIÇÃO DE ÓLEO

Os sistemas de medição de óleo em linha devem, pelo menos, segundo a


ANP e o INMETRO, ser constituídos dos seguintes equipamentos:

; Medidores de fluidos do tipo deslocamento positivo ou do tipo turbina, ou


medidores mássicos tipo coriolis, com indicação de volume. Outros tipos
de medidores podem ser utilizados, desde que sua utilização seja

c
c
c
c
c

previamente autorizada pela ANP. Os medidores devem ser providos com


totalizador sem dispositivo de retorno a zero ou, no caso de dispositivos
eletrônicos, cujo retorno a zero não seja possível sem operar ajustes
protegidos por meio de selos ou de outras proteções contra acesso não
autorizado;
; Um instrumento ou sistema de medição de temperatura ou de
compensação automática de temperatura;
; Um instrumento ou sistema de medição de pressão ou de compensação
automática da pressão;
; Um sistema de amostragem proporcional à vazão;
; E um sistema de calibração fixo ou móvel.

.2 MEDIÇÃO DE GÁS NATURAL

Os sistemas de medição de gás natural em linha devem, pelo menos,


segundo a ANP e o INMETRO, ser constituídos dos seguintes equipamentos:

; Medidores de gás natural do tipo placa de orifício, turbina ou medidor do


tipo ultra-sônico. Outros tipos de medidores podem ser utilizados, desde
que sua utilização seja previamente autorizada pela ANP. Pode ser
utilizado sistema de porta placa para a troca da placa de orifício da
tubulação;
; Os instrumentos de medição de vazão, pressão diferencial e pressão e
temperatura de fluxo devem ser selecionados e operados para que o valor
medido esteja na faixa de medição e sua exatidão seja compatível com
aquela necessária para se obter a incerteza especificada na resolução
conjunta nº do INMETRO e ANP;
; Todos estes instrumentos serão mais bem detalhados a frente.

c
c
c
c
c

Como se está tratando especificamente de medição de gás natural, agora


iremos nos deter em detalhar os instrumentos e os métodos de medição
regulamentados para este fim.

c
c
c
c
c

'. MEDIDORES DE VAZÃO

4. MEDIDOR DE pAZÃO TIPO TURBINA

O medidor de vazão do tipo turbina funciona através na rotação de suas pás


inseridas dentro da tubulação causada pelo fluxo do fluido. A indicação da vazão
instantânea e da vazão total pode ser realizada mecanicamente, através da rotação
do eixo da turbina fazendo girar engrenagens de acordo com a vazão, ou
eletronicamente através da indução magnética d a passagem das pás próximo a um
contator magnético no corpo do medidor, gerando pulsos que são interpretados
pelos circuitos eletrônicos do mesmo, podendo se r transmitido até o supervisório da
estação.

Figura 4 - Medidor do tipo turbina de forma eletrônica. [5] e [6]

c
c
c
c
c

Figura 5 - Medidor do tipo turbina de forma mecânica. [7] e [8]

Figura 6 - Diferentes tamanhos de medidores do tipo turbina. [9] e [0]

A característica mais importante da turbina é sua altíssima precisão, podendo


ater ser usada como padrão de calibração de outros medidores como o magnético e
o ultra-sônico e sua instalação requer basicamente um trecho reto a jusante (antes
do medidor) de 0 vezes e a montante (após o medidor) de 5 vezes o diâmetro da
tubulação.
As desvantagens deste medidor referem-se ao seu alto custo em tubulações
de diâmetros elevados (a partir de 6 polegadas) visto que ele necessita de um
carretel para a passagem do fluxo, e a necessidade de trabalhar com fluidos
extremamente limpos e pouco viscosos, já que as impurezas nos fluidos causam um
desgaste excessivo nas palhetas, no rot or e nas engrenagens da turbina . O mesmo
acontece com fluidos muito viscosos. Em instalações onde pode-se conter sujeiras
no gás, a manutenção constante desses medidores pode inviabilizar a sua
instalação.

c
c
c
c
c

Nas medições de gás com turbinas devem ser atendidos os requisitos da


norma    
      
  
 . Além
desta norma, pode-se obter mais informações sobre instalação e calibração de
medidores do tipo turbina na norma Ym  .

4.2 MEDIDOR DE pAZÃO TIPO ULTRA-SÔNICO

Existem dois tipos de medidores ultrassônicos: efeito Doppler e tempo de


trânsito, este último sendo o mais usado. Em todos os medidores ultrassônicos, a
energia elétrica é usada para excitar um cristal piezelétrico em sua frequência de
ressonância. Esta frequência de ressonância é transmitida na forma de onda,
viajando à velocidade do som, no fluido e no material onde o cristal está tocando.
Normalmente o medidor ultrassônico utiliza dois transdutores para envio e
recebimento do sinal na linha, mas, dependendo da precisão necessária e do
diâmetro da tubulação, pode -se utilizar , 4, 6 ou até 8 transdutores para fazer essa
medição.
O medidor tipo Doppler é utilizado em tubulações onde o fluido a ser medidor
possui impurezas ou não está totalmente preenchido porque ele utiliza a reflexão da
onda sonora no fluido em movimento para realizar a medição da vazão. Esses
medidores geralmente não são usados em fluidos limpos e possuem precisão entre
2 e 5%.

Figura 7 - Modo de operação medidor de efeito Doppler. []

c
c
c
 c
c

O medidor de vazão ultrassônico a diferença de tempo ou tempo de trânsito


mede a vazão, medindo o tempo gasto pela energia ultrassônica atravessar a seção
do tubo, indo a favor e contra a vazão do fluido dentro da tubulação. Os tempos de
propagação da onda, através do fluido, são diferentes quando no sentido da vazão e
quando no sentido contrario []. Como outros medidores de vazão, o medidor de
tempo de trânsito necessita que o fluido preencha totalmente a tubulação e que ele
contenha poucas impurezas para não resultar em erro na medição. A sua precisão
pode variar de  a 5%.

Figura 8 - Modo de operação medidor de tempo de trânsito. []

Outro fator que influencia a escolha do medidor ultrassônico,é o tipo de


instalação usada nos transdutores. Atualmente existem três modelos diferentes de
instalação: o tipo permanente (onde os transdutores são integrados ao carretel do
medidor na tubulação), os de inserção à tubulação (onde os carretéis já possuem
entradas definidas a partir de seu diâmetro para receber os transdutores, e esses
podem ser facilmente retirados para manutenção) e os do tipo ³  ´ (que
podem ser moveis ou fixos). Este último se caracteriza pela facilidade de instalação,
visto que não é necessária nenhuma intervenção na linha para a sua instalação
(desde que respeitados os limites de trecho reto a montante e a jusante), sendo os
transdutores fixados externamente a uma distân cia predefinida entre eles (de forma
permanente ou temporária), dependendo do diâmetro da tubulação , e muito usada
em tubulações de grandes diâmetros devido ao seu baixo custo em comparação aos
medidores com carretel. Para uma especificação completa devem ser consultada a
norma AGA Reports n° 9.

c
c
c
c
c

Figura 9 - Diferentes tipos de montagem de transdutores. [2] e [ ]

4. MEDIDOR DE pAZÃO TIPO DIFERENCIAL DE PRESSÃO COM PLACA DE


ORIFÍCIO

O sistema de medição de vazão é formado por dois elementos separados e


combinados: um elemento primário e um elemento secundário (sensor ou
transmissor).
O elemento primário está em contato direto com o fluido e produz a pressão
diferencial. Os principais tipos de elementos primários são: placa de orifício, tubo
penturi e Pitot.

Figura 0 - Medidor do tipo Pitot, placa de orifício e tubo penturi respectivamente [6]

O uso destes tipos de medidores para medição de vazão é bastante antigo.


De acordo com registros históricos, têm-se notícias que os romanos, na Roma
antiga, usavam a placa de orifício para a medição da água de consumo.
De acordo com a portaria conjunta Inmetro/ANP deve -se usar apenas placa
de orifício em medições de vazão do tipo pressão diferencial e será nele que o
projeto irá se basear.
O uso do medidor de vazão por pressão diferencial de deve a vários fatores:
c
c
c

c
c

; Simplicidade na confecção;
; Baixo custo;
; Possibilidade de medir grandes volumes de fluidos a grandes
velocidades;
; Facilidade de calibração;
; Grande acervo de informações acumulados e registrados;
; É o tipo de medição de vazão mais utilizado no mundo (estima-se que
cerca de 50% dos medidores sejam do tipo pressão diferencial).

Com relação especificamente à placa de orifício, algumas observações


devem ser feitas:

; Ela consiste basicamente de uma chapa metálica, normalmente de aço


inoxidável, perfurada de forma precisa e calculada, a qual é instalada
perpendicularmente ao eixo da tubulação entre flanges ou em dispositivos
porta-placas, para gerar uma diferença de pressão do fluido antes e
depois da placa.
; O diâmetro do orifício é calculado de modo que seja o mais preciso
possível, e suas dimensões sejam suficientes para produzir, à máxima
vazão, uma pressão diferencial máxima adequada, de acordo co m a
norma AGA n° .
; Normalmente o orifício da placa é concêntrico, quer dizer, ele se localiza
no centro da placa e é utilizada para todos os tipos de fluidos sem sólidos
em suspensão. No caso do fluido possuir sólidos em suspensão, pode -se
utilizar os orifícios concêntricos ou segmental, conforme figura abaixo.
; A face de entrada deverá ser polida, o ângulo de entrada do orifício
deverá ser de 90° e totalmente isenta de rebarbas e imperfeições. Na
saída o ângulo pode variar, sendo mais comum o uso de 45°.

c
c
c
c
c

A placa de orifício gera a pressão diferencial proporcional ao quadrado da


vazão medida. Deve se, depois, medir e condicionar esta pressão diferencial gerada
para completar o sistema de medição da vazão. []
O instrumento usado para fazer esse tipo de medição é o transmissor de
vazão por pressão diferencial. Ele pode ter, como elemento sensor, os seguintes
dispositivos: elemento indutivo, piezoelétrico, piezoresistivo ou 
   e célula
capacitiva, para citar os mais utilizados, para medir a pressão diferencial causada
pela placa de orifício ou por qualquer outro elemento de vazão produtor de pressão
diferencial (depriogênico). Esses instrumentos medem uma pressão diferencial
relativamente baixa, medidas normalmente em mmH2O ou polegadas de H2O.
O elemento secundário (sensor de pressão diferencial) detecta a diferença de
pressão gerada pelo elemento primário. A pressão diferencial gerada pelo elemento
primário é medida através das tomadas de impulso, geralmente localizada nos
flanges da placa de orifício, pelo elemento sec undário. O elemento secundário ainda
pode ser do tipo analógico, para indicação local, ou eletrônica, para transmissão do
valor da vazão medida. Todos os transmissores geram um sinal analógico e podem
convertê-los em sinais digitais para envia-los em redes digitais (como rede
D 
 D   ou rede È 
), se necessário. Abaixo está um esquema do
funcionamento do medidor e transmissor de vazão por pressão diferencial eletrônico:

Figura  - Esquema de funcionamento de um transmissor de vazão (SMAR LD 00). [28]

Abaixo serão detalhados os diversos sensores citados para o transmissor de


pressão diferencial ou manométrico.
c
c
c
c
c

'.å.1 Transmissor Eletrônico de Pressão Tipo Indutivo

A pressão do processo, aplicada no elemento metálico elástico (fole),


movimenta/deforma-o; este movimento é transmitido à barra de força ou alavanca
transmissora por intermédio da lâmina de articulação. A barra de força ou alavanca
transmissora é acoplada ao diafragma de selagem que também funciona como seu
ponto de apoio (pivô). Esta força é transmitida ao disco de rearme, através da
alavanca de deflexão, aproximando o disco de rearme do detector. Esta
aproximação gera um aumento da indutância, com um consequente aumento no
consumo de corrente e um aumento no sinal de saída do detector. Paralelamente à
aproximação do disco de rearme, acontece o afastamento da bobina de
realimentação do imã permanente; ao mesmo tempo, o sinal se saída do detector é
amplificado e retificado na unidade amplificadora, resultando no sinal de saída do
transmissor (4 a 20 mA). Este sinal também é aplicado na bobina de realimentação,
aumentando a força para equilíbrio do sistema. [ 4]

Figura 2 - Detalhe de funcionamento do transmissor de pressão do tipo indutivo. [ 4]

c
c
c
c
c

Esta força age sobre o braço de rearme, em sentido contrário à variação do


sinal anterior, afastando o disco de rearme do detector; deste modo, o sistema
atinge um novo equilíbrio, com o sinal de saída do transmissor ficando proporcional
ao valor da pressão medida naquele momento. O sinal de saída do instrumento é
transmitido para um receptor eletrônico de faixa compatível, seja para fins de
indicação, registro ou controle. [ 4]
Devido a sua elevada complexidade e a ter dispositivos mecânicos móveis,
este tipo de transmissor é pouco utilizado.

Figura  - Transmissor eletrônico de pressão Indutivo. [ 4]

'.å.2 Transmissor Eletrônico de Pressão Tipo Piezoelétrico

A medição de pressão utilizando este tipo de sensor se baseia no fato dos


cristais assimétricos ao sofrerem uma deformação elástica ao longo do seu eixo
axial, produzirem internamente um potencial elétrico causando um fluxo de carga
elétrica em um circuito externo. A quantidade elétrica produzida é proporcional à
pressão aplicada, sendo então essa relação linear o que facilita sua utilização. Outro
fator importante para sua utilização está no fato de se utilizar o efeito piezoelétrico
de semi-condutores, reduzindo assim o tamanho e peso do transmissor, sem perda
de precisão. Cristais de turmalina, cerâmica Policristalina Sintética, quartzo e quartzo
cultivado podem ser utilizado na sua fabricação, porém o quartzo cultivado é o mais
empregado por apresentar características ideais de elasticidade e linearidade. [ 4]

c
c
c
c
c

Figura 4 - Transmissor eletrônico de pressão piezoelétrico. [ 4]

'.å.å Transmissor Eletrônico de Pressão Tipo Piezoresistivo ou m 

Este tipo de instrumento tem o funcionamento de seu transdutor baseado na


variação de comprimento e diâmetro, e, portanto, na variação da resistência, que
ocorre quando um fio de resistência sofre uma deformação elástica proveniente de
uma tensão mecânica gerada por uma pressão. Neste tipo de instrumento, a
pressão do processo atua no elemento mecânico elástico (diafragma) que se
movimenta/deforma e, em consequência, movimenta a alavanca onde estão
instalados os sensores 
  , esticando-os ou comprimindo-os de acordo com
a pressão do processo e a disposição que o fabricante tenha adotado para sua
instalação. [ 4]

c
c
c
c
c

Figura 5 - Transmissor eletrônico de pressão piezoresistivo. [ 4]

Os 
   (extensômetros) fazem parte de uma ponte de !"

, na
qual se aplica uma tensão, de forma que a pequena corrente que circula pelas
resistências ocasione uma queda de tensão e a ponte se equilibre para estas
condições. Neste sistema, qualquer variação na pressão do processo moverá o
diafragma metálico, que, por sua vez, variará a posição da alavanca e, em
consequência, variará a resistência dos sensores 
  , desequilibrando a
ponte e fazendo variar o sinal de saída do instrumento (4 a 20 mA). Na ponte com
dois braços ativos, o elemento sensor que funciona como medidor fica montado na
parte deformada do dispositivo, enquanto o elemento utilizado para comparação fica
montado na parte não deformada. Com este arranjo, obtém -se a compensação da
expansão térmica dos suportes e da modificação da resistência dos elementos, em
consequência da alteração de temperatura. [ 4]
Na ponte com quatro braços ativos, dois elementos sensores são montados
de modo a serem tensionados pelo aumento de pressão e os outros dois são
montados em compressão, ou sem qualquer tensão. Esta configuração aumenta a
sensibilidade do transdutor e mantém a característica de compensação de
temperatura. [ 4]

c
c
c
c
c

Figura 6 - Detalhe de funcionamento do transmissor de pressão do tipo piezoresistivo. [ 4]

'.å.' Transmissor Eletrônico de Pressão Tipo Capacitivo

Este tipo de instrumento tem seu funcionamento baseado na variação de


capacitância que se introduz em um capacitor quando se desloca uma de suas
placas em consequência de aplicação de pressão. Neste instrumento, a pressão de
processo é transmitida através do movimento/deslocamento do elemento mecânico
elástico (diafragma isolador), cujo interior é cheio de óleo ou silicone, para o
diafragma sensor localizado no centro da célula. A pressão atmosférica de
referência é transmitida da mesma maneira pelo segundo diafragma isolador para o
outro lado do diafragma sensor. O deslocamento do diafragma sensor (o movimento
máximo é da ordem de 0,004 polegada) é proporcional ao diferencial de pressão
aplicado sobre ele e que, por sua vez, variará em função da pressão apl icada nos
diafragmas isoladores. [ 4]

c
c
c
c
c

Figura 7 - Detalhe de funcionamento do transmissor de pressão do tipo capacitivo. [ 4]

A posição do diafragma sensor (placa móvel) é detectada pelas placas do


capacitor colocadas nos dois lados do diafragma sensor. O valor da capacitância
diferencial existente entre o diafragma sensor e as placas do capacitor
(aproximadamente 50 pf) é convertido eletronicamente, resultando no sinal de
saída do transmissor (4 a 20 mA), que é transmitido para um receptor eletrônico
para fins de indicação, registro e/ou controle. [ 4]

Figura 8 - Componentes da célula capacitiva. [ 4]

c
c
c
 c
c

A principal característica dos sensores capacitivos é a completa eliminação


dos sistemas de alavancas na transferência da força/deslocamento entre o processo
e o sensor. Este tipo de sensor resume -se na deformação de uma das armaduras do
capacitor. Tal deformação altera o valor da capacitância total, que é medida por um
circuito eletrônico. Esta montagem, se por um lado elimina os problemas mecânicos
das partes móveis, expõe a célula capacitiva às rudes condições do processo,
principalmente à temperatura do processo. Esse inconveniente pode ser superado
através de circuitos sensíveis à temperatura montados juntos ao sensor. Outra
característica inerente à montagem é a falta de linearidade entre a capacitância e a
distância das armaduras devido à deformação não linear, sendo necessário,
portanto, uma compensação (linearização) a cargo do circuito el etrônico. O sensor é
formado pelos seguintes componentes: [ 4]

; Armaduras fixas metalizadas sobre um isolante de vidro fundido;


; Dielétrico formado pelo óleo de enchimento (normalmente silicone);
; Armadura móvel (diafragma sensor).

Uma diferença de pressão entre as câmaras de alta (High) e de baixa (Low)


produz uma força no diafragma isolador, que é transmitida pelo líquido de
enchimento. A força atinge a armadura flexível (diafragma sensor) provocando sua
deformação alterando, portanto, o valor das capacitâ ncias formadas pelas
armaduras fixas e a armadura móvel. Esta alteração é medida pelo circuito
eletrônico que gera um sinal proporcional à variação de pressão aplicada à câmara
da cápsula de pressão diferencial capacitiva. [ 4]

c
c
c
å 


i
 1  i 
t i    . [3]

E t ti t i i tili l i ti t
t l ti t i i t i t .
P i , t ti l i tili
t i t j t .

i
   
i    

ti if  il,   ti
t ,  ti iti .

'.3. m E i m

P t li i l fl i ,
t l i :





c
c

Tabela  - Montagem do transmissor de vazão.

Fluido do Localização das Localização do Transmissor em Relação às


Processo Tomadas Tomadas
Gás Superior ou Acima
Lateral
Líquido Lateral Abaixo ou no Mesmo Nível
papor Lateral Abaixo com o uso de pode de condensado

Figura 2 - Esquema de montagem do transmissor de vazão para fluidos líquidos. [29]

Figura 22 - Esquema de montagem do transmissor de vazão para fluidos gasoso e vapores. [29]

c
c
c
c
c

Figura 2 - Montagem do elemento secundário para medição de vazão de gás. [7]

A figura anterior mostra a montagem da placa de orifício diretamente na


tubulação através do uso de flanges especiais que sustentam a placa e possuem as
tomadas de pressão diferencial, são os chamados flanges de orifício.

Figura 24 - Montagem de flanges de orifício. [29]

Caso o processo exija, pode-se utilizar porta-placas para que seja feita a
substituição das placas de orifício sem que a tubulação seja desmontada e sem que
o processo seja parado, porém ela tem um custo bem superior.

c
c
c
c
c

Figura 25 - Exemplos de porta-placas e flanges de orifício. [8]

O elemento secundário consegue fazer a medição de vazão através de


algumas fórmulas matemáticas que, de acordo com John Bernoulli (quem
desenvolveu o teorema básico das equações hidráulicas), a pressão diferencial
gerada através do orifício é proporcional ao quadrado da vazão que passa através
da placa. Esta relação ainda é válida, com algumas modificações para fluidos
compressíveis.
Se observa que a teoria de funcionamento da medição de vazão por pla ca de
orifício é bastante simples porém seu comissionamento e seleção são bastantes
complexos. Eles são regidos pelas normas Ym  # e  
$ %. Elas
também trazem informações sobre o tamanho do trecho reto a montante e a jusante
do elemento primário necessária para a medição, localização das tomadas de
pressão, diâmetro do orifício, material da placa, número de orifícios, geometria do
orifício, etc.

4.4 PARÂMETROS DE SELEÇÃO

Quanto maior o número de opções, mais difícil é a escolha. A seleção do


medidor de vazão é uma tarefa difícil e complexa, geralmente exigindo várias
iterações para se chegar à melhor escolha. Para dificultar a escolha, a vazão é a
c
c
c
c
c

variável do processo industrial que possui o maior número de diferentes elementos


sensores e de medidores. São disponíveis tabelas relacionando os tipos dos
medidores e as suas aplicações ideais, aceitáveis e proibidas. Porém, tais tabelas
não são completas e não consideram todas as exigências e aplicações. Às vezes,
elas são apresentadas pelo suspeito fabricante de determinado medidor e
relacionam imparcialmente as principais vantagens do medidor especifico. A seleção
do medidor é algo tão complicado que não deve -se limitar a uma tabela
bidimensional. []
Os parâmetros que devem ser considerados na escolha e na especificação do
medidor de vazão são os seguintes:

'.'.1 Dados da Vazão

Antes da seleção do medidor de vazão mais conveniente e para qualquer


medidor escolhido é mandatório se ter todos os dados disponíveis da vazão de
modo claro, confiável e definitivo. A vazão requer mais dados que a temperatura e a
pressão, pois devem ser conhecidas as condições e instalações do processo e do
fluido medido. []
É necessário o conhecimento do s seguintes dados da vazão:

; O tamanho da linha a ser usada;


; A faixa de medição vazão máxima, mínima e normal;
; A precisão requerida;
; A função do instrumento (indicação, registro, controle ou totalização);
; O tipo de vazão (pulsante, constante, com golpe de aríete, turbulenta ou
laminar);
; As características e tipo do fluido medido (líquido, vapor ou gás);
; Os efeitos de corrosão química do fluido.

'.'.2 Custo

c
c
c
c
c

O custo do sistema de medição incluem os relativos a instalação, operação e


manutenção. A maioria das pessoas só considera os custos diretos e imediatos da
compra dos instrumentos, o que é incompleto. []
Os custos de um sistema de medição com placa de orifício incluem:

; Placa (dimensionamento, confecção);


; Instalação da placa (flange de orifício ou furos na tu bulação);
; Transmissor eletrônico, convencional ou inteligente;
; Tomada do transmissor à tubulação;
; Instrumento sensor, indicador ou transmissor com circuito para cálculo da
vazão;
; Trecho reto calibrado e retificado de fluxo, caso necessário;
; Perda de carga aceitável;
; Manutenção e calibração.

'.'.å Função

A função associada à vazão, a ser fornecida pelo instrumento receptor é um


fator determinante na escolha do medidor. Medidores com saída em pulso são
convenientes para totalização; medidores com saída analógica são mais apropriados
para registro e controle. Para a indicação, é indiferente se o sinal é analógico ou
digital. []

'.'.' Desempenho

A precisão do medidor inclui a repetitividade, reprodutitividade, linearidade,


sensibilidade, rangeabilidade e estabilidade d a operação. A exatidão do medidor se
refere à calibração e à necessidade de recalibrações ou aferições freqüentes. []
Geralmente, quanto mais preciso o instrumento, mais elevado é o seu custo.
O medidor mais preciso é a turbina medidora de vazão, usada co mo padrão de
calibração de outros medidores. Porém, o mesmo tipo de medidor pode ter

c
c
c
c
c

diferentes precisões em função do fabricante, projeto de construção e materiais


empregados. []

'.'.5 Instalação

A instalação do medidor inclui todos os acessórios, tomadas, filtros,


retificadores, suportes e miscelânea do medidor. Antes de escolher o medidor, deve -
se avaliar a facilidade da instalação na tubulação já existente, a simplicidade da
operação futura e a possibilidade de retirada e de colocação do medidor sem
interrupção do processo. []

'.'.6 Fluido

As características químicas e físicas do fluido que entra em contato direto


com o medidor: corrosividade, viscosidade, abrasividade, sólidos em suspensão,
valor e perfil da velocidade são determinantes na escolha do medidor de vazão e
dos seus materiais constituintes. []

'.'.7 Perda de Carga

A perda de carga permanente é a queda de pressão que o medidor provoca


irrecuperavelmente na pressão estática da tubulação. Os medidores intrusivos
provocam grande perda de carga e os medid ores não intrusivos provocam pequena
ou nenhuma perda de carga. Quanto maior a perda de carga provocada pelo
medidor, maior deve ser a pressão a montante do medidor e como consequência,
maior a pressão de bombeamento. O outro inconveniente de se provocar g rande
perda de carga, além da maior pressão a montante, é a possibilidade de haver
cavitação no líquido, que pode destruir o medidor. A cavitação é provocada por
baixa pressão. []
Um detalhe deve ser levado em consideração com relação à perda do fluido
causada pela placa de orifício, quanto maior a perda de carga causada, maior será o
diferencial de pressão e, com isso, será mais fácil para o medidor de vazão detectar
a pressão diferencial. Por outro lado, quanto menor for a perda de carga causada,
c
c
c
c
c

menor será o diferencial de pressão e será mais difícil para o transmissor de vazão
detectar a pressão diferencial.
Esses dados estão relacionados com o ‘ da placa de orifício, que nada mais
é que a relação entre o diâmetro do orifício da placa e o diâmetro inter no da
tubulação. O ‘ é o parâmetro mais significativo da placa de orifício. Tipicamente, o ‘
deve estar entre 0,5 e 0,75 para líquido e 0,20 e 0,70 para gases e vapores.


Î


Quanto menor o ‘, maior é a pressão diferencial gerada. Quanto maior o ‘


menor a pressão diferencial gerada.

c
c
c
c
c

5. COMPENSAÇÕES

Em serviços de medição de gás, a maioria dos medidores de vazão mede o


volume real ou infere o volume real, tomando como referência a vazão volumétrica
nas condições nominais de operação. Quando as condições reais do processo se
afastam das condições nominais de projeto de operação, ocorrem grandes variações
no volume real, resultando em grande incerteza na medição da vazão. Como os
gases são compreensíveis, é necessário fazer a compensação da pressão estática e
da temperatura do processo. []
A temperatura influi na densidade, na viscosidade e na compressibilidade dos
fluidos. Por isso, na medição da vazão volumétrica de gases é mandatória a
compensação da temperatura. []
Para que seja feita a compensação da pressão estática, basta acrescentar um
medidor de pressão manométrica na linha em que está sendo feita a medição a uma
distância definida em norma no elemento primário. O mesmo processo deve ser feito
para a medição da temperatura, sendo, desta vez, instalado um poço com um
elemento sensor para que seja feita a medição, normalmente utilizam-se bimetal
para indicação local e resistência metálica ou termopar para transmissores.

c
c
c
c
c

6. COMPUTADOR DE VAZÃO

O computador de vazão é projetado para a solução instantânea e continua


das equações de vazão dos elementos geradores de pressão diferencial (placa,
venturi, bocal) e dos medidores lineares de vazão (turbina, medidor magnético,
vortex.) O computador de vazão recebe sinais analógicos proporcionais à pressão
diferencial, temperatura, pressão estática , densidade, viscosidade e/ou pulsos
proporcionais à vazão e os utiliza para computar, totalizar e indicar a vazão
volumétrica compensada ou não compensada e a vazão mássica. []
O computador de vazão é um instrumento a base de microprocessador, que
pode ser montado em painel da sala de controle ou diretamente no campo, onde é
alojado em caixa para uso industrial, com classificação mecânica do invólucro à
prova de tempo e, quando requerido, com classificação elétrica da caixa à prova de
explosão ou a prova de chama. []
Ele também pode ser um CLP destinado especificamente para o cálculo das
vazões, neste caso, nenhum outro instrumento que não esteja na medição poderá
ser acrescentado a ele.
Nas medições de vazão volumétrica de gás o computador de vazão pode
receber até 5 sinais diferentes por medição:

; O sinal do transmissor de vazão, proporcional ao quadrado da vazão


medida;
; O sinal do transmissor de pressão, proporcional à pressão absoluta
estática do processo;
; O sinal do transmissor de temperatura, proporcional à temperatura
absoluta do processo. Opcionalmente, pode -se recebe o sinal de
resistência de um RTD ou a milivoltagem de um termopar.
; Opcionalmente, pode receber o sinal de um transmissor de densidade,
para corrigir a densidade do gás.
; Opcionalmente, também pode-se receber o sinal de pulsos dos medidores
tipo ultrassônico e turbina para totalização da vazão.

c
c
c
c
c

Para medidores de pressão diferencial todas as contagens devem ser


totalizadas. A quantidade volumétrica nas condições de medição deve ser calculada
e a somatória executada, no mínimo em um intervalo equivalente à unidade de
tempo.
O projeto de norma da ABNT 04:005.0 -02 , de Março de 2002, estabelece:

; Os elementos necessários e a formulação dos algoritmos tanto para o


cálculo da medição através de diferencial de pressão, como também para medidores
lineares. A composição dos algoritmos estabelecem sistemáticas de amostragem,
metodologias de cálculo e técnicas de estabelecimento de valores médios
representativos. Cada elemento constituinte do algoritmo é aplicável à determinada
equação de vazão, no entanto, a formulação global do algoritmo é estabelecida de
maneira a assegurar confiabilidade a um sistema de medição de gás. Ao aplicar
estes métodos à medição através de placa de orifício. as equações de vazão
apropriadas são encontradas na última revisão da API NPMS, capítulo 4. , parte 
a parte 4;
; Que a frequência mínima de amostragem para qua lquer variável dinâmica
é de uma vez a cada segundo;
; Que uma vazão mínima de corte para medição pela pressão diferencial
deve ser estabelecida contratualmente entre as partes envolvidas tomando como
base a realidade das condições operacionais;
; As fórmulas para se detectar as quantidades de fluido medidos, além da
forma de disponibilização das informações;
; As formas de registro e de realização de auditorias das informações
processadas. Esse registro deve conter a data e hora das medições, o tipo de
algoritmo de cálculo utilizado, o registro de alterações no algoritmo, dados da placa
de orifício e da tubulação, além das informações do fluido;
; As instalações dos equipamentos de medição;
; A frequência e os procedimentos de calibração dos instrumentos.

c
c
c

c
c

Figura 26 - Exemplo de computador de vazão instalado em painel.

Existem diversos fabricantes que produzem computadores de vazão, entre


eles a m  &  
 Y 
  '
 (com sua linha D(%)*) e a 
 
 (. (com sua linha D +). O objetivo de ambas é o mesmo, coletar as
informações dos sensores do campo, fazer os cálculos de vazão com compensação
e cálculo de incerteza, elaborar relatórios e permitir segurança contra alterações não
autorizadas em seu código.
O D(%)*, computador de vazão da m , possui, entre outras, as seguintes
vantagens:

; Compatível com todos os métodos de medição (pressão diferencial,


coliolis, turbina, ultrassônico, etc.);
; Pode controlar o processo (válvulas e atuadores);
; Possui registro de atividades, podendo identificar usuários e níveis de
acesso;
; Pode se comunicar através de D 
 D  ,   , 
"
ou
È 
;

c
c
c
c
c

; Realiza medições de líquidos e gases com compensação;


; Capacidade de criar relatórios em acordo com as normas API 2. e API
2.2;
; Pode detectar falha de leitura dos instrumentos;
; Possui hardware modular, quer dizer, ele é instalado em chassi que pode
incorporar outros computadores ou outros controladores para receber a
quantidade de malhas de controle e de medição adequadas, podendo,
através apenas da compra de cartões extras, ampliar sua capacidade.

A figura abaixo mostra um exemplo de montagem do computador de vazão da


m  com 2 racks,  fonte de alimentação,  módulo processador ( D(%)*) e 6
módulos de entrada e saída para receber as informações e controlar os instrumentos
de campo. Ele ainda pode conter toda a gama de módulos para o controlador '())
com E/S discretas e analógicas, barreiras de segurança intrínsecas, fontes de
alimentação e módulos de conversão de sinal ( È 
,D 
 D  , por
exemplo).

Figura 27 - Modelo do computador de vazão da Smar. [ 0]

A , por sua vez, possui uma ampla gama de opções de


computadores de vazão da linha D , entre eles destacam-se o D  )% e o
D  -).

c
c
c
c
c

O D  )% é o computador de vazão mais ³simples´ da linha da ,


isso porque ele permite apenas a medição de uma malha de vazão de gás por
pressão diferencial, porém é o mais econômico e prático, visto que ele é muito
parecido com um transmissor de vazão mutivariável, quer dizer, ele possui as
seguintes características:

; Ele é compacto;
; Possui invólucro em alumínio e é a prova de explosão (deve ser instalado
junto ao processo);
; Possui sensores para medir a pressão diferencial e a pressão estática;
; Possui entrada para as informações da termorresistência via 2 ou fios;
; Possui microcontrolador de 2 bits;
; Possui conexão para alimentação via painel solar;
; Possui comunicação via protocolo RS-2 2 ou RS-485;
; Possui visor de cristal líquido para visualização local;
; Efetua cálculo de vazão de acordo com a norma AGA -8;
; Possui registro de alarmes e eventos e arquivos as informações por até
60 dias;
; Possui controle de energia para economizar bateria;
; E o nível de acesso do usuário é configurável.

Figura 28 - Computador de vazão D 


0 da . [ ]
c
c
c
c
c

Entretanto o D  -) é um computador de vazão com as funções


parecidas com o )%, mas que possui como diferenças sua estrutura física em forma
de caixa, a possibilidade de interligar até 4 medidores de vazão, pode fazer a
medição de vazão a partir de medidores tipo turbin a utilizando a norma AGA 8
(dependendo da versão) e possui maior capacidade de armazenamento .

Figura 29 - Floboss 0 da Emerson/Fisher. [ 2]

c
c
c
c
c

7. PROJETANDO A EMED

A estrutura sequencial de um projeto de instrumentação consiste de etapas a


serem cumpridas de acordo com a evolução do projeto. Estas etapas podem ser
visualizadas no fluxograma mostrado a seguir: [4]

Figura 0 - Estrutura de um projeto de instrumentação. [4]

Será detalhada apenas etapas referentes à concepção do projeto da EMED


(Projeto básico e projeto executivo).
Devido ao enorme volume de documentos gerados em um projeto, é
necessário existir um sistema para manter o controle e rastreabilidade destes
papéis. Além de controlar os desenhos e documentos criados, faz-se necessário
controlar as revisões destes documentos. Muitos dos desenhos foram iniciados na
fase preliminar do projeto e serão modificados na fase de detalhamento da
engenharia, o qu e prova que nenhum documento é realmente um documento final.
Um sistema de controle de documentação pode ser simples ou complexo,
porém recomenda-se que o mesmo seja o mais descomplicado possível. Será
necessário criar um sistema que contemple as seguintes informações relacionadas
ao documento : [4]

; Número
; Título
; Tipo
; Tamanho
; Data de criação
; Data de Revisões
; Nota das revisões
c
c
c
c
c

7. PROJETO BÁSICO

O projeto básico detalha o projeto para análise, quer dizer, define todo o
processo, determina-se o layout e lista-se os equipamentos e instrumentos. Para a
instrumentação, os documentos mais importantes a serem desenvolvidos nesta fase
são:

; Critérios de projeto (projeto conceitual)


; Fluxograma de engenharia
; Folha de dados do processo
; Lista de instrumentos
; Memorial descritivo
; Matriz de causa e efeito
; Arquitetura de Automação

7.1.1 Critérios do Projeto

Neste projeto será utilizado o medidor do tipo diferencial de pressão utilizando


placa de orifício, pois este é o método mais barato e mais usado no mundo, apesar
das tecnologias de ultrassom e turbina estarem se popularizando e exigirem menor
gasto ao se calcular suas especificações.
Será usado uma arquitetura com dois tramos de medição igualmente
montados para possibilitar uma redundância de medidores, muito necessário caso
algum instrumento apresente defeito e a medição não pode ser interrompida,
fazendo o procedimento para desviar o fluxo para o tramo de medição que esteja
funcionando corretamente até que o outro seja consertado.
Os dados de processo gerados nos documentos são hipotéticos, mas
baseiam-se em processos reais.

Essa EMED será composta por duas partes:

c
c
c
c
c

; A primeira será composta por válvulas responsáveis por regular a pressão


e a vazão no medidor de vazão. Esta unidade de regulagem e
condicionamento do gás a ser medido é chamada de Estação de
Redução de Pressão (ERP). Ela é composta por:

 - pálvula de Bloqueio:
É o elemento inserido em pontos estratégicos da rede, com o objetivo de
propiciar o isolamento de uma parte deste sistema, para que possa ser
efetuada a sua manutenção ou facilitar a drenagem de impurezas
acumuladas.
Tipos de válvulas utilizados:
pálvula Tipo Esfera, pálvula Tipo Macho, pálvula Tipo Globo e pálvula
Tipo Borboleta.

2 - Filtro e Coletor de Líquidos


O filtro tem como função primordial reter as partículas sólidas em
suspensão e o vaso coletor aprisionar as substâncias liquefeitas, que são
purgadas manualmente para o ambiente.

- pálvula de Bloqueio Automático :


É um dos dispositivos de proteção recomendado pela norma, que atua
rapidamente caso ocorra uma anormalidade no setor em que se encontra
instalado, decorrente do aumento excessivo da pressão (falha no regulador
de pressão) ou do aumento exagerado do fluxo de gás (rompimento da
tubulação).

4 - pálvula Reguladora de Pressão:


Esta válvula é utilizada para manter os níveis de pressão dentro de uma
faixa satisfatória, e similarmente a válvula de bloqueio automática, pode ser
acionada diretamente ou por piloto.
No acionamento direto, o grau de abertura da válvula, é obtido pelo
equilíbrio obtido entre as forças que atuam no conjunto mola -diafragma,

c
c
c
å


ÿ t i    t ,  ÿ  tiili   fl  


 t      t  tí l.
ilt  i  iti    i ÿ  it  tl i
 i   fil   .

pl l  Alí i  P    S  :


A l l  lí i    lt li    t  
  l l  lÿ i  tti , i      t 
i   t   t.
A l l    t  f  iil   lí i   ,
 j,   t  ÿ    ti  í l      tl i 
 lt  , ifi  t l    t.  l l 
   t   i, i t f       ii 
  l i   i , ÿ t ÿ   l l   lí i 
 tl i   i ÿ     t  l  i .

 pl l  t:
É  t   E t  l   P  ÿ   i 
fi  B P ,  iti ÿ  j  lti i   t  l l
 lÿ i.

O 

   

i  31  fi   E P. [ ]




 c
c

; A segunda será composta especificamente pelos instrumentos de vazão e


compensação da medição do gás. Ela é composta por: válvulas de
bloqueio, transmissores de pressão (PT) para a compensação da pressão
estática, transmissores de temperatura (TT) para compensação da
temperatura do gás, placa de orifício (FT) para gerar a pressão diferencial
que será medida pelo transmissor de pressão diferencial (PDT).

Figura 2 - Configuração da EMED.

Como apenas a EMED é escopo deste projeto, a Estação de Redução de


Pressão não será detalhada. Apenas a Estação de Medição terá seu detalhamento
aplicado neste projeto.

7.1.2 Fluxograma de Engenharia

O fluxograma de engenharia inclui detalhes do processo e dos equipamentos


incluindo todos os tubulações, motores, válvulas, instrumentos para controle, e seus
respectivos tags (identificações). As malhas de controle são mostradas de forma
detalhada indicando a instrumentação de campo e de painel (local ou remota). A
simbologia usada no fluxograma deverá estar de acordo com a norma ISA 5.. O
fluxograma deste projeto encontra-se no Apêndice A.

c
c
c
c
c

7.1.å Folha de Dados de Processo

As folhas de dados de processo são fundamentais para a correta seleção e


dimensionamento dos instrumentos. Ela deve ser elaborada em formulários
padronizados e devem conter o tipo de serviço, condições mínimas, normais e
máximas das principais variáveis (pressão, vazão, temperatura, etc.), condições de
alarme, segurança, salinidade, características químicas e físicas dos materiais, etc.
Abaixo temos um modelo de folha de dados de processo de temperatura. As folhas
de dados normalmente são gerados em folhas de formato A4. No Apêndice B estão
as folhas de dados de processo dos instrumentos deste projeto (instrumentos de
temperatura, pressão e vazão) e foram elaboradas prevendo um hipotético sistema
fiscal de medição de gás. Lembrando que os instrumentos na Estação de Redução
de Pressão não serão especificadas visto que não é parte do escopo deste projeto.

7.1.' Listas de Instrumentos

Uma Lista de Instrumentos tem a função de referenciar e ordenar todos os


instrumentos de uma planta industrial, ordenando suas identificações e fazendo
referencia aos documentos que contém todas as informações que lhes são
pertinentes: serviços, fluxograma, equipamentos ou linha onde estão instalados,
desenhos dos detalhamentos de instalação elétrica, pneumática, de processo,
diagrama de malha, planta de instrumentação, etc. O tamanho deste documento
normalmente é do formato A . Os instrumentos deverão ser grupados por variável e
ordenados por malhas ou serviço que estão executando, seguindo a ordem
numérica de identificação (tag). A lista de instrumentos do projeto está no Apêndice
C.

7.1.5 Memorial Descritivo

O memorial descritivo para instrumentação divide -se em dois: o memorial


descritivo das malhas de controle e o memorial descritivo do sistema de
instrumentação.

c
c
c

c
c

O Memorial Descritivo do Sistema de Instrumentação deve conter as


informações que permitam o entendimento do projeto de instrumentação/automação
como um todo, o escopo de fornecimento de materiais, equipamentos e serviç os e a
descrição dos diversos elementos dos sistemas de instrumentação, individualmente.
O Memorial Descritivo das Malhas de Controle deve conter explicações sobre
o objetivo e forma de funcionamento das malhas de controle, bem como explicitar as
equações, parâmetros e algoritmos a serem ajustados nas funções envolvidas
nestas malhas.
Ambos os memoriais podem ser unidos em um único documento no formato
A4.

7.1.6 Matriz de Causa e Efeito

A matriz de causa e efeito deve mostrar o inter-relacionamento entre os


eventos (causa) e as ações (efeito), que devem ocorrer de forma automática e
controlada pelo sistema (SIS, SDCD etc.). Deve ser apresentado em uma forma
matricial com as causas nas linhas e os efeitos nas colun as.
A matriz de causa e efeito é criada a partir do Memorial Descritivo e é um dos
principais documentos para a criação do diagrama lógico durante o desenvolvimento
do projeto executivo, no futuro. Como foi dito anteriormente, ele é dividido em linhas
e colunas. Nas linhas são identificados os sensores que irão transmitir as
informações do processo, a descrição da variável que ele está transmitindo (³vazão
alta´, ³pressão baixa´, por exemplo), e o set de ajuste em que o processo deve ser
atuado. Na coluna devem ser inseridos a identificação dos atuadores do processo
(válvulas, bombas, etc.) bem como sua descrição (³liga bomba´, fecha válvula´, por
exemplo).
No centro da matriz deve ser assinalado o item em que há interrelação entre o
sensor e o atuador. Quer dizer, no ponto de intercessão entre a linha do sensor e a
coluna do atuador do processo, este será acionado ao se atingir o ponto de ajuste
indicado para o sensor. A forma de atuação será descrita na coluna do atuador e
melhor detalhada no diagrama lógi co e no memorial descritivo.
Além da atuação direta, pode -se descrever acionamentos temporizados e
com retardo, além de lógicas de programação na matriz. Não se deve inserir ações
c
c
c
c
c

de alarme na matriz de causa e efeito. Neste projeto da EMED Fiscal não há


elaboração de matriz de causa e efeito, visto que não há ações de controle
automático.

7.1.7 Arquitetura de Automação

A arquitetura de automação mostra, de forma pictográfica, os equipamentos


de automação, sua localização física e a maneira que se interligam. Deve estar claro
os tipos de rede, os meios de comunicação e os protocolos utilizados, bem como a
especificação de equipamentos que já estão definid os (rádios, controladores, etc).
Abaixo há um desenho que representa um modelo de arquitetura de sistema de
automação.

Figura - Exemplo de arquitetura de sistema de medição. [ 0]

Neste projeto serão utilizadas redes D 


 D   para interligar os
instrumentos ao computador de vazão da m , o D(%)*, devido a ele ser mais
flexível e permitir o controle posterior da unidade de controle e redução da pressão e
da vazão do gás natural.
c
c
c
c
c

A rede D 
 D   foi escolhida por ser uma rede digital,
amplamente utilizada em todo mundo, com diversas vantagens em relação às
transmissões de dados analógicas, como:

; Maior confiabilidade;
; Maior número de funções dos instrumentos;
; Menor custo de instalação do cabeamento;
; Maior segurança, com as barreiras intrínsecas;
; Maior velocidade no tráfego de dados, entre outros.

Com relação a outras redes digitais, como a È, por exemplo, a tabela
abaixo mostra um comparativo:

Tabela 2 - Comparativo entre rede È 


e D 
 D  .

CARACTERÍSTICA È D Y  DY'm


Aceitação de Base instalada bastante Base instalada em
Tecnologia numerosa. Fácil manutenção. crescimento.
Comunicação 00 bits/s. No modelo H se
comunica a .250 bits/s
Diagnóstico Apenas do próprio dispositivo Do próprio dispositivo e
dos outros da rede.
Comunicação entre Não possui. Possui.
Dispositivos
Número de dispositivos 5 teórico ± real. 2 teórico ± 6 real.
conectados na rede
(Max.)
Barreira de Segurança Possui. Possui.
Intrínseca
Aplicações de controle Não suporta. Suporta blocos de
avançado no campo funções.
     Não. Sim.

c
c
c
c
c

Quer dizer, no geral, a rede D 


 D   possui, tecnicamente, mais
vantagens que a rede È, em compensação, a rede È possui uma base
instalada de instrumentos bem maior e mais técnicos habilitados nesta tecnologia.
Com relação à transmissão de dados analógica (4 a 20mA), a diferença é
ainda maior visto que estes instrumentos devem ser ligados diretamente ao CLP,
cada um individualmente. Isto causa um aumento grande no cabeamento usado
para interligar os instrumentos. Outra desvantagem desse método é que as de
informações transmitidas do transmissor até o CLP se resumem um um sinal
analógico da corrente representando o valor medido, enquanto a rede digital permite
enviar diversas informações do campo.

Figura 4 - Na transmissão de dados analócos (esquerda), cada instrumento tem que ser conectado
individualmente, na digital (direita), todos podem ser ligados em um único barramento, criando uma malha.

Figura 5 - Diferença de sinal entre transmissões de dados analógicos e digital.

c
c
c

c
c

Serão utilizados também terminadores de barramento %)*, módulo de


barreira de segurança intrínseca D- para isolar a malha de controle da área
classificada, fonte de alimentação D* com entrada 0 a 264 pca e saída 24 pcc
para alimentar os outros cartões e os instrumentos do campo, e controlador
D 
 D   D- que permite o controle dos instrumentos d e campo.
Como o cartão do computador de vazão (FC 02) possui 4 canais de
comunicação D 
 D   com os instrumentos de campo, dois desses
canais serão utilizados para a comunicação dos instrumentos das duas malhas de
medição da EMED ( canal por malha), assim, caso ocorra problema em algum dos
instrumentos de uma das malhas, a outra poderá funcionar normalmente.
O computador de vazão poderá ser instalado em uma caixa com proteção
para área classificada, ou no painel de automação em um abrigo fora da área
classificada. Neste projeto será utilizada a segunda opção.
Para garantir compatibilidade e evita r problemas de comunicação, todos os
equipamentos são da m  &  
 Y 
  '
. De preferência, o mesmo
deve ser feito com os instrumentos de campo (medidores de vazão, pressão e
temperatura). Pode-se fazer o mesmo caso se utilize o computador de vazão de
outro fabricante, como a , por exemplo. Neste projeto não serão
especificados os instrumentos de campo de cada fabricante individualmente visto
que existe uma quantidade de opções muito grande de fabricantes e modelos de
instrumentos onde o principio básico de funcionamento entre eles é o mesmo.
Quaisquer que sejam os transmissores escolhidos, eles deverão, obrigatoriamente,
possuir comunicação via D 
 D  .
Os dados gerados pelo computador de vazão serão enviados via rádio até
uma estação receptora, e esta, por sua vez, irá inserir os dados na rede ethernet,
possibilitando a captura das informações pelo supervisório e assim, ser feito o
acompanhamento da produção e a emissão dos relatórios. O controlador também
pode enviar os dados também para uma IHM (Interface Homem Máquina) para
visualização dos dados localmente. Essas formas de transmissão dos dados não
serão detalhadas no projeto.
Abaixo tem um exemplo de um computador de vazão da m . O desenho da
arquitetura de automação deste projeto está no Apêndice D.
c
c
c

c
c

Figura 6 - Exemplo de montagem do computador de vazão da m  em painel.

7.2 PROJETO EXECUTIpO

A maioria do homem-hora gasto em um projeto é consumido na fase da


engenharia detalhada e na fase de montagem. Nesta etapa do projeto, serão
desenvolvidos os cálculos de engenharia e seus memoriais, desenhos e diagramas,

c
c
c

c
c

especificações de instrumentos, requisições de compra, organização de literaturas e


documentos [4].
As especificações de instrumentos, folha de dados, memoriais, informações
de fabricantes, etc. podem também ser numerados e arquivado caso desejado [4].
Os documentos mais importantes a serem desenvolvidos nesta fase são:

‡ Diagrama lógico;
‡ Diagrama de malha;
‡ Detalhamento típico de instrumentos (detalhes de instalação);
‡ Planta de instrumentação e encaminhamentos de cabos;
‡ Lista de cabos;
‡ Memorial de cálculo de instrumentos;
‡ Folhas de dados dos instrumentos.

A definição dos instrumentos em um projeto deve levar em consideração o


estado da arte dos instrumentos, ou seja a sua tecnologia atual, porém o custo e a
disponibilidade de peças para reparo e manutenção são outros fator es a serem
considerados. [4]

7.2.1 Diagrama Lógico

O diagrama funcional lógico e de controle tem como função estabelecer


uniformidade de símbolos e regras na elaboração de documentos que forneceram
informações para controle, intertravamento binário e sequencial em partida,
operação, alarme e bloqueio de equipamentos e processos nos vários segmentos
industriais. Os símbolos a serem utilizados nos diagramas são normalizados pela
ISA 5.2. [4]
Como na medição de gás não há elementos que atuam no processo, não
haverá necessidade de elaboração do diagrama lógico. Abaixo é apresentado um
dos exemplos de diagrama lógico presentes no corpo da ISA 5.2 -976:

c
c
c

c
c

Figura 7 - Exemplo de diagrama lógico. [24]

7.2.2 Diagrama de Malha

É um desenho esquemático que mostra de forma individual os componentes


de uma malha de controle ou indicação/registro de uma variável de processo e suas
interligações. O diagrama de malha é baseado na norma ISA 5.4 que tem como

c
c
c

c
c

objetivo estabelecer as mínimas informaçõ es necessárias e também os detalhes


opcionais para os diagramas. [4]
Os diagramas de malha são utilizados em vários momentos, tais como:
projeto, construção, 

 , operação, manutenção e modificação. No projeto o
diagrama de malha ilustra a filosofia de controle, sendo uma extensão do fluxograma
de engenharia mostrando os componentes e acessórios da malha, conexões entre
dispositivos e identificação da ação dos componentes. [4]
Deve constar no documento todos os componentes da malha com suas
respectivas identificações (tags), identificação dos cabos e multicabos, ligações a
fontes de energia e identificação de todos os terminais nos instrumentos, painéis,
caixa de junção, armários, etc. Os instrumentos são distribuídos em colunas de
acordo com a sua distribuição física (campo, painel, caixa de junção, etc.).
No apêndice E está o diagrama de malha do projeto.

7.2.å Detalhamento Típico de Instrumentos (Detalhes de Instalação)

São desenhos que mostram os vários detalhes de instalação de instrumentos


e acessórios. [4]
Eles podem ser classificados em:

; Detalhe de instalação ao processo:


Desenho esquemático indicativos da instalação dos instrumentos junto
aos equipamentos e tubulações de processo. Deverá caracterizar os materiais
de instalação necessários para montagem (classe de pressão, diâmetros das
tomadas, tipo de material, etc.) [4]. Ele deverá trazer também o quantitativo
de material que será usado bem como a identificação dos instrumentos que
serão montados a partir deste detalhe.
No caso deste projeto, foi utilizado flanges de orifício em cada trecho de
medição. As tomadas destes flanges devem ser levadas até um pote de
condensado, onde o condensado de gás será depositado e periodicamente
eliminado, evitando que ele passe para o medidor de vazão e de pressão e
prejudique a medição. Abaixo há uma imagem de um exemplo de EMED
montada na tubulação com seus instrumentos no suporte. Neste exemplo
c
c
c
Å 


tili   l l tl   I    fl  ifí i. tl


 i tl      t jt  t  A i  .


S ISS 
÷ 

E
÷E PE ÷  
÷ S ISS
E

÷ S ISS 
E V P ESS


  E
SES
÷E PE ÷ 
V V P ÷ P

i  3  E l  i tl    .




ÅÅ


P÷ES
$E SE E%

&
V V P ÷ P

i  3  E l  i tl     !ft ti " #i t  t .

; tl  i tl lti :


   ÿ ti   t   til   i i tl
lti   i t t ,      l ifi   
      t l li  . [1 ]
 t jt,   j t  i t t  t  i 
 t  fi  X ti,  ÿ ti    tii lti    
 i . l  t i   j    itli  
     ti il  t  i t t .  I i 
t  i  l i   tlt.   
tii   i   l ifi      




c
c

instalada unidades seladoras nos eletrodutos para que haja uma


separação física entre o ambiente no painel de automação (para onde o
cabo de dados se dirige), e o campo. O Detalhe de Instalação Elétrica
deste Projeto está no apêndice G.

; Detalhe de instalação pneumática:


Desenho esquemático de instalação mostrando o suprimento de ar e
as interligações pneumáticas dos instrumentos discriminando todos os
materiais necessários à montagem. [4]
Este detalhe de instalação é utilizado principalmente para instalação de
válvulas. Como neste projeto não há nenhuma aplicação deste tipo, ela
não será utilizada. Abaixo está um exemplo do documento.

Figura 40 - Exemplo de detalhe de instalação pneumática.

; Detalhe de instalação de suportes:


Desenho de detalhes de montagem, mostrando os suportes dos
instrumentos, as caixas de junção, as bandejas, etc. [4]

c
c
c

c
c

Este documento mostra também todos os materiais utilizados para a


montagem dos suportes com o seu quantitativo, além dos instrumentos
que serão instalados nele. Os suportes são projetados para suportarem a
maior quantidade possível de instrumentos que estejam próximos entre si
e possibilitem a sua instalação nesse tipo de suporte. Os suportes podem
ser dimensionados para receberem tanto instrumentos para montagem
em tubo de 2 polegadas, como instrumentos em caixas ou caix as de
ligação. Como o painel de automação seria instalado na parede do abrigo,
não seria necessário o seu detalhamento. O Detalhe de Instalação de
Suportes encontra-se no Apêndice H.

Como o próprio nome já indica, os desenhos do detalhamento são ³típicos´,


quer dizer, o desenho esquemático da instalação serve apenas para o instalador ter
uma noção de como deverá ser feita a instalação e não devem ser exageradamente
detalhados.

7.2.' Planta de Instrumentação e Encaminhamento de Cabos

Apresenta a área do processo com as locações físicas de todos os


instrumentos e caixas de junção e passagem.
Deve constar no documento:

; Locação e elevação dos instrumentos e caixas de junção e passagem;


; Bitola dos eletrodutos e largura de bandejas;
; Quantidade e identificação de cabos e multicabos, bem como o tipo de
sinal.

Neste projeto não será elaborada a planta de instrumentação e


encaminhamento de cabos para obter uma simplificação visto que, teoricamente, os
instrumentos se localizam próximos uns do outro.

7.2.5 Lista de Cabos

c
c
c

c
c

Lista todos os cabos a serem utilizados no projeto. Deve constar no


documento:

; Identificação do cabo (tag)


; Tipo do sinal
; Características técnicas
; Número do Diagrama de Malha e da Planta de Encaminhamento de
cabos em que aparece.

Abaixo está um modelo de formulário para elaboração da lista de cabos. Para


efeito de simplificação do projeto, visto que ele possui apenas 2 cabos de rede, este
documento será omitido.

c
c
c
c
c

Figura 4 - Modelo de lista de cabos.

c
c
c
c
c

7.2.6 Memorial de Cálculo

O memorial de cálculo descreve o passo a passo do dimensionamento dos


elementos de instrumentação, sejam eles: placas de orifício, válvulas de controle,
banco de baterias ou válvulas de alívio ou segurança. Ele deve trazer os dados de
processo, normas consideradas e requisitos solicitados pelo projeto. Enfim, todos os
elementos que foram levados em consideração no cálculo.
A descrição dos cálculos realizados pode ser demonstrada tanto
analiticamente (através de fórmulas padronizadas), t anto com a utilização de
softwares de cálculo. A utilização dos softwares a particularmente útil no processo
repetitivo de dimensionamento dos instrumentos , além de alguns deles gerar
automaticamente a memória de cálculo, com todos os dados . Muitos desses
softwares são fornecidos pelos fabricantes e são bastante confiáveis. Mas, caso
ocorra dúvida em relação ao software utilizado, o ideal é dimensionar, pelo menos
instrumentos de forma analítica para confirmar os dados do software de
dimensionamento.
Placas de orifício podem ser calculadas de acordo com a norma internacional
ISO 567 (200 ) ou com a norma americana ANSI/API 25 0, mais conhecida como
AGA , de 99. A principal vantagem dos elementos primários objetos desses
programas é que não precisam ser calibrados dinamicamente por comparação direta
com padrões secundários, medindo efetivamente um fluido, nos casos em que são
usados para aplicações em que há exigência de conhecimento da incerteza de
medição. Basta fazer uma verificação das medidas e da c onservação da
conformidade às especificações originais de fabricação. A incerteza pode ser
avaliada por meio da norma, sendo assim o valor medido aceito para medições com
efeitos legais dos contratos correspondentes. A medição de gás natural é a que
requer os melhores recursos dos softwares de cálculo de placas de orifício. [26]
A equação a ser desenvolvida nos programas de cálculo de placas de orifício
é derivada diretamente da equação de Bernoulli, acrescida do coeficiente de
descarga ³C´ e do fator de expansão isentrópica ³İ´. A equação final, que relaciona a
vazão com a pressão diferencial, as dimensões do elemento primário e a massa
específica do fluido medido consta da seguinte forma nas normas citadas: [26]

c
c
c
c
c

      

Â
  Î 

Onde, além de C e İ, já mencionados, temos:


O: a vazão em massa, em Rg/s;
: o diâmetro do orifício, à temperatura de operação, em m, notado  a
seguir;
‘: a relação dos diâmetros  / ;
: o diâmetro interno da tubulação do trecho adjacente, à temperatura de
operação, em m;
w: a massa específica do fluido medido, à temperatura e pressão de
operação, em Rg/m ;

Para o desenvolvimento dos cálculos, isola -se o produto (‘ , e a equação


apresenta-se da seguinte forma: [26]

   Î     

Com as seguintes notações:


:
  e pode incluir fatores de conversão, se as unidades utilizadas forem
diferentes das indicadas,
: chamado fator de velocidade de aproximação, função de ‘, pois 
  Î  ;

Nos programas de cálculo de placas de orifícios e de outros elementos


primários geradores de pressão diferencial , a equação () pode ser utilizada de
(três) formas diferentes: [26]

; Como mostrada, calculando a vazão em função de ‘ e de , para


verificar um medidor ou um computador de vazão (os computadores de
vazão efetuam a equação neste sentido, em tempo real);
c
c
c
c
c

; Invertida para calcular o valor de  em função da vazão e de ‘, para


recalibrar um transmissor em decorrência de uma mudança de escala de
vazão, ou verificar o valor do  para baixas vazões;


  
Â
  Î   

; Invertida para calcular o valor de ‘ em função da vazão e de , para


dimensionar o diâmetro do orifício e o comprimento do trecho reto
adjacente, por ocasião do projeto da placa;

Î
Â
      

Nos casos, o produto o produto (‘  é tratado em conjunto, para facilitar


os cálculos.

O dimensionamento da placa de orifício deve obedecer aos seguintes critérios


definidos em norma:

Tabela - Critérios de dimensionamento de placa de orifício.

Outro item importante de cálculo para a placa de orifício é o número de


Reynolds. Ele indica qual o regime de escoamento do fluido na tubulação. Ele é
baseado em parâmetros cujas unidades, uma vez efetuada a operação, resulta em
valor adimensional.
c
c
c
 c
c




‹

Onde:
p = pelocidade (m/s),
 = Diâmetro (m),
. = piscosidade (m²/s)

O número de Reynolds é válido para líquidos, gases e vapor, e permite definir


as seguintes faixas de escoamentos: [27]

RD < 2000 = Regime Laminar


2000 < RD < 4000 = Regime Transitório
RD > 4000 = Regime Turbulento

Para facilitar a elaboração da Memória de Cálculo, existem programas de


computador que fazem o cálculo automático no diâmetro do orifício, na vazão
máxima, do diferencial de pressão, entre outros. Esses programas são normalmente
fornecidos pelas empresas fabricantes das placas. Um desses softwares é o
Flowcalc produzido pelo Cenpes/Petrobras. Abaixo está uma tela do programa. As
Memórias de Cálculo das placas de orifício encontram -se no Apêndice I.

Figura 42 - Programa de cálculo de vazão utilizado pela Petrobras.


c
c
c
c
c

As incertezas de medição são estabelecidas pelas normas, desde que as


condições de rugosidade, de perpendicularidade, de circularidade, de
concentricidade, de trecho reto e de detalhes de tomadas sejam respeitadas. Assim,
para medições precisas, o elemento primário é constituído por um trecho reto
calibrado (
  ), não mais somente pela placa de orifício. [27]
Os trechos retos, antes e depois da placa de orifício, foram revisados nas
últimas edições das normas, aumentando os requisitos, de forma a reduzir a
incerteza dos coeficientes de descarga. [27]
A tabela abaixo é a tabela que a AGA normatiza para as medidas dos
trechos retos calibrados de acordo com o ‘ da placa e dos obstáculos a monta nte da
mesma:

Tabela 4 - Dimensões do trecho reto calibrado, de acordo com a AGA .

Os trechos retos podem ser reduzidos por meio de condicionadores de fluxo,


que são dispositivos colocados a montante do elemento primário, com finalidade de
normalizar o perfil de velocidades e evitar a rotação da veia fluida. O condicionador
de fluxo mais utilizado é o de feixe tubular. [27]

c
c
c

c
c

Figura 4 - Condicionador de fluxo do tipo feixe tubular.

Para a utilização do condicionador de fluxo, a AGA elaborou outra tabela


para dimensionamento do trecho reto calibrado:

Tabela 5 - Dimensões do trecho reto calibrado com condicionador de fluxo, de acordo com a AGA .

Todos os fluidos homogêneos, em uma única fase, podem ser medidos por
placas de orifício clássicas, desde que sejam respeitados os limites estabelecidos
pelas normas: [27]

c
c
c
c
c

Tabela 6 - Diferenças de limites entre as normas de medição de vazão de gás natural.

Limites ISO 5167 AGA å / ANSI / API 25å0


palor de ‘ 0, a 0,75 0,02 a 0,75
palor de , para calcular  0,75 0,75
Diâmetro inferior de 2,5 mm ,4 mm
Diâmetro  50mm <  < 000mm 4 mm <  < 7 0mm
Número de Reynolds 4000 ou 6000ȕ², o maior 4000
Rugosidade da Tubulação Função de , aprox. 6 ȝm 8ȝm para ‘ < 0,6; 6ȝm acima
Trecho reto necessário Tabelado Tabelado

7.2.7 Folhas de Dados dos Instrumentos

As folhas de dados ou de especificações dos instrumentos representam uma


forma resumida de especificação, não incluindo necessariamente todos os dados de
engenharia e de aplicação, permitindo -se que o usuário adicione dados conforme
sua necessidade. Ela é o principal documento que o projetista deve elaborar quando
se quiser adquirir um instrumento, pois constará todas informações necessárias para
que o fabricante selecione e oferte o produto que seja mais útil à aplicação
estabelecida.
O formato de cada folha obedece a critérios gerais de dimensionamento e
distribuição de informações. Os cabeçalhos permitem que cada usuário possa
colocar informações sobre a empresa ou da planta industrial a que destina -se. [4]
A folha de dados deve conter: identificação (ta g), serviço, dados operacionais
e características técnicas que permitam sua completa definição para fins de
aquisição do instrumento. Elas devem ser elaboradas utilizando -se formulários
padronizados.
É importante frisar que para realizar um boa e completa especificação de
instrumento, deve-se conhecer o princípio de funcionamento do mesmo, conceitos
de normas de classificação elétricas e mecânicas de equipamentos e instrumentos e
consultar o catálogo e/ou manual de pelo menos um fabricante deste tipo de
instrumento, sem o qual ficará extremamente difícil o trabalho. [4]
Será demonstrado abaixo, as folhas de dados elaboradas para os
instrumentos e equipamentos abordados neste projeto (placa de orifício, trecho reto
calibrado de medição, transmissor de pressão diferencial, transmissor de pressão
c
c
c
c
c

manométrica, transmissor e poço de temperatura). As Folhas de Dados deste


projeto encontram-se no Apêndice J.

; Placa de Orifício
A elaboração da folha de dados da placa de orifício tem por base um
formulário padronizado e com os dados fornecidos pelas memórias de
cálculo. Deve-se ter cuidado com as especificações dos flanges de orifício
que serão utilizados para que ele atenda a correta utilização do trecho com
relação à classe de pressão, ao seu material e as tomadas de pressão
diferencial. Caso se opte por utilizar porta -placa, a especificação do flange
segue o da tubulação.

; Trecho Reto Calibrado


Para a elaboração das folhas de dados do trecho reto calibrado de
medição será necessária a utilização da folha de dados da placa de orifício e
da tabela da norma AGA onde indica as dimensões mínimas que o trecho
reto deve conter para cada valor de ‘ calculado para a placa. De acordo com
este projeto, a placa de orifício pos sui um ‘)%-- e a montante possui um

/ em 90° na tubulação, portanto, será utilizado, de acordo com a tabela da
norma AGA de 2000 um valor de 0 vezes do diâmetro interno da tubulação
a montante da placa, sendo entre 5 a 4,5 vezes do diâmetro interno o valor
do trecho do retificador, e um valor de ,2 vezes o diâmetro interno da
tubulação a jusante da placa de orifício. Outras informações normatizadas
devem ser levadas em consideração, como o comprimento do condicionador
de fluxo, o comprimento entre a placa de orifício e o sensor de temperatura,
etc.

; Transmissor de Pressão Diferencial


O transmissor de pressão diferencial será o responsável por converter
uma diferencial de pressão em vazão. Ele possui algumas características que
devem ser levadas em consideração. Como se trata de um componente
alimentado com eletricidade, ele deve ser utilizado com um invólucro de
acordo com a classificação da área onde ele será utilizado. As principais
c
c
c
c
c

normas que regem esse assunto são: NBR 5 6 (Equipamentos elétricos


para atmosferas explosivas), NBR 540 (Instalações elétricas de baixa
tensão), NBR IEC 60079 e NBR IEC 60529. No caso, o invólucro será
configurado para uma área de zona 2, grupo IIA, quer dize r, para áreas onde
pode haver substâncias como acetona, gás natural, benzeno, etc. Ele também
possuirá proteção IP-65 (contra poeira e jatos d¶água) e invólucro Ex -d (à
prova de explosão, capaz de suportar uma explosão interna e não permitir
que se propague para o ambiente externo).
Com relação à guia ³Elemento Primário´ na Folha de Dados, alguns itens
são normalmente utilizados pelos fabricantes e se tornam um padrão, como o
material dos sensores, do corpo, limite de sobre pressão, etc. Normalmente o
tipo de elemento usado é o sensor tipo célula capacitiva. A ³temperatura
máxima do elemento´ depende da temperatura do gás e o tipo de ³conexão
ao processo´ depende do padrão de instalação utilizado, normalmente com
entradas de ½´, mas pode-se utilizar conexões de ¾´.
Outro ponto que deve ser levado em consideração é o alcance calibrado
do instrumento, porque será nessa faixa que o instrumento terá sua melhor
precisão. Ele pode ser igual ao   da placa de orifício. Esse  
diferencial não deve ser confundi do com o   manométrico.
O alcance deve ser dimensionado de acordo com o cálculo da placa de
orifício, já que normalmente se adotem valores padronizados para essa
medida para facilitar a fabricação do instrumento, sempre com uma margem
de excesso com relação ao   calibrado. Esse   calibrado
corresponde à pressão diferencial máxima atingida normalmente pelo gás na
placa de orifício. Quer dizer, o alcance deve possui um valor padronizado o
mais próximo possível de duas vezes o valor do   calibrado. Alguns dos
valores mais usados de alcance de pressão diferencial nesses medidores são
.000, 2.500, 5.000, 0.000, 20.000 mmH 2O.
Também deve ser levado em consideração a comunicação do
instrumento com o CLP, neste caso, com o computador de vazão. Como os
instrumentos serão interligados em rede Foundation Fieldbus, eles devem
possuir esse tipo de transmissão de sinais.

c
c
c
c
c

Com relação aos acessórios, o bloco equalizador é utilizado como padrão


nesses transmissores para que o instalador possa retirar o ar presente na
linha de impulso de instrumento, que poderia causar um erro na medição e
fazer uma equalização entre as câmaras de medição do instrumento. O
dispositivo de montagem em tubo de 2´ é utilizado para montar o instrumento
nos suportes, que foram vistos anteriormente. A indicação local via visor de
LCD normalmente é solicitada visto que esse acessório agrega pouco valor
ao custo do instrumento e oferece uma enorme vantagem na verificação local
do processo e em sua configuração local. Com relação ao Selo e ao tubo
capilar, são necessários apenas em determinadas o casiões especiais,
dependendo do fluido a ser medido.

Figura 44 - Exemplos de selos remotos e selo diafragma, respectivamente.

Os dados de processo, na guia ³Geral´, são obtidos a partir da Folha de


Dados de Processo.

; Transmissor de Pressão Manométrico


O transmissor de pressão manométrico será o responsável por captar a
pressão estática do gás para que o computador faça a correção do volume e
meça a vazão com uma maior exatidão. O preenchimento da folha de dados
do transmissor de pressão manométrico segue similar à folha de dados do
transmissor de pressão diferencial . As únicas diferenças ficam por conta do
alcance do instrumento, que desta vez é manométrico, mas segue a mesma
regra no transmissor de vazão, o alcance deve ser um valor padronizado mais

c
c
c
c
c

próximo de 2duas vezes o valor do range calibrado, que corresponde ao


range máximo normalmente a ser medido. Alguns valores normalmente
utilizados para o alcance do instrumento são: 5, 0,5, 20, 25, 0, 50, 00,
50, 200, 00, 500 kgf/cm². Outra diferença entre o transmissor de pressão
manométrico e o diferencial é que o manométrico não necessita de bloco
equalizador, visto que apenas uma das câmaras está em contato com o gás e
a outra está aberta para a atmosfera.

; Termorresistência e Poço
A especificação da é feita também em formulário padronizado e de fácil
preenchimento. Deve-se ter mais atenção na conexão do poço ao processo,
que varia bastante dependendo do tipo de fluido e da pressão, e do
comprimento da inserção da termorresistência, ³U´, que depende do diâmetro
interno da tubulação e do comprimento do pescoço do flange, caso o poço
seja flangeado. O elemento mais utilizado neste tipo de sensor é o PT -00 e a
forma de transmissão da tensão até o transmissor de temperatura é a fio s,
podendo também ser usado a 4 fios.

; Transmissor de Temperatura
A especificação dos transmissores de temperatura é idêntica aos de
pressão, mas deverá se ter um cuidado maior ao se determinar o número de
fios que interligam o cabeçote da a termorresistência com o transmissor, no
caso foi utilizado o método de ligação a fios.

c
c
c
c
c

ù. CONCLUSÃO

Projetar um sistema de medição de gás natural automático, de acordo com as


normas internacionais e nacionais vigentes é um grande desafio e uma
responsabilidade enorme, porque ela será responsável pela quantificação financeira
de todo o investimento que foi aplicado no processamento desse gás. Por isso
mesmo, as normas que abordam esse tema são bem rígidas e detalhadas.
Para que um projeto desse po ssa ser elaborado, é necessária a criação de
diversos documentos que vão nortear a montagem dos equipamentos de acordo
com as normas vistas e com as condições do processo. Entre os documentos que
possuem grande importância destaco as folhas de dados e a arquitetura de
automação, que serão responsáveis por determinar que equipamentos serão
utilizados e quais as suas características.
Este projeto apresentou os principais e relevantes documentos necessários
para a elaboração de um projeto de automação de uma EMED de gás natural.
Alguns documentos foram ignorados por não terem relevância para o sistema de
medição, como a planta de instrumentação, e diagrama lógico e o documento de
requisição de materiais. Em um projeto mais completo eles devem ser observados.
Devido aos diversos sistemas de medição de vazão e de aquisição de dados,
torna-se difícil afirmar qual o melhor. Deve -se sempre ponderar cada item e as
condições de processo para se escolher a melhor opção, mas creio que os
instrumentos e sistemas selecionados neste trabalho seriam os mais interessante de
serem usados na maioria das condições de processo envolvendo medição fiscal de
gás natural.

c
c
c
c
c

o. REFERÊNCIAS

[] RIBEIRO, M. A. Medição de Vazão: Fundamentos e Aplicações .


200 . 5ª Edição.

[2] KAWAKITA, K.; SANTO, G. E.; TELLES, R. S. A Metrologia de Vazão


de Gás Natural no Brasil. 2007. Revista Metrologia e Instrumentação. São Paulo,
SP.

[ ] Portaria Conjunta Nº 1, De 1o de Junho de 2000. ANP ± Agência


Nacional do Petróleo, INMETRO ± Instituto Nacional de Metrologia, Normatização e
Qualidade Industrial.

[4] Medição de Vazão de Fluidos em Condutos Fechados ± Medição


Eletrônica de Gás Computadores de Vazão. Projeto 04:005.0 -02 . ABNT. 2002.
Rio de Janeiro, RJ.

[5] http://www.superflow.com.br/equipamento_fmc.htm - Acessado em


Junho/2009.

[6] http://www.mspc.eng.br/fldetc/fluid_0 0.shtml - Acessado em


Junho/2009.

[7] http://portuguese.alibaba.com/product -gs/mechanical-turbine-meter-


5028625.html html - Acessado em Junho/2009.

[8] http://www.eq.uc.pt/~lferreira/BIBL_SEM/global/inferencial/2.html -
Acessado em Junho/2009.

[9] http://www.incontrol.ind.br/produtos.php?id=2&id_categoria=6 -
Acessado em Junho/2009.

[0] www.sincronobr.com.br/Medidores%20de%20vaz%C %A o%20.htm


- Acessado em Junho/2009.

c
c
c
 c
c

[] http://www.amperesautomation.hpg.ig.com.br/ft.html - Acessado em


Junho/2009.

[2] http://www.editoravalete.com.br/site_controleinstrumentacao/arquivo/
ed_0/ cv2.html - Acessado em Junho/2009.

[ ] http://www.comaxbr.com.br ± Acessado em Junho/2009.

[4] COELHO, M. S.; Projetos de Instrumentação. 2007. SENAI. Santos,


SP.

[5] OLIpEIRA, A. C. S. de; 


 Manual de Normalização Bibliográfica
Para elaboração de Monografia. Natal/RN. Universidade Potiguar. 2008. c
c

[6] http://www.engineeringtoolbox.com/flow -meters-d_49 .html - Acessado


em Julho/2009.

[7] http://www.mecatronicaatual.com.br/secoes/leitura/89 - Acessado em


Julho/2009.

[8] http://img.directindustry.es/images_di/photo -g/placa-de-orificio-para-


medicion-de-caudal-de-presion-diferencial- 655 .jpg - Acessado em Julho/2009.

[9] Medição de Vazão de Fluido - Avaliação de Incertezas. ISO 568.


978.

[20] Medição de Vazão de Gás em Conduites Fechados ± Medidores


Turbina. ISO 995. 99 .

[2] Medição de Vazão de Fluidos por Dispositivos de Pressão


Diferencial, Inserido em Condutos Forçados de Seção Transversal Circular -
Parte 1: Princípios e Requisitos Gerais. ISO 567-. 2008.

[22] BORELLI, A. B.; NAKA, H. K.; OLIpEIRA, p. C.; Gás Natural ±


Transporte e Distribuição . 200. Instituto de Eletrotécnica e Energia - PIPGE-IEE /
Universidade de São Paulo ± USP. São Paulo, SP.

c
c
c
c
c

[2 ] Instrumentation Symbols and Identification. ISA-5.-984 (R992),


The Instrumentation, System, and Automation Society.

[24] Binary Logic Diagrams for Process Operations. ISA-5.2-976


(R992), The Instrumentation, System, and Automation Society.

[25] Instrument Loop Diagrams. ISA-5.4-99, The Instrumentation,


System, and Automation Society.

[26] DELMÉE, G. J.; Softwares Para Cálculo de Elementos Primários .


Intech America do Sul, n° 5, páginas 4 a 2 . ISA Distrito 4. São Paulo/SP.

[27] BEGA, E. A.; 


; Instrumentação Industrial . 2ª Edição. Rio de
Janeiro: Interciência. 2006.

[28] LDå00 Series. Smar Equipamentos Industriais LTDA. 2007.

[29] COELHO, M. S.; Instrumentação ± Vazão. SENAI. Santos, SP.

[ 0] Auditflow® ± Sistema de Medição de Vazão . 2006. Smar


Equipamentos Industriais Ltda. Sertãozinho/SP

[ ] Gerenciador de Vazão FlobossŒ 10å . 2002. Emerson Process


Management - Flow Computer Division. Houston/Estados Unidos.

[ 2] Gerenciador de Vazão Floboss Œ '07 . 2000. Fisher Controls


International, Inc. Marshalltown / Estados Unidos.

[ ] RUSSELL, J.; ÈART v Foundation Fieldbus ± The Facts and the


Real Difference. Paper. FFEUAC (Oceania) Committee Member. 2007.

[ 4] COELHO, M. S.; Técnicas de Medição de Pressão. Senai.


Santos/SP.

c
c
c

c
c

APÊNDICE A ± FLUXOGRAMA DE ENGENÈARIA

c
c
c
c
c

APÊNDICE B ± FOLÈAS DE DADOS DE PROCESSO

11.1 Pressão e Pressão Diferencial

c
c
c
c
c

c
c
c
c
c

c
c
c
c
c

APÊNDICE C ± LISTA DE INSTRUMENTOS

c
c
c
c
c

APÊNDICE D ± ARQUITETURA DE AUTOMAÇÃO

c
c
c
c
c

APÊNDICE E ± DIAGRAMA DE MALÈA

c
c
c
c
c

c
c
c
 c
c

APÊNDICE F ± DETALÈE DE INSTALAÇÃO AO PROCESSO

c
c
c
c
c

APÊNDICE G ± DETALÈE DE INSTALAÇÃO ELÉTRICA

c
c
c

c
c

c
c
c
c
c

c
c
c
c
c

APÊNDICE È ± DETALÈE DE INSTALAÇÃO DE SUPORTES

c
c
c
c
c

APÊNDICE I ± MEMORIAS DE CÁLCULO

c
c
c
c
c

c
c
c
c
c

APÊNDICE J ± FOLÈAS DE DADOS

c
c
c
c
c

c
c
c
c
c

c
c
c
 c
c

c
c
c
c
c

c
c
c

c
c

c
c
c
c
c

c
c
c

Potrebbero piacerti anche