Sei sulla pagina 1di 9

 ASPECTOS GERAIS EM UTI E PS:

história, organização e humanização

Professora: Viviane Franzoi

2010

 Histórico

 A partir de 1950 houve um grande crescimento na abordagem


terapêutica de pacientes graves.

 “Tratamento intensivo” e “cuidados ao paciente grave” foram


algumas denominações surgidas na época para designar a área
hospitalar em que são tratados os pacientes com doenças graves.

 Histórico

 Primeira Guerra Mundial: agrupamento de pacientes em certas


categorias tendo em vista possibilidades terapêuticas.

 Florence Nightingale reuniu feridos, na guerra da Criméia, em um


mesmo ambiente, permitindo assistência direta e eficiente.

 Calamidades públicas: unidades especiais eram abertas para que


recursos pudessem ser centralizados e otimizados.

 Epidemias de poliomielite: grandes unidades de tratamento criadas


quase que instantâneamente.

 Sala de recuperação pós-anestésica

 Precursora de uma Unidade de Tratamento Intensivo cirúrgico.

 O seu número cresceu devido à existência de pacientes mais idosos e


mais graves que exigiam procedimentos mais complexos, e também
pelo fato de os cirurgiões terem se acostumado ao benefício das
salas de recuperação na prática militar durante a guerra.

 Outro fator que contribuiu foi a alta mortalidade pós-anestésica.


Alterações cardiorrespiratórias após uso destas drogas relaxantes
musculares tornou indispensável a monitorização cuidadosa.

 Suporte respiratório

 A assistência respiratória remonta ao período entre 1760 e 1780, com


a descoberta do oxigênio e dióxido de carbono e de seus papéis
fisiológicos, com contribuições significativas feitas por autores como
Black, Priestley, Scheele e Lavoisier.

 1767 – Método “boca a boca” para vítimas de afogamento.


 1826 – Técnica de traqueostomia no tratamento de difteria

 Suporte respiratório

 1879 – Macewen relatou o sucesso obtido com a intubação


orotraqueal.

 1885 – Odwyer elaborou um dispositivo (futuro laringoscópio) para


introduzir tubos metálicos na abertura glótica de pacientes com
difteria.

 Após a Primeira Guerra Mundial tanques de oxigênio comprimido


começaram a ser comercializados.

 Após 1960 – Avanço no tratamento intensivo, pois foi possível


mensurar os gases sanguíneos, propiciando o diagnóstico da
insuficiência respiratória.

 Suporte respiratório

 A partir de 1926 o reconhecimento de que a Insuficiência respiratória


era causadora da morte na poliomielite conduziu o desenvolvimento
dos “pulmões de aço”.

 O desenvolvimento e a utilização do primeiro ventilador volumétrico


(Engstron) aumentaram a sobrevida de pacientes com poliomielite.

 Pulmões de aço

 Suporte cardiológico

 Introdução de monitores de ritmo cardíaco em 1960 propiciou a


detecção precoce e o tratamento de arritmias cardíacas na fase
aguda do Infarto Agudo do miocárdio (IAM). A partir daí a mortalidade
diminuiu 15%. Atualmente com a introdução de trombolíticos caiu
para 7% nas melhores UTIs.

 1956 - foi demonstrado que o choque elétrico aplicado sobre a


parede torácica poderia interromper uma Fibrilação Ventricular,
revertendo essa arritimia grave.

 1970 – Catéter de Swan-ganz e desenvolvimento de equipamentos de


medição do débito cardíaco possibilitaram a realização de estudos
hemodinâmicos à beira do leito.

 Centro de Terapia Intensiva - CTI

 A atuação fundamental do Centro de Terapia Intensiva (CTI) consiste


na reversão da evolução de uma doença grave não terminal, tendo
como objetivo a prevenção da morte.
 Tem por finalidade restaurar os pacientes para seu estado de saúde
anterior, considerando os aspectos biofísicos e psicológicos, visando a
manutenção da “qualidade de vida”.

 Centro de Terapia Intensiva - CTI

 Muitos CTIs possuem em área anexa e contínua à Unidade de Terapia


Intensiva (UTI) uma Unidade Semi-intensiva (USI) constituída por
quartos especiais, com recursos tecnológicos e humanos semelhantes
aos da UTI, mas que propiciam maior privacidade e apoio psicológico
ao paciente e seus familiares, reproduzindo muitas vezes o ambiente
familiar.

 A UTI associada à USI denomina o complexo CTI. Mas


frequentemente, UTI e CTI são utilizadas como sinônimos.

 Planejamento de uma UTI

 Estrutura física

 Localização – deve ser de acesso controlado e em um ponto


estratégico (próximo aos elevadores, CC, SRPA, PS, USI, laboratório e
radiologia).

 Leitos – Mínimo de 5 leitos na prática. Menos que isso, tornam-se


impraticáveis e onerosas. Ideal de 8 a 12 leitos.

 Planejamento de uma UTI

 Tipo de unidade

 Pacientes alocados de modo que a sua visualização direta pela


equipe de saúde seja possível durante todo o tempo.

 Divisória entre pacientes laváveis ou em quartos fechados (painéis de


vidro).

 Posto de enfermagem no centro.

 Salas de isolamento são recomendáveis.

 Necessidade de equipamentos com pressão negativa

 Planejamento de uma UTI

 Alarme de equipamentos, telefones, intensa movimentação da equipe


de saúde – sobrecarga de ruídos.

 Utilização de pisos, paredes e tetos que absorvam sons.


 Posto de enfermagem: confortável, proporcionar visualização de
todos os leitos, área destinada ao preparo de medicação, iluminação
adequada, sistema de estocagem de medicamentos, soluções e
materiais.

 Planejamento de uma UTI

 Toalete de pacientes localizado na área de internação da unidade.

 Copa para pequenas refeições com pia, geladeira, microondas ou


fogão e lixo específico para restos alimentares.

 Sala de serviços gerais para armazenamento de soluções e materiais


com prateleiras suspensas.

 Planejamento de uma UTI

 Uma área que acomode equipamentos e suprimentos necessários.

 Laboratório disponível 24hs por dia.

 Sala de reuniões para analisar e armazenar radiografias, estudar e


discutir casos

 Áreas de descanso destinadas a funcionários que proporcione um


ambiente confortável e descontraído ligadas à UTI

 Planejamento de uma UTI

 Conforto médico de fácil acesso ligada à UTI com banheiro

 Recepção da UTI com controle de visitantes

 Sala de espera de visitantes

 Rota de transporte de pacientes separados dos utilizados pelos


visitantes (incluindo uso de elevadores).

 Secretaria administrativa adjacentes à UTI

 Planejamento de uma UTI

 Energia elétrica deve garantir o suprimento ininterrupto e dispor de


tomadas ligadas a geradores no-break. Mínimo de 11 tomadas por
leito, com voltagens de 110 e 220 V e tomadas para aparelhos
móveis de raio X distantes de cada leito.

 Planejamento de uma UTI

 Iluminação - Além da iluminação natural, a unidade deve possuir


iluminação geral de teto. É desejável uma lâmpada de leitura para
cada paciente.
 Abastecimento de água - Pias e lavatórios instalados nos locais de
manuseio de insumos, alimentos e medicamentos, próximo a entrada
dos módulos de pacientes ou entre cada dois leitos.

 Lavatórios largos e profundos para evitar respingos, com torneiras


com sensores

 Planejamento de uma UTI

 Sistema de gases e vácuos – Oxigênio, ar comprimido e vácuo deve


ser mantido nas 24hs. Mínimo de duas saídas de oxigênio por leito e
uma de ar comprimido. Um sistema de alarme para pressão baixa e
alta. Mínimo de dois pontos de vácuo por leito

 Renovação de ar em áreas críticas – mínimo de 6 trocas de ar por


hora. Ar-condicionado e aquecimento com sistemas de filtragem
apropriados. Temperatura entre 24 e 26 graus e umidade entre 40 a
60%

 ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DE UM SERVIÇO DE EMERGÊNCIA

 Aspectos Legais

 Urgência: ocorrência imprevista de agravo à saúde com ou sem risco


potencial de morte, cujo portador necessita de assistência médica
imediata;

 Emergência: como a constatação médica de condições de agravo à


saúde que impliquem risco iminente de morte ou sofrimento intenso,
exigindo tratamento médico imediato.

 Recursos Humanos e equipamentos no PS

 Regime de plantão, com no mínimo:

 Anestesiologista, Clínica Médica, Pediatria, Cirurgia geral e Ortopedia.

 Sala de emergência: equipada com material de reanimação e


manutenção cardiorrespiratória, material para aspiração e
oxigenação e material para procedimentos de emergência;

 Recursos técnicos

 Com funcionamento ininterrupto

 Radiologia, laboratório de análises, centro cirúrgico, Unidade de


Terapia Intensiva, unidade transfusional, farmácia básica para
emergência e unidade de transporte equipado.

 Obrigatoriedade
 Em relação a enfermagem, o Cofen normatiza em âmbito nacional a
obrigatoriedade de haver enfermeiros em todas as unidades de
serviços nas quais são desenvolvidas ações de enfermagem;

 Competências

 Competências do enfermeiro: organizar e planejar a assistência,


disponibilizar recursos humanos, garantir a qualidade e segurança do
atendimento à equipe e ao paciente, estabelecer prioridades, atender
os objetivos e às rotinas institucionais (...) e quando houver
procedimentos de alta complexidade, deverão ser realizados pelos
profissionais enfermeiros.

 Unidades móveis de UTI e suporte avançado de vida deverá ser


prestado pelo enfermeiro.

 O enfermeiro deverá implementar e documentar a SAE.

 (Cofen n 021/2001 e 3/4/2001)

 Realidades

 Pronto Socorro: local de alta complexidade de atendimento; risco de


morte iminente e necessidade de trabalho em equipe constante;

 Fatores que contribuem para a situação caótica em que se


encontram, principalmente a superlotação: queda na quantidade e
qualidade do atendimento à saúde na rede básica, lentidão de
encaminhamentos e soluções;

 Realidades

 Aumento das causas externas, envelhecimento da população,


aumento das doenças crônico-degenerativas, desigualdades sociais,
baixo investimento governamental per capita, deficiência na rede
preventiva, precariedade e ausência de medicamentos, ausência
médica hierarquizada e regionalizada.

 Consequências

 Pronto socorro abarrotados, os quais poderiam ter sido resolvidos se


o atendimento fosse realizado na rede básica, consumindo tempo,
recursos humanos e financeiros, equipamentos, gastos, etc.

 O PS não delimita a entrada de pacientes, trabalha com macas


extras, número fixo de funcionários e área restrita.

 Consequências

 Trabalho estressante, difícil, muitas vezes impossibilitando a


excelência.
 Mas também é um local de grande doação, competência e dedicação
profissional, em que se prioriza sempre o paciente de maior
gravidade e com risco iminente de morte.

 Outro fator delicado, escassez de leitos de UTI.

 Profissional de saúde na berlinda quando se faz necessária escolhas


de “quem ou qual” paciente será encaminhado à UTI.

 Mudanças

 Segundo Birolini “o pronto-socorro é uma organização desorganizada


que desorganiza qualquer organização.

 Com a CF de 1988 e as Leis orgânicas de Saúde de 1990, houve


mudanças significativas.

 Descentralização é o eixo norteador na reorganização e


operacionalização dos princípios do SUS.

 Mudanças

 A mudança constitucional vem sendo regulamentada com os


princípios diretivos (universalidade, equidade, integralidade) e
organizativos (descentralização, regionalização, hierarquização e
participação social), permitindo que o processo decisório seja
assumido por estados e municípios;

 Análise crítica em 2004

 Enfermeiros pós-graduandos de uma faculdade particular de SP


elaboraram dificuldades:

 Quais são, em sua opnião?

 Fatores dificultadores para o bom funcionamento de um PS

 -falta de humanização

 -comunicação ineficaz

 Falta de ética

 Desrespeito com a morte e o paciente terminal

 Desorganização da unidade e do serviço de emergência

 Problemas de relacionamento

 Espaço físico precário

 Fatores dificultadores
 Negligência (falta de interesse)

 Ausência de triagem

 Ausência de autonomia da equipe de enfermagem

 Ausência de protocolos

 Desconhecimento teórico científico

 Sobrecarga de trabalho

 Número reduzido de funcionários

 Falta de postura profissional

 Fatores facilitadores

 Quais são???

 Fatores facilitadores

 Capacitação profissional

 Uso de protocolos

 Humanização

 Gosto pelo que faz

 Postura ética

 Valorização do enfermeiro

 Divisão do conhecimento

 Serviço social

 Fatores facilitadores

 Trabalho em equipe

 Alívio da dor do paciente

 Número de funcionários adequados

 Possuir recursos materiais e equipamentos

 Área física adequada

 Conhecimento teórico-científico da equipe

 Propostas dos alunos


 Implementação de um serviço de triagem

 Implementação de escalas de avaliação da dor

 Aulas de reciclagem para as equipes sobre os temas mais relevantes

 Cursos de aperfeiçoamento em emergência

 Discussões mensais

 Implementação de protocolos

 Punição no caso de negligência e falta de ética

 Benefícios e prêmios para os melhores funcionários

 Otimização da área física e recursos materiais

 Pensamento

 “Sabe-se que o caminho não é fácil e que muitas lutas são inglórias,
no entanto, a falta de iniciativa, a falta de vontade e a inércia são os
principais ingredientes para a acomodação, o cinismo e a
mediocridade”.(Pessini, 1999)

Potrebbero piacerti anche