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FACULDADE INTERNACIONAL DE CURITIBA

DIRETORIA ACADÊMICA
PEDAGOGIA

RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO


ENSINO FUNDAMENTAL

JOANA MARLI LANGNER


Profª. de Estágio: Luciana de
Luca Dalla Valle
Tutor (a): Márcia Antonia da Silva
Centro Associado: Tele-sala
Campo Novo - RS

CAMPO NOVO
2007

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO
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2 IDENTIFICAÇÃO DA ESCOLA.........................................................................
04
3 CARACTERIZAÇÃO DO ESTÁGIO
06
4 ATIVIDADES DE DOCÊNCIA
07
5 ANÁLISE REFLEXIVA
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6 PARECER DO ESTÁGIO
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7 REFERÊNCIAS
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1 INTRODUÇÃO:
O presente estágio de docência no Ensino Fundamental, tem como objetivo,
observar como se desenvolve o ensino em sala de aula, de que maneira a
professora conduz a aprendizagem, como se processa a apreensão do
conhecimento pela criança. Objetiva ainda analisar como é a interação dos alunos
com a professora, dos alunos entre si e com o ambiente no cotidiano escolar.
O referido estágio é de suma importância para instrumentalizar o estudante
de Pedagogia e futuro profissional da educação, para que o mesmo se familiarize
com a prática da sala de aula, conviva com os alunos e professores e habitue-se ao
ambiente escolar com seus problemas, desafios, dificuldades, mas também repleto
de alegria, realizações e sobretudo, cheio de crianças e jovens transbordantes de
vida e vontade de aprender.
Serão desenvolvidas as atividades de observação participativa com os alunos
da 1ª série do Ensino Fundamental, de 08 anos.
Como todos nós sabemos, o Ensino Fundamental, vem sofrendo grandes
mudanças nos últimos anos, exemplo disso é a recente implantação do Ensino
Fundamental de 9 anos, em que as crianças com seis anos devem freqüentar a 1ª
série, com isso as crianças estão vindo para a escola cada vez mais cedo. A
educação e conseqüentemente a Escola, enfrenta também grandes desafios com os
espantosos avanços tecnológicos e descobertas científicas que surgem a cada dia e
que transformam nossa sociedade de maneira vertiginosa, mudando valores,
atitudes, costumes. As mudanças no clima do planeta, que exigem informação e
esclarecimento para que a humanidade possa reverter o grave quadro que se
apresenta e que somente o homem poderá reverter. E também a violência nas
escolas e também na sociedade como um todo.
Neste contexto, a criança chega na 1ª série, muitas vezes já alfabetizada e
com grande variedade de informações e conhecimentos, adquiridas, no ambiente
familiar, no grupo de convívio, pela televisão e Educação Infantil, já não é mais
aquela criança que ao chegar na 1ª série tudo era novidade e descoberta.
Esse aluno necessita de um professor bem informado e preparado para
trabalhar conteúdos e dar conta das exigências de uma educação moderna e
atualizada, em um mundo globalizado, que desperte o interesse e a vontade da
criança apropriar-se de novos conhecimentos e experiências positivas, a alegria da
convivência e descobertas de saberes, valores e lições de cidadania que a
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acompanharão pela vida, tornando-a cidadã instruída, consciente de seus direitos e t


de seus deveres. Que saiba conviver e respeitar a diversidade, a natureza e faça
pleno uso dos meios de informação e tecnologias disponíveis.

2 DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DA ESCOLA


NOME: Escola Estadual de Ensino Médio Senador Alberto Pasqualini
ENDEREÇO: Rua Francisco Alves Teixeira, nº 571, Bairro Santo Antonio
Cidade de Santo Augusto RS.
Fone/Fax (55) 3781 1815
CEP 98590 000.
MODALIDADES DE ENSINO:
Educação Infantil (Maternal 2, Jardim Nível A e Nível
B, Ensino Fundamental, Ensino Médio
Educação de Jovens e Adultos nas modalidades
Alfabetização (1ª à 4ª série), Fundamental e Médio,
Sala de Recursos para Deficientes Visuais, Curso
Profissionalizante Técnico de Enfermagem em Saúde
Pública, Escola Aberta para Cidadania em parceria
com o Governo do Estado e UNESCO (funciona nos
finais de semana, tendo como objetivo a ocupação dos
espaços escolares pela comunidade, para diminuir a
violência no entorno escolar).

ÓRGÃOS AUXILIARES DA ESCOLA: Círculo de Pais e Mestres, Conselho Escolar

CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO ADOTADA PELA ESCOLA:


A Escola Estadual de Ensino Médio Senador Alberto Pasqualini, segundo o
Projeto Político Pedagógico, é uma escola identificada com o processo de
construção de uma sociedade mais justa. Como um espaço em que a prática
pedagógica é entendida como uma prática de vida, de todos e com todos, na
perspectiva de formar cidadãos e cidadãs que integrem e contribuam para sua
comunidade. Uma escola democrática, competente e comprometida com a
aprendizagem significativa do aluno, buscando transformar informações em saberes
necessários à vida dos alunos.
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A escola possui atualmente, aproximadamente 800 alunos, matriculados nos


três turnos de funcionamento, 50 professores, 07 funcionários administrativos,
englobando secretários, auxiliares e monitor, e 07 funcionários de manutenção e
limpeza (merendeiras e serventes).
São desenvolvidos na escola, os seguintes projetos: Projeto de Artes,
Contação de Histórias, Música, Recreação, Informática na Educação, Jardinagem.
Participam desses projetos alunos desde a educação infantil, até ensino médio.
A escola conta com Sala de Recursos para Deficientes Visuais e que atende
também deficiências mentais leves, com professora especializada. Os alunos com
problemas são identificados pelos professores em sala de aula, encaminhados a
coordenação da escola, que toma as providências necessárias e conduz os
encaminhamentos para atendimento dos mesmos, fazendo adaptações que o aluno
necessita para ter um bom aprendizado.
A avaliação é quantitativa e qualitativa, através de Parecer Descritivo, na
Educação Infantil, 1º e 2º trimestre na 1ª série (nota no 3º trimestre). De 2ª a 8ª
série e Ensino Médio notas de 0 a100. Na modalidade EJA Fundamental e Médio e
no Curso Profissionalizante, Parecer Descritivo semestral.

ESTRUTURA FÍSICA E ORGANIZACIONAL DA ESCOLA:


A estrutura física da escola é muito boa, as salas são amplas, com carteiras e
cadeiras apropriadas, armário para guardar materiais e quadro verde. O material
necessário para o andamento das aulas parece ser suficiente e adequado, a equipe
diretiva da escola procura sempre suprir as necessidades materiais da escola,
Existem várias dependências para realização de atividades tais como: quadra
esportiva coberta (ginasião) para prática de educação física, auditório equipado,
laboratório de ciências, laboratório de informática equipado com vários
computadores, laboratório do curso técnico de enfermagem totalmente mobiliado e
equipado, sala de artes, ampla biblioteca, sala de educadores, salas administrativas
(secretaria, sala da direção, coordenação, orientação, almoxarifado, setor financeiro)
amplo refeitório, cozinha com todos os equipamentos e utensílios necessários.
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3 CARACTERIZAÇÃO DO ESTÁGIO
A clientela atendida pela escola é bastante diversificada, principalmente na
idade que começa com 03 anos até aproximadamente 50/60 anos na EJA. A maioria
dos alunos é de famílias de baixa renda, apresentando um alto índice de prostituição
infantil e adulta, alcoolismo e drogas. Aumentando assim outros tipos de violência,
como por exemplo, gravidez na adolescência, gerando novas formas de organização
familiar, onde as mães abandonam os filhos, deixando-os aos cuidados da avó
aposentada. Por outro lado na Educação de Jovens e Adultos, boa parte dos alunos
são de famílias de classe média, mais estruturadas, bem como no Curso Técnico de
Enfermagem, onde os alunos em sua maioria são alunos trabalhadores, já possuem
ensino médio concluído e alguns estão cursando ensino superior
concomitantemente.
Quanto às atitudes em sala de aula, os problemas são comuns como em
todas as escolas, problemas de indisciplina, desrespeito entre colegas, desatenção
e desinteresse, para tentar resolver estes problemas, a escola usa de todos os
meios que dispõe, na maioria das vezes com poucos resultados positivos, na grande
maioria das vezes os problemas começam na família, pois parte dos alunos vivem
em um meio violento, ou mesmo na falta de perspectiva para o futuro, pois a cidade
não possui emprego para atender a grande demanda de jovens que se formam
todos os anos.

4 ATIVIDADES DE DOCÊNCIA:
Realizei observação participativa na 1ª série C, do Ensino Fundamental turno
da tarde. A referida turma possuía no início do ano letivo 27 alunos matriculados,
recebeu mais 03 alunos por transferência no decorrer do 1º trimestre e transferiram-
se 06 alunos para outros municípios, conta atualmente com 24 alunos freqüentando,
na faixa etária de 07 aos 12 anos. Todos residem no bairro da escola ou nos bairros
vizinhos.
Quando cheguei para realizar a observação fui bem recebida pela professora
e pelas crianças. A aula inicia as 13h e 15min e termina as 17h e 15min.
Observei que a professora tem ótimo domínio da turma, conduzindo a aula
com organização e firmeza e com atividades que favorecem o aprendizado. Seus
métodos são bastante tradicionais e rígidos, não aceitando novidades nem
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mudanças com facilidade.. Ela já tem mais de 30 anos de experiência no Magistério


(pretende aposentar-se no próximo ano), passa uma sensação de segurança e
tranqüilidade, próprios de quem conhece seu ofício e o desempenha com gosto e
responsabilidade. Nota-se que sente enorme prazer em ensinar. Preocupa-se muito
com as dificuldades de aprendizado de seus alunos. Mesmo sendo tão tradicional e
rígida busca formas diferenciadas de motivar os educandos. Exemplo disso é o uso
da música e de instrumentos musicais (principalmente violão e cavaquinho) nas
suas aulas. Ela toca e ensina os alunos a cantar músicas infantis, hinos de igreja e
hinos pátrios. Os alunos cantam na sala de aula e nas apresentações festivas e
cívicas da escola. Tive a oportunidade de assistir a algumas apresentações da turma
e confesso que é algo comovente de se ver.
A turma é bastante agitada, precisando estar ocupada o tempo todo com
atividades. A professora é muito insistente e exigente, durante a aula. Fala o tempo
todo que é necessário dar um “durão, nos mais atrasadinhos”.
Existem também, problemas de indisciplina e pequenas brigas entre as
crianças, que logo são resolvidas com firmeza pela professora. Alguns exigem mais
atenção e cuidados, como o aluno hemofílico, que não pode ferir-se em hipótese
alguma, exigindo da professora atenção e cuidados redobrados,o que é muito
cobrado pela família que super protege a criança e sobrecarrega a professora com
cobranças e ameaças. A turma também possui um aluno com deficiência mental
leve (12 anos de idade), que este ano está se alfabetizando, mas que apesar do
problema parece ser um aluno bastante maduro e participativo, com bom
desempenho na matemática.
A sala de aula é bastante ampla e confortável, com boa iluminação e
ventilação. Possui ainda mobiliário adequado, armário para guardar materiais, mesa
para a professora, mesas e cadeiras de tamanho apropriado para a idade dos
alunos. Nas paredes da sala estão expostas as produções de textos e desenhos
realizados pelos alunos durante o semestre, Também um alfabeto colorido com
vários tipos de letras, está colado acima do quadro.
No dia em realizei a observação participativa, a professora apresentou-me
aos alunos, explicou porque eu estava ali e iniciou sua aula normalmente, fazendo
com os alunos uma oração.
Em ato contínuo, a professora leu para os alunos uma história, A vaca
mimosa e a mosca zenilda. Os alunos escutaram interessadíssimos, e em silêncio,.
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Assim que acabou de ler, comentou a histórinha com os alunos e os desafiou


a produzirem um texto e apresentarem em voz alta. Todos leram ou tentaram ler,
pois alguns ainda não estão totalmente alfabetizados. A professora, encorajava os
alunos e ajudava completar as palavras, durante a leitura. Após cada criança ler o
seu texto era aplaudida pela professora e pelos colegas.
A professora continuou explorando a história com exercícios de completar
palavras etc., até a hora de irem para a merenda e após tiveram 20 minutos de
recreio.
Quando retornaram do recreio tiveram aula de matemática, a professora
passou no quadro cálculos de adição e subtração e os alunos copiaram e
resolveram, cada um a seu modo, alguns com muita facilidade, outros fazendo
palitinhos para realizar os cálculos e outros contavam nos dedinhos, quando não
chegavam os seus dedos pediam os dedinhos dos colegas emprestados para
contar, todos se ajudavam e se empenhavam muito para realizar a tarefa proposta.
Após todos terminarem, a professora realizou os cálculos no quadro,
juntamente com toda a turma, ela perguntava, eles respondiam e ela escrevia.
Durante o período que permaneci na sala de aula, procurei participar
ativamente, auxiliando professora com as crianças, ajudando a organizar a fila,
manter a ordem, buscar materiais e atendendo individualmente os alunos enquanto
realizavam as atividades propostas pela professora.
Para complementar meu estágio a vice-diretora solicitou que eu participasse
das oficinas pedagógicas da escola e realizasse momentos de recreação com as
crianças da 1ª, 2ª e 3ª série do turno da tarde, 01 hora para cada turma, conforme
projeto da escola. Ela disse que eu poderia fazer desde brincadeiras, aula de artes,
exibição de vídeos,etc...
Optei por montar uma pequena brinquedoteca com jogos pedagógicos de
montar, tais como: quebra-cabeça, jogos de encaixe, bingo, dominó de letras e
números, memória e outros. Alguns jogos eu providenciei e a maioria a própria
escola possui. Também usei brinquedos simples, carrinhos, bonecos, animais.
Separei os jogos em três mesas e os brinquedos em um tapete na biblioteca da
escola. Dividi os alunos em grupos, cada grupo brincava durante aproximadamente
15 minutos em cada mesa, fazendo um rodízio até que todos tivessem brincado em
todas as mesas e com todos os brinquedos.
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Escolhi simplesmente brincar com as crianças, por que senti que eles têm a
necessidade de brincar. Mas brincar simplesmente pelo prazer de brincar.
Sem a obrigação de a brincadeira ser dirigida para o aprendizado, mas
também podendo ser, naturalmente sem forçar.
Aprender, permite-nos, saber, brincar dá origem a novos conhecimentos,
habilidades criações artísticas, sendo uma necessidade vital no mundo de hoje,
principalmente em nossas escolas.
Precisamos valorizar o brincar em nossas escolas, permitindo que os alunos,
contribuam e os professores se renovem e inovem.
Pois brincar, amar e trabalhar são forças inatas, que impulsionam a ação do
ser humano, durante toda a sua vida.
A primeira turma atendida foi da 2ª série, que ao verem o ambiente
preparado os olhinhos brilharam e as bocas se abriram em sorrisos e exclamações
de alegria, concordaram com as regras e brincaram o tempo todo montando
palavras, continhas e montando carrinhos, casinhas etc. com as peças dos
brinquedos de encaixe, mas quando completou 01 hora de brincadeira,começaram a
desinteressar-se.
A segunda turma atendida foi a 1ª série. Quando entraram na sala e
avistaram os brinquedos, ficaram em silêncio, observando tudo com olhar de
surpresa, aceitaram as regras, divertiram-se montando palavras e brinquedos, na
metade do tempo, brincaram separados como eu havia organizado, depois
misturam-se do jeito que acharam melhor, continuando a brincadeira com vontade e
sem maiores problemas. Gostaram tanto que não queriam ir para o recreio para ficar
brincando mais um pouco, só se conformaram em ir, depois que eu garanti que na
próxima quarta-feira, poderiam voltar.
A terceira e última turma foi a 3ª série. Quando entraram na sala, e viram os
brinquedos correram desesperados em direção a ele, precisei de muita firmeza e
paciência para controlá-los e falar as regras. Reclamaram muito, falando alto e
dizendo que não sabiam montar isso nem fazer aquilo.
Resolvi sentar com eles às mesas e iniciar a brincadeira com cada grupo,
Consegui uma relativa ordem e interesse na primeira meia hora. No restante do
tempo, organizaram-se sozinhos e brincaram à vontade. No final, não queriam ir
para casa e imploravam para ficar mais um pouquinho. Permiti que ficassem mais 5
minutos. Passados 10 minutos a monitora veio verificar o que estava acontecendo
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que eles não saíam. Conseguimos convencê-los a irem, com a promessa que
voltariam na 4ª feira. Saíram felizes, comentando aos gritos o quanto haviam
gostado, abraçaram-me e prometeram voltar. Essa atividade deve repetir-se todas
as quartas-feiras até o final do mês de novembro/2007.

5 ANÁLISE REFLEXIVA
Quando soube que teria de realizar o Estágio Supervisionado, novamente,
não me preocupei muito, pois para mim seria apenas mais um desafio a enfrentar,
pois o que vivencie no estágio anterior foi muito gratificante, além de cumprir o
estágio participei ativamente das atividades da aula, fiz novas amizades e posso
dizer que, cada vez mais supero o receio que tinha de enfrentar uma classe repleta
de alunos.
Tenho que reconhecer que não foi mérito somente meu, pois a acolhida que
tive na escola me deixou bastante a vontade para realizar as atividades necessárias.
Mas apesar de já não ser novidade, tive a oportunidade de perceber que cada
estágio é uma experiência diferente, novas situações se apresentam, novos
problemas surgem e também novos questionamentos.
Confesso que agora o que me preocupa é que tipo de professora eu serei.
Também me angustia muito pensar se eu conseguirei ser uma profissional que não
frustre as expectativas de meus alunos.
Mesmo não sendo tudo perfeito, devido a minha inexperiência, só tenho a
agradecer a escola e a professora da turma em que realizei o estágio.
Percebi que ser professor, não é algo fácil, que tem que ter vocação, tem que
haver uma boa preparação, que nem sempre o Curso Superior proporciona. É
necessária, também a prática e a pesquisa para formar um bom professor, seguro e
consciente, que proporcionará aos seus alunos aprendizagens significativas e
prazerosas.
No que se refere à interação com a equipe escolar, foi uma experiência muito
boa, tive atenção e respaldo ao meu pedido de estágio, até pude sentir que foi
oportuna a minha presença, pois me disponibilizei a ajudar em outras tarefas da
escola, procurando dar um pouco de mim, não só pedir.
Mas a melhor parte foi a convivência com os alunos, apesar de muitos não
terem limites e devido ao meio em que vivem muitas vezes são até mesmo
agressivos entre eles, foi muito bom trabalhar com eles, fazer parte de suas vidas.
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Tive um bom relacionamento com todos, fiquei até mesmo comovida com o carinho
que demonstraram comigo.
A professora, apesar de receosa e desconfiada mostrou-se atenciosa e
educada, facilitando muito o meu estágio, só tenho a agradecer.
Percebo também que a equipe diretiva da escola, procura aproveitar a minha
disponibilidade para por em prática seus projetos, o que para mim é muito bom.
Tenho procurado dar o melhor de mim e aproveitado o máximo possível as
oportunidades. Estes momentos me proporcionam convívio com os alunos e
professores enriquecem meus estágios e possibilitam que eu pesquise a escola,
entenda como tudo funciona na prática, no dia a dia do ambiente escolar.

6 PARECER DO ESTÁGIO
Após, terminado o estágio, fiz uma reflexão do que vivenciei durante o
mesmo, Percebi então o quanto foi válido e produtivo, apesar de alguns impecilhos,
tais como: pouco tempo disponível, insegurança frente a esse desafio, receio de
incomodar nas escolas, perturbando a organização da rotina escolar e grande
demanda de estagiários.
No meu caso não tive maiores problemas, pois de certa forma já estou
inserida no contexto escolar, onde realizei já o estágio supervisionado de docência e
de ensino médio.
Sinto que a cada estágio que realizo, adquiro novos conhecimentos, vejo que
a educação é algo vivo, palpitante e também em constante mudança e evolução.
Percebo também a grande responsabilidade que tem um professor. Ele têm,
sem dúvida, uma influência direta sobre seus alunos, a partir de suas atitudes,
crenças religiosas e políticas. Essas influências, algumas vezes podem acontecer
sem que o professor perceba.
Como já realizei estágio na Educação Infantil, pude constatar a mudança que
acontece, quando as crianças ingressam na 1ª série. Elas saem de um contexto, em
que estavam mais livres, podiam brincar, deitar e rolar,literalmente, para ficarem por
várias horas sentadas, em uma cadeira desconfortável, geralmente em fila, entre
quatro paredes, enquanto lá fora, o sol brilha, os passarinhos cantam, a vida
acontece. Para uma criança de seis anos isso não deve ser fácil.
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Acredito que mudanças já estejam ocorrendo, no sentido de mudar este


sistema.
O professor deve ter sensibilidade e sobretudo, conhecimento e amparo para
educar e não simplesmente domesticar a criança, ensinar sim, mas sem”podar”, sua
alegria e energia e sua necessidade de movimento.

Santo Augusto RS 15 de setembro de 2007.

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Joana Marli Langner
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7 REFERÊNCIAS

TORRES, Rosa Maria. Discurso e Prática em Educação Popular, Ijuí RS: UNIJUÌ,
Ed.1988,

FEILL, Iselda Teresinha Sausen. Alfabetização - Um desafio novo para um novo


tempo. Ijuí RS: VOZES/FIDENE, Ed.1987.

FREIRE, Paulo; NOGUEIRA, Adriano. Que Fazer, Teoria e prática em educação


popular, Petrópolis RJ: Vozes, Ed. 1989.

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