Sei sulla pagina 1di 5

ARBITRAGEM

CONCEITO:
É o meio privado e alternativo de solução de conflitos decorrentes de direitos
patrimoniais disponíveis através do árbitro, normalmente um especialista na
matéria controvertida, que apresentará uma sentença arbitral.

LIMITES IMPOSTOS À SOLUÇÃO ARBITRAL DE CONFLITOS:

Direitos Patrimoniais Disponíveis:


São aqueles sujeitos à transação e alienáveis. Excluem-se, portanto, os
direitos indisponíveis, como, por exemplo, filiação, estado das pessoas,
casamento, poder familiar, questões de direito penal. Admite-se que os
reflexos patrimoniais dessas questões sejam dirimidos pela arbitragem,
como, por exemplo, a partilha do patrimônio na separação e os danos
decorrentes de ilícito penal e civil..

Direitos do Consumidor:
Em regra, é nula a cláusula arbitral ou compromissória, posto que, em razão
da vulnerabilidade do consumidor, implicará em imposição compulsória da
arbitragem. Admitimos a cláusula arbitral nas relações de consumo apenas
se não estiver presente a imposição ou vulnerabilidade do consumidor,
cabendo o ônus dessa prova ao fornecedor.

Contratos de Adesão:
São aqueles cujas cláusulas são previamente redigidas por uma das partes e
cuja interpretação, no caso de dúvida, é mais favorável ao aderente. Assim,
para haver validade da arbitragem nesses contratos, há que se observar as
seguintes condições:
não pode ser contrato de relação de consumo;
a cláusula deve ser firmada por escrito no próprio contrato ou em termo
aditivo;
a cláusula deve estar em destaque;
deve haver assinatura específica para a cláusula arbitral.

Direito do Trabalho:
Conflitos individuais: os direitos trabalhistas são irrenunciáveis, porém após
adquiridos e diante do conflito é possível a arbitragem.
Conflitos coletivos: possível a arbitragem, desde que frustrada a negociação
coletiva.

Estado:
Empresas públicas e sociedade de economia mista: possível desde que se
trate de exploração de atividade econômica em contrato que verse sobre
direitos patrimoniais disponíveis.
Contratos de concessão: é autorizado a arbitragem.
Parceria Público-Privada: é autorizado a arbitragem.
Nas demais relações jurídicas somente será possível o emprego da
arbitragem em conflitos que tenham natureza de direito privado, tais como
contrato de seguro e locação.

Locação de Imóveis Urbanos:


Não se tratando de relação de consumo, é possível a utilização da
arbitragem.

Contratos Societários e Estatutos Associativos:


É possível a existência da arbitragem, desde que aprovada pela Sociedade e
ou Associação.

Falência do Demandante:
Ações que já tramitam pelo juízo arbitral, mantém a arbitragem. Para as
demais o juízo judicial da falência atrai as ações.

DIFERENÇAS:
Arbitragem: imposição da solução do conflito pelos árbitros, cuja decisão de
uma questão de direito patrimonial e disponível equivale a uma sentença
transitada em julgado.
Conciliação: há proposta de solução e não imposição pelo conciliador.
Mediação: o mediador apenas auxilia as partes, não decide e tampouco
propõe soluções.

LEI APLICÁVEL À SOLUÇÃO DE CONFLITO PELA ARBITRAGEM:


As partes podem escolher qualquer lei ou norma para solucionar seus
conflitos desde que não afrontem as normas de ordem pública nacional.
Assim, pode-se utilizar as seguintes legislações:
Leis internacionais de comércio;
Leis estrangeiras;
Lex maercatória: que é o conjunto de práticas, usos e costumes comerciais;
Leis corporativas;
Principios gerais do direito;
Eqüidade: aquilo que o árbitro entende como coerente e justo.

ESPÉCIES DE ARBITRAGEM:
Arbitragem institucional: é aquela em que as partes optam, na cláusula
arbitral ou no compromisso, por se submeter à arbitragem perante uma
entidade especializada, que tratará de aspectos formais, intimações,
secretaria e escolha dos árbitros.
Arbitragem ad hoc: é a arbitragem avulsa, ou seja, as partes não se
submetem a uma entidade especializada para administrar a arbitragem e
tratam todo procedimento.
ESPÉCIES DE CONVENÇÃO DE ARBITRAGEM:
Cláusula arbitral ou compromissáoria: escrita no próprio contrato, em
documento anexo ou em aditivo contratual, se caracteriza pelo pacto de levar
futuras e evntuais controvérsias decorrentes de direitos patrimoniais
disponíveis à solução arbitral.
Compromisso arbitral: é o pacto entre as partes que, diante de um conflito já
existente, se obrigam a submetê-lo a arbitragem. O compromisso pode ser:
Judicial: as partes encerram o procedimento judicial e submetem o conflito à
arbitragem;
Extrajudicial: firmado depois do conflito, mas antes da propositura de ação
judicial.

ESPÉCIES DE CLÁUSULA ARBITRAL:


Cheia: é aquela cláusula que prevê a forma de instituição da arbitragem, seja
referindo-se às regras de uma entidade especializada, seja ela mesma
prevendo a forma de instituição e desenvolvimento da arbitragem, com as
regras do compromisso, dispensando posterior assinatura de compromisso.
Vazia: é aquela que prevê a arbitragem, mas não estabelece a forma de sua
instituição, não indica o árbitro ou as demais condições obrigatórias.

CONDIÇÕES FORMAIS DO COMPROMISSO ARBITRAL:


Essa condições estão descritas nos artigos 10 e 11 da Lei de Arbitragem.

AUTONOMIA DA CLÁUSULA ARBITRAL:


Nos termos do artigo 8º da Lei de Arbitragem, qualquer alegação de nulidade
da cláusula arbitral representará a necessidade de o árbitro se manifestar,
ainda que a disputa verse sobre a existência, validade ou eficácia da
cláusula ou do compromisso arbitral. Com isso, fecha-se eventual alegação
de natureza acessória da cláusula arbitral e, com alegação de nulidade
prévia da convenção arbitral ou do contrato, pretensão de o litígio ser
decidido pelo Poder Judiciário.

ÁRBITRO:
Pode ser árbitro qualquer pessoa capaz que goze da confiança das partes –
artigo 13, caput, LA.
A capacidade deve ser compreendida como a capacidade para o exercícios
dos direitos.

PODERES, DEVERES E EQUIPARAÇÃO COM OS FUNCIONÁRIOS


PÚBLICOS:
Poderes (art. 18 LA): no desempenho da função, o árbitro é juiz de fato e de
direito. Profere sentença judicial transitada em julgado, vez que não está, em
regra, submetida a recurso, salvo disposição nesse sentido na convenção de
arbitragem.
Deveres (art. 13 §6º LA):
Imparcialidade: o árbitro toma partido, decidindo na sentença, sem se
envolver com as partes.
Independência: o árbitro de se manter distante das partes.
Competência: para decidir, o árbitro de conhecer e ser experimentado na
matéria que lhe é submetida.
Diligência: a solução do conflito deve ser pautada por cuidado, zelo e
aplicação.
Discrição: o árbitro deve ser discreto e não divulgar os conflitos que lhe são
submetidos, inclusive em razão do sigilo, que pode ser reforçado pela
convenção de arbitragem.
O descumprimento de qualquer dos deveres impostos ao árbitro obriga-o a
responder pelos danos que causar.
Equiparação (art. 17 LA): Para efeito da legislação penal os árbitros são
equiparados, no desempenho da função, aos funcionários públicos. Assim,
aos árbitros são aplicáveis os crimes contra administração pública, como por
exemplo: concussão, corrupção passiva e prevaricação. Também podem ser
sujeitos de crimes contra a administração pública, como a corrupção ativa,
tráfico de influência, desacato e desobediência.

CRITÉRIOS PARA A ESCOLHA DOS ÁRBITROS E PRESIDENTE DO


TRIBUNAL ARBITRAL
Esses critérios pode ser encontrados nos art. 13 §3º e 4º da LA.
Pelas partes, na cláusula arbitral cheia ou compromisso arbitral.
Pelos critérios da entidade especializada caso as partes optem pela
arbitragem institucional e deleguem a escolha ao órgão arbitral que
administrará a arbitragem.
Presidente do órgão arbitral, quando houver diversos árbitros:
escolhido pelas partes na convenção;
ausente pacto, sendo arbitragem avulsa, será escolhido pelo consenso dos
árbitros. Sem consenso, será presidente o mais idoso;
ausente pacto, sendo arbitragem institucional, será escolhido pelas regras da
entidade ou pelo consenso dos árbitros. Ausente as regras da entidade
arbitral e sem consenso, será presidente o mais idoso.
Incumbe ao Presidente do Tribunal Arbitral:
receber notificação para prolação de sentença se escoar o prazo legal ou
convencional para tanto, sob pena de extinção da arbitragem; (art.12, III da
LA)
receber exceção de suspeição ou impedimento; (art. 15 da LA)
requerer ao juiz togado a condução coercitiva de testemunha renitente; (art.
22, §2º da LA)
proferir voto de minerva na hipótese de dissenso entre os árbitros; (art. 24,
§1º da LA)
certificar a recusa de um dos árbitros em assinar a sentença que, mesmo
assim, será válida; (art. 26, § único da LA)
enviar cópia da sentença às partes. (art. 29 da LA)

Potrebbero piacerti anche