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A economia da Palestina foi baseada em três setores: Agricultura, pecuária, pesca; Artesanato;
e Comércio. A Galiléia, no norte da Palestina, era uma região rica em agricultura e pecuária com
muitas pequenas aldeias ou vilas. A maioria dos habitantes dessa região era de pequenos proprietários
mas, havia grandes proprietários que viviam nas cidades da Judéia no sul e quem empregavam
trabalhadores nas suas fazendas. O Artesanato era mais praticado nas cidades entre as famílias e
normalmente o filho aprendia a habilidade do seu pai. Assim a família tinha todo controle sobre o
produção e a venda dos produtos. Havia também algumas pequenas unidades artesanais que
empregavam trabalhadores.
Nas aldeias, o intercâmbio acontecia pela troca e assim o comércio era mais praticado nas
cidades. Era intenso em nível internacional e em nível nacional mas tudo era controlado pelo sistema
do Templo. Cada fiel tinha que comprar animais para sacrifícios no Templo e através disso, o
Templo recuperava muito dinheiro para o Estado. O Estado romano exigia um sistema de
recolhimento, que baseava-se nos impostos: O tributum, imposto pessoal; A annona, contribuição
Então a economia da Palestina foi baseada na produção mas, por causa do sistema pesado dos
1.BURGUESIA FUNDIÁRIA
1a.Pequena Burguesia Camponesa
1b.proletariado agrícola e os escravos
fundamentalmente de esmolas.
níveis sociais foram classificados segundo a origem. O primeiro nível se constituía de membros de
origem legitima e a maioria da Burguesia e pequena burguesia foram desse nível. Os membros de
origem ilegítima, atingidos por leve mácula, foram parte do segundo nível e se constituíam dos
etc. O último nível era de pessoas que tinham “grave mácula” - os bastardos, escravos do Templo,
escravos pagãos, os samaritanos etc., e a massa de escravos e marginalizados foram parte desse nível.
Eles não tinham nenhum direito e viviam uma vida muita dura. As pessoas que tinham uma doença,
fosse lepra, fosse uma doença mental, viviam à margem da vida social.
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Por que esse sistema de estratificação foi decidido por causa da origem da pessoa, mas na
realidade foi um sistema baseado também no poder do Templo por que foi o Sumo Sacerdote que
O poder para governar o povo foi exercido por três órgãos: o Sinédrio; o Templo e a
monarquia.
O Sinédrio, órgão de justiça do Estado foi um concílio com 71 membros sob a presidência do
Sumo Sacerdote. Os membros eram outros sacerdotes, anciãos (chefes de famílias), e os escribas. Na
época de Jesus o partido dos fariseus tinha mais influência que os saduceus. O Templo, órgão
ideológico-religioso do Estado, tinha o Sumo Sacerdote no centro com dezoito mil funcionários.
Com suas famílias, os funcionários do Templo constituiam uma população de cinqüenta mil pessoas
Sumo Sacerdote era o presidente dos dois órgão mais poderosos. A monarquia desde 6 A.C. não
Dentro do estado existia vários partidos políticos que lutavam para ganhar influência sobre o
povo. Na época de Jesus havia seis partidos, sendo alguns pequenos, outros porém com muito mais
poder.
era ligado ao Templo e as tradições. Eles se tomavam uma posição social alta e negavam as
esperanças messiânicas com o resultado que eles perderiam sua influência no meio da crescente
ii. Os Fariseus. A imensa maioria da população de Israel foi controlada por esse grupo. Se constituía
de leigos e muitos do grupo do baixo clero que estavam contrários aos saduceus. Tomavam um
lugar no meio separados de elite e ao mesmo tempo separados dos marginalizados. A Torá e a Lei
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foram obedecido rigorosamente mas eles criavam novas tradições pela interpretação da Lei naquele
com leitura, interpretação, confissão e oração. Eles tinham uma forte esperança messiânica,
acreditavam na ressurreição e predestinação e assim sempre tinham conflito com os saduceus. Eles
entendiam a dominação do império romano como castigo pelos pecados do povo Israel. Um
iii. Os Escribas. Um pequeno partido ao lado dos fariseus e ligados a eles. Todas as decisões na
sinagoga e no sinédrio foram baseada na lei, e os escribas tinham muita sabedoria sobre esse
iv. Os Essênios. Esse grupo era considerado radical e eles deixaram o judaísmo oficial e saíram
severa disciplina e muitas regras existiam dentro das comunidades. Se vestiam com túnicas
brancas. Para evitar impureza e para facilitar adoração ao Senhor, os membros não podiam se
casar.
v. Os Zelotes. Mais um grupo que saíram dos fariseus. No ano 6 um novo recenseamento aconteceu
na palestina e para muitos judeus significou que nunca mais podiam agüentar o imperador romano.
Então esse grupo saiu em oposição aos romanos. Eles tiveram que lutar e a resposta do imperador
era brutal. No ano 68dC assumiram o poder depois de matar o sumo sacerdote mas os romanos
vi. Os Herodianos. Um pequeno partido que se constitua dos funcionários da corte de Herodes.
Eles se colocaram próximos aos fariseus porque os fariseus dominavam o povo, mas os herodianos
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Jesus era um profeta proveniente aos círculos dos escribas e fariseus. Mas em oposição a
esses grupos, seus pensamentos foram formados nos caminhos da Palestina, não no Templo ou na
sinagoga. Jesus nasceu na classe a pequena burguesia artesanal, seu pai sendo um carpinteiro, mas
sua prática era constituída pela massa marginalizadas. Jesus era um homem que tomou posição em
favor dos pobres da época. Ele se situou no campo religioso, um campo que naquela época tinha
muito poder porque o templo era um símbolo do poder religioso e ao mesmo tempo político.
2.Do ponto de vista sociológico, qual era o público de seguidores de Jesus? Que desejavam de Jesus?
um povo simples que tinha mais interesse nas coisas do campo; um povo sem instrução; um povo
desprezado que tinha o nome comum de “am-ha-ares”, que significa homens da terra. Esse povo
estava muito cansado da sua situação e cada um tinha uma esperança. Uma esperança que pode ser
resumida assim: “deve ter mais na vida que isso?”. Eles desejavam que Jesus os trouxesse a liberdade
que eles queriam. Só que a maneira em que eles esperavam que aconteceria era diferente da prática de
Jesus.
3.Do ponto vista sociológico qual era a função do discurso e da prática de Jesus?
O discurso de Jesus foi feito para mudar o sistema religioso. E no centro do sistema havia o
religião era para ajudar ao povo a não explorar o povo como existia nesse caso. O povo vivia sob essa
exploração e vivia todo dia com grandes necessidades com fome e doença. Então o discurso de Jesus
tentava responder essa situação e os evangelhos decorra muitos incidentes de tal ajuda prática.
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Mas no mesmo tempo Jesus levava a consciência do povo para um outro nível do sentido. O
nível do sentido mágico, que significou coisas como o reino de Deus; vida eterna; água viva. Muitas
vezes o povo não conseguia entender esse outro sentido. Na sua própria morte, Jesus insistiu num
sentido para além do presente mas na hora o povo não entendeu disso. Um outro exemplo usado pelo
autor é o que Jesus falou ao povo que o procurava depois que ele deu pão aos cinco mil. Jesus disse
“Vós me procurais não por terdes visto sinais, mas porque comestes pão e vos saciastes” Com aquele
milagre Jesus tentou mostrar seu poder ao povo, mas eles só viram pão de graça.
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COMBY,J. Para ler a história da Igreja I. São Paulo, Loyola, 1993. P14-32.
Apóstolo Paulo.
testemunhar sobre Jesus, sua morte e sua ressurreição. Pedro era o primeiro quando ele proclamou a
boa notícia de Jesus aos judeus. E a resposta a essa primeira pregação - quase três mil receberam o
batismo. Os doze continuavam a respeitar a fé judaica e a igreja parecia como uma nova seita judaica.
O grupo foi caracterizado pelo batismo em nome de Jesus; ensinamentos; partilha do pão e eles
Pessoas de origem grega (helenistas) entraram no grupo com o resultado que sete dos doze
foram designados para ajudar esses helenistas. O chefe dos sete, Estêvão, atacava o judaísmo de
Jerusalém. Ele foi julgado como um blasfemedor e foi assassinado por esse “crime”. (Atos 7). Esse
incidente foi significativo por que os helenistas fugiram de Jerusalém para as terras próximas como
O nome de Saulo apareceu pela primeira vez na morte de Estêvão e esse homem, zeloso para
defender a lei, perseguiu os Helenistas com a autoridade dos sacerdotes. Mas no caminho de
A morte de Estêvão e a conversão de Paulo foram dois incidentes que indicaram que o
evangelho foi destinado a todos os homens, sejam os judeus ou sejam os gentios. Mais um sinal disso
foi a visão que Pedro teve antes do encontro com Cornélio. (Atos 10,11).
nome de Cristãos pela primeira vez. A cidade foi o local de onde foram enviados os primeiros
missionários - Paulo e Barnabé, e assim começaram as viagens de Paulo. Durante essas viagens ele
pregou aos judeus nas sinagogas primeiramente mas depois aos gentios e aos pagãos. Então dia após
dia o vínculo entre o cristianismo e o judaísmo ia se quebrado pouco a pouco. Entretanto, uma
polêmica se desenvolvia entre alguns lideres em Jerusalém e entre outros fora da cidade: A obrigação
Em Jerusalém um grupo disse que todos tinham que receber a circuncisão mas no outro lado
Paulo e Baranabé testemunhavam como os pagãos receberam o evangelho e eles insistiam que não era
obrigatório entrar no judaísmo. A posição de Paulo foi aceita mas Tiago conseguiu impor algumas
Paulo viajou mais uma vez para Macedonia, Filipos, Tessalônica. Ele passou alguns dias em
Atenas e de acordo com seu costume, pregava ao povo, sendo que nesse caso os filósofos. Só que
nessa vez ele tentava convencer os filósofos com suas próprias palavras para agradá-los e assim não
falou tanta sobre Jesus e a cruz. Ele fracassou e foi Corinto e lá, tinha aprendido a lição, pregava a
Sua terceira viagem o levou à Ásia e à Europa. Ele começava a enviar cartas as comunidades
já fundadas para incentivá-las, para corrigi-las e para fortalecê-las na sua fé. Essas comunidades
estavam enfrentando dificuldades e tinham muitas perguntas sobre a prática da fé Cristã. Perguntas
tais como: os relacionamentos entre escravos e proprietários; relacionamento entre esposa e marido;
como defender a fé diante de doutrinas falsas. As respostas de Paulo têm muita teologia e se servem
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Assim como suas cartas, a vida de Paulo era um grande exemplo aos novos convertidos.
Paulo mostrava com tudo que ele tinha que “o viver é Cristo”{Fil 1:21}. A coragem e a fraqueza de
A última viagem do Apósotlo o levou à Roma e à morte. Logo depois, Pedro foi assassinado
também e assim começava um período de perseguição imensa sob o governo Romano e o império de
Nero. No ano 70 o Templo foi destruído e finalmente a lei acabara e era mais um sinal do
universalíssimo do Evangelho. Nessa época os evangelhos de Marcos, Lucas, Mateus e, alguns anos
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A premira maneira em que o Império contribuiu foi com respeito a geografia. A Império se
estendia da África até a Europa. E assim o Império constituía o primeiro campo missionário e, com as
comunicações bem organizadas, ajudavam a expansão do Cristianismo. A “Pax Romana” era muito
importante porque facilitava a viagem por terra e por mar. No comercio era muito desenvolvido e
A segunda maneira foi a unificação da cultura. Dentro do império existia muitos povos que
conservavam os seus costumes, as suas línguas e as suas culturas. No meio dessas línguas duas eram
mais importantes: O Grego e o Latin. O Grego era a língua comum de todo o Oriente. A língua da
filosofia, dos mercadores e também a primeira língua da Igreja com a Septuaginta (versão grega das
Escrituras). O Latim era a língua de Roma e, depois, do Ocidente. Ela foi menos usada que o grego
mas sendo a língua da administração não era menos importante. Então no meio dessa “tapeçaria” de
culturas e povos, as duas línguas do grego e do latim facilitaram para comunicar o evangelho a todos.
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A terceira maneira foi a fome que existia pelas coisas espirituais. A mistura de culturas
naturalmente resultava em uma mistura de religiões e assim criava uma situação de sincretismo. Nessa
Portanto, o Império Romano facilitou uma expansão rápida do Cristianismo que não teria sido
possível antes.
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Nos campos a religião se constituía de cultos “naturistas” em que as forças misteriosas eram
adoradas. Forças tais como a natureza, o solo e as animais. Na cidade a religião era mais ‘sofisticada’
e os deuses da Grécia e de Roma eram adotados mas eles não satisfaziam o povo. Sob Augusto os
deuses assumiram mais importante e a participação do culto da cidade constituiu um ato de civismo.
O culto ao soberano tinha origem no Oriente, mas foi adotado pelo império Romano. No
início só foi obrigatório pelos magistrados e os soldados mas no século III ficou obrigatório para
todos. Os cristãos se recusaram a atribuir o título do Senhor a ninguém senão a Deus e a Cristo e foi
religiões antigas de maneira novo. De acordo com sua interpretação nova, os antigos deuses múltiplos
não eram mais que formas diferentes de se falar da divindade. Os seguidores dos estóicos tinham que
Mas todas essas religiões não satisfaziam as pessoas desprovidas: os escravos, soldados,
funcionários. Os deuses da cidade, e a natureza perderam seu interesse. Muitos desse grupo foram
em busca de consolo e assim de uma divindade capaz de oferecer isso. Porém essas pessoas levaram
para Roma as religiões dos seus próprios países - da Ásia menor e do Egito. Essa forma de religião
mais íntima era muito diferente dos cultos formais da cidade e tinham um sentido de estar salvo
porque “nos Mistérios, o próprio fiel morre e renasce para uma vida nova”3.
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O Cristianismo entrou no meio destas religiões mas ficou distinto. Não se fundiu com outras
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assunto?
A economia Romana foi fundada na escravidão por que o trabalho manual foi desprezado e
até em algumas cidades dois terços dos habitantes eram escravos. Portanto os escravos foram
considerados como mercadorias e logicamente não tinham nenhum direito. Eles não podiam se casar
nem ter posses. Suas vidas eram muito duras e sob o império Nero, o amo tinha o direito de vida e
de morte sobre seus escravos. Os estóicos exortavam o povo a ver os escravos como seres humanos
mas só a minoria dos escravos conseguiram liberdade. Eram homens e mulheres sem dignidade, sem
Na comunidade Cristã, todos os homens eram iguais diante de Deus e todo homem tinham
dignidade e valor aos olhos de Deus porque o filho de Deus morreu por eles. Os escravos eram
muitos sensíveis a essa mensagem. O Apóstolo Paulo ensinava que o trabalho manual tinha
dignidade (1Thess 4,11) e não havia nenhuma diferença entre os homens (Gal 3,28). Mas
Cristianismo tinha uma mensagem para os amos também: Eles deveriam agir com mais humanidade
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