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Lei do PAF-ECF: Quem paga o pato?

O Estado do Rio de janeiro deu mais um passo para o aumento da sua já enorme
arrecadação. Desta vez não é nenhum aumento de alíquota ou criação de um novo imposto,
mas a adesão a mecanismos de fiscalização e controle sem precedentes. Entenda a seguir a Lei
do PAF-ECF.

PAF é a abreviação de Programa Aplicativo Fiscal, enquanto ECF é Emissor de Cupom


Fiscal ou simplesmente Impressora Fiscal. O PAF tem como função controlar o envio de dados
e comandos para o ECF, como na emissão de um cupom fiscal, além de disponibilizar
funcionalidades ao fisco em eventuais fiscalizações. A lei do PAF-ECF é específica para o lojista
não havendo qualquer relação com a Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) ou Nota Fiscal Eletrônica de
Serviços (NFS-e).

Antes do advento do ATO COTEPE 06/08 e do Convênio ICMS 15/08 que


regulamentaram o uso de PAF-ECF em todo território nacional, era permitido o uso no Estado
do Rio de Janeiro de qualquer programa com ECF, dando margem a controles paralelos e
faturamento sem a emissão do respectivo cupom fiscal. A partir desta regulamentação passou
a se exigir que o programa que controla o ECF seja um PAF homologado, ou seja, passe por
blocos de testes e receba um laudo técnico atestando que todas as suas funcionalidades
atendem os requisitos impostos pela legislação, além de seu registro junto a SEFAZ/RJ.

A Resolução SEFAZ/RJ 341 de 29 de Outubro de 2010 regulamenta em seu primeiro


artigo: “A partir de 1.º de novembro de 2009 não será mais autorizado o uso de qualquer
equipamento Emissor de Cupom Fiscal (ECF) sem que o Programa Aplicativo Fiscal - PAF-ECF,
utilizado no modelo escolhido, esteja previamente cadastrado e autorizado para uso neste
Estado.” Ou seja, não se pode mais adquirir uma impressora fiscal sem que se possua um PAF
homologado.

A mesma resolução, em seu anexo, determina o prazo para que os contribuintes se


regularizem:
As principais mudanças no dia-a-dia do lojista com o advento da Lei do PAF-ECF são:

• DAV (Documento Auxiliar de Venda): orçamentos, ordens de serviço, pedidos ou


qualquer outro documento interno que descreva os produtos ou serviços, antes
da concretização da venda, devem seguir modelo pré-estabelecido, além de
constar em relatório e arquivo eletrônico de “DAV Emitidos” à disposição da
fiscalização através do PAF;

• Pré-Vendas não concretizadas: devem ser emitidas e canceladas


automaticamente pelo PAF no dia de movimento seguinte a sua criação;

• Menu Fiscal: à disposição da fiscalização deverá, entre outras funcionalidades,


emitir relatório e arquivo eletrônico: de estoque, de faturamento por caixa e
período, de meios de pagamento por período, de venda por período respeitando-
se os lay-outs do SINTEGRA e SPED FISCAL. Estar sempre disponível para acesso
através do PAF;

• Verificação de Serial e Grande Total: o PAF deve constantemente comparar o


número de série do fabricante do ECF e seu Grande Total (valor de faturamento
acumulado desde o primeiro dia de uso do ECF) com o número de série e Grande
Total armazenados em seu banco de dados. Em caso de divergência o PAF deve
imediatamente parar de funcionar. Esse requisito visa evitar a troca do ECF;

• Problemas técnicos com o ECF: caso o ECF apresente algum problema técnico, o
lojista deve providenciar seu reparo (intervenção técnica) e imediatamente iniciar
a emissão de notas fiscais manuais. Essas notas manuais devem ser digitadas no
PAF para que constem nos relatórios disponíveis ao fisco.

Esses são apenas alguns dos requisitos que a Lei do PAF-ECF nos obrigará a seguir, tendo tudo
para se tornar um marco arrecadatório para o estado, diminuindo bastante a sonegação fiscal.

Frente a essa realidade cabe apenas uma solução: a regulamentação.

Já passa da hora de cobrarmos a contra partida destes recursos. Vivemos um momento


eleitoral que deveria sinalizar mudanças. Não é o que vemos. O que vemos é a continuidade de
um Estado que, em todas as suas esferas, é uma máquina inchada, corrupta, assistencialista,
populista e ineficiente que só cria mecanismos para aumentar sua arrecadação e crescer cada
vez mais, esquecendo-se de que sua principal função é criar um ambiente de prosperidade
para a economia de mercado, e por conseqüência para a sociedade, com a redução dos
sufocantes impostos, oferta de educação básica e saúde de qualidade para todos. Mas essa
máquina faminta só pensa em si e vive para si precisando comer, e muito. E quem paga o
pato? Nós empresários!

Mini-curriculo: Marcos Soares é empresário.

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