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NO MERCADO DE TRABALHO
Belo Horizonte
Abril/2008
Aline Cristine de Oliveira
Rafael Cioletti
Françoise de Souza Silveira
Priscila Sanches Fagundes
Silma Aparecida Ferreira
Belo Horizonte
Abril/2008
Dedicamos este trabalho a quem não se atina
às barreiras tolas levantadas
pela sociedade.
A quem acredita sempre,
a quem avança confiante
e que faz a diferença.
AGRADECIMENTOS
Agradecemos a todos aqueles que fizeram deste pequeno passo uma grande
realização. Pelos sorrisos sinceros, pelos momentos insubstituíveis e pelos momentos de
ruínas e loucuras. Ao nosso orientador, querido Professor Artur Melo, àquele que nos
favoreceu com sua paciência e eficiência. A Deus, dizer que valeu à pena e que este
momento será inesquecível.
“Melhor é dar de si muito mais do que é pedido. É olhar para frente e enxergar
não um vazio, mas um espaço a preencher. Melhor é fazer mais, não por
reconhecimento, mas para se reconhecer melhor. Porque sozinho, por melhor que eu
seja, não mudo o resultado. Mas posso incentivar pessoas a mudar. E se for para mudar,
que seja sempre para o melhor.”
(Telê Santana)
RESUMO
1 – INTRODUÇÃO 8
2 – DESENVOLVIMENTO 9
2.1 – REFERENCIAL TEÓRICO 9
2.1.1 – O que é Trabalho? 9
2.1.2 – O que é deficiência? 9
2.1.3 – Diferenças entre “pessoa deficiente”, “pessoa portadora de deficiência” e
“pessoa com deficiência” 10
2.2 – Dificuldades de inclusão da pessoa com deficiência no mercado de trabalho 12
2.3 – Relação entre a pessoa com deficiência e a empresa 14
2.3.1 – Desenvolvimento de habilidades para compensar limitações 14
2.3.2 – Descriminação 15
3 – ANÁLISE DE DADOS 16
4 – CONCLUSÃO 18
RERERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 19
ANEXO - Principais leis, artigos e decretos da Constituição da República 20
Federativa do Brasil
QUESTIONÁRIO 24
1 INTRODUÇÃO
De acordo com Suzana Albornoz (2001), o trabalho é uma forma que o homem
encontrou com o objetivo de se incluir na sociedade podendo assim, suprir as necessidades.
Hoje o trabalho é um esforço planejado e coletivo, no contexto do mundo industrial na era da
automação.
Ao administrador não interessa as deficiências que uma pessoa possa ter, mas sim a
sua capacidade para o trabalho. Para integrar uma pessoa deficiente no mercado de trabalho,
após a sua profissionalização, é necessário apresentá-la como uma pessoa com deficiência,
com capacidade para o trabalho em virtude de um treinamento especializado, respeitadas as
suas limitações físicas, visuais, auditivas ou mentais.
Em todas as épocas e localidades, a pergunta que não quer calar tem sido esta, com
alguma variação: “Qual é o termo correto – portador de deficiência, pessoa portadora de
deficiência ou portador de necessidades especiais?”. Responder esta pergunta tão simples é
simplesmente trabalhoso, por incrível que possa parecer.
Começa-se por deixar bem claro que jamais houve ou haverá um único termo correto.
A razão disto reside no fato de que a cada época é utilizada termos cujo significado seja
compatível com os valores vigentes em cada sociedade enquanto esta evolui em seu
relacionamento com as pessoas que possuem este ou aquele tipo de deficiência.
Percorre-se, mesmo que superficialmente, a trajetória dos termos utilizados ao longo
da história da atenção às pessoas com deficiência, no Brasil.
A primeira nomenclatura utilizada foi “os inválidos”. O termo significava “indivíduos
sem valor”. Em pleno século 20, ainda utiliza-se este termo, embora já sem nenhum sentido
pejorativo. Aquele que tinha deficiência era tido como socialmente inútil (alguém sem valor
profissional).
Até aproximadamente 1960, o termo utilizado era “os incapacitados” e significava, de
início, “indivíduos sem capacidade” e, mais tarde, evoluiu e passou a significar “indivíduos
com capacidade residual”. Uma variação foi o termo “os incapazes”, que significava
“indivíduos que não são capazes” de fazer algumas coisas por causa da deficiência que
tinham.
No final da década de 50, foi fundada a Associação de Assistência à Criança
Defeituosa – AACD (hoje denominada Associação de Assistência à Criança Deficiente). Na
década de 50 surgiram as primeiras unidades da Associação de Pais e Amigos dos
Excepcionais (APEG). Entre 1960 e 1980, aproximadamente, “os defeituosos” significava
“indivíduos com deformidade” (principalmente física). “Os excepcionais” significavam
“indivíduos com deficiência intelectual”. O movimento mostrou que o termo “os
excepcionais” não poderia referir-se exclusivamente aos que tinham deficiência intelectual,
pois as pessoas superdotadas também são excepcionais por estarem na outra ponta da curva da
inteligência humana.
De 1981 a 1987, aproximadamente, era utilizado o termo “pessoas deficientes”. Pela
primeira vez em todo o mundo, o substantivo “deficiente” (como em “os deficientes”) passou
a ser utilizado como adjetivo, sendo-lhe acrescentado o substantivo “pessoas”. A partir de
1981, nunca mais se utilizou a palavra “indivíduos” para se referir às pessoas com deficiência.
De 1988 a 1993, aproximadamente, alguns líderes de organizações de pessoas com
deficiência contestaram o termo “pessoa deficiente” alegando que ele sinaliza que a pessoa
inteira é deficiente, o que era inaceitável para eles. Passou-se a utilizar então, o termo
“pessoas portadoras de deficiência”, que é utilizado somente em países de língua portuguesa,
e foi proposta para substituir o termo “pessoa deficiente”. Pela lei do menor esforço, logo
reduziram este termo para “portadores de deficiência”. O “portador de deficiência” passou a
ser um valor agregado à pessoa. A deficiência passou a ser um detalhe da pessoa.
De 1990, aproximadamente, até os dias de hoje, o artigo 5º da Resolução CNE/CEB nº
2, de 11/09/01, explica que as necessidades especiais decorrem de três situações, uma das
quais envolvendo dificuldades vinculadas a deficiências e dificuldades não vinculadas a uma
causa orgânica. “Pessoas com necessidades especiais”, surgiu primeiramente para substituir
“deficiência” por “necessidades especiais”. Daí a expressão “portadores de necessidades
especiais”. Depois, esse termo passou a ter significado próprio sem substituir o nome
“pessoas com deficiência”. De início, “necessidades especiais” representava apenas um novo
termo.
Também nesta época, surgiram expressões como “crianças especiais”, “alunos
especiais”, pacientes especiais” e assim por diante numa tentativa de amenizar a contundência
da palavra “deficientes”. O termo “pessoas especiais” apareceu como uma forma reduzida da
expressão “pessoas com necessidades especiais”. O adjetivo “especiais” permanece como
uma simples palavra, sem agregar valor diferenciado às pessoas com deficiência. O “especial”
não é qualificativo exclusivo das pessoas que têm deficiência, pois ele se aplica a qualquer
pessoa.
Hoje, “pessoas com deficiência”, passa a ser o termo preferido por um número cada
vez maior de adeptos, boa parte dos quais é constituída por pessoas com deficiência. Elas
esclareceram que não são “portadoras de deficiência” e que não querem ser chamadas com tal
nome.
Atualmente, existem várias formas de lidar com os deficientes, como por exemplo:
• Não esconder ou camuflar a deficiência;
• Não aceitar o consolo da falsa idéia de que todo mundo tem deficiência;
• Mostrar com dignidade a realidade da deficiência;
• Valorizar as diferenças e necessidades decorrentes da deficiência.
A contratação de pessoas com deficiência deve ser vista como qualquer outra. Eis que
se espera do trabalhador nessas condições profissionalismo, dedicação e assiduidade. Enfim,
atributos ínsitos a qualquer empregado. As organizações de pessoas com deficiência detêm
um conhecimento acumulado há décadas acerca das potencialidades das pessoas com
deficiência e dos métodos para sua profissionalização. Recente alteração legal (Lei nº
11.180/05) possibilita a formalização de contratos de aprendizagem para pessoas com
deficiência, sem limite máximo de idade, sendo possível a combinação de esforços entre as
empresas e as instituições mencionadas (Lei nº 10.097/00).
A equipe que efetua a seleção deve estar preparada para viabilizar a contratação desse
segmento. Principalmente, precisa ser claro que as exigências a serem feitas devem estar
adequadas às peculiaridades que caracterizam as pessoas com deficiência. Se isto não ocorrer
vai ser exigido um perfil de candidato sem qualquer tipo de restrição, o que acaba por
inviabilizar a contratação dessas pessoas. Como tal pode configurar uma espécie de fraude
contra a Lei de Cotas, que foi criada justamente para abrir o mercado de trabalho para um
segmento que não consegue competir em igualdade de condições com as demais pessoas (art.
36, alínea “c”, da Recomendação nº 168 da OIT, c/c item 4 do Repertório de
Recomendações.
2.3.1 Desenvolvimento de habilidades para compensar limitações
É estereótipo afirmar que uma pessoa com deficiência desenvolve habilidades para
compensar suas limitações. Cada uma delas tem a sua individualidade e não pode ser tratada
de forma genérica. Assim, se algumas têm algum dos sentidos mais desenvolvidos para
compensar uma limitação esta não é uma regra geral. Não podendo, portanto, ser este um
requisito para a sua inserção no trabalho (art. 3º da Declaração dos Direitos das Pessoas
Portadoras de Deficiência).
Henry Ford (1920), diz que um cego ou um mutilado é capaz, colocado num posto
conveniente, de efetuar o mesmo trabalho e ganhar o mesmo salário que um homem normal.
Para a perfeita integração do empregado com deficiência no ambiente de trabalho, é
importante que a empresa desenvolva um processo de acompanhamento do empregado com
deficiência visando sua integração com os colegas e chefia e adaptação às rotinas de trabalho.
Para tal, tanto o empregado como a chefia, devem ser questionados sobre as questões
suscitadas com o ingresso do novo empregado. Muitas vezes o próprio empregado vai sugerir
adaptações no seu posto de trabalho e o chefe, orientado e apoiado nas dificuldades relatadas,
poderá encontrar a solução para melhorar a realização das rotinas. A empresa deverá
providenciar a adequação dos meios e recursos para o bom desempenho do trabalho,
considerando suas limitações. Os apoios especiais são elementos (orientação, supervisão e
ajudas técnicas, dentre outros) que auxiliam ou permitem compensar uma ou mais limitações
funcionais motoras, sensoriais ou mentais da pessoa com deficiência, de modo a superar as
barreiras da mobilidade e da comunicação, possibilitando a plena utilização de suas
capacidades em condições de normalidade (Instrução Normativa nº 20/01, da Secretaria de
Inspeção do Trabalho/MTE). Como exemplos de apoios especiais têm-se: as tecnologias de
acesso ao computador e à Internet para pessoas com deficiência visual e motora,
sintetizadores de voz, livros falados, sinalização e alarmes sonoros e luminosos, folheadores
eletrônicos para tetraplégicos, serviço de impressão em Braille, serviço de mensagem e
vibracall em telefones para deficientes auditivos, banheiros adaptados para cadeirantes,
corrimão nas paredes para facilitar a locomoção de deficientes visuais, etc.
2.3.2 Descriminação
3 ANÁLISE DE DADOS
Esta pesquisa de campo foi elaborada com 11 pessoas que possuem algum tipo de
deficiência. As perguntas foram previamente formuladas e estruturadas, abaixo o gráfico
baseado nas respostas.
Gráfico 1
Ques tão 1; 2%
Ques tão 7; 13%
Ques tão 3; 11%
Lei Federal 7.853, de 24 de outubro de 1989, que dispõe sobre as pessoas portadoras de
deficiência e sua integração social e sobre a Coordenadoria Nacional para Integração da
Pessoa Portadora de Deficiência (CORDE), institui a tutela jurisdicional de interesses
coletivos ou difusos dessas pessoas, disciplina a atuação do Ministério Público, define crimes
e dá outras providências.
Lei 8.212, de 24 de julho de 1991, que confere poderes ao Poder Executivo para estabelecer
mecanismos de estímulo para a contratação, pelas empresas, de pessoas portadoras de
deficiência.
Lei 8.213, de 24 de julho de 1991, que fixa um percentual dos cargos das empresas para ser
preenchido por pessoas portadoras de deficiência.
Decreto 28.004, de 21 de agosto de 1989, que dispõe sobre a criação, junto à Secretaria dos
Negócios Extraordinários, do Conselho Municipal da Pessoa Deficiente - CMPD e dá outras
providências.
1 – Em algum momento você se exclui de seu convívio social por se sentir diferente?
3 – Você pratica algum exercício físico? Há quanto tempo? Isso te ajudou a superar seus
próprios limites?
6 – Você se capacitou antes de conseguir o seu primeiro emprego? Pretende fazer novos
cursos para ampliar seu campo de conhecimento?