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Título I
Capítulo Único
Art. 1o Esta Lei institui o Regime Jurídico dos Servidores Públicos Civis da
União, das autarquias, inclusive as em regime especial, e das fundações públicas
federais.
Art. 2o Para os efeitos desta Lei, servidor é a pessoa legalmente investida em cargo
público.
Título II
Capítulo I
Do Provimento
Seção I
Disposições Gerais
I - a nacionalidade brasileira;
II - o gozo dos direitos políticos;
I - nomeação;
II - promoção;
V - readaptação;
VI - reversão;
VII - aproveitamento;
VIII - reintegração;
IX - recondução.
Seção II
Da Nomeação
Seção III
Do Concurso Público
Art. 11. O concurso será de provas ou de provas e títulos, podendo ser realizado
em duas etapas, conforme dispuserem a lei e o regulamento do respectivo plano de
carreira, condicionada a inscrição do candidato ao pagamento do valor fixado no edital,
quando indispensável ao seu custeio, e ressalvadas as hipóteses de isenção nele
expressamente previstas.(Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) (Regulamento)
Art. 12. O concurso público terá validade de até 2 (dois ) anos, podendo ser
prorrogado uma única vez, por igual período.
Seção IV
Da Posse e do Exercício
Art. 13. A posse dar-se-á pela assinatura do respectivo termo, no qual deverão
constar as atribuições, os deveres, as responsabilidades e os direitos inerentes ao cargo
ocupado, que não poderão ser alterados unilateralmente, por qualquer das partes,
ressalvados os atos de ofício previstos em lei.
§ 6o Será tornado sem efeito o ato de provimento se a posse não ocorrer no prazo
previsto no § 1o deste artigo.
Art. 14. A posse em cargo público dependerá de prévia inspeção médica oficial.
Parágrafo único. Só poderá ser empossado aquele que for julgado apto física e
mentalmente para o exercício do cargo.
§ 2o O servidor será exonerado do cargo ou será tornado sem efeito o ato de sua
designação para função de confiança, se não entrar em exercício nos prazos previstos
neste artigo, observado o disposto no art. 18. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de
10.12.97)
Art. 17. A promoção não interrompe o tempo de exercício, que é contado no novo
posicionamento na carreira a partir da data de publicação do ato que promover o
servidor. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
Art. 18. O servidor que deva ter exercício em outro município em razão de ter sido
removido, redistribuído, requisitado, cedido ou posto em exercício provisório terá, no
mínimo, dez e, no máximo, trinta dias de prazo, contados da publicação do ato, para a
retomada do efetivo desempenho das atribuições do cargo, incluído nesse prazo o tempo
necessário para o deslocamento para a nova sede. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de
10.12.97)
Seção V
Da Estabilidade
Seção VI
Da Transferência
Seção VII
Da Readaptação
Art. 24. Readaptação é a investidura do servidor em cargo de atribuições e
responsabilidades compatíveis com a limitação que tenha sofrido em sua capacidade
física ou mental verificada em inspeção médica.
Seção VIII
Da Reversão
(Regulamento Dec. nº 3.644, de 30.11.2000)
Art. 27. Não poderá reverter o aposentado que já tiver completado 70 (setenta)
anos de idade.
Seção IX
Da Reintegração
Seção X
Da Recondução
Seção XI
Da Disponibilidade e do Aproveitamento
Art. 30. O retorno à atividade de servidor em disponibilidade far-se-á mediante
aproveitamento obrigatório em cargo de atribuições e vencimentos compatíveis com o
anteriormente ocupado.
Capítulo II
Da Vacância
I - exoneração;
II - demissão;
III - promoção;
VI - readaptação;
VII - aposentadoria;
IX - falecimento.
Capítulo III
Da Remoção e da Redistribuição
Seção I
Da Remoção
Parágrafo único. Para fins do disposto neste artigo, entende-se por modalidades de
remoção: (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
Seção II
Da Redistribuição
Art. 37. Redistribuição é o deslocamento de cargo de provimento efetivo, ocupado
ou vago no âmbito do quadro geral de pessoal, para outro órgão ou entidade do mesmo
Poder, com prévia apreciação do órgão central do SIPEC, observados os seguintes
preceitos: (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
III - manutenção da essência das atribuições do cargo; (Incluído pela Lei nº 9.527,
de 10.12.97)
Capítulo IV
Da Substituição
Título III
Capítulo I
Do Vencimento e da Remuneração
Art. 43. (Revogado pela Lei nº 9.624, de 2.4.98) (Vide Lei nº 9.624, de 2.4.98)
Art. 45. Salvo por imposição legal, ou mandado judicial, nenhum desconto incidirá
sobre a remuneração ou provento. (Regulamento)
§ 1o O valor de cada parcela não poderá ser inferior ao correspondente a dez por
cento da remuneração, provento ou pensão. (Redação dada pela Medida Provisória nº
2.225-45, de 4.9.2001)
Art. 47. O servidor em débito com o erário, que for demitido, exonerado ou que
tiver sua aposentadoria ou disponibilidade cassada, terá o prazo de sessenta dias para
quitar o débito. (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)
Parágrafo único. A não quitação do débito no prazo previsto implicará sua
inscrição em dívida ativa. (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.225-45, de
4.9.2001)
Capítulo II
Das Vantagens
I - indenizações;
II - gratificações;
III - adicionais.
Art. 50. As vantagens pecuniárias não serão computadas, nem acumuladas, para
efeito de concessão de quaisquer outros acréscimos pecuniários ulteriores, sob o mesmo
título ou idêntico fundamento.
Seção I
Das Indenizações
I - ajuda de custo;
II - diárias;
III - transporte.
Art. 52. Os valores das indenizações estabelecidas nos incisos I a III do art. 51,
assim como as condições para a sua concessão, serão estabelecidos em regulamento.
(Redação dada pela Lei nº 11.355, de 2006)
Subseção I
Da Ajuda de Custo
§ 2o À família do servidor que falecer na nova sede são assegurados ajuda de custo
e transporte para a localidade de origem, dentro do prazo de 1 (um) ano, contado do
óbito.
Art. 55. Não será concedida ajuda de custo ao servidor que se afastar do cargo, ou
reassumi-lo, em virtude de mandato eletivo.
Art. 56. Será concedida ajuda de custo àquele que, não sendo servidor da União,
for nomeado para cargo em comissão, com mudança de domicílio.
Subseção II
Das Diárias
§ 1o A diária será concedida por dia de afastamento, sendo devida pela metade
quando o deslocamento não exigir pernoite fora da sede, ou quando a União custear, por
meio diverso, as despesas extraordinárias cobertas por diárias.(Redação dada pela Lei nº
9.527, de 10.12.97)
Art. 59. O servidor que receber diárias e não se afastar da sede, por qualquer
motivo, fica obrigado a restituí-las integralmente, no prazo de 5 (cinco) dias.
Subseção III
Da Indenização de Transporte
Subseção IV
Do Auxílio-Moradia
(Incluído pela Lei nº 11.355, de 2006)
I - não exista imóvel funcional disponível para uso pelo servidor; (Incluído pela
Lei nº 11.355, de 2006)
III - o servidor ou seu cônjuge ou companheiro não seja ou tenha sido proprietário,
promitente comprador, cessionário ou promitente cessionário de imóvel no Município
aonde for exercer o cargo, incluída a hipótese de lote edificado sem averbação de
construção, nos doze meses que antecederem a sua nomeação; (Incluído pela Lei nº
11.355, de 2006)
VII - o servidor não tenha sido domiciliado ou tenha residido no Município, nos
últimos doze meses, aonde for exercer o cargo em comissão ou função de confiança,
desconsiderando-se prazo inferior a sessenta dias dentro desse período; e (Incluído pela
Lei nº 11.355, de 2006)
Parágrafo único. Para fins do inciso VII, não será considerado o prazo no qual o
servidor estava ocupando outro cargo em comissão relacionado no inciso V. (Incluído
pela Lei nº 11.355, de 2006)
Art. 60-C. O auxílio-moradia não será concedido por prazo superior a 8 (oito)
anos dentro de cada período de 12 (doze) anos. (Incluído pela Lei nº 11.784, de 2008
Art. 60-D. O valor mensal do auxílio-moradia é limitado a 25% (vinte e cinco por
cento) do valor do cargo em comissão, função comissionada ou cargo de Ministro de
Estado ocupado. (Incluído pela Lei nº 11.784, de 2008
§ 1o O valor do auxílio-moradia não poderá superar 25% (vinte e cinco por cento)
da remuneração de Ministro de Estado. (Incluído pela Lei nº 11.784, de 2008
Seção II
II - gratificação natalina;
VI - adicional noturno;
Subseção I
Parágrafo único. A VPNI de que trata o caput deste artigo somente estará sujeita
às revisões gerais de remuneração dos servidores públicos federais. (Incluído pela
Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)
Subseção II
Da Gratificação Natalina
Art. 63. A gratificação natalina corresponde a 1/12 (um doze avos) da
remuneração a que o servidor fizer jus no mês de dezembro, por mês de exercício no
respectivo ano.
Art. 64. A gratificação será paga até o dia 20 (vinte) do mês de dezembro de cada
ano.
Art. 66. A gratificação natalina não será considerada para cálculo de qualquer
vantagem pecuniária.
Subseção III
Subseção IV
Subseção V
Art. 74. Somente será permitido serviço extraordinário para atender a situações
excepcionais e temporárias, respeitado o limite máximo de 2 (duas) horas por jornada.
Subseção VI
Do Adicional Noturno
Subseção VII
Do Adicional de Férias
Art. 76. Independentemente de solicitação, será pago ao servidor, por ocasião das
férias, um adicional correspondente a 1/3 (um terço) da remuneração do período das
férias.
Subseção VIII
II - a retribuição não poderá ser superior ao equivalente a 120 (cento e vinte) horas
de trabalho anuais, ressalvada situação de excepcionalidade, devidamente justificada e
previamente aprovada pela autoridade máxima do órgão ou entidade, que poderá
autorizar o acréscimo de até 120 (cento e vinte) horas de trabalho anuais; (Incluído pela
Lei nº 11.314 de 2006)
b) 1,2% (um inteiro e dois décimos por cento), em se tratando de atividade prevista
nos incisos III e IV do caput deste artigo. (Redação dada pela Lei nº 11.501, de 2007)
Capítulo III
Das Férias
Art. 77. O servidor fará jus a trinta dias de férias, que podem ser acumuladas, até o
máximo de dois períodos, no caso de necessidade do serviço, ressalvadas as hipóteses
em que haja legislação específica. (Redação dada pela Lei nº 9.525, de 10.12.97)
(Férias de Ministro - Vide)
§ 3o As férias poderão ser parceladas em até três etapas, desde que assim
requeridas pelo servidor, e no interesse da administração pública. (Incluído pela Lei nº
9.525, de 10.12.97)
Art. 78. O pagamento da remuneração das férias será efetuado até 2 (dois) dias
antes do início do respectivo período, observando-se o disposto no § 1o deste artigo.
(Férias de Ministro - Vide)
Art. 80. As férias somente poderão ser interrompidas por motivo de calamidade
pública, comoção interna, convocação para júri, serviço militar ou eleitoral, ou por
necessidade do serviço declarada pela autoridade máxima do órgão ou
entidade.(Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) (Férias de Ministro - Vide)
Capítulo IV
Das Licenças
Seção I
Disposições Gerais
§ 1o A licença prevista no inciso I do caput deste artigo bem como cada uma de
suas prorrogações serão precedidas de exame por perícia médica oficial, observado o
disposto no art. 204 desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 11.907, de 2009)
Seção II
Art. 83. Poderá ser concedida licença ao servidor por motivo de doença do
cônjuge ou companheiro, dos pais, dos filhos, do padrasto ou madrasta e enteado, ou
dependente que viva a suas expensas e conste do seu assentamento funcional, mediante
comprovação por perícia médica oficial. (Redação dada pela Lei nº 11.907, de 2009)
§ 1o A licença somente será deferida se a assistência direta do servidor for
indispensável e não puder ser prestada simultaneamente com o exercício do cargo ou
mediante compensação de horário, na forma do disposto no inciso II do art. 44.
(Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
II - por até noventa dias, consecutivos ou não, sem remuneração. (Incluído pela
Medida Provisória nº 479, de 2009)
Seção III
Art. 84. Poderá ser concedida licença ao servidor para acompanhar cônjuge ou
companheiro que foi deslocado para outro ponto do território nacional, para o exterior
ou para o exercício de mandato eletivo dos Poderes Executivo e Legislativo.
Seção IV
Art. 85. Ao servidor convocado para o serviço militar será concedida licença, na
forma e condições previstas na legislação específica.
Parágrafo único. Concluído o serviço militar, o servidor terá até 30 (trinta) dias
sem remuneração para reassumir o exercício do cargo.
Seção V
Art. 86. O servidor terá direito a licença, sem remuneração, durante o período que
mediar entre a sua escolha em convenção partidária, como candidato a cargo eletivo, e a
véspera do registro de sua candidatura perante a Justiça Eleitoral.
Seção VI
Art. 87. Após cada qüinqüênio de efetivo exercício, o servidor poderá, no interesse
da Administração, afastar-se do exercício do cargo efetivo, com a respectiva
remuneração, por até três meses, para participar de curso de capacitação profissional.
(Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
Seção VII
I - para entidades com até 5.000 associados, um servidor; (Inciso incluído pela Lei
nº 9.527, de 10.12.97)
II - para entidades com 5.001 a 30.000 associados, dois servidores; (Inciso incluído
pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
III - para entidades com mais de 30.000 associados, três servidores. (Inciso
incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
Capítulo V
Dos Afastamentos
Seção I
Art. 93. O servidor poderá ser cedido para ter exercício em outro órgão ou entidade
dos Poderes da União, dos Estados, ou do Distrito Federal e dos Municípios, nas
seguintes hipóteses: (Redação dada pela Lei nº 8.270, de 17.12.91) (Regulamento)
(Vide Decreto nº 4.493, de 3.12.2002) (Regulamento)
Seção II
Seção III
Art. 95. O servidor não poderá ausentar-se do País para estudo ou missão oficial,
sem autorização do Presidente da República, Presidente dos Órgãos do Poder
Legislativo e Presidente do Supremo Tribunal Federal.
Seção IV
(Incluído pela Lei nº 11.907, de 2009)
§ 6o Caso o servidor não obtenha o título ou grau que justificou seu afastamento
no período previsto, aplica-se o disposto no § 5o deste artigo, salvo na hipótese
comprovada de força maior ou de caso fortuito, a critério do dirigente máximo do órgão
ou entidade. (Incluído pela Lei nº 11.907, de 2009)
Capítulo VI
Das Concessões
Capítulo VII
Do Tempo de Serviço
Art. 100. É contado para todos os efeitos o tempo de serviço público federal,
inclusive o prestado às Forças Armadas.
Art. 101. A apuração do tempo de serviço será feita em dias, que serão convertidos
em anos, considerado o ano como de trezentos e sessenta e cinco dias.
Art. 102. Além das ausências ao serviço previstas no art. 97, são considerados
como de efetivo exercício os afastamentos em virtude de:
I - férias;
VIII - licença:
VII - o tempo de licença para tratamento da própria saúde que exceder o prazo a
que se refere a alínea "b" do inciso VIII do art. 102. (Incluído pela Lei nº 9.527, de
10.12.97)
§ 1o O tempo em que o servidor esteve aposentado será contado apenas para nova
aposentadoria.
Capítulo VIII
Do Direito de Petição
Art. 106. Cabe pedido de reconsideração à autoridade que houver expedido o ato
ou proferido a primeira decisão, não podendo ser renovado.
Art. 109. O recurso poderá ser recebido com efeito suspensivo, a juízo da
autoridade competente.
II - em 120 (cento e vinte) dias, nos demais casos, salvo quando outro prazo for
fixado em lei.
Art. 112. A prescrição é de ordem pública, não podendo ser relevada pela
administração.
Art. 114. A administração deverá rever seus atos, a qualquer tempo, quando
eivados de ilegalidade.
Art. 115. São fatais e improrrogáveis os prazos estabelecidos neste Capítulo, salvo
motivo de força maior.
Título IV
Do Regime Disciplinar
Capítulo I
Dos Deveres
Parágrafo único. A representação de que trata o inciso XII será encaminhada pela
via hierárquica e apreciada pela autoridade superior àquela contra a qual é formulada,
assegurando-se ao representando ampla defesa.
Capítulo II
Das Proibições
Art. 117. Ao servidor é proibido: (Vide Medida Provisória nº 2.225-45, de
4.9.2001)
VIII - manter sob sua chefia imediata, em cargo ou função de confiança, cônjuge,
companheiro ou parente até o segundo grau civil;
XVII - cometer a outro servidor atribuições estranhas ao cargo que ocupa, exceto
em situações de emergência e transitórias;
XVIII - exercer quaisquer atividades que sejam incompatíveis com o exercício do
cargo ou função e com o horário de trabalho;
XIX - recusar-se a atualizar seus dados cadastrais quando solicitado. (Incluído pela
Lei nº 9.527, de 10.12.97)
Parágrafo único. A vedação de que trata o inciso X do caput deste artigo não se
aplica nos seguintes casos: (Incluído pela Lei nº 11.784, de 2008
Capítulo III
Da Acumulação
Art. 119. O servidor não poderá exercer mais de um cargo em comissão, exceto no
caso previsto no parágrafo único do art. 9o, nem ser remunerado pela participação em
órgão de deliberação coletiva. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica à remuneração devida pela
participação em conselhos de administração e fiscal das empresas públicas e sociedades
de economia mista, suas subsidiárias e controladas, bem como quaisquer empresas ou
entidades em que a União, direta ou indiretamente, detenha participação no capital
social, observado o que, a respeito, dispuser legislação específica. (Redação dada pela
Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)
Art. 120. O servidor vinculado ao regime desta Lei, que acumular licitamente dois
cargos efetivos, quando investido em cargo de provimento em comissão, ficará afastado
de ambos os cargos efetivos, salvo na hipótese em que houver compatibilidade de
horário e local com o exercício de um deles, declarada pelas autoridades máximas dos
órgãos ou entidades envolvidos.(Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
Capítulo IV
Das Responsabilidades
Capítulo V
Das Penalidades
I - advertência;
II - suspensão;
III - demissão;
Art. 129. A advertência será aplicada por escrito, nos casos de violação de
proibição constante do art. 117, incisos I a VIII e XIX, e de inobservância de dever
funcional previsto em lei, regulamentação ou norma interna, que não justifique
imposição de penalidade mais grave. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
Art. 130. A suspensão será aplicada em caso de reincidência das faltas punidas
com advertência e de violação das demais proibições que não tipifiquem infração sujeita
a penalidade de demissão, não podendo exceder de 90 (noventa) dias.
II - abandono de cargo;
IV - improbidade administrativa;
XI - corrupção;
§ 2o A comissão lavrará, até três dias após a publicação do ato que a constituiu,
termo de indiciação em que serão transcritas as informações de que trata o parágrafo
anterior, bem como promoverá a citação pessoal do servidor indiciado, ou por
intermédio de sua chefia imediata, para, no prazo de cinco dias, apresentar defesa
escrita, assegurando-se-lhe vista do processo na repartição, observado o disposto nos
arts. 163 e 164. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
§ 5o A opção pelo servidor até o último dia de prazo para defesa configurará sua
boa-fé, hipótese em que se converterá automaticamente em pedido de exoneração do
outro cargo. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
Art. 135. A destituição de cargo em comissão exercido por não ocupante de cargo
efetivo será aplicada nos casos de infração sujeita às penalidades de suspensão e de
demissão.
Art. 136. A demissão ou a destituição de cargo em comissão, nos casos dos incisos
IV, VIII, X e XI do art. 132, implica a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao
erário, sem prejuízo da ação penal cabível.
Parágrafo único. Não poderá retornar ao serviço público federal o servidor que for
demitido ou destituído do cargo em comissão por infringência do art. 132, incisos I, IV,
VIII, X e XI.
Art. 139. Entende-se por inassiduidade habitual a falta ao serviço, sem causa
justificada, por sessenta dias, interpoladamente, durante o período de doze meses.
Art. 140. Na apuração de abandono de cargo ou inassiduidade habitual, também
será adotado o procedimento sumário a que se refere o art. 133, observando-se
especialmente que: (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
Título V
Capítulo I
Disposições Gerais
Art. 144. As denúncias sobre irregularidades serão objeto de apuração, desde que
contenham a identificação e o endereço do denunciante e sejam formuladas por escrito,
confirmada a autenticidade.
I - arquivamento do processo;
Art. 146. Sempre que o ilícito praticado pelo servidor ensejar a imposição de
penalidade de suspensão por mais de 30 (trinta) dias, de demissão, cassação de
aposentadoria ou disponibilidade, ou destituição de cargo em comissão, será obrigatória
a instauração de processo disciplinar.
Capítulo II
Do Afastamento Preventivo
Art. 147. Como medida cautelar e a fim de que o servidor não venha a influir na
apuração da irregularidade, a autoridade instauradora do processo disciplinar
poderá determinar o seu afastamento do exercício do cargo, pelo prazo de até 60
(sessenta) dias, sem prejuízo da remuneração.
Parágrafo único. O afastamento poderá ser prorrogado por igual prazo, findo o qual
cessarão os seus efeitos, ainda que não concluído o processo.
Capítulo III
Do Processo Disciplinar
Art. 149. O processo disciplinar será conduzido por comissão composta de três
servidores estáveis designados pela autoridade competente, observado o disposto no
§ 3o do art. 143, que indicará, dentre eles, o seu presidente, que deverá ser ocupante de
cargo efetivo superior ou de mesmo nível, ou ter nível de escolaridade igual ou superior
ao do indiciado. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
III - julgamento.
Seção I
Do Inquérito
Art. 158. O depoimento será prestado oralmente e reduzido a termo, não sendo
lícito à testemunha trazê-lo por escrito.
Art. 160. Quando houver dúvida sobre a sanidade mental do acusado, a comissão
proporá à autoridade competente que ele seja submetido a exame por junta médica
oficial, da qual participe pelo menos um médico psiquiatra.
Art. 163. Achando-se o indiciado em lugar incerto e não sabido, será citado por
edital, publicado no Diário Oficial da União e em jornal de grande circulação na
localidade do último domicílio conhecido, para apresentar defesa.
Parágrafo único. Na hipótese deste artigo, o prazo para defesa será de 15 (quinze)
dias a partir da última publicação do edital.
Seção II
Do Julgamento
§ 2o A autoridade julgadora que der causa à prescrição de que trata o art. 142, § 2o,
será responsabilizada na forma do Capítulo IV do Título IV.
Art. 171. Quando a infração estiver capitulada como crime, o processo disciplinar
será remetido ao Ministério Público para instauração da ação penal, ficando trasladado
na repartição.
Art. 172. O servidor que responder a processo disciplinar só poderá ser exonerado
a pedido, ou aposentado voluntariamente, após a conclusão do processo e o
cumprimento da penalidade, acaso aplicada.
Seção III
Da Revisão do Processo
Art. 174. O processo disciplinar poderá ser revisto, a qualquer tempo, a pedido ou
de ofício, quando se aduzirem fatos novos ou circunstâncias suscetíveis de justificar a
inocência do punido ou a inadequação da penalidade aplicada.
§ 1o Em caso de falecimento, ausência ou desaparecimento do servidor, qualquer
pessoa da família poderá requerer a revisão do processo.
Parágrafo único. Na petição inicial, o requerente pedirá dia e hora para a produção
de provas e inquirição das testemunhas que arrolar.
Art. 179. A comissão revisora terá 60 (sessenta) dias para a conclusão dos
trabalhos.
Art. 181. O julgamento caberá à autoridade que aplicou a penalidade, nos termos
do art. 141.
Art. 182. Julgada procedente a revisão, será declarada sem efeito a penalidade
aplicada, restabelecendo-se todos os direitos do servidor, exceto em relação à
destituição do cargo em comissão, que será convertida em exoneração.
Título VI
Capítulo I
Disposições Gerais
Art. 183. A União manterá Plano de Seguridade Social para o servidor e sua
família.
§ 4o O recolhimento de que trata o § 3o deve ser efetuado até o segundo dia útil
após a data do pagamento das remunerações dos servidores públicos, aplicando-se os
procedimentos de cobrança e execução dos tributos federais quando não recolhidas na
data de vencimento. (Incluído pela Lei nº 10.667, de 14.5.2003)
Art. 184. O Plano de Seguridade Social visa a dar cobertura aos riscos a que estão
sujeitos o servidor e sua família, e compreende um conjunto de benefícios e ações que
atendam às seguintes finalidades:
I - quanto ao servidor:
a) aposentadoria;
b) auxílio-natalidade;
c) salário-família;
g) assistência à saúde;
II - quanto ao dependente:
b) auxílio-funeral;
c) auxílio-reclusão;
d) assistência à saúde.
Capítulo II
Dos Benefícios
Seção I
Da Aposentadoria
III - voluntariamente:
a) aos 35 (trinta e cinco) anos de serviço, se homem, e aos 30 (trinta) se mulher,
com proventos integrais;
Art. 187. A aposentadoria compulsória será automática, e declarada por ato, com
vigência a partir do dia imediato àquele em que o servidor atingir a idade-limite de
permanência no serviço ativo.
Art. 191. Quando proporcional ao tempo de serviço, o provento não será inferior a
1/3 (um terço) da remuneração da atividade.
Art. 194. Ao servidor aposentado será paga a gratificação natalina, até o dia vinte
do mês de dezembro, em valor equivalente ao respectivo provento, deduzido o
adiantamento recebido.
Seção II
Do Auxílio-Natalidade
Seção III
Do Salário-Família
Art. 199. Quando o pai e mãe forem servidores públicos e viverem em comum, o
salário-família será pago a um deles; quando separados, será pago a um e outro, de
acordo com a distribuição dos dependentes.
Art. 200. O salário-família não está sujeito a qualquer tributo, nem servirá de base
para qualquer contribuição, inclusive para a Previdência Social.
Seção IV
Art. 202. Será concedida ao servidor licença para tratamento de saúde, a pedido ou
de ofício, com base em perícia médica, sem prejuízo da remuneração a que fizer jus.
Art. 203. A licença de que trata o art. 202 desta Lei será concedida com base em
perícia oficial. (Redação dada pela Lei nº 11.907, de 2009)
§ 5o A perícia oficial para concessão da licença de que trata o caput deste artigo,
bem como nos demais casos de perícia oficial previstos nesta Lei, será efetuada por
cirurgiões-dentistas, nas hipóteses em que abranger o campo de atuação da odontologia.
(Incluído pela Lei nº 11.907, de 2009)
Art. 204. A licença para tratamento de saúde inferior a 15 (quinze) dias, dentro de
1 (um) ano, poderá ser dispensada de perícia oficial, na forma definida em regulamento.
(Redação dada pela Lei nº 11.907, de 2009)
Art. 206. O servidor que apresentar indícios de lesões orgânicas ou funcionais será
submetido a inspeção médica.
Art. 206-A. O servidor será submetido a exames médicos periódicos, nos termos e
condições definidos em regulamento. (Incluído pela Lei nº 11.907, de 2009)
(Regulamento).
Seção V
Art. 207. Será concedida licença à servidora gestante por 120 (cento e vinte) dias
consecutivos, sem prejuízo da remuneração. (Vide Decreto nº 6.690, de 2008)
§ 1o A licença poderá ter início no primeiro dia do nono mês de gestação, salvo
antecipação por prescrição médica.
Art. 209. Para amamentar o próprio filho, até a idade de seis meses, a servidora
lactante terá direito, durante a jornada de trabalho, a uma hora de descanso, que poderá
ser parcelada em dois períodos de meia hora.
Art. 210. À servidora que adotar ou obtiver guarda judicial de criança até 1 (um)
ano de idade, serão concedidos 90 (noventa) dias de licença remunerada. (Vide Decreto
nº 6.691, de 2008)
Seção VI
Art. 212. Configura acidente em serviço o dano físico ou mental sofrido pelo
servidor, que se relacione, mediata ou imediatamente, com as atribuições do cargo
exercido.
Art. 214. A prova do acidente será feita no prazo de 10 (dez) dias, prorrogável
quando as circunstâncias o exigirem.
Seção VII
Da Pensão
Art. 215. Por morte do servidor, os dependentes fazem jus a uma pensão mensal
de valor correspondente ao da respectiva remuneração ou provento, a partir da data do
óbito, observado o limite estabelecido no art. 42.
Art. 216. As pensões distinguem-se, quanto à natureza, em vitalícias e
temporárias.
I - vitalícia:
a) o cônjuge;
II - temporária:
c) o irmão órfão, até 21 (vinte e um) anos, e o inválido, enquanto durar a invalidez,
que comprovem dependência econômica do servidor;
Art. 219. A pensão poderá ser requerida a qualquer tempo, prescrevendo tão-
somente as prestações exigíveis há mais de 5 (cinco) anos.
Art. 220. Não faz jus à pensão o beneficiário condenado pela prática de crime
doloso de que tenha resultado a morte do servidor.
Art. 221. Será concedida pensão provisória por morte presumida do servidor, nos
seguintes casos:
I - o seu falecimento;
Seção VIII
Do Auxílio-Funeral
§ 2o (VETADO).
Art. 227. Se o funeral for custeado por terceiro, este será indenizado, observado o
disposto no artigo anterior.
Seção IX
Do Auxílio-Reclusão
Art. 229. À família do servidor ativo é devido o auxílio-reclusão, nos seguintes
valores:
Capítulo III
Da Assistência à Saúde
§ 1o Nas hipóteses previstas nesta Lei em que seja exigida perícia, avaliação ou
inspeção médica, na ausência de médico ou junta médica oficial, para a sua realização o
órgão ou entidade celebrará, preferencialmente, convênio com unidades de atendimento
do sistema público de saúde, entidades sem fins lucrativos declaradas de utilidade
pública, ou com o Instituto Nacional do Seguro Social - INSS. (Incluído pela Lei nº
9.527, de 10.12.97)
§ 3o Para os fins do disposto no caput deste artigo, ficam a União e suas entidades
autárquicas e fundacionais autorizadas a: (Incluído pela Lei nº 11.302 de 2006)
Capítulo IV
Do Custeio
Título VII
Capítulo Único
Título VIII
Capítulo Único
Art. 236. O Dia do Servidor Público será comemorado a vinte e oito de outubro.
Art. 237. Poderão ser instituídos, no âmbito dos Poderes Executivo, Legislativo e
Judiciário, os seguintes incentivos funcionais, além daqueles já previstos nos
respectivos planos de carreira:
Art. 238. Os prazos previstos nesta Lei serão contados em dias corridos,
excluindo-se o dia do começo e incluindo-se o do vencimento, ficando prorrogado, para
o primeiro dia útil seguinte, o prazo vencido em dia em que não haja expediente.
c) de descontar em folha, sem ônus para a entidade sindical a que for filiado, o
valor das mensalidades e contribuições definidas em assembléia geral da categoria.
Art. 242. Para os fins desta Lei, considera-se sede o município onde a repartição
estiver instalada e onde o servidor tiver exercício, em caráter permanente.
Título IX
Capítulo Único
Art. 243. Ficam submetidos ao regime jurídico instituído por esta Lei, na
qualidade de servidores públicos, os servidores dos Poderes da União, dos ex-
Territórios, das autarquias, inclusive as em regime especial, e das fundações públicas,
regidos pela Lei nº 1.711, de 28 de outubro de 1952 - Estatuto dos Funcionários
Públicos Civis da União, ou pela Consolidação das Leis do Trabalho, aprovada pelo
Decreto-Lei nº 5.452, de 1o de maio de 1943, exceto os contratados por prazo
determinado, cujos contratos não poderão ser prorrogados após o vencimento do prazo
de prorrogação.
§ 1o Os empregos ocupados pelos servidores incluídos no regime instituído por
esta Lei ficam transformados em cargos, na data de sua publicação.
§ 4o (VETADO).
§ 7o Os servidores públicos de que trata o caput deste artigo, não amparados pelo
art. 19 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, poderão, no interesse da
Administração e conforme critérios estabelecidos em regulamento, ser exonerados
mediante indenização de um mês de remuneração por ano de efetivo exercício no
serviço público federal. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
Art. 245. A licença especial disciplinada pelo art. 116 da Lei nº 1.711, de 1952, ou
por outro diploma legal, fica transformada em licença-prêmio por assiduidade, na
forma prevista nos arts. 87 a 90.
Art. 247. Para efeito do disposto no Título VI desta Lei, haverá ajuste de contas
com a Previdência Social, correspondente ao período de contribuição por parte dos
servidores celetistas abrangidos pelo art. 243. (Redação dada pela Lei nº 8.162, de
8.1.91)
Art. 248. As pensões estatutárias, concedidas até a vigência desta Lei, passam a
ser mantidas pelo órgão ou entidade de origem do servidor.
Art. 249. Até a edição da lei prevista no § 1o do art. 231, os servidores abrangidos
por esta Lei contribuirão na forma e nos percentuais atualmente estabelecidos para o
servidor civil da União conforme regulamento próprio.
Art. 250. O servidor que já tiver satisfeito ou vier a satisfazer, dentro de 1 (um)
ano, as condições necessárias para a aposentadoria nos termos do inciso II do art. 184
do antigo Estatuto dos Funcionários Públicos Civis da União, Lei n° 1.711, de 28 de
outubro de 1952, aposentar-se-á com a vantagem prevista naquele dispositivo. (Mantido
pelo Congresso Nacional)
Art. 252. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, com efeitos
financeiros a partir do primeiro dia do mês subseqüente.
FERNANDO COLLOR
Jarbas Passarinho
"Art. 87
.............................................................................................................................
§ 1° ..................................................................................................................................
Art. 193. O servidor que tiver exercido função de direção, chefia, assessoramento,
assistência ou cargo em comissão, por período de 5 (cinco) anos consecutivos, ou 10
(dez) anos interpolados, poderá aposentar-se com a gratificação da função ou
remuneração do cargo em comissão, de maior valor, desde que exercido por um período
mínimo de 2 (dois) anos.
Art. 231.
...........................................................................................................................
§ 1° ..................................................................................................................................
Art. 240.
...........................................................................................................................
a) .....................................................................................................................................
b) .....................................................................................................................................
c) .....................................................................................................................................
d) de negociação coletiva;
Art. 250. O servidor que já tiver satisfeito ou vier a satisfazer, dentro de 1 (um) ano,
as condições necessárias para a aposentadoria nos termos do inciso II do art. 184 do
antigo Estatuto dos Funcionários Públicos Civis da União, Lei n° 1.711, de 28 de
outubro de 1952, aposentar-se-á com a vantagem prevista naquele dispositivo."
Senado Federal, 18 de abril de 1991. 170° da Independência e 103° da República.
MAURO BENEVIDES
LEI Nº 9.784 , DE 29 DE JANEIRO DE 1999
Regula o processo administrativo no âmbito da Administração Pública Federal.
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
§ 1o Os preceitos desta Lei também se aplicam aos órgãos dos Poderes Legislativo
e Judiciário da União, quando no desempenho de função administrativa.
CAPÍTULO II
DOS DIREITOS DOS ADMINISTRADOS
I - ser tratado com respeito pelas autoridades e servidores, que deverão facilitar o
exercício de seus direitos e o cumprimento de suas obrigações;
CAPÍTULO III
DOS DEVERES DO ADMINISTRADO
CAPÍTULO IV
DO INÍCIO DO PROCESSO
CAPÍTULO V
DOS INTERESSADOS
II - aqueles que, sem terem iniciado o processo, têm direitos ou interesses que
possam ser afetados pela decisão a ser adotada;
Art. 10. São capazes, para fins de processo administrativo, os maiores de dezoito
anos, ressalvada previsão especial em ato normativo próprio.
CAPÍTULO VI
DA COMPETÊNCIA
Art. 12. Um órgão administrativo e seu titular poderão, se não houver impedimento
legal, delegar parte da sua competência a outros órgãos ou titulares, ainda que estes não
lhe sejam hierarquicamente subordinados, quando for conveniente, em razão de
circunstâncias de índole técnica, social, econômica, jurídica ou territorial.
Art. 14. O ato de delegação e sua revogação deverão ser publicados no meio
oficial.
CAPÍTULO VII
DOS IMPEDIMENTOS E DA SUSPEIÇÃO
Art. 20. Pode ser argüida a suspeição de autoridade ou servidor que tenha amizade
íntima ou inimizade notória com algum dos interessados ou com os respectivos
cônjuges, companheiros, parentes e afins até o terceiro grau.
CAPÍTULO VIII
DA FORMA, TEMPO E LUGAR DOS ATOS DO PROCESSO
Art. 23. Os atos do processo devem realizar-se em dias úteis, no horário normal de
funcionamento da repartição na qual tramitar o processo.
Parágrafo único. Serão concluídos depois do horário normal os atos já iniciados,
cujo adiamento prejudique o curso regular do procedimento ou cause dano ao
interessado ou à Administração.
Parágrafo único. O prazo previsto neste artigo pode ser dilatado até o dobro,
mediante comprovada justificação.
CAPÍTULO IX
DA COMUNICAÇÃO DOS ATOS
II - finalidade da intimação;
§ 3o A intimação pode ser efetuada por ciência no processo, por via postal com
aviso de recebimento, por telegrama ou outro meio que assegure a certeza da ciência do
interessado.
Art. 28. Devem ser objeto de intimação os atos do processo que resultem para o
interessado em imposição de deveres, ônus, sanções ou restrição ao exercício de direitos
e atividades e os atos de outra natureza, de seu interesse.
CAPÍTULO X
DA INSTRUÇÃO
Art. 30. São inadmissíveis no processo administrativo as provas obtidas por meios
ilícitos.
Art. 31. Quando a matéria do processo envolver assunto de interesse geral, o órgão
competente poderá, mediante despacho motivado, abrir período de consulta pública para
manifestação de terceiros, antes da decisão do pedido, se não houver prejuízo para a
parte interessada.
Art. 36. Cabe ao interessado a prova dos fatos que tenha alegado, sem prejuízo do
dever atribuído ao órgão competente para a instrução e do disposto no art. 37 desta Lei.
Art. 37. Quando o interessado declarar que fatos e dados estão registrados em
documentos existentes na própria Administração responsável pelo processo ou em outro
órgão administrativo, o órgão competente para a instrução proverá, de ofício, à obtenção
dos documentos ou das respectivas cópias.
Art. 42. Quando deva ser obrigatoriamente ouvido um órgão consultivo, o parecer
deverá ser emitido no prazo máximo de quinze dias, salvo norma especial ou
comprovada necessidade de maior prazo.
Art. 43. Quando por disposição de ato normativo devam ser previamente obtidos
laudos técnicos de órgãos administrativos e estes não cumprirem o encargo no prazo
assinalado, o órgão responsável pela instrução deverá solicitar laudo técnico de outro
órgão dotado de qualificação e capacidade técnica equivalentes.
Art. 47. O órgão de instrução que não for competente para emitir a decisão final
elaborará relatório indicando o pedido inicial, o conteúdo das fases do procedimento e
formulará proposta de decisão, objetivamente justificada, encaminhando o processo à
autoridade competente.
CAPÍTULO XI
DO DEVER DE DECIDIR
CAPÍTULO XII
DA MOTIVAÇÃO
Art. 50. Os atos administrativos deverão ser motivados, com indicação dos fatos e
dos fundamentos jurídicos, quando:
CAPÍTULO XIII
DA DESISTÊNCIA E OUTROS CASOS DE EXTINÇÃO DO PROCESSO
Art. 52. O órgão competente poderá declarar extinto o processo quando exaurida
sua finalidade ou o objeto da decisão se tornar impossível, inútil ou prejudicado por fato
superveniente.
CAPÍTULO XIV
DA ANULAÇÃO, REVOGAÇÃO E CONVALIDAÇÃO
Art. 53. A Administração deve anular seus próprios atos, quando eivados de vício
de legalidade, e pode revogá-los por motivo de conveniência ou oportunidade,
respeitados os direitos adquiridos.
CAPÍTULO XV
DO RECURSO ADMINISTRATIVO E DA REVISÃO
Art. 56. Das decisões administrativas cabe recurso, em face de razões de legalidade
e de mérito.
Art. 59. Salvo disposição legal específica, é de dez dias o prazo para interposição
de recurso administrativo, contado a partir da ciência ou divulgação oficial da decisão
recorrida.
§ 1o Quando a lei não fixar prazo diferente, o recurso administrativo deverá ser
decidido no prazo máximo de trinta dias, a partir do recebimento dos autos pelo órgão
competente.
§ 2o O prazo mencionado no parágrafo anterior poderá ser prorrogado por igual
período, ante justificativa explícita.
Art. 61. Salvo disposição legal em contrário, o recurso não tem efeito suspensivo.
Art. 62. Interposto o recurso, o órgão competente para dele conhecer deverá
intimar os demais interessados para que, no prazo de cinco dias úteis, apresentem
alegações.
I - fora do prazo;
Art. 64. O órgão competente para decidir o recurso poderá confirmar, modificar,
anular ou revogar, total ou parcialmente, a decisão recorrida, se a matéria for de sua
competência.
CAPÍTULO XVI
DOS PRAZOS
CAPÍTULO XVII
DAS SANÇÕES
Art. 68. As sanções, a serem aplicadas por autoridade competente, terão natureza
pecuniária ou consistirão em obrigação de fazer ou de não fazer, assegurado sempre o
direito de defesa.
CAPÍTULO XVIII
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
I - pessoa com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos; (Incluído pela Lei nº
12.008, de 2009).
DECRETA:
ITAMAR FRANCO
Romildo Canhim
ANEXO
CAPÍTULO I
Seção I
Das Regras Deontológicas
VIII - Toda pessoa tem direito à verdade. O servidor não pode omiti-la ou falseá-la,
ainda que contrária aos interesses da própria pessoa interessada ou da Administração
Pública. Nenhum Estado pode crescer ou estabilizar-se sobre o poder corruptivo do
hábito do erro, da opressão ou da mentira, que sempre aniquilam até mesmo a dignidade
humana quanto mais a de uma Nação.
Seção II
Dos Principais Deveres do Servidor Público
c) ser probo, reto, leal e justo, demonstrando toda a integridade do seu caráter,
escolhendo sempre, quando estiver diante de duas opções, a melhor e a mais vantajosa
para o bem comum;
f) ter consciência de que seu trabalho é regido por princípios éticos que se
materializam na adequada prestação dos serviços públicos;
l) ser assíduo e freqüente ao serviço, na certeza de que sua ausência provoca danos
ao trabalho ordenado, refletindo negativamente em todo o sistema;
Seção III
Das Vedações ao Servidor Público
CAPÍTULO II
DAS COMISSÕES DE ÉTICA
Noções Gerais:
O Estado unitário abrange três espécies: Estado unitário puro (absoluta centralização
do poder); Estado unitário descentralizado administrativamente (a execução das
decisões políticas é descentralizada) e Estado unitário descentralizado administrativa
e politicamente (descentralização política e administrativa).
Federação
Origem:
A forma federativa do Estado teve sua origem nos Estados Unidos. As treze
colônias britânicas da América ao se tornarem independentes, estabeleceram um
pacto de colaboração para se protegerem das ameaças da antiga metrópole. Todavia,
neste pacto havia o direito de secessão (direito de retirada), que os tornava
fragilizados.
Movimentos:
Características:
Conceito:
- Promover o bem de todos, sem preconceito de origem, raça, sexo, cor, idade e
quaisquer outras formas de discriminação (art. 3º, IV da CF).
- Criar distinções entre brasileiros (art. 19, III da CF): Traz o princípio da
isonomia.
- Criar preferências entre si (art. 19, III da CF): “Sem prejuízo de outras
garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito
Federal e aos Municípios instituir imposto sobre patrimônio, renda ou serviços uns
dos outros” (art. 150, VI, “a” da CF).
União
Características:
Bens da União:
- Os que atualmente lhe pertencem e os que lhe vierem a ser atribuídos (art. 20,
I da CF).
- As ilhas fluviais e lacustres nas zonas limítrofes com outros países; as praias
marítimas; as ilhas oceânicas e as costeiras, excluídas, destas, as áreas referidas no
art. 26, II (art. 20, IV da CF).
“É assegurada, nos termos da lei, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios,
bem como a órgãos da administração direta da União, participação no resultado da
exploração de petróleo ou gás natural, de recursos hídricos para fins de geração de
energia elétrica e de outros recursos minerais no respectivo território, plataforma
continental, mar territorial ou zona econômica exclusiva, ou compensação financeira
por essa exploração” (art. 20, §1º da CF).
Regiões administrativas:
- Alguns incentivos regionais, além de outros, na forma da lei (art. 43, §2º da
CF):
Igualdade de tarifas, fretes, seguros e outros itens de custos e preços de
responsabilidade do Poder Público (art. 43, §2º, I da CF).
Prioridade para o aproveitamento econômico e social dos rios e das massas de água
represadas ou represáveis nas regiões de baixa renda sujeitas a secas periódicas (art.
43, §2º, IV da CF). Nestas áreas, a União incentivará a recuperação de terras áridas
e cooperará com os pequenos e médios proprietários rurais para o estabelecimento,
em suas glebas, de fontes de água e de pequena irrigação (art. 43, §3º da CF).
Estados-membros
Características:
Os Estados são pessoas jurídicas de direito público interno. São autônomos, uma
vez que possuem capacidade de auto-organização, autogoverno, auto-administração
e autolegislação.
- Requisitos:
Municípios
Características:
Os Municípios são pessoas jurídicas de direito público interno. São autônomos, uma
vez que possuem capacidade de auto-organização, autogoverno, auto-administração
e autolegislação.
- Requisitos:
Lei estadual.
Distrito Federal
Características:
“Lei, federal disporá sobre a utilização, pelo Governo do Distrito Federal, das
policias civil, militar e do corpo de bombeiros militar” (art. 32, §4º da CF).
Territórios Federais
Características:
O Território não é ente da federação, mas sim integrante da União. Trata-se de mera
descentralização administrativo-territorial da União. Embora tenha personalidade
jurídica não tem autonomia política.
Repartição de Competências
Repartição de Competências:
União
Competência:
É relevante lembrar que tal competência pode ser delegada aos Estados e ao Distrito
Federal por meio de lei complementar (art. 22, parágrafo único e 32, §1º da CF).
- Jazidas, minas, outros recursos minerais e metalurgia (art. 22, XII da CF).
- Organização, garantias, direitos e deveres das polícias civis (art. 24, XVI da
CF).
Toda atividade nuclear em território nacional somente será admitida para fins
pacíficos e mediante aprovação do Congresso Nacional (art. 21, XXIII, “a” da CF).
Sob regime de concessão ou permissão, é autorizada a utilização de radioisótopos
para a pesquisa e usos medicinais, agrícolas, industriais e atividades análogas (art.
21, XXIII, “b” da CF).
Estados
Competência:
Não-legislativa Legislativa
(administrativa ou
material)
Comum Residual Expressa Residual Delegada concorrente Suplement
(cumula (remanesc (remanesc pela
tiva ou ente ou ente ou União
paralela reservada) reservada)
)
Municípios
Competência:
Distrito Federal
Competência:
- Competência legislativa para assuntos de interesse local (art. 30, I e 32, §1º da
CF).
Conceito:
A intervenção é uma exceção, pois em regra todos os entes federativos são dotados
de autonomia. “A organização político-administrativa do Brasil compreende a
União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos
da Constituição” (art. 18 da CF).
Intervenções:
Conceito:
Rol taxativo
- Para pôr termo a grave comprometimento da ordem pública (art. 34, III da
CF).
- Para prover a execução de lei federal, ordem ou decisão judicial (art. 34, VI
da CF).
Forma republicana, sistema representativo e regime democrático (art. 34, VII, “a” da
CF).
Prestação de contas da administração pública, direta e indireta (art. 34, VII, “d” da
CF).
Espécies:
Decreto interventivo:
Intervenção Estadual
Conceito:
- Deixar de ser paga, sem motivo de força maior, por dois anos consecutivos, a
dívida fundada (art. 35, I da CF).
- Não forem prestadas as contas devidas, na forma da lei (art. 35, II da CF).
Decreto interventivo:
Determina o art. 37, caput, da Constituição Federal que a Administração Pública direta e
indireta, de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios,
obedecerá aos princípios da legalidade, moralidade, impessoalidade, publicidade e eficiência.
Cumpre ressaltar, por oportuno, que esses princípios não são os únicos apontados pela
doutrina administrativista, fixando os publicistas inúmeros deles. Ademais, o próprio texto
constitucional faz referência, no inciso XXI e nos §§ 5° e 6° do art. 37, a outros princípios da
Administração Pública (licitação pública, prescritibilidade dos ilícitos administrativos,
responsabilidade civil da Administração) além do célebre princípio da razoabilidade, também
denominado de proporcionalidade.
1 – P rincípio da Legalidade
O princípio da legalidade encontra fundamento constitucional no art. 5º, II, prescrevendo que
“ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei”.
Esclarece Hely Lopes Meirelles que,
Em decorrência do princípio da legalidade, é costumeira a afirmação de que a Administração
Pública não pode agir contra a lei (contra legem) ou além da lei (praeter legem), só podendo
agir nos estritos limites da lei (secundum legem).
Neste sentido afirma o professor Kildare Gonçalves,
Diferentemente do indivíduo, que é livre para agir, podendo fazer tudo o
que a lei não proíbe, a administração, somente poderá fazer o que a lei
manda ou permite. 2
Essa é a principal diferença do princípio da legalidade para os particulares e para a
Administração Pública, pois aqueles podem fazer tudo que a lei não proíba, enquanto esta só
pode fazer o que a lei determina ou autoriza.
Consoante com a doutrina, o Supremo Tribunal Federal, desde muito, editou duas importantes
súmulas corroboradoras do princípio da legalidade,
1 MEIRELLES, Hely Lopes. Direito administrativo brasileiro, p. 67.
2 GONÇALVES, Kildare. Direito Constitucional Didático, p 301
SÚM ULA 473 STF " A Administração pode anular seus próprios
atos, quando eivados de vícios que os tornem ilegais, porque
deles não se originam direitos, ou revogálos, por motivo de
conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos
e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial."
A moralidade administrativa como princípio, segundo escreve Hely Lopes Meirelles, "constitui
hoje pressuposto da validade de todo ato da Administração Pública". Conforme assentado na
doutrina, não se trata da moral comum, mas sim de uma moral jurídica, entendida como "o
conjunto de regras de conduta tiradas da disciplina interior da Administração". Assim, o
administrador, ao agir, deverá decidir não só entre o legal e o ilegal, o conveniente e o
inconveniente, o oportuno e o inoportuno, mas também entre o honesto e o desonesto. A
doutrina enfatiza que a noção de moral administrativa não está vinculada às convicções
íntimas do agente público, mas sim à noção de atuação adequada e ética existente no grupo
social.
Podese pensar na dificuldade que haveria em desfazer um ato, produzido conforme a lei, sob
o fundamento do vício da imoralidade. No entanto, a lei pode ser cumprida moralmente ou
imoralmente. Quando sua execução é feita, por exemplo, com o intuito de prejudicar alguém
deliberadamente, ou com o intuito de favorecer alguém, por certo que se está produzindo um
ato formalmente legal, mas materialmente comprometido com a moralidade administrativa.
Neste sentido, decisão do Supremo Tribunal Federal,
" A atividade estatal, qualquer que seja o domínio institucional de sua
incidência, está necessariamente subordinada à observância de
parâmetros éticojurídicos que se refletem na consagração
constitucional do princípio da moralidade administrativa. Esse postulado
fundamental, que rege a atuação do P oder P úblico, confere substância e
dá expressão a uma pauta de valores éticos sobre os quais se funda a
ordem positiva do Estado. O princípio constitucional da moralidade
administrativa, ao impor limitações ao exercício do poder estatal,
legitima o controle jurisdicional de todos os atos do P oder P úblico que
transgridam os valores éticos que devem pautar o comportamento dos
agentes e órgãos governamentais." (ADI 2.661M C, Rel. M in. Celso de
M ello, DJ 23/ 08/ 02)
Por fim, cabe relembrar que a ação popular é meio idôneo de controle da moralidade
administrativa, pois, conforme verificamos anteriormente,
“ qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a
anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado
participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao
patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má
fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência;”
3 – P rincípio da I mpessoalidade
Podemos analisar o princípio da impessoalidade sob dupla perspectiva, primeiramente, como
desdobramento do princípio da igualdade (CF, art. 5º, I), no qual se estabelece que o
administrador público deve objetivar o interesse público, sendo, em conseqüência, inadmitido
o tratamento privilegiado aos amigos e o tratamento recrudescido aos inimigos, não devendo
imperar na Administração Pública a vigência do dito popular de que aos inimigos ofertaremos a
lei e aos amigos as benesses da lei.
Segundo o administrativista Celso Antônio Bandeira de Mello, a impessoalidade fundamentase
no postulado da isonomia e tem desdobramentos explícitos em variados dispositivos
constitucionais como o art. 37, II, que exige concurso público para ingresso em cargo ou
emprego público, ou no art. 37, XXI, que exige que as licitações públicas assegurem igualdade
de condições a todos os concorrentes.
Neste sentido, decisão do Supremo Tribunal Federal,
Por outro lado, a impessoalidade estabelece que Administração Pública não deve conter a
marca pessoal do administrador, ou seja, os atos públicos não são praticados pelo servidor, e
sim pela Administração a que ele pertence.
Deste modo, estabelece o § 1º do art. 37 da Constituição que,
O princípio da publicidade vem a concretizar os postulados básicos do princípio republicano, a
saber, a possibilidade de fiscalização das atividades administrativas pelo povo, haja vista que
todo o poder emana do povo, sendo toda a res (coisa) pública.
Assim, o princípio da publicidade tem como desiderato assegurar transparência na gestão
pública, pois o administrador público não é dono do patrimônio de que ele cuida, sendo mero
delegatário a gestão dos bens da coletividade, devendo possibilitar aos administrados o
conhecimento pleno de suas condutas administrativas.
Nesta esteira de pensamento, o constituinte originário dispôs no art. 5º, XXXIII, da Carta
Republicana o direito de certidão, o qual assegura ao indivíduo o direito de receber dos órgãos
públicos informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão
prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja
imprescindível à segurança da sociedade e do Estado.
Por fim, a publicação em órgão oficial é requisito de eficácia dos atos administrativos que
devam produzir efeitos externos ou impliquem oneração do patrimônio público. Ou seja,
enquanto não for publicado, levado ao conhecimento de todos, o ato administrativo não
produzirá efeitos.
Neste sentido, decisão do Supremo Tribunal Federal,
5 – P rincípio da Eficiência
Conforme lição lapidar de Kildare Gonçalves,
Consoante a lição da irreparável professora Maria Sylvia Di Pietro, o princípio da eficiência
apresenta dupla necessidade:
1. Relativamente à forma de atuação do agente público, esperase o melhor desempenho
possível de suas atribuições, a fim de obter os melhores resultados;
2. Quanto ao modo de organizar, estruturar e disciplinar a Administração Pública, exigese
que este seja o mais racional possível, no intuito de alcançar melhores resultados na
prestação dos serviços públicos. 2
Cumpre ressaltar que a própria Emenda Constitucional n° 19/1998 tenta concretizar o princípio
da eficiência, pois estabeleceu valiosas inovações de aferição de desempenho e capacitação
dos servidores públicos.
Assim, conforme estabelecido no art. 41 da Constituição Federal, para a aquisição da
estabilidade o servidor público deverá realizar três anos de exercício efetivo, podendo perdêla
mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei complementar,
assegurada ampla defesa.
No art. 39, § 2º, da Constituição Federal há previsão de capacitação dos administradores
públicos,
1 GONÇALVES, Kildare. Direito Constitucional Didático, p 303
2 DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito administrativo. 10. ed., São Paulo: Atlas, 1998, p. 73/74.
Noções de Direito Administrativo
FUNÇÕES DO ESTADO
- função = é quando alguém exerce uma atividade representando interesses de terceiros.
- A divisão dos poderes não gera absoluta divisão das funções, mas sim, distribuição de
três funções estatais precípuas.
- Pode ser:
a) típica: função para o qual o poder foi criado e
b) atípica: função estranha àquela para o qual o poder foi criado.
1
PRINCÍPIOS
são regras que surgem como parâmetro para a interpretação das demais normas
jurídicas. – o art. 37 da CF traz os cinco (LIMPE) princípios mínimos que a Administração
(direta, indireta) devem obedecer, além destes há inúmeros outros.
– Vejamos alguns:
I) para o direito privado – neste caso as relações são travadas por particulares visando
seus próprios interesses – eles poderão fazer tudo aquilo que a não proibir, prestigia a
autonomia da vontade (relação de não contradição com a lei).;
II) para o direito público – tendo em vista o interesse da coletividade que representa, a
Administração só pode fazer aquilo que a lei autoriza (relação de subordinação com a lei)
- obs.:
1) discricionariedade = é a liberdade que o ordenamento jurídico confere ao Administrador
para atuar em certas situações de acordo com o juízo de conveniência e oportunidade, mas
sempre dentro dos limites da lei (não cabe intervenção judicial quanto ao mérito).
2) Arbitrariedade = é a atuação fora dos limites impostos por lei.
Exceções:
I) art. 5º, XXXIII – garante o sigilo para segurança da sociedade e do Estado;
2
II) art. 5º, X - direito à intimidade e
III) art. 5º LX – ações que devem correr em segredo de justiça.
- obs: se a informação for do seu interesse cabe MS e se for sobre você cabe HD.
c) isonomia = igualdade – é tratar os iguais de forma igual e os desiguais de forma desigual,
na medida de suas desigualdades. (a dificuldade é fixar quais são os parâmetros).
- obs.:
• limite de idade em concurso – tem decisões em ambos os sentidos:
a) contra: TRF entende que não se justifica a limitação, fundamento: art. 3º, IV e art. 7º,
XXX, da CF. A CE – art. 115, XXVII, proíbe limites de idade em concurso público.
b) a favor: art 37, I – autoriza o ingresso em concurso público de pessoas brasileiras ou
estrangeiras, ressalvados os limites estabelecidos em lei. Lei 8.112/90 permite o limite de
idade.
d) moralidade: prima pela probidade dentro da Administração como uma das diretrizes a
ser seguida.
• A CF considera as hipóteses de imoralidade = improbidade como crime, portanto, é
ato ilegal e está sujeito ao controle judicial.
- Lei da Improbidade – Lei 8.429/92 – a lei trouxe hipóteses que a improbidade depende de
prova e outras em que se presume.
- Conseqüências: art. 37, § 4º - podem incidir sem prejuízo da ação penal cabível.
I) perda da função;
II) suspensão dos direitos políticos;
III) declaração de indisponibilidade dos bens;
IV) obrigação de ressarcimento dos prejuízos causados ao erário.
3
e) eficiência: (EC 19 – já existia mas não com esta roupagem): visa:
I) racionalizar a máquina administrativa;
II) aperfeiçoamento na prestação do serviço público
• atuar com eficiência é atuar de modo adequado frente aos meios que possui e aos
resultados obtidos (meio e resultados eficientes)
PODERES DA ADMINISTRAÇÃO
• Os poderes surgem como instrumentos através dos quais o poder público vai
perseguir seu interesse coletivo.
- Características:
a) é um dever, é obrigatório;
b) é irrenunciável;
c) cabe responsabilização que pode ser: I) quando o administrador se utiliza dos
poderes além dos limites permitidos por lei (ação) ou II) quando ele não utiliza dos poderes
quando deveria ter se utilizado (omissão). – Legislação: Lei 4898/65 – Abuso de Poder e
Lei 8429/92 – Improbidade Administrativa.
d) deve obedecer aos limites das regras de competência, sob pena de
inconstitucionalidade.
- Abuso de Poder – é o fenômeno que se verifica sempre que uma autoridade ou um agente
público embora competente para a prática de um ato ultrapasse os limites das suas atribuições
ou se desvie das finalidades anteriormente previstas.
4
- Poder vinculado – estabelece um único comportamento possível a ser tomado pelo
administrador diante de casos concretos, sem nenhuma liberdade para um juízo de
conveniência e oportunidade (juízo de valores).
• O ato que deixar de atender a qualquer dado expresso na lei será nulo, por
desvinculado do seu tipo padrão, podendo ser declarado pela Administração ou pelo
Judiciário.
- Controle: os atos arbitrários devem ser reapreciados pelo Judiciário (é abuso de poder).
Diferente do ato discricionário, se for válido o Judiciário não poderá reapreciar o seu mérito
(o juízo de valor do juiz não pode substituir o do administrador – independência dos
poderes).
- Poder Disciplinar – é o poder conferido à Administração que lhe permite punir, apenar a
prática de infrações funcionais dos servidores.
5
ATO ADMINISTRATIVO
- Requisitos de validade:
- Classificação:
6
a) ato de império – aqueles que a Administração pratica usando da sua supremacia sobre o
administrado, impondo obrigações de ordem unilateral ex. desapropriação
b) ato de gestão – aqueles praticados pela Administração sem valer-se da sua supremacia
sobre os destinatários. São fundamentalmente regidos pelo direito privado, a administração
se afasta de suas prerrogativas colocando-se em pé de igualdade com os particulares, ex.
contrato de locação.
b) composto –é aquele que depende de mais de uma manifestação de vontade que devem ser
produzidas dentro de um mesmo órgão (ex. ato que dependa da autorização de um superior
hierárquico)
- diferença entre atos compostos e complexos: a manifestação de vontade dos atos compostos
provem de único órgão, já os atos complexos dependem de manifestação de vontade de
órgãos diversos.
V) outras classificações:
a) atos normativos: contêm comando geral visando a correta aplicação da lei. Detalhar
melhor o que a lei previamente estabeleceu. Ex. decretos, regulamentos
e) atos punitivos – são aqueles que contém uma sanção imposta pelo poder público em
razão da prática de uma infração de natureza funcional, imposta de forma unilateral
7
- Para retirar o ato do ordenamento:
- Ato nulo e anulável – para o Hely ou o ato atinge o interesse da coletividade e é valido, se
contrário será nulo. Para Celso e outros há possibilidade de ato anulável, é o que contém um
vício formal, não atingindo a essência.
PROCESSO ADMINISTRATIVO
- Pode ser:
a) vinculado: quando existe lei determinando a seqüência dos atos, ex. licitação
b) discricionário: ou livre, nos casos em que não há previsão legal de rito, seguindo
apenas a praxe administrativa.
- Na esfera administrativa não existe coisa julgada, podendo sempre ser intentada ação
judicial, mesmo após uma decisão administrativa – art. 5º, XXXV.
8
b) oficialidade – impulsionado pela administração
c) informalismo
d) verdade real
e) garantia de defesa
f) publicidade
- Fases do procedimento:
a) Instauração – ato da própria administração ou por requerimento de interessado.
b) Instrução
c) Defesa
d) Relatório
e) Decisão
f) Pedido de reconsideração – se tiver novos argumentos
g) Recurso – para autoridade hierarquicamente superior, todos tem efeitos devolutivo,
podendo ter ou não efeito suspensivo
- Modalidades de processo:
a) mero expediente
b) internos – são os processos que envolvem assuntos da própria Administração
c) externos – são os que abrangem os administrados
d) de interesse público – são os que interessam à coletividade
e) de interesse particular – são os que interessam a uma pessoa
f) de outorga – são aqueles em que o poder público autoriza o exercício de direito
individual (licença de edificação)
g) de controle – são os que abrangem atividade sujeita a fiscalização
h) disciplinares – envolve atuação dos servidores
i) licitatório – os que tratam de licitação
- Sindicância - apuração prévia, pode se usado para infrações leves, punidas com
advertência e suspensão de até 30 dias
ÓRGÃOS PÚBLICOS
• Não tem personalidade jurídica própria, os atos que praticam são atribuídos ou
imputados à entidade estatal a que pertencem.
• Podem ter representação própria, por seus procuradores, bem como ingressar em
juízo, na defesa de suas prerrogativas, contra outros órgãos públicos.
- Classificação:
a) independentes: são os derivados da Constituição (ex. Senado Federal)
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b) autônomos: são órgãos com autonomia técnica e financeira (ex. Ministérios)
c) superiores: são os órgãos de direção, mas sem autonomia técnica (ex. Coordenadorias e
Gabinetes)
d) subalternos: são órgãos de execução (ex. seções e os serviços)
e) simples: são os que não tem outros órgãos agregados à sua estrutura
f) compostos: são os que têm outros órgãos agregados à sua estrutura, para funções
complementares ou especializadas
g) singulares: são órgãos de um só titular (ex. Presidência da República)
h) colegiados: são os compostos por duas ou mais pessoas (ex. Conselhos e Tribunais)
- ESTRUTURA DA ADMINISTRAÇÃO
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Extinção para criar pública e se criação que se criação que se
privada autoriza efetiva com efetiva com
sua criação registro dos atos registro dos atos
constitutivos constitutivos
Privilégio Tem FP – tem - art. Não tem – art. Não tem – art.
- Art. 150, §2º, 150, §2º, CF e 173, §2º e art. 173, §2º e art.
CF art. 188, CPC 150, §3º da CF 150, §3º da CF
- art. 188, CPC FPriv. – não tem (silêncio da CF (silêncio da CF
se exerce serviço se exerce serviço
público) público)
Resp. do Estado Subsidiária Subsidiária - Se presta serv. Subsidiária
pub. Resp. - art, 242 da L
subsidiária S/A
- Se exerce ativ.
econ. Est. não
tem respons.
Falência Não Não Depende: AE – Não - art. 242
sim e da L S/A
SP - não
Exemplos INCRA (Inst, FUNAI, Butantã, BNDS, Banco do Brasil
Nac. de FEBEN, Fund. Radiobrás (sp) e S/A, Petrobrás,
Colonização e Memorial da Caixa Sabesp,
Reforma agrária), América Latina, Econômica Banespa, Metrô,
Banco Central, IBEGE, Federal (AE) IMESP, CET,
Embratel, INSS, FUNDAP, Anhembi,
IBAMA, DNER, FAPESP. CETESB,
IPESP Congás,
COHAB, CESP
(Centrais Eletr.
de SP).
AGÊNCIAS REGULADORAS
11
AGÊNCIAS EXECUTIVAS
ORGANIZAÇÕES SOCIAIS
SERVIÇO PÚBLICO
do aquele prestado pela Administração ou por seus delegados sob normas e controles
estatais para a satisfação, visando o atingimento dos interesses da coletividade.
- Formas de prestação:
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a) direta ou centralizada – quando estiver sendo prestado pela Administração direta do
Estado;
b) indireta ou descentralizada – ocorre quando não estiver sendo prestada pela
Administração direta do Estado, esta o transferiu, descentralizou a sua prestação para a
Administração indireta ou terceiros fora da Administração
- Modalidades de descentralização:
- Diferença de desconcentração:
- Modalidade
a) próprios – não os serviços públicos inerentes à soberania do Estado, como a defesa
nacional ou a polícia judiciária.
13
I) compulsório – são os serviços que não podem ser recusados pelo destinatário, se
remunerados será por taxa. O não pagamento do serviço não autoriza a supressão do
mesmo, sendo somente autorizada a cobrança executiva
II) facultativo – são os serviços que o usuário pode aceitar ou não, como o transporte
coletivo, pagos por tarifa.
- Política Tarifária – tarifa é a fonte de rendas das concessionárias, não é tributo, o seu valor
inicial é estabelecido na proposta.
- Formas de extinção:
a) advento do termo contratual – quando termina o prazo
b) encampação – término do contrato antes do prazo, feito pelo poder público, de forma
unilateral, por razões de interesse público. O concessionário faz jus a indenização
c) caducidade – forma de extinção do contrato antes do prazo, pelo poder público, de
forma unilateral, por descumprimento de cláusula contratual
d) rescisão – forma de extinção do contrato, antes de encerrado o prazo, feita pelo
concessionário por força do descumprimento de cláusulas contratuais pelo poder concedente.
14
Deve ser por medida judicial e, enquanto não transitar em julgado a sentença, o serviço
deverá continuar sendo prestado.
e) anulação – extinção do contrato antes do término do prazo, por razões de ilegalidade
f) falência ou extinção do concessionário
Concessão Permissão
Caráter mais estável Caráter mais precário
Exige autorização legislativa Não exige autorização legislativa, em regra
Licitação só por concorrência Licitação por qualquer modalidade
Formalização por contrato Formalização por contrato de adesão
Prazo determinado Pode ser por prazo indeterminado
Só para pessoas jurídicas Para pessoas jurídicas ou físicas.
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LICITAÇÃO – é um procedimento destinado à seleção da melhor proposta dentre as
apresentadas por aqueles que desejam contratar com a Administração Pública - Lei 8666/93
- Projetos prévios:
a) projeto básico: abrange a viabilidade técnica, o impacto ambiental, os custos, os métodos
e o prazo de execução – art 6º, IX
b) projeto de executivo – abrange a execução completa da obra, de acordo com as normas
técnicas – art. 6º, X
- Modalidades:
a) concorrência – usada para contratos de vulto, de acordo com valores estabelecidos na
lei
• Nos casos em que couber convite, a Administração poderá utilizar a tomada de preços
e, em qualquer caso, a concorrência.
16
- Critérios para avaliação das propostas:
a) melhor preço
b) melhor técnica
c) preço e técnica
d) maior lance ou a maior oferta – para o leilão
- Fases da Concorrência -
a) edital - lei interna da licitação
b) habilitação dos concorrentes – licitantes apresentam documentos pessoais
c) exame e classificação das propostas
d) homologação – ratificação da legalidade do procedimento até então realizado
e) adjudicação – entregar o objeto da licitação
• Nas concorrências de grande vulto deve realizar-se uma audiência pública, antes do
edital, para que a sociedade possa debater a conveniência e a oportunidade da licitação – art.
39.
- Diferença entre:
DESQUALIFICAÇÃO – é a rejeição do proponente que não apresenta os requisitos do edita
(inabilitação) e
DESCLASSIFICAÇÃO – é a rejeição da proposta do licitante já habilitado, por defeito
formal ou inexequibilidade da oferta.
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CONTRATOS ADMINISTRATIVOS
• A validade do contrato exige: acordo de vontades, agente capaz, objeto lícito e forma
prescrita ou não proibida em lei.
Características:
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- Teoria da Imprevisão – aplica-se quando há necessidade de revisão de uma cláusula
contratual por força de fatos supervenientes e imprevistos durante a sua execução – fato
superveniente e imprevisível - ex.:
• As obras são prestadas por empreitada ou por tarefa (empreitada de pequeno porte)
- Formas de extinção:
a) administrativa – promovida por ato unilateral da Administração
b) rescisão amigável
c) judicial
d) de pleno direito – acontece independentemente da manifestação de vontade das partes,
por fato superveniente que impede a manifestação (ex. falecimento do contratado, dissolução
da sociedade, perecimento do objeto)
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CONVÊNIO
acordo firmado por entidades políticas de qualquer espécie ou entre elas e particulares
para realização de objetivos de caráter comum (diferente do contrato administrativo em que o
objetivo não é comum).
CONSÓRCIO
BENS PÚBLICOS
- Espécies
a) bens de uso comum do povo – são os bens que todos podem usar, como as ruas e praças
b) bens de uso especial – são destinados às instalações e aos serviços públicos, como os
prédios das repartições ou escolas públicas
c) bens dominicais – são os que pertencem ao acervo do poder público, sem destinação
especial
II) Bens dominicais podem ser alienados, exigindo-se, em regra, autorização legislativa,
avaliação prévia e licitação – art. 37, XXI. Se bens móveis dispensam a licitação.
20
b) compra
c) desapropriação
d) confisco – art. 91,I do CP e art. 243 da CF
e) permuta
f) dação em pagamento
g) direito hereditário
h) usucapião (bens públicos não podem ser usucapidos, mas o poder
• Exceção: investidura – numa obra pública, sobre um pedaço pequeno de terra, que
não serve para nada, então, pode ser alienado, mediante avaliação, para o dono da terra
limítrofe, por investidura.
- Utilização especial de bens públicos por particulares – todos podem eventualmente ser
utilizados de forma especial por particulares, mediante:
21
interesse social de certo vulto, como urbanização ou cultivo. Exige autorização legislativa e
licitação
1) terras devolutas – terras que ninguém se apossou, nem foram utilizadas para
algum fim público. Não tem localização e limites claros, por isso necessitam ser
demarcadas e separadas das outras propriedades. Esta separação ou discriminação pode ser
administrativa ou judicial – Ação discriminatória – Lei 6383/76, sendo utilizada a via judicial
se insuficiente à via administrativa. Após a discriminação elas deixam de ser devolutas e
passam a ser simplesmente terras públicas. Pertencem a União e, por exclusão, aos Estados.
I) zona contígua – com início a partir de 12 milhas do litoral, até 24 milhas, nesta faixa o
Brasil conserva o poder de fiscalização e polícia, embora sem soberania.
II) zona econômica – com início a partir de 12 milhas do litoral (igual à zona
contígua) e vai de 12 até 200 milhas, nesta faixa tem o Brasil direitos exclusivos de
exploração dos recursos naturais do mar.
3) terras tradicionalmente ocupadas por índios – são bens da União, art. 20, XI, CF,
destinam-se à posse permanente dos índios, cabendo-lhes o usufruto exclusivo das riquezas
do solo, dos rios e dos lagos nelas existentes – art. 231, § 2º, CF
5) terrenos de marinha – são bens da União, assim considerados os que, banhados pelas
águas do mar ou dos rios navegáveis, vão até 33m para a parte da terra, contados desde o
ponto a que chega a preamar média – art. 13 do Cód. de Águas, art. 20, VII, CF e DL
9.760/46. Os terrenos de marinha tem sido objeto de arrendamento perpétuo a particulares,
mediante o pagamento de um foro anual. Tal arrendamento perpétuo denomina-se enfiteuse,
continuando a União à proprietária e o particular enfiteuta, como detentor do domínio útil
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6) terrenos marginais ou reservados – são os que se situam ao lado dos rios navegáveis,
até uma distância de 15m contados desde a linha média das enchentes ordinárias. Tais
terrenos podem pertencer a algum órgão público ou a um particular. Se forem de
propriedade privada, são onerados por uma servidão de trânsito, para possibilitar a
fiscalização e a realização de obras ou serviços públicos pela Administração (há
divergências)
7) lagos, rios e correntes de água – são bens da União quando banhem mais de um
Estado, sirvam de limites com outros países ou se estendam a território estrangeiro ou dele
provenham. Os terrenos marginais, nestes casos, são também da União.
10) minas, jazidas e quedas d’água – as jazidas, em lavra ou não, e demais recursos
minerais e os potenciais de energia elétrica constituem propriedade distinta da do solo, para
efeito de exploração ou aproveitamento, e pertencem à União, garantida ao concessionário a
propriedade do produto da lavra – art. 176 da CF
11) Ilhas – pertencem à União as ilhas fluviais e lacustres nas zonas limítrofes com outros
países; as praias marítimas; as ilhas oceânicas e as costeiras. Pertencem aos respectivos
Estados as ilhas fluviais e lacustres não pertencentes à União – art. 20, IV e art. 26, III.
RESPONSABILIDADE DO ESTADO
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• agentes públicos = agentes políticos, servidores públicos e particulares em
colaboração com o Estado.
- Evolução -
a) 1ª Fase – Irresponsabilidade do Estado - “The king do not wrong”
- No Brasil:
a) até a CF de 1946 – responsabilidade subjetiva (com culpa). Neste contexto que foi editado
o Código Civil – art. 15 (1916)
b) de 46 em diante – responsabilidade objetiva
- Quem responde???
A pessoa jurídica, de direito público ou privado, que responde pelos danos. O prejudicado
deve acionar a pessoa jurídica e não a pessoa física.
- Relações jurídicas:
a) terceiro e Estado,
24
b) Estado e agente responsável (cabe ação de regresso)
- Não cabe denunciação da lide na primeira relação
- Não se pode acionar diretamente o agente.
- Dano – características:
a) certo – dano real, existente,
b) especial – aquele que pode ser particularizado, aquele que não é genérico, que atinge uma
ou algumas pessoas.
c) anormal – aquele que supera os problemas comuns, corriqueiros da sociedade.
- Danos nucleares – art. 21, XXIII, c - a responsabilidade civil por danos nucleares
independe da existência de culpa.
As usinas que operam com reator nuclear deverão ter sua localização definida em lei federal,
sem o que não poderão se instaladas.
INTERVENÇÃO NA PROPRIEDADE
- Fundamentos:
- Meios de intervenção:
a) desapropriação
I) ordinária ou clássica
- necessidade pública
- utilidade e
- interesse social
II) extraordinária
b) limitação administrativa,
c) servidão administrativa,
d) requisição,
e) tombamento.
– DESAPROPRIAÇÃO:
- Fases da desapropriação:
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a) declaratória
b) executiva.
- Efeitos:
a) submete o bem à força do Estado
b) fixa as condições em que o bem se encontrava,
c) o poder público passa a ter direito de entrar no bem
d) começo do prazo de caducidade (necessidade ou utilidade – 5 anos e interesse social – 2
anos.
- Valor da indenização:
a) valor do bem com as benfeitorias que nele se encontram,
b) lucros cessantes,
c) danos emergentes,
d) juros moratórios e compensatórios,
e) correção monetária,
f) honorários advocatícios
- Modalidades:
a) por zona ou extensiva,
b) indireta,
c) para industrialização
AGENTE PÚBLICO
são todas as pessoas, vinculadas ou não ao Estado, que prestam serviço ao mesmo, de
forma permanente ou ocasional. Dividem-se:
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b) agentes administrativos – são os servidores públicos em geral, podem ser: civil ou
militares, bem como temporários
I) funcionários – titularizam cargo e, portanto, estão submetidos ao regime estatutário
II) empregados – titularizam emprego, sujeitos ao regime celetista. Ambos exigem
concurso.
III) temporário – art. 37, IX – para determinado tempo, dispensa concurso público e
cabe nas hipóteses de excepcional interesse;
c) agentes por colaboração – são particulares que colaboram como poder público
voluntária ou compulsoriamente, ou também por delegação. Equiparam-se a funcionários
públicos para fins penais e para responsabilidade por atos de improbidade.
i) modo voluntário – colaboram com o poder público pessoas que, em situação de
emergência, assumem funções públicas, passam a ser funcionários de fato ou gestores de
negócio.
II) modo compulsório – colaboram pessoas que são requisitadas, como os jurados e
mesários eleitorais.
III) por delegação – colaboram pessoas para as quais foram atribuídos serviços públicos,
como os concessionários, permissionários e autorizatários.
- Classificação:
a) cargo em comissão – aquele ocupado transitoriamente com base no critério de
confiança
b) cargo efetivo – preenchido em caráter definitivo, sem transitoriedade. O seu
preenchimento se dá, em regra, por concurso público.
c) vitalício – também preenchidos em caráter definitivo, sendo que seu ocupante só pode
ser desligado por processo judicial ou por processo administrativo, assegurada à ampla
defesa – ex. magistratura, MP
d) de carreira – aquele que faz parte de um conjunto de cargos com a mesma
denominação, escalonados em razão das atribuições e da responsabilidade.
e) isolado – não integra carreira nenhuma
Provimento: ato que designa uma pessoa para titularizar um cargo público.
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• é ato complexo, por passa por várias etapas: concurso, nomeação, posse.
• só se aperfeiçoa com o efetivo exercício de suas funções, após passar por várias
etapas.
1) horizontal – não implica elevação, ascensão funcional, pode ser verificar por alguns
instrumentos:
I) transferência – é a passagem da pessoa de um cargo para outro sem elevação funcional
II) readaptação – passagem de um cargo para outro, sem elevação funcional, compatível
com a limitação sofrida pela pessoa
III) remoção – é o deslocamento do indivíduo de um cargo para outro, sem ascensão
funciona, dentro do mesmo órgão
Reingresso = provimento derivado, retorno ao serviço ativo do servidor que estava dele
desligado, pode ser:
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- Desinvestidura de cargo ou emprego
c) dispensa – ocorre em relação ao admitido pelo regime da CLT quando não há justa causa.
- hipóteses:
a) exoneração,
b) demissão,
c) promoção,
c) transferência,
d) aposentadoria e falecimento.
- Alterações da Emenda 19 -
29
• o art. 37, I é norma de eficácia contida – gera efeitos imediatos e admite lei posterior
que restrinja sua eficácia, portanto, enquanto não vier a lei o acesso para estrangeiros será
livre.
• a lei poderá ser: federal, estadual ou municipal
3) Forma de Ingresso -
4) Prazo de validade do concurso - até dois anos, admitida uma prorrogação por
igual período.
• A previsão deve constar do edital.
• Durante o prazo de validade, a Administração não está obrigada a contratar, mas o
aprovado tem o direito de não ser preterido frente a novos concursandos.
30
c) mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma da lei
complementar, assegurada a ampla defesa,
d) por excesso de quadros –
Medidas:
I) redução em pelo menos 20% das despesas com cargos em comissão e funções de
confiança,
II) exoneração dos servidores não estáveis.
a) mandato eletivo fed. est. e distrital – ficará afastado do cargo, emprego ou função
b) prefeito – afastado do cargo, emprego ou função, sendo-lhe facultado optar pela
remuneração
31
c) vereador – havendo compatibilidade de horário, perceberá as vantagens de seu cargo,
emprego ou função sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo, não sendo compatível
aplica-se o artigo anterior
• o afastamento é computado com tempo serviço, com todos os efeitos, exceto
promoção por merecimento
b) Art. 40 da CF
III) voluntária – requerida pelo servidor que cumprido tempo mínimo de dez anos de efetivo
exercício no serviço público e cinco anos no cargo efetivo em que se dará a aposentadoria
- se o servidor com mais de 10 anos de serviço e que não tenha tempo mínimo de 5 anos em
determinado cargo efetivo ou vitalício dar-se-á com base no cargo anterior, desde que nele
tenha aquele tempo mínimo; caso contrário, o cargo inicial servirá de cálculo para o
benefício.
1) proventos integrais
- 60 anos de idade e 35 anos de contribuição – se homem e
- 55 anos de idade e 30 anos de contribuição – se mulher
32
- 60 anos de idade – se mulher
- não existe mais a antiga aposentadoria proporcional – homem 30 e mulher 25.
- Aposentadoria especial
- Características:
a) aposentadoria voluntária
b) com proventos integrais
c) professor que comprove exclusivamente tempo de efetivo exercício das funções de
Magistério
d) só magistério infantil, ensino fundamental e médio (excluídos desta aposentadoria os
professores universitários)
e) limites de idade - 55 anos de idade – se homem e
- 50 anos de idade – se mulher
c) grupo de servidores que estão no mercado de trabalho, mas que preenchem os requisitos
para aposentadoria – não podem invocar o direito adquirido - regras de transição previstas
no art. 9º do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias
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- Pensão por morte – o benefício será igual ao valor dos proventos do servidor falecido ou
ao valor dos proventos a que teria direito servidor em atividade na data do seu falecimento –
art. 40, § 7º
- Características gerais:
1) sujeito ao princípio da reserva legal específica
2) assegurada à revisão geral anual dos subsídios e vencimentos, sempre na mesma data e
sem distinção índices, assegurou a irredutibilidade real e não apenas nominal do subsídio e
dos vencimentos.
3) a EC 19 criou o teto geral e obrigatório no âmbito da Administração direta autárquica e
fundacional, estipulando que os subsídios, os vencimentos, os salários e os proventos,
pensões e outra espécie remuneratória, percebidos cumulativamente ou não, incluídas as
vantagens pessoas ou de qualquer outra natureza, não poderão exceder o subsídio mensal, em
espécie, dos Min. Do STF – art. 37, XI
4) o teto geral será fixado por lei de iniciativa conjunta dos Presidentes da República, da CD,
do SF e do STF que, por curiosidade, mas por evidente cautela está sujeita à sanção do chefe
do Executivo – art. 48.
5) os vencimentos também ficam sujeitos a um teto entre os vencimentos dos cargos
pertencentes aos Poderes, que corresponde àqueles pagos pelo Executivo – art, 37, XII.
6) os salários dos empregados públicos das empresas públicas e das sociedades de economia
mista , e suas subsidiárias, só estarão submetidas ao teto geral se as pessoas jurídicas
receberem recursos do poder público.
7) os direitos assegurados no art. 39, § 3º - 13º salário, 1/3 de férias não estão incluídos no
teto geral
b) REMUNERAÇÃO –
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- vencimento (no singular) – corresponde ao padrão do cargo público fixado em lei (salário
base)
- vencimentos - salário padrão do cargo acrescido dos demais componentes do sistema
remuneratório do servidor público da Administração direta, autárquica e fundacional.
II) salário - pago aos empregados públicos da Administração direta e indireta regidos pela
CLT, titulares de empregos públicos e não de cargos públicos.
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