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Rodrigo Rennó – Administração Geral e Pública 

Estrutura e Estratégia Organizacional – parte 2. 

Centralização e Descentralização 

A  centralização  ocorre  quando  uma  organização  decide  que  a  maioria  das  decisões 
deve  ser  tomada  pelos  ocupantes  dos  cargos  no  topo  da  mesma.  Em  uma  empresa  onde 
somente o chefe pode tomar decisões, dizemos que existe centralização.  

A descentralização ocorre quando o contrário ocorre, ou seja, quando a autoridade para 
tomar decisões está dispersa pela empresa, através dos diversos setores da mesma.  
  As vantagens da centralização, de acordo com Chiavenato, são: 

 Controle – facilita o controle de problemas complexos ou que podem ter conseqüências 
para toda a organização; 
 Custos – devido a uma escala maior, algumas decisões são mais eficientes quando são 
centralizadas em um setor. Isto pode ocorrer em centrais de compras, por exemplo, que 
podem conseguir preços melhores do que diversos setores comprando o mesmo produto 
separadamente; 
 Novas tecnologias – com as novas tecnologias de TI a cúpula da empresa pode ter 
informações cada vez mais rapidamente, podendo reter um controle maior sem perder a 
eficiência, rapidez e a flexibilidade. 

As principais vantagens da descentralização são: 

 Agilidade – Se a decisão está a cargo da pessoa envolvida no problema diretamente ela 
responde com mais rapidez; 
 Independência – a descentralização gera uma maior independência nos funcionários que 
trabalham nos escalões mais baixos, proporcionando também que a criatividade deles 
possa aflorar.  
 Novas tecnologias – da mesma forma que permite uma centralização mais eficiente, as 
novas tecnologias de TI permitem que exista uma descentralização das decisões para as 
camadas mais baixas na hierarquia sem que a cúpula perca o controle dos resultados 
destas decisões.  

Posições de Linha e Staff. 
Outra  classificação  dos  cargos  ou  atividades  dentro  de  uma  organização  se  relaciona 
com a autoridade. São as posições de linha ou as posições de staff (ou assessoria). 

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Uma maneira de identificar e diferenciar estas posições se refere ao poder de comando. 
As posições de linha teriam o comando sobre seus subordinados e as posições de staff apenas 
poderiam sugerir, aconselhar ou recomendar aos funcionários. 

Outra  forma  que  existe  é  considerar  as  funções  de  linha  ligadas  às  atividades‐fim  da 
organização  e  as  funções  de  staff  ligadas  as  atividades‐meio  da  mesma.  No  quadro  abaixo  o 
diretor de operações estaria em uma posição de linha, pois coordena o trabalho de manufatura 
e  logística  dos  produtos,  enquanto  os  diretores  de  RH  e  financeiro  estariam  em  posições  de 
staff,  tendo  autoridade  de  staff,  ou  funcional,  de  advertir,  aconselhar  ou  recomendar  aos 
funcionários quando o tema for de sua área de atuação.   

 
Departamentalização. 

A departamentalização é a forma que uma organização pode juntar e integrar pessoas, 
tarefas e atividades em unidades, tendo como objetivo facilitar a coordenação. 
O  departamento  é  portanto  uma  unidade  de  trabalho  que  agrega  um  somatório  de 
atividades semelhantes ou coerentes entre si. 

A  departamentalização  facilita  o  trabalho  dos  administradores,  pois  possibilita  um 


aproveitamento  mais  racional  dos  recursos  da  organização.  Os  critérios  devem  ser  os  mais 
racionais visando atingir os objetivos da organização. 

Os principais tipos de departamentalização são: 

 
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Departamentalização Funcional 

É  o  critério  mais  usual  na  administração.  Os  departamentos  são  agrupados  de  acordo 
com a função organizacional, ou seja, são formados departamentos de Marketing, de Finanças, 
de  Recursos  Humanos,  etc.  Nesse tipo  de  departamentalização  o  agrupamento é  feito tendo 
em  vista  a  semelhança  das  tarefas,  habilidades  e  recursos  para  a  execução  de  cada  função 
específica. 

Departamentalização por Produto 

Neste  tipo  de  departamentalização  as  divisões  são  agrupadas  por  tipo  de  produto  ou 
serviço.  Uma  grande  empresa  poderia  ser  dividida  em  setores  de  alimentos  infantis,  de 
bebidas, de limpeza doméstica, etc.  

Este  modelo  é  mais  adequado  quando  as  tecnologias  envolvidas  na  fabricação, 
comercialização  ou  atendimento  ao  cliente  de  cada  produto  ou  serviço  são  muito  diferentes. 
Um  caso  prático  é  a  da  empresa  GE,  que  fabrica  desde  turbinas  de  avião  até  lâmpadas  e 
equipamentos médicos. Como cada produto é muito diferente, suas cadeias de suprimento e 
distribuição são diversas, faz mais sentido dividir os departamentos por tipo de produto.  

Desta forma cada administrador está mais capacitado a focar nos aspectos importantes 
de  cada  setor,  de  maneira  que  possa  sempre  inovar  e  atender  aos  clientes  de  uma  maneira 
mais adequada. 

Departamentalização por Cliente 

Este  tipo  de  departamentalização  ocorre  quando  a  empresa  tem  clientes  com 
necessidades muito diferentes, o que justificaria um atendimento personalizado a cada tipo de 
clientela.  Em  um  banco  pode  haver  uma  gerência  para  clientes  corporativos  e  uma  gerência 
para clientes pessoa física. Desta forma o administrador alocará recursos, pessoas e atividades 
mais condizentes com as necessidades e demandas de cada clientela. 

Departamentalização Territorial ou Geográfica   

A departamentalização geográfica é interessante quando a empresa está distribuída em 
um  território  muito  grande.  Neste  caso  é  importante  a  empresa  descentralizar  recursos 
específicos  para  cada  região.  Outro  aspecto  é  a  necessidade  de  acesso  a  matérias‐primas, 
mercados consumidores e pessoal qualificado. 

Os  administradores  ficam  especializados  nas  demandas  e  especificidades  de  cada 


região. Uma empresa poderia ter gerência da região Sul, da Região Sudeste, Nordeste, etc. 

 
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Departamentalização por Processo 

Neste  tipo  as  atividades  e  recursos  são  agrupados  em  torno  de  processos‐chave 
específicos  da  empresa,  como  poderiam  ser  os  setores  de  pintura  e  montagem  em  uma 
montadora  de  automóveis.  Os  profissionais  encarregados  de  cada  processo  estariam 
localizados nos setores responsáveis pelos mesmos.   

Vamos analisar agora algumas questões sobre este tema? 

1. (CESPE – MIN. ESPORTE ‐ ADMINISTRADOR – 2008) A descentralização administrativa tem 
como vantagem básica a maior uniformidade dos procedimentos da organização.  
 
2. (CESPE – BASA / ADMINISTRAÇÃO – 2010) A descentralização ocorre quando o gerente 
transfere, por intermédio de uma portaria interna, determinada atribuição para os 
coordenadores de áreas subordinadas a sua gerência, com o conseqüente repasse de 
autoridade para sua realização.  
 
3. (CESPE – BASA / ADMINISTRAÇÃO – 2010) Ao adotar a descentralização, o gerente de uma 
agência bancária tem como vantagem extinguir o risco de superposição de esforços para 
realização de uma tarefa.  
 
4. (CESPE – EMBASA / ADMINISTRAÇÃO – 2010) O agrupamento de pessoas em 
departamentos e de departamentos na composição da organização identifica a estrutura 
de uma organização.  
 
5. (CESPE – EMBASA / ADMINISTRAÇÃO – 2010) A descentralização em favor dos empregados 
é maior nas estruturas não rotineiras, onde muitas decisões são tomadas por eles.  
 
6. (CESPE – MDS / ADMINISTRADOR – 2006) Uma empresa deve ter, em todos os seus níveis 
hierárquicos, os mesmos critérios de departamentalização.  
 
7. (CESPE – MDS / ADMINISTRADOR – 2006) É comum empresas usarem diferentes critérios 
de departamentalização na mesma estrutura organizacional.  
 
8. (CESPE – MDS / ADMINISTRADOR – 2006) O uso do critério de departamentalização por 
processo deve ficar restrito ao primeiro nível hierárquico das empresas. 
 
9. (CESPE – PETROBRÁS / ADMINISTRADOR – 2007) Na departamentalização por produtos, o 
agrupamento da estrutura organizacional é feito em função dos clientes da empresa e de 
suas necessidades. 
 
10. (CESPE – SERPRO / GESTÃO EMPRESARIAL – 2008) Acerca de delegação e descentralização, 
é correto afirmar que departamentalização por divisão do trabalho se caracteriza como 
uma atividade de descentralização, pois transfere atividades e responsabilidades de uma 

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unidade para outras e documenta essa transferência por meio do registro nos regimentos 
da organização. 
 
11. (CESPE – SERPRO / GESTÃO EMPRESARIAL – 2008) Na elaboração de organograma, órgãos 
de níveis hierárquicos diferentes mas no mesmo nível administrativo devem ser 
apresentados lado a lado e o de menor nível hierárquico deve ser apresentado em 
retângulo menor que o órgão de maior nível hierárquico.  
 
12. (CESPE – SEAD / PERITO ADM. – 2007) Na departamentalização por processos, as 
atividades são agrupadas de acordo com as necessidades variadas e especiais dos clientes 
ou fregueses da empresa.  
 
13. (CESPE – HEMOBRÁS/ ADMINISTRADOR – 2008) Diz‐se que há descentralização quando 
ocorre transferência de atividades de uma unidade organizacional para outras unidades a 
ela subordinadas, com a conseqüente alteração dos regimentos internos da organização.  
 
14. (CESPE – CEF / ENGENHEIRO – 2006) Organograma é um gráfico que representa a 
organização formal, configurada na estrutura que foi delineada pelo estatuto, contrato 
social, acordo de acionistas, regimento interno. Permite visualizar os órgãos componentes, 
a via hierárquica, a subordinação, o intinerário da comunicação e a interdependência entre 
as partes do todo. 
 
15. (CESPE – CETURB‐ES/ADMINISTRADOR – 2010) Os grupos informais, alianças não 
estruturadas formalmente pela organização, agem em interesse próprio e, por vezes, são 
mais fortes que os grupos formais. 
 

Gabarito: 

1‐E  6‐E  11‐E 

2‐C  7‐C  12‐E 

3‐E  8‐E  13‐C 

4‐C   9‐E  14‐C 

5‐C  10‐C  15‐C

Bibliografia: 
 
Chiavenato, I. Administração Geral e Pública. Ed. Elsevier, 2º Ed. 2008. 
Daft, R. L. Management. Ed. Southwestern Thompson, 7º Ed. 2005. 
Robbins, S.P.; Coulter, M. Administração. Ed. Prentice Hall, 5º Ed.1998. 
Schermerhorn, J.R.J. Management. Ed. John Wiley & Sons, 9º Ed. 2008 
11  http://www.euvoupassar.com.br     Eu Vou Passar – e você? 
 
Sobral, F.; Alketa, A. Administração: teoria e prática no contexto brasileiro. Ed. Pearson Prentice Hall, 1º Ed. 2008. 
 
 
 
Por hoje é só!  Qualquer dúvida estarei disponível no e‐mail abaixo. 
Bons estudos e sucesso!! 
 
Rodrigo Rennó 
rodrigorenno@euvoupassar.com.br 

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