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INTRODUÇÃO
Somente aqueles que têm seus corações movidos pela compaixão se mobilizam na direção
de atender necessidades. A parábola do bom samaritano (Lucas 10.29-37) revela um dado
importantíssimo. Tanto o sacerdote quanto o levita viram o homem à beira do caminho, mas
somente o samaritano “chegou perto” e se colocou na situação onde seu coração pôde ser
movido pela compaixão. O desafio não é a multidão. O desafio é a ausência de gente
compadecida da multidão. Missões não é fruto de informação. Missões é fruto de compaixão.
Jesus adverte que os campos estão prontos para a colheita, mas os trabalhadores são
poucos. As multidões estão sem pastores, ou porque de fato não há pastores no meio das
multidões (são poucos os trabalhadores para a seara) ou porque os pastores, que estão no
meio das multidões, estão pastoreando a si mesmos. O desafio não está na multidão. O
desafio é encontrar operários para a colheita, pastores para a multidão. O desafio está em
fazer, os que têm a água da vida para oferecer, transcenderem o pastoreio de si mesmos,
abandonando, assim, suas zonas de conforto para que possam pastorear as multidões.
CONCLUSÃO
Uma igreja que vive sob a promessa da vitória contra as portas do inferno, tem em seu
próprio comodismo o maior adversário ao avanço missionário-evangelístico.
Campanha 2004 da Junta de Missões Mundiais da Convenção Batista Brasileira
Esboços de sermões com ênfase missionária
Tema: A evangelização na perspectiva de Jesus
Texto: Mateus 9.35;10.13
Sermão 02: Os fundamentos da evangelização
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INTRODUÇÃO
Jesus pregava, ensinava e curava. O anúncio da chegada do reino pressupõe um novo estilo
de vida, o que justifica o ensino-discipulado, mas também, e principalmente, uma nova
dimensão de existência, onde a graça de Deus começa a restaurar todas as coisas e
dimensões da vida humana. Curar também é tarefa da igreja. Seja a cura física, dos
relacionamentos, da alma, das relações sociais, e de tudo quanto o ser humano faz e sofre
enquanto está longe de Deus e escravizado do mal, pois para isso o Filho do Homem se
manifestou, para desfazer as obras do Diabo (1João 3.8), trazendo salvação, libertação e
restauração (Lucas 4.18-21).
CONCLUSÃO
INTRODUÇÃO
Rogar ao senhor da seara é uma tarefa de toda a igreja. A oração tem sido vista como
atividade de menor importância, como por exemplo quando dizemos que não basta orar, ou
desdenhamos dos que nos recomendam a oração com um comentário do tipo, “mas só isso,
só orar”. Deus age no mundo dos homens através das orações dos homens. Todos os
cristãos devem se comprometer a orar por operários para a colheita. Nenhuma situação é
mais diponibilizadora do que a oração intercessória. Quem ora se compromete. E quem se
compromete recebe delegação. Por esta razão, ninguém é mais ativo no reino de Deus do
que o intercessor.
As chamadas ordenanças, batismo nas águas (Mateus 28.18-20) e ceia memorial (Mateus
26.20-29), foram entregues aos doze apóstolos. Nesse caso, os doze apóstolos representam
ou a totalidade dos discípulos de Jesus, ou uma igreja local, mas jamais uma casta especial
de cristãos ou um segmento específico da Igreja. Assim, também é com a Grande Comissão
e a tarefa da evangelização mundial. Todos os discípulos de Jesus foram comissionados no
comissionamento dos doze apóstolos.
Jesus chamou a si os seus discípulos e lhes deu poder e autoridade. Poder e autoridade são
prerrogativas de discípulos, e não de pastores, missionários, apóstolos e bispos. Mais uma
vez, todos os discípulos, toda a Igreja de Jesus está convocada para a obra da
evangelização. Todos os cristãos possuem os mesmos direitos, privilégios e
responsabilidades em Cristo.
CONCLUSÃO
INTRODUÇÃO
Vivendo períodos e contextos de dificuldades econômicas, não são poucos os que usam a
falta de dinheiro como desculpa para o não comprometimento com a obra missionária. Mas a
verdade é que o dinheiro nunca foi o fator determinante da obra de evangelização. Jesus
deixou claro quais eram os recursos para a evangelização, ao ensinar três princípios que
demonstraram que o dinheiro não deveria ser uma preocupação que impedisse os discípulos
de avançar na evangelização.
De graça recebestes, de graça dai. Todo o benefício da evangelização está pago na cruz do
Calvário, onde Jesus satisfez a justiça de Deus, rasgou o escrito de dívida que pesava contra
todos os seres humanos, e expôs os satânicos credores ao desprezo público (Colossenses
2.13-15). Jesus pagou uma conta, não ao Diabo e ao inferno, mas a Deus e sua justiça.
Jesus nunca deveu satisfação ao Diabo. Sempre agiu para fazer única e exclusivamente a
vontade do seu Pai. Por esta razão, o evangelho é oferecido com a convocação do profeta
Isaías: “Venham, todos vocês que estão com sede, venham às águas; e vocês que não
possuem dinheiro algum, venham, comprem e comam! Venham, comprem vinho e leite sem
dinheiro e sem custo” (55.1).
O milagre da multiplicação dos pães e peixes (João 6.1-13) ensina que, quem paga a conta
do reino de Deus, é Deus. O menino que doou seus pães e peixes comeu bem mais do que
cinco sanduíches e ainda sobraram doze cestos. Ninguém pode doar ao reino de Deus e ficar
com menos do que possuía antes de doar. Deus não transfere suas dívidas a terceiros. A
recomendação de Jesus aos seus discípulos foi para que não levassem seus bens e
poupanças para o campo missionário, pois Deus sabe da dignidade do trabalhador e sabe
remunerar abundantemente aqueles que são seus.
Aqueles que estão ocupados com o que comer ou beber ainda estão vivendo como gentios,
servindo a dois senhores, e não aprenderam que todas as coisas nos são dadas por Deus
quando buscamos seu reino e justiça em primeiro lugar (Mateus 6.24-33). O anúncio da boa
notícia do reino sempre abrirá casas para que os discípulos comam e bebam à mesa da
comunhão, onde todos, os que abrem mão do que possuem, recebem cem vezes mais, já no
presente, e no porvir a vida eterna (Marcos 10.28-31; Lucas 10.4-9).
CONCLUSÃO
Desde menino ouço pastores dizendo que os missionários voltarão do campo caso a igreja
não contribua financeiramente. Não admito esta possibilidade. Creio conforme Hudson
Taylor, precursor da evangelização da China que disse: “a obra de Deus, feita segundo a
vontade de Deus, jamais terá falta dos recursos de Deus”. Dão e sofrem prejuízo, não
engajados, mas os que se omitem diante de Deus e seu reino.