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Introdução á administração Pública

O Estado:

1. A Sociedade:
Elementos característicos da sociedade:
a. Finalidade Social ou Valor Social: a primeira discussão feita
acerca disso é a questão da existência da finalidade. O próprio
Aristóteles coloca que não há uma finalidade. Mas os filósofos
finalistas (aqueles que acreditam na finalidade) defendem que a
finalidade é o bem comum. Mas aí surge a questão: “que bem
comum é esse?”. Segundo o Papa João XXIII: “O bem comum
consiste no conjunto de todas as condições de vida social que
consintam e favoreçam o desenvolvimento integral da
personalidade humana. Valores espirituais, materiais, intelectuais,
enfim tudo o que cada ser humano ache necessário para a
expansão de suas potencialidades”. Mas visto em nossa
sociedade, fica muito claro que a mesma não consegue atingir o
bem comum, não só material, como moral, intelectual. Ás vezes
uma pessoa é muito rica, mas é prisioneiro dessa riqueza e acaba
não fazendo o que gosta. De modo que a sociedade muitas vezes
tolhe a liberdade das pessoas.
b. Ordem social e jurídica (manifestações de conjuntos ordenados):
Não são necessariamente escritas, podem ser pelos costumes,
mas tem que haver algumas regras para que haja uma vivência
harmoniosa. Há 3 registros para que essa ordem se estabeleça:
1. Reiteração: reiterar significa repetir. Alguma coisa para
virar costume tem que ser reiterada, ou seja para que a
ordem seja estabelecida as normas tem que ser
repetidas.
2. Ordem: Questões das normas jurídicas, de cumprir ou
não e ser punido, ou seja, se não cumprir você aceite
que pode ser punido, mesmo não sendo uma lei.
3. Adequação:Adaptação das normas ao meio social, vendo
o que é aceito ou não, ou seja, analisando a realidade
social para impor as normas.
c. Poder Social: Poder é um fenômeno social consistente na relação
entre duas ou mais vontades.
Existe a discussão se há ou não há a necessidade de haver
poder social. Alguns acreditam que para existir sociedade não
haveria necessidade de poder, mas a maioria acredita no
contrário.
Há outra questão que é a legitimidade e não legitimidade do
poder, ou seja, sua aceitação. A ditadura no caso não é um poder
legítimo mas os ditadores ficam querendo fazer aos demais
crerem que é legítimo. Por isso essa questão entra na
democracia ou na falta dela.
2. O Estado:
Há uma discussão sobre o surgimento do Estado. Alguns acreditam que
surgiu naturalmente, outros acreditam que o homem fez um contrato abdicando
do poder individual para obedecer as regras impostas por outros a fim de
estabelecer a harmonia. Segundo Hegel a propriedade privada corrói o homem,
pois ele é bom por natureza. Vários filósofos discutiram essa questão a fim de
tentar explicar o Estado. Muitos autores acreditam que o Estado está em
decadência já que a tendência é cada vez mais o trânsito livre entre os países.
Ou seja, ninguém pode impedir um italiano de entrar na Espanha, porque é
tudo União Européia, que também possui uma moeda só, o euro no caso.
O Estado interfere muito nas empresas privadas, pois abertura,
fechamento, recrutamento, tudo depende do Estado. Então o empresário
precisa entender muito bem o Estado.
 Formação do Estado:
O Estado pode ser formar de 2 formas:
1) Formação Originária: Teoria naturalista, o Estado se formou
naturalmente. Não existia e passa a existir; Teoria contratualista, as
pessoas se reuniram e fizeram um contrato para criar o Estado; Teoria
familial ou patriarcal, as famílias foram aumentando e se juntando e
formaram o Estado; teoria da força ou conquista, um grupo mais forte
domina um lugar e estabelece ali suas normas, teorias econômicas, é o
que os marxistas aceitam. Os indivíduos que tinham o poder econômico
se juntaram e criaram o Estado.
A teoria econômica se aproxima da teoria contratualista, mas a teoria
econômica acredita que as pessoas que tinham um poder econômico se
juntaram. Na verdade a teoria contratualista se aproxima um pouco de
cada teoria mas o que muda é o motivo da junção: força , dinheiro, etc.
2) Formação derivada: É quando o Estado já existia e passa a existir
outro. Por exemplo: quando houve a divisão da Alemanha. Pode ser por
fracionamento (Alemanha dividida) ou por união ( reunificação da
Alemanha).
3. Evolução Histórica do Estado.
a) Estado antigo, oriental ou teocrático. (sociedades mais antigas:
Mesopotâmia, etc).
b) Estado Grego (polis, cidade-estado).
c) Estado Romano (baseado nas famílias; a questão do público e
privado não era tão claro como hoje).
d) Estado Medieval (cristianismo se fortalece; igreja com papel muito
importante).
e) Estado Moderno ( A administração pública será estudada nesse
Estado moderno, que é hoje).

Elementos do Estado Moderno: Soberania, Território, povo e finalidade.

 Soberania:
a) Indivisível
b) Inalienável
c) Imprescritível
d) Una
- Objetos da soberania: Indivíduos.
- Significados da soberania: interno e externo

 Território:
a) Território, patrimônio e propriedade.
b) Território – objeto: domínio
c) Território Espaço ou território sujeito: o território é uma extensão da
soberania do Estado. É como se o território fosse uma conseqüência
do Estado, não poderia existir sem ele.
d) Território competência: o território é o âmbito de validade da ordem
jurídica do Estado, ou seja, o território é o ambiente aonde as normas
jurídicas do Estado valem.
Aspectos fundamentais da relação Estado – território:
1) Não existe Estado sem território ( pode até haver território sem Estado,
mas Estado sem território não).
2) O território estabelece a delimitação da ação soberana do Estado.
3) O território é o objeto de direitos do Estado. (dentro do território o Estado
exerce as normas jurídicas).

3. O povo
Diferença entre população (aspecto numérico, conjunto de pessoas que
estão em um local, é só uma questão quantitativa); nação (comunidade,
conjunto de pessoas, que tem uma comunhão formada por laços históricos e
culturais ascentada sobre um sistema de relações de ordem objetiva). Povo
(conjunto de indivíduos que através de um momento jurídico, se unem para
constituir o Estado, estabelecimento com este um vínculo jurídico de caráter
permanente).

Obs.: a nação precisa de um Estado para existir, por sinal podem haver nações
diferentes em um mesmo território, ou mesmo nações sem território
(palestinos).
O povo tem mais a ver com a questão jurídica. Uma pessoa pode nascer na
Itália, mas vir para o Brasil liderar uma revolução e criar um Estado e ficar
governando. Assim, ele vai pertencer ao povo, mas não da nação. No entanto,
é muito raro encontrar os dois divididos. Resumidamente: população (laços
numéricos); nação (laços históricos e culturais); povo ( laços jurídicos).

4. Finalidade
 1ª classificação:
- Fins objetivos universais (alguns autores acham que determinados
objetivos valem para todos os Estados)
- Fins Objetivos Particulares de cada Estado ( já outros autores dizem
que cada Estado tem seus fins objetivos particulares que vão depender do
momento, da cultura, etc. E outros autores acreditam que Estados
diferentes tem fins particulares, mas também procuram atingir alguns
objetivos universais)
- Fins subjetivos: os fins do Estado é a combinação dos fins das
pessoas.
 2ª classificação:
1) Fins Expansivos: Estados que preconizam o crescimento desmesurado
do Estado a um ponto que anula o indivíduo. (ditadura).
2) Fins limitados: minimização do Estado principalmente no âmbito
econômico. (Estados Liberais).
3) Fins Solidários ou relativos: as ações humanas advêm de uma
solidariedade que existe no íntimo dos indivíduos, e quando ela se
externaliza, passa a pertencer ás atividades essenciais do Estado, que
representa as manifestações sistemáticas da vida solidária entre os
indivíduo. Com isso a sociedade iria conservar, ordenar e ajudar, estas
são as 3 grandes categorias do Estado.
 3ª classificação:
1) Fins exclusivos: O Estado busca os fins sozinho, como administração
pública. P/ ex.: segurança militar do território brasileiro, vigilância
sanitária.
2) Fins concorrentes: o Estado busca os fins junto com as empresas
privadas. É a que se aproxima mais da realidade. P/ ex.: a área de
saúde, educação, etc. há uma colaboração entre Estado e Particulares.

Estado e Direito
Estado:

Caráter jurídico do Estado:


• Contratualista ( direitos e deveres fundamentais à coletividade): jurídica
e política.
• Ficcionistas.
• Realistas  Organicismo Biológico: É como se o Estado fosse uma
pessoa maior, uma analogia com o organismo biológico.
 Científicos: Vê como organismo, mas mais ligado à ética.
Todas essas correntes acima pensam o Estado como sujeito no sentido
jurídico, ou seja, o Estado não é uma essência, não é uma substancia, mas
uma capacidade criada via vontade jurídica. Resumidamente, o Estado é
um sujeito, mas não tem essência, se certa empresa sonega impostos, não
se pode prender ela, vai se prender os responsáveis por ela.
• Max Seidel: Discorda dos que estão acima. O Estado não é sujeito
de direitos e sim um objeto de direitos e uma vontade superior do povo.
Ou seja, se pensar o Estado como sujeito ela teria que ter direitos como
pessoa, então seria melhor tê-lo como objeto para não dar para ele uma
personificação. Aí o governo preferiu tê-lo como sujeito, mas fazer uma
despersonificação do mesmo.

Caráter político do Estado: coordenar os grupos e indivíduos para certos fins,


impondo os meios adequados. Para isso, deve-se considerar:
a) Necessidade do povo X possibilidade de atendimento
ao povo. Os recursos são escassos tem que se juntar a necessidade
com a possibilidade.
b) Indivíduos X Coletividade: deve-se considerar o
direito individual, mas também atendendo as necessidades da
coletividade.
c) Liberdade das pessoas e organizações privadas X
autoridade do Estado. Ex.: Lei seca tolheu a liberdade do individuo, usou
de sua autoridade, pois acreditou que isso seria o melhor para a maioria.

Mudanças no Estado:
Ordem X Dinamismo:
a) O ordenamento jurídico (constituição, código civil,
etc.) deve ser entendido como uma totalidade dinâmica, isto é,
considerando sempre a experiência, refletindo a realidade social. As
regras tem que ser dinâmicas para se adaptarem a situação da
sociedade em dada época.
b) No Estado adequado, a aceitação dos conflitos de
opiniões e de interesses devem ser fatos normais, componentes do
processo dialético.
c) Deve-se considerar a multiplicidade de valores que
convive em qualquer meio social: segurança, crescimento econômico,
equilíbrio financeiro, igualdade de oportunidades, distribuição de renda e
liberdade individual.

Estado e Governo
Democracia:
Tipos de representação: política, profissional, corporativa e institucional.

Política:
Partidos:
1. Quanto à organização interna  ?
 De massa (quantidade).

2. Quanto à organização externa  Partido único.


 Bipartidarismo.
 Pluripartidarismo.

3. Quanto ao âmbito de atuação  Vocação universal.


 Vocação nacional.
 Vocação Regional.
 Vocação Local.
Profissional:
Sindicatos  Reformistas
 Revolucionários

Associações patronais:
Corporativa: são aquelas que surgem naturalmente das necessidades da
sociedade.
Institucional:

Sufrágio: é um direito público do sujeito, o voto. Ele pode ser universal ( todos
os indivíduos independente da raça, idade, etc.) ou restrito ( p/ ex.: quando as
mulheres não podiam votar). É importante notar que não há como haver um
sufrágio perfeitamente universal, deve-se enquadrar ao contexto. P/ ex.: uma
criança de 5 anos não pode votar , só a partir dos 16 anos.

Sistemas Eleitorais:
• Representação majoritária: certo número de candidatos onde o que
tem maior número de votos ganha.  Maioria Relativa: certo prefeito
ganha a eleição mas não é com mais de 50% dos votos, p/ ex.:
ganhou com 30 mil votos mas os outros prefeitos juntos ganharam
mais votos, então o prefeito ganha mas não pelo maioria inteira, mas
sim, pela maioria relativa.
• Representação Proporcional: percentual de votos é proporcional ao
percentual de vagas obtidas pelo partido.
 Quociente eleitoral: Número de votos válidos = Q.E.
Número de vagas

 Quociente partidário: Número de votos do partido x = Q.P (do partido x)


Q.E.

Sendo: número de votos válidos = todos os votos – nulos e brancos


e Q.P. = número de vagas

Exemplo: Partido x ganhou 30 mil votos e o partido y ganhou 20 mil votos


e tem 10 vagas na cidade para vereador. Logo:

Partido x  QE= 50000 = 5000


10
 QP = 30000 = 6 vagas serão para o partido x
5000

Partido y  QE = 50000 = 5000


10
 QP = 20000 = 4 vagas para o partido y
5000

No entanto, se ao fazer os cálculos ficar faltando vagas, deve-se refazer


os cálculos, assim:
Partido x ganhou n votos
Partido y ganhou n votos
Número de vagas: 10
Se ao resolver os cálculos, os valores encontrados fossem: QPx = 6
QPy = 3
Deve-se resolver pelo quociente de sobra:
QS = número válidos do partido
Número de vagas obtidas + 1

QSx = n = n
Quem obtiver o maior valor leva a
6+1 7
vaga e o outro volta ao que era
QSy = n = n
antes. Nesse caso, se y ganhasse o
3+1 4
partido y teria 4 vagas e o x teria 6.
e se sobrarem 2 votos?
Partido x = t votos
Partido y = d votos
Numero de vagas= 10

QPx = 5  QSx = t = t
5+1 6 O maior valor ganha 1 vaga. Aí tem que fazer
de novo para saber quem vai ficar com a outra
QPy = 3  QSy = d = d vaga.
3+1 4

Se t ganhasse as 6 vagas e d ficaria com 3, teria ainda que resolver a segunda


vaga…. Assim:

QSx = t = t
6+1 7
O maior valor leva a 2ª vaga.
QSy = d = d
3+1 4

O Estado Constitucional

Constituição Formal X Constituição Material


Separação de poderes: O poder é único, não pode ser dividido. Na verdade o
que há são divisões de funções. No Estado essas funções são executivas
legislativas e judiciárias. Mas na fala comum todo mundo chama poder
executivo, poder legislativo e poder judiciário. Mas teoricamente está errado,
não há divisão de poder, o poder é único.

Presidencialismo X Parlamentarismo:
Presidencialismo  características:
1) O presidente é chefe do Estado e do governo.
2) A chefia do Executivo é representada por uma pessoa só.
3) O mandato tem prazo determinado.
4) O presidente tem poder de veto.
Parlamentarismo  características:
1) Distinção entre chefe do Estado e do Governo. São 2 pessoas diferentes
( ex.: Inglaterra – rainha é chefe de Estado , primeiro ministro é chefe de
governo).
2) O mandato do chefe de governo (primeiro ministro) não tem prazo
determinado. Depende da composição do governo. Se a chefe de
Estado quiser e for conveniente o primeiro ministro pode ficar até
cansar.
3) Possibilidade de dissolução do parlamento: o 1º ministro pode dissolver
o parlamento e convocar novas eleições. O 1º ministro. Caso encontre
problema para governar pode pedir para sair ou convocar novas
eleições, mas para fazer isso ele tem que se garantir muito, pra ser
reeleito por um novo parlamento escolhido pelo povo. No caso, o 1º
ministro quando tiver encrencado pode usar a desculpa de que o
parlamento é que ta ruim e então dissolve o parlamento e convoca
novas eleições.

Constituição:
Constituição material (ou sociológica): Questões econômicas, políticas e
ideológicas.
Constituição Substancial: Normas que tratam da forma do Estado, forma de
governo, modo de aquisição e manutenção de poder e os limites de atuação do
poder.
Constituição Formal: É o oposto dos que estão acima. É a forma da
constituição. É um conjunto de normas legislativas constitucionais que se
distingue das normas não constitucionais, por serem produzidas por um
processo legislativo mais complexo, mais solene (assembléia constituinte,
quorum especial).
Obs.: as constituições material e substancial fazem parte da essência da
constituição.

Classificação das constituições:


1. Quanto á forma:
- Escrita
- Consuetudinária
2. Quanto á origem:
- Promulgado: deriva de assembléia constituinte, eleita pelo povo,
democracia.
- Outorgado: Quando há uma imposição da norma, ditadura.
3. Quanto á extensão da matéria:
- Sintética ou concisa: tem reduzido o número de normas. Estabelece
os princípios gerais, as regras que norteiam a organização estatal e a forma e
os limites do exercício do poder.
- Analítica ou prolixa: trata de matérias que não são substancialmente
constitucionais. Estabelece programas que precisam ser regulamentados.
4. Quanto á mutabilidade:
- Rígida: só pode ser alterada via procedimentos formais especiais, ou
seja, mais complexo do que o das leis consuetudinárias.
- Flexíveis: As normas podem ser alteradas pelo mesmo procedimento
das leis ordinárias (leis que estão abaixo da constituição: código civil, código
penal, etc.).
- Semi-rígida: uma parte é rígida e outra é flexível.

 Classificação da constituição brasileira de 1988:


- Escrita
- Promulgada ( é feita de baixo pra cima, visa primeiro aos interesses
do povo).
- Analítica
- Rígida

Os 5 principais princípios da constituição:


Legalidade
Impessoalidade
Moralidade
Publicidade
Eficiência

Administração Pública
Sentido do vocábulo administração pública:
a) Formal (subjetivo): pessoas jurídicas; órgãos públicos; agentes
públicos.
b) Material (objetivo): é a natureza das atividades exercidas pelos
sujeitos. É a própria função administrativa, exercida predominantemente
pelo poder executivo.
Pondo em prática: na UFPE, a UFPE é a pessoa jurídica, e o CCSA é o órgão
público. E o professor é o agente público, aí a aula que ele dá é o material.

Divisão da adm. Pública:


• Administração direta: o presidente se utiliza dos ministérios para
desconcentrar o poder, o que ajuda ele a administrar.
• Administração indireta: outra pessoa jurídica. É aqui que entra as
empresas estatais e as autarquias há uma descentralização.

Regimes jurídicos da adm. Pública:


• Regime jurídico público: a adm. Pública que está sob esse regime tem
certas prerrogativas.
• Regime jurídico privado: menos prerrogativas.

Princípios da adm. Pública:


1. Legalidade: A adm. Pública só pode fazer o que a lei permite, não existe
autonomia da vontade. Só faz o que é permitido em lei.
2. Supremacia do interesse público sobre o interesse privado: O interesse
público é superior ao interesse privado. Há indisponibilidade do interesse
público. O servidor não pode querer ou não querer alguma coisa, ele
não tem essa autonomia para impor sua vontade.
3. Impessoalidade:
- Em relação aos administrados ( da adm. Pública para os particulares)
Não pode haver privilégios entre um e outro.
- Em relação á própria adm. Pública ( dos particulares para a adm.
Publica) Quem responde pelo servidor público é o órgão. Se você for
tratado mal por algum professor, você não entra na justiça com o nome do
professor, mas com o nome do órgão.
4. Presunção de legitimidade e veracidade:
Parte-se do pressuposto de que o que a adm pública faz é certo, é
verdadeiro. Mas isso não é absoluto, pois pode acontecer que o servidor
público erre. Mas se houver esta suspeita, tem que se provar que a adm.
Publica está errada.
5. Especialidade:
Permite que o governo especialize suas atividades. Permite descentralizar
suas atividades. Ou seja, abre espaço para a adm. Indireta ( empresas
estatais e autarquias). O principio da especialidade justifica a existência da
adm. Indireta.
6. Controle ou tutela
A administração direta fiscaliza a adm. Indireta segundo este principio. Ex.:
O ministério da educação fiscaliza as universidades federais.
7. Autotutela ou autocontrole
A adm. Publica exerce controle sobre seus próprios atos, podendo anulá-los
ou revogá-los. Ou seja, a própria adm. Direta se fiscaliza, assim como a
adm indireta.
8. Hierarquia
Coordenação e subordinação. Coordenação está no mesmo nível
hierárquico, ex.: 2 servidores do mesmo setor, o secretário de turismo e os
secretário de ciência e tecnologia são ligados por uma relação de
coordenação; subordinação existe quando há diferentes níveis hierárquicos.
9. Continuidade do serviço público:
O serviço público, segundo o principio, não deve parar.
10. Publicidade
Todos os atos praticados pela adm. Publica devem ser possíveis de ampla
divulgação, ressalvando as hipóteses de sigilo previsto em lei.
11. Moralidade Administrativa:
Honestidade dentro da adm. Publica. É o principio mais difícil de se
identificar, pois é muito abstrato, e um servidor pode usar da legalidade mas
ao mesmo tempo ta fazendo algo de má fé. P/ ex.: um chefe não gosta de
certo servidor e por isso, manda-o trabalhar em Roraima, é um ato legal,
mas é de má fé.
12. Proporcionalidade:
Uma medida pública, tem que ter uma proporção adequada entre os meios
que emprega e os fins que deseja alcançar, ou seja, é a adequação entre
os meios e os fins de um ato público.
13. Razoabilidade:
Uma medida tem que ser oportuna, conveniente (sem causar
constrangimentos desnecessários) e proporcional. A proporcionalidade é
um subconjunto da razoabilidade.
14. Motivação (justificação)
Todo ato público tem que ser justificado. A adm pública deve indicar os
fundamentos de fato e de direito de suas decisões públicas.
15. Eficiência
Abarca 2 características: o modo de atuação do agente público e o modo de
organizar, estruturar e disciplinar a adm. Pública. No primeiro, ele tem que
buscar ser o mais eficiente possível, diante dos bloqueios da adm. Pública.
E no 2º, diz que a organização deve estar feita da melhor forma possível.
16. Segurança Jurídica:
Esse principio veda a aplica;cão retroativa da nova interpretação da lei para
situações reconhecidas e já consolidadas anteriormente.

Administração Indireta X Administração Direta

Administração direta do Estado (advém da desconcentração):


São todos os órgãos integrantes das pessoas jurídicas políticas (ou seja, na
são qualquer pessoa jurídica, tem que ser política, ex.: União, estados
membros, municípios e distrito federal) que são as pessoas as quais a lei
confere o exercício das funções administrativas, ex.: ministérios, delegacias,
postos de saúde.
Administração indireta (advém da descentralização):
A adm. Pública opta ás vezes, por transferir a execução de determinada
atividade pública á pessoas jurídicas autônomas, que são:
• Autarquias
• Empresas Estatais  Empresas Públicas
 Sociedades de economia mista
• Fundações Públicas  de direito público
 de direito Privado

Autarquias:
Caracterísitcas:
1) Criação e extinção por lei: só pode ser criada ou extinta por lei, nem o
presidente pode, do nada, acabar com uma autarquia.
2) Está sujeita ao regime jurídico público
3) Capacidade de auto-administração
4) Especialização dos fins ou atividades públicas descentralizadas. É
criada para desempenhar determinadas atividades, determinados fins
específicos.
5) Sujeição a controle
6) Dirigentes sujeitos a mandado se segurança. Um processo posto na
justiça é em nome da autarquia, não dos particulares.
7) É regida pela lei 8666/93 nos casos de licitações e contratos (que é o
nome da lei).
Relação da autarquia com a pessoa jurídica politica que a criou:
A autarquia é controla pela pessoa jurídica política que a criou, no entanto
ela tem o direito de exercer a função para a qual foi criada, podendo opor-
se a interferências indevidas. Ou seja, a pessoa jurídica política que criou a
autarquia controla ela, mas ela pode se opor a fazer algo que não condiz
com as suas funções. Agora, ela é fiscalizada periodicamente para ver se
ela está fazendo aquilo para que foi destinada.

Relação da autarquia com os particulares.


A autarquia tem que tratar os particulares de forma impessoal, e o particular
tem que ver a autarquia como a própria adm. Publica.

Empresas Estatais:
São aquelas organizações em que o Estado obtêm a maioria das ações e o
regime jurídico é privado. (por isso é diferente das autarquias. As autarquias
tem privilégios que as empresas estatais não tem).
• Empresas públicas: é uma organização unipessoal, ou seja,
patrimônio próprio e capital exclusivo do Estado. Ex.: caixa
econômica federal, correios, etc.
• Sociedades de economia mista: São organizações em que há
colaboração entre Estado e particulares. O Estado tem mais de
50% das ações com direito a voto. Ex.: banco do brasil, petrobras,
eletrobrás.
Empresas Públicas X sociedades de economia mista.
Traços comuns:
1) Criação, organização e extinção por lei.
2) Personalidade jurídica de direito privado.
3) Sujeição ao controle estatal
4) Derrogação parcial do regime de direito privado por normas de direito
publico. Um pedaço é privado, outro pedaço é publico (regime híbrido)
5) Vinculação aos fins definidos na sua lei de criação.
6) Desempenham atividades econômicas ou atividades de mercado.

Traços distintos:
Quanto a forma de organização
1) Toda sociedade de economia mista tem que ser anônima (S.A.)
2) A empresa publica pode assumir qualquer forma admitida em direito.
 Quanto a composição de capital
1) Sociedade de economia mista = capital publico + capital privado.
Embora o capital publico seja mais do que 50%.
2) Empresas publicas: capital exclusivamente publico.

Fundações (numa fundação, os bens e o patrimônio são mais importantes do


que as pessoas).
Características de qualquer fundação instituída pelo poder publico:
1) Dotação Patrimonial
2) Personalidade Jurídica instituída por lei
3) Desempenham atividades sociais atribuídas ao Estado. Diferente das
autarquias que não fazem atividade social contraria ao mercado.
4) Capacidade de auto-administração.
5) Sujeita a tutela.
6) Criação e extinção por lei. (igual a autarquia)
7) Aplicação da lei 8666/93 (licitação e contratos).
8) Exigências de organização publica na matéria de finanças.
9) Imunidade tributaria, referente ao imposto sob patrimônio, á renda ou
serviços vinculados ás suas finalidades ou as delas decorrentes.
(Qualquer coisa, atividade ligada a fundação está livre de tributação)

Características das fundações de direito publico


Todas as anteriores, mais:
1) Presunção de veracidade e executoriedade dos atos (qualquer ato feito
pela fundação, assim como a autarquia,é tido como verdadeiro).
2) Inexigibilidade de inscrição de seus atos constitutivos no registro civil de
pessoa jurídica. Não precisa fazer inscrição na junta comercial, como
toda empresa precisa fazer para abrir. Por isso, assim como a autarquia,
não tem CNPJ, tem um numero de inscrição.
3) Impenhorabilidade dos bens: não pode penhorar (dar um bem em troca
de dinheiro emprestado para pagar depois) os bens. E sujeição a
processo especial de execução (mesmo que a fundação esteja com
dividas e tal, ela não será prejudicada, terá benefícios para sanar a
divida.

Serviço Público
Em sentido amplo, todos os bens e serviços que o Estado tem
responsabilidade de ofertar para a satisfação das necessidades da
sociedade. Qualquer atividade publica que serve ao interesse publico.
Em sentido estrito (comente as atividade publicas feitas para servidores
públicos): atividade exercida pela própria adm. Publica. É aquilo que é
realmente feito por ser serviço publico. Ex.: no sentido amplo, tanto os
hospitais públicos quanto os privados estão prestando serviço publico de
saúde. Mas em sentido estrito seriam so os hospitais públicos.

 Princípios do serviço publico:


1) Continuidade do serviço publico (n pode parar)
2) Mutabilidade do regime jurídico: os servidores públicos, os usuários do
serviço publico e os contratados pela adm. Publica, não tem direito
adquirido á manutenção de um regime jurídico.
3) Igualdade dos usuários

Classificação dos serviços públicos:


1. Quanto ao sujeito
 Próprios: necessidade coletiva satisfeita pelo Estado
 Impróprios: necessidade coletiva satisfeita pelo privado.
2. Quanto ao objeto
 Serviços administrativos: necessidades internas de organização e
preparação dos serviços prestados.
 Serviços comerciais ou industriais: a administração exerce para atender
as necessidades coletivas de ordem economica.
 serviços sociais: atende as necessidades coletivas essenciais (ex.:
educação, saúde, etc.)
3. Quanto a maneira de satisfazer o interesse geral:
a) Uti Singuli – Utilidade singular – satisfação individual e direitos dos
indivíduos, ex.: serviços de transporte coletivo.
b) Uti Universi – Utilidade Universal – Satisfação coletiva e indireta do
cidadão, ex.: serviços diplomáticos, serviços militares, etc.
4. Qaunto á essencialidade:
a) Originários: São os serviços públicos que são considerados essenciais
pelo Estado.
b) Derivados: São os serviços públicos que não são considerados
essenciais pelo Estado.
5. Quanto a exclusividade
a) Exclusivos: serviços que só o Estado oferece
b) Não Exclusivos: serviços que o Estado não oferece

Licitação
Processo pelo qual a administração publica adquire bens ou serviços, ou se
desfaz de algum bem (licitação maior lance – leilão).
Princípios:
a) igualdade: Visa assegurar igualdade de direitos á todos os interessados
em contratar com a adm publica. Veda o estabelecimento de condições
que impliquem preferência em favor de determinados licitantes em
detrimento dos demais.
b) Legalidade: Todas as fases da licitação estão elecandas na lei 8666/93
de modo que o licitante que se sinta lesado pela inobservância da norma
pode impugnar judicialmente o procedimento.
c) Impessoalidade: A adm. Deve pautar-se por critérios objetivos (procurar
o mínimo de subjetividade possível, evitando roubos)
d) Moralidade: o comportamento da adm publica deve ser não apenas
licito, mas consoante com a moral, os bons costumes, as regras de boa
adm, os princípios da justiça, da equidade e a idéia de honestidade.
e) Publicidade: divulgação da licitação para conhecimento da sociedade,
de modo que os interessado possam se isncrever.
f) Vinculação ao instrumento convocativo: todo procedimento tem que ser
feito de acordo com o edital ou carta convite (tem que acontecer
exatamente como está no edital).
g) Julgamento objetivo: O julgamento das propostas tem quer ser feito de
acordo com os critérios fixados no edital ou carta convite.
h) Adjudicação compulsória: Atribuição do objeto de licitação ao vencedor.
i) Ampla defesa: direito do licitante de se defender de qualquer ato
administrativo em que se sinta prejudicado.

Tipos de licitação:
1) Menor preço  ex.: cante, papel, etc.
2) Melhor técnica  serviço de limpeza
3) Técnica e preço
4) Maior Lance  quando o individuo dar o maior lance. Só serve para
leilão.

Modalidade de Licitação:
1) Concorrência: Realiza-se ampla publicidade e universalidade. Ou
seja, publicação em diário oficial em jornal de grande circulação (ampla
publicidade) e possibilidade de participação de todos os interessados
que comprovem qualificação.
 fases da concorrência:
a) edital: Ato pelo qual a adm divulga a abertura de concorrência,
fixa os requisitos para a participação, define o objeto e as condições
básicas do contrato e conclama todos os interessados a apresentarem suas
propostas. Prazo: 30 dias no mínimo de antecedência (menor preço)
45 dias no mínimo de antecedência (melhor técnica, técnica e preço,
ou empreitada integral).
b) habilitação: São abertos os envelopes entregues pelos licitantes com os
documentos exigidos pelo edital. A adm publica verá as empresas qualificadas.
É nessa fase que se vai comunicar quem pode e quem não pode participar da
concorrência.
- habilitação jurídica: a empresa tem que estar bem constituída na junta
comercial, se ela está regular, etc.
- qualificação técnica e financeira
- regularidade fiscal
- regularidade trabalhista: a empresa não pode ter trabalho noturno, perigoso
ou insalubre para menores de 18 anos, e não pode ter nenhum trabalho com
menores de 16 anos, salvo na condição de aprendiz para maiores de 14 anos.
c) Classificação: fase em que a adm publica ordenara as propostas.
d) homologação: É a aprovação do procedimento por autoridade superior a
comissão de licitação. Verificar-se-á a legalidade do procedimento se tudo
estiver em ordem, a autoridade superior homologará o procedimento, senão se
saneará ou anular-se-á o procedimento.
e) Adjudicação: a autoridade superior que homologou também atribuirá ao
vencedor o objeto da licitação.
- conseqüências da adjudicação:
1. direito do adjudicatário (quem ganhou) de contratar com a
administração publica.
2. Vinculação do adjudicatário (quem ganhou) todos os encargos
estabelecidos no edital e prometidos em sua proposta.
3. sujeição do adjudicatário a todas as penalidades previstas se não assinar o
contrato no prazo e nas condições estabelecidas.
4. Impedimento da adm publica de contratar com qualquer um que não seja o
adjudicatário, a não ser que este desista.
5. Liberação dos licitantes vencidos dos encargos da licitação. Se houver
desistência e o 2º lugar assumir, ele não precisa cumprir tudo que está no
edital, está liberado dessa obrigação uma vez que não foi o 1º. Por isso,
geralmente se faz outra licitação.

2)Tomada de Preços:
Realiza-se entre interessados previamente acadastrados ou que preencham
os requisitos para cadastramento até o 3º dia anterior a data do
recebimento das propostas, observada a qualificação. O registro cadastral
deve ser mantido pelos órgãos e entidades que realizam freqüentes
licitações. A empresa recebe o certificado de registro cadastral, com
validade de até 1 ano.
 etapas para a tomada de preços:
Previamente cadastrados:
1) habilitação
2) edital
3) classificação
4) homologação
5) adjudicação

obs: 2 e 3 quem faz é uma comissão de licitação


4 e 5 quem faz é o autor superior

Não cadastrados:
1) edital
2) habilitação
3) classificação
4) homologação
5) adjudicação
obs: 1,2,3 quem faz é uma comissão de licitação
4 e 5 quem faz é o autor superior

• prazo: o edital deve ser publicado com no mínimo 15 dias de


antecedência da data de entrega das propostas.
Obs.: se o tipo de licitação for:
a) melhor técnica
b) técnica e preço
c) os contratos celebrados sob o regime de empreitada integral.
Então, o prazo é de no mínimo 30 dias de antecedência da data de entrega
das propostas.

3)Convite:
Modalidade em que a administração convida empresas do ramo do objeto da
licitação. Pode participar interessados não convidados, desde que estejam
cadastrados e se manifestem com antecedência de no mínimo 24 hrs da
apresentação das propostas.
Fases:
1) carta convite (no lugar do edital): comunicação por escrito a no
mínimo 3 possiveis interessados, cadastrados ou não, no prazo
mínimo de 5 dias úteis de antecedência de apresentação das
propostas. Deve-se afixar, em local apropriado, copia da carta
convite, e é facultada a publicação em diário oficial.
2) Classificação
3) Homologação
4) Adjudicação
Obs.: não é necessário nem obrigatório (mas não é proibido) haver uma
comissão de licitação para fazer o convite. O mesmo é feito por um servidor
competente, designado pelo órgão.

4)Concurso:
Realizado para escolher trabalho técnico, cientifico ou artisitico, mediante
instituição de premio ou remuneração aos vendedores. (ex.: concursos de
monografias) Não há procedimento especial, a única exigência que se faz é
que o edital e a classificação tem que ter.
O edital deve ser publicado com no mínimo 45 dias de antecedência da
apresentação das propostas. O edital deve conter:
a) as qualificações exigidas dos participantes.
b) as diretrizes do trabalho
c) as condições de realização do concurso e os prêmios a serem concedidos.

5) Leilão:
Modalidade em que a adm publica aliena bens moveis inalienáveis a
administração, ou produtos apreendidos ou penhorados. Aliena-se também
bens imóveis previstos no art. 19 da lei 8666/93. Em qualquer das hipóteses
leva o bem quem der o maior lance.
Procedimento: não há procedimento especifico. Pode ser feito por leiloeiro
oficial ou servidor publico designado pela administração. É obrigatório o
edital que tem que ser divulgado 15 dias antes da data do leilão (no minimo).

6) Pregão:
É feita através de uma medida provisória, mas é uma modalidade.
Licitação para bens e serviços comuns (promovida qualquer que seja o valor
de contratação) em que a disputa pelo fornecimento é feita por meio de
propostas e lances em sua seção publica.
Procedimento:
Fases: interna e externa
Edital
Julgamento
Classificação
(faz-se uma seção publica). O critério utilizado (ou o tipo de licitação) é o de
menor preço. O que não impede que sejam analisados os prazos máximos
para fornecimento, as especificações técnicas e os parâmetros mínimos de
desempenho e qualidade definidos no edital.

Contratos Administrativos
Definição: são contratos sob o regime de direito publico
Caracateristicas:
1) acordo voluntário em que as partes, reciprocamente condicionantes e
condicionadas, coexistem no tempo (as 2 partes wsão obrigadasd a fazer
algumas coisas e tem direitos).
2) Os interesses e finalidades das partes são contraditórios e opostos.
3) Criação de direitos e obrigações recíprocos para as partes

Características exclusivas dos contratos administrativos:


1) presença da adm publica como Poder publico em 1 das partes
2) finalidade publica
3) obediência á forma prescrita em lei
4) Procedimento legal: autorização legislativa para fazer o contrato,
avaliação, motivação (justificativa), orçamento, licitação.
5) Natureza de contrato de adesão: clausulas unilaterais (o contrato de
adesão é aquele me que 1 das partes redige todo o contrato, e o outro
aceita. Ex.: plano de saude).
6) Natureza intuitu persona (ou natureza pessoal): o contrato é celebrado em
razão de condições pessoais do contratado.
7) Presença de clausulas exorbitantes, clausulas que dão privilégios a uma
das partes, no caso a adm publica, já que ela é superior á adm privada.
8) Mutabilidade: Modificação do contrato pelo governo.
alea administrativa (fato do príncipe (presidente) ou fato de
adm (adm. superior manda))
Alea ordinária (risco empresarial, ex.: má adm.)
alea econômica (riscos da economia, ex.: crise dos EUA
agora).
Alea=risco

Principais modalidades de contrato administrativo


1) contrato de concessão: contrato adm pelo qual a adm publica confere ao
particular a execução remunerada de serviço publico ou de obra publica
ou de uso do bem publico para que o explore por suaconta e rusco e nas
conduções contratuais ( a privatização surgiu dentro dessa filosofia)
a) contrato de concessão de serviço publico: a adm transcreve a
execução de um serviço publico a um particular, que se
remunerará por tarifas cobrada aos usuários
b) contrato de concessão de obra publica: a adm delega a execução
e a exploração de uma obra publica a um particular, que se
remunera via cobrança de tarifa aos usuários (ex.: uma empresa
ajeita uma via e cobra pedagio).
c) Contrato de concessão de uso de bem publico: se destina a
outorgar ao particular a faculdade de uso privativo de um bem
publico conforme a destinação normal deste bem.
2) Contrato de compra ou fornecimento: é o contrato por meio do qual a
adm adquire bens para a realização de suas obras ou para dar
continuidade aos seus serviços.
3) Contrato de obra publica: contrato por meio do qual a própria adm
publica (através de seus órgãos ou entidades) realiza, por execução
direta ou indireta, uma reforma, uma recuperação ou uma ampliação de
imóvel publico ou destinado ao serviço publico (é feito pela própria adm
publica, as 2 partes são da adm publica, por isso é diferente do contrato
de concessão de serviço publico, que é empresa publica e privada).
4) Contrato de prestação de serviço: tem por finalidade um atividade
prestada á adm publica para que ela dê continuidade aos seus serviços,
ou atenda ás necessidades da população (particular com adm publica.
Ex.: zeladores, limpeza da UFPE).
5) Contrato de gestão: instrumento firmando entre entidades da adm
publica ou entre entidades da adm publica com organizações sociais,
com vistas á formação de parcerias entre as partes, para fomento e
execução. Relativas ás áreas de ensino, pesquisa cientifica,
desenvolvimento tecnológico, proteção e preservação do meio ambiente,
cultura e saúde.
6) Convenio: é o contrato entre o poder publico e entidades publicas ou
privadas para realização de objetivos de interesses comuns, via mutua
colaboração.
7) Consorcio administrativo: acordo entre 2 ou mais pessoas jurídicas de
mesma natureza e mesmo nível de governo, ou seja:
Adm direta ----------- adm direta
Adm indireta---------adm indireta
E tem que ser do mesmo nível. O único poder no Brasil que não pode te ro
mesmo nível é a União, ou seja, governo federal, o consorcio adm pode ser
feito entre prefeituras por exemplo, mas entre a união não.

Bens Públicos: bens que pertencem á adm. Pública

Classificação:
a) Bens públicos de uso comum do povo: aqueles bens de uso comum do
povo. Ex.: mares, estradas.
b) Bens públicos de uso especial: bens destinados ao serviço da
administração pública. Ex.: edifícios que a adm. Publica utiliza.
c) Bens públicos dominicais: são os bens disponíveis (os únicos regidos por
direito privado). Ex.: utensílios de valor pequeno que podem ser vendidos pela
adm. Publica.
Modalidades:
• Bens de domínio publico do Estado (bens afetados – que estão
sob o regime jurídico de direito público).
São bens afetados a um fim publico, ao quais se compreende os de uso comum do povo
e os de uso especial. Não podem ter qualquer relação jurídica regida pelo direito
privado, só se for desafetado (o bem pode ser desafetado e passa a ser regido pelo
regime de direito privado).
*Não é absoluto porque pode haver o procedimento de desafetação.
• Bens de domínio privado do Estado (bens desafetados- que estão
sob o regime de direito privado).
São bens que constituem o patrimônio da União, dos Estados e municípios, como objeto
de direito pessoal ou real de cada uma dessas entidades. ( regime de direito privado,
parcialmente derrogado pelo direito publico). Lembrando que, como todo bem público
de direito privado, é parcialmente derrogado pelo direito público.

Alienação:
• Os bens de domínio publico são inalienáveis (não podem ser vendidos, a não ser
que sejam desafetados), mas podem ser transferidos entre pessoas de direito
publico. Ex.: a UFPE pode doar um computador para uma escola pública, mas
não para uma privada.
• Os bens de domínio privado podem ser alienados via direito privado, ou podem
ser transferidos via direito público. Mesmo para alienar o direito privado, tem
que se ter o interesse público.

Uso do bem publico por particular:

• Uso normal: é o que se exerce em conformidade com a destinação principal do


bem, ou seja, bens que são utilizados para finalidade que foram criados. Ex.: a
sala de aula foi feita para ter aulas.
• Uso anormal: é o que se exerce com finalidade diferente da qual o bem foi
destinado. Ex.: fechar a rua para o carnaval.
• Uso comum: é o que se exerce em igualdade de condições, por todos os
membros da coletividade.
 Uso comum ordinário: é aberto a todos, sem distinção, sem exigência de
licença nem autorização e sem contrapartida pecuniária (não precisa pagar). ex.:
praia.
 Uso comum extraordinário: está sujeito a restrições. Necessita de outorga
administrativa ou é limitado a certos usuários ou exige remuneração. Ex.: andar
de ônibus.
• Uso privativo: é o uso que a administração confere mediante título jurídico
individual à pessoa física ou jurídica, publica ou privada, para que o exerça com
exclusividade. Ou seja, a adm pública pode conceder para alguma pessoa física
ou jurídica um bem para este usar.
• Título jurídico individual (todos são da adm. Publica para autorizar algo para o
interesse privado): é um instrumento pelo qual a adm. Publica outorga o uso e
estabelece as condições em que será exercido. Pode ser público (obrigatório para
bens de domínio publico): autorização; permissão; concessão. E pode ser
privado (para bens de domínio privado): locação; arrendamento; comodato
(quando divide-se o direito de uso de certo bem).
Obs.: Esses títulos jurídicos individuais públicos são os chamados instrumentos de
outorga do uso privativo.

Estabelecendo uma escala hierárquica, os títulos jurídicos individuais públicos


podem ser:
1º) Autorização
2º) Permissão
3º) Concessão
A autorização é a menos complexa, ou seja, tem maior precariedade e a concessão é
a mais complexa e menos precária.

Autorização: É o ato adminsitrativo, unilateral, discricionário gratuito ou oneroso


(pago ou não) pelo qual a administração consente, a título precario, que o particular
se utilize do bem publico com exclusividade para fins de interesse privado. Tem
caráter transitório em geral, atribui menores poderes e garantias ao usuário, dispensa
licitação e autorização em lei, não cria para o utente (usuario) o dever de usar, mas a
faculdade de usar, pode ser simples (sem prazo) ou qualificada (com prazo). O que
distingue dos outros é que ela é para bens privados.

Permissão: Ato unilateral, discricionário, precário, gratuito ou oneroso pelo qual a


adm publica permite a utilização privativa de bem publico para fins públicos. O
permissionário (que pede a permissão) é obrigado a usar o bem para o fim fixado.
Senão, pode ser retirada a permissão.

Concessão: Contrato administrativo pelo qual a adm. Publica concede ao particular


a utilização privativa de bem publico para que a exerça conforme a sua destinação.
Sua natureza é de contrato de direito publico sinalogmático (significa que tem
direitos e deveres) onerosos ou gratuitos e intuitu persona (contrato que leva em
consideração as características pessoais). A concessão tem prazo fixo. O individuo é
obrigado a utilizar, não é facultada. Também é para fins públicos.
Formação do patrimônio publico
Trata-se da aquisição de bens pelo poder publico.

1) Aquisições regidas pelo direito privado. Ex.: compras, recebimento de doações,


uso capião, herança, etc.
2) Aquisições regidas pelo direito publico. Ex.: desapropriação, requisição de
coisas moveis consumíveis, aquisição por força de lei ou de processo judicial de
execução, investidura.

 Bens públicos em espécie:


1- Terrenos reservados (rio): são os que são banhados pelas correntes dos rios
navegáveis ( fora do alcance das marés). Vão até 15m para a parte da terra,
contados do ponto médio das enchentes ordinárias. Se os rios forem não
navegáveis, conta-se 10m. Podem ser de uso comum, de particulares ou
dominical.
2- Terrenos de marinha (mar): compreendem 33m do preamar médio ( media entre
maré alta e baixa). São bem dominicais sujeitos a (?) (taxa para quem mora na
beira-mar pagar a mais).
3- Terras tradicionalmente ocupadas por índios: pertencem a União, mas os índios
tem direito a posse permanente. São bens públicos de uso especial. (posse= é pra
quem está usufruindo no momento).
4- Terras devolutas (vazio,desocupado) – São terras não utilizadas pelo poder
público nem pelo particular. São bens dominicais (pode ser negociado no
mercado). As terras devolutas indispensáveis á defesa das fronteiras, das
fortificações e construções militares, das vias federais de comunicaçÃo e á
preservação ambiental pertencem a união.
5- Faixa de fronteira: compreende 150 metros da linha de fronteira. Existem terras
particulares nesta faixa, mas estão sujeitas a restrições.
6- Ilhas: as ilhas podem pertencer á união aos estados membros ou particulares.
7- Águas: podem ser públicas ou particulares ( se tiver dentro de terreno particular.
Mas tem restrições, não pode por exemplo para o escoamento de um rio porque
está na sua propriedade).
Domínio das águas:
Águas Públicas: lagos, rios ou quaisquer correntes de água em terrenos da União, ou
que banham mais de um estado, ou que sirvam de limite com outros países, ou se
estenda a territórios estrangeiros, ou deles provenham; bem como os terrenos marginais,
praias fluviais ou mar territorial, pertencem á União.
Se forem águas superficiais ou subterrâneas fluentes, emergentes, ou em deposito
(ressalvadas as provenientes de obras da união) pertencem ao Estado-membro.
 tudo que pertence à União é do Estado a que pertence.
8- Minas e Jazidas:
Jazidas: massa individualizada de substancia mineral ou fóssil, aflorando a
superfície ou existente no interior da terra e que tenha valor econômico.
Minas: jazida em lavra (exploração).
Propriedade das Minas e Jazidas:
Pertencem á união, mas ao proprietário da terra, é assegurada participação dos
resultados da lavra na forma e no valor que dispuser a lei.

Orçamento Público
Conceito: Lei que contempla a previsão de receitas e despesas programando a vida
econômica e financeira do Estado, por um certo período.(conceito moderno).
Características: é um instrumento de planejamento dinâmico, que leva em conta
passado, presente e projeções para o futuro.(característica principal).
Aspectos:
- Político: é autorizado pelo parlamento
- Econômico: é um instrumento de atuação do Estado no domínio econômico, através de
aumento ou diminuição dos gastos públicos.
- Técnico: é uma classificação clara, metódica e racional da receita e da despesa.

Tipos de Orçamento:
- Orçamento desempenho ( é o mais arcaico): ênfase dos resultados. (ta mais
preocupado com o resultado).
- Orçamento programa (ta mais preocupado com o processo): instrumento de
planejamento que permite identificar os programas, os projetos e as atividades que o
governo pretende realizar, além de estabelecer os objetivos, as metas, os custos e os
resultados esperados, oferecendo maior transparência dos gastos públicos.
- Orçamento Base-zero: técnica de elaboração do orçamento programa, abrangendo:
análise, revisão e avaliação de todas as despesas propostas, todos os programas devem
ser justificado a cada ciclo orçamentário; criação de alternativas para facilitar a escala
de prioridades a serem consideradas para o próximo exercício financeiro.
- Orçamento Participativo (a população participa mas o governo só leva em
consideração o que ele quer): participação direta e efetiva da comunidade na elaboração
da proposta orçamentária do governo. Contudo, a iniciativa formal das leis
orçamentárias é privativa do chefe do executivo (prefeitos, governadores), de sorte que
ele não é obrigado a seguir as sugestões da população.

Princípios Orçamentários
1- Legalidade: indisponibilidade das receitas e despesas publicas. O
administrador publico deve gastar para atender ao interesse publico.
2- Universalidade: o orçamento deve conter todas as receitas e todas as
despesas da adm. Publica. Exceções:
a) Tributo criado após a aprovação do orçamento e cobrado antes
do inicio do próximo exercício financeiro.
b) Receitas e despesas operacionais das empresas estatais.
(publicas ou sociedade de economia mista).
c) Receitas extra-orçamentarias: operações de credito por
antecipação de receita, emissões de papel moeda, outras entradas
compensatórias no ativo e no passivo financeiro.
3- Orçamento-bruto: todas as receitas e despesas constarão na lei
orçamentária pelos seus totais, vedadas quaisquer deduções.
4- Unidade: harmonia entre PPA (plano publico atual), LDO (lei de
diretrizes orçamentarias) e a LOA (lei orçamentária anual).
5- Anualidade: obrigatoriedade e um novo orçamento a cada ano ou a cada
período de 12 meses.
6- Precedência ou anterioridade: a aprovação do orçamento deve ocorrer
antes do exercício financeiro a que se refere.
7- Exclusividade: o orçamento só pode tratar de materia atinente (relativo) a
receita e a despesa.
8- Especificação, especialização ou discriminação: o orçamento não
consignará dotações globais para atender ás despesas, ou seja, tudo tem que ser
discriminado. Deve-se informar onde o recurso vai ser empregado e de onde
vem.
9- Não afetação da receita de impostos: os impostos não estão vinculados a
nenhum órgão especifico.
10- Proibição do estorno de verbas: são proibidos a transposição, o
remanejamento, ou a transferência de recursos de uma categoria de programação
para outra, ou de um órgão para outro, bem como a utilização dos recursos do
orçamento fiscal e da seguridade social para suprir necessidades ou cobrir déficit
(dividas) de empresas, fundações ou fundos. Isso tudo, é permitido se houver
autorização legislativa.
11- Equilíbrio orçamentário: receita=despesa
12- Programação: o orçamento deve selecionar os programas de trabalho do
governo enfatizando asa metas e os objetivos. Metas são os meios para se
alcançar o objetivo maior.
13- Publicidade ou transparência: o poder executivo publicará até 30 dias
após o encerramento de cada bimestre, relatório resumido da execução
orçamentária. A lei de responsabilidade fiscal dá maior transparência ao
orçamento publico no Brasil (não se pode gastar mais do que se pode pagar na
sua gestão, não deixar dividas para o próximo gestor).

Ciclo Orçamentário
Todo processo que o dinheiro publico tem que passar.
1º passo) Elaboração (competência exclusiva do chefe do executivo-
prefeito,governador,presidente): estudos preliminares em que são estabelecidas as
metas, as prioridades, a definição de programas, a definição de obras e as estimativas
das receitas. Se for orçamento participativo inclui as discussões com a população.
2º passo) Apreciação e votação: é feita pelo legislativo, podendo este aprovar
integralmente, fazer emendas à proposta, ou rejeitar a proposta de orçamento.
3º passo) Execução: também é feita pelo executivo. Com a publicação da lei
orçamentária o executivo terá 30 dias para estabelecer, via decreto, a programação
financeira e o cronograma de execução mensal de desembolso.
4º passo) Controle: é feito principalmente pelo legislativo e tribunal de contas (órgão
auxiliar do legislativo). Cabe aos órgãos de controle apreciar e julgar se os recursos
estão sendo aplicados conforme a lei orçamentária.

Leis Orçamentárias
1) PPA – Plano Plurianual:
• Vigência: 4 anos
• Conteúdo principal: fixa, de forma regionalizada, as diretrizes, os
objetivos e as metas do governo para: despesas de capital e despesas
correntes relacionadas, e programa de duração continuada
• Quando da elaboração do PPA deve-se buscar atenuar as desigualdades
regionais
• O PPA serve de parâmetro para o LDO; a LOA e demais planos. (ou
seja, todos os planos orçamentários devem se basear na PPA)
• Qualquer investimento do governo, cuja execução ultrapasse 1 ano, deve
estar previsto em PPA
• O projeto de lei do PPA é de iniciativa privativa e vinculada ao chefe do
executivo, como também os outros planos
• Prazo (tempo que o executivo tem para mandar para o legislativo julgar e
aprovar): a União tem até 31/08 do primeiro ano do exercício financeiro do
mandato do presidente para mandar para o legislativo. Nos estados e
municípios, depende de cada um, aqui se trata da questão federal, no caso de
PE o governador tem que mandar até 01/08. Então um plano que necessita
de mais de 2 anos vai estar no PPA, não do LDO, nem no LOA, pois estes so
duram 1 ano.
2) LDO- Lei de Diretrizes Orçamentárias:
• É orientada pela PPA e orienta a LOA.
• Estabelece as metas e prioridades da administração incluindo as despesas de
capital para o próximo exercício incluindo as despesas de capital para o
próximo exercício.
• Dispõe sobre as alterações da legislação tributária. Qualquer modificação na
legislação tributaria tem que ta especificado na LDO, assim como qualquer
mudança tributária (ex.: CPMF tanto quando foi criada como quando foi
extinta).
• Fixa a política de aplicação das agencias financeiras oficiais de fomento
(financiamento, ex.: banco do brasil,BNDES,etc.).
• Autoriza a concessão de qualquer vantagem, aumento de remuneração de
servidores, criação de cargos, empregos, funções ou alteração da estrutura da
carreira pública, bem como a admissão e contratação de pessoal a qualquer
titulo (servidor, funcionário efetivo, substituto) da adm. Publica.
• Prazo de envio: a União tem até 15/04 para mandar a LDO. Estados e
municípios, depende de cada um.
3) LOA- Lei Orçamentária anual
• É orientada pela PPA e pela LDO.
• Se subdivide em:
a) Orçamento de investimento: é o orçamento das empresas em
que o poder publico detém a maioria do capital social com direito a voto.
É o orçamento das empresas estatais.
b) É o orçamento da seguridade social: saúde, previdência social e
assistência social. Abrange todas as entidades e órgãos, da adm direta ou
indireta, vinculados á seguridade social, bem como os fundos e
fundações instituídos e mantidos pelo poder publico.
c) Orçamento fiscal (OF): é o orçamento de toda adm publica
direta e indireta excluindo as questões relativas aos orçamentos
anteriores, ou seja, todos os gastos da adm. Publica que não estão na letra
a) nem na b), ta na c).
• O orçamento fiscal e o orçamento de investimento
compatibilizado com o PPA tem o objetivo de diminuir as desigualdades
entre as regiões.
• A LOA fixa as despesas e estima as receitas.
• O governo só pode iniciar o programa ou projeto se
autorizados na LOA.
• A LOA pode autorizar abertura de créditos suplementares
e contratação de créditos.
• Conteúdo Principal da LOA:
a) A LOA deve ter um demonstrativo, regionalizado sob os efeitos da
concessão de anistia, isenção, remissões, subsídeos, benefícios de natureza
tributaria, financeira e creditícia.
b) A LOA conterá discriminação da receita e despesa de forma a evidenciar
a política econômica, financeira e o programa de trabalho do governo,
obedecidos os princípios da unidade, universalidade e anualidades.
• Prazo de envio: União: o presidente deve enviar até 31/08
Estados e Municípios: depende de cada um.

Despesas Públicas
Conceito: Gastos feitos pelo Estado, para fazer frente ás suas responsabilidades com
a sociedade.
- Classificação das despesas:
1) Quanto ao orçamento:
a) Orçamentária: se ela decorre de lei orçamentária, se está prevista no
orçamento.
b) Extra-orçamentaria: não está prevista na lei orçamentária.
2) Quanto á competência:
Federal: Gastos da União
Estadual: Gastos dos Estados Membros
Municipal: Gastos dos municípios
3) Quanto á regularidade:
Ordinárias: despesas que acontecem periodicamente.
Extraordinárias: despesas que acontecem esporadicamente
4) Quanto á categoria econômica: essa classificação possibilita analisar o impacto
dos gastos públicos na economia.
a) Despesa correntes: gastos com manutenção e funcionamento
dos seviçoes públicos. Via de regra não trás acréscimo ao patrimônio
publico.
- Despesas de custeio: manutenção de serviços anteriormente criados,
inclusive obras de conservação (Não acrescenta patrimônio, apenas
conserva e adaptação de imóveis. Ex.: pagamento de pessoal, material de
consumo.
- Transferências Correntes: pagamentos que não correspondem á contra-
prestação direta de bens e serviços, ou seja, não corresponde á uma
recompensa de serviço. Ex.: aposentadoria, bolsa-familia, etc.
b) Despesas de Capital: gastos que implicam, via de regra, acréscimo ao
patrimônio publico.
- Investimento: gastos referente a planejamento e execução da obra,
inclusive as destinadas á aquisição de imóveis considerados
necessários á realização daquelas obras, bem como para programas
especiais de trabalho, aquisição de instalações, equipamentos, material
permanente e constituição ou aumento de capital das organizações que
não sejam de caráter comercial e financeiro.
- Inversões financeira: recursos destinados á aquisição de imóveis ou
de bens de capital já em utilização. (se o imóvel já é do governo e ele
quer fazer uma reforma, cai em despesas de custeio, essa despesa IF, é
se o imóvel já existe, mas o governo quer comprar. Agora se o governo
quer fazer outra coisa no lugar será investimento, se for só ajeitar é
despesa de custeio.).
- Transferência de capital: dotações para investimentos ou inversões
financeiras, mas que constituam auxílios ou contribuições, bem como
amortização da divida publica (ex.: pagamento da divida
internacional).
5) Funcional: é composta de funções e subfunções prefixadas, ás quais servirão de
agregador dos gastos públicos por área de atuação governamental.
6) Programática: especificação da despesa publica segundo os programas
governamentais visando demonstrar os objetivos da ação governamental para resolver
as atividades coletivas. Os programas poder ser efetivados via projetos, atividades e
operações especiais.
- Projetos: instrumento que compõe um conjunto de operações
limitadas no tempo, que resulta em expansão ou aperfeiçoamento da
a;cão do governo (ex.: construção de hospital).
- Atividades: instrumento que compões o conjunto de operações de
modo continuo e permanente, que resulta na manutenção da ação
governamental. Ex.: treinamento de enfermeiros.
- Operações especiais: não resultam em contra-prestação, ex.:
ressarcimento, transferência.
7) Quanto á afetação patrimonial:
- Despesa Efetiva: diminui o saldo patrimonial e não ganha nada de
volta (ex.: despesas correntes-material de estoques).
- Despesa por mutação patrimonial: não diminui o saldo patrimonial,
são fatos contábeis permutativos (ex.: despesas de capita (pois é um
investimento), exceto as transferências de capital (pois não se recebe
nada em troca); despesas com material de estoque).

Obs.: o que não é efetivo é mutação.

8) Quanto á esfera institucional: demonstra-se as despesas por cada órgão ou unidade


orçamentária (ex.: gastos do senado, congresso, universidade federais etc.)

Estágios da Despesa Pública:


1) Empenho da despesa: é o ato que reserva um determinado montante de uma
dotação orçamentária para fazer frente á uma despesa especifica. É o ato
obrigatório para todos e qualquer despesa. É concretizado através da nota de
empenho.
• Tipos de empenho:
a) Ordinário: para despesas normais, onde não existe nem risco
nem incerteza.
b) Por estimativa: aquele que existe incerteza e risco.
c) Global: para despesas sujeitas a parcelamento
- Risco: há uma probabilidade do que vai acontecer no futuro
- Incerteza: Não tem noção do que vai acontecer no futuro.
2) Liquidação: verifica se o credor (particular) cumpriu sua obrigação para fazer jus
ao pagamento.
3) Pagamento: É o ato em que o Estado entrega o numerário correspondente
recebendo (recibo) a devida quitação.

Regime Contábil da despesa


• Regime de competência ou de exercício: se uma despesa for empenhada em
determinado exercício financeiro (ano contábil), ainda que venha a ser paga no
exercício posterior, pertencera ao primeiro exercício.
• Restos a pagar ou resíduos passivos: despesas empenhadas, mas não pagas até
31/12 pertencem a conta “restos a pagar”.
• Despesas de exercícios anteriores: são despesas de exercícios anteriores que não
foram inscritas nos “restos a pagar”, ou os “restos a pagar” tenham sido
cancelados.
• Precatório: sistemática para o pagamento de divida em que o Estado não
reconheceu, mas perdeu na justiça. O recurso correspondente à divida deve ser
incluído no orçamento. Os precatórios apresentados até 01/07 devem ser pagos
ate o final do exercício seguinte, atualizados monetariamente.
• Anulação da despesa: a despesa pode ser anulada no próprio exercício financeiro
ou após o exercício financeiro. Essa despesa anulada se tornará uma receita que
pertencerá ao orçamento do ano em que foi anulado.

Receita Pública
Conceito: São os recursos obtidos pelos Estado para cumprir suas obrigações
orçamentárias.

Classificação:
1) Quanto ao sentido:
• Amplo (lato): é toda entrada de recursos nos cofres públicos,
independentemente de haver contrapartida no passivo.
• Restrito (estrito): toda entrada de recursos que se incorpora ao
patrimônio publico, sem compromisso de devolução posterior.
2) Quanto á competência:
• Federal.
• Estadual
• Municipal
3) Quanto á regularidade:
• Ordinárias: receitas arrecadadas regularmente em cada exercício
financeiro (1 ano).
• Extraordinárias: são aquelas decorrentes de situações excepcionais. Ex.:
tributos de guerra.
4) Quanto á natureza:
• Orçamentária: aquela que está prevista na lei orçamentária.
• Extra-orçamentaria: aquela que não está prevista na lei orçamentária.
5) Quanto á categoria econômica:
• Receitas correntes: são as receitas tributarias, as receitas de
contribuições, as patrimoniais, as de origem agropecuárias, as receitas
industriais (de industrias que pertencem ao governo), as de serviços (que
o governo pode prestar e cobrar) os recursos advindos de pessoas de
direito publico ou privado, quando destinados a atender despesas
correntes.
• Receita de Capital: provenientes da realização de recursos financeiros
oriundos de constituição de dividas, da conversão em espécie de bem e
direitos, de recursos recebidos de outras pessoas de direito publico ou
privado destinados á atender despesas de capital.
6) Quanto á afetação:
• Receitas Efetivas: são todas as que contribuem para o aumento do saldo
patrimonial.
• Receitas para mutações patrimoniais: nada acrescentam ao patrimônio
publico,pois são entradas e saídas compensatórias. São meros fatos
contábeis permutativos.
7) Quanto á coercitividade (pode do Estado de obrigar as pessoas a fazerem
coisas):
• Originárias: são as receitas oriundas da participação do Estado em
atividades econômicas na exploração de atividades privadas, através de
cobrança de preço ou tarifa. (Ex.: o correio é uma empresa estatal que
cobra tarifas para enviar correspondencias).
• Derivadas: Receita obtida através do poder de autoridade do Estado,
sendo captadas coercitivamente dos particulares (o Estado não participa
da atividade econômica, mas cobra. Ex.: impostos)
Estágio da receita:
1) Previsão: Estimativa da receita a ser arrecadada pelo Estado.
2) Lançamento: é o ato pelo qual se verifica a ocorrência do fato gerador e assim a
procedência do credito fiscal, a pessoa devedora e a inscrição do debito desta.
Pode ser:
a) De oficio: efetuada unilateralmente pela adm. Publica (ex.: IPTU;IPVA)
b) Por declaração: efetuado pela adm publica, mas com prestação de
informação do contribuinte (ex.: imposto de renda).
c) Por homologação ou lançamento: efetuado pelo contribuinte e
posteriormente homologado pela adm. Publica (Ex.: ISS; ICMS).
3) Arrecadação: é quando as repartições fiscais, agentes ou rede bancaria recebem
os valores que são devidos ao Estado. (Ex.: quando você paga o valor do tributo
ao banco).
4) Recolhimento: é a entrega dos recursos arrecadados pelas repartições fiscais,
agentes ou redes bancarias ao Estado através do depósito da conta única do
Tesouro Público.

Dívida ativa: créditos da fazenda publica de natureza tributaria não exigíveis em


virtude de transcurso de prazo para o pagamento. Assim, trata-se de um credito, de
um direito estatal a se cobrado executivamente.

Repartição das receitas tributarias:


• Municipais: IPTU (Imposto sob repropriedade territorial urbana); ITBI
( Imposto de transmissão intervivos de bens moveis); ISS (Imposto sobre
serviços).
• Estaduais: ICMS; ITCD (imposto de transmissão causa-mortis e doação);
IPVA (imposto sobre a propriedade de veículos automotivos).
• Federais: IR (imposto de renda); IPI;II;IE;IOF(Imposto sobre operações
financeiras); ITR; etc.

Transferências:
• Direita: é quando um ente federativo maior transfere, por obrigação
constitucional, recursos de usa competência para outro menor. ( ex.: a União
passa para os estados e municipios).
• Indireta: é quando parcelas de impostos são destinados á formação de fundos e
depois, segundo critérios fixados em lei complementar,são repassados aos
beneficiados.

O Estado e o poder de tributar


O poder de tributar: o governo tem soberania, que é a superioridade da sua vontade
sobre a vontade dos indivíduos, e assim, não reconhece qualquer poder superior. É
daí que advém o seu poder de tributar, ou seja, o poder de tributar do Estado advém
de seu poder soberano.

Competência para tributar: pessoas jurídicas de direito publico dotadas de poder


legislativo.

Distribuição da receita tributária (repartição).

Princípios da tributação:
• Legalidade: nenhum tributo será instituído, nem aumentado a não se através
de lei. Exceção: os impostos extrafiscais.
• Anterioridade: nenhum tributo será cobrado sem que a lei que o criou ou
aumentou tenha sido publicada antes do inicio do exercício financeiro de
cobrança. (nenhum tributo pode ser cobrado se a lei que o instituiu ou
aumentou for publicada no ano anterior (?)).
• Anualidade: a cobrança de tributos depende da autorização anual do poder
legislativo, via previsão no orçamento.
• Irretroatividade: a lei deve ser anterior ao fato gerador do tributo por ela
criado ou majorado (aumentado).
 Fator gerador: é o fato que gera o direito do Estado cobrar o tributo do particular.
(Ex.: se tem carro, tem que pagar IPVA; se tem casa, IPTU; etc.).
• Igualdade: tratamento uniforme pela entidade tributante de indivíduos que se
encontrem em igualdade de condições. (Ex.: quem ganha o mesmo salário paga
o mesmo valor de imposto de renda).
• Competência: a entidade tributante deve restringir a materia tributaria destinada
a ela pela constituição federal.
• Capacidade contributiva: os tributos devem ser graduados segundo a capacidade
financeira do contribuinte para o governo.
• Vedação de confisco: os entes tributantes não podem usar o tributo com efeito
de confisco, ou seja, o tributo não é um castigo (punição) e, sim como uma
contribuição para o governo.
• Liberdade de tráfego: a constituição federal proíbe as entidades tributantes de
limitar o trafego de pessoas ou bens por meio de tributos interestaduais ou
intermunicipais. Não pode ter tributos entre estados e municípios, ou seja, não
pode (?) a circulação de bens e serviços.

Tributos
Conceito: é toda prestação pecuniária (que tem valor em dinheiro), compulasória
(você não decide, é obrigado a pagar), em moeda que não constitua sanção
(punição) de ato fluente instituído em lei e cobrado mediante atividade
administrativa plenamente (o estado ta obrigado a cobrar) vinculada.

Espécies:
• Impostos: o Estado não tem obrigação de fazer nenhum (?) tributo cuja
obrigação tem por (?) (?) uma situação independente de qualquer atividade
estatal.específica relativa ao contribuinte.
• Taxa: o Estado para cobrar tem que prestar um serviço, ex.: coleta de lixo,
tapa buraco. Tributo que tem como fato gerador o exercício regular do poder
de policia ou a utilização efetiva ou potencial pelo contribuinte de serviço
publico especifico e (?).

• Contribuição:
De melhoria: tributos cuja a obrigação tem como fato (?) valorização de
imóveis (casas, apt) decorrentes de (?) publicas.
Social: são aquelas contribuições que tem como fato gerador atividades
sociais do Estado. Ex.: o dinheiro deve estar vinculado a atividades como a
saúde, educação, etc.
• Empréstimo Complusorio : não cai na prova

Classificação dos tributos:


1) Quanto á espécie:
• Imposto
• Taxa
• Contribuição
2) Quanto a competência:
• Federal
• Estadual
• Municipal
3) quanto a vinculação, quanto a atividade estatal:
• vinculados(taxas e contribuições): atrelados a alguma atividade estatal. O
Estado está amarrado a alguma atividade especifica.
• Não vinculados: imposto. O Estado não esta amarrado a alguma atividade
especifica.
4) Quanto a natureza econômica do fato gerador. Tributo relacionado á:
• Comércio exterior: imposto de importação e exportação.
• Patrimônio e renda
• Produção e circulação
• Especiais tributos de guerra.

Funções dos tributos:


• Fiscais: o objetivo é arrecadação (fiscalização).
• Extrafiscais: o objetivo é interferir no domínio das atividades econômicas
(desestimular ou estimular).
• Parafiscais: arrecadação para custeio de atividades que a principio não integram
funções próprias do Estado mas este desenvolverá entidades especificas. Ex.:
previdência social.
Administração Tributária
É a questão feita pela adm publica relativa a materia tributaria.

1) Sigilo:
• Privacidade X fiscalização: o fisco pode exigir administrativamente (que
não é judicialmente) que a empresa permita que se veja os livros e os
documentos relativos a sua atividade.
• Sigilo profissional X fiscalização: são obrigados a informar à
fiscalização: tabelião, escrivão e demais (?) ( servidores públicos que
trabalham em cartório, oficial de justiça) de oficio, corretores, leiloeiros,
despachante oficial, instituições financeiras, empresas de adm. de bens,
síndicos, comissários, e quaisquer outras entre as pessoas que a lei
designe.
Pessoas (?) sigilo profissional não são obrigadas a informar (nem devem,
por lei). Ex.: médicos, advogados, etc.
• Sigilo fiscal: a fazenda publica ou qualquer funcionário seu não pode divulgar
qualquer informação obtida em razão do oficio ou de sua atividade de oficio.
• Inviolabilidade de domicilio X fiscalização: a fiscalização tem preferência
quando há previa autorização judicial.
2) auxilio da força publica:
As atividades administrativas podem requisitar o auxilio da policia quando
vitimas de embaraço ou desacato no exercício de suas funções ou quando
necessário à efetivação de medida prevista na legislação tributária.
3) Excesso de exação:
É quando o funcionário exige tributo que sabe ou deveria saber que é indevido
ou quando emprega na cobrança meio (?) ou gravoso que a lei não autoriza.
• Excesso de poder (quando começa certo depois desvia o objetivo): meios
(?) não autorizados em lei.
• Desvio de Poder: cobrar imposto indevido (quando já começa errado).
4) responsabilidade pessoal do agente publico: (responsabilidade por danos morais
e materiais): o contribuinte que é vitima de excesso de (?) deve entrar com ação
de indenização.
5) Divida ativa: credito inscrito na repartição administrativa competente, após
esgotado o prazo fixado para o pagamento.
6) Certidões negativas:certidões que atestam que o contribuinte deve. As vezes, o
contribuinte tem um debito com o fisco, mas não esta vencido ou esta em curso
de cobrança executiva em que tenha sido efetivada a penhora ou a exigibilidade
está suspensa. Neste caso, o fisco da uma certidão positiva que tem o mesmo
efeito da certidão negativa.
Quem deve  não inadimplente = certidão positiva com efeito de negativa
 inadimplente = certidão positiva
Quem não deve  certidão negativa.

Regulação estatal (o estado regulador)


No Brasil a privatização levou á regulação (criação de agencias reguladoras).
 uma particular produz um serviço de utilidade publica, então o governo deve regular
isso.
 A agencia reguladora é uma forma do governo regular tecnicamente os serviços
oferecidos pelos particulares.
 Oferta ou oferecer é diferente de produzir.
O Estado tem obrigações de oferecer serviços de utilidade publica como saúde,
educação telecomunicação, etc. Mas ele pode sair desta esfera de produzir e apenas
oferecer ( como as telecomunicações).

Serviços Público (serviços essenciais)


Produzido pelo Estado ou pelo particular.
Poder concedente(poder do estado, aquele que concede) X poder regulador: poder das
agencias reguladoras. Dependendo do setor o próprio Estado (adm direta) tem o poder
concedente e regulador (com a educação).
• Poder Concedente: é o titular da obrigação da prestação do serviço e,
consequentemente, o responsável por dimensionar, planejar e decidir sobre a
politica de oferta do serviço e a melhor forma de atende-la. Cabe ao poder
concedente fazer cumprir as condições do contrato de concessão. O poder
concedente é exercido pelo governo.
• Poder Regulador: tem a obrigação de zelar pelas regras estabelecidas
setorialmente para a prestação de serviços de utilidade publica por parte de
terceiros (particulares), garantindo a qualidade do serviço a ser prestado a um
preço justo.
Funções e objetivos (obrigações) de um orgão regulador:
a) defesa e interpretação das regras, sugestão de novas regras que facilite as
relações e resolvam os conflitos entre os atores.
b) Definição operacional de alguns conceitos fundamentais a serem incluídos nos
contratos de concessão.
c) Investigação e denuncia de atividade anti-competitivas ou o abuso do monopólio
concedido.
Monopólio natural: aquele que não comporta varias empresas produzindo o
mesmo serviço por causa dos altos custos.
d) estabelecimento das regras de concorrência, definindo-se quais mercados serão
abertos, para quantos concorrentes e como assegurar uma justa competição.
e) Determinação da estrutura tarifaria.
f) Buscar o bem-estar do consumidor
g) Buscar o maximo de eficiência.
Alocativa: situa;cão na qual se realiza o maior volume de transações econômicas
com a geração de maior renda agregada possível. (aplicar o dinheiro em um
lugar onde vai ter o maior retorno).
Produtiva: é a utilização da planta (empresa) instalada (da industria) com o
maximo rendimento e menos custo dada a estrutura do mercado.
Distributiva: é a capacidade de redução, pela concorrência ou regulação, da
apropriação de excedentes econômicos por parte dos produtos.
h) universalização e qualidade dos seviços.
i) Interconexão entre os diferentes provedores, ou seja, interoperabilidade da rede
publica.
j) Segurança e proteção ambiental.

Requisitos para um sistema regulatorio ser eficiente e eficaz:


a) uma política tarifaria definida e estável.
b) A existência de marcos reguladores (ou referenciais reguladores) claramente
definidos, que detalhe as relações entre os diversos atores de cada setor, seus
direitos e obrigações.
c) Mecanismo ágil e eficiente para solução de divergências e conflitos.
d) Um certo grau de garantia contra os riscos econômicos e políticos.
e) A criação de um órgão regulador do setor dotado de especialidade,
imparcialidade e autonomia das decisões.

Obrigação tributaria:
Conceito: é a relação jurídica em virtude da qual o particular tem o dever de prestar
(contas) dinheiro ao Estado ou de fazer, não fazer ou tolerar algo no interesse da
arrecadação ou da fiscalização dos tributos. E o estado tem o direito de constituir
contra o particular um credito.

Sujeito ativo: pessoa jurídica de direito publico, titular da competência para exigir o
cumprimento da obrigação tributaria ( o Estado).
Sujeito passivo: pessoa jurídica ou pessoa física obrigada ao cumprimento da
obrigação tributaria (o particular).

Já foi impresso até aqui

Experiências Reguladoras:
EUA – Filosofia do particularismo: os serviços sempre foram oferecidos por orgãos
privados.
Europa/Japão – tradicionalmente era o Estado que oferecia os serviços, mas de uns
tempos pra cá estão ocorrendo privatizações e o Estado tornou-se apenas regulador.

Especialização das agencias reguladoras: expansão do modelo norte-americano e


reconhecimento da existência de vários serviços de utilidade publica.

 O nosso modelo é uma mistura dos dois.

Aspectos Institucionais para atuação das agencias reguladoras:


a) Independência dos dirigentes e autonomia econômico-
administrativa da agencia. É essencial um contrato que estabeleça claramente
os limites do Estado.
b) Existe um problema de assimetria de informação e de captura
do regulador. Assim, podem ser adotados procedimentos como a fixação de
mandatos longos, escalonados e não coincidentes com o ciclo eleitoral, para os
dirigentes e conselheiros das agencias reguladoras.
 captura de regulador – ao invés de defender os interesses da sociedade, o
“chefe” passa a defender os interesses da empresa.
c) Há o problema da descentralização da fiscalização. A maioria
dos serviços públicos tem uma dimensão local conforme dispersão geográfica.
Assim uma fiscalização eficiente depende de como a agencia reguladora lida
com as possibilidades de descentralização.
d) Necessidade de coordenação das agencias reguladores com as
demais instituições fiscalizadoras, ou seja, é importante deixar clara a inserção
político-institucional das agencias reguladoras em face da existência de
instituições com funções reguladoras e fiscalizatórias. No Brasil tem o CADE
(Conselho Administrativo de Defesa Econômica), órgão regulador do Brasil,
além do CADE, tem o SDE (Secretaria de Desenvolvimento Econômico),
PROCON, DECON, etc. Ex.: o CADE é amplo, o SDE também, agora teve a
junca da Sadia e da Perdigão, o CADE está avaliando isso, se ela não
concordar, o acordo não é feito.

Agencias Reguladoras do Brasil:


- ANEEL
Características:
a) autarquia.
b) É vinculada ao ministério das minas e energia.
c) É composta de 1 diretor geral e 4 diretores.
d) Mandatos: 4 anos não coincidentes
e) Principal fonte de receita: taxa de fiscalização sobre serviços de energia elétrica.

Funções:
a) Implementar as políticas e diretrizes do governo federal, para a exploração e o
aproveitamento dos potenciais hidráulicos.
b) Executar, gerenciar e fiscalizar os contratos de concessão.
c) Diminuir as divergências entre concessionárias permissionárias, autorizadas,
produtos independentes e autoprodutos, bem como entre esse agente e seus
consumidores.
Características da concessão:
a) de 30 a 35 anos.
b) Tarifas: fixadas nos contratos de concessões.

- ANATEL
Características:
a) é uma autarquia
b) é vinculada ao ministério das comunicações
c) é composta de 1 presidente e 5 conselheiros
d) os mandatos são de 5 anos não coincidentes.
e) Principal fonte de receita: fundo de fiscalização das telecomunicações
(FISTEL).
Funções:
a) implantar a politica nacional de telecomunicações
b) controlar o sistema tarifário do regime publico
c) executar,gerenciar e fiscalizar os contratos de concessão
d) garantir a interconexão das redes
e) prevenir contra praticas anticompetitivas
caracateristicas da concessão:
a) de 15 a 20 anos
b) as tarifas são fixadas no contrato de concessão.

- ANP
Características:
a) Autarquia
b) Vinculada ao ministerio das minas e energia
c) Composta de 1 diretor geral e 4 diretores
d) Mandato de 4 anos não coincidentes
Funções:
a) exercer a regulação, a contratação e a fiscalização das atividades da industria do
petróleo e da distribuição e revenda de álcool combustível.
b) Delimitar os blocos para concessão de atividades de exploração e produção.
c) Elaborar editais e promover as licitações para as referidas concessões, celebrar
os respectivos contratos e fiscalizar seu cumprimento
d) Estabelecer critérios para o calculo das tarifas de transporte por condutos.
e) Fiscalizar o adequado funcionamento do sistema nacional de estoques de
combustíveis.
Características da concessão:
a) prazo: depende da característica de cada contrato, pode chegar a 30 anos
prorrogados.
b) As tarifas são estabelecidas pela ANP na forma de preços mínimos.

Tarifas: instrumento que garante o retorno do capital investido pela concessionária


(empresa privada que vai explorar o serviço) e é tambem a variável que define a
possibilidade de acesso dos usuários aos serviços prestados.
O regime tarifário deve tratar da forma de controle, da forma do ajuste e do grau de
liberdade das variação dos preços, bem como contemplar mecanismo complementares
que estimulem a eficiência das empresas e beneficiem os consumidores.
Cabe aos órgãos reguladores observar, do ponto de vista do usuário, se o serviço é
prestado de forma adequada, isto é, com regularidade, continuidade, eficiência,
segurança e atualidade tecnológica.

Sistema de precificação (métodos de fixação de preços)


1) Tarifação pelo custo de serviços (tarifação pela taxa interna de retorno): visa,
principalmente, a obtenção da eficiência distributiva, tendo em vista que tenta
evitar que o produtor se aproprie de um dos extras. Por esse método, os preços
devem cobrir (remunerar) os custos totais e conter uma margem que proporcione
uma taxa interna de retorno atrativa ao investidor.
2) Tarifação pelo custo marginal (em relação ao multiproduto da empresa): esse
método tem como objetivo aproximar os preços dos multiprodutos aos seus
custos específicos, transferindo ao consumidor os custos incrementais
necessários ao sistema para o seu atendimento. As tarifas são diferenciadas de
acordo com as distintas categorias de consumidores e com outras características
do sistema.
• Multiproduto: ex: energia elétrica para industria, residencial, etc.
3) Tarifação pelo preço-teto: é o preço máximo colocado pelo regulador ( a
agencia).

Competição e qualidade dos serviços: em linhas gerais, a regulação tem como


objetivo conciliar as características inerentes a produção sobre propriedade privada e
o respeito a certas regras do mercado com a necessidade de restringir a autonomia
das decisões dos agentes privados nos setores onde o interesse publico é
particularmente relevante. A idéia é substituir a simples busca pelo lucro por regras
administrativas na determinação do comportamento da empresa regulada em certas
áreas. Essas regras classificam-se em:
a) Limitações quanto a entrada e saída em um mercado
b) Especificações quanto a qualidade dos produtos oferecidos
c) Formulas para a determinação dos preços dos produtos oferecidos (bens e
serviços).

Parceria Público Privada


Mudanças na infra-estrutura.
- Década de 1970:
a) caracteriza-se pela divida publica relativamente elevada para manter o equilíbrio
econômico.
b) Níveis elevados de inflação.
c) Expansionismo Estatutal.

- Década de 90:
a) Políticas agressivas de combate ao déficit publico.
b) Redução significativa das taxas de inflação.
c) Restrições á participação direta do Estado na economia.

Características das obras e serviços de infra-estrutura:


a) Altas exigências de capital
b) Longo prazo de maturação (retorno do capital investido).
c) Risco elevado (investimentos de grande complexidade e maturação sofre grande
risco de a empresa não conseguir concluir).

 A parceria publico-privada existe justamente para tentar suprir o aumento da


necessidade da sociedade e a capacidade de atendimento do governo.

Requisito para a viabilização das PPP’s:


a) Percepção de que os novos investimentos em infra-estrutura não poderão ser
levados adiante apenas pelos governos ou pela iniciativa privada
exclusivamente.
b) Definição, por parte dos governos, dos seguimentos de infra-estrutura para os
quais se deseja uma articulação com os capitais privados e daqueles de natureza
própria do Estado.

Ambiente favorável as PPP’s:


a) Estabilidade macroeconômica:
Significa equilíbrio externo, situação fiscal sob controle, inflação baixa e
previsível e boas perspectivas de crescimento.
b) Credibilidade do governo e do país:
É um dos determinantes do risco do empreendimento. A credibilidade é
inversamente proporcional á rentabilidade de um investimento.
c) Existencia de um marco regulatório adequado:
Está associado á clareza das regras do jogo
d) Mercado de capitais desenvolvido.
Está ligado a possibilidade de que se tenha um espaço para o lançamento de
ações que possam ser adquiridas pelo publico, como uma das modalidades de
financiamento de um projeto.
e) Sistema financeiro diversificado:
É uma garantia de que haverá diversas alternativas de financiamento doméstico,
não apenas na forma de ações, mas também de emissão de debêntures (títulos
que podem ser emitidos pelo governo ou por empresas para pegar dinheiro
emprestado, é um tipo de financiamento) ou de obtenção de empréstimos
bancários, preferencialmente de longo prazo.
f) Mercado de seguros sofisticado:
O seguro se destina a cobrir os riscos envolvidos na operação de um projeto de
longo prazo, podendo ser considerado essencial para certos tipos de projetos de
riscos elevados e grande envergadura.
g) Fundos de pensão com ativos de certo porte:
Os fundos de pensão é um indicador do desenvolvimento de uma economia e da
susa capacidade de alavancar projetos de investimento. Quando mais
desenvolvido é um país maior tende a ser o estoque de recursos e poder dos
fundos de pensão esses capitais devem ser geridos pelos seus administradores de
forma a garantir o pagamento das aposentadorias futuras dos participantes do
fundo. São portanto, pela sua própria natureza, recursos de longo prazo, que se
prestam ao financiamento de projetos de longa maturação.

Modelos de PPP’s:
a) BOT – Build Operate Transfer:
Representa um mecanismo clássico para a exploração de um serviço, no final
do qual ela (a exploração do serviço) retorna ás mãos do Estado.
b) BTO –Build Transfer Operate
Trata-se de uma modalidade na qual a construção é separada da operação, em
termo jurídicos, já que neste caso o empreendimento da construção cabe ao
setor privado, mas após o fim da mesa e antes da exploração do serviço o
direito de concessão cabe ao Estado, que mediante outro ato legal, concede a
exploração do serviço á mesma empresa ou a outra.
c) BOO – Build Own Operate:
É um mecanismo similar ao BOT com a diferença de que não há prazo final da
concessão, ou seja, a empresa fica com plenos direitos sobre o projeto sem
devolução posterior para o Estado.
d) BBO – Buy Build Operate:
A concessão representa a transferência de propriedade de um ativo já em
operação, acompanhada da obrigação de operação e eventual expansão por
parte dos novos controladores. O Estado já esta explorando, mas não tem
dinheiro para continuar, ai vende para a iniciativa privada que é obrigada a
fazer o trabalho até o fim.
Os agente participantes das PPP`s
-Sociedade de propósito especifico (SPE) – o Estado pode participar!

1º modo de agrupamento:
a) sócios controladores: quem tem a maioria das ações
b) sócios minoritários: quem tem menos ações
c) patrocinadores: pode ser os próprios sócios são aqueles que colocam
dinheiro no negocio.
2º modo de agrupamento:
a) aqueles que buscam lucrar com o seu negocio concreto: empresa
construtora, empresa fornecedora de equipamentos, operadora
especializada no serviço especifico da concessão.
b) Patrocinadores: financiadores
c) Outros agentes: governo, usuários, órgãos oficiais de empréstimo
(bancos, etc.)

Project Finance
Conceito: projeto a cargo de uma personalidade jurídica especifica para
oferecer certo serviço, principalmente no setor de infra-estrutura.
-Negociações no Project Finance:
1) negociações sobre quem vai controlar a SPE (modo de controle).
2) negociação entre controladores da SPE e patrocinadores
3) negociação entre controladores e governo

Riscos de negocio na Project Finance:


1 – Riscos do projeto
a) riscos da construção: envolve a possibilidade de atraso, abando da obra por
parte da firma encarregada, aumento de custos em relação aos previstos, etc.
b) riscos de operação: estão associados a problemas de suprimento ou outros
problemas típicos do mercado, que afetem negativamente a rentabilidade do
projeto, como elevação dos custos dos insumos, dificuldade dos preços finais
acompanharem o aumento dos custos, etc.

2 - Riscos do país:
a) riscos políticos: estão ligados a capacidade de um governo mudar as
regras do calculo econômico do projeto, quebrar contratos, realizar
desapropriações, com prejuízos econômicos para as partes afetadas.
Quanto mais difícil para o governo quebrar contratos, melhor! Então
quanto mais ditatorial pior.
b) Riscos macroeconômicos: estão ligados á evolução das variáveis
macroeconômicas, como taxas de cambio, taxas de juros, crescimento
de PIB, etc.
c) Risco de caso fortuito ou força maior: estão relacionados á ocorrências
eventuais de fatos que possam implicar em perdas substanciais ou total
do capital. Ex.: terremotos, guerras, ataques terroristas.

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