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O Estado:
1. A Sociedade:
Elementos característicos da sociedade:
a. Finalidade Social ou Valor Social: a primeira discussão feita
acerca disso é a questão da existência da finalidade. O próprio
Aristóteles coloca que não há uma finalidade. Mas os filósofos
finalistas (aqueles que acreditam na finalidade) defendem que a
finalidade é o bem comum. Mas aí surge a questão: “que bem
comum é esse?”. Segundo o Papa João XXIII: “O bem comum
consiste no conjunto de todas as condições de vida social que
consintam e favoreçam o desenvolvimento integral da
personalidade humana. Valores espirituais, materiais, intelectuais,
enfim tudo o que cada ser humano ache necessário para a
expansão de suas potencialidades”. Mas visto em nossa
sociedade, fica muito claro que a mesma não consegue atingir o
bem comum, não só material, como moral, intelectual. Ás vezes
uma pessoa é muito rica, mas é prisioneiro dessa riqueza e acaba
não fazendo o que gosta. De modo que a sociedade muitas vezes
tolhe a liberdade das pessoas.
b. Ordem social e jurídica (manifestações de conjuntos ordenados):
Não são necessariamente escritas, podem ser pelos costumes,
mas tem que haver algumas regras para que haja uma vivência
harmoniosa. Há 3 registros para que essa ordem se estabeleça:
1. Reiteração: reiterar significa repetir. Alguma coisa para
virar costume tem que ser reiterada, ou seja para que a
ordem seja estabelecida as normas tem que ser
repetidas.
2. Ordem: Questões das normas jurídicas, de cumprir ou
não e ser punido, ou seja, se não cumprir você aceite
que pode ser punido, mesmo não sendo uma lei.
3. Adequação:Adaptação das normas ao meio social, vendo
o que é aceito ou não, ou seja, analisando a realidade
social para impor as normas.
c. Poder Social: Poder é um fenômeno social consistente na relação
entre duas ou mais vontades.
Existe a discussão se há ou não há a necessidade de haver
poder social. Alguns acreditam que para existir sociedade não
haveria necessidade de poder, mas a maioria acredita no
contrário.
Há outra questão que é a legitimidade e não legitimidade do
poder, ou seja, sua aceitação. A ditadura no caso não é um poder
legítimo mas os ditadores ficam querendo fazer aos demais
crerem que é legítimo. Por isso essa questão entra na
democracia ou na falta dela.
2. O Estado:
Há uma discussão sobre o surgimento do Estado. Alguns acreditam que
surgiu naturalmente, outros acreditam que o homem fez um contrato abdicando
do poder individual para obedecer as regras impostas por outros a fim de
estabelecer a harmonia. Segundo Hegel a propriedade privada corrói o homem,
pois ele é bom por natureza. Vários filósofos discutiram essa questão a fim de
tentar explicar o Estado. Muitos autores acreditam que o Estado está em
decadência já que a tendência é cada vez mais o trânsito livre entre os países.
Ou seja, ninguém pode impedir um italiano de entrar na Espanha, porque é
tudo União Européia, que também possui uma moeda só, o euro no caso.
O Estado interfere muito nas empresas privadas, pois abertura,
fechamento, recrutamento, tudo depende do Estado. Então o empresário
precisa entender muito bem o Estado.
Formação do Estado:
O Estado pode ser formar de 2 formas:
1) Formação Originária: Teoria naturalista, o Estado se formou
naturalmente. Não existia e passa a existir; Teoria contratualista, as
pessoas se reuniram e fizeram um contrato para criar o Estado; Teoria
familial ou patriarcal, as famílias foram aumentando e se juntando e
formaram o Estado; teoria da força ou conquista, um grupo mais forte
domina um lugar e estabelece ali suas normas, teorias econômicas, é o
que os marxistas aceitam. Os indivíduos que tinham o poder econômico
se juntaram e criaram o Estado.
A teoria econômica se aproxima da teoria contratualista, mas a teoria
econômica acredita que as pessoas que tinham um poder econômico se
juntaram. Na verdade a teoria contratualista se aproxima um pouco de
cada teoria mas o que muda é o motivo da junção: força , dinheiro, etc.
2) Formação derivada: É quando o Estado já existia e passa a existir
outro. Por exemplo: quando houve a divisão da Alemanha. Pode ser por
fracionamento (Alemanha dividida) ou por união ( reunificação da
Alemanha).
3. Evolução Histórica do Estado.
a) Estado antigo, oriental ou teocrático. (sociedades mais antigas:
Mesopotâmia, etc).
b) Estado Grego (polis, cidade-estado).
c) Estado Romano (baseado nas famílias; a questão do público e
privado não era tão claro como hoje).
d) Estado Medieval (cristianismo se fortalece; igreja com papel muito
importante).
e) Estado Moderno ( A administração pública será estudada nesse
Estado moderno, que é hoje).
Soberania:
a) Indivisível
b) Inalienável
c) Imprescritível
d) Una
- Objetos da soberania: Indivíduos.
- Significados da soberania: interno e externo
Território:
a) Território, patrimônio e propriedade.
b) Território – objeto: domínio
c) Território Espaço ou território sujeito: o território é uma extensão da
soberania do Estado. É como se o território fosse uma conseqüência
do Estado, não poderia existir sem ele.
d) Território competência: o território é o âmbito de validade da ordem
jurídica do Estado, ou seja, o território é o ambiente aonde as normas
jurídicas do Estado valem.
Aspectos fundamentais da relação Estado – território:
1) Não existe Estado sem território ( pode até haver território sem Estado,
mas Estado sem território não).
2) O território estabelece a delimitação da ação soberana do Estado.
3) O território é o objeto de direitos do Estado. (dentro do território o Estado
exerce as normas jurídicas).
3. O povo
Diferença entre população (aspecto numérico, conjunto de pessoas que
estão em um local, é só uma questão quantitativa); nação (comunidade,
conjunto de pessoas, que tem uma comunhão formada por laços históricos e
culturais ascentada sobre um sistema de relações de ordem objetiva). Povo
(conjunto de indivíduos que através de um momento jurídico, se unem para
constituir o Estado, estabelecimento com este um vínculo jurídico de caráter
permanente).
Obs.: a nação precisa de um Estado para existir, por sinal podem haver nações
diferentes em um mesmo território, ou mesmo nações sem território
(palestinos).
O povo tem mais a ver com a questão jurídica. Uma pessoa pode nascer na
Itália, mas vir para o Brasil liderar uma revolução e criar um Estado e ficar
governando. Assim, ele vai pertencer ao povo, mas não da nação. No entanto,
é muito raro encontrar os dois divididos. Resumidamente: população (laços
numéricos); nação (laços históricos e culturais); povo ( laços jurídicos).
4. Finalidade
1ª classificação:
- Fins objetivos universais (alguns autores acham que determinados
objetivos valem para todos os Estados)
- Fins Objetivos Particulares de cada Estado ( já outros autores dizem
que cada Estado tem seus fins objetivos particulares que vão depender do
momento, da cultura, etc. E outros autores acreditam que Estados
diferentes tem fins particulares, mas também procuram atingir alguns
objetivos universais)
- Fins subjetivos: os fins do Estado é a combinação dos fins das
pessoas.
2ª classificação:
1) Fins Expansivos: Estados que preconizam o crescimento desmesurado
do Estado a um ponto que anula o indivíduo. (ditadura).
2) Fins limitados: minimização do Estado principalmente no âmbito
econômico. (Estados Liberais).
3) Fins Solidários ou relativos: as ações humanas advêm de uma
solidariedade que existe no íntimo dos indivíduos, e quando ela se
externaliza, passa a pertencer ás atividades essenciais do Estado, que
representa as manifestações sistemáticas da vida solidária entre os
indivíduo. Com isso a sociedade iria conservar, ordenar e ajudar, estas
são as 3 grandes categorias do Estado.
3ª classificação:
1) Fins exclusivos: O Estado busca os fins sozinho, como administração
pública. P/ ex.: segurança militar do território brasileiro, vigilância
sanitária.
2) Fins concorrentes: o Estado busca os fins junto com as empresas
privadas. É a que se aproxima mais da realidade. P/ ex.: a área de
saúde, educação, etc. há uma colaboração entre Estado e Particulares.
Estado e Direito
Estado:
Mudanças no Estado:
Ordem X Dinamismo:
a) O ordenamento jurídico (constituição, código civil,
etc.) deve ser entendido como uma totalidade dinâmica, isto é,
considerando sempre a experiência, refletindo a realidade social. As
regras tem que ser dinâmicas para se adaptarem a situação da
sociedade em dada época.
b) No Estado adequado, a aceitação dos conflitos de
opiniões e de interesses devem ser fatos normais, componentes do
processo dialético.
c) Deve-se considerar a multiplicidade de valores que
convive em qualquer meio social: segurança, crescimento econômico,
equilíbrio financeiro, igualdade de oportunidades, distribuição de renda e
liberdade individual.
Estado e Governo
Democracia:
Tipos de representação: política, profissional, corporativa e institucional.
Política:
Partidos:
1. Quanto à organização interna ?
De massa (quantidade).
Associações patronais:
Corporativa: são aquelas que surgem naturalmente das necessidades da
sociedade.
Institucional:
Sufrágio: é um direito público do sujeito, o voto. Ele pode ser universal ( todos
os indivíduos independente da raça, idade, etc.) ou restrito ( p/ ex.: quando as
mulheres não podiam votar). É importante notar que não há como haver um
sufrágio perfeitamente universal, deve-se enquadrar ao contexto. P/ ex.: uma
criança de 5 anos não pode votar , só a partir dos 16 anos.
Sistemas Eleitorais:
• Representação majoritária: certo número de candidatos onde o que
tem maior número de votos ganha. Maioria Relativa: certo prefeito
ganha a eleição mas não é com mais de 50% dos votos, p/ ex.:
ganhou com 30 mil votos mas os outros prefeitos juntos ganharam
mais votos, então o prefeito ganha mas não pelo maioria inteira, mas
sim, pela maioria relativa.
• Representação Proporcional: percentual de votos é proporcional ao
percentual de vagas obtidas pelo partido.
Quociente eleitoral: Número de votos válidos = Q.E.
Número de vagas
QSx = n = n
Quem obtiver o maior valor leva a
6+1 7
vaga e o outro volta ao que era
QSy = n = n
antes. Nesse caso, se y ganhasse o
3+1 4
partido y teria 4 vagas e o x teria 6.
e se sobrarem 2 votos?
Partido x = t votos
Partido y = d votos
Numero de vagas= 10
QPx = 5 QSx = t = t
5+1 6 O maior valor ganha 1 vaga. Aí tem que fazer
de novo para saber quem vai ficar com a outra
QPy = 3 QSy = d = d vaga.
3+1 4
QSx = t = t
6+1 7
O maior valor leva a 2ª vaga.
QSy = d = d
3+1 4
O Estado Constitucional
Presidencialismo X Parlamentarismo:
Presidencialismo características:
1) O presidente é chefe do Estado e do governo.
2) A chefia do Executivo é representada por uma pessoa só.
3) O mandato tem prazo determinado.
4) O presidente tem poder de veto.
Parlamentarismo características:
1) Distinção entre chefe do Estado e do Governo. São 2 pessoas diferentes
( ex.: Inglaterra – rainha é chefe de Estado , primeiro ministro é chefe de
governo).
2) O mandato do chefe de governo (primeiro ministro) não tem prazo
determinado. Depende da composição do governo. Se a chefe de
Estado quiser e for conveniente o primeiro ministro pode ficar até
cansar.
3) Possibilidade de dissolução do parlamento: o 1º ministro pode dissolver
o parlamento e convocar novas eleições. O 1º ministro. Caso encontre
problema para governar pode pedir para sair ou convocar novas
eleições, mas para fazer isso ele tem que se garantir muito, pra ser
reeleito por um novo parlamento escolhido pelo povo. No caso, o 1º
ministro quando tiver encrencado pode usar a desculpa de que o
parlamento é que ta ruim e então dissolve o parlamento e convoca
novas eleições.
Constituição:
Constituição material (ou sociológica): Questões econômicas, políticas e
ideológicas.
Constituição Substancial: Normas que tratam da forma do Estado, forma de
governo, modo de aquisição e manutenção de poder e os limites de atuação do
poder.
Constituição Formal: É o oposto dos que estão acima. É a forma da
constituição. É um conjunto de normas legislativas constitucionais que se
distingue das normas não constitucionais, por serem produzidas por um
processo legislativo mais complexo, mais solene (assembléia constituinte,
quorum especial).
Obs.: as constituições material e substancial fazem parte da essência da
constituição.
Administração Pública
Sentido do vocábulo administração pública:
a) Formal (subjetivo): pessoas jurídicas; órgãos públicos; agentes
públicos.
b) Material (objetivo): é a natureza das atividades exercidas pelos
sujeitos. É a própria função administrativa, exercida predominantemente
pelo poder executivo.
Pondo em prática: na UFPE, a UFPE é a pessoa jurídica, e o CCSA é o órgão
público. E o professor é o agente público, aí a aula que ele dá é o material.
Autarquias:
Caracterísitcas:
1) Criação e extinção por lei: só pode ser criada ou extinta por lei, nem o
presidente pode, do nada, acabar com uma autarquia.
2) Está sujeita ao regime jurídico público
3) Capacidade de auto-administração
4) Especialização dos fins ou atividades públicas descentralizadas. É
criada para desempenhar determinadas atividades, determinados fins
específicos.
5) Sujeição a controle
6) Dirigentes sujeitos a mandado se segurança. Um processo posto na
justiça é em nome da autarquia, não dos particulares.
7) É regida pela lei 8666/93 nos casos de licitações e contratos (que é o
nome da lei).
Relação da autarquia com a pessoa jurídica politica que a criou:
A autarquia é controla pela pessoa jurídica política que a criou, no entanto
ela tem o direito de exercer a função para a qual foi criada, podendo opor-
se a interferências indevidas. Ou seja, a pessoa jurídica política que criou a
autarquia controla ela, mas ela pode se opor a fazer algo que não condiz
com as suas funções. Agora, ela é fiscalizada periodicamente para ver se
ela está fazendo aquilo para que foi destinada.
Empresas Estatais:
São aquelas organizações em que o Estado obtêm a maioria das ações e o
regime jurídico é privado. (por isso é diferente das autarquias. As autarquias
tem privilégios que as empresas estatais não tem).
• Empresas públicas: é uma organização unipessoal, ou seja,
patrimônio próprio e capital exclusivo do Estado. Ex.: caixa
econômica federal, correios, etc.
• Sociedades de economia mista: São organizações em que há
colaboração entre Estado e particulares. O Estado tem mais de
50% das ações com direito a voto. Ex.: banco do brasil, petrobras,
eletrobrás.
Empresas Públicas X sociedades de economia mista.
Traços comuns:
1) Criação, organização e extinção por lei.
2) Personalidade jurídica de direito privado.
3) Sujeição ao controle estatal
4) Derrogação parcial do regime de direito privado por normas de direito
publico. Um pedaço é privado, outro pedaço é publico (regime híbrido)
5) Vinculação aos fins definidos na sua lei de criação.
6) Desempenham atividades econômicas ou atividades de mercado.
Traços distintos:
Quanto a forma de organização
1) Toda sociedade de economia mista tem que ser anônima (S.A.)
2) A empresa publica pode assumir qualquer forma admitida em direito.
Quanto a composição de capital
1) Sociedade de economia mista = capital publico + capital privado.
Embora o capital publico seja mais do que 50%.
2) Empresas publicas: capital exclusivamente publico.
Serviço Público
Em sentido amplo, todos os bens e serviços que o Estado tem
responsabilidade de ofertar para a satisfação das necessidades da
sociedade. Qualquer atividade publica que serve ao interesse publico.
Em sentido estrito (comente as atividade publicas feitas para servidores
públicos): atividade exercida pela própria adm. Publica. É aquilo que é
realmente feito por ser serviço publico. Ex.: no sentido amplo, tanto os
hospitais públicos quanto os privados estão prestando serviço publico de
saúde. Mas em sentido estrito seriam so os hospitais públicos.
Licitação
Processo pelo qual a administração publica adquire bens ou serviços, ou se
desfaz de algum bem (licitação maior lance – leilão).
Princípios:
a) igualdade: Visa assegurar igualdade de direitos á todos os interessados
em contratar com a adm publica. Veda o estabelecimento de condições
que impliquem preferência em favor de determinados licitantes em
detrimento dos demais.
b) Legalidade: Todas as fases da licitação estão elecandas na lei 8666/93
de modo que o licitante que se sinta lesado pela inobservância da norma
pode impugnar judicialmente o procedimento.
c) Impessoalidade: A adm. Deve pautar-se por critérios objetivos (procurar
o mínimo de subjetividade possível, evitando roubos)
d) Moralidade: o comportamento da adm publica deve ser não apenas
licito, mas consoante com a moral, os bons costumes, as regras de boa
adm, os princípios da justiça, da equidade e a idéia de honestidade.
e) Publicidade: divulgação da licitação para conhecimento da sociedade,
de modo que os interessado possam se isncrever.
f) Vinculação ao instrumento convocativo: todo procedimento tem que ser
feito de acordo com o edital ou carta convite (tem que acontecer
exatamente como está no edital).
g) Julgamento objetivo: O julgamento das propostas tem quer ser feito de
acordo com os critérios fixados no edital ou carta convite.
h) Adjudicação compulsória: Atribuição do objeto de licitação ao vencedor.
i) Ampla defesa: direito do licitante de se defender de qualquer ato
administrativo em que se sinta prejudicado.
Tipos de licitação:
1) Menor preço ex.: cante, papel, etc.
2) Melhor técnica serviço de limpeza
3) Técnica e preço
4) Maior Lance quando o individuo dar o maior lance. Só serve para
leilão.
Modalidade de Licitação:
1) Concorrência: Realiza-se ampla publicidade e universalidade. Ou
seja, publicação em diário oficial em jornal de grande circulação (ampla
publicidade) e possibilidade de participação de todos os interessados
que comprovem qualificação.
fases da concorrência:
a) edital: Ato pelo qual a adm divulga a abertura de concorrência,
fixa os requisitos para a participação, define o objeto e as condições
básicas do contrato e conclama todos os interessados a apresentarem suas
propostas. Prazo: 30 dias no mínimo de antecedência (menor preço)
45 dias no mínimo de antecedência (melhor técnica, técnica e preço,
ou empreitada integral).
b) habilitação: São abertos os envelopes entregues pelos licitantes com os
documentos exigidos pelo edital. A adm publica verá as empresas qualificadas.
É nessa fase que se vai comunicar quem pode e quem não pode participar da
concorrência.
- habilitação jurídica: a empresa tem que estar bem constituída na junta
comercial, se ela está regular, etc.
- qualificação técnica e financeira
- regularidade fiscal
- regularidade trabalhista: a empresa não pode ter trabalho noturno, perigoso
ou insalubre para menores de 18 anos, e não pode ter nenhum trabalho com
menores de 16 anos, salvo na condição de aprendiz para maiores de 14 anos.
c) Classificação: fase em que a adm publica ordenara as propostas.
d) homologação: É a aprovação do procedimento por autoridade superior a
comissão de licitação. Verificar-se-á a legalidade do procedimento se tudo
estiver em ordem, a autoridade superior homologará o procedimento, senão se
saneará ou anular-se-á o procedimento.
e) Adjudicação: a autoridade superior que homologou também atribuirá ao
vencedor o objeto da licitação.
- conseqüências da adjudicação:
1. direito do adjudicatário (quem ganhou) de contratar com a
administração publica.
2. Vinculação do adjudicatário (quem ganhou) todos os encargos
estabelecidos no edital e prometidos em sua proposta.
3. sujeição do adjudicatário a todas as penalidades previstas se não assinar o
contrato no prazo e nas condições estabelecidas.
4. Impedimento da adm publica de contratar com qualquer um que não seja o
adjudicatário, a não ser que este desista.
5. Liberação dos licitantes vencidos dos encargos da licitação. Se houver
desistência e o 2º lugar assumir, ele não precisa cumprir tudo que está no
edital, está liberado dessa obrigação uma vez que não foi o 1º. Por isso,
geralmente se faz outra licitação.
2)Tomada de Preços:
Realiza-se entre interessados previamente acadastrados ou que preencham
os requisitos para cadastramento até o 3º dia anterior a data do
recebimento das propostas, observada a qualificação. O registro cadastral
deve ser mantido pelos órgãos e entidades que realizam freqüentes
licitações. A empresa recebe o certificado de registro cadastral, com
validade de até 1 ano.
etapas para a tomada de preços:
Previamente cadastrados:
1) habilitação
2) edital
3) classificação
4) homologação
5) adjudicação
Não cadastrados:
1) edital
2) habilitação
3) classificação
4) homologação
5) adjudicação
obs: 1,2,3 quem faz é uma comissão de licitação
4 e 5 quem faz é o autor superior
3)Convite:
Modalidade em que a administração convida empresas do ramo do objeto da
licitação. Pode participar interessados não convidados, desde que estejam
cadastrados e se manifestem com antecedência de no mínimo 24 hrs da
apresentação das propostas.
Fases:
1) carta convite (no lugar do edital): comunicação por escrito a no
mínimo 3 possiveis interessados, cadastrados ou não, no prazo
mínimo de 5 dias úteis de antecedência de apresentação das
propostas. Deve-se afixar, em local apropriado, copia da carta
convite, e é facultada a publicação em diário oficial.
2) Classificação
3) Homologação
4) Adjudicação
Obs.: não é necessário nem obrigatório (mas não é proibido) haver uma
comissão de licitação para fazer o convite. O mesmo é feito por um servidor
competente, designado pelo órgão.
4)Concurso:
Realizado para escolher trabalho técnico, cientifico ou artisitico, mediante
instituição de premio ou remuneração aos vendedores. (ex.: concursos de
monografias) Não há procedimento especial, a única exigência que se faz é
que o edital e a classificação tem que ter.
O edital deve ser publicado com no mínimo 45 dias de antecedência da
apresentação das propostas. O edital deve conter:
a) as qualificações exigidas dos participantes.
b) as diretrizes do trabalho
c) as condições de realização do concurso e os prêmios a serem concedidos.
5) Leilão:
Modalidade em que a adm publica aliena bens moveis inalienáveis a
administração, ou produtos apreendidos ou penhorados. Aliena-se também
bens imóveis previstos no art. 19 da lei 8666/93. Em qualquer das hipóteses
leva o bem quem der o maior lance.
Procedimento: não há procedimento especifico. Pode ser feito por leiloeiro
oficial ou servidor publico designado pela administração. É obrigatório o
edital que tem que ser divulgado 15 dias antes da data do leilão (no minimo).
6) Pregão:
É feita através de uma medida provisória, mas é uma modalidade.
Licitação para bens e serviços comuns (promovida qualquer que seja o valor
de contratação) em que a disputa pelo fornecimento é feita por meio de
propostas e lances em sua seção publica.
Procedimento:
Fases: interna e externa
Edital
Julgamento
Classificação
(faz-se uma seção publica). O critério utilizado (ou o tipo de licitação) é o de
menor preço. O que não impede que sejam analisados os prazos máximos
para fornecimento, as especificações técnicas e os parâmetros mínimos de
desempenho e qualidade definidos no edital.
Contratos Administrativos
Definição: são contratos sob o regime de direito publico
Caracateristicas:
1) acordo voluntário em que as partes, reciprocamente condicionantes e
condicionadas, coexistem no tempo (as 2 partes wsão obrigadasd a fazer
algumas coisas e tem direitos).
2) Os interesses e finalidades das partes são contraditórios e opostos.
3) Criação de direitos e obrigações recíprocos para as partes
Classificação:
a) Bens públicos de uso comum do povo: aqueles bens de uso comum do
povo. Ex.: mares, estradas.
b) Bens públicos de uso especial: bens destinados ao serviço da
administração pública. Ex.: edifícios que a adm. Publica utiliza.
c) Bens públicos dominicais: são os bens disponíveis (os únicos regidos por
direito privado). Ex.: utensílios de valor pequeno que podem ser vendidos pela
adm. Publica.
Modalidades:
• Bens de domínio publico do Estado (bens afetados – que estão
sob o regime jurídico de direito público).
São bens afetados a um fim publico, ao quais se compreende os de uso comum do povo
e os de uso especial. Não podem ter qualquer relação jurídica regida pelo direito
privado, só se for desafetado (o bem pode ser desafetado e passa a ser regido pelo
regime de direito privado).
*Não é absoluto porque pode haver o procedimento de desafetação.
• Bens de domínio privado do Estado (bens desafetados- que estão
sob o regime de direito privado).
São bens que constituem o patrimônio da União, dos Estados e municípios, como objeto
de direito pessoal ou real de cada uma dessas entidades. ( regime de direito privado,
parcialmente derrogado pelo direito publico). Lembrando que, como todo bem público
de direito privado, é parcialmente derrogado pelo direito público.
Alienação:
• Os bens de domínio publico são inalienáveis (não podem ser vendidos, a não ser
que sejam desafetados), mas podem ser transferidos entre pessoas de direito
publico. Ex.: a UFPE pode doar um computador para uma escola pública, mas
não para uma privada.
• Os bens de domínio privado podem ser alienados via direito privado, ou podem
ser transferidos via direito público. Mesmo para alienar o direito privado, tem
que se ter o interesse público.
Orçamento Público
Conceito: Lei que contempla a previsão de receitas e despesas programando a vida
econômica e financeira do Estado, por um certo período.(conceito moderno).
Características: é um instrumento de planejamento dinâmico, que leva em conta
passado, presente e projeções para o futuro.(característica principal).
Aspectos:
- Político: é autorizado pelo parlamento
- Econômico: é um instrumento de atuação do Estado no domínio econômico, através de
aumento ou diminuição dos gastos públicos.
- Técnico: é uma classificação clara, metódica e racional da receita e da despesa.
Tipos de Orçamento:
- Orçamento desempenho ( é o mais arcaico): ênfase dos resultados. (ta mais
preocupado com o resultado).
- Orçamento programa (ta mais preocupado com o processo): instrumento de
planejamento que permite identificar os programas, os projetos e as atividades que o
governo pretende realizar, além de estabelecer os objetivos, as metas, os custos e os
resultados esperados, oferecendo maior transparência dos gastos públicos.
- Orçamento Base-zero: técnica de elaboração do orçamento programa, abrangendo:
análise, revisão e avaliação de todas as despesas propostas, todos os programas devem
ser justificado a cada ciclo orçamentário; criação de alternativas para facilitar a escala
de prioridades a serem consideradas para o próximo exercício financeiro.
- Orçamento Participativo (a população participa mas o governo só leva em
consideração o que ele quer): participação direta e efetiva da comunidade na elaboração
da proposta orçamentária do governo. Contudo, a iniciativa formal das leis
orçamentárias é privativa do chefe do executivo (prefeitos, governadores), de sorte que
ele não é obrigado a seguir as sugestões da população.
Princípios Orçamentários
1- Legalidade: indisponibilidade das receitas e despesas publicas. O
administrador publico deve gastar para atender ao interesse publico.
2- Universalidade: o orçamento deve conter todas as receitas e todas as
despesas da adm. Publica. Exceções:
a) Tributo criado após a aprovação do orçamento e cobrado antes
do inicio do próximo exercício financeiro.
b) Receitas e despesas operacionais das empresas estatais.
(publicas ou sociedade de economia mista).
c) Receitas extra-orçamentarias: operações de credito por
antecipação de receita, emissões de papel moeda, outras entradas
compensatórias no ativo e no passivo financeiro.
3- Orçamento-bruto: todas as receitas e despesas constarão na lei
orçamentária pelos seus totais, vedadas quaisquer deduções.
4- Unidade: harmonia entre PPA (plano publico atual), LDO (lei de
diretrizes orçamentarias) e a LOA (lei orçamentária anual).
5- Anualidade: obrigatoriedade e um novo orçamento a cada ano ou a cada
período de 12 meses.
6- Precedência ou anterioridade: a aprovação do orçamento deve ocorrer
antes do exercício financeiro a que se refere.
7- Exclusividade: o orçamento só pode tratar de materia atinente (relativo) a
receita e a despesa.
8- Especificação, especialização ou discriminação: o orçamento não
consignará dotações globais para atender ás despesas, ou seja, tudo tem que ser
discriminado. Deve-se informar onde o recurso vai ser empregado e de onde
vem.
9- Não afetação da receita de impostos: os impostos não estão vinculados a
nenhum órgão especifico.
10- Proibição do estorno de verbas: são proibidos a transposição, o
remanejamento, ou a transferência de recursos de uma categoria de programação
para outra, ou de um órgão para outro, bem como a utilização dos recursos do
orçamento fiscal e da seguridade social para suprir necessidades ou cobrir déficit
(dividas) de empresas, fundações ou fundos. Isso tudo, é permitido se houver
autorização legislativa.
11- Equilíbrio orçamentário: receita=despesa
12- Programação: o orçamento deve selecionar os programas de trabalho do
governo enfatizando asa metas e os objetivos. Metas são os meios para se
alcançar o objetivo maior.
13- Publicidade ou transparência: o poder executivo publicará até 30 dias
após o encerramento de cada bimestre, relatório resumido da execução
orçamentária. A lei de responsabilidade fiscal dá maior transparência ao
orçamento publico no Brasil (não se pode gastar mais do que se pode pagar na
sua gestão, não deixar dividas para o próximo gestor).
Ciclo Orçamentário
Todo processo que o dinheiro publico tem que passar.
1º passo) Elaboração (competência exclusiva do chefe do executivo-
prefeito,governador,presidente): estudos preliminares em que são estabelecidas as
metas, as prioridades, a definição de programas, a definição de obras e as estimativas
das receitas. Se for orçamento participativo inclui as discussões com a população.
2º passo) Apreciação e votação: é feita pelo legislativo, podendo este aprovar
integralmente, fazer emendas à proposta, ou rejeitar a proposta de orçamento.
3º passo) Execução: também é feita pelo executivo. Com a publicação da lei
orçamentária o executivo terá 30 dias para estabelecer, via decreto, a programação
financeira e o cronograma de execução mensal de desembolso.
4º passo) Controle: é feito principalmente pelo legislativo e tribunal de contas (órgão
auxiliar do legislativo). Cabe aos órgãos de controle apreciar e julgar se os recursos
estão sendo aplicados conforme a lei orçamentária.
Leis Orçamentárias
1) PPA – Plano Plurianual:
• Vigência: 4 anos
• Conteúdo principal: fixa, de forma regionalizada, as diretrizes, os
objetivos e as metas do governo para: despesas de capital e despesas
correntes relacionadas, e programa de duração continuada
• Quando da elaboração do PPA deve-se buscar atenuar as desigualdades
regionais
• O PPA serve de parâmetro para o LDO; a LOA e demais planos. (ou
seja, todos os planos orçamentários devem se basear na PPA)
• Qualquer investimento do governo, cuja execução ultrapasse 1 ano, deve
estar previsto em PPA
• O projeto de lei do PPA é de iniciativa privativa e vinculada ao chefe do
executivo, como também os outros planos
• Prazo (tempo que o executivo tem para mandar para o legislativo julgar e
aprovar): a União tem até 31/08 do primeiro ano do exercício financeiro do
mandato do presidente para mandar para o legislativo. Nos estados e
municípios, depende de cada um, aqui se trata da questão federal, no caso de
PE o governador tem que mandar até 01/08. Então um plano que necessita
de mais de 2 anos vai estar no PPA, não do LDO, nem no LOA, pois estes so
duram 1 ano.
2) LDO- Lei de Diretrizes Orçamentárias:
• É orientada pela PPA e orienta a LOA.
• Estabelece as metas e prioridades da administração incluindo as despesas de
capital para o próximo exercício incluindo as despesas de capital para o
próximo exercício.
• Dispõe sobre as alterações da legislação tributária. Qualquer modificação na
legislação tributaria tem que ta especificado na LDO, assim como qualquer
mudança tributária (ex.: CPMF tanto quando foi criada como quando foi
extinta).
• Fixa a política de aplicação das agencias financeiras oficiais de fomento
(financiamento, ex.: banco do brasil,BNDES,etc.).
• Autoriza a concessão de qualquer vantagem, aumento de remuneração de
servidores, criação de cargos, empregos, funções ou alteração da estrutura da
carreira pública, bem como a admissão e contratação de pessoal a qualquer
titulo (servidor, funcionário efetivo, substituto) da adm. Publica.
• Prazo de envio: a União tem até 15/04 para mandar a LDO. Estados e
municípios, depende de cada um.
3) LOA- Lei Orçamentária anual
• É orientada pela PPA e pela LDO.
• Se subdivide em:
a) Orçamento de investimento: é o orçamento das empresas em
que o poder publico detém a maioria do capital social com direito a voto.
É o orçamento das empresas estatais.
b) É o orçamento da seguridade social: saúde, previdência social e
assistência social. Abrange todas as entidades e órgãos, da adm direta ou
indireta, vinculados á seguridade social, bem como os fundos e
fundações instituídos e mantidos pelo poder publico.
c) Orçamento fiscal (OF): é o orçamento de toda adm publica
direta e indireta excluindo as questões relativas aos orçamentos
anteriores, ou seja, todos os gastos da adm. Publica que não estão na letra
a) nem na b), ta na c).
• O orçamento fiscal e o orçamento de investimento
compatibilizado com o PPA tem o objetivo de diminuir as desigualdades
entre as regiões.
• A LOA fixa as despesas e estima as receitas.
• O governo só pode iniciar o programa ou projeto se
autorizados na LOA.
• A LOA pode autorizar abertura de créditos suplementares
e contratação de créditos.
• Conteúdo Principal da LOA:
a) A LOA deve ter um demonstrativo, regionalizado sob os efeitos da
concessão de anistia, isenção, remissões, subsídeos, benefícios de natureza
tributaria, financeira e creditícia.
b) A LOA conterá discriminação da receita e despesa de forma a evidenciar
a política econômica, financeira e o programa de trabalho do governo,
obedecidos os princípios da unidade, universalidade e anualidades.
• Prazo de envio: União: o presidente deve enviar até 31/08
Estados e Municípios: depende de cada um.
Despesas Públicas
Conceito: Gastos feitos pelo Estado, para fazer frente ás suas responsabilidades com
a sociedade.
- Classificação das despesas:
1) Quanto ao orçamento:
a) Orçamentária: se ela decorre de lei orçamentária, se está prevista no
orçamento.
b) Extra-orçamentaria: não está prevista na lei orçamentária.
2) Quanto á competência:
Federal: Gastos da União
Estadual: Gastos dos Estados Membros
Municipal: Gastos dos municípios
3) Quanto á regularidade:
Ordinárias: despesas que acontecem periodicamente.
Extraordinárias: despesas que acontecem esporadicamente
4) Quanto á categoria econômica: essa classificação possibilita analisar o impacto
dos gastos públicos na economia.
a) Despesa correntes: gastos com manutenção e funcionamento
dos seviçoes públicos. Via de regra não trás acréscimo ao patrimônio
publico.
- Despesas de custeio: manutenção de serviços anteriormente criados,
inclusive obras de conservação (Não acrescenta patrimônio, apenas
conserva e adaptação de imóveis. Ex.: pagamento de pessoal, material de
consumo.
- Transferências Correntes: pagamentos que não correspondem á contra-
prestação direta de bens e serviços, ou seja, não corresponde á uma
recompensa de serviço. Ex.: aposentadoria, bolsa-familia, etc.
b) Despesas de Capital: gastos que implicam, via de regra, acréscimo ao
patrimônio publico.
- Investimento: gastos referente a planejamento e execução da obra,
inclusive as destinadas á aquisição de imóveis considerados
necessários á realização daquelas obras, bem como para programas
especiais de trabalho, aquisição de instalações, equipamentos, material
permanente e constituição ou aumento de capital das organizações que
não sejam de caráter comercial e financeiro.
- Inversões financeira: recursos destinados á aquisição de imóveis ou
de bens de capital já em utilização. (se o imóvel já é do governo e ele
quer fazer uma reforma, cai em despesas de custeio, essa despesa IF, é
se o imóvel já existe, mas o governo quer comprar. Agora se o governo
quer fazer outra coisa no lugar será investimento, se for só ajeitar é
despesa de custeio.).
- Transferência de capital: dotações para investimentos ou inversões
financeiras, mas que constituam auxílios ou contribuições, bem como
amortização da divida publica (ex.: pagamento da divida
internacional).
5) Funcional: é composta de funções e subfunções prefixadas, ás quais servirão de
agregador dos gastos públicos por área de atuação governamental.
6) Programática: especificação da despesa publica segundo os programas
governamentais visando demonstrar os objetivos da ação governamental para resolver
as atividades coletivas. Os programas poder ser efetivados via projetos, atividades e
operações especiais.
- Projetos: instrumento que compõe um conjunto de operações
limitadas no tempo, que resulta em expansão ou aperfeiçoamento da
a;cão do governo (ex.: construção de hospital).
- Atividades: instrumento que compões o conjunto de operações de
modo continuo e permanente, que resulta na manutenção da ação
governamental. Ex.: treinamento de enfermeiros.
- Operações especiais: não resultam em contra-prestação, ex.:
ressarcimento, transferência.
7) Quanto á afetação patrimonial:
- Despesa Efetiva: diminui o saldo patrimonial e não ganha nada de
volta (ex.: despesas correntes-material de estoques).
- Despesa por mutação patrimonial: não diminui o saldo patrimonial,
são fatos contábeis permutativos (ex.: despesas de capita (pois é um
investimento), exceto as transferências de capital (pois não se recebe
nada em troca); despesas com material de estoque).
Receita Pública
Conceito: São os recursos obtidos pelos Estado para cumprir suas obrigações
orçamentárias.
Classificação:
1) Quanto ao sentido:
• Amplo (lato): é toda entrada de recursos nos cofres públicos,
independentemente de haver contrapartida no passivo.
• Restrito (estrito): toda entrada de recursos que se incorpora ao
patrimônio publico, sem compromisso de devolução posterior.
2) Quanto á competência:
• Federal.
• Estadual
• Municipal
3) Quanto á regularidade:
• Ordinárias: receitas arrecadadas regularmente em cada exercício
financeiro (1 ano).
• Extraordinárias: são aquelas decorrentes de situações excepcionais. Ex.:
tributos de guerra.
4) Quanto á natureza:
• Orçamentária: aquela que está prevista na lei orçamentária.
• Extra-orçamentaria: aquela que não está prevista na lei orçamentária.
5) Quanto á categoria econômica:
• Receitas correntes: são as receitas tributarias, as receitas de
contribuições, as patrimoniais, as de origem agropecuárias, as receitas
industriais (de industrias que pertencem ao governo), as de serviços (que
o governo pode prestar e cobrar) os recursos advindos de pessoas de
direito publico ou privado, quando destinados a atender despesas
correntes.
• Receita de Capital: provenientes da realização de recursos financeiros
oriundos de constituição de dividas, da conversão em espécie de bem e
direitos, de recursos recebidos de outras pessoas de direito publico ou
privado destinados á atender despesas de capital.
6) Quanto á afetação:
• Receitas Efetivas: são todas as que contribuem para o aumento do saldo
patrimonial.
• Receitas para mutações patrimoniais: nada acrescentam ao patrimônio
publico,pois são entradas e saídas compensatórias. São meros fatos
contábeis permutativos.
7) Quanto á coercitividade (pode do Estado de obrigar as pessoas a fazerem
coisas):
• Originárias: são as receitas oriundas da participação do Estado em
atividades econômicas na exploração de atividades privadas, através de
cobrança de preço ou tarifa. (Ex.: o correio é uma empresa estatal que
cobra tarifas para enviar correspondencias).
• Derivadas: Receita obtida através do poder de autoridade do Estado,
sendo captadas coercitivamente dos particulares (o Estado não participa
da atividade econômica, mas cobra. Ex.: impostos)
Estágio da receita:
1) Previsão: Estimativa da receita a ser arrecadada pelo Estado.
2) Lançamento: é o ato pelo qual se verifica a ocorrência do fato gerador e assim a
procedência do credito fiscal, a pessoa devedora e a inscrição do debito desta.
Pode ser:
a) De oficio: efetuada unilateralmente pela adm. Publica (ex.: IPTU;IPVA)
b) Por declaração: efetuado pela adm publica, mas com prestação de
informação do contribuinte (ex.: imposto de renda).
c) Por homologação ou lançamento: efetuado pelo contribuinte e
posteriormente homologado pela adm. Publica (Ex.: ISS; ICMS).
3) Arrecadação: é quando as repartições fiscais, agentes ou rede bancaria recebem
os valores que são devidos ao Estado. (Ex.: quando você paga o valor do tributo
ao banco).
4) Recolhimento: é a entrega dos recursos arrecadados pelas repartições fiscais,
agentes ou redes bancarias ao Estado através do depósito da conta única do
Tesouro Público.
Transferências:
• Direita: é quando um ente federativo maior transfere, por obrigação
constitucional, recursos de usa competência para outro menor. ( ex.: a União
passa para os estados e municipios).
• Indireta: é quando parcelas de impostos são destinados á formação de fundos e
depois, segundo critérios fixados em lei complementar,são repassados aos
beneficiados.
Princípios da tributação:
• Legalidade: nenhum tributo será instituído, nem aumentado a não se através
de lei. Exceção: os impostos extrafiscais.
• Anterioridade: nenhum tributo será cobrado sem que a lei que o criou ou
aumentou tenha sido publicada antes do inicio do exercício financeiro de
cobrança. (nenhum tributo pode ser cobrado se a lei que o instituiu ou
aumentou for publicada no ano anterior (?)).
• Anualidade: a cobrança de tributos depende da autorização anual do poder
legislativo, via previsão no orçamento.
• Irretroatividade: a lei deve ser anterior ao fato gerador do tributo por ela
criado ou majorado (aumentado).
Fator gerador: é o fato que gera o direito do Estado cobrar o tributo do particular.
(Ex.: se tem carro, tem que pagar IPVA; se tem casa, IPTU; etc.).
• Igualdade: tratamento uniforme pela entidade tributante de indivíduos que se
encontrem em igualdade de condições. (Ex.: quem ganha o mesmo salário paga
o mesmo valor de imposto de renda).
• Competência: a entidade tributante deve restringir a materia tributaria destinada
a ela pela constituição federal.
• Capacidade contributiva: os tributos devem ser graduados segundo a capacidade
financeira do contribuinte para o governo.
• Vedação de confisco: os entes tributantes não podem usar o tributo com efeito
de confisco, ou seja, o tributo não é um castigo (punição) e, sim como uma
contribuição para o governo.
• Liberdade de tráfego: a constituição federal proíbe as entidades tributantes de
limitar o trafego de pessoas ou bens por meio de tributos interestaduais ou
intermunicipais. Não pode ter tributos entre estados e municípios, ou seja, não
pode (?) a circulação de bens e serviços.
Tributos
Conceito: é toda prestação pecuniária (que tem valor em dinheiro), compulasória
(você não decide, é obrigado a pagar), em moeda que não constitua sanção
(punição) de ato fluente instituído em lei e cobrado mediante atividade
administrativa plenamente (o estado ta obrigado a cobrar) vinculada.
Espécies:
• Impostos: o Estado não tem obrigação de fazer nenhum (?) tributo cuja
obrigação tem por (?) (?) uma situação independente de qualquer atividade
estatal.específica relativa ao contribuinte.
• Taxa: o Estado para cobrar tem que prestar um serviço, ex.: coleta de lixo,
tapa buraco. Tributo que tem como fato gerador o exercício regular do poder
de policia ou a utilização efetiva ou potencial pelo contribuinte de serviço
publico especifico e (?).
• Contribuição:
De melhoria: tributos cuja a obrigação tem como fato (?) valorização de
imóveis (casas, apt) decorrentes de (?) publicas.
Social: são aquelas contribuições que tem como fato gerador atividades
sociais do Estado. Ex.: o dinheiro deve estar vinculado a atividades como a
saúde, educação, etc.
• Empréstimo Complusorio : não cai na prova
1) Sigilo:
• Privacidade X fiscalização: o fisco pode exigir administrativamente (que
não é judicialmente) que a empresa permita que se veja os livros e os
documentos relativos a sua atividade.
• Sigilo profissional X fiscalização: são obrigados a informar à
fiscalização: tabelião, escrivão e demais (?) ( servidores públicos que
trabalham em cartório, oficial de justiça) de oficio, corretores, leiloeiros,
despachante oficial, instituições financeiras, empresas de adm. de bens,
síndicos, comissários, e quaisquer outras entre as pessoas que a lei
designe.
Pessoas (?) sigilo profissional não são obrigadas a informar (nem devem,
por lei). Ex.: médicos, advogados, etc.
• Sigilo fiscal: a fazenda publica ou qualquer funcionário seu não pode divulgar
qualquer informação obtida em razão do oficio ou de sua atividade de oficio.
• Inviolabilidade de domicilio X fiscalização: a fiscalização tem preferência
quando há previa autorização judicial.
2) auxilio da força publica:
As atividades administrativas podem requisitar o auxilio da policia quando
vitimas de embaraço ou desacato no exercício de suas funções ou quando
necessário à efetivação de medida prevista na legislação tributária.
3) Excesso de exação:
É quando o funcionário exige tributo que sabe ou deveria saber que é indevido
ou quando emprega na cobrança meio (?) ou gravoso que a lei não autoriza.
• Excesso de poder (quando começa certo depois desvia o objetivo): meios
(?) não autorizados em lei.
• Desvio de Poder: cobrar imposto indevido (quando já começa errado).
4) responsabilidade pessoal do agente publico: (responsabilidade por danos morais
e materiais): o contribuinte que é vitima de excesso de (?) deve entrar com ação
de indenização.
5) Divida ativa: credito inscrito na repartição administrativa competente, após
esgotado o prazo fixado para o pagamento.
6) Certidões negativas:certidões que atestam que o contribuinte deve. As vezes, o
contribuinte tem um debito com o fisco, mas não esta vencido ou esta em curso
de cobrança executiva em que tenha sido efetivada a penhora ou a exigibilidade
está suspensa. Neste caso, o fisco da uma certidão positiva que tem o mesmo
efeito da certidão negativa.
Quem deve não inadimplente = certidão positiva com efeito de negativa
inadimplente = certidão positiva
Quem não deve certidão negativa.
Obrigação tributaria:
Conceito: é a relação jurídica em virtude da qual o particular tem o dever de prestar
(contas) dinheiro ao Estado ou de fazer, não fazer ou tolerar algo no interesse da
arrecadação ou da fiscalização dos tributos. E o estado tem o direito de constituir
contra o particular um credito.
Sujeito ativo: pessoa jurídica de direito publico, titular da competência para exigir o
cumprimento da obrigação tributaria ( o Estado).
Sujeito passivo: pessoa jurídica ou pessoa física obrigada ao cumprimento da
obrigação tributaria (o particular).
Experiências Reguladoras:
EUA – Filosofia do particularismo: os serviços sempre foram oferecidos por orgãos
privados.
Europa/Japão – tradicionalmente era o Estado que oferecia os serviços, mas de uns
tempos pra cá estão ocorrendo privatizações e o Estado tornou-se apenas regulador.
Funções:
a) Implementar as políticas e diretrizes do governo federal, para a exploração e o
aproveitamento dos potenciais hidráulicos.
b) Executar, gerenciar e fiscalizar os contratos de concessão.
c) Diminuir as divergências entre concessionárias permissionárias, autorizadas,
produtos independentes e autoprodutos, bem como entre esse agente e seus
consumidores.
Características da concessão:
a) de 30 a 35 anos.
b) Tarifas: fixadas nos contratos de concessões.
- ANATEL
Características:
a) é uma autarquia
b) é vinculada ao ministério das comunicações
c) é composta de 1 presidente e 5 conselheiros
d) os mandatos são de 5 anos não coincidentes.
e) Principal fonte de receita: fundo de fiscalização das telecomunicações
(FISTEL).
Funções:
a) implantar a politica nacional de telecomunicações
b) controlar o sistema tarifário do regime publico
c) executar,gerenciar e fiscalizar os contratos de concessão
d) garantir a interconexão das redes
e) prevenir contra praticas anticompetitivas
caracateristicas da concessão:
a) de 15 a 20 anos
b) as tarifas são fixadas no contrato de concessão.
- ANP
Características:
a) Autarquia
b) Vinculada ao ministerio das minas e energia
c) Composta de 1 diretor geral e 4 diretores
d) Mandato de 4 anos não coincidentes
Funções:
a) exercer a regulação, a contratação e a fiscalização das atividades da industria do
petróleo e da distribuição e revenda de álcool combustível.
b) Delimitar os blocos para concessão de atividades de exploração e produção.
c) Elaborar editais e promover as licitações para as referidas concessões, celebrar
os respectivos contratos e fiscalizar seu cumprimento
d) Estabelecer critérios para o calculo das tarifas de transporte por condutos.
e) Fiscalizar o adequado funcionamento do sistema nacional de estoques de
combustíveis.
Características da concessão:
a) prazo: depende da característica de cada contrato, pode chegar a 30 anos
prorrogados.
b) As tarifas são estabelecidas pela ANP na forma de preços mínimos.
- Década de 90:
a) Políticas agressivas de combate ao déficit publico.
b) Redução significativa das taxas de inflação.
c) Restrições á participação direta do Estado na economia.
Modelos de PPP’s:
a) BOT – Build Operate Transfer:
Representa um mecanismo clássico para a exploração de um serviço, no final
do qual ela (a exploração do serviço) retorna ás mãos do Estado.
b) BTO –Build Transfer Operate
Trata-se de uma modalidade na qual a construção é separada da operação, em
termo jurídicos, já que neste caso o empreendimento da construção cabe ao
setor privado, mas após o fim da mesa e antes da exploração do serviço o
direito de concessão cabe ao Estado, que mediante outro ato legal, concede a
exploração do serviço á mesma empresa ou a outra.
c) BOO – Build Own Operate:
É um mecanismo similar ao BOT com a diferença de que não há prazo final da
concessão, ou seja, a empresa fica com plenos direitos sobre o projeto sem
devolução posterior para o Estado.
d) BBO – Buy Build Operate:
A concessão representa a transferência de propriedade de um ativo já em
operação, acompanhada da obrigação de operação e eventual expansão por
parte dos novos controladores. O Estado já esta explorando, mas não tem
dinheiro para continuar, ai vende para a iniciativa privada que é obrigada a
fazer o trabalho até o fim.
Os agente participantes das PPP`s
-Sociedade de propósito especifico (SPE) – o Estado pode participar!
1º modo de agrupamento:
a) sócios controladores: quem tem a maioria das ações
b) sócios minoritários: quem tem menos ações
c) patrocinadores: pode ser os próprios sócios são aqueles que colocam
dinheiro no negocio.
2º modo de agrupamento:
a) aqueles que buscam lucrar com o seu negocio concreto: empresa
construtora, empresa fornecedora de equipamentos, operadora
especializada no serviço especifico da concessão.
b) Patrocinadores: financiadores
c) Outros agentes: governo, usuários, órgãos oficiais de empréstimo
(bancos, etc.)
Project Finance
Conceito: projeto a cargo de uma personalidade jurídica especifica para
oferecer certo serviço, principalmente no setor de infra-estrutura.
-Negociações no Project Finance:
1) negociações sobre quem vai controlar a SPE (modo de controle).
2) negociação entre controladores da SPE e patrocinadores
3) negociação entre controladores e governo
2 - Riscos do país:
a) riscos políticos: estão ligados a capacidade de um governo mudar as
regras do calculo econômico do projeto, quebrar contratos, realizar
desapropriações, com prejuízos econômicos para as partes afetadas.
Quanto mais difícil para o governo quebrar contratos, melhor! Então
quanto mais ditatorial pior.
b) Riscos macroeconômicos: estão ligados á evolução das variáveis
macroeconômicas, como taxas de cambio, taxas de juros, crescimento
de PIB, etc.
c) Risco de caso fortuito ou força maior: estão relacionados á ocorrências
eventuais de fatos que possam implicar em perdas substanciais ou total
do capital. Ex.: terremotos, guerras, ataques terroristas.