violência e discurso, polícia e literatura Introdução qualquer palavra, ela adquire significado no uso social, através do emprego que delas fazem os seres A luta da burguesia contra o anarquismo, assim como humanos, enquanto sujeitos históricos. Nunca é a luta do anarquismo contra a burguesia, assumiu e demais lembrar determinados fatos, pois às vezes o assume, inúmeras formas. Neste texto nós óbvio não é senão uma cortina de fumaça que dificulta pretendemos apenas indicar duas formas que, ao se a visualização de imagens complexas. O anarquismo, combinarem, quiseram ser uma “pá de cal” sobre o enquanto conceito, teve pelo menos duas grandes anarquismo. Foram os meios encontrados para definições. A definição burguesa, criada nas cortes sepulta-lo. Mas para infelicidade da burguesia e do e centros empresariais, assim como no coração do reformismo, não foram suficientes. O anarquismo, Estado. E outra definição, criada no seio do através da militância revolucionária, resiste, e hoje, proletariado e das camadas populares, que equivalia mais que nunca, tende a avançar. a uma identidade social que articulava idéias, valores Queremos falar aqui de duas formas de repressão/ e práticas, ou seja, uma ideologia. Pierre-Joseph combate ao anarquismo, que estão intimamente Proudhon, foi quem primeiro reivindicou para si o relacionadas entre si, mas que muitos por uso da designação “anarquista” de forma positivada. desconhecimento, ou por conveniência, separam: a Inverteu assim a tradição burguesa e aristocrática que violência física e a violência simbólica, ou a polícia empregava o termo com a conotação de desordem e e a literatura (seja os romances/novelas, textuais ou caos, normalmente aplicadas para (des)qualificar os visuais da era da televisão), seja a literatura científica. distúrbios sociais (o mesmo uso que se faz hoje..). Muitos gostam de falar do papel da polícia na Assim, o anarquismo enquanto ideologia de supressão do anarquismo. Sim, ela foi fundamental, movimentos populares, enquanto fenômeno histórico não somente no combate ao anarquismo, mas em nasce de uma luta no plano do discurso, como relação a todas as manifestações das camadas questionamento do discurso burguês e populares (movimentos negros, indígenas, de pobres aristocráticoou melhor, como sua negação. Esta luta urbanos). Falar mal da polícia não é tão difícil, afinal permaneceria, só que iria adquirir outros contornos. é muito fácil se insurgir contra o carrasco. Mas muitos No final do século XIX, uma onda repressiva se esquecem que a polícia trabalhava para o mesmo assolaria a Europa, e os anarquistas, como estavam Mecenas que os artistas e cientistas. E estes na linha de frente dos movimentos das classes cumpriram um papel não menor no combate ao trabalhadoras, foram alvo de campanhas militares e anarquismo. É sobre isso que falaremos. Como a ideológicas. A crise do movimento operário, em um narrativa, o discurso – materializado em romances, contexto de assassinatos e massacres, levou a novelas, e teses científicas - podem ser parte de uma respostas de militantes anarquistas que apelaram a “máquina de guerra” burguesa, que opera com total bombas e a liquidação física de burgueses. Os casos autonomia tática, e por isso mesmo, pode fazer mais conhecidos são Emily Henry e Ravachol. parecer que não é uma arma. Mas ao mesmo tempo houve um fenômeno paralelo Este texto visa assim ser uma modesta contribuição a este e que acabaria por influenciar os àqueles que querem conhecer o anarquismo, que acontecimentos: uma tentativa burguesa de se precisam ter idéia de que o discurso também é um “reapropriar” do conceito de anarquismo, que tinha campo onde se trava a luta de classes. Por isso, o uso passado para as mãos das classes trabalhadoras e que se faz hoje da memória e da narrativa pode ser populares. Este fenômeno aconteceu de duas tão repressivo quanto o foram em seu contexto, às maneiras: no campo das artes e da literatura, aonde polícias políticas e os serviços secretos, empregados se fazia a apologia dos “atos violentos individuais” para liquidar os militantes anarquistas. dos anarquistas, e na imprensa da época. Luigi Fabri, no seu livro “Influencias Burguesas sobre o Anarquismo”, fala de como escritores e artistas Os conceitos antagônicos e a luta de burgueses, que no plano político eram na maioria classificações... as razões políticas de uma das vezes reacionários e nacionalistas, enalteciam nas crítica teórica suas novelas e romances o anarquismo, ou melhor, o conceito burguês de anarquismo, identificando este Anarquismo, é uma palavra que carrega em si seu com o ato violento, “heróico e individual”. Um significado? No nosso entendimento não. Como exemplo disso é a novela de Emile Zola, Germinal, sempre de maneira ambígua, exaltando suas depois transformada em filme, onde o personagem qualidades morais e desqualificando sua proposta do “dinamiteiro” é descrito com sutil simpatia, sendo política. Isso fazia de R. Fonseca e N. Rodrigues o estereótipo do “anarquista” na visão romântica da comunistas? Não, é sabido que ambos eram burguesia do século XIX. Enquanto isso Malatesta, reacionários .... Hoje, qualquer ato de “violência” e os remanescentes da Aliança (organização no campo é atribuído aos “sem-terra” pela mídia revolucionária anarquista) e da Internacional se burguesa. Ser sem-terra é quase a mesma coisa que espalhavam pelo mundo, ajudando na construção de ser bandido. Mas não é difícil aceitar que uma coisa diversas Centrais Sindicais no final do século XIX e é fazer parte do movimento social, outra é ser início do século XX. No conceito burguês, a bandido. Através da mídia fala a UDR, assim como exaltação do indivíduo; no conceito popular e através dos romances do século XIX falavam a proletário, a ênfase é sobre o sujeito coletivo (o burguesia e a corte. operário, o camponês, por exemplo). Este, não seria Aqui estão as razões políticas para uma crítica teórica. sequer reconhecido pela literatura. A luta em torno da categoria “anarquismo” sempre Os artistas e escritores produziam um discurso foi encarniçada; a burguesia a definia pejorativamente romântico apologético do anarquismo, mas não do como crime, ou romanticamente como um ato heróico conceito proletário-popular, mas sim do conceito violento, individual. O proletariado e o povo, e as burguês, que reduzia anarquismo a violência. organizações que elas criaram, definiam o anarquismo Simultaneamente, os jornais de grande circulação da como uma ideologia de luta, socialista (anti- época também produziam um discurso sobre o capitalista) e revolucionária libertária (anti-estatal). anarquismo, só que identificando anarquismo e E por traz da luta discursiva, estão milhares de criminalidade. Assim, qualquer ato de roubo, mortos, o sangue generoso de camponeses, operários, assassinato ou deliquência era atribuído a homens e mulheres, jovens e idosos, que viam no anarquistas. anarquismo a forma de mudar sua vida para melhor. O que é interessante é que este discurso acabou tendo Isso tem de ser lembrado, e por nós é reverenciado. efeito sobre muitos indivíduos, que começaram a A repressão da polícia se combinava com a repressão idenfiticar o anarquismo com o conceito burguês, e discursiva, da literatura dos romances e jornais, muito logo se produziu uma tensão dentro do movimento mais sutil e ambígua, mas não menos destrutiva. anarquista. Criminosos começaram a se dizer anarquistas, e burgueses jovens começaram a procurar Recusando o autoritarismo intelectual... ou os os anarquistas para poderem praticar “atos heróicos fundamentos teóricos de uma crítica política individuais”, e alguns indivíduos que participavam das fileiras anarquistas começaram a ser atraídos para O anarquismo pode ser conhecido de diversas tal campo. maneiras, seja através dos indivíduos e grupos que Mas o que Fabri mostra é que apesar desse efeito atribuem a si mesmo a designação de anarquistas, social, os indivíduos que por esse conceito seja através do estudo da história, ou seja do discurso, enveredavam, logo deixavam o anarquismo para ser materializado principalmente em jornais, livros e atraídos para as fileiras da burguesia, do imagens de vídeo e fotográficas. Como vimos, existiu nacionalismo ou mesmo da mera criminalidade. A uma luta discursiva em torno da definição do que ofensiva discursiva produziu efeitos sobre o era anarquismo. Existe então pelo menos dois movimento anarquista, sobre as pessoas concretas conceitos de anarquismo. Logo, os indivíduos que que no seu meio circulavam, mas o conceito popular atribuem a si mesmo a designação de anarquista, e proletário se manteve diferenciado e intacto, e vivo, podem estar reivindicando ou o conceito burguês, pois o sindicalismo revolucionário e a militância das ou o conceito proletário e popular. Assim como, as organizações anarquistas permaneceria uma fontes que se utiliza para a escrever a história, podem constante. Ainda no final do século XIX, ganharia estar expressando o conceito burguês ou o popular. força na Europa, Ásia e Américas. A luta discursiva E aqui podemos colocar fundamentos teóricos para da burguesia contra o anarquismo conseguiu atingir nossa crítica política. o movimento anarquista de sua época, debilitando-o Todos sabem, ou deveriam saber, que a ciência, assim do ponto de vista da composição, mas não abalou como a literatura, não é algo neutro em relação ao seus alicerces ideológicos. poder e a dinâmica social. Podemos dizer que a O que dissemos pode ser mais fácil de ser visualizado ciência é uma forma de poder, que sempre se consideramos a nossa própria história recente. Nos acompanhou a conquista e a violência (o racismo romances de Rubem Fonseca e Nelson Rodrigues científico é a expressão mais bizarra deste fato). há vários personagens “comunistas”, descritos quase Sendo assim, as modalidades de discurso [científico,literário] que hoje falam sobre o no cientificismo colonialista europeu, que para anarquismo, podem ser também formas de repressão manter a unidade do que entendiam ser uma nação ao anarquismo, dependendo da abordagem teórica (eles viam uma imagem degenerada de si mesmos em que empreguem. tudo que era diferente deles), que reunia diferentes Autoritarismo intelectual, de certa maneira, quando etnias africanas num mesmo Estado e território, afinal se fala de ciência, esta expressão é quase redundante. eram todos “negros”. Ou seja, o autoritarismo que A maior parte das vertentes modernas das ciências se esconde atrás deste discurso bondoso da “unidade” humanas (estruturalismo, funcionalismo, pós- é muito grande, pois usa traços muito superficiais modernismo e etc.) normalmente combinam a que ele mesmo determina para classificar os sujeitos arrogância intelectual com um apoliticismo grosseiro, concretos e desconsidera/suprime os discursos e materializado na visão estática e totalizadora da interesses destes últimos (etnias no conflito colonial, história e da sociedade, quase sempre considerada anarquistas no conflito social), e como o botânico como expressão de forças supra-humanas (a cultura, que “classifica borboletas”, quer reunir coisas que as forças produtivas, a consciência coletiva ou a são muito diferentes (porque assim se concebem e psique individual). De comum, a supressão do fazem no plano da prática social1 ), em torno da conflito. A desconsideração da “polifonia” (não é categoria genérica que ele mesmo construiu em seu este termo que hoje se gosta de empregar?), e do laboratório. É o poder do cientista suprimindo as caráter dissonante das vozes e de suas relações. vozes dissonantes da sociedade em uma unidade. É Nas universidades brasileiras, o predomínio do uma das formas mais sutis do anti-anarquismo, que marxismo mais mecanicista (do estilo Nelson se concretiza neste tipo de abordagem teórica e Werneck Sodré) tendeu a se apropriar do conceito metodológica. burguês de anarquismo (como o marxismo sempre É preciso então explicitar a metodologia e a teoria fez, com raras exceções) ou então o introduzindo num que orienta o trabalho com as fontes, porque esquema evolucionista da história, ao lado dos dependendo delas, se pode simplismente ocultar a camponeses, indígenas e negros, numa suposta fase lutade classes no palno do discurso, eerigir o conceito “pré-política”. Hoje isso pode parecer piada, já que burguês (mesmo o positivo, romantizado) no conceito ao olharmos a biografia de Sodré, sabemos que ele único de anarquismo. E isto já é uma forma de foi militar de alta patente, que não viu problema em repressão. trabalhar dentro do DIP (departamento de imprensa e propaganda) de Getúlio Vargas, expressando o que Porque não conciliar? ... ou o que faz do tinha de mais atrasado em termos de formulação anarquismo, anarquismo. teórica, mesmo para sua época. Assim, no caso do Brasil, ainda aparece o conceito marxista de A resposta para esta pergunta é simples. Primeiro, anarquismo, tomado diretamente da literatura por uma questão política. Para nós anarquismo é luta burguesa, plenamente enraizado nas instituições e organização, uma ideologia popular e proletária. acadêmicas. Segundo, por uma questão teórica; se hoje toda uma Consideramos que do ponto de vista teórico, não se parte das ciências humanas caminha para uma pode ocultar este conflito, as múltiplas posições dos reflexão crítica sobre o seu papel nas relações de “autores” que falam sobre anarquismo, e sua inserção dominação, não se pode aceitar que alguém que no cenário político e social. Isto será determinante estude ou se identifique no anarquismo fique usando na própria construção discursiva do anarquismo, seja o conceito no sentido genérico. É preciso que cada materializado este discurso num romance ou numa um deixe claro seu posicionamento frente aos tese acadêmica (ou em comentários feitos dentro diferentes conceitos de anarquismo, e ao fazer isso, delas). Quando se fala de anarquismo, se fala de uma estará marcando uma posição. Não se pode luta, entre burguesia e camadas populares, pela desconsiderar este fato, acreditando que o definição de um conceito no plano do discurso. anarquismo de “A Plebe” é o mesmo que o das Teoricamente, uma metodologia que desconsidere páginas dos jornais Burgueses do início do século, esta multiplicidade de vozes em nome de uma ou que José Oiticica pode ser colocado ao lado de “unidade” do anarquismo tende, na melhor das Roberto Freire, empresário da Somaterapia, porque hipóteses, para a falsificação, na pior, para a tudo seria “anarquismo”. campanha difamatória, na intermediária, para tentar O conceito de anarquismo de José Oiticica está conciliar todos os conceitos, como se mantivessem materializado na sua experiência de vida e nas uma relação de continuidade, uma “unidade páginas do jornal “Ação Direta”, que foi redigido intrínseca” até sua morte, nos anos cinqüenta. O “anarquismo” Pode ser encontrado um paralelo desta postura teórica reivindicado por Roberto Freire é o do conceito burguês e marxista - que entendia o anarquismo como anarquismo, mas sim luta. um grande “laissez-faire” - basta ver a trajetória de Adotar uma tal metodologia, apesar de ser em si uma Freire. Ele rompe com a Ação Popular (grupo católico posição política, não faz da pessoa que a toma com influencia leninista) reivindicando o anarquista. Talvez faça dele um cientista menos anarquismo, não o conceito proletário e popular, autoritário, menos arrogante, mais sensível a captação mas sim o conceito caricatural usado pelo PCB da da diversidade e imprevisibilidade do real. O que já época, que nada tinha a ver com a história do é bastante. anarquismo brasileiro. Aí surge uma grande Deveria ser obvio que estudar o anarquismo não faz falsificação histórica. Posicionado nos lugares de de alguém anarquista, assim como estudar borboletas “autoridade” e visibilidade propiciados pela sua não faz do botânico uma borboleta (apesar de muitos, psicanálise, Freire constrói um discurso burguês do devido a sua “autoridade científica”, quererem falar anarquismo que vai ser comercializado como “o em nome das borboletas). Infelizmente para alguns, anarquismo”, com grande força, depois dos anos 60. e felizmente para nós, o mesmo não é possível em Mas a figura de Freire é grotesca. Como anarquista relação ao anarquismo, porque os anarquistas, ele é um ótimo psicanalista, e como psicanalista é diferentemente das borboletas – pelo menos as um péssimo anarquista (ou excelente empresário). borboletas que sabemos que existem – são capazes Para nós é apenas um burguês. Criticar e evidenciar de falar por si. E assim como as minorias étnicas e isso é suprimir a “liberdade”? Não. Ë realiza-la. Pois os povos colonizados (alguns gostariam de chamá- quem está suprimido no discurso burguês é a los ainda de primitivos), nos seus movimentos de polifonia da experiência e da luta, as vozes de Edgar liberação política fizeram a crítica da ciência, nós Leunroth, José Oiticica e Domingos Passos e toda a no nosso permanente movimento de liberação social história dos anônimos proletários que fizeram do não poderíamos deixar de fazer o mesmo. anarquismo, anarquismo. . Para nós não é uma questão de verdade, de dizer quem Lutar contra a autoridade do discurso burguês é uma é e quem não é anarquista, mas sim de explicitar as das formas da luta de classes. O mesmo acontece relações políticas e posições teóricas E ao fazer isso quando lutamos contra a propriedade privada; os ficará claro que a luta de conceitos, assim como a burgueses reclamam da “liberdade e do direito de luta de classes, permanece. As nossas posições e propriedade”, que os anarquistas nunca respeitaram conceito de anarquismo, o que faz de nós anarquistas, e nunca irão respeitar. Sempre quiseram suprimir. E estão explicitas. Isto também faz, do anarquismo, é isso que faz do anarquismo, anarquismo. É bom anarquismo. É no espírito de contribuir para o debate não esquecer: “Socialismo sem liberdade e público que este texto foi formulado. Esperamos que escravidão e brutalidade, Liberdade sem Socialismo ele possa ajudar, mesmo que de maneira modesta, é privilégio, injustiça”. Dizia Bakunin. Isso faz do aqueles que querem conhecer o anarquismo. anarquismo, anarquismo. Além do mais, basta escrever uma história do Nem um passo atrás. !!! anarquismo, consultando os jornais operários e de Anarquismo é Luta !!! organizações (Aliança, Grupo Anarquista Comunista de Gula-Polé) e neles os textos de Malatesta, 1 Um exemplo desse autoritarismo intelectual, é a forma Kropotkin, Makhno e Bakunin, para vermos que eles de classificação que faz George Woodcock no livro “Os sempre marcaram uma fronteira que separasse o Grandes Escritos Anarquistas”. Ele situa Henry D. conceito burguês do conceito proletário de Thoreau e Max Stiner como anarquistas, e mais ainda, anarquismo. Por mais que discordassem entre si sobre como os “mais verdadeiros anarquistas”, por considerar pontos diversos (Bakunin fez críticas de Proudhon, que a “defesa do indivíduo” é o que caracteriza o Malatesta fez de Kropotkin, Makhno de Malatesta, anarquismo. Não importa que Thoreau e Stiner nunca o que confere uma diversidade ampla ao pensamento tenham se chamado anarquistas, e o que é mais importante, anarquista), todos sempre criticaram os nunca tenham se inserido nos espaços sociais populares “individualistas” e recusavam reconhece-los no qual o anarquismo se materializava. Não importa o que pensavam e faziam eles, e os anarquistas, sujeitos do seu enquanto anarquistas. E não reconheciam. Basta ir próprio tempo histórico. Importa o que o cientista/narrador, ler seus escritos. Obviamente, os individualistas com o poder da caneta hoje, pensa e faz, e aí ele classifica consideravam por sua vez Bakunin e Malatesta, por ao seu bel prazer. Bom, esta abordagem corresponde ao exemplo, “falsos anarquistas”, e por isso um deles que existe de mais retrógrado na historiografia, sendo deu um tiro em Malatesta, na sua visita aos EUA. desmontada nos estudos sobre escravidão, relações de Isto é que é respeito à “liberdade individual” e de gênero, movimento operário, etnicidade e situação colonial. pensamento. Ou seja, não houve “síntese” do Porque não deveria ser feito o mesmo em relação à história conceito popular com o conceito burguês de do anarquismo?