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gerais
Nuno Silva Pereira curto prazo. Todos os dias a Internet é invadida têm mais pessoas em grupos “anti-Ensitel” do
por empresas que procuram o seu lugar ao sol que no grupo da marca no Facebook, situações
para divulgarem os seus produtos e novas estra- como esta podem levar muito tempo e custos
O ESTUDO “WAVE 5 – The Socialisation of tégias são necessárias para o sucesso da divulga- para reparar.
Brands” refere que cinquenta e quatro por ção. A Internet é, sem dúvida, uma excelente Uma empresa que marca presença na Web, prin-
cento dos cibernautas portugueses já aderiu à opção, por exemplo, para PME’s, devido ao cipalmente no que se refere a redes sociais, está
comunidades de marcas. Globalmente, das pes- baixo custo de implementação e gestão de cam- a abrir as portas da sua “casa” para
soas que “aderem” às marcas, 72 por cento panhas. Essa gestão pode ser medida em tempo as opiniões, quer estas sejam
ficaram com uma ideia mais positiva em relação real por diversas ferramentas. boas ou más. A pior coisa
à marca, 71 por cento consideram que é mais Convém ressalvar que grande que pode fazer é tentar
provável adquirir produtos à marca, 66 por parte das estratégias utiliza- abafar a opinião nega-
cento sentem-se mais fiéis para com a marca e das está numa fase de tiva. Atenção que
63 por cento recomendaram outros para se jun- maturação, a Internet é não res-
tar. Será que as marcas conseguem perceber a um meio que muda ponder
enorme janela de oportunidade que já surgiu e diariamente, está tam-
que está a crescer? em constante bém
Hoje em dia é fundamental para qualquer marca crescimento e
perceber que os outdoors, panfletos, anúncios mudança.
nos media tradicionais (rádio, revistas, jornais) A maior parte
tornaram-se ferramentas de marketing ultrapas- das empresas
sadas e o subsequente desinvestimento em ainda não tem
publicidade nestas mesmas no ano passado só o consciência que
veio demonstrar. A Internet é o principal canal ao entrar em redes
de distribuição de conteúdo e um novo canal de como o twitter, youtu-
distribuição de comunicação, os telemóveis be, facebook, entre outras, não
estão cada vez mais a ganhar a corrida neste estão a entrar em território des- é política
nova convergência de meios (em 2010 foram conhecido e devem tomar uma a seguir, em qualquer
descarregadas cinco mil milhões de aplicações opção consciente quanto à sua um dos casos não vão
em todo o mundo) e a médio prazo a televisão presença para preparam a organiza- conquistar muitos futu-
digital ganhará espaço e tornar-se-á uma pode- ção para esta nova frente de batalha. ros clientes. As marcas
rosa ferramenta para distribuição de conteúdo Podemos dar como mau exemplo, o caso da não devem ficar sem reac-
publicitário em massa. Ensitel, ainda bastante fresco, onde queriam ção, este mundo social é dar e
Empresas como a Nike, Swatch, TMN (que estão apagar um “post” do “blog” de uma cliente receber, correm o risco de criar um efeito de
no top de marcas com mais seguidores no sobre uma reclamação que fez. A Ensitel sofreu bola de neve gerando um impacto negativo com
Facebook) que apostam muito dinheiro na divul- de um efeito “Streisand”, tratando-se de um o qual não estão preparados para lidar. Caso os
gação dos seus produtos no mundo “real”, fenómeno da Web onde uma tentativa de cen- comentários sejam negativos, o cliente tem
estão a aperceber-se que a velocidade de divul- surar ou remover algum tipo de informação se sempre razão e deve ser o foco da empresa mais
gação de uma campanha pelo mundo “virtual” volta contra o censor, resultando na vasta repli- do que nunca, desprezar os mesmos só motiva
é muito maior e que o seu ROI (Return on cação da informação. A sua reputação na Web mais a sua ira e espalharem a mensagem mais
Investment) pode ser grande e imediato no foi completamente destruída em poucos dias, depressa.
Uma empresa que quer estar presente nas redes
sociais tem que estar preparada para estas situa-
ções e ter medidas de contingência preparadas
para atenuar o impacto negativo que um social
buzz pode criar. Devem agir de imediato, na Web
tudo é rápido, criem uma conversação personali-
zada com o cliente para conseguirem perceber
melhor a situação e chegarem a um entendimen-
to. Em muitos casos, o cliente só procura ter
informação sobre uma possível resolução, mas
quando se comprometerem com algo, cumpram,
senão o efeito negativo será em duplicado, mas
não deixem de dar uma resposta.
No mundo online tudo o que escreverem pode-
rá criar feedback, as marcas devem interpretar
isto como algo extremamente positivo que lhe