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O documento analisa uma cartilha sobre alimentos transgênicos elaborada pelo Conselho de Informações sobre Biotecnologia. A cartilha apresenta apenas os benefícios dos transgênicos sem mencionar riscos ou questões controversas, como impactos ambientais e de saúde, questões econômicas sobre dependência de empresas, entre outros pontos criticados no documento.
O documento analisa uma cartilha sobre alimentos transgênicos elaborada pelo Conselho de Informações sobre Biotecnologia. A cartilha apresenta apenas os benefícios dos transgênicos sem mencionar riscos ou questões controversas, como impactos ambientais e de saúde, questões econômicas sobre dependência de empresas, entre outros pontos criticados no documento.
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O documento analisa uma cartilha sobre alimentos transgênicos elaborada pelo Conselho de Informações sobre Biotecnologia. A cartilha apresenta apenas os benefícios dos transgênicos sem mencionar riscos ou questões controversas, como impactos ambientais e de saúde, questões econômicas sobre dependência de empresas, entre outros pontos criticados no documento.
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“Transgênicos – você tem o direito de conhecer” sem
aversões aos alimentos geneticamente modificados.
A cartilha “Transgênicos - você tem o direito de conhecer” sobre os
Organismos Geneticamente modificados (OGM) ou Transgênicos elaborada pelo Conselho Informações sobre Biotecnologia (CIB) reúne aspectos científicos, jurídicos, econômicos e sociais relativos a este ramo da biotecnologia, apenas em única vertente sem aversões aos alimentos transgênicos. Este material é dividido em dez categorias. A primeira, o ramo da ciência, apresenta os transgênicos como uma das infinitas aplicações da tecnologia que contribui significativamente na melhoria da qualidade de vida, pelo desenvolvimento de produtos mais nutritivos e em longo prazo irá reduzir a quantidade de substâncias indesejáveis aos alimentos, capazes também de provocar reações alérgicas. Os transgênicos ou organismos geneticamente modificados são aqueles que recebem um ou mais genes de outro organismo e passam a expressar uma nova característica de especial interesse. Um exemplo seria uma planta que terá sua qualidade nutricional melhorada com gene de outro organismo. A segunda categoria, envolvendo a história, refere-se a biotecnologia é um conhecimento milenar pelas técnicas primitivas envolvendo plantas, animais e microrganismos. Não revela a atual realidade de que somente poucos laboratórios têm os dispendiosos equipamentos e pesquisadores capazes de obter organismos transgênicos com segurança necessária. O terceiro aborda a segurança salientando a liberação de um alimento desenvolvido pela biotecnologia moderna para consumo é realizado após diversos testes de avaliação de segurança. Afirma “Em mais de dez anos de uso em todo o mundo, período em que, estima-se, cerca de 350 milhões de toneladas de alimentos transgênicos foram consumidos, nunca se registrou um único caso de impacto negativo na saúde humana ou animal.” Encobre fatos alarmantes, tais como pesquisas recentes na Inglaterra revelaram aumento de alergias com o consumo de soja transgênica. Acredita-se que os transgênicos podem diminuir ou anular o efeito dos antibióticos no organismo, impedindo assim o tratamento e agravando as doenças infecciosas. Alergias alimentares também podem acontecer, pois o organismo pode reagir da mesma forma que diante de uma toxina. Outros efeitos, desconhecidos, em longo prazo poderão ocorrer, inclusive o câncer. Logo, vem a questão ambiental, ao abordar os transgênicos como alternativos para o desenvolvimento com preservação ambiental, pois a biotecnologia é uma ferramenta no contexto do manejo integrado de pragas e plantas daninhas, conseqüentemente, reduz o uso de máquinas e combustíveis , ou seja , na emissão de gases poluentes. Este aspecto é o principal gerador de inúmeras preocupações, o contexto supracitado pode provocar um desequilíbrio irreversível ao ecossistema. A partir da resistência a agrotóxicos pode levar ao aumento das doses de pesticidas aplicadas nas plantações. As pragas ao se alimentarem da planta transgênica também poderiam adquirir resistência ao pesticida. Para combatê-las seriam usadas doses ainda maiores de veneno, o que provocaria uma reação em cadeia desastrosa para o meio ambiente (maior quantidade de poluição nos rios e solos) e para a saúde dos consumidores. Uma vez introduzida uma planta transgênica não consegue recuperá-la, pois a propagação da mesma é incontrolável e não se pode prever as alterações no ecossistema que isso pode acarretar. A biotecnologia está presente em diversas áreas, principalmente levando-se em conta a agricultura e os produtos das indústrias farmacêutica, alimentícia e química. A perspectiva é de a engenharia genética poderá contribuir para o combate à fome e à desnutrição no mundo. A rotulagem em produtos que contenham uma parcela mínima de matéria prima geneticamente modificada deve ocorrer como em qualquer outro produto, assim garante ao consumidor o direito à informação e a escolha na hora da compra. Diversas instituições internacionais de renome apóiam a biotecnologia e os produtos derivados do uso dessa técnica. Entre elas, a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO/ONU), a Organização Mundial da Saúde (OMS), a Academia de Ciências do Vaticano, a Agência de Biotecnologia da Austrália e a Agência de Controle de Alimentos do Canadá. O royalty (compensação financeira pelo uso autorizado de determinada tecnologia) é uma prática comumente utilizada e serve de fonte de recursos para retroalimentar a pesquisa. Aproximadamente 81 milhões de hectares foram plantados em 2004 com transgênicos em 17 países, de acordo com dados do Serviço Internacional para a Aquisição de Aplicações em Agrobiotecnologia. Os Estados Unidos respondem por cerca de 59% da plantação mundial, seguidos de Argentina (20%), Canadá(6%), Brasil (6%), China (5%), Paraguai (2%), Índia (1%) e África do Sul (1%). Ainda é concentrada e representa uma quantidade pouco considerável de países. Além disto, não revela questionamentos pendentes levantados por cientistas, organizações e universidades envolvendo as mesmas áreas: na saúde, a toxicidade em grande populações e a dificuldade de execução de estudos de monitoramento; Na ecologia, o risco de transmissão de resistência a substâncias químicas (herbicidas), podendo gerar novas pragas resistentes; Na economia, a dependência dos pequenos produtores , e por conseqüência, da própria sociedade, de um pequeno número de empresas que produzem sementes patenteadas, com replantio impedido por contrato ou por geração de pagamento de royalties. Portanto, a cartilha deveria tratar o assunto de alimentos transgênicos em neutralidade, caracterizando as vantagens e desvantagens, benefícios e riscos da biotecnologia aplicada aos alimentos, não apenas adotando uma vertente totalmente favorável, sem aversões, questionamentos e discussões sobre este tema.