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a. Protozoários:
i. Giárdia lamblia: Características: Móvel (flagelado), microscópico. Mais comum
protozoário do homem. Estima-se 2 a 5% países ricos e 20% nos pobres. Ciclo vital: Cistos
Água, alimentos delgado trofozoítos enterócitosLesão da mucosa. Clínica: Dor
abdominal, diarréia alta, má-absorção, desnutrição. Diagnóstico: Cistos (fezes duras),
trofozoítos (fezes moles), antígenos em líquido duodenal e fezes (ELISA). Tratamento:
Metronidazol: 15-20mg/kg/dia 2 doses / dia / 5dias. max.:750mg. Furazolidona: 6 mg / kg / dia
4doses / 10dias. max.: 400mg / dia. Secnidazol: 30mg / kg / dia / dose única. max.: 2 g.
Controle de Cura: Exames de fezes no 7º, 14º e 21º dia após término do tratamento.
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b. Helmintos: Nematodas:
i. Áscaris lumbricoídes: Características: (“Lumbriga”). Maior (15-35cm),mais comum dos
helmintos cosmopolitas. Vida média: 12 a 18 meses. Infestação: Cada fêmea produz até
200.000 ovos/dia. Ovos embrionados após 2 semanas no solo (impossível transmissão
pessoa-pessoa). Por inalação? Ciclo Vital: Fezes terra dedos, água, alimentos boca-
ingestão larvas de 1º e 2º estágio penetração na mucosa do delgado fígado –
coração – pulmões - via respiratória alta – deglutição – delgado - verme adulto. Clinica: 1)
Geralmente assintomático; 2) ou Inespecífica: Dispepsia, dor abdominal, anorexia, diarréia,
constipação; 3) ou sintomas da migração: colédoco (obstrução colédoco, colangite, abscesso
hepático, pancreatite); apêndice (apendicite); trompa de Eustáquio (otite média); ânus e boca
(eliminação); ou 4) na infestação intensa: Sub ou oclusão entérica e Má-absorção.
Diagnóstico: Ovos nas fezes (parasitológico), eliminação do verme adulto por ânus ou boca, Rx
simples de abdome (sub-oclusão). Eosinofilia só é proeminente durante a passagem pulmonar.
Tratamento: Pamoato de pirantel: 11mg / kg / dia máx.: 1g / dia / 3dias. Mebendazol: 100mg /
2x / dia / 3dias. Albendazol: 400mg / dia / dose única. Levamisol: 80 mg < 7 anos e 150 mg > 7
anos e adultos 2 doses 7 em 7 dias. Sub-ocluão: Piperazina: 75mg Kg / peso em duas doses /
7dias.
iii. Trichuris trichiura ou tricocéfalos: Características: Verme chicote ou fio: cabeça longa
e afilada (3 a 5cm). O macho cauda enrolada. Difere dos outros nematodas por não ter
migração tecidual e habitar o cólon (ceco e ascendente) e não o delgado. Ciclo vital: Ingestão
ovo embrionado (3 semanas no solo) (transmissão pessoa-pessoa impossível) geofagia,
alimentos, água, mãos, vetores: moscas, animais domésticos luz do intestino o embrião
escapa do ovo pelo polo albuminoso verme adulto Fixação com a parte afinada intestinao
grosso alimentando-se de sangue do parasitado. Clínica: Parasitismo é leve é assintomático.
Nos casos graves Anemia, perda de peso, colite crônica com prolapso retal. Apendicite e
possibilidade facilitação de invasão bacteriana na mucosa são descritos. Diagnóstico: ovos nas
fezes. Tratamento: Mebendazol:100mg/2x/dia/3dias. Albendazol: 400mg/dose única.
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v. Strongyloides stercoralis: Características: Nematoda pequenas dimensões( 0,6 a 2,2
mm) de regiões tropicais e subtropicais de. Ciclo Vital: Pelesangue pulmãotraquéia
maturação em intestino delgado proximal fêmea adulta grávida penetra na mucosa –
postura de ovos e embrionamento dentro da mucosalarvas rabtitóidesfilarióides na luz do
inestino. Auto-infestação interna ( cólon distal) ou externa (períneo). No solo pode infestar ou
transformar-se em macho e fêmea de vida livre e gerar novamente ovos e larvas (ciclo
esterno). * hiper-infestação: nos imune deprimidos disseminação larvária para vários orgãos
com bactérias entéricas. Clínica: Infestação leve: assintomática. Dor epigátrica, síndrome de
má absorção, diarréia protraída. Raramente quadro semelhante a retocolite. Na hiper-
infestação: Colite severa, perfuração entérica, sepse por gram (-), e choque. Diagnóstico:
larvas: nas fezes, aspirado e biópsia duodenal. Tratamento: tiabendazol: 25 a 50 mg/dia/2
doses/3 a 5 dias/ máx. 3g/dia 3 ciclos com intervalos de 7 a 10 dias. Albendazol 400 mg/1x/dia
/3 dias e por 15 dias na Hiperinfecção. Ivermectin (200 microg/kg/dia) por 2 dias. Controle de
cura: parasitológicos aos 7, 21, 30 do tratamento ou novo tratamento em 30 dias.
c. Helmintos Cestodas:
i. Hyminolepis nana: Características: Tênia anã (0,5 a 4,5cm). É a Tênia mais comum da
criança. Habita o delgado. Fixação através do escolex seguem-se os proglotes que
desprendem-se, desintegram e eliminam-se ovos que são infestantes. Cosmopolita e mais de
climas quentes. Ciclo Vital: Ingestão do ovo alimentos, água, mãos contaminadas 3 a 4
dias libera o embrião penetra na mucosa e, transforma-se na larva cisticercóide volta à
luz fixando-se a mucosa e torna-se o verme adulto em 2 semanas. *Auto-infestação: pode
produzir parasitismo intenso. Rato e gato são também hospedeiros naturais. Clínica: só na
infestação intensa: diarréia, cólicas, e anorexia. Insônia, cefaléia, tontura (absorção de
produtos tóxicos do parasita?) Diagnóstico: Ovos nas fezes. Tratamento: Praziquantel: 20 a
25 mg/kg dose única.
a. Rede de água tratada, coleta de esgotos, fiscalização sanitária dos alimentos (contaminação da terra,
água, e alimentos).
b. Higiene individual e domicíliar e maus hábitos (Onicofagia, geofagia, alimentação crua)
c. Atenção primária de saúde, além de aglomerações, migrações, vetores (moscas) e animais
contaminados (Cão: amebíse, estrongiloidíase, giardíse, criptosporidiose, toxocaríase, hidatidose).
d. Nutricional e imunológica (Giardia, criptosporídio, ameba, isospora belli).
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6. Outros enteroparasitas (pouco freqüentes na criança):
a. Nematodas:
i. Capilária philipinensis: Parasita de peixes e pássaros de água doce. Ocorre
principalmente na sudeste da Ásia, Filipinas e Tailândia. A infestação se faz por ingestão da
carne mau cozida. Forma infestante: larvas e como o estrongilóides pode fazer o ciclo
internamente com infestação maciça. Coloniza o delgado superior. Clínica: dor abdominal,
diarréia, desnutrição severa, edema. Diagnóstico: ovos, larvas, verme adulto nas fezes e
aspirado duodenal. Tratamento: albendazol ( 400 mg/1x/dia ) por 10 dias ou mebendazol ( 100
mg/2x/dia ) por 20 dias.
ii. Trichinella spiralis: Infestação se dá por ingestão de carne de porco mau cozida . Clínica:
diarréia e dor abdominal alguns dias após ingestão de carne contaminada. Após 1 a 2 semanas
ocorre febre, edema periorbital, rush eritematoso e mialgia severa que pode durar até 6
semanas. As complicações incluem: penumonia, miocardite, encefalite. Diagnóstico: Na
suspeita, elevação de: TGO e CPK e eosinófilos. Confirmação por biópsia de músculo.
Tratamento: tiabendazol ( 25 mg/k/dia - max 1,5 g ) em 2 doses por 4 dias, dentro das
primeiras 24 horas após ingestão do alimento.
iii. Anisakis: infestação se faz por ingestão de peixe crú. Doença encontrada no Japão,
Escandinávia, Costa do Pacífico na América do Sul. A larva adere-se à parede do estômago e
intestino causando ulceração e ocasionalmente perfuração. Tratamento: remoção cirúrgica ou
endoscópica.
b. Protozoários:
i. Dientamoeba fragilis: Protozoário flagelado, habitante do intestino grosso e de
distribuição universal (90% das crianças de 5 anos tem soro positivo indicando contato).
Clínica: diarréia alta ou colite, dor abdominal, flatulência e perda de peso. A associação com
oxiuríase não é rara. Tratamento: Metronidazol - 35 a 50 mg/dia - max. 2gr - em 3 doses por 10
dias.Blastocystis hominis: Protozoário anaeróbio estrito habitante comum do ceco e colons.
Sua patogenicidade é controversa embora o parasitismo intenso possa produzir sintoma
semelhantes a dientameba. Tratamento: metronidazol - 35 a 50 mg/dia - max. 2gr - em 3 dose
por 5 dias.
ii. Balantidium coli: Protozoário ciliado grande ( 50 a 200 micras) de distribuição universal.
Os suínos são o maior reservatório sendo fazendeiros, pessoas do abate tem maior risco.
Clinica: dor abdominal, diarréia até colite importante. Diagnóstico: trofozoitos nas fezes.
Tratamento: Metronidazol - 35 a 50 mg/dia - max. 2gr - em 3 doses por 5 dias.
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iii. Criptosporidium: Forma infestante: Protozoário que infecta vários mamíferos, animais de
fazenda e domésticos. Ciclo vital: complexo que envolve a formação de oocistos (4 a 6 micras)
cheios de esporozoítos infectantes. Pode passar por filtros comuns, e resistir à acidez gástrica.
Habitat: localizam-se principalmente no bordo apical de toda mucosa (delgado e cólon)
produzindo atrofia da mucosa em graus variados e moderado processo inflamatório na lâmina
própria. Além do contato com animais, creches, hospitais e viagens e imune-depressão são
fatores de risco. É causa rara de diarréia (estima-se 1,5% delas nos países ricos e 6% nos
países pobres). Clínica: Em nutridos diarréia aguda que se auto-limita. Em desnutridos ou
imune-deprimidos pode produzir diarréia secretora, cólera símile ou crônica com perda de
peso; e até infestação sintomática para vias biliares, pulmões, seios da face. Diagnóstico: fezes
coradas pelo ácido rápido, imuno-fluorescência e ELISA, e biópsia do orgão afetado ou lavado
brônquico. Tratamento: Permanece problemático. Hospedeiros normais melhoram
espontaneamente em 1 a 3 semanas, mas os imune-deprimidos podem ter quadro severo com
necessidade de suporte nutricional e soro venoso. Várias drogas são usadas com efeito
limitado: metronidazol, sulfonamidas, espiramicina, paramomicina, e azitromicina que parece
ser a mais promisora. Azitromicina: - 25 mg/kg/dia - em 2 doses por 14 dias.
c. Cestodas:
i. Diphylobotruim latum, T solim, T. saginata e Hyminilepis nana: Os três
primeiros a infestação se faz por ingestão de carne crua e o último é fecal-oral. Escolex,
proglotes, e ovos produzidos nos últimos segmentos são eliminados. D. latum: ingestão de
peixe crú. Assintomáticos ou carência de vitamina B 12 por competição com hospedeiro.
Diagnóstico por ovos e proglotes nas fezes. T. solium: infestação entérica por carne de porco
contaminada por Cisticercus cellulosae mau cozida ou assada. Cisticercose por ingestão de
ovos viáveis de Taenia solium. T. saginata: infestação entérica por carne bovina contaminada
por cistecercus bovis. Clínica: assintomáticos a fenômenos gerais como cefaléia, dor
abdominal, constipação, diarréia, inapetência ou fome intensa. Tratamento: todas as teníases:
Praziquantel - 20 a 25 mg/kg - em dose única.
d. Trematodas:
i. Schistossoma mansoni. Esquistossomose é uma das mais importantes devido a alta
morbi-mortalidade e sua incidência: mais de 200 milhões de doentes no mundo . Existem 5
espécies. A infecção depende de um caramujo que é o hospedeiro intermediário. Ciclo vital:
ovos eliminados pelas fezes - liberam os miracídios (forma larvária) - penetram num caramujo
do gênero Biomphalária - transformam-se em esporocistos - liberam as cercárias - pele
humana. Clínica: forma inicial sem sintomas ou somente a dermatite cercariana e, após 1
semana, aparece a forma aguda ( febre, emagrecimento, mialgia, adinamia, tosse, alergias
cutâneas, hepatoesplenomegalia e diarréia muco-sanguinolenta e eosinofilia ). A colite pode
demorar meses, ou anos, ocorre com ulcerações e formação de pólipos e massas
granulomatosas. Forma crônica: em 90% dos casos são assintomáticos e passam a ser
disseminadores da doença. Os outros podem ter: 1. Forma intestinal (dores abdominais,
constipação e crises de diarréia com muco e sangue ), e outras Hepatointestinal,
hepatoesplênica, vasculopulmonar, forma tumoral ou pseudoneoplásia, e forma ectópica.
Tratamento: Praziquantel - 40 mg/kg em 2 doses- por 1 dia.
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Apêndice:
Esquemas de tratamento:
Nome Indicação Rota Dose /dia . Dose: máx. Dias Precauções Efeitos colaterais
Albendadol Äscaris, tricocéfalos, Oral 400 mg/ 1x 1 Tertogênese Como o mebendadol
oxiúrus Mutagênese (raros na dose única)
< 2 anos
Estrongiloidíase: Oral 400 mg/1x 3 Doença hepática
não complicada Oral 400 mg/1x 15 Doença hepática
Hiperinfestação Oral 400 mg/1x 5 Doença hepática
Giardíase Oral 400 mg /1x 10
Capailaráse Oral 400 mg/1x 10
Larva migrans visceral
Mebendazol Ascaridíase Oral 100 mg/1x 3
Tricocefalíase Oral 100 mg/1x 3
Estrongilodíase Oral 100 mg/1x 3
Tricquinose Oral 100 mg/1x 3
Capilaríase Oral 100 mg/1x 20 Doença hepática Na hipersensibilidade:
Doença inflamatória al|opécia, cefaléia,
Enterobíase Oral 100 mg/1x 1 entérica neutropenia, desconforto
Hipersensibilidade à abdominal, febre e Rush.
droga Tontura.
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Bibliografia: