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EGEHARIA BIOMÉDICA
UIDADES ELETROCIRÚRGICAS
Engenharia Clínica I
Integrantes:
Marise Cardoso
Juarez Monteiro
Paulo Borges Ribeiro
Giuliana Bittencourt
Julho de 2010.
Engenharia Clínica I Turma 76 Página 1 de 12.
PÓS-GRADUAÇÃO
EGEHARIA BIOMÉDICA
Sumário
1. INTRODUÇÃO .............................................................................................................................. 3
2. HISTÓRICO ................................................................................................................................... 3
3. PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO ........................................................................................... 3
3.1. PRINCIPAIS EFEITOS DO CORTE ELÉTRICO............................................................. 4
3.1.1. Dessecação Eletrocirúrgica (secagem térmica): .....................................................4
3.1.2. Corte Eletrocirúrgico: .............................................................................................4
3.1.3. Fulguração Eletrocirúrgica (coagulação): ..............................................................5
3.1.4. Blend (corte misto): ................................................................................................5
3.2. Formas de onda .................................................................................................................. 5
4. EFEITOS DA CORRENTE NO CORPO HUMANO .................................................................... 6
5. TIPOS DE OPERAÇÃO................................................................................................................. 7
5.1. Eletrocirurgia Monopolar ................................................................................................... 7
5.2. Eletrocirurgia Bipolar......................................................................................................... 8
5.3. Coagulação com Feixe de Argônio (Argon Beam Coagulator - ABC) .............................. 9
6. RISCOS NA UTILIZAÇÃO DE ELETROBISTURIS ................................................................ 10
7. NORMAS TÉCNICAS APLICÁVEIS ......................................................................................... 11
8. BIBLIOGRAFIA .......................................................................................................................... 11
Índice de ilustrações
Figura 1: Formas de onda para cada tipo de corte. .............................................................................. 5
Figura 2: Caminho da corrente elétrica................................................................................................ 6
Figura 3: Equipamentos eletro-cirúrgicos............................................................................................ 7
Figura 4: Equipamento de cauterização. .............................................................................................. 8
Figura 5: Equipamento com feixe de argônio. ..................................................................................... 9
Figura 6: Pedal de seleção dos modos de corte.................................................................................. 10
Figura 7: Eletrodo de ponta dupla...................................................................................................... 10
Figura 8: Eletrodo com cabeça arredondada...................................................................................... 10
Figura 9: Mesa eletro-cirúrgica.......................................................................................................... 10
1. ITRODUÇÃO
Os equipamentos eletrocirúrgicos (Electrical Surgical Units - ESU) são utilizados como
complemento (ou mesmo alternativa) aos bisturis convencionais durante procedimentos cirúrgicos,
com o objetivo de realizar corte e, ou coagulação dos tecidos de maneira rápida e segura.
As vantagens da eletrocirurgia sobre o bisturi convencional são:
• Corte e coagulação do sangue (hemostasia) simultâneos, se desejado;
• Acesso mais fácil a determinados locais cirúrgicos (em endocirurgia ou laparoscopia);
• Destruição pelo calor das células no local da cirurgia, contribuindo para minimizar o risco
de disseminação de células doentes.
O efeito hemostático (estancar hemorragia) é essencial em intervenções em órgãos muito
vascularizados ou com rede capilar muito densa (fígado, baço, tireóide, pulmões), ou para cirurgia
cardíaca, quando são usados medicamentos anticoagulantes. Controlar o sangramento durante a
cirurgia contribui para melhorar a visualização do campo cirúrgico pelo cirurgião e reduz a perda de
sangue do paciente.
2. HISTÓRICO
O uso do calor para estancar sangramentos é uma prática muito antiga. Em 3000a.c. já se
utilizavam ferramentas aquecidas no fogo para tratar hemorragias decorrentes de lesões acidentais;
• 1891: D'Arsonval documentou a passagem de corrente elétrica de alta frequência (gerada
por centelhamento) pelo corpo humano sem a manifestação de dor ou estimulação
neuromuscular;
• 1908: Construção do primeiro oscilador eletrônico usando válvulas termo-iônicas;
• 1929: Bovie construiu o primeiro equipamento comercial de corte e hemostasia utilizando
correntes elétricas de alta frequência;
• Década de 70: O advento dos transistores permitiu a construção de equipamentos de
eletrocirurgia menores, compactos e melhor adaptados aos centros cirúrgicos e
ambulatórios;
• Década de 90: Os circuitos usando microprocessadores permitem monitorar e controlar
continuamente a potência que circula pelo paciente, aumentando a segurança e a eficiência
dos equipamentos.
3. PRICÍPIO DE FUCIOAMETO
As unidades de eletrocirurgia são equipamentos eletrônicos portáteis destinados a gerar e
aplicar correntes elétricas de alta frequência e alta potência, com o objetivo de produzir
aquecimento local instantâneo e controlado e com isso realizar corte e, ou hemostasia. Para tanto, é
necessário que as correntes elétricas atravessem o corpo (ou ao menos uma parte dele).
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PÓS-GRADUAÇÃO
EGEHARIA BIOMÉDICA
Os efeitos da passagem de corrente elétrica pelos tecidos vivos são determinados por fatores
relacionados tanto com o tecido (impedância, umidade, condutividade térmica), como com a
corrente elétrica utilizada (intensidade, frequência, forma de onda).
Impedância é a relação entre a queda de tensão através de um elemento de circuito (por
exemplo, um tecido vivo) e a corrente que o atravessa. A unidade de impedância elétrica é o ohm
(Ω).
A impedância total de um circuito pode consistir de qualquer combinação de resistência,
capacitância ou indutância; todas são características elétricas intrínsecas dos materiais. Nos tecidos
vivos as impedâncias variam tipicamente de 500 B (em tecidos muito vascularizados), a muitos
milhares de ohms - kB (em gorduras, cartilagens ou ossos).
Em eletrocirurgia, o calor que destrói os tecidos não é produzido pelo contato com um metal
aquecido, mas pela conversão de energia elétrica em calor no tecido. Esta conversão resulta nas
seguintes modificações: entre 43°C e 45°C ocorre retração dos tecidos; as atividades enzimáticas se
reduzem após os 50°C, a coagulação das proteínas ocorre entre 50 °C e 60°C.
De 90°C a 100ºC é o tecido é completamente desidratado (dessecado) e a água contida nos
tecidos evapora sob temperaturas superiores a 100°C. A carbonização ocorre com temperaturas
acima de 150 °C, enquanto a vaporização dos tecidos ocorre em temperaturas superiores a 300°C.
5. TIPOS DE OPERAÇÃO
A figura acima mostra a coagulação por feixe de argônio; detalhe construtivo da caneta com
seus contatos elétricos, conector de gás e controles; equipamento acessório que permite adicionar a
função "coagulação por argônio" em um equipamento de eletrocirurgia comum.
7. ACESSÓRIOS
Figura 6: Eletrodo de ponta dupla. Figura 8: Pedal de seleção dos modos de corte.
9. BIBLIOGRAFIA
• MUHLEN, Sérgio Santos – Unidades Eletrocirúrgicas – Capítulo 17 - Ministério da Saúde –
Equipamentos Médico-Hospitalares e O Gerenciamento de Manutenção – Brasília 2002.
• CALIL, S.J – Equipamentos Médicos – Hospitalares e o Gerenciamento da Manutenção –
Capacitação à Distância – Série F. Comunicação e Educação em Saúde – Brasília- DF –
2002.
• ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, NBR IEC 60601-1:
Equipamento eletromédico - Parte I - Prescrições gerais para segurança. Rio de Janeiro:
ABNT, 1994