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250 Maiores Empresas (JL + P) País: Portugal Cores: Cor

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ID: 27772225 26-11-2009 Âmbito: Economia, Negócios e. Corte: 1 de 9


nalmente no mundo da cutelaria. Compete direc-
tamente com os melhores e não se envergonha de
estar exposta nos escaparates ao lado de produ-
tos como os da Victorinox, a insígnia mais famosa
de canivetes suíços.
Design e inovação são duas palavras-chave do
plano de negócios da empresa da Benedita, con-
celho de Alcobaça. As suas colecções já foram pre-
miadas duas vezes pelo centro de Design
Português e a empresa recebeu, durante anos, o
prémio PME Prestígio, atribuído pelo IAPMEI. Tam-
bém a criatividade está presente no dia-a-dia da
fábrica. “A inovação sempre fez parte da nossa es-
tratégia. É uma indústria tradicional, mas a inova-
ção vai acontecendo a vários níveis, como seja a
forma do cabo e da lâmina, nos materiais e cores
e, ultimamente, mais ao nível da segurança e hi-
giene, na adição de antibacteriano nos cabos in-
jectados das nossas facas”, diz Jorge João,
presidente da sociedade industrial.

DR
O investimento da Icel em Investigação e De-
senvolvimento (I&D) é uma constante. O ano pas-

NÃO HÁ FÓRMULAS sado a gestão destinou cerca de 80 mil euros para


I&D. Lançou facas profissionais com cabo anti-

MÁGICAS PARA
derrapante e desenvolveu uma linha anti-bacte-
riana. Especializada no mercado profissional, a
Icel orgulha-se do facto de o seu produto ser de

CONSTRUIR UMA
valor acrescentado. E foi inovadora até nas condi-
ções de trabalho, já que foi a primeira fábrica da
zona da Benedita a ter horário de trabalho fixo.

EMPRESA Hoje, é um dos mais importantes pólos indus-


triais do concelho e dá emprego a cerca de 200 tra-

DE SUCESSO
balhadores. Fundada em 1945 pela mão de
Joaquim Jorge, pai do actual dirigente, e mais dois
irmãos, Luís e João Jorge, a empresa vendeu cerca
de oito milhões de euros, em 2008, e produz prati-
camente só com a sua marca - apenas 3% ainda é
para as marcas próprias de clientes. O capital man-
tém-se nas mãos da família: 75% pertence aos 11
irmãos, filhos do fundador, e 25% a seis primos,

Têm em comum o facto


de inovarem, quer em
produto quer em
modelo de negócio.
Icel, Spal, Tecmolde ou
Critical Software são
apenas algumas das
empresas que o fazem
bem em Portugal.
Conheça as suas
histórias e inspire-se.
n No mundo dos negócios não há receitas infalíveis
para as quais baste juntar os ingredientes, mexer e
colocar no forno. Se estava à espera disso, então de-
sista de procurar livros e mais livros sobre a melhor
maneira de engrandecer a sua empresa.
Cada história tem as suas próprias lições, cada
empresa o seu destino. E se copiar estratégias pode
ser um mau presságio. Aprender com a experiência
dos outros é, com certeza, o caminho certo. Em maté-
ria de inovação e criatividade, as empresas do distrito
de Leiria têm algo a ensinar. Não faltam bons exem-
plos de projectos de sucesso, alguns deles nos vários
concelhos da região. Conheça aqui as batalhas de
quem lutou e venceu.

FACAS ANTIBACTERIANAS NA ICEL


A Icel, Indústrias de Cutelaria da Estremadura,
é uma das marcas mais reconhecidas internacio-
que representam a terceira geração no negócio.
O investimento em equipamento inovador faz
também parte da sua estratégia. A robotização é,
aliás, uma necessidade: sendo a falta de mão-de-
-obra especializada o seu principal problema, a ma-
quinaria foi a solução encontrada. A compra de uma
máquina de testes – a 15ª em todo o mundo, como
faz questão de frisar João Jorge – foi um dos impor-
tantes passos para comprovar a fiabilidade do fio da
faca, a que a ICEL dá garantia vitalícia. Actua, sem
receios, na gama alta, fazendo frente à afamada re-
gião cuteleira de Solingen, na Alemanha. A maior
parte da sua produção é exportada para países
como Espanha, Grécia, Canadá, Estados Unidos e
Israel. Na Grécia é líder de mercado, batendo a sua
eterna rival suíça. “Temos a marca registada em 42
países”, adianta o presidente.
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Este nicho de mercado é o que mais tem crescido
em Portugal. Existem já diversas empresas a actuar
neste segmento, nos pólos industriais de Guimarães
e Benedita, oferecendo calçado à prova de bala e anti-
-chama às forças de defesa. Lino Serralheiro, sócio
gerente da Serralheiro e Irmãos, diz que a fábrica sen-
tiu a necessidade de inovar, lançando produtos que
fossem de encontro às necessidades dos clientes.“Se
assim não fosse, a nossa empresa sentiria mais difi-
culdades em se impor no mercado”, diz o empresário.
Decidiu, assim, entrar num segmento onde quase não
existia concorrência. Com uma produção anual de 45
mil pares de sapatos, produz peças para a Europa e
Médio Oriente. Recentemente, calçou os carabinieri
italianos e os bombeiros franceses, mas a marinha, a
força área e os bombeiros portugueses também estão
na lista de clientes.

LUCI PAIS
A diferença do calçado Serralheiro e Irmãos, que
ocupa cerca de 50 trabalhadores, está nas peles uti-
Lino Serralheiro, CALÇADO PARA MILITARES E BOMBEIROS
lizadas e nas solas. A pele é preparada em função da
sócio-gerente E é também na Benedita, uma das freguesias mais
temperatura a que vai estar sujeita, o que pode ir dos
da Serralheiro e Irmãos, industrializadas da zona Oeste, cluster da cutelaria e
10 graus negativos aos 250 positivos. As solas, essas
Benedita do calçado, que surge a Serralheiro e Irmãos. Esta em-
são em borracha, maleáveis e adaptadas a todo o tipo
presa actua numa actividade tradicional, mas inova
de terrenos difíceis. A empresa usa o sistema Goo-
no tipo de produto que oferece: o calçado de segu-
dyear na construção dos seus modelos, processo este
rança, destinado a militares e bombeiros.
que permite um grau de conforto superior, em que o

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pé é isolado termicamente. O segredo é a utilização conseguido manter os postos de trabalho e, até pon-
de uma camada de cortiça flexível, por baixo da pal- tualmente, temos necessidade de admitir mais fun-
milha, esta de material anti-perfuração, o chamado cionários. A fábrica preocupa-se em inovar todos os
kevlar. Este tecido é ultra-resistente, feito à base de dias, nem que seja nos mais pequenos pormenores”,
plástico PET e teias de aranha. Segundo Lino Serra- diz o empreendedor.
lheiro, os seus modelos têm sido desenvolvidos com
a colaboração de um estilista/modelista e do depar- SPAL EM DIVERSIFICAÇÃO
tamento de inovação do Centro Tecnológico do Cal- O design de produto tem sido, ao longo dos tem-
çado de Portugal. pos, uma das principais áreas de inovação da Spal,
Fundada em 1957, pelo pai de Lino e Manuel Ser- afirma António Paiva, presidente da direcção. “Esta é
ralheiro, a empresa facturou cerca de um milhão de a única área que nos dá visibilidade exterior e aquela
euros em 2008 e espera manter este volume de ne- que acaba por dar uma imagem do posicionamento
gócios este ano. “Claro que a crise afecta todos os da empresa no seu sector”, diz.
mercados, mas com determinação e empenho temos A própria fundação da Sociedade de Porcelanas
de Alcobaça, em 1966, foi uma inovação, já que surgiu
da parceria de três concorrentes da zona de Alco-
baça, Elias e Paiva, Raul de Bernarda e Olaria de Al-
cobaça, uma joint-venture algo inédita no Portugal
dos anos 60.
A Spal foi também a primeira empresa portuguesa
a realizar um concurso de design, em 1970, para pro-
curar potenciais designers portugueses. Possui o seu
próprio departamento de desenho e já trabalhou com
nomes conceituados como Gerard Gulotta, Carl Gus-
taf Jahnsson, Marie Lou Goertze, António Mira, entre
muitos outros. As suas colecções procuram ser mo-
dernas e originais, das quais são exemplo as cháve-

A Spal criou um novo conceito:


o placing set, ou seja, o lugar à
mesa. Trata-se de uma ideia
que vem substituir o antigo
serviço completo, em que se
compra um conjunto individual
que combine com outras
peças.

nas de café inspiradas na obra de Mário Botas e em


Fernando Pessoa e as chávenas desenhadas por
João Vaz de Carvalho ou por Alda Tomás. Depois de
ter desenhado e produzido o troféu atribuído na ceri-
mónia de declaração oficial das “7 Maravilhas de Ori-
gem Portuguesa no Mundo”, a Spal apresentou uma
colecção alusiva ao mesmo tema.
Sempre na vanguarda da tecnologia, a sociedade
inaugurou uma nova unidade fabril, a Spal XXI, mas a
redução das encomendas faz com que não esteja a
laborar na sua capacidade total. António Paiva es-
cusa-se a adiantar a facturação esperada para este
ano, mas assegura que as vendas têm sido afectadas
pela crise.“Para manter o volume de negócios vamos
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A R31 apostou numa ter de ser ainda mais imaginativos e inovadores. O


próximo ano será importante para a Spal, estando
boa estratégia de marketing, previstos investimentos de dois milhões de euros
que passou por patrocinar para aumentar a competitividade da empresa”, diz
António Paiva.
provas internacionais de A sociedade apostou recentemente em áreas de
todo-o-terreno e de camiões. negócio independentes e mais agressivas. Foi criada
uma nova marca, a Hotspal, destinada à hotelaria,
Ao conquistar o primeiro lugar, para onde foram canalizados os grandes clientes que
em 2003 e 2004, na prova de já tinham no canal horeca. Ikea, Segrafredo e Delta
Cafés são alguns dos compradores para os quais ca-
4x4 “As 24 horas de Paris”, naliza cerca de 35% da sua produção. A outra área é
o pneumático Fedima foi a empresarial, onde se destacam os presentes con-
cebidos para as grandes empresas, sobretudo na
bastante publicitado. época do Natal.
Para o mercado particular, a Spal criou um novo
conceito: o placing set, ou seja, o lugar à mesa. Trata-
se de uma ideia que vem substituir o antigo serviço
completo, em que se compra um conjunto individual
que combine com outras peças. Este produto tem
tido muita procura no mercado americano.

R31, EMPRESA PARA TODO O TERRENO


E, sem sairmos de Alcobaça, vamos ao encontro
de uma pequena empresa low profile, cujos pneus
estão nas maiores competições do mundo de todo-
o-terreno. Trata-se da Recauchutagem 31, que re-
constrói pneus com a marca Fedima Tyres. A fábrica,
fundada em 1969 por Fernando Dias Marques, tem
registado elevados crescimentos nos últimos anos:
em 2006 facturava 6, 9 milhões de euros e em 2008
atingiu os 8,1 milhões de volume de negócios.
A recauchutagem de pneus não é mais do que re-
vestir de borracha nova o rasto de pneus usados.
Mas, utilizando tecnologia avançada para manter
elevados padrões de qualidade, investindo em ma-
quinaria e em processos informatizados, a gestão da
Recauchutagem 31 conseguiu, em poucos anos,
transformar uma pequena fábrica familiar, numa
empresa em ascenção. Apostou numa boa estratégia
de marketing, que passou por patrocinar provas in-
ternacionais de todo-o-terreno e de camiões. Ao con-
quistar o primeiro lugar, em 2003 e 2004, na prova de
4x4 “As 24 horas de Paris”, o pneumático Fedima foi
bastante publicitado. O mesmo se passa com os
pneus para camião, já que as equipas patrocinadas
conseguiram os seis primeiros lugares no Campeo-
nato Europeu de Super Trucks. Desta forma, a Re-
cauchutagem 31 deu a conhecer as suas marcas,
Fedima e Cafema, aos quatro cantos do mundo.
“Sempre fomos pioneiros em investir em áreas
menos usuais neste tipo de indústria, mesmo cor-
rendo os riscos inerentes a esta postura”, diz Joana
Marques, filha do fundador e administradora. A R31
foi a primeira empresa em Portugal a ter certificação
Bridgstone/Firestone, processo que envolveu um in-
vestimento de 1,2 milhões de euros e destinado à in-
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trodução de um novo sistema de recauchutagem em
molde e pré-moldado.
A unidade industrial, além dos investimentos
constantes em novos moldes e equipamentos, faz in-
vestigação e testes de compostos para novos pneus,
quer de turismo, quer de competição, valor este que
ascende a 500 mil euros anuais. Entrou também na
área de pneumáticos industriais, segmento onde
ainda não tinha presença.
Dos cerca de 8,1 milhões de euros facturados, 55%
vem das exportações, essencialmente de países eu-
ropeus. A entrada no mercado sul-americano está a
ser ultimada.

TECMOLDE EM OUTSOURCING
Não é só no produto que a inovação é importante.

RICARDO GRAÇA
Muito pelo contrário, a inovação de processos ou mo-
delo de negócio conduz a situações de sucesso muito
mais duradouras. A Tecmolde, empresa que pertence preendedor. Tinha conhecimentos de inglês, francês António Santos,
ao cluster de moldes da Marinha Grande, iniciou-se e alemão e aprendeu ainda russo. O arranque do ne- presidente e fundador
no outsourcing em 1966 quando ainda ninguém fa- gócio foi um sucesso, surgindo assim a Tecmolde. da Tecmolde
lava desse termo. Quando António Santos, na altura O seu objectivo era apoiar as empresas fabrican-
projectista e desenhador de moldes, se tornou tra- tes a realizarem o melhor possível o seu produto, ga-
balhador independente, começou por ser represen- rantir uma comunicação eficaz entre cliente e
tante de uma empresa inglesa. Portugal era fornecedor e gerir os diversos processos em curso.
“Ainda hoje o fazemos de forma semelhante, só que
com uma estrutura preparada para gerir e exportar
A Tecmolde acumula já uma centenas de moldes por ano. Recebemos as enco-
experiência de 12 mil moldes mendas, realizamos os projectos e subcontratamos
de seguida a produção”, explica António Santos. Para
produzidos, uma rede de 40 o cliente existe apenas um interlocutor.
fornecedores e compras de Sendo especialista no projecto e fabricação de
moldes, a Tecmolde acabou por ter a sua própria fá-
200 milhões de euros brica e um centro técnico para ensaios e validação,
à indústria local. espaço aberto a toda a indústria, incluindo a concor-
rência. Tem escritórios na Alemanha, Rússia, Suécia,
Estados Unidos, entre outros países. Atingiu um vo-
conhecido pela falta de comunicação e informação lume de negócios de 18 milhões de euros em 2007,
sobre as encomendas realizadas. A quantidade de mas a crise arrastou-se aos 15 milhões em 2008.
trabalho que as fábricas aceitavam era superior à sua Acumula já uma experiência de 12 mil moldes pro-
capacidade. “Imaginei que poderia ser a ponte entre duzidos, uma rede de 40 fornecedores e compras de
o produtor e o cliente, reduzindo os prazos e infor- 200 milhões de euros à indústria local. “Temos uma
mando sobre a situação real do processo”, diz o em- grande qualidade: nunca rejeitar um trabalho, por
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“Inovações Portuguesas no mundo”). As áreas mais


criativas são, pela própria natureza dos seus produ-
tos, a da saúde/farmacêutica e a das tecnologias e
software.
A Critical Software quase dispensa apresenta-
ções. É uma das empresas nacionais mais inventivas,
com soluções desenvolvidas para a Nasa e a Agência
Espacial Europeia. Nascida em 1998, através de um
processo de spin off da universidade de Coimbra, a
sociedade nunca se preocupou muito com o tipo de
tecnologia que iria desenvolver, mas sim em captar
os melhores cérebros em engenharia. Desenvolveu-
-se na fase da bolha tecnológica, altura em que as
empresas pagavam fortunas para ter os melhores
génios. E, com perícia, a Critical Software conseguir
atrair alguns deles. Assim, mostrou que tinha capaci-
dade para o posicionamento que procurava: desen-

DR
volver soluções, serviços e tecnologias para sistemas
Gonçalo Quadros, CEO mais difícil que seja”, garante, orgulhoso, António de informação críticos. Quando a bolha rebentou con-
e um dos fundadores Santos. tinuou o seu crescimento, pois já o plano de negócio
da Critical Software era sustentado.
CRITICAL SOFTWARE, “Inovar é uma atitude, é uma filosofia, é criar uma
DE COIMBRA PARA O MUNDO cultura, uma forma de vida”, diz Gonçalo Quadros, CEO
A nível nacional, os projectos inovadores são mui- e um dos fundadores da companhia. Ou seja, é criar
tos. Difícil é escolher quais os mais representativos, valor para o mercado. Esta sempre foi a chave-mes-
dos quais a Via Verde é um dos mais citados (ver caixa tre do seu negócio. Por alguma razão a empresa ca-
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INOVAÇÕES PORTUGUESAS NO MUNDO

MIMO, CARTÃO PRÉ-PAGO DA TMN, O SISTEMA DE VIA VERDE,


DA BRISA, E O PAPEL HIGIÉNICO PRETO, DA RENOVA, SÃO AL-
GUMAS DA INVENÇÕES PORTUGUESAS MAIS CITADAS ALÉM-
-FRONTEIRAS.
O MIMO MARCOU UMA RUPTURA NO MUNDO DAS TELECO-
MUNICAÇÕES: O APARECIMENTO DOS TELEFONES PRÉ--
PAGOS, QUE LAICIZOU A SUA UTILIZAÇÃO A TODA A
SOCIEDADE, SENDO POSTERIORMENTE EXPORTADO PARA O
BRASIL. O MESMO SE PASSOU COM O SISTEMA DE VIA VERDE,
INOVADOR A NÍVEL MUNDIAL, POIS PERMITIA PERCORRER
TODAS AS AUTO-ESTRADAS DO PAÍS SEM PARAR NAS PORTA-
GENS. ACTUALMENTE É COMERCIALIZADO NO MUNDO IN-
TEIRO.
A RENOVA É UMA DAS EMPRESAS NACIONAIS MAIS INOVA-
DORAS DE SEMPRE. O DESENVOLVIMENTO DE PAPEL HIGIÉ-
NICO COM CORES FORTES, SOBRETUDO O PRETO E O
VERMELHO, REVOLUCIONARAM O MUNDO DA DECORAÇÃO DE
CASAS DE BANHO E APARECE NAS REVISTAS DA ESPECIALI-
DADE EM TODO O MUNDO.

naliza para investigação e desenvolvimento cerca de


10% da sua facturação, que atingiu já os 20 milhões
de euros.
A sociedade tem apresentado crescimentos
anuais de 40% e, em poucos anos, tem como clientes,
além da Nasa e a Agência Espacial Europeia, as suas
congéneres chinesa e japonesa. Foi a agência espa-
cial americana que deu o grande pontapé de saída
da Critical, pois esta, instalada em Silicon Valley, ga-
nhou um concurso para o fornecimento de uma so-
lução de fiabilidade de sistemas. Tornou-se sua
cliente ao encontrar junto da recém-criada compa-
nhia uma solução única para o sector aeroespacial, o
software de testes Xception. Este produto, aplicado a
sistemas críticos, permite avaliar a robustez e a fia-
bilidade de sistemas de emulação de avarias de
hardware e software.
Recentemente, a Critical Software participou num
consórcio português para desenvolver o Data1 Pro-
cessor Prototype, para o SMOS, o satélite da agência
espacial europeia destinado a recolher dados sobre
as alterações climáticas. Mas, a empresa não vive
apenas do desenvolvimento de produtos para a aero-
náutica: telecomunicações, administração pública,
banca, saúde são algumas das áreas em que traba-
lha. “Actualmente estamos a actuar muito para a
área de segurança da informação interna”, revela
Gonçalo Quadros.

AO JEITO DOS FILMES DE HOLLYWOOD


Actuando no mesmo sector do que a Critical Soft-
ware, a Edigma desenvolveu um produto que a co-
loca na lista das empresas mais criativas. Lembra-se
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Paulo Pablo,
da Malo Clinic,
fez história no mundo
da medicina oral
ao desenvolver
a técnica All-on-4, para
desdentados totais.

DR
do filme Minority Report, em que o protagonista, de- saúde e o comércio, entre outros. Instalou, por
sempenhado por Tom Cruise, interagia com painéis exemplo, o maior ecrã interactivo do mundo no
transparentes, usando apenas as mãos? Pois este canal de televisão espanhol Cuatro e o maior da Eu-
filme serviu de inspiração ao desenvolvimento de ropa na RTP (meteorologia). Tem montras interacti-
uma tecnologia de interactividade similar e que foi vas nas lojas da Vodafone e no maior centro
aplicada no Displax Interactive Systems. comercial do mundo, no Dubai. “Mais recentemente
Este produto permite a apresentação de conteú- desenvolvemos o projecto Optimus Concept Store,
dos interactivos em ecrãs holográficos, LCD, plasmas, na Casa da Música, no Porto, e que recebeu o pri-
pavimentos, entre outros. O Displax Interactive Win- meiro prémio do “Digital Signage Best Practice
dow valeu-lhe o primeiro lugar do prémio de inovação Award 2009”, diz Miguel de Oliveira.
na Comtec, feira de tecnologias de informação da FIL,
em 2004. PAULO MALO, O DENTISTA INOVADOR
Na área da saúde, a Malo Clinic é um caso de su-
cesso incontornável. Paulo Malo, dentista de pro-
Cada história tem as suas próprias lições, cada fissão, fez história no sector da medicina oral ao
empresa o seu destino. E se copiar estratégias desenvolver a técnica All-on-4, tornando-o líder
mundial da reabilitação oral fixa. Esta técnica per-
pode ser um mau presságio. mite que os desdentados totais possam ter dentes
fixos, idênticos à dentição natural, sem necessi-
dade de transplante ósseo, numa única cirurgia de
30 minutos. Com esta técnica, o processo de reabi-
A empresa de Braga, que nasceu em 2000, está litação é imediato, mais confortável e economica-
assente na inovação, suportada pelos seus labora- mente mais acessível. “Iniciei o meu projecto em
tórios de I&D e pela aplicação da interactividade aos 1995, com um pequeno consultório igual ao de mui-
seus desenvolvimentos. “Cada elemento da nossa tos outros médicos dentistas. Desde muito cedo
equipa dedica pelo menos 10% do seu tempo à ino- identifiquei problemas nesta área. Nunca achei
vação, para o desenvolvimento de novos produtos, aceitável existir uma enorme faixa de desdentados
funcionalidades ou processos”, refere Miguel de Oli- totais em todo o mundo, o que me levou a apostar
veira, CEO da Edigma. A sua estratégia tem dado na investigação e na determinação em criar solu-
frutos, pois a empresa, mesmo em tempos de crise, ções inovadoras”, explica Paulo Malo. Esta visão deu
prevê duplicar a sua facturação de 2008, passando origem a técnicas cirúrgicas originais e reconheci-
de 2,2 milhões de euros para os 4,4 milhões. das no mundo inteiro. “O implante NobelSpeedy e a
A Edigma, presente com a sua marca em 40 paí- avançada solução técnica e estética de prótese fixa
ses, tem projectos implementados em áreas de ac- Malo Clinic Bridge são produtos patenteados que
tividade como as telecomunicações, a banca, a hoje exportamos”, diz o médico. No edifício sede de
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18 pisos, em Lisboa, funciona um pólo internacio-


nal de formação avançada e um laboratório de es- O OVO DE COLOMBO
tudos altamente especializado.
A diversificação do negócio avançou para o OVOS QUADRADOS. O QUE PARECE SER UMA IDEIA ABSURDA AOS OLHOS DOS MAIS INCAUTOS É
bem-estar. Para isso lançou, no Venetian Macao AFINAL INOVAÇÃO. A DEROVO, EMPRESA DE POMBAL, DISTRITO DE LEIRIA, CONSEGUIU COLOCAR
Resort Hotel, em Macau, o maior Medical Spa do NO MERCADO OVO LÍQUIDO PASTEURIZADO EM PRÁTICAS EMBALAGENS TIPO TETRA PAK. A IDEIA
mundo. Projecto que replicou em Portugal, no Co- PARTIU DE UMA NECESSIDADE: TRANSFORMAR EXCEDENTES DE OVOS EM NOVAS SOLUÇÕES
rinthia Hotel Lisbon, um espaço que atinge os três ALIMENTARES COM MAIOR DURAÇÃO. SURGIU ASSIM O OVO LÍQUIDO, O OVO EM SPRAY, O OVO CO-
mil metros quadrados. Em resposta às várias soli- ZIDO, A SALSICHA DE OVO E ATÉ UMA BEBIDA PROTEICA DE CLARA DE OVO E FRUTA.
citações, esta nova área de negócio passa também FUNDADA EM 1994, A DEROVO É HOJE UMA DAS EMPRESAS MAIS CRIATIVAS DO PAÍS. A INOVA-
pela dermocosmética: os spa têm uma parceria ÇÃO ESTÁ IMBUÍDA EM TODA A SUA ESTRUTURA E UMA BOA PERCENTAGEM DO VOLUME DE NE-
com a Clarins e a Payot, mas Malo continua a es- GÓCIOS DA SOCIEDADE INDUSTRIAL É INVESTIDA EM INVESTIGAÇÃO E DESENVOLVIMENTO (I&D).
tudar o desenvolvimento da sua própria linha de SEGUNDO A COTEC, A ASSOCIAÇÃO EMPRESARIAL PARA A INOVAÇÃO, ESTE É UM DOS SEGREDOS
cosméticos. DAS EMPRESAS INOVADORAS, SOBRETUDO QUANDO SE TRATA DE SECTORES TRADICIONAIS.
A Malo Clinic está presente em 11 países e, em
2008, registou um volume de negócios de 40 mi-
lhões de euros, esperando-se um crescimento de Paulo Malo. A dispersão em bolsa do capital da em-
30% para o final deste ano. “A Malo Clinic Porto aca- presa está no horizonte deste empreendedor. O
bou de inaugurar e já superou as expectativas; os maior grupo de clínicas dentárias do mundo, é afi-
projectos do Luso, Algarve e Coimbra estão em pro- nal, português. I
gresso. E no final de 2010 teremos clínicas próprias,
spa e parcerias em 23 cidades do mundo”, refere Helena Carlos

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