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MANEJO INTEGRADO DE PRAGAS http://www.uesb.br/entomologia/manejo.

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA


DEPARTAMENTO DE FITOTECNIA E ZOOTECNIA
ÁREA DE ENTOMOLOGIA
Texto produzido por

Profa. Assist. Dra. Maria Aparecida Castellani Boaretto


Prof. Adjunto Esp. André Luiz Santos Brandão

Vitória da Conquista, BA
Maio/2000
MANEJO INTEGRADO DE PRAGAS

1.INTRODUÇÃO

A descoberta e síntese de moléculas de ação inseticida, durante a II Guerra Mundial,


desencadearam um fantástico desenvolvimento das indústrias químicas, ocasionando surgimento de inúmeros
produtos químicos com diferentes finalidades. Os métodos de controle de pragas até então empregados
(culturais, biológicos, físicos) foram rapidamente substituídos, devido à sua rápida ação e eficiência. No
entanto, não tardaram a surgir diversos efeitos adversos do uso indiscriminado dos inseticidas de amplo
espectro de ação, tais como o ressurgimento de pragas primárias devido aos efeitos diretos nas populações e
inimigos naturais, a elevação ao status de praga primárias a pragas até então de importância secundária,
resistência aos inseticidas (já em 1946, o primeiro caso de resistência ao DDT foi relatado), resíduos nos
alimentos, problemas ambientais advindos da persistência dos produtos no solo, água, a bioacumulação,
dentre outros.
Já no final da década de 50, professores da Universidade da Califórnia publicaram um trabalho
sobre o conceito de controle integrado, que se transformou num marco da Entomologia Aplicada.. Os autores
propuseram uma estratégia de convivência com as pragas, dando oportunidade ao controle biológico natural e
recomendando o controle químico quando a população da praga atinge níveis que causam prejuízos maiores
do que os custos de controle. Um ano depois, pesquisadores australianos propuseram uma estratégia
semelhante alicerçada em conhecimentos ecológicos, econômicos e sociais, visando interferir o mínimo
possível no agroecossistema.
A proposta da Califórnia preconizava a soma racional do controle biológico com o uso de
inseticidas, enquanto que a proposta da Austrália ampliava as opções de controle. Dessa forma, e a partir de
trabalhos posteriores, teve início uma nova maneira de pensar o controle de pragas. Inicialmente denominado
Controle Integrado, evoluindo posteriormente para Manejo Integrado de Pragas. O MIP, pode ser
caracterizado pela consonância dos métodos de controle com princípio ecológicos, econômicos e sociais,
visando interferir o mínimo possível no agroecossistema.
Pode-se dizer que assim nasceu uma filosofia moderna de manejar agroecossistemas, e que
pela essência de sua proposta é altamente complexa. O desenvolvimento e implantação de tal filosofia, na
prática, requerem conhecimentos aprofundados sobre o ecossistema como um todo, que possibilitem um
amplo planejamento, e, principalmente, que subsidiem a tomada de decisão pela adoção ou não de estratégias
de controle e a escolha do sistema de redução populacional.
Em diversos países, principalmente nos Estados Unidos, O MIP é realidade para diversas

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culturas, existindo programas bastante aperfeiçoados, onde os agricultores têm condições de fazer previsões
sobre a ocorrência de problemas fitossanitários, em função das condições climáticas, e aplicar esquemas de
monitoramento adequados com níveis de precisão aceitáveis, e assim adotar ou não estratégias de controle.
Estudos realizados neste País, apontaram as vantagens econômicas e a resistência a inseticidas como os
principais estímulos para a adoção do MIP, e como principais obstáculos os de caráter técnico, financeiro,
educacional, de organização e social. Dentre os obstáculos técnicos, o monitoramento e a determinação dos
níveis de ação são os principais entraves.
No Brasil, programas de MIP estão implementados para algumas culturas de importância
econômica, a exemplo da soja, algodão, citros, dentre outras frutíferas, com resultados promissores
implicando em redução do número de aplicações, refletindo em economia para o agricultor e minimização de
efeitos adversos ao meio ambiente. Mas, os entraves são basicamente os mesmos já citados para os USA.
Assim, nem sempre dados básicos, que geralmente requerem vários anos de observações em campo, para o
estabelecimento de suas etapas (nível de dano econômico para tomada de decisão) são obtidos para as nossas
condições, sendo, em muitos casos importados de trabalhos estrangeiros, com níveis de precisão incertos..
O objetivo, nessa oportunidade, é dissertar sobre as principais etapas para o desenvolvimento e
implementação do MIP e, na medida do possível, estabelecer uma análise crítica sobre o assunto.

2. ETAPAS MIP

Para o desenvolvimento e implantação do MIP, três etapas são fundamentais: avaliação do


ecossistema, tomada de decisão e escolha da estratégia de controle a ser adotada.
A avaliação do agroecossistema e seu planejamento, no sentido de conhecer as pragas-chave e
os períodos críticos da cultura em relação ao ataque de pragas, são fundamentais, pois é através do histórico
da área e da cultura, da capacidade ou possibilidade de se poder fazer previsões da ocorrência e
estabelecimento de pragas, em função dos fatores ecológicos, que outros métodos que não os químicos podem
ser adotados. Pois, depois de uma cultura implantada, as etapas seguintes, de tomada de decisão e escolha da
estratégia de controle, diz respeito basicamente à utilização de inseticidas. Pelo menos, no nível atual de
conhecimentos para a maioria das culturas.

2.1. Avaliação do agroecossistema

Dentro da filosofia do MIP, para intervir nos agroecossistemas é necessário ter uma
compreensão dos mesmos do ponto de vista ecológico. Assim, a avaliação do agroecossistema envolve
conhecimentos a cerca das influências da diversidade e estabilidade na sucessão de comunidades, sobre o
processo de colonização e sucessão ecológica, à largura dos nichos para herbívoros, predadores e parasitos, à
quantificação da migração e dispersão e a época em que ocorrem, à dinâmica das relações parasitos-
hospedeiros, ao estabelecimento de curvas populacionais dos principais herbívoros, ao valor K do ambiente
(capacidade de suporte), ao estabelecimento de níveis de controle e de dano econômico, aos fatores de
mortalidade, dentre outros.
Aspectos de grande valor prático para programas de MIP, são: reconhecer as espécies com
potencial de causar danos e de seus principais inimigos naturais.
Entendemos que em agricultura o conceito de praga está diretamente relacionado com os
efeitos econômicos produzidos, e o termo praga é dado no sentido numérico, onde uma determinada
população de inseto se evidencia com seus estragos, afetando a produção. Assim, a presença do inseto na
cultura não implica a presença de praga, sendo que a população entra como elemento unitário na
determinação do momento exato em que medidas devem ser adotadas para evitar prejuízos econômicos.

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No MIP, pragas-chave seriam aqueles insetos que estão freqüentemente presentes na cultura em
níveis populacionais relativamente altos e que provocam injúrias que podem refletir em perdas significativas
na produção. Pragas ocasionais seriam aqueles insetos, cujas populações são mantidas em níveis
relativamente baixos provocando reflexos menos significativos na produção. Para tal, é necessário o estudo
do crescimento populacional e suas relações com as injúrias e, consequentemente, danos (aspecto econômico)
que causam.
O estudo do crescimento populacional envolve os conhecimentos dos fatores ecológicos sobre
a população, tanto daqueles independentes da densidade (climáticos, edáficos, da planta cultivada), como
daqueles dependentes da densidade, alimentares e bióticos (disponibilidade de alimento, competição intra e
interespecífica). Estes fatores alteram taxas de mortalidade e fecundidade, ao aparecimento de estratégias
adaptativas. Além dos fatores ecológicos, o crescimento populacional é regido pelos fatores genéticos, que
determina a capacidade reprodutiva dos insetos. O potencial biótico é dado pelo potencial reprodutivo e pela
resistência do ambiente, esta considerada principal agente de regulação do crescimento populacional,
determinando oscilações ao longo do tempo.
O estudo das populações só é possível através de programa de amostragens, chamado de
monitoramento. Diversos programas de amostragens tem sido estabelecidos para diferentes culturas,
procurando permitir o estabelecimento de previsões dos danos, ou seja, relacionar densidades populacionais
com prejuízos. Assim é possível estabelecer os níveis populacionais de equilíbrio, de controle e de dano
econômico. O nível de equilíbrio corresponde à densidade populacional média, durante um longo período de
tempo sem que ocorram mudanças permanentes. O nível de controle representa a densidade populacional na
qual medidas de controle devem ser tomadas para evitar prejuízos econômicos. O nível de controle representa
a menor densidade populacional capaz de causar perdas significativas para o agricultor.
As questões referentes à amostragem e ao levantamento ou determinações das perdas serão
discutidas separadamente.

2.2. Tomada de decisão

A tomada de decisão é efetuada através da análise dos aspectos econômicos da cultura e da


relação custo/benefício do controle de pragas.
Para determinação do momento de controle, pode-se considerar que o ND é a densidade
populacional que causa perda econômica igual ao custo de controle. Esse prejuízo ou dano é uma
porcentagem do valor da produção equivalente ao custo de controle e pode ser obtido pela fórmula:

% D = custo de controle x 100


valor da produção

Uma vez conhecido % D, é necessário conhecer a correlação entre população e injúria e entre
injúria e dano, ou diretamente população e dano. A %D corresponde a uma determinada injúria, que por sua
vez corresponde a uma dada densidade populacional. No monitoramento podem ser avaliadas tanto injúria
quanto a densidade. Assim, é importante considerar que levantamentos populacionais devem permitir uma
correlação direta com a injúria causada ou dano.
Se a avaliação do efeito do inseto for feita em termos populacionais, o nível populacional no
qual devem ser tomadas medidas de controle pode ser expresso pela fórmula:

ND = %D x NP % D+ % dano = custo de controle


P NP= nível populacional que causa o prejuízo P
P = prejuízo causado pelo nível pop. NP

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Uma vez determinado o nível populacional que causa o prejuízo econômico, faz-se necessário
avaliar o parasitismo e predação, observados ao longo do programa de monitoramento, para a determinação
da tendência de crescimento populacional do inseto.
A partir desses dados são estabelecidas as árvores de decisão, um processo que permite
relacionar custos e probabilidades dos resultados para as diversas alternativas de controle. Na verdade, na
maioria das árvores de decisão, as regras são estabelecidas unicamente para se adotar ou não o controle
químico.

2.3. Escolha do sistema de redução populacional

Dada a necessidade de se adotar um sistema de controle, será necessário optar por um sistema
que poderá envolver um ou mais métodos de controle, teoricamente. Na prática, numa cultura já instalada, se
não houve um planejamento, a escolha recai sobre a utilização de inseticidas. Isto porque, os outros métodos
de controle exigem planejamento e ações antecipadas. Assim medidas culturais como a utilização de
variedades resistentes, rotação de culturas, preparo do solo, alteração da época de plantio ou colheita,
adubação, manejo das plantas daninhas, manejo da água e da adubação, etc., devem ser previstas antes da
instalação da cultura. Assim como os métodos biológicos e genéticos.
No planejamento devemos considerar logicamente o tipo de cultura se anual ou perene, e o
sistema de colonização dos artrópodes. De modo geral e bastante resumido, pode-se dizer que em culturas
anuais os organismos são selecionados para a velocidade com que colonizam o habitat, que apresentam alto
potencial reprodutivo, exploram completamente o habitat e apresentam uma tendência em abandoná-lo. Tais
insetos são denominados de estrategistas r. Em culturas perenes os insetos são selecionados para a utilização
mais uniforme do terreno, altamente especializados, adaptados à capacidade de suporte do meio, muito
competitivos e adaptados a habitats mais estáveis. Compreendem os insetos denominados de estrategistas K.
Nenhum inseto é completamente estrategista r ou K, devendo-se ter em mente uma seleção contínua r
_____> K, e a posição de um inseto na cultura deve ser analisada num dado instante do tempo. Segundo
alguns autores populações intermediárias (entre r e K) são normalmente reguladas por inimigos naturais.
Ainda sugerem que a principal técnica apropriada para pregas estrategistas r (afídeos, mosca branca,
cigarrinhas, etc.) é o uso de inseticidas. Para estrategistas K, inseticidas também são adequados quando
baixos níveis populacionais causam perdas significativas, mas a preferência é pela adoção de estratégias
alternativas como as práticas culturais.

3. DETERMINAÇÃO DAS PERDAS

Um dos grandes entraves do MIP é justamente a determinação das perdas e a correlação com a
densidade populacional, que permitam o estabelecimento dos níveis de ação e as regras de decisão para
adoção ou não de medidas de controle.
As relações danos-praga podem ser estudadas de várias maneiras, vários esquemas de parcelas
e modelos de análises estatísticas têm sido empregados. O método mais amplamente utilizado é aplicar
inseticidas de vários tipos, ou dosagens distintas e em diferentes intervalos de tempo para se conseguir
diferentes densidades populacionais da praga visada. No entanto, esta metodologia pode levar a diversos tipos
de erros: o inseticida pode ter ação fitotóxica ou apresentar efeitos estimulatórios de crescimento; perdas
podem ser superestimadas ou subestimadas se não se conhece o efeito do produto sobre inimigos naturais ou
outras pragas; a grande variação entre parcelas tratadas de forma distinta porque o ataque da planta pode não
ser ao acaso, podendo estar relacionada aos aspectos intrínsecos do campo, pode ocorrer compensação do

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crescimento em plantas não atacadas por causa da reduzida competição entre as plantas adjacentes atacadas,
etc.
Outros métodos para obtenção de diferentes níveis de ataque de pragas incluem o uso de
infestações artificiais ou danos artificiais ou simulados. Tais métodos apresentam limitações, principalmente
na interpretação dos resultados. Os danos podem ser corretamente simulados, mas geralmente diferem
significativamente dos danos apresentados em condições de campo. Então, imprecisões no levantamento de
perdas ocorrem principalmente por causa das variações nas interações das diferentes pragas e doenças, da
habilidade da planta em compensar injúrias, pela variação temporal e espacial do ataque da praga e pelas
grandes variações no campo. Em muitas situações, culturas podem apresentar aumentos na produção após o
ataque de pragas, devido à remoção da dominância apical, favorecendo a planta para produzir mais caules
(colmos de cana-de-açúcar, por exemplo).
Os efeitos das pragas devem ser avaliados numa área particular, pois as diferenças nas práticas
agronômicas e condições ambientais influenciam a severidade dos danos.
Então, para que comparações possam ser feitas, há necessidade de levantamentos, durante
vários anos, sob diferentes condições ambientais, usando sempre que possíveis métodos padronizados de
levantamentos de pragas.,
A despeito das variáveis econômicas e ecológicas envolvidas, muitos níveis tem sido
desenvolvidos e, quando implementados, têm reduzido a quantidade de inseticidas requerida. Alguns autores
reconhecem que os níveis de dano econômico podem ser estabelecidos a partir de evidências empíricas.
Esses níveis, embora imprecisos, podem ser de considerável valor prático, particularmente em situações onde
tratamentos preventivos rotineiros são usados. Níveis mais precisos podem então, com o tempo, serem
determinados e mais rapidamente adaptados para mudanças nas situações econômicas e da praga.
Mas, o que tem ocorrido no Brasil, devido à falta de dados básicos, é a importação não só de
níveis de ação como também de esquemas de amostragens. Além dessas
dificuldades, um importante aspecto deve ser considerado: para o estabelecimento do nível de dano, ou seja a
densidade populacional que causa prejuízos igual ao custo de controle, há equívocos, no meu ponto de vista.
Normalmente considera-se apenas o custo do tratamento químico, dado pelo custo do produto e pelo custa da
aplicação, não estando embutidos o custo da resistência aos inseticidas, custo do possível impacto do nível de
dano econômico sobre as pragas secundárias, etc.

4. PAPEL DA AMOSTRAGEM NO MIP

A amostragem é um aspecto fundamental para o desenvolvimento de programas de MIP,


sendo fundamental nas etapas de avaliação do ecossistema como para o monitoramento visando a tomada de
decisão sobre a necessidade ou não de controle da praga e quando intervir no agroecossistema.
Existem várias técnicas de amostragem, mas a método deve ser rápido, simples de executar,
fornecer uma avaliação o mais próximo possível da situação real e ser facilmente correlacionável com os
objetivos a serem alcançados. Então, os objetivos podem determinar os métodos usados, sendo fundamental
que estejam claramente definidos.
No MIP, tanto estudos intensivos como extensivos são fundamentais. Estudos intensivos
envolvem observações contínuas de uma população numa mesma área, permitindo elaborar tabelas de vida
(sobre estágios sucessivos de desenvolvimento) ou determinar os fatores que causam as maiores flutuações no
tamanho da população e aqueles que a regulam, apresentando geralmente objetivos mais específicos, como
determinação da taxa de parasitismo, taxa de dispersão, etc., geralmente nestes casos os níveis de precisão
requeridos são maiores.
Estudos extensivos são voltados para distribuição de espécies de insetos ou para predizer
danos, bem como para a aplicação de medidas de controle.

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Em qualquer caso, o esquema de amostragem deve ser definido de forma criteriosa, desde a
escolha da unidade amostral, do número mínimo de amostras, da distribuição espacial do inseto na cultura,
tipo de caminhamento, custo, eficiência das armadilhas e o nível de precisão requerido em função do
objetivo.
Tem-se verificado, em muitos casos, que etapas fundamentais para o desenvolvimento de
amostragens não são cumpridas, a exemplo da determinação da distribuição espacial dos insetos e número
mínimo de amostras.
A distribuição dos organismos na lavoura pode ser considerada segundo três tipos principais:
agregada, uniforme e ao acaso. Tais distribuições, ao nível da estatística são denominados Binomial negativa,
Binomial e Poisson. Comumente os insetos seguem a distribuição binomial negativa ou Poisson. Para cada
tipo de distribuição há uma variação na metodologia para estabelecimento das amostragens. A distribuição
espacial depende da unidade amostral, do comportamento da espécie e do tipo de avaliação que é feita. O
padrão de distribuição de uma praga pode variar ao longo do tempo, sendo que no início da colonização a
tendência é de se ajustar à série de Poisson, evoluindo para uma distribuição agregada, raramente atingindo a
distribuição uniforme. A escolha da unidade amostral adequada e o número de unidades amostrais devem ser
determinados de forma criteriosa e com base nos conhecimentos biológicos e comportamentais do inseto. O
modelo de Poisson pode ser usado para determinação do tipo de distribuição, através da freqüência esperada
de Poisson, ou pelo índice de dispersão de Morisita, que é um método independente da distribuição, do
número de amostras e do tamanho da média. Uma vez determinado o tipo de distribuição, deve-se determinar
o tamanho mínimo de amostras, através de modelos e parâmetros, de cada tipo de distribuição, levando-se em
conta a precisão desejada. Ou então por método gráficos, calculando-se a média e variância com dados
acumulados.
Esses procedimentos são básicos tanto para a amostragem comum, isto é quando o número de
amostras é fixo e determinado antes de se iniciar o procedimento de amostragem. No caso da amostragem
seqüencial, o número de observações não é fixado e a decisão de terminar ou não a amostragem, depende das
informações parciais fornecidas.
Os índices de precisão, geralmente são utilizados de forma arbitrária. As taxas de erro
deveriam ser determinadas levando-se em consideração a relação densidade dano-produção, preço do
produto no mercado, custo da aplicação de controle, ressurgência de pragas, pragas secundárias,
desenvolvimento de resistência.
Em muitos trabalhos que estabelecem planos de amostragens para o MIP, esses critérios
básicos não são levados em conta, ou apenas constam no trabalho, sem a descrição detalhada da metodologia
empregada para obtê-los.
A amostragem seqüencial vem ganhando espaço no MIP, segundo alguns autores é bastante
apropriada para o MIP, pois a ênfase está em propor uma classificação de populações do que estimar seus
parâmetros, evitando-se uma amostragem excessiva, resultando em economia de tempo e esforço.

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