Sei sulla pagina 1di 3

Anvisa - Reportagem Especial - Controle da infecção hospitalar começa pela higieniza...

Page 1 of 3

English Español

Institucional Anvisa Publica Serviços Áreas de Atuação Legislação Buscar

Brasília, 14 de maio de 2007 - 16h35


Controle da infecção hospitalar começa pela higienização das mãos

No Brasil, “15 de maio” é lembrado como o Dia


Nacional do Controle de Infecção Hospitalar. A
partir desta semana, por ocasião da data, a
Agência Nacional de Vigilância Sanitária
(Anvisa) inicia uma mobilização que tem como
eixo central uma idéia simples, mas que pode
produzir resultados valiosos: a correta
higienização das mãos pelos profissionais de
saúde. Essa rotina pode se tornar uma poderosa
ferramenta de prevenção à infecção hospitalar.

Manifestada durante a internação do paciente ou


após a alta, a infecção hospitalar decorre do
contato com o ambiente hospitalar ou em virtude
de procedimentos invasivos, como cirurgias e
perfurações por agulhas de soros e cateteres.

foto: arquivo Anvisa

Trata-se de um problema registrado em todo o mundo. Estudos realizados pelo


Centro para Controle de Doenças de Atlanta (EUA) mostram que a infecção
hospitalar prolonga a permanência de um paciente no hospital por, pelo menos,
quatro dias, ao custo adicional de 1.800 dólares, o que equivale a R$ 3,6 mil.

A estudante universitária Débora Rejane Gomes vivenciou, de perto, as


conseqüências de uma infecção hospitalar. Há alguns anos, seu avô, de 67 anos,
deu entrada em um hospital devido a uma fratura no braço. Após ter passado por
uma cirurgia e ter recebido alta médica, ele começou a apresentar outros sintomas.
“Primeiro, foi uma hemorragia no local da fratura, que o obrigou a voltar para o
hospital. Depois, veio o coma, a confirmação da infecção hospitalar pelos médicos e
o óbito”, lembra a estudante.

O episódio deixou a família abalada e serviu de alerta. “Hoje, quando vamos ao


hospital, sempre nos preocupamos em observar se o profissional usa luvas, se lava
as mãos antes de nos tocar. Além disso, procuramos nos informar, também, sobre o
medicamento que nos foi indicado”, conta Débora.

Medidas simples de prevenção, como a higienização das mãos dos profissionais


que lidam diretamente com o paciente (médicos e profissionais de enfermagem,
principalmente) e a boa conservação do ambiente, diminuem sensivelmente a
incidência e a gravidade das infecções hospitalares. “Reconhecida há muitos anos,
a higienização das mãos é a medida preventiva mais importante e a de menor custo
no controle das infecções”, defende o diretor da Anvisa, Cláudio Maierovitch. Para o
diretor, a adoção da prática ainda é baixa. “Por isso, os profissionais devem ser
estimulados a praticá-la constantemente”, completa Maierovitch.

A Organização Mundial de Saúde (OMS), por meio do programa Aliança Mundial


Para a Segurança do Paciente, estabelece diretrizes e estratégias para incentivar,
em diferentes países, a prática de lavagem correta das mãos. Em consonância com
as orientações da OMS, a Anvisa elaborou a cartilha “Higienização das Mãos em
Serviços de Saúde”, que visa esclarecer e sensibilizar os profissionais de saúde
para a importância dessa prática.

http://www.anvisa.gov.br/divulga/reportagens/140507.htm 29/3/2011
Anvisa - Reportagem Especial - Controle da infecção hospitalar começa pela higieniza... Page 2 of 3

O lançamento da publicação ocorre nesta terça-feira (15) durante a Oficina Nacional


de Controle de Infecção em Serviços de Saúde. O encontro, que vai até a próxima
quarta-feira (16), reúne, no Hotel Saint Paul, em Brasília, coordenadores das
Comissões de Controle de Infecção Hospitalar (CCIHs) das secretarias estaduais
de Saúde. Durante três dias, eles vão discutir e definir ações voltadas à prevenção
e ao controle da infecção hospitalar. Exemplares da cartilha serão enviados, por
solicitação, aos serviços de saúde de todo o país.

Para o membro do Comitê de Antimicrobianos da Sociedade Brasileira de


Infectologia e Coordenador da CCIH do Hospital do Servidor Público do Estado de
São Paulo, Renato Grinbaum, a baixa adoção da prática de higienização das mãos
se deve muito mais à inadequação das estruturas hospitalares do que à falta de
disposição dos profissionais. “Muitas vezes, a sobrecarga de trabalho ou a
quantidade insuficiente de pias e insumos (sabão, água e álcool) dificulta o hábito”,
avalia Grinbaum.

Na avaliação do infectologista, outra dificuldade é o uso de insumos de baixa


qualidade. “Produtos que causam irritação ou processos alérgicos acabam fazendo
com que o profissional crie uma barreira àquela prática, lavando a mão menos
vezes do que deveria”, completa Renato Grinbaum.

Ações

Outra medida a ser implementada pela Anvisa é a capacitação de profissionais de


saúde e a divulgação, inclusive por meio da internet, de experiências bem-
sucedidas que sirvam de modelo e possam ampliar o acesso a informações para os
profissionais envolvidos com o tema. “Pretendemos estimular a discussão dessas
questões incluindo o tema nas grades curriculares dos cursos de formação dos
profissionais de saúde”, sinaliza o diretor da Anvisa, Cláudio Maierovitch. Segundo
ele, é possível tratar da prevenção e do controle da infecção hospitalar até mesmo
no âmbito da educação infantil.

A Agência, em parceria com a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) e a


Coordenação Geral de Laboratórios de Saúde Pública do Ministério da Saúde
(CGLAB/MS), também desenvolve um programa que está mapeando o perfil de
sensibilidade dos microrganismos causadores de infecção em pacientes internados.
Um dos motivos do agravamento das infecções é o aumento da resistência das
bactérias aos medicamentos antimicrobianos (antibióticos) que, usados em excesso
e indiscriminadamente, promovem a proliferação de bactérias mais resistentes.

(Luana Cury, Assessoria de Imprensa da Anvisa)

Um dia de reflexões

O ato de lavar as mãos é, historicamente,


uma preocupação na área da saúde. Foi o
médico húngaro Ignaz Philliph
Semmelweis quem demonstrou a realidade
e prevalência da transmissão das
infecções hospitalares por meio das mãos.
No dia 15 de maio de 1847, ele instituiu o
uso de uma solução clorada para a
lavagem das mãos como procedimento
obrigatório (para todos) na entrada da sala
de parto do hospital em que trabalhava,
em Viena, capital da Áustria.

Após a introdução do procedimento de


higienização das mãos, observou-se a
redução no número de mortes maternas
por infecção puerperal (pós-parto). A
prática, sugerida por Semmelweis, tem
sido recomendada como medida primária
no controle da disseminação de agentes
infecciosos. No Brasil, a data (15 de maio)
consagrou-se, desde 1999, como o Dia
Nacional do Controle de Infecção
foto: arquivo Anvisa Hospitalar.

http://www.anvisa.gov.br/divulga/reportagens/140507.htm 29/3/2011
Anvisa - Reportagem Especial - Controle da infecção hospitalar começa pela higieniza... Page 3 of 3

O quadro do controle de infecção hospitalar no Brasil

No Brasil, o controle de infecções hospitalares começou a ser


aprimorado por meio da Portaria 196/83 do Ministério da Saúde.
Em 1997, o Programa Nacional de Controle de Infecção Hospitalar é
delineado pela Lei 9.431, que obriga os hospitais a criarem uma
comissão permanente de controle das infecções hospitalares, e pela
Portaria 2616/98 do Ministério da Saúde. Pela lei, as comissões
permanentes devem ser compostas por representantes dos
médicos, enfermeiros e da administração hospitalar. Nos hospitais
de maior porte, também devem ser incluídos os representantes dos
laboratórios de microbiologia e das farmácias hospitalares.
Em 2000, um ano após a criação da Anvisa, apenas 12 estados
brasileiros possuíam comissões estaduais de controle de infecção.
No fim de 2002, os 26 estados e o Distrito federal já haviam
reorganizado suas comissões.
Pesquisa da Anvisa, realizada em parceria com a Faculdade de
Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP) e divulgada em
2006, analisou a realidade funcional de 4.148 hospitais do país e
revelou que 76% deles (3152) possuem Comissões de Controle de
Infecção Hospitalar. A vigilância das infecções hospitalares é
realizada em 77% das instituições (3194) e 49% dos hospitais
(2012) desenvolvem programas permanentes de controle. Porém,
apenas 33% deles (1356) adotam medidas de contenção de surtos.
Estudos internacionais revelam que a existência de um programa de
controle de infecção hospitalar dentro dos serviços de saúde reduz
em 30% a incidência desses agravos.
Segundo a Pesquisa da Assistência Médico-Sanitária divulgada pelo
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2006, no
Brasil 4.578 estabelecimentos de saúde, com serviço de internação,
possuem Comissão de Controle de Infecção Hospitalar, sendo 1.427
públicos e 3.151 privados.

Informação: Assessoria de Imprensa da Anvisa

Boletins Eletrônicos Consultas Públicas Fórum Informes Técnicos Notícias Voltar Subir Imprimir

http://www.anvisa.gov.br/divulga/reportagens/140507.htm 29/3/2011

Potrebbero piacerti anche