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função f
f ( x)
Exemplo 2.1.1: Considere a função f ( x) = 3 x + 2 . Essa função “pega” uma entrada genérica x,
multiplica-a por 3 e, por fim, soma 2 ao resultado. Podemos então calcular alguns pares entrada-saída
dessa função:
f (−2) = 3 × ( −2 ) + 2 = −4
f (−1) = 3 × ( −1) + 2 = −1
f (−0,5) = 3 × ( −0,5 ) + 2 = 0,5
f (0) = 3 × 0 + 2 = 2
f (0,5) = 3 × 0,5 + 2 = 3,5
f (1) = 3 ×1 + 2 = 5
f (2) = 3 × 2 + 2 = 8
Podemos ainda descobrir, por exemplo, qual entrada gerou um determinado resultado. Por exemplo,
quanto vale a se f(a) é igual a 32?
f (a ) = 32
3a + 2 = 32
3a = 30
a = 10
Observação importante: Em uma função, cada entrada gera uma e somente uma resposta da função.
Por exemplo, não é possível existir uma determinada função na qual temos f (a ) = 3 e f (a ) = 5 . Já o
contrário é possível, isto é, podemos ter um caso em duas entradas diferentes geram uma mesma saída.
Podemos citar como exemplo f ( x ) = x 2 . Se tivermos f (a ) = 25 , ou seja, a 2 = 25 , conclui-se que a = 5
ou a = −5 . E, para completar, há ainda funções nas quais é impossível gerar-se uma determinada saída,
ou seja, nenhuma entrada gera aquela saída. Ainda no mesmo exemplo, em que f ( x ) = x 2 , se tentarmos
calcular a tal que f (a ) = −25 , concluiremos que a não existe no conjunto dos números reais.
As funções para as quais, dada qualquer saída, não existe mais de uma entrada capaz de gerá-la são
chamadas injetoras. Ou seja, para cada saída, há no máximo uma entrada que a gera, sendo possível
também não haver nenhuma entrada que a gera.
As funções para as quais, dada qualquer saída, sempre existe no mínimo uma entrada que a gera são
chamadas sobrejetoras. Ou seja, é impossível haver uma saída tal que nenhuma entrada a gere.
As funções para as quais, dada qualquer saída, sempre existe uma e somente uma entrada que a gera
são chamadas bijetoras. Tais funções são necessariamente sobrejetoras e injetoras ao mesmo tempo.
Em linguagem matemática, podemos dizer que as funções injetoras são aquelas em que
f ( x1 ) = f ( x2 ) ⇒ x1 = x2
Analogamente, as funções sobrejetoras (definidas no conjunto dos números reais) são aquelas em que
m ∈ » ⇒ ∃ x tal que f ( x) = m
Traduzindo, se m pertence ao conjunto dos números reias, então existe x tal que x gera a saída m.
x
0
Antes de mais nada, vamos definir o que é um par ordenado, e como representá-lo no plano. Um par
ordenado são dois números reais, dispostos em uma determinada ordem. Dizemos que (a, b) é um par
ordenado, em que a, b ∈ » .
Um par ordenado, em um gráfico cartesiano, corresponde a um ponto no plano. Por padrão, esse
ponto é fixado de forma que sua projeção no eixo x (eixo das entradas) seja em a, e no eixo y (eixo das
saídas), em b. Veja abaixo:
y
( a, b)
b
x
0 a
Repare que a e b são pontos dos eixos x e y, respectivamente, contados a partir da origem.
Convencionalmente, o eixo x é orientado para a direita, isto é, os valores tomados à direita da origem são
positivos; e à esquerda, negativos. Também por convenção, o eixo y é orientado para cima, ou seja, os
pontos localizados acima da origem são positivos; e abaixo, negativos.
Dizemos que a e b são as coordenadas do ponto (a, b).
Quando representamos uma função no plano cartesiano, marcamos os pontos da forma (x, f(x)), ou
seja, os pontos tais cuja coordenada em y é a resposta da função f à coordenada em x como entrada.
Isto significa que se, por exemplo, o ponto (a, b), representado acima, pertence à função f, podemos
dizer que f(a) = b.
Exemplo 2.1.2: Vamos ver um exemplo de uma função f representada abaixo.
1,5
1
x
−3,5 −2 0 4
−6 5
A curva desenhada é a união de todos os pontos no gráfico que fazem parte da representação da
função f. Pelo que definimos, podemos ver no gráfico o ponto (4, 1,5), isto é, um ponto cuja projeção no
eixo x é 4, e no eixo y, 1,5. Isso quer dizer que a resposta da função f à entrada 4 é igual a 1,5. Em termos
matemáticos, f (4) = 1,5 .
Podemos, a respeito da função f representada, propor algumas perguntas.
P: Qual é a resposta da função f à entrada −2 ?
R: Pelo gráfico, vemos o ponto ( −2 , 1), isto é, a resposta à entrada −2 é 1. f (−2) = 1
Exemplo 2.1.3: Vamos agora construir passo a passo o gráfico cartesiano de uma função. Seja
f ( x ) = 2 x − 1 . Para termos uma noção de como será esse gráfico, vamos escolher alguns pontos próximos
da origem, calcular suas coordenadas e representá-los no gráfico. De forma mais sistemática,
construiremos a seguinte tabela:
x f(x)
–2 f (−2) = 2 × ( −2 ) − 1 = −5
–1 f (−1) = 2 × ( −1) − 1 = −3
0 f (0) = 2 × ( 0 ) − 1 = −1
1 f (1) = 2 × (1) − 1 = 1
2 f (2) = 2 × ( 2 ) − 1 = 3
3 f (3) = 2 × ( 3) − 1 = 5
y
1 x
−2 −1
0 1 2 3
−1
−3
−5
Parece que nessa função os pontos alinharam-se de forma colinear. Não devemos nos esquecer que
pegamos apenas uma amostra de alguns pontos. Mesmo entre um ponto e outro, existem infinitos pontos.
Por exemplo, entre (1, 1) e (2, 3), existe (1,5, 2), (1,2, 1,4) etc. De forma a unir esses infinitos pontos,
dizemos que a representação gráfica dessa função é uma reta.
y
1 x
−2 −1
0 1 2 3
−1
−3
−5
Observação importante: Verifica-se que toda função da forma f ( x) = ax + b , isto é, que “pega” a
entrada, multiplica-a por um número qualquer e, ao resultado, soma um outro número, é representada
graficamente por uma reta. São as chamadas funções afins, ou de primeiro grau. A denominação
“primeiro grau” refere-se ao que chamamos de ordem da função. Isso quer dizer que o maior expoente
de x que “aparece” na função é 1. Em uma função do segundo grau, ou de ordem 2, temos algo da forma
f ( x ) = ax 2 + bx + c , pois o maior expoente de x é 2. Essa função é também chamada de função
quadrática, e é representada por uma curva chamada parábola. Analogamente, em uma equação de
terceiro grau, ou ordem 3, temos f ( x ) = ax 3 + bx 2 + cx + d . Essa função é representada por uma
hipérbole. E assim ocorre sucessivamente.
2. Trigonometria
Dado um triângulo qualquer, sabe-se que a soma de seus ângulos internos é 180º.
β
α + β + γ = 180º
α γ
Denomina-se triângulo retângulo aquele que possui um ângulo reto, isto é, um ângulo de 90º.
α + β + 90º = 180º
α
h (Hipotenusa) α + β = 90º
Cateto a
β
Cateto b
ângulo de 90º
A soma de α e β é 90º e, por isso, são chamados complementares. Cada triângulo retângulo é
formado por um ângulo de 90º e um par de ângulos complementares.
Denominamos cateto adjacente a um ângulo como o lado do triângulo localizado entre o vértice
correspondente e o ângulo reto. O lado oposto ao ângulo reto é chamado hipotenusa. O terceiro lado é o
chamado cateto oposto.
O cateto a é adjacente a α e oposto a β.
O cateto b é adjacente a β e oposto a α.
Relação de Pitágoras
Apesar de ser comprovado que os egípcios já trabalhavam com as relações entre os lados do triângulo
retângulo muitos séculos antes dos gregos, a fórmula mais notável é conhecida como a relação de
Pitágoras. Aliás, sabemos que sem vários conceitos de cálculo avançado, os quais a ciência ocidental só
desenvolveu nos últimos séculos, os egípcios não teriam capacidade de construir as pirâmides.
Sendo h a hipotenusa do triângulo retângulo, a e b os seus catetos, temos que:
h2 = a 2 + b2
Costuma-se dizer também que “o quadrado da hipotenusa é igual à soma dos quadrados dos catetos”.
Triângulos semelhantes
Dois triângulos são semelhantes se e somente se têm os mesmos ângulos. Isso equivale também dizer
que eles têm lados proporcionais. Por exemplo, vamos considerar dois triângulos semelhantes, com fator
de semelhança igual a k.
β a β
c a’
c’
α γ
b α γ
Repare que o seno de um ângulo é igual ao co-seno do ângulo complementar a ele. Além disso, a
tangente de um ângulo é igual ao inverso da tangente do ângulo complementar a ele. Exprimimos essas
relações da seguinte forma:
sen θ = cos ( 90º −θ )
cos θ = sen ( 90 − θ )
α 1
= ( tg ( 90º −θ ) )
−1
tg θ =
tg ( 90º −θ )
Isso mostra que o seno é função exclusiva do ângulo. De forma análoga, pode-se mostrar o mesmo
para as funções co-seno e tangente.
Outra relação importante pode ser mostrada a partir da equação de Pitágoras. Vamos considerar o
triângulo menor do exemplo acima:
b2 + c 2 = a2
Vamos multiplicar ambos os lados da igualdade por 1 2 :
a
( b2 + c 2 ) × a 2 = a 2 × a12
1
45º
45º
L
45º
d L
45º
L
60º 60º
L 2 L 2
a b
β
c
Procuraremos diminuir a abertura de α e, ao mesmo tempo, estaremos aumentando β. Isso se dará
“fechando” o lado a, conforme indica a seta. Faremos isso, até que α fique bem próximo de 0º e,
obviamente, β fique bem próximo de 90º.
Repare que no caso limite, isto é, quando α estiver infinitamente próximo de 0º e,
portanto, β estiver infinitamente próximo de 90º, se mantivermos o lado b constante, o
α lado c tenderá a valer zero, ao passo que o lado a tenderá a valer o mesmo que b.
Assim, temos:
a c 0
sen α = cos β = ≈ = 0 ∴ sen 0º = cos 90º = 0
b a a
β
b b
cos α = sen β = ≈ = 1∴ sen 90º = cos 0º = 1
a b
c
Agora, na linha dos senos, preencha as lacunas, da esquerda para a direita, com 0, 1, 2, 3 e 4. Na
linha dos co-senos, faça o mesmo, porém da direita para a esquerda.
Teremos o seguinte:
Agora, simplifique as expressões e calcule a tangente de cada ângulo como a razão entre o seu seno e
o seu co-seno.
0º 30º 45º 60º 90º
sen 0 1 2 3 1
2 2 2
cos 1 3 2 1 0
2 2 2
tg 0 1 3 ∃ tg 90º
1 = 3
3 3
Repare que para calcular a tangente de 90º, precisamos realizar uma divisão por zero.
x indeterminado, se x = 0
=
0 indefinido (não existe), se x ≠ 0
Portanto, a tangente de 90º não existe. Você pode perceber, no entanto, através do triângulo limite de
90º - 90º - 0º, que conforme aumentamos o ângulo β e mais próximo ele fica de 90º, mais sua tangente
cresce, tendendo ao infinito.
O círculo trigonométrico y
Com os métodos dos quais dispomos
até agora, não nos seria possível calcular o
valor de qualquer uma das três relações 90º
trigonométricas principais para ângulos
maiores que 90º. Para isso, precisamos criar 1º quadrante
um método mais genérico, capaz de
2º quadrante
englobar mais casos. R=1
Dessa forma, vamos construir um
círculo de raio 1, com centro na origem de 180º x
um par de eixos cartesianos, conforme a 0 0º ≡ 360º
figura ao lado. Ao longo do círculo,
distribuiremos os ângulos de 0º a 360º. 3º quadrante 4º quadrante
Teremos, portanto, a seguinte localização
dos ângulos:
• Para 0º, x = 1 e y = 0
• Para 90º, x = 0 e y = 1
270º
• Para 180º, x = –1 e y = 0
• Para 270º, x = 0 e y = –1
• Para 360º, x = 1 e y = 0 (o que
coincide com 0º)
Vamos começar usando o círculo trigonométrico para calcular o seno e o co-seno de ângulos do
primeiro quadrante. Inicialmente, vamos construir uma abertura de ângulo α a partir do ponto definido
como 0º. Construímos também um triângulo retângulo com essa abertura, onde o raio é a hipotenusa (=
1). Repare que o ponto do círculo que representa α tem coordenadas x0 e y0 tais que:
• x0 é equivalente à medida do cateto adjacente a α
• y0 é equivalente à medida do cateto oposto a α.
y
Isolando o triângulo retângulo da
figura, podemos obter as seguintes
90º relações:
α
y0
1
y0 y0
1 sen α = = y0
α 1
180º x x0 x
α cos α = 0 = x0
x0 1
0 0º ≡ 360º y0
tg α =
x0
sen
Agora, temos um ângulo do 4º
quadrante, que novamente projetamos
90º
60º para 1º. O eixo dos co-senos serviu
como espelho e, portanto, os ângulos
60º e 300º têm o mesmo co-seno, e
senos simétricos.
Por isso, podemos escrever:
180º 60º cos cos 300º = cos 60º = 1
2
0 60º 0º ≡ 360º sen 300º = − sen 60º = − 3
2
Podemos tomar a seguinte regra
geral:
cos(360º −θ) = cos θ
sen(360º −θ) = − sen θ
300º
270º
3. Conclusão
Nesse capítulo, não prosseguimos com o estudo da física propriamente dito. Fomos obrigados a
concretizar alguns conceitos matemáticos essenciais para a continuidade da teoria do movimento. No
próximo capítulo, colocaremos em prática algumas das idéias expostas anteriormente, ao abordar a
cinemática escalar através dos gráficos cartesianos.