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Apostila - Noções de Direito aplicadas à Administração de

Empresas
ÍNDICE ANALÍTICO
INTRODUÇÃO..................................................................................................................................................2
NOÇÃO DE SISTEMA......................................................................................................................................3
LÓGICA, ARGUMENTAÇÃO, INTERPRETAÇÃO E RAZOABILIDADE...................................................................................4
Falácia........................................................................................................................................................5
Preconceitos...............................................................................................................................................5
Juízo de Valor e Juízo Objetivo..................................................................................................................6
SISTEMA & CIÊNCIA......................................................................................................................................6
CIÊNCIA DO DIREITO (GERAL).....................................................................................................................7
CIÊNCIA DA ADMINISTRAÇÃO (SUB-GERAL).............................................................................................7
ABORDAGEM JURÍDICA..........................................................................................................................................8
REGIME JURÍDICO DA ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS.................................................................9
RAMOS DO DIREITO............................................................................................................................................10
Direito Natural.........................................................................................................................................10
Direito Positivo.........................................................................................................................................11
Direito Internacional...............................................................................................................................11
PÚBLICO...........................................................................................................................................................11
PRIVADO...........................................................................................................................................................11
Direito Nacional ......................................................................................................................................12
PÚBLICO...........................................................................................................................................................12
PRIVADO...........................................................................................................................................................12
FONTES DO DIREITO.................................................................................................................................12
HIERARQUIA DAS NORMAS...................................................................................................................................13
TIPOS NORMATIVOS.............................................................................................................................................14
Norma fundamental..................................................................................................................................15
Lei ordinária.............................................................................................................................................15
Lei Complementar....................................................................................................................................15
VIGÊNCIA DA LEI...............................................................................................................................................15
PRINCÍPIO DA OBRIGATORIEDADE DAS LEIS..................................................................................15
PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE DAS LEIS.........................................................................................16
PERDA DA VALIDADE DA LEI..............................................................................................................16
“VACATIO LEGIS”..................................................................................................................................17
Irretroatividade da lei...............................................................................................................................17
INTERPRETAÇÃO DAS LEIS (HERMENÊUTICA)..........................................................................................................17
TRATADOS E CONVENÇÕES INTERNACIONAIS................................................................................18
Espécies de Tratados................................................................................................................................19
Tratados Normativos...........................................................................................................................................19
Tratados Contratuais...........................................................................................................................................19
NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL..................................................................................................................19
Constituição..............................................................................................................................................19
PODER CONSTITUINTE ORIGINÁRIO.................................................................................................20
PODER CONSTITUINTE DERIVADO....................................................................................................20
EFICÁCIA DAS NORMAS CONSTITUCIONAIS....................................................................................20
PODER DO ESTADO.............................................................................................................................................21
Divisão Orgânica do Poder - Tripartição................................................................................................21
Função Típica e Atípica............................................................................................................................21
Organização Político-Administrativa.......................................................................................................22
Da Ordem Econômica e Financeira.........................................................................................................22
NOÇÕES DE DIREITO CIVIL....................................................................................................................23

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Apostila para fins acadêmicos
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Pessoas.....................................................................................................................................................23
PESSOA NATURAL..........................................................................................................................................23
PESSOA JURÍDICA ..........................................................................................................................................24
Bens...........................................................................................................................................................24
Considerados em si mesmos................................................................................................................................24
Bens Públicos......................................................................................................................................................25
Fato Jurídico............................................................................................................................................25
Contratos.............................................................................................................................................................25
NOÇÕES DE DIREITO DO CONSUMIDOR.............................................................................................25
Responsabilidade civil..............................................................................................................................25
NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO............................................................................................26
Princípios da Administração Pública.......................................................................................................26
Atos Administrativos.................................................................................................................................28
Autarquia Federal....................................................................................................................................29
NOÇÕES DE DIREITO TRIBUTÁRIO.......................................................................................................30
Tributo......................................................................................................................................................30
Obrigação Tributária...............................................................................................................................30
PARAFISCALIDADE ......................................................................................................................................31
Classificação dos Tributos.......................................................................................................................31
Impostos..............................................................................................................................................................32
Taxas...................................................................................................................................................................32
Contribuição de Melhoria....................................................................................................................................33
PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE.........................................................................................................33
Norma jurídica tributária.........................................................................................................................33
A Base de cálculo:....................................................................................................................................33
ALÍQUOTA...............................................................................................................................................34
PRINCÍPIO DA CAPACIDADE CONTRIBUTIVA..................................................................................35
Alíquota Progressiva................................................................................................................................35
REPARTIÇÃO DAS RECEITAS.................................................................................................................35
BIBLIOGRAFIA..............................................................................................................................................36

INTRODUÇÃO
Para instigar e fomentar a reflexão gostaria de iniciar este trabalho com a seguinte
citação:

" O ato de reduzir algo desconhecido a algo conhecido alivia, tranqüiliza,


satisfaz, e proporciona, alem disto, um sentimento de poder"
(NIETZSCHE,F., Crespusculo de los idolos, Madrid, Alianza Editorial, 1979,p.66)

Essa frase de Nietzsche, espelha o sentido da busca da Ciência, em todos os campos.


Estamos constantemente buscando o significado do que está a nossa volta, do mundo
real, ou ao menos procuramos conformar o máximo possível o sentido de tudo com a
realidade. Queremos ter controle. É claro que nem sempre alcançamos esse objetivo,
pois às vezes na tentativa transloucada do homem, da necessidade que tem de
objetivar, determinar, solidificar, " coisificar" especificar fenômenos, acaba por criar um
vácuo maior entre o sentido do fenômeno e a realidade. É o que acontece com muitas
leis, que tentam ser eficazes, mas que não passam do plano da validade1.

Mas nem tudo está perdido, pois só o fato de existir no homem essa sagacidade
investigativa do objeto do conhecimento, é que revela uma diferenciada capacidade,
em relação a outros seres vivos, de criar conexões entre idéias, de aferir conceitos
axiológicos, de gerar formas de pensamento para facilitar a compreensão do real, e
1
Existência, Validade e Eficácia são institutos jurídicos dos quais faremos breve menção em aula.
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também de atribuir a uma única palavra múltiplas idéias. As formas de raciocínio
lógico, axiológico, sociológicos dentre outras são mecanismos de valor na busca da
realidade.

Neste trabalho quero, é claro, investigar uma área de conhecimento no nosso


ordenamento, traçar algumas linhas de compreensão em relação a realidade social e o
direito, porém estou longe de tranqüilizar ou satisfazer como coloca Nietzsche.
Também não se almeja poder, mas um pequeno ponto de apoio, ponto esse que já
começou a ser esboçado por alguns estudiosos no campo acadêmico, mas que
necessita, ainda, como todo processo de amadurecimento de mais adesões. Estas no
sentido de tamanho, em números, não de individualidade, pois como é sabido, em
direito necessitamos da maioria sensata para se construir uma idéia sensata e aceita
pela comunidade jurídica. É uma construção sociológica.

Por isso e inúmeros outros motivos aqui não declarados, por absoluta limitação de
condições, espero que esta singela monografia, material de suporte para as aulas de
direito aos alunos dos cursos de Administração e Habilitações correlatas, que
inspiraram e continuam a inspirar este estudo, possa de alguma forma contribuir para
suscitar dúvidas e reflexões a respeito da área profissional setor que cresce ano a ano
no nosso país, e que tem impacto marcante na economia e reflexos jurídicos
importantes.

Neste trabalho o objetivo é partir da noção de sistema aplicado à Administração e


buscar nas noções de direito o que de mais significativo precisa ser entendido para
visualizar esse sistema com abordagem jurídica. Assim, ao invés de partir da idéia
geral para a idéia particular, foi pensado o inverso, ou seja, partir do objeto de
conhecimento – Administração – e determinar dentro dele partes da ciência jurídica
aplicada a ele, o que dará conseqüentemente os elementos e instrumentos para se
operar juridicamente esse sistema.

Noção de Sistema
Pode-se definir sistema como um conjunto de partes que interagem de modo a atingir
determinado fim, de acordo com um plano ou princípio; ou conjunto de procedimentos,
doutrinas, idéias ou princípios, logicamente ordenados e coesos com intenção de descrever,
explicar ou dirigir o funcionamento de um todo.2

Como este é um material de estudo específico, referente a uma área do conhecimento, não
podemos deixar de iniciar com alguns conceitos interdisciplinares que representam um
importante suporte profissional. São instrumentos que possibilitam a análise,
investigação, e até mesmo a racionalização dos problemas que um sistema apresenta.

Refere-se ao sistema da seguinte área: Administração. Um conjunto de elementos,


pressupostos, atributos, requisitos ou o que se entender por isso funcionando, produzindo
atividade ou não.

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Segundo alguns estudiosos, um sistema pode ser aberto ou fechado. É aberto se recebe
influência externa e também oferece saída de elementos internos, ou seja, há troca entre
ambientes, interno e externo. É fechado se não há comunicação alguma com o exterior.

Alguns entendem que o direito é um sistema aberto, pois sofre modificações pelas Emendas
Constitucionais, que criam e extinguem direitos e obrigações, bem como por leis, medidas
provisórias e regulamentos que constantemente alteram as regras do ordenamento jurídico,
porém há críticos que entendem o oposto e argumentam que a Constituição Federal faz
parte do sistema está dentro dele e não fora, por isso, o sistema é fechado e não aberto.

Assim, o que nos interessa no momento é entender que o Direito é um sistema. Um sistema
construído dentro de outros sistemas3 e que por sua vez convive lado a lado com inúmeros
sistemas4. (ver Figuras 1 e 2)

Da mesma maneira podemos visualizar a Administração de Empresas como um sistema,


ou se preferir, como um subsistema de sistemas maiores como o Direito, a Economia, a
Administração, dentre outros.

Lógica, Argumentação, Interpretação e Razoabilidade

Para caminhar um pouco mais em direção ao nosso objeto de estudo, ou seja, “o sistema
Administração de Empresas”, é preciso também mencionar alguns instrumentos que
podem ser úteis nos processos de análise de um sistema. Por óbvio, não há possibilidade,
por razões já intuídas de falar com um pouco mais de detalhes de cada um desses
instrumentos. Chamo instrumentos porque são ferramentas de visualização, operação e
análise de situações e de problemas de um sistema.

Seria muita pretensão neste pequeno trabalho tentar discorrer sobre lógica, por isso, a
intenção é simplesmente dar a notícia.

A argumentação, interpretação e a razoabilidade podem decorrer de um pensamento


lógico. Por que podem decorrer? Porque a argumentação e a interpretação podem existir
sem a lógica, já a razoabilidade depende dela. Para argumentar não preciso ter um
pensamento lógico, posso fornecer um argumento ilógico que não deixa de ser um
argumento, para interpretar também, minha interpretação pode ser ilógica, mas aceita. No
entanto, para saber se a minha interpretação foi razoável ou não preciso fazer um exercício
de raciocínio lógico. Portanto, temos que a razoabilidade é um reforço de argumentação.

Os pensadores mencionam dois tipos de lógica. A lógica formal e a lógica material. Para
entender o que significa a primeira basta pensar na matemática, nas ciências exatas, já a
segunda, significa pensar em argumentação, ou seja, a lógica material trabalha com
premissas que podem ou não ser verdadeiras e que mesmo não sendo podem conduzir a
raciocínios conclusivos e lógicos.
3
O sistema Federativo, Republicano e Presidencialista por exemplo.
4
Sistema econômico, político dentre outros.
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Um exemplo bem simples seria colocar as três premissas como se seguem:
1. se baleia é mamífero (verdade)
2. se todo mamífero é peixe (falso)
3. Então baleia é peixe (verdade/falso)

Note que há premissa falsa, mas mesmo assim conduziu a um raciocínio lógico. É
possível, portanto inferir que a verdade não importa muito para lógica e sim a forma de
construção do raciocínio, se indutivo ou dedutivo.

• Todo homem é mortal (v)


• Sócrates é homem (v)
• Logo, Sócrates é mortal (v)

Assim, nesse sentido visualiza-se também:


• Falácia
• Preconceitos

Falácia

É possível identificar um raciocínio falacioso ou preconceituoso quando se utiliza um


raciocínio lógico. O exemplo acima é falacioso porque se obtém uma conclusão apressada
de premissas relevantes, mas insuficientes. A premissa falsa pode ser imperceptível para
um profissional desavisado, já aquele bem informado perceberá. A diferença porém, é
que este poderá detectar o problema e saber que trata-se de uma falácia possuindo assim
mais instrumentos para analisar e tomar decisões.

Preconceitos

Quanto aos preconceitos, a própria semântica5 já nos fornece a idéia do significado: é um


pré-conceito, ou melhor, um conceito já formado que carregamos conosco e que muitas
vezes obstruem nosso pensamento impedindo que novas idéias ou conceitos possam ser
compreendidos de maneira imparcial. É importante, porém, frisar que a idéia
“preconceito” carrega um sentido negativo atualmente, ou seja, de impedir mudanças
saudáveis, porém não é sempre assim, pois há conceitos anteriores que adquirimos e que
formam nossa bagagem de vida que não são necessariamente negativos.

Por isso não posso dizer: não tenho preconceitos. Todos temos. O que é preciso saber se
são preconceitos que nos prejudicam de enxergar a realidade ou se são fontes de nossa
bagagem, ou seja, nosso conhecimento das coisas que podem ser úteis.

5
palavra
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Juízo de Valor e Juízo Objetivo

Nessa mesma linha é possível falar de Juízo de valor e Juízo Objetivo. Em geral a
tendência é acreditar nos padrões e modelos sociais que nos cercam. A mídia tem forte
influência nesse processo. Esses padrões acabam se infiltrando tão fortemente em nossas
vidas que pouco percebemos conscientemente nossas atitudes no ambiente em que
vivemos. Estão tão intrincados no nosso sistema mental que geralmente achamos difícil
isolar e examinar individualmente o que cada premissa significa.

Juízos de Valor são normalmente justificados ou defendidos de maneiras diferentes dos


Juízos Objetivos.

Por exemplo, se pergunto a alguém se prefere ouro ou prata e essa pessoa me responde
que prefere ouro, posso perguntar-lhe:

Por que você prefere ouro? Ela dirá:

1. os objetos feitos de ouro nunca enferrujaram.


2. todas as tentativas de enferrujar o ouro falharam.

Uma outra pessoa dirá:

3. Porque com ouro se faz lindas jóias.


4. As pessoas em geral adoram o brilho de uma jóia feita a ouro.

Os exemplos acima demonstram que as premissas 1 e 2 são juízos objetivos, ou seja, são
baseadas em fatos, experiência e ciência. As premissas 3 e 4 são juízos de valor,
julgamentos subjetivos, sem qualquer base em fatos, mas em crenças e percepções
pessoais.

Se você procurar um argumento que seja forte, para convencer, persuadir, prefira aqueles
baseados em juízos objetivos, razões de fato. Argumentos baseados em juízo objetivo
estão mais próximos à realidade e por isso as chances do profissional, em qualquer área,
aumentam se ele entende a lógica da racionalidade.

Só é bom deixar claro que: como tudo na vida, não existem fórmulas prontas que
ensinam a receita de sucesso. Isso é ilusão. O que existem são áreas de conhecimento, e
as tentativas que o homem sempre fez de buscar clareza e aperfeiçoamento em tudo. Por
isso, diria que esses instrumentos são de aperfeiçoamento, pois nem sempre a
racionalidade funciona, às vezes a percepção intuitiva também traz benefícios desde que
propositada e moderada. É uma questão de escolha e bom senso.

Sistema & Ciência

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CIÊNCIA DO DIREITO (geral)

-Todo o sistema do direito é dinâmico.


-As normas jurídicas são objeto da ciência jurídica.
-E o objeto da ciência jurídica é o direito.
-As relações inter-humanas só são objeto de um conhecimento jurídico enquanto relações
jurídicas.
(Ex.Pai que obriga o filho a estudar – temor reverencial) O pai quando exerce esse poder
coativo sobre o filho não está transgredindo regras jurídicas, embora o filho possa pensar o
contrário. O filho pode achar que está sendo prejudicado em sua liberdade e que tem direito
à ela. De fato, a Constituição Federal do Brasil assegura liberdades individuais, porém
nenhum direito é absoluto, e no caso acima, o filho obedece ao pai por ter um temor
reverencial à ele, e não porque o a lei lhe impõe essa obediência..
-Determina valores e normas sociais de bom relacionamento e convívio fundadas em
princípios basilares do direito aplicáveis a toda a sociedade.

CIÊNCIA DA ADMINISTRAÇÃO (sub-geral)

- conjunto de fatores que possibilitam entender e definir:


o normas e funções estruturais de elementos interligados para obtenção de
resultados.
o Conhecimentos gerais sobre princípios e práticas administrativas.
- objetiva estudar entendimentos estruturais e estratégicos para tomada de decisões.
- Pode ser desdobrada em:
o Administração Fazendária
o Administração Financeira
o Administração Contábil
o Administração Direta
o Administração Indireta
o Administração Pública
o Administração Privada

CIÊNCIA DA ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS (Particular)


Alguns autores preferem não particularizar a noção de Administração de Empresas,
outros citam a Administração de Empresas como dogmática.6

- Engloba, principalmente, conceitos de Economia, Marketing, Direito,


Contabilidade, dentre outras ciências.
- Objetiva disciplinar os elementos de produção e submeter a produtividade a um
controle de qualidade, para a obtenção de um resultado eficaz.

6
relativo a dogmas e dogmatismos que se apresenta com caráter de certeza absoluta.
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Você pode estar se perguntando: O que tudo isso tem de importante para a Administração
de Empresas? Tem tudo de importante. Um profissional desse ramo, em qualquer função,
tem como objetivo final a satisfação dos clientes pelos serviços que presta ou produtos que
produz. A lógica e a razoabilidade agregam valor ao quadro de funcionários – o
patrimônio social da empresa. Por isso é fundamental entender a estrutura de pensamento,
os conceitos basilares que dão forma a uma área de conhecimento.

Abordagem jurídica
Como entender o Sistema de Administração de Empresas e o Direito? Conforme foi dito,
o Direito também é um sistema, podemos até ousar e definir esses sistemas da seguinte
forma:

Economia

Administração

Direito
Administração de
empresas.

Figura 1: Sistemas e Subsistemas

A figura acima é uma tentativa reducionista de demonstrar os reflexos que um sistema tem
em outro. Digo reducionista porque pensar em sistema não é tão simples. O raciocínio
precisa ser abstrato, de difícil demonstração prática, porque envolve interligações e
relações complexas de um sistema no outro. Pode ser representado também conforme a
figura abaixo.

Economia

Direito Administração de
Empresas

Administração

Figura 2: Sistemas e Subsistemas intersecções

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A figura 2 também pode fornecer essa idéia de representação dos sistemas e subsistemas,
talvez até um pouco melhor que a figura 1, porque mostra que há pontos que se relacionam
e aqueles que não se relacionam e ao mesmo tempo dá a idéia de relações.

De qualquer forma, as figuras ajudam a encaminhar o pensamento.

Assim, note que o direito é amplo, se aplica a vários outros sistemas ou subsistemas. A
Economia como área de estudo tem subsistemas, assim como a área da Administração que
é nosso objeto de estudo dentro do Direito. A área da Administração tem várias
especificidades que compõem também um sistema.

REGIME JURÍDICO DA ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS


Este trabalho faz um corte predominantemente, na dogmática7 do Direito. Pense no
direito como um todo. Como assim? Tente pensar “no direito”. Você consegue?

Começam os questionamentos. O que é o direito? Para que serve? Por quê?


Em breves palavras, segundo Hans Kelsen: direito é a ciência do dever-ser. Somos
alguém um “ser” mas para conviver em sociedade “devemos” observar certas
regras. Se não observamos haverá sanção, ou seja, uma punição, que a sociedade
impõe para aqueles que desrespeitam as regras de convívio. Por exemplo: “Não
matar” é uma regra jurídica que a sociedade, através do direito, construiu para que
exista ordem social, ou seja, ordem pública.

Pense como seria difícil conviver numa sociedade na qual o direito permitisse fazer
justiça com as próprias mãos. O que o “ser” ( a pessoa) entendesse justo ou injusto,
passaria a ser mais relevante que o dever. Na verdade, Kelsen demonstrou que deve
existir um equilíbrio entre o ser e o dever-ser, ambos são importantes para o direito.
A justiça deve, portanto buscar sempre esse equilíbrio.
Assim como há inúmeras normas que regulam a vida em sociedade, setores da
economia também são normatizados, ou seja, há normas para tudo. Nesse sentido que
se entende a Administração de Empresas como um setor que está inserido dentro da
economia, do direito, da contabilidade, dentre outras ciências. Há normas gerais e
específicas para o setor.

É possível falar, então em Regime Jurídico da Administração de Empresas? Os


acadêmicos dividem-se quanto à conceituação exata da palavra regime, porém a idéia
é a mesma. Alguns chamam de ramo do direito o que outros definem como regime de
direito.

Só se pode dizer que é um ramo autônomo quando existem princípios que


lhe conferem autonomia própria no confronto com os demais ramos.

A tendência é de se relacionar o regime jurídico com o objeto e, portanto dizer que o


regime existe devido a essa relação. Ocorre que facilmente se demonstra o oposto,
pois não é o tema, mas a disciplina que lhe confere qualidade.

A visão jurídica que sempre se deve ter, em primeiro lugar, é procurar um conjunto de
regras, de princípios que se aplicam em dada situação. Dessa forma, seria inadequado
até esta data, dizer que existe um ramo do Direito de Administração de Empresas, o
que existe é o ramo do Direito Societário, Direito Comercial, e o próprio Direito Civil
(que traz regras de direito comercial. Há normas de outros ramos do direito que se
7
idem anterior.
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aplicam às Empresas. Por exemplo: regras de Direito Civil, Direito do Consumidor,
Direito Penal, Direito Tributário, Direito Ambiental, Direito Comercial.

Poderíamos dizer que uma parte dos ramos, acima mencionados, é diretamente
aplicável na Administração de Empresas e por isso não é menos útil afirmar que o
Regime Jurídico da Administração de Empresas é Público e Privado. Público
porque sofre influxos de Direito Público, como por exemplo tributário e ambiental,
dentre outros ramos, e Privado porque há regras dispositivas como as do Código
Comercial e Código Civil.

Por ser público e privado há normas cogentes7 e também normas dispositivas8

Ramos do Direito

Internacional Público

Privado

• Constitucional
positivo • Civil
• Penal
Público
Direito • Tributário
Nacional
• Administrativo
• Comercial
• Processual
• Econômico
• Eleitoral
• Ambiental
• Consumidor (etc..)

• Civil (parte)
Privado • Comercial
Natural

Figura 2: Ramos do Direito


Direito Natural
O homem sempre teve consciência de direitos fundamentais decorrentes de sua
natureza, que não viessem de pactos, contratos, convenções ou tratados. De uma
certa forma existem tendências gerais, comuns a todos os homens, de iguais
emoções, impulsionando-os. Atos humanos seriam acolhidos ou repudiados por uma
consciência coletiva, capaz, naturalmente de separar o bem, do mal. O certo do
errado, o direito do torto, o justo do injusto.

O direito natural é a idéia abstrata de direito, ou seja, aquilo que corresponde ao


sentimento de justiça da comunidade.

7
Normas de ordem pública, impostas – não são negociáveis. (Direito ambiental, tributário etc)
8
Normas que permitem negociação entre as partes envolvidas. (Direito Civil, Comercial)
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Os gregos criticavam as leis e mostravam-se céticos ao direito, porque diziam eles
que as leis eram feitas exclusivamente com motivações políticas, e ditadas por elas.
É famosa a passagem, que afirmavam que aquilo que é natural é em todos os
lugares. O mesmo fogo, diziam, que arde na Grécia arde na Pérsia, porém as leis
vigentes na Grécia divergem daquelas vigentes na Pérsia. Logo o fogo é natural; o
direito, simplesmente artificial.

Direito Positivo
Ao contrário do direito natural, o Direito Positivo é aquele conjunto de regras
elaborados e vigentes num determinado país em determinada época. São as normas,
as leis, todo o sistema normativo posto, ou seja, vigente no país.

Exemplo: Código Civil, Código Penal, Código Comercial, Código de Defesa do


Consumidor, Leis esparsas...

DIREITO POSITIVO & DIREITO NATURAL


O direito positivo, por exemplo, uma lei, não obriga ao pagamento de duplicata
prescrita, ao passo que para o direito natural esse pagamento seria devido e correto.

Direito Internacional

PÚBLICO
É um conjunto de normas que regulam as relações entre os Estados membros da
comunidade internacional e organismos análogos.
Exemplo1: ONU (Organização das Nações Unidas), OIT (Organização
Internacional do Trabalho).
Exemplo2: Tratado de Kyoto, Declaração Universal dos Direitos Humanos, etc.
-A sociedade internacional caracteriza-se por ser universal, igualitária, aberta, sem
organização rígida e com Direito originário.
- Universal porque abrange todos os entes do Globo terrestre.
- Igualitária porque supõe igualdade formal entre os seus membros.
- Aberta porque todos os entes, ao reunirem certas condições, dela se tornam
membros sem necessidade de aprovação dos demais.
-A cooperação internacional é a regra que motiva o relacionamento entre os
membros, portanto, não há hierarquia entre as normas internacionais e as normas
internas de um país.

PRIVADO
É um conjunto de normas internas de cada país, elaboradas e instituídas
especialmente para definir se em determinados casos se aplicará a lei interna ou a lei
de outro país. Pelo Direito Internacional Privado regula-se;
• Conflito de leis no espaço
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• O comércio entre empresas privadas, com sede em países diferentes
• A situação do estrangeiro
• A nacionalidade
• A validade ou não de sentenças estrangeiras
• Bens referentes à legitima de estrangeiro, etc..

Direito Nacional

É o sistema legal elaborado para ser posto, vigente, em determinada época, dentro
das fronteiras de um país.

Só é válido dentro da jurisdição do país que o elaborou. Não se aplica a países


vizinhos.

PÚBLICO
É composto predominantemente por normas de ordem pública , que são normas
imperativas, obrigatórias.
Exemplo: Se houve um homicídio, mesmo que a vítima concorde em não punir o
assassino, haverá punição, pois se trata de norma de ordem pública, prevista no
Código Penal.

PRIVADO
É composto predominantemente por normas de ordem privada, o que significa dizer
que são normas de caráter supletivo, vigoram apenas enquanto os interessados não
dispuserem do contrário, ou seja, enquanto a vontade deles permanecer, a norma é
lei entre as partes.

Exemplo1: um contrato de compra e venda, celebrado entre uma empresa e alguém


que quer vender um automóvel. A empresa compra o automóvel. Se houver
desistência do negócio, ou qualquer aditamento no contrato, valerá o que foi
estipulado pela primeira vez no contrato.
Exemplo2: A divisão de despesas com a construção de um muro. As partes (as
pessoas envolvidas) podem dispensar a divisão, ou até omitirem-se quanto a isso,
pois se trata de norma de ordem privada e precisa ser combinada. Art.588 δ 1o do
Código Civil.

FONTES DO DIREITO

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O direito tem várias fontes, ou seja, origem, inicio.
a. DIRETAS

- Normas
1. Constituição (Federal / Estadual)
2. Lei complementar
3. Tratados e Convenções Internacionais
4. Lei ordinária
5. Lei delegada
6. Medidas Provisórias
7. Decretos
8. Regulamentos complementares
(NR, Resolução, Instruções, Portarias, Circulares, etc..)
-
-
- Costumes
É a reiteração constante de uma conduta, na convicção de ser a
mesma obrigatória, ou seja, uma prática geral aceita como sendo o
direito. Exemplo: Fazer fila para pegar o ônibus, ou para entrar no
teatro.
Na falta de lei sobre determinado assunto o Juiz pode se valer do
costume.(art.4o. da Lei de Introdução ao Código Civil)

b. INDIRETAS
- Doutrina
O sistema legal, incluindo as normas, nestas as leis, precisa ser
interpretado. Essa interpretação não é feita só pelo judiciário. Aliás o
judiciário, muitas vezes, para fazer sua interpretação se socorre da
doutrina. Assim, a doutrina é uma interpretação realizada por
estudiosos da matéria, e pode ser considerada nos;
• Tratados;
• Seminários; (cujos debates foram publicados)
• Pareceres;
• Obras intelectuais como livros;
• Monografias.

- Jurisprudência
São decisões reiteradas dos tribunais. É a interpretação realizada
por juízes de todas as instâncias, e que servem de fonte para outros
juízes.

Hierarquia das normas

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É sempre bom lembrar que o ordenamento jurídico brasileiro é construído de forma a
obedecer uma hierarquia. Hans Kelsen foi o teórico que desenvolveu a idéia de uma
pirâmide jurídica, na qual a Constituição está no ápice. No segundo patamar encontram-se
as leis ordinárias e complementares9; no terceiro os decretos, atos normativos,
deliberações, instruções normativas dentre outros atos regulamentadores; e por fim os
contratos firmados entre as pessoas.

Constituição

Leis (ordinárias/complementares)

Decretos, Atos Normativos, etc..

Contratos

Figura 3: Hierarquia das normas

Dentre as leis existem normas gerais e específicas. As leis específicas derrogam as leis
gerais no que for contrário, ou seja, a lei específica é que irá prevalecer se existir
contradição com a lei geral.

Para a Administração de Empresas, conforme mencionado anteriormente, aplica-se toda a


legislação pertinente à sociedade civil, como por exemplo;
• Código Civil
• Código Penal
• Código Processual
• Código de Defesa do Consumidor

Assim, regras de responsabilidade civil que devem ser observadas por toda a sociedade
também devem ser pelos administradores.

O enfoque é dirigido para a legislação comum, ou seja, para o segundo degrau da hierarquia
das normas. Os regulamentos, por serem inúmeros não serão objeto de análise, exceto
alguns de crucial importância didática para a compreensão da sistemática jurídica voltada
para o setor privado.

Tipos normativos

9
A doutrina discute se os tratados internacionais têm status legal ou Constitucional. Alguns defendem que: se os tratados
internacionais versarem sobre direitos fundamentais da pessoa humana será acolhido no nosso ordenamento com status
Constitucional, do contrário será Lei Ordinária.
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Norma fundamental
- Consiste na lei maior, denominada também de carta magna, vincula todos os
ramos do direito e invalida as leis que com ela não estejam em harmonia.

- Enquanto na Federação prevalece a Constituição Federal, nos Estados federados


existem as Constituições estaduais, que devem guardar um paralelismo com a
Constituição Federal.

- Hans Kelsen foi o precursor do modelo de normas, onde as normas legais


retiram validade das regras imediatamente superiores, até chegar ao ápice da
pirâmide, onde está a Constituição, que é o fundamento de todo o ordenamento
jurídico estatal. Assim, a lei ordinária não pode conter dispositivo contrário à
Constituição. Nem o decreto ou a portaria pode afrontar a lei ordinária.

Lei ordinária

Dois aspectos básicos para se caracterizar uma lei ordinária:


- refere-se à matéria e à votação.

- Leis ordinárias são aquelas que relacionadas a qualquer tipo de assunto. Aos
assuntos que exigem maior rigor na votação é reservado para leis
complementares.

- Votação : maioria simples = 50% + 1 dos presentes à sessão legislativa. (art.47


CF)

Lei Complementar

- Quanto à matéria, às leis complementares são reservadas matérias específicas, e


a Constituição sempre determina a utilização de lei complementar para referida
matéria.

- Votação: maioria absoluta = 50% + 1 dos membros da casa. Art.47 e 69 CF

Vigência da Lei
• O diploma legal que dispõe sobre a vigência da Lei é o Decreto-Lei 4.657/42
que é denominado de Lei de Introdução ao Código Civil – LICC.

PRINCÍPIO DA OBRIGATORIEDADE DAS LEIS

• Segundo a Lei de Introdução ao Código Civil, ninguém pode alegar que não
conhece a lei, ou seja, ninguém pode evitar cumprir a lei simplesmente alegando
ignorância. (art.3o.)

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PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE DAS LEIS
• Só a lei pode revogar a lei. Isso significa que é preciso observar a Hierarquia das
Leis para entender a funcionalidade de cada norma, ou seja, um Decreto não
pode revogar uma lei, pois tem uma funcionalidade especifica, regulamentadora.
A lei pode mais do que o Decreto. O Decreto pode menos que a lei, assim por
definição dialética quem pode mais pode o menos mas quem pode o menos não
pode o mais.

• Assim, a Lei pode revogar um Decreto mas um Decreto não pode revogar uma
Lei.

• Medida Provisória pode revogar lei?

o Não, Medida Provisória não é propriamente uma lei, é ato do executivo


com força de lei.
o A Medida Provisória suspende a eficácia de lei anterior.
o Se convertida em lei – revoga a lei anterior
o Se rejeitada restaura-se a eficácia da lei anterior.
o O que acontece com os contratos e relações jurídicas que se firmaram na
vigência da MP que foi rejeitada posteriormente?
 Não se aplica nem a MP nem a lei anterior
 A CF diz que o Congresso Nacional deve disciplinar essas
relações baixando um Decreto Legislativo. (art.62 δ único)

PERDA DA VALIDADE DA LEI


• Existem duas formas da lei perder a validade:
o Por REVOGAÇÃO
 Efeito produzido por nova lei, a lei perde a eficácia.
o INEFICÁCIA
 É quando a lei, apesar de vigente não pode ser aplicada. A lei perde a
eficácia sem ser revogada.
• Formas de Ineficácia:
o CADUCIDADE; surge situação cronológica ou
factual que torna a lei inválida. Alguns chamam de
autorevogação. Ex.Leis temporárias, Excepcionais
(Estado de sitio).

o DESUSO; cessa o pressuposto de aplicação da


lei.Ex.Lei proíbe caça às baleias, todas morrem, não
pode ser aplicada porque não existem mais baleias.

o LEI INCONSTITUCIONAL; (Declarada pelo STF)

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 Por Ação Direta de Inconstitucionalidade, a
simples decisão já torna a lei ineficaz.
Controle Concentrado.
 Se for por Controle Difuso além da decisão do
STF é preciso resolução do Senado
suspendendo a eficácia da lei.
 OBS.A decisão não revoga a lei apenas a torna
inútil.

“VACATIO LEGIS”

o Período entre a publicação e a efetiva entrada em vigor de uma lei.


o Não é obrigatório.
o Não é Princípio Constitucional.

Em regra funciona da seguinte forma:

o No silêncio  começa a vigorar 45 dias após a publicação.(art.1o LICC)


o Se expressa a data  começa a vigorar na data que consta no texto da lei.
o Lei brasileira para
ser aplicada a quem
está no exterior  começa a vigorar 90 dias após a publicação

Irretroatividade da lei

o A Lei é editada para reger situações futuras.


o A Lei pode retroagir?

o Em regra não, exceto se existir cláusula expressa de retroatividade.


o Ou, SIM desde que exista cláusula expressa de retroatividade.
o A lei não pode violar o direito adquirido, ato jurídico perfeito e a coisa
julgada. (art.5o XXXVI combinado com art.6o da LICC).

Interpretação das Leis (Hermenêutica)

o O intérprete busca a vontade da lei ou do legislador?


o Corrente dominante: O intérprete deve buscar a vontade da lei. A vontade do
legislador é estática e com o tempo torna-se ultrapassada, ao passo que a
vontade da lei é dinâmica e se adapta às vontades sociais.

o Quem pode interpretar as leis?


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o JUÍZES: por meio de decisões judiciais. Não é obrigatória porque outros
juízes poderão interpretar diferentemente. Não existe súmula vinculante.

o DOUTRINA: (Livros, monografias, teses etc.) interpretação doutrinária ou


científica. Nunca é obrigatória.

o LEGISLADOR: Ao baixar uma Lei interpretativa, chamada interpretação


autêntica ou legislativa.

o Meios utilizados na interpretação;


o MEIO GRAMATICAL (literal)
o LÓGICO OU TELEOLÓGICO
 Busca a razão da lei. O intérprete se vale da interpretação
sistemática, comparada, histórica e outros.

o MÉTODO SISTEMÁTICO
o O intérprete compara os diversos dispositivos legais
para buscar a “razão da lei”.
o MÉTODO COMPARADO
o Confrontação da lei brasileira com o direito
estrangeiro.
o MÉTODO HISTÓRICO
o Origem da lei, as discussões, vetos, situação
econômica que o país atravessava na época.

TRATADOS E CONVENÇÕES INTERNACIONAIS

CONCEITO: Acordo formal concluído entre sujeitos de direito internacional, destinado a


produzir efeitos jurídicos na órbita internacional (Carlos Roberto Husek pg.62)

TERMINOLOGIA: Tratado, convenção, carta, pacto, “modus vivendi”ato, estatuto,


declaração, protocolo, acordo, ajuste, compromisso, convênio, memorando, regulamento,
concordata.

PROCEDIMENTO: Para que tratados e Convenções Internacionais passem a integrar a


legislação do país, no caso o Brasil, devem passar pelo seguinte procedimento solene:
- Ser assinado pelo Presidente da República ou Representante;
- Ser aprovado por decreto legislativo (art.49 I CF) e;
- Ser promulgado por Decreto do Executivo (art.84 IV CF)

Os tratados após serem promulgados pelo Executivo, incorporam-se ao direito


interno, com força de lei ordinária. Existe, porém uma corrente que entende que
tratados e convenções que tratam de matérias sensíveis a direitos e garantias
fundamentais incorporam-se ao direito interno com força constitucional.
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Fundamento normativo: Art.5º § 2º da Constituição Federal.

Espécies de Tratados

Normativos (Resolução 158 da OIT)


Contratuais (Tratado da Amizade URSS X países comunistas da Europa)

Tratados Normativos
• Estabelecem regras de interesse geral.
• Os Estados se obrigam ao cumprimento do tratado desde que esse
tratado transforme-se em norma interna.
• O tratado normativo estabelece regras gerais entre

Tratados Contratuais
• Estabelecem regras particulares entre os que assinam o taratado.
• Tem eficácia entre as partes contratantes.

Noções de Direito Constitucional

Constituição

O que é Constituição?

A palavra “Constituição” tem vários significados, tais como:


1- Conjunto de elementos essenciais de alguma coisa: a constituição do
Universo, a Constituição de corpos sólidos;
2- Temperamento, compleição do corpo humano: uma constituição psicológica
explosiva, uma constituição robusta”;
3- Organização, formação: a constituição de uma assembléia, a constituição de
uma comissão;
4- O ato de estabelecer juridicamente: a constituição de dote, de renda, de uma
sociedade anônima;
5- Conjunto de normas que regem uma corporação, uma instituição: a
constituição da propriedade;
6- A lei fundamental de um Estado10.

Para o Professor e ex-Secretario de Segurança Pública do Estado de São Paulo José


Afonso da Silva, todas essas acepções são analógicas. Todas exprimem a idéia de modo

10
Estado tem dois sentidos. 1- Estado como soberania, país; 2- Estado como Estado da Federação, ou seja,
Estado de São Paulo, Estado do Rio de Janeiro etc..
Noções de Direito aplicadas ao curso de Administração de Empresas 19
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de ser de alguma coisa e, por extensão, a de organização interna de seres e entidades.
Nesse sentido é que se diz que todo Estado tem Constituição, que é o simples modo de
ser do Estado.11

Como se faz a constituição?


Constituição -> É um Poder Jurídico

Poder de fazer a constituição


- Não é jurídico, é de fato (político)

PODER CONSTITUINTE ORIGINÁRIO


-inicial (inaugura nova ordem e revoga a anterior)
-ilimitado (pode colocar nessa nova ordem o que bem entender)
-incondicionado (não está preso a condições pré-estipuladas)
Titular do Poder Constituinte
-é o povo

PODER CONSTITUINTE DERIVADO


-criado para modificar a Constituição (denominado de competência reformadora)

-Titular -> é o povo


-Quem exerce? -> o Congresso Nacional (art.59 e 60)

Características
-não é inicial
-é condicionado (art.60)
-é limitado

EFICÁCIA DAS NORMAS CONSTITUCIONAIS


- Não existe norma constitucional sem eficácia
- Todas as normas constitucionais algum efeito produz

Tipos
-Executáveis
-Não auto-executáveis

Eficácia
Plena (forte)
-sozinhas esgotam toda a vontade do legislador constitucional. Não podem ser
diminuídas.
-não precisa de outra legislação
11
SILVA, José Afonso da. “Curso de Direito Constitucional Positivo”, São Paulo, Malheiros Editores,
1997.pgs.41-42.
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Ex.Todos são iguais perante a lei.
Ex.Regras de competência

Contida (forte)
-é uma norma de eficácia plena mas permite que o legislador infra-constitucional
reduza seus efeitos.
-Vale mesmo antes da lei que vai disciplinar.
Ex.art.5o XII Exame da ordem.
Enquanto não surgir lei está valendo o direito.

Limitada (fraca)
-não produzem efeitos plenos, são normas consideradas sem nenhum efeito pela
doutrina.
-Só valerá após a lei ser promulgada.
-Os efeitos da norma constitucional são limitados à promulgação de uma lei. A
doutrina traz duas espécies:
1o Norma Constitucional limitada de cunho programático-> depende de lei
complementar.
Ex.1direito de greve.
Ex.2 art.180 CF promoção e incentivo ao turismo.
2o Norma Constitucional limitada instituidora de princípio organizativo.
-traçam tarefas, programas para o Estado.
Ex.art.224 CF O Congresso Nacional instituirá o Conselho de Comunicação Social.

LEGISLAÇÃO COMUM

-são normas infra-constitucionais, normas de dever-ser estabelecidas por uma


autoridade.
-não são verídicas ou inverídicas, mas válidas ou inválidas.
-devem estar em sintonia com a Constituição da República.

Poder do Estado

Divisão Orgânica do Poder - Tripartição


O Poder do Estado é uno, mas a doutrina fala em divisão de Poder ou seja, apesar do
poder ser um só, existe uma tripartição desse poder com relação às funções.
Função Típica e Atípica
Cada órgão do Poder exerce, preponderantemente uma função e secundariamente as duas
outras. Da preponderância advém a tipicidade da função; da secundariedade a atipicidade.
As funções típicas do legislativo, executivo e judiciário, são em razão da preponderância,
legislar, executar e julgar respectivamente.

Noções de Direito aplicadas ao curso de Administração de Empresas 21


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Ex. O legislativo atipicamente também administra12 e julga13 (art.51 IV e 52 XIII CF)

União
Estados
Organização Político-Administrativa DF
Municípios
Territórios

Figura 4: Organização político-administrativa do Estado

O Brasil é uma República Federativa formada pela ligação indissolúvel dos Estados,
Municípios, Distrito Federal e da União (arts.1o. e 18 da CF). A União detém a soberania
nacional, consistente num poder interno supremo. Os demais entes públicos têm autonomia
local.

Da Ordem Econômica e Financeira


AS ATIVIDADES DE ADMINISTRAÇÃO COMO ATIVIDADES ECONÔMICAS
REGULADAS PELAS NORMAS CONSTITUCIONAIS.

A Constituição Federal trata nos arts. 170 a 192 da Ordem Econômica e Financeira, que
inclui:
 Capítulo I – Dos princípios Gerais da Atividade Econômica (arts.170 a 181)
 Capítulo II- Da política urbana (arts.182 a 183)
 Capítulo III-Da política agrícola e fundiária e da reforma agrária (arts.184 a 191)
 Capítulo IV-Do sistema Financeiro Nacional (art.192)

As LIMITAÇÕES constituem formas de intervenção por via legal. (Ex.abuso do poder


econômico, ato administrativo do CADE – Conselho Administrativo de Defesa Econômica,
baseado na Lei 8.884/94)

Mas os FOMENTO nem sempre demanda de lei.(implantação de infra-estrutura, concessão


de financiamento por instituições oficiais –BNDES, apoio tecnológico)

Limitações
Intervenção
Estatal
12
Licitação para compra de material administrativo, computadores etc.
13
CPI – Comissão Parlamentar de Inquérito e Processos Administrativos.
Noções de Direito aplicadas ao curso de Administração de Empresas 22
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Fomento

Figura 5: Intervenção Estatal

Obviamente qualquer intervenção do Estado, seja por meio de limitações ou fomento terá
impacto para as empresas privadas.

NOÇÕES DE DIREITO CIVIL

Pessoas
As pessoas podem ser titulares de direitos e passíveis de deveres, dividindo-se em duas
espécies básicas:
1. Pessoa Física
2. Pessoa Jurídica

Conforme a Lei 10.406/02, Código Civil, as Pessoas se dividem em:

PESSOA NATURAL
1. Absolutamente incapazes para exercerem atos da vida civil (art.3o.)
• menores de 16 anos
• deficientes mentais ou enfermos (que não tiverem discernimento para a
prática de atos)
• os que por causa transitória não puderem exprimir sua vontade.

2. Relativamente incapazes
1. Maiores de 16 e menores de 18 anos
2. Ébrios habituais
3. viciados em tóxicos
4. deficiente mental com discernimento reduzido
5. excepcionais (sem desenvolvimento mental completo)
6. pródigos

A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica habilitada à
prática de todos os atos da vida civil.

Cessará para os menores a incapacidade:

1. pela concessão dos pais ou sentença do juiz.


2. casamento
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3. exercício de emprego público efetivo.
4. colação de grau em curso de ensino superior
5. estabelecimento civil ou comercial.

PESSOA JURÍDICA
(ART.40 do Código Civil)
1. DE DIREITO PÚBLICO
1.1. Interno
1.1.1. União
1.1.2. Estados, DF e territórios
1.1.3. Municípios
1.1.4. Autarquias
1.1.5. Demais entidades de caráter público criadas por lei.
1.2. Externo
1.2.1. Estados estrangeiros
1.2.2. Pessoas que forem regidas pelo direito internacional público

2. DE DIREITO PRIVADO
2.1. associações
2.2. sociedades
2.3. fundações
2.4. organizações religiosas
2.5. partidos políticos

Bens
(art.79 do Código Civil)

Considerados em si mesmos.

1.1. Imóveis
1.2. Móveis
1.3. Fungíveis e consumíveis
1.3.1. São fungíveis os bens móveis que podem substituir-se por outros da mesma
espécie, qualidade e quantidade. (cadeira)
1.3.2. São consumíveis bens móveis cujo uso importa destruição imediata da
própria substância. (feijão)
1.4. Divisíveis
1.4.1. Os que se podem fracionar sem alteração na sua substância, diminuição
considerável de valor ou prejuízo do uso a que se destinam. (Ex.chocolate)
1.5. Singulares e Coletivos
1.5.1. São singulares os bens que embora reunidos, se consideram de per si,
independentemente dos demais. (Ex.porteira fechada – casa com tudo o que
tem dentro)

Noções de Direito aplicadas ao curso de Administração de Empresas 24


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Bens Públicos

• de uso comum do povo (rios, mares, estradas, ruas)


• de uso especial (edifícios, terrenos do Poder Publico – utilizado)
• dominicais (patrimônio das pessoas jurídicas de direito público)

Fato Jurídico

São os acontecimentos em virtude dos quais as relações de direito nascem, se


transformam e se extinguem (Savigny)

Em sentido amplo:
1. FATOS NATURAIS
1.1. morte, nascimento, inundação

2. ATOS HUMANOS
2.1. Atos Jurídicos (contratos, casamento, testamento – conforme as normas jurídicas).
2.2. Atos Ilícitos (estelionato, homicídio, agressão – contrário ao direito).

Contratos
Os contratos são atos jurídicos que uma vez celebrados fazem nascer uma relação de
direitos e obrigações entre aqueles que o formalizam.

É bom salientar que essas provas não são taxativas, ajudam apenas a caracterizar uma
relação contratual. A relação contratual também pode ser provada por outros meios, como
testemunhas por exemplo.

NOÇÕES DE DIREITO DO CONSUMIDOR

Responsabilidade civil
Direito do Consumidor pode ser classificado como uma variação do Direito Civil. Alguns
autores classificam separadamente, outros destacam essa variação.

A responsabilidade civil nada mais é do que o dever de indenizar o dano que surge sempre
quando alguém deixa de cumprir um preceito estabelecido num contrato ou quando deixa
de observar o sistema normativo que rege a vida do cidadão.

contratual Decorre de acordo entre as partes

Subjetiva Ato ilícito


extracontratual culpa

Ato lícito
pura
Objetiva
Fato jurídico
risco aplicadas ao curso de Administração de Empresas
Noções de Direito 25
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impura
Responsabilidade
de terceiro

Fato do animal ou
coisa inanimada

Figura 6: Responsabilidade Civil

A responsabilidade extracontratual objetiva está prevista no art. 12 da Lei 8078/90 denominada


Código do Consumidor, bem como nos artigos 931, 932 III e IV e 933 do Novo Código Civil, Lei
10.406/02.

NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO

Princípios da Administração Pública

Conceitos Exemplos
 LEGALIDADE
o Esse princípio constitui umas das 1. Se uma Autarquia Federal quer cobrar uma taxa de
serviço de fiscalização, e não existe nenhuma lei que
principais garantias de respeito aos
mencione isso. A Autarquia não poderá cobrar essa
direitos individuais. Isto porque a
taxa. A administração só pode fazer o que a lei
lei, ao mesmo tempo em que os
determina.
define, estabelece também os
limites de atuação administrativa
2. Se um empreendimento empresarial, ao fazer
que tenha por objeto a restrição ao
terraplanagem para construção de uma de suas
exercício de tais direitos em
unidades encontra objetos antigos e decide cobrar das
benefício da coletividade.14
pessoas que querem visitar o terreno para ver esses
objetos caso não exista lei proibindo, a empresa
o Assim, com uma dicotomia inversa
poderá fazer isso. Porém se existir lei que atribua
a Administração Pública só pode
valor de interesse público, desapropriando esses bens
fazer aquilo que a lei determina,
a empresa não poderá exibi-los sob cobrança dos
enquanto o particular pode fazer
visitantes. Assim o particular pode fazer tudo aquilo
tudo aquilo que a lei não proíbe.
que a lei não proíbe.
Para o particular se aplica o
princípio da autonomia da vontade,
enquanto para a Administração
Pública o princípio da legalidade.

 SUPREMACIA DO INTERESSE
PÚBLICO 1- Direito de Propriedade. Um cidadão tem uma
casa. Paga os impostos e usufrui o bem
adequadamente. O Município do local onde
14
DI PIETRO, Maria Sylvia.Direito Administrativo. Atlas, S.Paulo, 2001.p.67
Noções de Direito aplicadas ao curso de Administração de Empresas 26
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o Este princípio é também chamado essa propriedade esta localizada decide
de princípio da finalidade pública, construir um viaduto que passará bem em
está presente tanto no momento de cima da propriedade referida. Para isso será
elaboração da lei, quanto no necessário desapropriar o imóvel. O que
momento de sua execução pela entra em choque será o Direito de
Administração Pública. Ele inspira Propriedade e o Princípio da Supremacia do
o legislador e vincula a autoridade Interesse Público. É claro que o interesse
administrativa em toda a sua público de construir um viaduto no local que
atuação. beneficiará muitas pessoas acaba
prevalecendo em detrimento do interesse de
Pode-se dizer que o direito público somente começou um único indivíduo. (Ressalva-se as
a se desenvolver quando, depois de superado o exceções para as hipóteses de ilegalidade no
primado do Direito Civil (que durou muitos séculos) e processo de desapropriação)
o individualismo que tomou conta dos vários setores
da ciência, inclusive a do direito, substituiu-se a idéia 2- Direito de Propriedade art.5o. XXIII da CF.
do homem como fim único do direito (própria do
individualismo) pelo princípio que hoje serve de 3- Função Social da Propriedade art.182 δ 2o.
fundamento para todo o direito público e que vincula e 4o. da CF.
a Administração em todas as suas decisões: o de que
os interesses públicos têm supremacia sobre os
individuais.15

 PUBLICIDADE
o O princípio da publicidade inserido 1. O Código de defesa do Consumidor no art.37
no art.37 da CF, exige a ampla δ 1o. refere-se à publicidade e no δ 2o. do
divulgação dos atos praticados pela mesmo artigo à propaganda.
administração pública, ressalvadas
as hipóteses de sigilo previstas em Publicidade = informações técnicas
lei. δ 1o. “É enganosa qualquer modalidade de
 Defesa da intimidade ou informação ou comunicação de caráter publicitário,
interesse social (art.5o. LX) inteira ou parcialmente falsa, ou por qualquer outro
 Acesso à informação modo, mesmo por omissão, capaz de induzir em erro
resguardado o sigilo da o consumidor a respeito da natureza, características,
fonte, quando necessário qualidade, quantidade, propriedades, origem, preço e
ao exercício profissional. quaisquer outros dados sobre produtos e serviços.”
(art.5o.XIV). (grifos nossos)

o A lei 4.680/65 (Lei de propaganda) Propaganda = persuasão


define propaganda e publicidade δ 2o. “É abusiva, dentre outras, a publicidade
como sinônimos, mas atualmente é discriminatória de qualquer natureza, a que incite à
possível distinguir publicidade e violência, explore o medo ou a superstição, se
propaganda segundo a situação que aproveite da deficiência de julgamento e experiência
estejam relacionadas. Sob o ângulo da criança, desrespeite valores ambientais, ou que seja
caracterizador dos dois vocábulos, a capaz de induzir o consumidor a se comportar de
propaganda traz o sentido de forma prejudicial ou perigosa à sua saúde ou
persuasão, de comunicação segurança.” (grifos nossos)
persuasiva, já na publicidade se
reconhece prioritariamente o 2- Nas audiências realizadas no Fórum o Princípio da
objetivo de informar. Publicidade é aplicado ao se permitir que pessoas
o Para alguns autores a propaganda estranhas ao processo tenham o direito de assistir à
sessão, exceto nas varas de família e sucessão que
seria espécie do gênero publicidade,
segue o art. 5o. da CF que determina sigilo em caso de
consistente em arte ou ciência de
defesa da intimidade ou interesse social. Assim
15
DI PIETRO, Maria Sylvia.Ob.citada.p.68
Noções de Direito aplicadas ao curso de Administração de Empresas 27
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indução do consumidor a preferir processos de separação de casais, por exemplo,
produto ou serviço cuja qualidade correm em segredo de justiça.
proclama.

IMPESSOALIDADE
 Tem dois sentidos: em relação aos 1- Um ex-prefeito da Capital do Estado de São
administrados e em relação à própria Paulo, tinha um desafeto. Na tentativa de
administração. atingi-lo decretou a desapropriação de um
o Em relação aos administrados está imóvel que pertencia à essa pessoa. Como o
relacionado com a finalidade ocupante de um cargo público não pode
pública, ou seja, a administração prejudicar nem beneficiar particulares no
não pode atuar com vistas a exercício de sua função esse ex-prefeito feriu
prejudicar ou beneficiar o o princípio da impessoalidade, pois misturou
particular, uma vez que é sempre o assuntos pessoais com a atividade
interesse público que deve nortear administrativa, ou seja, não havia interesse
seu comportamento. público na desapropriação e sim interesse
pessoal.
Quanto à Administração, os atos administrativos são
imputáveis não ao funcionário que o pratica, mas ao
órgão ou entidade administrativa da Administração
Pública. O órgão é o autor do ato e não o funcionário.

 CONTINUIDADE DO SERVIÇO
PÚBLICO
o Por esse princípio entende-se que o 1- A empresa “X” participa de uma licitação
serviço público, sendo a forma pela com o poder público e é contratada para
qual Estado desempenha funções realizar a construção de um Hospital. O país
essenciais ou necessárias à começa a atravessar uma crise econômica, e
coletividade, não pode parar. Dele planos são baixados, e a Administração
decorrem conseqüências Pública suspende o pagamento de todos os
importantes: contratos por um tempo determinado. A
 Proibição de greve nos empresa “X” inconformada, paralisa a obra.
serviços públicos; (a greve Em conformidade com o Princípio da
só é admitida com certos Continuidade do Serviço Público a
limites art.37 VII CF) Administração poderá por si utilizar-se dos
equipamentos e instalações da empresa
 Faculdade que se contratada para dar continuidade à obra.
reconhece à Administração
de utilizar os
equipamentos e instalações
da empresa com quem ela
contrata, para assegurar a
continuidade do serviço
público.

Atos Administrativos

Ato de competência vinculada.

Noções de Direito aplicadas ao curso de Administração de Empresas 28


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A Administração Pública para desempenhar suas funções deve observar a lei. O Poder que
detém é limitado pelo princípio da legalidade, que restringe as ações da Administração
Pública de forma a impedir abusos e arbitrariedades das autoridades.

Assim, os atos de uma autoridade administrativa estão vinculados à lei, ou seja, a


Administração só pode fazer tudo aquilo que a lei determina.

Ato de competência discricionária.

A discricionariedade significa uma margem de atuação que a autoridade administrativa


dispõe, dentro da própria lei. É uma possibilidade de escolha que a lei dispõe ao
administrador para que ele possa decidir segundo critérios de oportunidade e conveniência,
justiça e razoabilidade. A discricionariedade implica liberdade de atuação nos limites
traçados pela lei. Se a Administração ultrapassa esses limites sua decisão passa a ser
arbitrária, ou seja, contrária à lei.

Diante de um caso concreto a lei apresenta:


Vinculado Uma única solução possível.

Discricionário Escolha de uma ou mais soluções segundo critérios de


conveniência e oportunidade.

Ex. Um auditor fiscal do Ministério do Trabalho realiza uma fiscalização na Empresa V5”
que tem uma unidade em construção. O Auditor constata vários problemas de segurança.
Os empregados estão expostos a riscos de saúde pela falta de saneamento básico como
banheiros inadequados; de integridade física pela falta de capacetes e EPIs (equipamento de
proteção individual). A lei e normas regulamentadoras exigem essas providências. De
acordo com os critérios de conveniência e oportunidade a autoridade administrativa
poderá:
1- Notificar a empresa para regularizar a situação em prazo determinado;
2- Multar e exigir a regularização dentro de determinado prazo;
3- Embargar (suspender a obra), multar e exigir a regularização dentro de
determinado prazo.
4- Embargar e exigir a regularização dentro de determinado prazo.

Autarquia Federal
Os teóricos dividem a Administração Pública em Direta e Indireta. A Administração
Pública Direta é composta por órgãos da Administração, ou seja, Ministérios, Secretarias,
Delegacias Regionais, enquanto a Administração Pública Indireta, segundo grande maioria
dos administrativistas, é composta por:
• Autarquias
• Fundações
• Sociedades de Economia Mista
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• Entes em colaboração com a Administração (Concessionárias, Permissionárias de
serviços públicos.

Infelizmente não há espaço neste trabalho para discorrer sobre cada uma delas, por isso
como o enfoque é a Administração de Empresas foi necessário falar do tema para situar
alguns órgãos reguladores do setor como as Agências Reguladoras que são autarquias.

NOÇÕES DE DIREITO TRIBUTÁRIO

• O ramo do Direito Tributário estuda os princípios e normas jurídicas que


disciplinam:

o Tributação Estado Pessoa União


Política Estados membros
Municípios
Distrito Federal

Figura 7: Tributação
o Ação Estatal de exigir tributos
o Relações jurídicas que se estabelecem entre o fisco e contribuinte

O direito tributário se preocupa fundamentalmente com o tributo.

Tributo
• É um instituto jurídico especial porque alcança:
o A liberdade e
o A propriedade das pessoas

• CONCEITO: é obrigação “ex lege” em moeda que não se constitui em sanção de


ato ilícito16 e que tem como sujeito ativo (credor) normalmente uma pessoa política;
e como sujeito passivo (devedor) qualquer pessoa apontada pela lei da entidade
tributante.

• O que faz nascer o tributo é o fato imponível, ou seja, o fato gerador “in concreto”

• Conforme a lei (art.3o.CTN) nenhum tributo pode nascer de ato ilícito. Ex.Imposto
sobre o jogo do bicho.

Obrigação Tributária
• Tanto faz falar em Tributo ou em obrigação tributária. O que importa é que existe
uma relação jurídica e, portanto tem:
Sujeito ativo
16
Ou seja, o tributo não é multa tem por pressuposto a prática de um fato lícito qualquer. A multa nasce de
uma ilicitude.
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É o credor do tributo, aquele que tem o direito subjetivo de cobrar o tributo.
É quem tema competência tributária e capacidade tributária ativa. Essa
capacidade é delegável a terceiros para ARRECADAR tributo.

COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA # CAPACIDADE TRIBUTÁRIA


Indelegável Delegável

PARAFISCALIDADE
É a delegação de capacidade tributária ativa que
a pessoa política por meio de lei faz a 3a. pessoa
a qual por disposição dessa mesma lei passa a
dispor do produto arrecadador.
Ex.INSS tem capacidade para arrecadar as
contribuições previdenciárias conforme Lei
Ordinária por delegação da União.

Portanto: Tributos são normalmente arrecadados pela própria pessoa


política e excepcionalmente por terceiros.

Sujeito Passivo

• É a pessoa que tem o dever jurídico de efetuar o pagamento do tributo.


• É a pessoa que tem capacidade tributária passiva.

1. Pessoa políticas (pode-se dizer que não têm capacidade passiva plena porque
não são alcançadas pelos tributos)
2. Empresas públicas e Sociedades de Economia Mista (essas têm capacidade
tributária passiva plena)
3. Empresas privadas
4. Particulares.

Classificação dos Tributos

Tributo Impostos
Taxas
(art.145 CF) Contribuições de Melhoria

também • Empréstimos Compulsórios (combustíveis) (148 CF)


são considerados • Impostos extraordinários
tributos • Contribuições Parafiscais (Inss, OAB) (art.149 CF)
(não pacífico)

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Figura 8: Classificação dos Tributos

Impostos

• O tributo não é vinculado a uma atuação estatal. É exigido pelo Poder de Império do
Estado.
• O imposto é um tipo de tributo que tem como Hipótese de Incidência um
comportamento do contribuinte ou uma situação jurídica na qual ele se acha. (Ex.
compra de um veículo - IPVA, compra de um imóvel - ITBI)

Pessoa Política Norma Imposto


II
IE
IR
União Art.153 CF IPI
IOF
ITR
IGF
ITCM
ICMS
Estados e Art. 155 CF IPVA
DF ITCD
IPTU
ISS
Municípios e Art. 156 CF ITBI
DF

Taxas
• São tributos vinculados a uma atuação estatal. (art.145 II CF) Pode consistir em:
o Serviço Público17 ou
o Ato de Polícia

No Brasil só taxa de Serviço Público e de Polícia são válidas. Outras taxas serão
inconstitucionais.

17
Coleta de Lixo, iluminação pública
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Contribuição de Melhoria
É o tipo de tributo que tem por hipótese de incidência uma atuação estatal referida ao
contribuinte.

Obra pública que causa valorização imobiliária é requisito essencial para a contribuição
de melhoria.

Não é um tributo que se renova o contribuinte só pagará uma vez.

PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE
Alguns tributos só poderão ser exigidos no exercício seguinte àquele em que foi publicada a
lei que os instituiu ou aumentou.
Exceções ao princípio também denominada de Anterioridade Especial.
• II
• IE
• IPI
• IOF
• Impostos extraordinários (guerra)
• Empréstimos compulsórios ( calamidade pública, guerra ou expectativa de guerra)
• Contribuições sociais para a seguridade.

Norma jurídica tributária

É a norma que cria o tributo. Para ser considerada perfeita deve conter:

• Hipótese de incidência
• Sujeito Ativo
• Sujeito Passivo
• Base de cálculo
• Alíquota

A Base de cálculo e a Alíquota conjugadas revelam a “quantia devida”.

A Base de cálculo:
• É a dimensão legal da materialidade do tributo. È a perspectiva da Hipótese de
incidência. Portanto, deve guardar uma correlação lógica com a hipótese de
incidência, caso contrário o tributo não é válido e não sendo válido não poderá ser
exigível.

Ex.1: Imposto de Renda


H.I.= obter rendimentos
B.C. = é a renda líquida (total dos rendimentos menos deduções)

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A BC está contida na H.I.

!--------------!----------------------------!
BC
_______________________________
Hipótese de Incidência

Ex.2 ICMS
H.I.= vender mercadorias
B.C.= preço da venda mercantil realizada

Ex.3 IPTU
H.I.= ser proprietário de imóvel urbano
B.C.= valor venal (mesmo que real)

Deve existir uma correlação entre a B.C. e a H.I. Se não existir essa correlação o tributo
não é exigível.
Ex. Em Porto Alegre o município cobrava imposto dos proprietários de imóveis por
rendimentos dos aluguéis.
H.I.= ser proprietário
B.C. rendimentos de aluguéis.
(não há correlação da H.I. com a B.C.)

Ex.Em São Paulo ocorreu um descompasso na cobrança da Taxa de limpeza com B.C. no
valor venal.

ALÍQUOTA

É um critério legal normalmente expresso em porcentagem que conjugado à base de cálculo


revela a “quantia devida”.

Deve ser sempre fixada em lei. Há um limite senão vira confisco.

Para o IPTU uma alíquota de 10% é confiscatória, porque após alguns anos o imóvel estaria
confiscado.

Já para o IR uma alíquota de 10% ou 15% não é considerado confisco.

O tributo passa ser confiscatório quando retira do contribuinte o “mínimo vital”.

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PRINCÍPIO DA CAPACIDADE CONTRIBUTIVA
• É o princípio informador dos impostos.
• Encontra-se no art.145 § 1º da Constituição Federal.
• Espelha-se no princípio da igualdade e ajuda a realizar os ideais republicanos. Está
dentro do Princípio da Igualdade.
 Quem tem mais paga mais
 Quem tem menos paga menos
• Isso é obtido por meio de Alíquota Progressiva.

Alíquota Progressiva
Quanto maior a base de cálculo do imposto, tanto maior deverá ser sua alíquota.

Ex.: IR 0%, 15%, 27,5%

Tabela Progressiva para o cálculo anual do Imposto de Renda de Pessoa Física


para o exercício de 2007, ano-calendário de 2006. *

Alíquota
Base de cálculo anual em R$ Parcela a deduzir do imposto em R$
%
Até 14.992,32 - -
De 14.992,33 até 29.958,88 15,0 2.248,87
Acima de 29.958,88 27,5 5.993,73

Tabela aprovada pela Lei nº 11.119, de 25 de maio de 2005, com a redação dada pelo
art. 1º da Lei nº 11.311, de 13 de junho de 2006, produzindo efeitos a partir de 1º de
fevereiro de 2006.

REPARTIÇÃO DAS RECEITAS


Pessoa Política competente
Tipo de União Estado (e DF) Municípios (e DF) comentários
Imposto
II 100%
IE 100%
IR 53% 21,5% 22,5% 3% regiões Norte,NE,
Centro Oeste.
IPI 53% 21,5% 22,5% 3% regiões Norte,NE,
Centro Oeste.
IOF 100% 70% p/Município 30%
Estado. Se IOF s/ouro
como ativ.financeira.
(lei 8033/91)
ITR 50% 50%
IGF 100%
Não previstos 80%
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Extraordinários 100%
Empréstimos 100%
Compulsórios
ITCMD 100%
ICMS 75% 25%
IPVA 50% 50%
IPTU 100%
ITBI 100%
ISS 100%

Ex.1. Pavimentação é obra pública.


Ex.2. Recapeamento não é obra pública que justifique a cobrança da Contribuição.

Bibliografia
ALVES, Alaor Caffé. Lógica, pensamento formal e argumentação – elementos para o discurso jurídico. 1a.
edição, Edipro, São Paulo, 2000.

BERTALANFFY, Ludwig Von. Teoria Geral dos Sistemas. Petrópolis, Ed.Vozes, 1977.

DINIZ, Maria Helena. As lacunas no direito. São Paulo, Ed.RT, 1981.

DI PIETRO, Maria Sylvia.Direito Administrativo. Atlas, S.Paulo, 2001.

FERRAZ Jr., Tercio Sampaio. Introdução ao Estudo do Direito. Técnica, decisão, dominação. São Paulo,
Ed.Atlas, 3a.edição,2001.

KAHANE, Howard. Logic and Contemporary rhetoric: the use of reason in everyday life. USA, 8th edition,
Wadsworth Publishing Company, 1998.

PERELMAN, Chaim. Ética e Direito. São Paulo, Ed.Martins Fontes, 2a. tiragem, 1999.

SILVA, José Afonso da. Curso de Direito Constitucional Positivo, 13a. Ed. Malheiros, S.Paulo, 1997.

HOUAISS, Antônio e Villar, Mauro de Salles. Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, Ed.Objetiva, Rio de
Janeiro, 2001.

Nota: A bibliografia indicada objetiva um estudo mais aprofundado. A apostila procura


resumir os assuntos prioritários para dar início a um processo de compreensão do sistema
de noções de direito aplicadas à Administração de Empresas. As obras indicadas são
fontes para os assuntos abordados na apostila.

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