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Diário da República, 1.a série — N.

o 249 — 29 de Dezembro de 2006 8626-(395)

Artigo 12.o subsequente à entrada em vigor da presente lei, salvo


Incumprimento se, até esta data:
1 — São devidos juros de mora pelo cumprimento a) Os regulamentos vigentes forem conformes ao
extemporâneo da obrigação de pagamento de taxas das regime jurídico aqui disposto;
autarquias locais. b) Os regulamentos vigentes forem alterados de
2 — As dívidas que não forem pagas voluntariamente acordo com o regime jurídico aqui previsto.
são objecto de cobrança coerciva através de processo
de execução fiscal, nos termos do Código de Proce- Artigo 18.o
dimento e de Processo Tributário. Entrada em vigor

A presente lei entra em vigor em 1 de Janeiro de


Artigo 13.o 2007.
Publicidade Aprovada em 16 de Novembro de 2006.
As autarquias locais devem disponibilizar, quer em O Presidente da Assembleia da República, Jaime
formato papel em local visível nos edifícios das sedes Gama.
e assembleias respectivas, quer na sua página electró-
nica, os regulamentos que criam as taxas previstas nesta Promulgada em 28 de Dezembro de 2006.
lei.
Publique-se.
Artigo 14.o O Presidente da República, ANÍBAL CAVACO SILVA.
Caducidade
Referendada em 28 de Dezembro de 2006.
O direito de liquidar as taxas caduca se a liquidação
não for validamente notificada ao sujeito passivo no Pelo Primeiro-Ministro, Luís Filipe Marques Amado,
prazo de quatro anos a contar da data em que o facto Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros.
tributário ocorreu.
Artigo 15.o Lei n.o 53-F/2006
Prescrição
de 29 de Dezembro
1 — As dívidas por taxas às autarquias locais pres-
Aprova o regime jurídico do sector empresarial local,
crevem no prazo de oito anos a contar da data em que
revogando a Lei n.o 58/98, de 18 de Agosto
o facto tributário ocorreu.
2 — A citação, a reclamação e a impugnação inter- A Assembleia da República decreta, nos termos da
rompem a prescrição. alínea c) do artigo 161.o da Constituição, o seguinte:
3 — A paragem dos processos de reclamação, impug-
nação e execução fiscal por prazo superior a um ano
por facto não imputável ao sujeito passivo faz cessar CAPÍTULO I
a interrupção da prescrição, somando-se, neste caso, o Disposições gerais
tempo que decorreu após aquele período ao que tiver
decorrido até à data da autuação. Artigo 1.o
Âmbito
Artigo 16.o
1 — A presente lei estabelece o regime jurídico do
Garantias
sector empresarial local.
1 — Os sujeitos passivos das taxas para as autarquias 2 — O regime previsto na presente lei aplica-se a
locais podem reclamar ou impugnar a respectiva liqui- todas as entidades empresariais constituídas ao abrigo
dação. das normas aplicáveis às associações de municípios e
2 — A reclamação é deduzida perante o órgão que às áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto.
efectuou a liquidação da taxa no prazo de 30 dias a
contar da notificação da liquidação. Artigo 2.o
3 — A reclamação presume-se indeferida para efeitos
Sector empresarial local
de impugnação judicial se não for decidida no prazo
de 60 dias. 1 — O sector empresarial local integra as empresas
4 — Do indeferimento tácito ou expresso cabe impug- municipais, intermunicipais e metropolitanas, doravante
nação judicial para o tribunal administrativo e fiscal da denominadas «empresas».
área do município ou da junta de freguesia, no prazo 2 — As sociedades comerciais controladas conjunta-
de 60 dias a contar do indeferimento. mente por diversas entidades públicas integram-se no
5 — A impugnação judicial depende da prévia dedu- sector empresarial da entidade que, no conjunto das
ção da reclamação prevista no n.o 2 do presente artigo. participações do sector público, seja titular da maior
participação.
Artigo 17.o Artigo 3.o
Regime transitório Empresas municipais, intermunicipais e metropolitanas

As taxas para as autarquias locais actualmente exis- 1 — São empresas municipais, intermunicipais e
tentes são revogadas no início do segundo ano financeiro metropolitanas as sociedades constituídas nos termos
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da lei comercial, nas quais os municípios, associações Artigo 8.o


de municípios e áreas metropolitanas de Lisboa e do Criação
Porto, respectivamente, possam exercer, de forma
directa ou indirecta, uma influência dominante em vir- 1 — A criação das empresas, bem como a decisão
tude de alguma das seguintes circunstâncias: de aquisição de participações que confiram influência
a) Detenção da maioria do capital ou dos direitos dominante, nos termos da presente lei, compete:
de voto; a) As de âmbito municipal, sob proposta da câmara
b) Direito de designar ou destituir a maioria dos mem- municipal, à assembleia municipal;
bros do órgão de administração ou de fiscalização. b) As de âmbito intermunicipal, sob proposta do con-
selho directivo, à assembleia intermunicipal, existindo
2 — São também empresas municipais, intermunici- parecer favorável das assembleias municipais dos muni-
pais e metropolitanas as entidades com natureza empre- cípios integrantes;
sarial reguladas no capítulo VII da presente lei. c) As de âmbito metropolitano, sob proposta da junta
metropolitana, à assembleia metropolitana, existindo
Artigo 4.o parecer favorável das assembleias municipais dos muni-
cípios integrantes.
Sociedades unipessoais

1 — Os municípios, as associações de municípios e 2 — A criação das empresas ou a decisão de aquisição


as áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto podem de uma participação social que confira influência domi-
constituir sociedades unipessoais por quotas, nos termos nante nos termos da presente lei deve ser obrigatoria-
previstos na lei comercial. mente comunicada à Inspecção-Geral de Finanças, bem
2 — Qualquer das entidades previstas no número como à entidade reguladora do sector.
anterior pode ainda constituir uma sociedade anónima 3 — O contrato de constituição das empresas deve
de cujas acções seja a única titular, nos termos da lei ser reduzido a escrito, salvo se for exigida forma mais
comercial. solene para a transmissão dos bens que sejam objecto
3 — A constituição de uma sociedade anónima uni- das entradas em espécie.
pessoal nos termos do número anterior deve observar 4 — Nos casos em que as empresas sejam constituídas
todos os demais requisitos de constituição das socie- por escritura pública, é também competente o notário
dades anónimas. privativo do município onde a empresa tiver a sua sede.
Artigo 5.o 5 — A conservatória do registo competente deve, ofi-
ciosamente, a expensas da empresa, comunicar a cons-
Objecto social tituição e os estatutos, bem como as respectivas alte-
1 — As empresas têm obrigatoriamente como objecto rações, ao Ministério Público e assegurar a respectiva
a exploração de actividades de interesse geral, a pro- publicação nos termos do disposto no Código das Socie-
moção do desenvolvimento local e regional e a gestão dades Comerciais.
de concessões, sendo proibida a criação de empresas 6 — A denominação das empresas é acompanhada
para o desenvolvimento de actividades de natureza da indicação da sua natureza municipal, intermunicipal
exclusivamente administrativa ou de intuito predomi- ou metropolitana (EM, EIM, EMT).
nantemente mercantil. 7 — No sítio electrónico da Direcção-Geral das
2 — Não podem ser criadas, ou participadas, empre- Autarquias Locais consta uma lista, permanentemente
sas de âmbito municipal, intermunicipal ou metropo- actualizada, de todas as entidades do sector empresarial
litano cujo objecto social não se insira no âmbito das local.
atribuições da autarquia ou associação de municípios Artigo 9.o
respectiva.
3 — O disposto nos números precedentes é aplicável Viabilidade económico-financeira e racionalidade económica
à mera participação em sociedades comerciais nas quais 1 — Sob pena de nulidade e de responsabilidade
não exercem uma influência dominante nos termos da
financeira, a decisão de criação das empresas, bem como
presente lei.
a decisão de tomada de uma participação que confira
Artigo 6.o influência dominante, deve ser sempre precedida dos
Regime jurídico necessários estudos técnicos, nomeadamente do plano
do projecto, na óptica do investimento, da exploração
As empresas regem-se pela presente lei, pelos res- e do financiamento, demonstrando-se a viabilidade eco-
pectivos estatutos e, subsidiariamente, pelo regime do nómica das unidades, através da identificação dos
sector empresarial do Estado e pelas normas aplicáveis ganhos de qualidade, e a racionalidade acrescentada
às sociedades comerciais. decorrente do desenvolvimento da actividade através de
uma entidade empresarial.
Artigo 7.o 2 — A atribuição de subsídios ou outras transferên-
Princípios de gestão
cias financeiras provenientes das entidades participantes
no capital social exige a celebração de um contrato de
A gestão das empresas deve articular-se com os objec- gestão, no caso de prossecução de finalidades de inte-
tivos prosseguidos pelas respectivas entidades públicas resse geral, ou de um contrato-programa, se o seu
participantes no capital social, visando a satisfação das objecto se integrar no âmbito da função de desenvol-
necessidades de interesse geral, a promoção do desen- vimento local ou regional.
volvimento local e regional e a exploração eficiente de 3 — No caso de a empresa beneficiar de um direito
concessões, assegurando a sua viabilidade económica especial ou exclusivo, nos termos definidos no artigo
e equilíbrio financeiro. 3.o do Decreto-Lei n.o 148/2003, de 11 de Julho, essa
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vantagem deve ser contabilizada para aferição da sua Artigo 14.o


viabilidade financeira. Parcerias público-privadas
4 — Os estudos referidos no n.o 1, bem como os pro-
jectos de estatutos, acompanham as propostas de criação Às parcerias público-privadas desenvolvidas pelas
e participação em empresas, sendo objecto de aprecia- entidades a que se refere a presente lei é aplicável o
ção pelos órgãos deliberativos competentes. regime jurídico das parcerias público-privadas desen-
volvidas pela administração central, com as devidas
adaptações.
Artigo 10.o Artigo 15.o
Sujeição às regras da concorrência Função accionista

1 — As empresas estão sujeitas às regras gerais de Os direitos dos titulares do capital social são exer-
concorrência, nacionais e comunitárias. cidos, respectivamente, através da câmara municipal, do
2 — Das relações entre as empresas e as entidades conselho directivo da associação de municípios ou da
junta metropolitana, em conformidade com as orien-
participantes no capital social não podem resultar situa- tações estratégicas previstas no artigo seguinte.
ções que, sob qualquer forma, sejam susceptíveis de
impedir ou falsear a concorrência no todo ou em parte
do território nacional. Artigo 16.o
3 — As empresas regem-se pelo princípio da trans- Orientações estratégicas
parência financeira e a sua contabilidade deve ser orga-
nizada de modo a permitir a identificação de quaisquer 1 — São definidas orientações estratégicas relativas
fluxos financeiros entre elas e as entidades participantes ao exercício da função accionista nas empresas abran-
gidas pela presente lei, nos termos do número seguinte,
no capital social, garantindo o cumprimento das exi- devendo as mesmas ser revistas, pelo menos, com refe-
gências nacionais e comunitárias em matéria de con- rência ao período de duração do mandato da admi-
corrência e auxílios públicos. nistração fixado pelos respectivos estatutos.
4 — O disposto nos n.os 1 e 2 não prejudica regimes 2 — A competência para a aprovação das orientações
derrogatórios especiais, devidamente justificados, sem- estratégicas pertence:
pre que a aplicação das normas gerais de concorrência
seja susceptível de frustrar, de direito ou de facto, as a) Nas empresas municipais, à câmara municipal;
missões confiadas às empresas locais encarregadas da b) Nas empresas intermunicipais, ao conselho direc-
tivo;
gestão de serviços de interesse económico geral. c) Nas empresas metropolitanas, à junta metropo-
litana.
Artigo 11.o
3 — As orientações estratégicas referidas nos núme-
Regulação sectorial ros anteriores definem os objectivos a prosseguir tendo
em vista a promoção do desenvolvimento local e regional
As entidades do sector empresarial local que pros- ou a forma de prossecução dos serviços de interesse
sigam actividades no âmbito de sectores regulados ficam geral, contendo metas quantificadas e contemplando a
sujeitas aos poderes de regulação da respectiva entidade celebração de contratos entre as entidades públicas par-
reguladora. ticipantes e as sociedades do sector empresarial local,
previstos nos artigos 19.o e 22.o da presente lei.
Artigo 12.o 4 — As orientações estratégicas devem reflectir-se nas
orientações anuais definidas em assembleia geral e nos
Normas de contratação e escolha do parceiro privado contratos de gestão a celebrar com os gestores.
1 — Sem prejuízo do disposto nas normas comuni-
tárias aplicáveis, as empresas devem adoptar mecanis- Artigo 17.o
mos de contratação transparentes e não discriminató- Delegação de poderes
rios, assegurando igualdade de oportunidades aos inte-
ressados. 1 — Os municípios, as associações de municípios e
2 — À selecção das entidades privadas aplicar-se-ão as áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto podem
os procedimentos concursais estabelecidos no regime delegar poderes nas empresas por elas constituídas ou
maioritariamente participadas nos termos da presente
jurídico da concessão dos serviços públicos em questão lei, desde que tal conste expressamente dos estatutos.
e, subsidiariamente, nos regimes jurídicos da contrata- 2 — Nos casos previstos no número anterior, os esta-
ção pública em vigor, cujo objecto melhor se coadune tutos da empresa definem as prerrogativas do pessoal
com a actividade a prosseguir pela empresa. da empresa que exerça funções de autoridade, desig-
3 — O ajuste directo só é admissível em situações nadamente no âmbito de poderes de fiscalização.
excepcionais previstas nos diplomas aplicáveis, nos ter-
mos do número anterior.
CAPÍTULO II

Artigo 13.o Empresas encarregadas da gestão de serviços


de interesse geral
Proibição de compensações
Artigo 18.o
Não são admissíveis quaisquer formas de subsídios
Empresas encarregadas da gestão de serviços de interesse geral
à exploração, ao investimento ou em suplemento a par-
ticipações de capital que não se encontrem previstos Para efeitos da presente lei, são consideradas empre-
nos artigos anteriores. sas encarregadas da gestão de serviços de interesse geral
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aquelas cujas actividades devam assegurar a universa- 4 — O desenvolvimento de políticas de preços nos
lidade e continuidade dos serviços prestados, a satisfação termos do número anterior depende de negociação pré-
das necessidades básicas dos cidadãos, a coesão eco- via com os accionistas de direito público dos termos
nómica e social local ou regional e a protecção dos uten- que regulam as transferências financeiras necessárias ao
tes, sem prejuízo da eficiência económica e do respeito financiamento anual da actividade de interesse geral,
dos princípios da não discriminação e da transparência. que constam do contrato de gestão.

Artigo 19.o CAPÍTULO III


Princípios orientadores Empresas encarregadas da promoção
do desenvolvimento local e regional
As empresas encarregadas da gestão de serviços de
interesse geral devem prosseguir as missões que lhes Artigo 21.o
estejam confiadas no sentido, consoante os casos, de:
Empresas encarregadas da promoção do desenvolvimento
a) Prestar os serviços de interesse geral na circun- local e regional
scrição local ou regional, sem discriminação das zonas 1 — Para efeitos da presente lei, são consideradas
rurais e do interior; empresas encarregadas da promoção do desenvolvi-
b) Promover o acesso da generalidade dos cidadãos, mento económico local ou regional aquelas cujas acti-
em condições financeiras equilibradas, a bens e serviços vidades devam assegurar a promoção do crescimento
essenciais, procurando, na medida do possível, adaptar económico local e regional, a eliminação de assimetrias
as taxas e as contraprestações devidas às reais situações e o reforço da coesão económica e social local ou regio-
dos utilizadores, na óptica do princípio da igualdade nal, sem prejuízo da eficiência económica e do respeito
material; dos princípios da não discriminação e da transparência.
c) Assegurar o cumprimento das exigências de pres- 2 — As empresas encarregadas da promoção do
tação de serviços de carácter universal relativamente desenvolvimento económico local ou regional podem
a actividades económicas cujo acesso se encontre legal- desenvolver actividades que se insiram no âmbito de
mente vedado a empresas privadas e a outras entidades atribuições das entidades instituidoras, designadamente:
da mesma natureza;
d) Garantir o fornecimento de serviços ou a gestão a) Promoção, manutenção e conservação de infra-
de actividades que exijam avultados investimentos na -estruturas urbanísticas e gestão urbana;
criação ou no desenvolvimento de infra-estruturas ou b) Renovação e reabilitação urbanas, gestão do patri-
redes de distribuição; mónio edificado e promoção do desenvolvimento
e) Zelar pela eficácia da gestão das redes de serviços urbano e rural;
públicos, procurando, designadamente, que a produção, c) Promoção e gestão de imóveis de habitação social;
o transporte e distribuição, a construção de infra-es- d) Qualificação e formação profissional;
truturas e a prestação do conjunto de tais serviços se e) Desenvolvimento das valências locais e regionais;
procedam de forma articulada, tendo em atenção as f) Promoção e gestão de equipamentos colectivos e
modificações organizacionais impostas por inovações prestação de serviços educativos, culturais, de saúde,
desportivos, recreativos e turísticos e sensibilização e
técnicas ou tecnológicas;
protecção ambiental;
f) Cumprir obrigações específicas, relacionadas com
g) Criação de estruturas e prestação de serviços de
a segurança, com a continuidade e qualidade dos ser- apoio a idosos, crianças ou cidadãos desfavorecidos.
viços e com a protecção do ambiente, devendo tais obri-
gações ser claramente definidas, transparentes, não dis-
criminatórias e susceptíveis de controlo. Artigo 22.o
Princípios orientadores
o As empresas encarregadas da promoção do desen-
Artigo 20.
volvimento económico local ou regional devem pros-
Contratos de gestão
seguir as missões que lhes estejam confiadas no sentido,
1 — A prestação de serviços de interesse geral pelas consoante os casos, de:
empresas do sector empresarial local depende da cele- a) Conformar, regular e transformar a ordem eco-
bração de contratos de gestão com as entidades par- nómico-social na circunscrição local ou regional, sem
ticipantes. discriminação das zonas rurais e do interior;
2 — Os contratos referidos no número anterior defi- b) Promover o crescimento económico local e regio-
nem pormenorizadamente o fundamento da necessidade nal, apoiando as actividades e as valências próprias, eli-
do estabelecimento da relação contratual, a finalidade minando assimetrias no território nacional;
da mesma relação, bem como a eficácia e a eficiência c) Desenvolver actividades empresariais na circun-
que se pretende atingir com a mesma, concretizados scrição territorial e regional, integrando-as no contexto
num conjunto de indicadores ou referenciais que per- de políticas económicas estruturais de desenvolvimento
mitam medir a realização dos objectivos sectoriais. tecnológico e criação de redes de distribuição;
3 — O desenvolvimento de políticas de preços das d) Promover investimentos de risco e de actividades
quais decorram receitas operacionais anuais inferiores empreendedoras inovadoras;
aos custos anuais é objectivamente justificado e depende e) Optimizar os recursos oriundos de programas de
da adopção de sistemas de contabilidade analítica onde apoio financeiro nacionais e comunitários;
se identifique a diferença entre o desenvolvimento da f) Garantir o fornecimento de serviços ou a gestão
actividade a preços de mercado e o preço subsidiado de actividades que exijam avultados investimentos na
na óptica do interesse geral. criação ou no desenvolvimento de infra-estruturas;
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g) Cumprir obrigações específicas, relacionadas com 3 — As empresas adoptam procedimentos de con-


a segurança, com a continuidade e qualidade dos ser- trolo interno adequados a garantir a fiabilidade das con-
viços e com a protecção do ambiente e qualidade de tas e demais informação financeira, bem como a arti-
vida, devendo tais obrigações ser claramente definidas, culação com as entidades referidas no número anterior.
transparentes, não discriminatórias e susceptíveis de
controlo. Artigo 27.o
Artigo 23.o Deveres especiais de informação
Contratos-programa
Sem prejuízo do disposto na lei comercial quanto à
1 — As empresas encarregadas da promoção do prestação de informações aos titulares de participações
desenvolvimento económico local ou regional devem sociais, devem as empresas facultar os seguintes ele-
celebrar contratos-programa onde se defina pormeno- mentos à câmara municipal, ao conselho directivo da
rizadamente o seu objecto e missão, bem como as fun- associação de municípios ou à junta metropolitana, con-
ções de desenvolvimento económico local e regional a soante o caso, tendo em vista o seu acompanhamento
desempenhar. e controlo:
2 — Aos contratos-programa aplica-se o disposto nos
n.os 2, 3 e 4 do artigo 20.o e deles consta obrigatoriamente a) Projectos dos planos de actividades anuais e
o montante das comparticipações públicas que as empre- plurianuais;
sas têm o direito de receber como contrapartida das b) Projectos dos orçamentos anuais, incluindo esti-
obrigações assumidas. mativa das operações financeiras com o Estado e as
autarquias locais;
c) Documentos de prestação anual de contas;
CAPÍTULO IV d) Relatórios trimestrais de execução orçamental;
e) Quaisquer outras informações e documentos soli-
Empresas encarregadas da gestão de concessões citados para o acompanhamento da situação da empresa
e da sua actividade, com vista, designadamente, a asse-
Artigo 24.o gurar a boa gestão dos fundos públicos e a evolução
Empresas encarregadas da gestão de concessões da sua situação económico-financeira.
Para efeitos da presente lei, são consideradas empre-
sas encarregadas da gestão de concessões aquelas que, Artigo 28.o
não se integrando nas classificações anteriores, tenham Fiscal único
por objecto a gestão de concessões atribuídas por enti-
dades públicas. A fiscalização das empresas é exercida por um revisor
ou por uma sociedade de revisores oficiais de contas,
Artigo 25.o que procede à revisão legal, a quem compete, desig-
Princípios orientadores nadamente:
1 — As empresas encarregadas da gestão de conces- a) Fiscalizar a acção do conselho de administração;
sões devem prosseguir as missões que lhes forem con- b) Verificar a regularidade dos livros, registos con-
fiadas, sem prejuízo da eficiência económica e do res- tabilísticos e documentos que lhes servem de suporte;
peito dos princípios de não discriminação e transpa- c) Participar aos órgãos competentes as irregulari-
rência, submetendo-se plenamente às normas da con- dades, bem como os factos que considere reveladores
corrência. de graves dificuldades na prossecução do objecto da
2 — As empresas encarregadas da gestão de conces- empresa;
sões devem celebrar contratos com as entidades públicas d) Proceder à verificação dos valores patrimoniais da
concedentes e com as concessionárias, nos quais se iden- empresa, ou por ela recebidos em garantia, depósito
tificam os direitos e obrigações do concedente que são ou outro título;
assumidos pelas concessionárias, bem como os poderes e) Remeter semestralmente ao órgão executivo do
de fiscalização que se mantêm na entidade pública. município, da associação de municípios ou da região
3 — Não é permitida qualquer forma de financia- administrativa, consoante o caso, informação sobre a
mento por parte das entidades participantes às empresas situação económica e financeira da empresa;
encarregadas da gestão de concessões. f) Pronunciar-se sobre qualquer assunto de interesse
para a empresa, a solicitação do conselho de admi-
nistração;
CAPÍTULO V g) Emitir parecer sobre os instrumentos de gestão
Regime económico e financeiro previsional, bem como sobre o relatório do conselho
de administração e contas do exercício;
Artigo 26.o h) Emitir parecer sobre o valor das indemnizações
compensatórias a receber pela empresa;
Controlo financeiro i) Emitir a certificação legal das contas.
1 — As empresas ficam sujeitas a controlo financeiro
destinado a averiguar da legalidade, economia, eficiên- Artigo 29.o
cia e eficácia da sua gestão. Documentos de prestação de contas
2 — Sem prejuízo das competências atribuídas pela
lei ao Tribunal de Contas, o controlo financeiro de lega- 1 — Os instrumentos de prestação de contas das
lidade das empresas compete à Inspecção-Geral de empresas, a elaborar anualmente com referência a 31
Finanças. de Dezembro, são os seguintes, sem prejuízo de outros
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previstos nos seus estatutos ou em outras disposições resultados de exploração operacional do exercício em
legais: causa.
3 — Os sócios de direito público das empresas pre-
a) Balanço;
vêem nos seus orçamentos anuais o montante previsional
b) Demonstração dos resultados;
necessário à cobertura dos prejuízos de exploração anual
c) Anexo ao balanço e à demonstração dos resultados;
acrescido dos encargos financeiros que sejam da sua
d) Demonstração dos fluxos de caixa;
responsabilidade.
e) Relação das participações no capital de sociedades
4 — No caso de o orçamento anual do ano em causa
e dos financiamentos concedidos a médio e longo prazos;
não conter verba suficiente para a cobertura dos pre-
f) Relatório sobre a execução anual do plano plu-
juízos referidos no número anterior, deve ser inserida
rianual de investimentos;
uma verba suplementar no orçamento do exercício sub-
g) Relatório do conselho de administração e proposta
sequente, efectuando-se a transferência no mês seguinte
de aplicação dos resultados;
à data de encerramento das contas.
h) Parecer do revisor oficial de contas.
5 — Sempre que o equilíbrio de exploração da
empresa só possa ser aferido numa óptica plurianual
2 — O relatório do conselho de administração deve
que abranja a totalidade do período do investimento,
permitir uma compreensão clara da situação económica
é apresentado à Inspecção-Geral de Finanças e aos
e financeira relativa ao exercício, analisar a evolução
sócios de direito público um plano previsional de mapas
da gestão nos sectores da actividade da empresa, desig-
de demonstração de fluxos de caixa líquidos actualizados
nadamente no que respeita a investimentos, custos e
na óptica do equilíbrio plurianual dos resultados de
condições de mercado, e apreciar o seu desenvolvi-
exploração.
mento.
6 — Na situação prevista no número anterior, os par-
3 — O parecer do revisor oficial de contas deve conter
ticipantes de direito público no capital social das empre-
a apreciação da gestão, bem como do relatório do con-
sas prevêem nos seus orçamentos anuais o montante
selho de administração, e a apreciação da exactidão das
previsional necessário à cobertura dos desvios financei-
contas e da observância das leis e dos estatutos.
ros verificados no resultado de exploração anual acres-
4 — O relatório anual do conselho de administração,
cido dos encargos financeiros relativamente ao previsto
o balanço, a demonstração de resultados e o parecer
no mapa inicial que sejam da sua responsabilidade, em
do revisor oficial de contas são publicados no boletim
termos semelhantes aos previstos nos n.os 3 e 4 do pre-
municipal e num dos jornais mais lidos na área.
sente artigo.
5 — O registo da prestação de contas das empresas
7 — É permitida a correcção do plano previsional de
é efectuado nos termos previstos na legislação res-
mapas de demonstração de fluxos de caixa líquidos desde
pectiva.
que os participantes procedam às transferências finan-
Artigo 30.o ceiras necessárias à sustentação de eventuais prejuízos
Reservas acumulados em resultado de desvios ao plano previ-
sional inicial.
1 — As empresas devem constituir as reservas e fun-
dos previstos nos respectivos estatutos, sendo, porém, Artigo 32.o
obrigatória a reserva legal imposta no Código das Socie- Empréstimos
dades Comerciais, podendo os órgãos competentes para
decidir sobre a aplicação de resultados deliberar a cons- 1 — Os empréstimos contraídos pelas empresas rele-
tituição de outras reservas. vam para os limites da capacidade de endividamento
2 — À constituição da reserva legal deve ser afectada dos municípios em caso de incumprimento das regras
uma dotação anual não inferior a 10 % do resultado previstas no artigo anterior.
líquido do exercício deduzido da quantia necessária à 2 — É vedada às empresas a concessão de emprés-
cobertura de prejuízos transitados. timos a favor das entidades participantes e a intervenção
3 — A reserva legal só pode ser utilizada para incor- como garante de empréstimos ou outras dívidas das
poração no capital ou para cobertura de prejuízos mesmas.
transitados. 3 — As entidades participantes não podem conceder
4 — Os estatutos podem prever as reservas cuja uti- empréstimos a empresas do sector empresarial local.
lização fique sujeita a restrições.
CAPÍTULO VII
CAPÍTULO VI Entidades empresarias locais
Consolidação financeira
Artigo 33.o
o
Artigo 31. Constituição
Equilíbrio de contas
1 — Os municípios, as associações de municípios e
1 — As empresas devem apresentar resultados anuais as áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto podem
equilibrados. constituir pessoas colectivas de direito público, com
2 — Sem prejuízo do disposto no n.o 5 do presente natureza empresarial, doravante designadas «entidades
artigo, no caso de o resultado de exploração anual ope- empresariais locais».
racional acrescido dos encargos financeiros se apresen- 2 — O contrato de constituição das entidades empre-
tar negativo, é obrigatória a realização de uma trans- sariais locais deve ser reduzido a escrito, salvo se for
ferência financeira a cargo dos sócios, na proporção res- exigida forma mais solene para a transmissão dos bens
pectiva da participação social com vista a equilibrar os que sejam objecto de entradas em espécie.
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3 — Nos casos em que as entidades empresariais 4 — Os estatutos podem prever a existência de outros
locais sejam constituídas por escritura pública, é também órgãos, deliberativos ou consultivos, definindo, nomea-
competente o notário privativo do município onde a damente, as respectivas competências, bem como o
entidade empresarial local tiver a sua sede. modo de designação dos respectivos membros.
4 — As entidades empresariais locais estão sujeitas
ao registo comercial nos termos gerais, com as adap- Artigo 39.o
tações que se revelem necessárias.
5 — A conservatória do registo competente deve, ofi- Tutela
ciosamente, a expensas da entidade empresarial local, 1 — A tutela económica e financeira das entidades
comunicar a constituição e os estatutos, bem como as empresariais locais é exercida pelas câmaras municipais,
respectivas alterações, ao Ministério Público e assegurar pelos conselhos directivos das associações de municípios
a respectiva publicação nos termos da lei de registo e pelas juntas metropolitanas, consoante os casos, sem
comercial. prejuízo do respectivo poder de superintendência.
Artigo 34.o 2 — A tutela abrange:
Regime jurídico a) A aprovação dos planos estratégico e de actividade,
orçamento e contas, assim como de dotações para capi-
1 — As entidades criadas nos termos do artigo ante- tal, subsídios e indemnizações compensatórias;
rior regem-se pelas normas do presente capítulo e, sub- b) A homologação de preços ou tarifas a praticar
sidiariamente, pelas restantes normas desta lei. por entidades empresariais que explorem serviços de
2 — Às empresas de natureza municipal e intermu- interesse económico geral ou exerçam a respectiva acti-
nicipal constituídas nos termos da Lei n.o 58/98, de 18 vidade em regime de exclusivo, salvo quando a sua defi-
de Agosto, existentes à data da entrada em vigor da nição competir a outras entidades independentes;
presente lei, aplica-se o regime previsto no número c) Os demais poderes expressamente referidos nos
anterior. estatutos.
Artigo 35.o Artigo 40.o
Autonomia e capacidade jurídica Instrumentos de gestão previsional

1 — As entidades empresariais locais têm autonomia A gestão económica das entidades empresariais locais
administrativa, financeira e patrimonial. é disciplinada pelos seguintes instrumentos de gestão
2 — A capacidade jurídica das entidades empresariais previsional:
locais abrange todos os direitos e obrigações necessários
a) Planos plurianuais e anuais de actividades, de inves-
ou convenientes à prossecução do seu objecto.
timento e financeiros;
b) Orçamento anual de investimento;
Artigo 36.o c) Orçamento anual de exploração, desdobrado em
Denominação
orçamento de proveitos e orçamento de custos;
d) Orçamento anual de tesouraria;
A denominação das entidades empresariais locais e) Balanço previsional.
deve integrar a indicação da sua natureza municipal,
intermunicipal ou metropolitana (EEM, EEIM, Artigo 41.o
EEMT).
Contabilidade
Artigo 37.o
A contabilidade das entidades empresariais locais res-
Capital
peita o Plano Oficial de Contabilidade e deve responder
1 — As entidades empresariais locais têm um capital, às necessidades de gestão empresarial, permitindo um
designado «capital estatutário», detido pelas entidades controlo orçamental permanente.
prevista no n.o 1 do artigo 33.o ou por outras entidades
públicas, e destinado a responder às respectivas neces- Artigo 42.o
sidade permanentes.
Documentos de prestação de contas
2 — O capital estatutário pode ser aumentado nos
termos previstos nos estatutos. Os instrumentos de prestação de contas das entidades
empresariais locais, a elaborar anualmente com refe-
Artigo 38.o rência a 31 de Dezembro, são os seguintes, sem prejuízo
de outros previstos nos estatutos ou em outras dispo-
Órgãos sições legais:
1 — A administração e a fiscalização das entidades a) Balanço;
empresariais locais estruturam-se segundo as modali- b) Demonstração dos resultados;
dades e com as designações previstas para as sociedades c) Anexo ao balanço e à demonstração dos resultados;
anónimas. d) Demonstração dos fluxos de caixa;
2 — Os órgãos de administração e fiscalização têm e) Relação das participações no capital de sociedades
as competências genéricas previstas na lei comercial, e dos financiamentos concedidos a médio e longo prazos;
sem prejuízo do disposto na presente lei. f) Relatório sobre a execução anual do plano plu-
3 — Os estatutos regulam, com observância das nor- rianual de investimentos;
mas legais aplicáveis, a competência e o modo de desig- g) Relatório do órgão de administração e proposta
nação dos membros dos órgãos a que se referem os de aplicação dos resultados;
números anteriores. h) Parecer do órgão de fiscalização.
8626-(402) Diário da República, 1.a série — N.o 249 — 29 de Dezembro de 2006

CAPÍTULO VIII Artigo 47.o


Alienação, reestruturação, fusão, Estatuto do gestor local
extinção e transformação 1 — É proibido o exercício simultâneo de funções nas
câmaras municipais e de funções remuneradas, a qual-
Artigo 43.o quer título, nas empresas municipais, intermunicipais
Alienação do capital social
e metropolitanas.
2 — É igualmente proibido o exercício simultâneo de
A alienação da totalidade ou de parte do capital social mandato em assembleia municipal e de funções exe-
das empresas é deliberada, consoante o caso, pela assem- cutivas nas empresas municipais, intermunicipais e
bleia municipal, assembleia intermunicipal ou assem- metropolitanas detidas ou participadas pelo município
bleia metropolitana, sob proposta da respectiva câmara no qual foi eleito.
municipal, conselho directivo, ou junta metropolitana. 3 — As remunerações dos membros dos órgãos de
administração das empresas a que se refere o n.o 1,
quando de âmbito municipal, são limitadas ao índice
Artigo 44.o remuneratório do presidente da câmara respectiva e,
Reestruturação, fusão, extinção e transformação quando de âmbito intermunicipal ou metropolitano, ao
índice remuneratório dos presidentes das Câmaras de
1 — A reestruturação, fusão ou extinção das entida- Lisboa e do Porto.
des empresariais locais é da competência dos órgãos 4 — O Estatuto do Gestor Público é subsidiariamente
da autarquia ou associação competentes para a sua cria- aplicável aos titulares dos órgãos de gestão das empresas
ção, a quem incumbe definir os termos da liquidação integrantes do sector empresarial local.
do respectivo património.
2 — As entidades empresariais locais devem ser extin-
tas quando a autarquia ou associação responsável pela CAPÍTULO X
sua constituição tiver de cumprir obrigações assumidas
pelos órgãos da entidade empresarial local para as quais Disposições finais
o respectivo património se revele insuficiente.
3 — As entidades empresariais locais podem ser Artigo 48.o
transformadas em empresas, devendo essa transforma-
ção ser precedida de deliberação dos órgãos compe- Adaptação dos estatutos
tentes para a sua criação, nos termos da presente lei. 1 — No prazo máximo de dois anos a contar da data
da publicação, as empresas municipais e intermunicipais
já constituídas devem adequar os seus estatutos ao dis-
CAPÍTULO IX posto na presente lei.
Outras disposições 2 — O disposto na presente lei prevalece sobre os
estatutos das entidades referidas no número anterior
que, decorrido o prazo aí mencionado, não tenham sido
Artigo 45.o revistos e adaptados.
Estatuto do pessoal
Artigo 49.o
1 — O estatuto do pessoal das empresas é o do regime
do contrato individual de trabalho. Norma revogatória
2 — A matéria relativa à contratação colectiva rege-se
pela lei geral. São revogadas a Lei n.o 58/98, de 18 de Agosto, e
a alínea c) do n.o 1 do artigo 7.o da Lei n.o 29/87, de
Artigo 46.o 30 de Junho.
Comissões de serviço Artigo 50.o
1 — Os funcionários e agentes da administração cen- Entrada em vigor
tral, regional e local, incluindo dos institutos públicos,
podem exercer funções nas entidades do sector empre- A presente lei entra em vigor em 1 de Janeiro de
sarial local em regime de afectação específica ou de 2007.
cedência especial, nos termos da legislação geral em
matéria de mobilidade. Aprovada em 16 de Novembro de 2006.
2 — Podem ainda exercer funções nas entidades do O Presidente da Assembleia da República, Jaime
sector empresarial local os trabalhadores de quaisquer Gama.
empresas públicas, em regime de cedência ocasional,
nos termos previstos no Código do Trabalho. Promulgada em 28 de Dezembro de 2006.
3 — O pessoal do quadro dos serviços municipaliza-
dos que venham a ser objecto de transformação em Publique-se.
empresas, nos termos da presente lei, pode optar entre O Presidente da República, ANÍBAL CAVACO SILVA.
a integração no quadro da empresa ou no quadro do
município respectivo, nos termos estabelecidos em pro- Referendada em 28 de Dezembro de 2006.
tocolo a celebrar entre o município e a empresa, não
podendo ocorrer, em qualquer caso, perda de remu- Pelo Primeiro-Ministro, Luís Filipe Marques Amado,
neração ou de qualquer outro direito ou regalia. Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros.

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