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‘Dados intemnactonais de Catalogacio na Publicagao (CIP) (Camara Brasileira do Livro, SP, Brasil) (Chiappini, Ligia Wenge da catedral : Lingus, literstura, comunicagia : novas iw Paulo : Cortee, Ribliografia. ISBN 85.249-1919-0 |. Escolas piblicas -rasil 2, Literatura = Estudo censino 3. Livros. iditioos - Brasil 4, Politica eeducagie - Brasil 5.Professores -Formagae 6, Universicades e escohis superiores - Brasil 1. Titulo. HL. Tiulo: Novas tecnologias epoiticas de ensina, 5.2101 ebb370.72 indices para catalogo sistematico: 1. Pesquisa edusacional 370.72 LIGIA CHIAPPINI -REINVENGAO DA CATEDRAL ‘Lingua * Literabura * Comunicagao + ‘Novas tecnologias * Politicas de ensino Sesion anon ws classes populares parecem ter um conceito de leitura radicalmen= ido das classes dominantes: um conceito pragmitico versus um ‘mais gratuito; Ieitura como instrumento de trabalho e sobrevivén- 1s leitura como “forma de lazer”, de “integracio melhor do mun a de “participagio social”, enfim, eonceito mais armplo, mais corm” Mnais “desimteressado”, como se costuma dizer quando se refere @ ‘aquisicao na drea das ciéncias ou das artes que nao seja imediata- aplicavel, | Assim como ¢ a leitura conceituada por uma efile que domina na Jambém é a Lingua, em seu culto, que ai impera eéensinada, nova ficando as classes populares em desvantagem, Secs valores transmitidos pelos textos sao os da classe dominant pcirculo eo cerco, ¢ novamente as classes populares ficam & mar fo saber que ai thes ¢“oferecido”, Por isso, a leitura, para clas, emmvex Ninstrumento de participaco social ou objeto de fruigio, vira instru de alienagio ¢ dissimulagio da exploracio. im, rimando em "30", como proibem as normas de boa escrita cul ‘a0 destaque esquemstice- de sua décima fese, com a qual tan maa! : ‘ mos de acordo, Gia da Ieitura, aspecto especifico da educagao e do ensing “cho que ¢ esse 0 mal de muitos coldquios de que tenho participado os sete anos sobre leitura, ensino, literatura, linguagem, formagio 6 Leitura, ensino e politica* Este pequeno texto tem por obj “ rabjetivo comentar algumas teses dk da Soares, expostas no 10? Cole em 1995. Comego por cata esque camente as teses com as quais estou intoiramente de acordo: 1. Aceducagio @ 0 ensino devem ser vistos no contexio da socie dividida em classes, onde vivemos, ' 3. Ao tentar si ‘i situar esse ensine, social ¢ historicamente, 0s intelecti eattendies ttc’ ; re iar Basted se tspsectctak claves Fae 0 intelect scsor, democratizacao ¢ autoritarismo na escola ete... . E que temos toes put Ee oe ea eran deassumir as muito de acordo. Habituamo-nos a armar espacos de encontre com fas fee cia gar qual tipo de ensine, que tipo de leitur ppates, ¢ af marcarmos posigio, através da nossa palavra escrita & 4Ak contra um inimige formidavelmente enorme, 4 fora, acima, no cer eitura tem sido um privilégio das classes dominantes € €.0 con 6rgaos de poder. to de leitura dominante entre esas classes que impera na escola, SA sesiyseshacin akira ear mane bertacdo, pelasd ae ped 35a Teflendo a ses populares ¢ uma conquista que serve a transformagao soci SE a ransformagao social eee * ‘ntemente, baralhar qualquer aqao transformadora, se ficarmos aqui prop mesmo tempo que traz vantagens as clas petindo, Por isso, Magda — eeu avise, no Id nada de pessoa) isto, populares hes pode trazer desvantagens, pelos problem: i enigiets «ornate gens, pelos problemas tecnicos ¢ idea pelo contrario —, voce vai ser a vitima de minha discordancia. teses, aqui resumidas por mim, texto que Ihes di sentido, Se concordo em tese com todas as suas leit posse concordar com 0 arcabauge de seu anddo-as com comeco, meio ¢ fim zvoc nen areata vos da aquis Fa pelas classes populares ¢ de seu desenvalvimento, Em primeiro lugar. ache-que voce demonstra uma fendéncia de acon cesta corrente de opiniio que, se epando atese ji bastante desgastads Testo publicado orginaln se i Antokogla Comemaratva do 10? Cole, be 1098, us ii a da “Ieiturado mundo”, queé de Faulo Freitee queéde Maria Helena| ‘em O que leittira?,” sustenta tuma posigae que prefere ver a letra dev -come sence mais fundamental ae quotidiane das classes populares Se, por um lado, sublinhar excessivamente a leitura como e¢ amplo, de interpretagio do mundo, do outroe desi préiprio ecamo 6 a0 de um sentido, pode levar a conceber o texto como puto: espiti ey outro lado, sublinhar excessivamente a leitura como decodificagio da pode levar a conceber © texto como puro corpo. O compo, para as trabathadoras; o espirito, para as classes bem pensantes. sa autra forma de ler. Cerced-los de desejar a “leitura do mundo” & nos de dlesejar auxilié-los nessa conquista & populism, ¢ confor 0, cercear tambént 46 outre de classe a conquista de algo que, além tie ler @ letreiro do Gnibus, responder suas préprias cartas ou “ar- serviga", despertarc cada ver mais os desejos, o desejar a solta no J no leitore no mundo, antdoto maior contra a submissao, ‘Quem aprende a ler assim nao se contenta em ler “para saber onde a ite pode entrar e onde no pode entrar”. Aprende a leras avessos, desco- transgressio. Creio que defender aletura como algo mais amplo.eeomplexo da Concorso que os valones que 05 textos lo epertirio escolar trans a simples decodificagao «los signos lingGisticos, prendendo-se ao seri €m sua maior parte, sa0 05 das classes dominantes. Concordo que, no zal, denotativo, sem atentar para as implicagdes de-qque é goda escola, a regra é mitificar a letra impressa, mas acho que a escola suas intengées, concicionamentos, crcunstincias, orientacio perstnil I os su ficlenrk pose Viablligar'o coahechniento da culhire do- mmanipulagio emotiva e outras) ¢ limitar a um primeiro nivel a capa ppsiepaiine ae airorteneinsate te tearetied f@ € antropofagicamente, velores literdrios e outros. E que & possivel, 10 da propria escola, chegar a uma valorizagie-da cultura e ds valo- lominados sem considesd-los coisa mena, de lee de qualquer um, seja da classe dominante, seja da classe dom Se reconhecemos que a leitura como "forma de lazer’, a leitura como ma de obter informagdes sobre outros povos, outras lugares”, como. “lor de socializar-se” e de “integrar-se melhor no mundo”, de conhecer tam . , : cada vez mais, se essa forma de leitura representa um enriquecimento, pr exemplo: nada mais féeil para um professor que quiser promover que devemos pensar que é preciso, para as classes trabalhadoras, um « tificagio do livro: basta usar pelo avesso o proprio livro didatico, ceito outeo de leitura? Por que esse é 0 das elites? Ora, as elites sto abornl re sree conus sunt asta ilar endencia veis, mas souberam inventar para elas muitas coisas belas, tteis e apel ie 70 legen en an ys rd eee en Sai ban mackie ener tant eat g ae at 6 Voc nilite o debate, O mesmn contd jormaise as versoes das noticias de a tole ete do com o destinatirio A, Bou C. Na verdade, esses dois conceitos de leitura nao so exclusives, EB, assim, chegamos ao segundo ponto de discordancia, porque tam- que um seja das classes populares ¢ outro das elites, mas sim o das jaqui voe® acompanha a tendéncia de epor, separanda em dais tempos. supe o primeiro como condicio, ¢ isso ¢ tio Gbvio que nao precisa ser a : Simultineo:e, em minha opiniae, complementar: a pedagogia ea goado. AAs classes populares, se neivindicam apenas o- primeiro, € po Eb Ihes foi negade esse, quanto mais © outro. Nao se recusa 0 que no exist Tratar da democratizagao da leitura 6 tratar de manuais didaticos, da © segundo conceito de leilura existe para nds. Talvez, mesmo as individ ha de livros ele métoclos;tratar com amplitude politica a questao ede que nem sequer tenham alcangado 0 primeiro nivel de leitura, aquele ail é descer simultaneamene a concretudledo trabalhoem sala de aula. decifrar-o nome de Onibus que se aproxima, consigam sonhar vagami ‘ha um antes para estabelecer uma politica de leitura, um antes para icar “condigoes de produgio”, um antes para “esclarecer as determi- de classe do leitor”, para, depois, discutir concretamente uma “pe- ta contestacio’ » Pau: Brasilien, 198. O desgaste esse concito, evidentemnente, no € cl de Paula Frvire nem de Maria Helena Martins, mas da vulgarasto postrioe ca Wes al ‘do mundo, sem leva win conta os cantextonrspecifices em que se representa trajetins dl Se ha algo que aprendi nestes meus quinze anos dle magistério e nestes tes piprias nas quais ee comeciho de letra vay ganar especies borane sete anes de APLL(Associagio cle Professorese Lingwia ¢ Literatura, ‘da qual fui uma das fundadorase viee-presidente entre 1979 € 1981"), ‘enquanto tudo se passa ao nivel das definigoes tedricas @ das in liticas, estamos de acorde entre nés e, no limite, até come muitas ges aficiais. Mas quanelo passamos dai para ¢ traballio de tooo diay a tarefa se revela mais drcua, € que as diferengas ideolgicas apa {ato, é que aprendemos a duras penas a flagrar nossa tesisténcia a cia que tanto apregoamos. Nada contra, portanto, ax questoes pedagogicas ou metod elas forem diseutidas com a amplitucle que merecem, isto-é, de um vista politico. Afinal, énesse nivel que tide se torna mais dificil e nel porque é justamente ai que as implicates politicas se disfargam na te neutralidade dos métodos e das técnicas. 7 Leitura e interdiscilinaridade* Entre o.0m sada textreo para sla litera asto-nefenen ial, a troca das leiturasabre a vie de wma Busca en co muon lo sents Martine Burgos O tema ¢ demasiadamente amplo, pelo menos para mim, que trabalho fom teoria da literatura, lidando cotidianamente com apenas uma parcela pequena do imenso universe de textos, autores e leitores, Por isso, menos do que pretender cercar essa questio de mado. apto-, fundado, © que proponho é fazer aqui uma esptcie de indice de problemas | Aobre os quais, igumas reflexdes que paderao das adiante ) gonforme o interesse do leitor “Mesme «ue, em certos momentos, eu. parega nao estar falando direta- Jhenle sobre as divas portas do tema enunciad: Jura, clas estarie intimamente implicadas uma com a outra, quanto mais Ino seja porque essas reflexdses provém de minhas leituras em diversas dis- Ciplinas ¢ de umaexperidncia jd longa de trabalho interdi tos de pesquisa eensino, *Palesira feita no Simposio Nacional de Latta, (org) pelo Progeto Proletn0 Rio de Faneizo © cals em Leas, sab eet, Rio de Janeiro, Proler/Centro Cultural Bana de Beas. 50. Lato ar rela 4 195, ano dose tet,

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