Sei sulla pagina 1di 3

Pontifícia Universidade Católica de

Campinas

Argumentos contra a cassação de Jair Bolsonaro

O linchamento de Bolsonaro
EM 1/4/2011

DISPONÍVEL EM:
HTTP://BLOGS.ESTADAO.COM.BR/MARCOS-GUTERMAN/O-LINCHAMENTO-DE-BOLSONARO/;

ACESSADO EM 04/04/2011

Marcos Guterman
No Brasil, um bocado de gente quer cassar o deputado Jair Bolsonaro porque ele
manifesta abertamente sua homofobia.
Na Holanda, o líder populista Geert Wilders será julgado por suas declarações
abertamente islamofóbicas.
Em ambos os casos, o que está em jogo são as liberdades individuais. Wilders está
doido para ser julgado justamente porque quer transformar o banco dos réus num
altar, para ser imolado como mártir da liberdade de expressão. Bolsonaro, por sua vez,
disse estar se “lixando” para os homossexuais que o ameaçam com um processo. Os
holofotes são justamente seu oxigênio.
Wilders, cuja influência política é infinitas vezes superior à do limítrofe Bolsonaro,
representa o avanço da extrema direita europeia. A visibilidade de seu caso e a
crescente aceitação de suas ideias certamente estimularão outros partidos da mesma
extração a adotar um discurso cada vez mais duro contra imigrantes e muçulmanos. A
solução seria não dar atenção a Wilders, deixando-o falar sozinho, mas agora parece
ser tarde.
O caso do nosso capitão falastrão é semelhante: se ele fosse apenas ignorado, suas
ofensas rapidamente cairiam no esquecimento, que é o lugar apropriado para elas.
Contudo, há uma feroz militância do politicamente correto que tem explorado a
imbecilidade de Bolsonaro para, em nome da defesa de minorias e afins, atropelar o
direito à opinião contrária, numa violência tão grande quanto a homofobia do
deputado. Para parte dessa militância, interessa muito constranger aqueles que não se
sentem prontos ainda para aceitar com “naturalidade” o homossexualismo.
O fato é que Wilders e Bolsonaro dizem o que muita gente só pensa.

O Bolsonaro massacrado esconde uma violência de


estado
EM 30/3/2011

DISPONÍVEL EM:
HTTP://VEJA.ABRIL.COM.BR/BLOG/REINALDO/GERAL/O-BOLSONARO-MASSACRADO-ESCONDE-UMA-VIOLENCIA-DE-ESTADO/;

ACESSADO EM 04/04/2011

Reinaldo Azevedo

Professor mestre Artur Araujo (artur.araujo@puc-campinas.edu.br)


site: http://docentes.puc-campinas.edu.br/clc/arturaraujo/
ftp: ftp://ftp-acd.puc-campinas.edu.br/pub/professores/clc/artur.araujo/
Página 1 de 3
Pontifícia Universidade Católica de
Campinas

Um dos problemas de Jair Bolsonaro é o despreparo intelectual. As coisas certas que


diz se misturam com as erradas, e boa parte da imprensa, evidentemente, por culpa
dele, dará destaque às erradas. Não obstante, toca em questões que a covardia
coletiva evita. Leiam o que vai na Folha Online. Volto em seguida:
O deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ) fez mais declarações polêmicas nesta
quinta-feira. Em entrevista à rádio Estadão-ESPN, Bolsonaro afirmou que não admite
“apologia ao homossexualismo”, ao criticar o que ele chama de “kit gay” - vídeos anti-
homofobia que o Ministério da Educação estuda distribuir às escolas. Para o deputado,
a “briga” entre ele e a comunidade gay não tem nenhuma relação com homofobia.
“Atenção pais: os seus filhos vão receber um kit que diz que é pra combater a
homofobia, mas que, na verdade, estimula o homossexualismo. Para mim, isso é
grave. Eu não admito você fazer apologia ao homossexualismo, idolatrar o
homossexual”, disse Bolsonaro.
Questionado pela rádio sobre como seria se ele tivesse um filho gay, o deputado disse
acreditar que homossexualismo é uma questão de educação. “Eu não corro esse risco,
eduquei muito bem meus filhos. Nós somos produto do meio. Eu sou contra a adoção
por casais homossexuais. Se qualquer um de nós for criado por um homossexual, com
toda certeza vai ser um homossexual”, afirmou.
Na entrevista, Bolsonaro fala ainda sobre um suposto aumento do número de gays
atualmente. Para ele, há mais gays hoje por conta de “consumo de drogas,
promiscuidade, o meio em que ele [o jovem] acaba vivendo, achando que tudo
democrático é bacana, tudo é culpa da ditadura”. O deputado aproveitou o espaço
também para “saudar” os militares pelo 31 de março, data do golpe militar de 1964.
Voltei
Obviamente, ele não sabe o que diz. Qualquer pessoa que tenha estudado
minimamente o assunto — e ele poderia socorrer à ajuda de especialistas — sabe que
essa história de que o meio faz o homossexual é um tolice gigantesca; ou não haveria
homossexuais em lares heterossexuais. Aí Bolsonaro até poderia dizer que faltaram
algumas porradas… É indefensável porque é uma besteira, um preconceito chulo, uma
mentira comprovada.
Ao botar em primeiro plano seu achismo, seus chutes, sua retórica desmesurada,
acaba comprometendo o lado sensato do seu combate, que existe, sim: o material
preparado pelo Ministério da Educação é inaceitável sob qualquer critério que se queira
(ver abaixo). A escola pode e deve debater, já deixei claro, preconceito e intolerância,
mas NÃO PRECISA E NÃO DEVE FAZÊ-LO NUMA LINGUAGEM MILITANTE.
Não precisam porque é necessário que os alunos entendam conceitualmente uma
questão. E não devem porque exorbitam de sua função e seqüestram uma
prerrogativa que é da família. Escola pública é “estado”, e “estado” não deve ter lado
em questões que digam respeito à moral privada. Só os estados fascistas entram
nessa.
Bolsonaro deve ser combatido na sua ignorância. Mas nenhum estado foi autoritário o
bastante até hoje a ponto de proibir que alguém seja ignorante, entenderam? Estou
sendo claríssimo nesse debate. É preciso estar munido de muita má fé para apontar
uma suposta ambigüidade minha. Ambigüidade é o escambau! O deputado está
falando besteira no que concerne às razões que levam alguém a ser gay. Visivelmente,
prefere seu preconceito à informação. Quanto ao material preparado pelo MEC, dizer o

Professor mestre Artur Araujo (artur.araujo@puc-campinas.edu.br)


site: http://docentes.puc-campinas.edu.br/clc/arturaraujo/
ftp: ftp://ftp-acd.puc-campinas.edu.br/pub/professores/clc/artur.araujo/
Página 2 de 3
Pontifícia Universidade Católica de
Campinas

quê? Aquilo é proselitismo mesmo! Não acho que alguém se tornará homossexual por
causa dele. O ponto é outro: o Estado está indo além do que lhe é permitido.
O Bolsonaro massacrado esconde uma violência de estado. O MEC está tentando
assumir o lugar que cabe às famílias, o que é próprio das ditaduras, não das
democracias.

Fala tudo, Bolsonaro!


EM 4/4/2011

DISPONÍVEL EM:
HTTP://WWW1.FOLHA.UOL.COM.BR/FSP/OPINIAO/FZ0404201103.HTM;

ACESSADO EM 04/04/2011

Fernando de Barros e Silva


SÃO PAULO - O deputado Jair Bolsonaro é um tipo fascistão. Truculento, homofóbico,
lida mal com as diferenças e os valores democráticos. Os gays, em particular, parecem
deixá-lo "maluca" de raiva.
Sabe-se que indivíduos muito hostis ou agressivos, que se sentem ameaçados pela
existência de homossexuais, costumam ser enrustidos. O ódio projetado no outro é
apenas um sintoma, uma defesa contra si mesmo. Mas quem seria eu para suspeitar
que existe uma "Jairzona" enjaulada na alma do capitão? O ser humano é complexo.
A polêmica envolvendo esse personagem de almanaque tomou, no entanto, outro
rumo. Discute-se se ele, com suas palavras, praticou o crime de racismo e os limites
da liberdade de expressão no país.
Preta Gil lhe perguntou: qual seria sua reação se um de seus filhos namorasse uma
negra? E ele: "Preta, não vou discutir promiscuidade com quem quer que seja. Meus
filhos foram muito bem educados. Não viveram em ambiente como lamentavelmente é
o seu".
Digo logo: um país em que Bolsonaro não fosse eleito deputado tenderia a ser um
lugar melhor. Mas pretender cassá-lo ou condená-lo por racismo em função dessa fala
me parece um grande equívoco. Não só porque seria a melhor maneira de transformá-
lo em vítima.
Mas, sobretudo, porque o que ele fez foi apenas manifestar a sua opinião. Grosseira,
retrógrada, mas que representa uma parcela da sociedade. A liberdade de expressão
nos garante a possibilidade de falar o que quisermos (nos limites da lei), mas também
nos obriga a ouvir o que nos desagrada.
Bolsonaro incitou o racismo? E se ele fosse um negro e dissesse que não gostaria de
ver sua filha casada com um branco? Seria racista?
Devemos ser bastante restritivos em relação a atos racistas. Mas seria bom que
fôssemos também mais elásticos e liberais em relação às palavras. Temos deficit de
cultura democrática. Deixem Bolsonaro falar. Ele é o seu maior inimigo.

Professor mestre Artur Araujo (artur.araujo@puc-campinas.edu.br)


site: http://docentes.puc-campinas.edu.br/clc/arturaraujo/
ftp: ftp://ftp-acd.puc-campinas.edu.br/pub/professores/clc/artur.araujo/
Página 3 de 3

Potrebbero piacerti anche