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ANBID - Série 20
Dúvidas: 4636.financeiro@bradesco.com.br
(5 a 10% do exame)
SUMÁRIO
Assunto Pág.
1 - Princípios Básicos de Economia e Estatística 1
1.1 - Conceitos Básicos de Economia 1
1.1.1 - Indicadores Econômicos (Definição): PIB, Índices de Inflação (IPCA e IGP-M), 1
Taxa de Câmbio (PTAX), Taxa SELIC, Taxa DI e TR
1.1.1.1 - PIB - Produto Interno Bruto 1
1.1.1.2 - Índices de Inflação 2
1.1.1.3 - Taxa de Câmbio 3
1.1.1.4 - Taxa SELIC 4
1.1.1.5 - Taxa CDI - Certificado de Depósito Interfinanceiro 4
1.1.1.6 - TR - Taxa Referencial: definição 5
1.1.2 - Política Monetária: Instrumentos de Política Monetária 5
1.1.2.1 - Instrumentos de Política Monetária 6
1.1.2.2 - Metas de Inflação 8
1.1.2.3 - COPOM (Atribuições e Impactos das Decisões) 8
1.1.2.4 - Relação entre Juros e Atividade Econômica 9
1.1.3 - Política Fiscal 10
1.1.4 - Política Cambial 11
1.1.4.1 - Regimes de Taxa de Câmbio (fixo e flutuante) 12
1.1.4.2 - Cupom Cambial 13
1.1.4.3 - Reservas internacionais 13
1.1.5 - Contas Externas: Balança Comercial, Transações Correntes, Conta de Capital 14
1.2 - Conceitos Básicos de Finanças 15
1.2.1 -Taxa de Juros Nominal e Taxa de Juros Real 15
1.2.2 - Capitalização Simples versus Capitalização Composta 16
1.2.3 - Fluxo de Pagamentos: Relações e Conceitos 19
1.2.3.1 - Marcação a Mercado como Valor Presente de um Fluxo de Pagamentos 19
1.2.3.2 - Fluxo de caixa: CUPOM, Amortizações e Zero CUPOM 20
1.2.3.3 - Prazo Médio Ponderado 20
1.2.3.4 - Taxa Interna de Retorno (TIR) 21
1.2.4 - Custo de oportunidade: Conceito 22
1.2.5 - Taxa Livre de Risco 22
1.2.6 - Custo Médio Ponderado de Capital 22
1.2.6.1 - Alavancagem Financeira 23
1.2.7 – Retorno Histórico (Observado) e Retorno Esperado 23
1.3 - Princípios Básicos de Estatística 25
1.3.1 - Medidas de Posição: Média, Mediana e Moda 25
1.3.2 - Medidas de Dispersão: Variância e Desvio-Padrão 27
1.3.3 - Covariância, Correlação e Coeficiente de Determinação (R²) 29
1.3.4 - Distribuição normal 30
1.3.5 - Intervalo de confiança 31
1.4 - Negociação, Liquidação e Custódia 31
1.4.1 – Selic - Sistema Especial de Liquidação e de Custódia 31
1.4.2 - Cetip - Câmara de Custódia e Liquidação 32
1.4.3 - Câmaras de Liquidação e Custódia: Definição de Clearing 32
1.5 - Conceito e finalidade de Benchmarks e Índices de Referência 33
1.5.1 - Renda Variável; Renda Fixa 33
Para se evitar a dupla contagem na aferição do PIB, os bens e serviços intermediários não são
considerados, só valem os bens e serviços finais. Isso significa que a farinha de trigo vendida no
supermercado entra na composição do PIB, em função de sua venda, mas o trigo utilizado para
fazê-la, não, isto é, o trigo já está somado no PIB agropecuário.
PIB Consumo Agregado: é calculado a partir dos dados de consumo, investimentos, compras do
governo (gasto público) e exportações líquidas (exportações menos importações).
C = Consumo
I = Investimento
PIB = C + I + G + (Exp – Imp) G = Gasto Público
Exp = Exportação
Imp = Importação
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PIB Produção Agregada e PIB Consumo Agregado são conhecidos também por
PIB Nominal (representado pela soma dos valores monetários (em reais) dos produtos e serviços
finais).
Inflação é a alta permanente do nível geral de preços numa economia. Reflete, portanto, o
comportamento de centenas de preços de produtos e serviços. Cada um deles tem seu peso
específico para compor a média ponderada que constitui o índice de inflação. A elevação do preço
de um ou outro produto, isoladamente, não caracteriza inflação, embora possa pressionar um
pouco a taxa geral de variação.
Dificilmente, os índices de inflação vão refletir exatamente a variação de seu custo de vida. A
razão disto é simples: os índices são uma média ponderada dos preços do que toda uma
comunidade gasta com mercadorias e serviços. Por essa razão, muitas pessoas reclamam que a
inflação é maior do que a revelada pelos índices. Essas pessoas estão distantes da média
calculada pelo índice.
IPCA
O IPCA - Índice de Preços ao Consumidor Amplo - é utilizado pelo Banco Central do Brasil para o
acompanhamento dos objetivos estabelecidos no sistema de metas da inflação.
É calculado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) sendo que a população-
objetivo do IPCA é referente a famílias com rendimentos mensais compreendidos entre 1 (um) e
40 (quarenta) salários-mínimos, qualquer que seja a fonte de rendimentos, residentes nas áreas
urbanas das regiões Metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São
Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além do Distrito Federal e do município de Goiânia.
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IGP-M
O IGP-M - Índice Geral de Preços do Mercado - foi criado em 1989 pela Fundação Getúlio Vargas a
pedido de um pool de associações da área financeira liderado pela ANDIMA. Sua finalidade é
registrar o ritmo evolutivo de preços como medida síntese da inflação nacional.
A periodicidade do índice é mensal e a coleta de preços é feita entre o dia 21 do mês anterior ao
de referência e o dia 20 do mês de referência.
Exemplo: a coleta de dados para apuração do
IGP-M de dezembro é feita entre o dia 21 de
novembro e o dia 20 de dezembro.
“O câmbio está R$ 2,89”.
1.1.1.3 Taxa de Câmbio. O que significa isso?
PTAX
A Taxa PTAX pode ser considerada como a cotação oficial do Dólar Americano (e por conseqüência
de outras moedas estrangeiras) em relação ao Real. No Brasil, é definida como a taxa média
ponderada do dólar norte-americano, praticada no mercado de câmbio, tomando por base as
operações realizadas no mercado interbancário ao longo do dia. Divulgada pelo BACEN no
sistema Sisbacen, são levadas em conta as operações com liquidação em dois dias (D+2). A PTAX
é considerada como a taxa oficial do mercado, corrigindo contratos, títulos públicos federais etc.
PTAX
Taxa de câmbio calculada ao final de cada dia; é a taxa média de todos os negócios com
dólares realizados naquela data no mercado interbancário de câmbio, com liquidação
em D+2.
Fonte: BACEN
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Ao ler a primeira página de um jornal de economia você nota que são divulgadas todos os dias a
taxa Selic Meta e a taxa Selic Over. Qual a diferença entre elas?
SELIC Meta: é a taxa divulgada pelo COPOM - Comitê de Política Monetária, servindo como
parâmetro para a consecução das metas de inflação. É a taxa básica da economia do país.
SELIC Over: é a taxa apurada de acordo com a remuneração média dos títulos públicos federais,
provenientes das operações de repasses de recursos diários entre instituições financeiras e
BACEN, com garantias desses títulos. Sua cotação é expressa ao ano (base 252 dias).
Portanto, a Taxa CDI, ou Taxa DI, é o resultado da média diária das taxas de juros praticadas nas
operações de repasses de recursos entre instituições financeiras, com garantias desses títulos.
A taxa CDI é utilizada como referencial para o custo do dinheiro (juros). Por este motivo, esta
taxa também é utilizada como referencial para avaliar a rentabilidade das aplicações em fundos de
investimento.
IF = Instituição Financeira
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A Taxa Referencial – TR foi criada com a intenção de ser uma taxa básica referencial dos juros a
serem praticados no mês. É utilizada no cálculo do rendimento da Caderneta de Poupança, em
alguns títulos públicos, bem como em empréstimos do SFH - Sistema Financeiro da Habitação.
Para se calcular a TR é necessário ter-se calculado antes a TBF - Taxa Básica Financeira, a qual é
formada pela média diária das taxas de juros praticadas nas operações de CDB (Certificado de
Depósito Bancário) e RDB (Recibo de Depósito Bancário) dos 30 maiores bancos. Para a média
final, excluem-se as duas maiores e as duas menores taxas. A TBF é divulgada pelo BACEN no
segundo dia útil após a data de referência.
Política Monetária
Fonte: BACEN
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Open Market
Consiste na compra ou venda de títulos no mercado cuja finalidade é regular a liquidez e a taxa de
juros da economia. Em outras palavras, o Open Market é um instrumento de política monetária
complementar ao recolhimento compulsório e ao redesconto bancário.
Sua principal função, para a autoridade monetária, é adequar continuamente o volume de meios
de pagamento às necessidades da economia, atuando no curto prazo com compra e venda de
títulos públicos federais para otimizar a liquidez do sistema financeiro. Pode ser utilizada também
para regular a taxa de juros e antecipar ações para controle da liquidez bancária.
Já os bancos definem Open Market como reserva secundária de alta liquidez, permitindo o ajuste
instantâneo de sua liquidez, remunerando disponibilidades de curtíssimo prazo.
Redesconto
Quando ocorre a redução da taxa de redesconto, diminui a parcela de recursos que os bancos
dispõem para o pagamento de suas obrigações de curto prazo. Assim, podem conceder mais
empréstimos e aquecer a economia. Logo, com o aumento da taxa de redesconto a economia se
desacelera.
Redesconto Intradia
Depósito Compulsório
Recolhimento realizado pelas instituições financeiras sobre o total de seus depósitos, ou outros
títulos, sendo que os valores podem ser recolhidos parcialmente em moeda e/ou títulos públicos
federais.
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Nas situações que o Banco Central eleva as alíquotas dos depósitos compulsórios, ocorre uma
diminuição dos recursos disponíveis nos bancos destinados aos empréstimos, contribuindo para a
redução da base monetária e conseqüentemente desaceleração da economia. Ao diminuir as
alíquotas dos depósitos compulsórios, os bancos podem emprestar mais permitindo uma elevação
na oferta de crédito e estimulando o crescimento econômico.
E é por esta razão que dizemos que o depósito compulsório é utilizado como instrumento de
política monetária, pois consegue controlar o multiplicador da base monetária, restringindo o
crédito.
Veja abaixo um quadro resumo comparativo entre os três instrumentos de Política Monetária:
Efeito nos
POLÍTICA MONETÁRIA EXPANSIVA
Juros
Open
Compra de títulos – oferta moeda – aumento da liquidez
Market
Prazo ampliado e taxa de juros do empréstimo reduzida –
Redesconto
aumento da liquidez
Redução do percentual exigido – aumento do efeito
Compulsório
multiplicador e da liquidez
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Juntamente com a meta, é definido um intervalo de variação que é uma tolerância da volatilidade
da meta, para cima ou para baixo. Esta variabilidade se dá devido à volatilidade dos mercados
cambiais, nos preços de commodities agrícolas e nas cotações internacionais de petróleo.
No Brasil, as metas são representadas por variações anuais de índices de preços. Atualmente o
índice de referência é o IPCA. Sendo assim, uma variável fundamental da meta de inflação reside
no comportamento dos preços.
Considera-se que a meta foi cumprida quando a variação acumulada da inflação – medida pelo
IPCA, relativa ao ano situar-se na faixa do seu respectivo intervalo de tolerância.
O Banco Central do Brasil divulga, até o último dia de cada trimestre, o Relatório de Inflação
abordando o desempenho do regime de "metas para a inflação", os resultados das decisões
passadas de política monetária e a avaliação prospectiva da inflação.
O COPOM - Comitê de Política Monetária - foi instituído em 1996, com o objetivo de estabelecer as
diretrizes da política monetária e de definir a taxa de juros. A criação do Comitê buscou
proporcionar maior transparência e ritual adequado ao processo decisório. Atualmente, diversas
autoridades monetárias em todo o mundo adotam uma prática semelhante, facilitando o processo
decisório, a transparência e a comunicação com o público em geral.
Desde a implantação do regime de "metas para a inflação" (em 1999) como diretriz de política
monetária, as decisões do COPOM passaram a ter como objetivo cumprir as metas para a
inflação definidas pelo Conselho Monetário Nacional. Se as metas não forem atingidas, cabe
ao presidente do Banco Central divulgar, em carta aberta ao Ministro da Fazenda, os motivos do
descumprimento, bem como as providências e prazo para o retorno da taxa de inflação aos limites
estabelecidos.
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A taxa de juros fixada na reunião do COPOM é a meta para a taxa SELIC, a qual vigora por todo o
período entre reuniões ordinárias do Comitê. Se for o caso, o COPOM também pode definir o viés,
que é a prerrogativa dada ao presidente do Banco Central para alterar, na direção do viés, a meta
para a taxa SELIC a qualquer momento entre as reuniões ordinárias. Dessa forma, o viés pode ser
alto, baixo ou neutro.
Desde 2000, as reuniões ordinárias do COPOM eram mensais, a partir de 2006 estas foram
reduzidas para oito ao ano (ocorrem a cada 45 dias). A decisão final - a meta para a taxa SELIC e
o viés, se houver - são imediatamente divulgados à imprensa ao mesmo tempo em que é
expedido comunicado por meio do Sistema de Informações do Banco Central (SISBACEN).
Toda vez que a taxa de juros sofre alterações no Brasil há um impacto na atividade econômica do
país. Vamos ver qual é este impacto e como ele é chamado na política monetária.
Já a queda na taxa de juros provoca uma relação inversa: os investidores tendem a vender os
títulos do governo e haverá mais recursos no mercado e a atividade econômica tenderá a crescer.
Assim sendo temos uma política monetária expansiva.
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A política Fiscal é a política de arrecadação e despesas do governo, que engloba a carga tributária
tanto sobre pessoas físicas como empresas, assim como a definição dos gastos do governo com
base no montante de tributos arrecadado.
Em geral, a política fiscal adotada por um governo acaba repercutindo em sua política monetária.
Imagine a seguinte situação: se um funcionário gastar mais do que recebe, certamente vai
precisar utilizar-se de suas reservas ou de um financiamento. Com o governo, o mesmo ocorre:
quando suas despesas superarem as receitas arrecadadas, há uma situação de déficit. Em geral
este tipo de desequilíbrio leva os investidores a exigirem mais para comprar os títulos, o que
acaba forçando o Banco Central a elevar a taxa básica de juros (SELIC) usada como referência
para o retorno dos títulos públicos.
Em resumo podemos definir a Política Fiscal como a política de receitas e despesas do Governo.
Já a dívida pública é definida como o total das obrigações financeiras do setor público, aqui
incluídos o governo federal, estadual e municipal, com prazo de amortização superior a 12 meses.
Uma das formas do governo federal aumentar ou antecipar a sua arrecadação é através da
emissão dos títulos públicos. Toda emissão de títulos acompanha o pagamento de uma
determinada taxa de juros atrativa ao mercado, o que encarece (eleva) a dívida pública.
Cabe ressaltar ainda que o mercado externo exerce atualmente uma influência na dívida pública.
Investidores estrangeiros ficam atraídos pelas altas taxas oferecidas pelo governo federal. Numa
atitude inversa, quando o governo opta por baixar a taxa de juros há uma fuga de capitais, pois
os investidores avaliaram se ainda vale a pena manter o valor investido ou não.
Interna
Denominada em moeda interna (de livre curso)
Origem
Externa
Denominada em moeda estrangeira
Origina-se a partir da elaboração de um contrato, o qual define as
Contratual
características da dívida
Tipo
Origina-se a partir da emissão de um título, cujas características estão
Mobiliária
definidas em legislação específica
Oferta
Emitida por meio de processo competitivo de formação de taxas (leilão)
Forma de pública
emissão Emissão
Emitida para atender a contrato específico ou determinação legal
direta
Negociável Sem restrições para ser negociada em mercado
Negociação
Inegociável É impedida, por questões legais, de ser negociada em mercado
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Em uma política fiscal restritiva empregada quando a demanda agregada supera a capacidade
produtiva, onde há diminuição considerável dos estoques e os preços sobem, as medidas a serem
usadas seriam:
O financiamento do déficit do governo é feito por meio de emissão de títulos da dívida pública
sendo que:
− Se o nível de confiança de governo está elevado, a taxa de juros cai e o prazo se alonga;
− Se o nível de confiança está baixo, a taxa se eleva e o prazo torna-se mais curto.
Por fim, há ainda uma classificação do déficit de acordo com as despesas dos juros. Considera-se
Déficit Primário quando não se incluem as despesas com juros e Déficit Nominal
(ou Operacional) quando há inclusão das despesas com juros.
1.1.4 Política Cambial: Dívida Pública Indexada ao Câmbio, Cupom Cambial. Reservas
Internacionais, Regimes de Taxa de Câmbio. Relações e Conceitos
O governo exerce política cambial quando altera, por algum motivo, a taxa de câmbio. Esta
política ocorre principalmente quando o governo entra na economia comprando ou vendendo a
moeda, influenciando assim o seu preço.
De maneira geral os controles sobre o mercado cambial envolvem os regimes de cambio fixo e
flutuante.
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Num outro lado temos a política do câmbio flutuante (free floating), segundo a qual o preço da
moeda (taxa de câmbio) será determinado pelas condições de oferta e procura.
Entre esses dois extremos existem vários níveis de intervenção parcial da autoridade monetária
para regular (ou monitorar) a taxa de câmbio, caracterizando as políticas denominadas de
flutuação administrada. Nesta linha, a regra mais praticada é conhecida como banda cambial,
segunda a qual a autoridade estabelece uma faixa definida por um preço inferior e um superior,
permitindo que o câmbio flutue dentro dessa faixa.
Pode-se dizer que a política cambial brasileira se caracterizaria por algum controle de acesso ao
mercado cambial e por uma política de flutuação administrada.
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Variação
Custo do dinheiro Cambial Esta diferença nos
Esperada juros pagos (+/- 2%)
(Selic 10%) = (8%) é o cupom cambial
CUPOM
O investidor que compra um título, espera uma remuneração próxima ao custo do dinheiro.
Se este investidor adquire um título que paga a remuneração cambial e esta projeta uma
valorização menor (8%) que o custo do dinheiro (10%), se paga ao investidor o CUPOM da
diferença - aproximadamente 2% (cálculo exato: [1,10/1,08] –1 x 100 = 1,85%).
Nos títulos com cupom cambial os juros são fixados em dólar e o principal em reais.
Quando o déficit em transações correntes não for coberto pela conta de capital, o governo usa
suas reservas para fazer a cobertura sem ter que desvalorizar o câmbio.
Em casos excepcionais, o governo pode adicionar recursos do Fundo Monetário Internacional –
FMI. Para entendermos melhor este conceito, observe a seguir as definições de balança comercial,
transações correntes e conta de capital.
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A) BALANÇA COMERCIAL
- Exportações
- Importações
B) BALANÇA DE SERVIÇOS OU CONTA DE SERVIÇOS
- Viagens Internacionais
Transações - Transportes (fretes)
Correntes - Seguros
- Rendas de capital: Lucro, dividendos e juros da dívida externa1 .
- Serviços Governamentais
- Serviços Diversos
C) TRANSFERÊNCIAS UNILATERAIS
D) SALDO EM TRANSAÇÕES CORRENTES (A+B+C)
E) CONTA DE CAPITAIS
- Investimentos Diretos
- Reinvestimentos
- Empréstimos e Financiamentos
- Amortizações
- Outros
F) ERROS E OMISSÕES
G) SALDO DO BALANÇO DE PAGAMENTOS (D+E+F)
1. Itens mais importantes na Balança de Serviços: remessas de lucros, dividendos e pagamento de juros da divida externa
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1.2.1 - Taxa de Juros Nominal e Taxa de Juros Real: relação entre elas e conceito de
indexador
Para entender a diferença entre taxa nominal e taxa real, observe o exemplo abaixo:
O cliente retirou todo o rendimento e continuou com R$ 2.800.000,00 aplicados. Caso continue
procedendo dessa forma, o que ocorrerá com o investimento do cliente?
A cada mês o poder de compra dos recursos aplicados vai ficando menor, ou seja, o que o cliente
comprava com R$ 2.800.000,00 no mês passado, não pode mais ser adquirido neste mês. Isso
ocorre porque a inflação corrói o poder de compra da moeda. Em outras palavras, a taxa de
1,60% é uma taxa nominal que não considera os efeitos corrosivos da inflação sobre o dinheiro.
Para preservar seu poder de compra, o cliente deveria considerar os efeitos da inflação sobre o
investimento. Para fazê-lo, suponha que, no período do investimento, a inflação medida pelo
IGP-M tenha sido de 0,8%. Para saber quanto o cliente pode resgatar do valor investido para
manter seu poder de compra, isto é para encontrar a taxa real de juros, teríamos que fazer o
seguinte cálculo:
(1 + taxa nominal) - 1
Taxa Real = x 100
(1 + inflação)
(1 + 0,0160)
Taxa Real = -1 x 100
(1 + 0,008)
Assim, o valor que poderia ser retirado pelo cliente para que seu poder de compra fosse
preservado seria R$ 22.223,60 (0,7937% de R$ 2.800.000,00).
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É claro que se tivermos a taxa de juros real e a taxa de inflação, fica fácil calcular a taxa nominal:
Resumo:
Já o indexador é um termo usado para se referir ao índice utilizado para atualização monetária de
um determinado valor. Dentre os indexadores mais usados no país estão os índices de inflação,
como o IGP-M e o IPCA, atrelados à taxa de juros como a taxa CDI ou atrelados à bolsa: IBX e
IBOVESPA.
Capitalização Simples
Os juros de cada período são calculados sempre em função do capital inicial empregado.
Onde:
FV = Valor Futuro.
PV = Valor Presente.
n = prazo da operação.
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FV = PV x (1 + i x n)
FV = 10.000,00 x (1 + 0,05 x 3)
FV = R$ 11.500,00
Capitalização Composta
Na capitalização composta, o valor dos juros de cada período é calculado aplicando-se a taxa
sobre o saldo existente no início do período correspondente. O valor de juros não pagos
incorporam-se ao principal.
FV = PV x (1 + i)n
FV = 10.000,00 x (1 + 0,05) 3
FV = R$ 11.576,25
Quando falamos de Juros Compostos estamos falando de Taxas Equivalentes, ditas assim
quando produzem o mesmo montante no final de determinado tempo, pela aplicação de um
capital inicial de mesmo valor. Assim, as taxas equivalentes de:
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A resposta é: depende.
Se você é o tomador dos recursos certamente vai querer pagar menos juros. Se está
emprestando, vai querer receber mais juros. O prazo da operação e o período de capitalização da
taxa são muito importantes para determinar qual regime gera mais juros. Veja o exemplo abaixo:
Um cliente solicita um empréstimo de R$ 10.000,00 para pagar daqui a um mês à taxa de juros
de 60% ao ano. Qual o valor a ser pago pelo cliente utilizando-se o regime de capitalização
simples? E se for utilizado o regime de capitalização composta?
Capitalização Simples
FV = PV x (1 + i x n)
FV = 10.000,00 x (1 + 0,05 x 1)
FV = R$ 10.500,00
Capitalização Composta
FV = PV x (1 + i)n
FV = 10.000,00 x (1 + 0,60)1/12
FV = R$ 10.399,44
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Caso o prazo da operação coincidisse com o período de capitalização da taxa de juros (por
exemplo: operação de um ano com taxa de juros anual), o valor de juros na capitalização simples
seria exatamente igual ao valor de juros gerados no regime de capitalização composta.
Por outro lado se alterássemos o prazo da operação para dois anos, teríamos:
Capitalização Simples:
FV = 10.000,00 x (1 + 0,60 x 2) = R$ 22.000,00
Capitalização Composta:
2
FV = 10.000,00 x (1 + 0,60) = R$ 25.600,00
Neste caso, pelo regime de capitalização composta, o valor de juros gerados é maior.
Resumindo
Taxa de Juros
Nominal representa o rendimento percentual de um investimento sem excluir os
efeitos corrosivos da inflação.
Real representa o rendimento percentual de um investimento descontando a
inflação do período.
Proporcional Sinônimo de juros simples ou linear.
Equivalente Sinônimo de juros compostos.
O conceito de mark to market ou marcação a mercado é muito importante e bastante usado, pois
permite conhecer o valor real de fluxos futuros que compõe uma carteira, ou seja, o valor que se
poderia realizar no mercado caso o possuidor do direito de receber essas receitas resolvesse se
desfazer desse direito.
A Marcação a Mercado possui importantes aplicações práticas. Na gestão de fundos de
investimento, a metodologia que usa a Marcação a Mercado é a mais transparente para o cálculo
do valor das cotas, visto que reflete o valor do mercado da carteira que compõe o fundo.
O valor a mercado de um título prefixado corresponde ao valor de vencimento (valor de
resgate/futuro) deste título trazido a valor presente1 pelo fator de desconto2 (referente à data de
vencimento do título) obtido da curva de juros de mercado em reais.
1. Neste caso, o valor presente, também é conhecido como PU.
2. A taxa de desconto (ou fator de desconto) é a taxa de juro utilizada num título para trazê-lo a
valor presente.
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Quando no fluxo de caixa ocorre pagamento de juros intermediários e o principal mais a última
parcela dos juros são pagos ao final, diz-se que o fluxo paga cupom, que corresponde aos juros
pagos.
Os fluxos que não pagam cupons intermediários são conhecidos como ZERO CUPOM (ou
carecas). Títulos zero cupom são negociados com deságio e o prazo médio é igual ao prazo de
maturidade ou vencimento (maturity).
Taxa de Juros
Prazo a
até o último Valor Presente
Valor do Decorrer até Valor
Título Prazo do Ponderado pelo
Resgate o Presente
(A) Título (252 Prazo a Decorrer
(B) Vencimento (E)
dias úteis) (F) = (E) x (C)
(d.u) (C)
(D)
Título A 10.000.00 17 18,31% a.a. 9.887,21 168.082,64
Título B 20.000.00 39 19,53% a.a. 19.455,37 758.759,43
SOMA 29.342,58 926.842,07
Assim o Prazo Médio Ponderado da carteira é obtida dividindo-se a soma da coluna F pela soma da
coluna E, ou seja:
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Consiste em uma taxa que ao descontar um fluxo de caixa o torna nulo, ou seja, igual a zero.
Quando trazemos a valor presente todos os valores de um fluxo de caixa e deduzimos o resultado
encontrado do valor inicial, o valor encontrado deverá ser igual a zero. A taxa aplicada nesta
operação é denominada de TIR –Taxa Interna de Retorno.
Exemplo:
15 40 60 100
f REG
87 CHS g CF0
15 g CFJ
40 g CFJ
60 g CFJ
100 g CFJ
f IRR à 35,3%
A TIR de 35,3% é a taxa que iguala os valores do fluxo de caixa a valor presente, ou seja,
trazendo a valor presente cada valor indicado no fluxo, teremos respectivamente: 11,09; 21,85;
24,22 e 29,84 que somados resultam em 87,00.
Logo, tal resultado subtraído do valor inicial de - 87,00 totaliza ZERO.
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O conceito de custo de oportunidade (ou alternativo) representa o benefício que foi desprezado ao
se optar por um investimento em detrimento de outro, ou seja, a rentabilidade que se abriu mão
por escolher outra opção de investimento.
O custo de oportunidade retrata quanto uma pessoa ou uma empresa sacrificou de remuneração
por ter escolhido aplicar seus recursos em outro investimento de risco semelhante.
Exemplo: Quando um investidor em fundo de renda fixa de curto prazo remunerado pelo CDI
abre mão dessa remuneração para aplicar seu capital em outra alternativa de investimentos,
como um fundo Multimercado, neste caso, o custo de oportunidade é o CDI.
O conceito de Taxa Livre de Risco está ligado a uma remuneração totalmente correlacionada com
outros ativos, ou seja, retorno livre de risco de Liquidez e Crédito. São exemplos teóricos de taxas
livres de risco a taxa de títulos do Governo Federal dos Estados Unidos e, aqui no Brasil, as taxas
SELIC e CDI-CETIP.
Conceito usado para decidir se um investimento vai contribuir para um aumento ou para uma
redução do valor das ações de uma companhia. Muito ligado entre as decisões de investimentos
de longo prazo e a riqueza dos acionistas ou proprietários.
− A natureza fiscal que funciona como parte dedutível no cálculo da provisão do imposto de
renda (IR).
Já o custo do capital próprio é mais complexo principalmente ao ser dimensionado para empresas
com ações bastante pulverizadas no mercado. Dois procedimentos podem ser utilizados:
− O modelo de precificação de ativos – CAPM (Capital Asset Pricing Model) que estabelece uma
relação linear entre o retorno de um ativo e o retorno de mercado. Quanto maior o risco da
decisão, maior o retorno exigido pelos proprietários e vice-versa.
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A estrutura de capital para que seja eficiente e sirva para alavancar o desenvolvimento
empresarial precisa ser bem definida obedecendo a certos critérios:
− Risco do negócio: quanto maior o risco das operações da empresa, menor deve ser o grau de
endividamento;
− Posição tributária: os juros sobre o capital de terceiros são dedutíveis para o efeito de I.R;
Ao investir, o cliente tem uma expectativa de rentabilidade que, muitas vezes, é baseada no
desempenho histórico daquele investimento.
Porém, cabe ressaltar que o retorno (rentabilidade) observado no passado não é garantia de
rentabilidade futura e o investidor deve estar ciente de que são as condições de mercado que
determinarão a rentabilidade de seu investimento.
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Um cliente espera obter 1,0% de rentabilidade num CDB prefixado (retorno nominal). Em outro
CDB espera uma rentabilidade de 90% do CDI (retorno esperado atrelado a um benchmark).
Concluindo, quando o cliente for investir, devemos conhecer a sua expectativa em relação ao
retorno no período (rentabilidade esperada). Alertar para a relação risco-retorno do investimento
e ressaltar que o retorno observado pode não ser o esperado, pois depende da conjuntura
econômica atual.
Resumindo:
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Das três medidas de posição, a média certamente é a mais conhecida. Utilizamos o conceito de
média desde o ensino fundamental quando nossa professora dizia para somarmos a nota da prova
com a nota do trabalho e dividir por dois para encontrarmos a média.
A média (conhecida também por média aritmética) é calculada através da soma dos valores do
conjunto e dividindo-se pela soma do número de valores no conjunto. Observe o exemplo abaixo:
Nota 1: 9
Nota 2: 4 Média = (9 + 4 + 8 ) / 3
Nota 3: 8 = 21 / 3 = 7
Média Ponderada
A média, porém, pode ter algumas imperfeições. Imagine um aluno que para ser aprovado em
uma determinada matéria necessite uma média igual ou superior a 5. Para tanto, o mesmo será
avaliado por um trabalho em grupo e uma prova individual. Veja abaixo o cálculo da média:
Observe que neste caso, o aluno seria aprovado pela nota do trabalho em grupo e não pelo seu
desempenho individual. Ciente disto, sua professora resolve mudar a metodologia de cálculo,
priorizando a prova individual em relação ao trabalho em grupo. Para tanto, ela atribui pesos a
cada uma das atividades conforme segue:
Assim fazendo, a professora enfatiza a prova em relação ao trabalho em grupo. Neste caso a
média aritmética seria insuficiente para realizar o cálculo. Precisamos utilizar-se da média
ponderada, ou seja, considerar os pesos atribuídos pela professora às notas, conforme exemplo
abaixo:
Nota do Trabalho em grupo: 10
Nota da Prova individual: 0
Média Ponderada = (10 x 1) + (0 x 2) / 3 = 3,33
Observe que para o cálculo da média ponderada precisamos multiplicar a nota pelo peso
correspondente dividindo o resultado pela somatória dos pesos.
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Mediana
Uma outra medida retirada do meio de um conjunto de números é a mediana. Ela tem como
principal característica dividir um conjunto ordenado de dados em dois grupos iguais: uma das
“metades” terá valores inferiores à mediana e a outra metade valores superiores a ela. A mediana
será o elemento central. Veja o exemplo abaixo:
2 3 3 5 6 6 7 8 8 9 10
Mediana
5 elementos
Quando ordenamos a amostragem, o elemento central (6) que divide a amostra em dois
conjuntos com elementos iguais é denominado de mediana. Observe que em cada lado da
mediana ficaram cinco elementos. Isto sempre acontecerá se a amostra possuir um número ímpar
de elementos (11 no exemplo acima). Caso a amostra tenha um número par de elementos, deve
se realizar a média aritmética dos dois elementos centrais. Exemplo: na amostra 1 2 3 4, a
mediana será a média entre os elementos 2 e 3, ou seja 2,5.
Moda
A moda é o elemento que mais aparece na amostra, o que ocorre com maior freqüência. Observe
abaixo:
1 3 4 4 5 5 5 8 9 9 10
Moda
Comparada com a média e a mediana, a moda é o elemento com menor utilidade, pois não é
utilizada como uma análise matemática. Porém, ela indica qual é o valor típico em termos de
maior ocorrência. Quando na amostra os elementos ocorrem com aproximadamente a mesma
freqüência, a moda acaba por ser desprezada.
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A dispersão mede quão próximos estão um dos outros os valores de um grupo. As medidas de
dispersão indicam como os valores de um conjunto distribuem-se em relação à média.
Variância
A variância de uma amostra é a média dos quadrados dos desvios dos valores a contar da
média, calculada e dividindo a amostra pelo número de elementos menos um (utiliza-se a
expressão n – 1 no denominador ao invés de n).
S 2
=
∑ ( Xi − X ) 2
n −1
(xi - X ) (xi - X )2
-4 16
-2 4
0 0
+2 4
+4 16
Soma è 40
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S 2
=
∑ ( Xi − X ) 2
n −1
40
S2 = = 10
5 −1
Observe que o denominador é “n–1” por se tratar de uma amostragem. Caso seja utilizada a
população total, o denominador será apenas “n”, ou seja, o número de elementos da amostra.
A mesma regra se aplica também ao desvio-padrão.
Desvio-Padrão
O desvio-padrão é representado pela letra grega “σ” (sigma), quando calculado a partir de dados
de uma população e “S” quando obtido da amostra.
O risco é gerado por esta incerteza é medido pelo desvio-padrão dos resultados inesperados, isto
é, daqueles resultados que se desviam do resultado esperado. Abaixo está a fórmula do desvio-
padrão:
S=
∑ ( Xi − X ) 2
n −1
O desvio-padrão é uma medida que só pode assumir valores positivos e quanto maior for o seu
valor, maior será a dispersão de dados.
Utilizando-se do mesmo exemplo de variância, temos: 10 = 3,16 .
O resultado (3,16) denota que em relação à média, na maioria das vezes a amostra varia entre –
3,16 e + 3,16.
Por fim, o desvio-padrão é uma das medidas mais comumente utilizadas para as distribuições,
sendo importantíssimo para a estatística. Sua unidade é a mesma da média. Se calcularmos, por
exemplo, a média de preços em reais de uma ação no Ibovespa em um determinado período, o
resultado do desvio-padrão se dará também em reais.
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Covariância
A Covariância fornece uma medida não padronizada do grau no qual as variáveis se movem. O
resultado obtido pela Covariância pode assumir valores negativos, positivos ou zero e que pode
ser interpretado da seguinte forma:
COVARIÂNCIA CONCLUSÃO
Indica associação oposta entre os valores das variáveis
COV < 0 (negativa)
(movimentos opostos)
COV = 0 Não há associação entre os valores das variáveis.
Indica uma associação direta entre os valores das variáveis
COV > 0 (positiva)
(movimentos de um mesmo sentido).
Correlação
A correlação entre duas variáveis mostra como elas se movem em conjunto. A medição desse
relacionamento é obtida pelo chamado Coeficiente de Correlação. Esse coeficiente varia entre –
1 e +1.
Coeficiente de
CONCLUSÃO
Correlação
Variáveis negativamente correlacionadas. Quando uma variável X
-1
diminui a variável Y tende a aumentar.
Não há associações entre dois ativos, são independentes, não
0
correlacionados.
As variáveis apresentam-se perfeitamente ou indiretamente
+1 correlacionadas. Variações em Y determinam variações paralelas e
no mesmo sentido em X, ou seja, se X cresce, Y também cresce.
NOTA: A correlação tem grande importância na diversificação dos retornos esperados dos
investimentos como forma de reduzir o risco. Ativos com coeficientes de correlação semelhantes
não colaboram para redução de risco total por gerarem ganhos nas situações favoráveis ou perdas
em épocas adversas.
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Lembramos que esta é uma interpretação do índice e pode apresentar variações. Alguns podem
considerar que um coeficiente de 0,40 é fraco, outros que 0,71 é uma correlação moderada. O
que podemos assegurar é que quando o coeficiente está próximo a 1 a correlação existente é
intensa já quando ele apresenta um coeficiente próximo a zero, quase não há correlação.
A covariância e a correlação são conceitos parecidos. Porém a correlação, devido a seu intervalo
de variação mais restrito, é mais utilizada pelo mercado.
Exemplo: considere duas séries de dados que representam o preço à vista de duas ações
(empresas A e B) em um determinado período. A correlação entre as ações é de 0,79. Logo seu
(R²) será de 62% (0,79)2. Isto significa que 62% da variabilidade de uma ação é explicada pela
variabilidade da outra. Portanto, em 38% das vezes existem outros fatores que influenciam na
formação do preço das ações.
Uma variável aleatória pode ser classificada como discreta ou contínua. É discreta quando
assume um número de valores finito, ou seja, valores que podem ser contados, como por
exemplo: número de acidentes em um mês, número de terremotos, número de livros em uma
estante. Uma variável é contínua quando assume valores contínuos ou infinitos, ou seja, pode
assumir qualquer valor de um determinado intervalo, como por exemplo: peso de uma caixa de
uvas, altura dos participantes do treinamento da CPA-20.
Uma variável quando assume valores infinitos é definida uma distribuição de probabilidade
normal, sendo representada por uma curva em forma de sino, suave, simétrica em relação à
média, e contínua denominada de curva normal ou de Gauss, conforme abaixo:
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A área localizada abaixo da curva é considerada 100%. Se uma variável tem distribuição normal
temos:
− Cerca de 68% de seus valores cairão no intervalo de 1 (um) desvio-padrão a contar de cada
lado da média;
− Cerca de 95% no intervalo de 2 (dois) desvios-padrão a contar da média; e
− Cerca de 99,7% dentro de 3 (três) desvios-padrão a contar da média.
Exemplo: Um grupo de 100 pessoas tem idade média de 30 anos, com desvio-padrão de 10
anos numa amostra de distribuição normal. Quando se fala em 95% de intervalo de confiança,
deduzimos que se trata de dois desvios-padrão, ou seja, foi observado que 95% dessa amostra
terá pessoas de 10 a 50 anos.
Se 1 desvio-padrão é igual a 10, 2 desvios-padrão são 20. Com a média de 30 anos temos uma
variação de 20 abaixo da média (30 – 20 = 10) e de 20 acima da média (30 + 20 = 50) com 95%
de intervalo de confiança.
Por dedução, este intervalo de confiança terá 95% de chances de conter um valor que se desvie
da média na proporção de até dois desvios-padrão.
É um sistema gerido e operado pelo Banco Central do Brasil em parceria com a ANDIMA -
Associação Nacional da Instituições do Mercado Financeiro. O SELIC é o depositário central dos
títulos emitidos pelo Tesouro Nacional e pelo Banco Central do Brasil processando a emissão,
resgate, pagamento de juros e custódia desses títulos. Todos os títulos são escriturais, isto é,
emitidos exclusivamente na forma eletrônica.
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A CETIP é uma das maiores empresas de custódia e de liquidação financeira da América Latina e
se constitui em um mercado de balcão organizado para registro e negociação de títulos e valores
mobiliários de renda fixa. Sem fins lucrativos, foi criada em conjunto pelas instituições financeiras
e o Banco Central para garantir mais segurança e agilidade às operações do mercado financeiro
brasileiro. Hoje, a CETIP oferece o suporte necessário a toda a cadeia de operações, prestando
serviços integrados de custódia, negociação on-line, registro de negócios e liquidação financeira,
além de prover sistemas e suporte tecnológico para a CIP - Câmara Interbancária de Pagamentos,
a câmara de pagamentos da FEBRABAN. Os mercados atendidos pela CETIP são regulados pelo
Banco Central e pela CVM - Comissão de Valores Mobiliários e, por adesão, seguem os Códigos de
Ética e Operacional da ANDIMA - Associação Nacional das Instituições do Mercado Financeiro.
Principais títulos custodiados no SELIC e na CETIP:
Vale lembrar que: embora a CETIP mantenha ênfase para títulos privados de renda fixa, ela
também controla os títulos públicos emitidos pelos Estados e Municípios.
Uma das condições necessárias ao perfeito funcionamento dos mercados financeiro e de capitais é
a certeza de seus participantes que seus ganhos serão recebidos e que suas operações de compra
e venda serão liquidadas nas condições e no prazo estabelecidos.
Isso é proporcionado, pelas câmaras de registro, compensação e liquidação, mediante um sistema
de compensação que chama para si a responsabilidade pela liquidação dos negócios mediante a
existência de estruturas adequadas ao gerenciamento de risco de todos os participantes.
Além disso, elas monitoram os riscos resultantes das transações realizadas pelos seus membros,
ou seja, boa parte dos riscos do Sistema de Pagamentos é gerido pelas Câmaras de Liquidação, e
não pelo Banco Central.
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1.5.1 - Renda Variável; Renda Fixa: DI, Selic, Câmbio, IGP-M, IPCA, Ibovespa e IBX.
Se procurarmos uma aplicação conservadora com rendimento que acompanhe as taxas de juros
vigentes no mercado, um bom benchmark é o CDI.
A taxa de câmbio é um bom referencial para investimentos cuja rentabilidade esteja atrelada a
variações da moeda, tais como os Fundos Cambiais, os quais são uma das opções para o
investidor se proteger do risco cambial, caso tenha dívidas em moeda estrangeira.
Se o objetivo do investidor é manter o poder de compra do dinheiro em reais (R$), deve procurar
um investimento que tenha como benchmark o IGP-M, por exemplo, pois como visto, trata-se de
um índice de preços que registra a evolução dos preços como medida síntese da inflação. Já o
Governo federal, para calcular se a inflação está de acordo com a meta inflacionária definida pelo
Conselho Monetário Nacional utiliza-se do IPCA – Índice de Preços ao Consumidor Amplo que é
um benchmark para a inflação nacional.
Por outro lado, caso se trate de investimento em ações, um possível referencial é o IBOVESPA
ou o IBX, já que esses índices são compostos pelas ações mais negociadas na Bovespa, refletindo
o comportamento do mercado.
O Índice Brasil - IBrX é um índice de preços que mede o retorno de uma carteira
teórica composta por 100 ações selecionadas entre as mais negociadas na BOVESPA, em
termos de número de negócios e volume financeiro; sua metodologia de cálculo é
parecida com o Ibovespa e reavaliada a cada quatro meses. Uma variante deste
benchmark é o IBX 50, que como o próprio nome diz é composto pelas 50 ações entre as
mais negociadas.
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Especificações de Publicação