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INTRODUÇÃO
A formação de conceitos aparece no ser humano quando este se sente exposto ao
ambiente. Em uma analise objetiva, dizemos que o individuo aprende observando o meio que
se encontra, sendo que sua curiosidade é despertada, passa a querer conhecer mais sobre o
ambiente para maior entendimento próprio. Neste ponto a conceituação surge para dar
significado a cada fenômeno observado e usando uma nomenclatura pessoal, somente
coerente a ele mesmo, nomina-se tudo que lhe é apreciável (CACHAPUZ, PRAIA e JORGE,
2004).
Podemos dizer que o conceito nada mais é que a forma com a qual entendemos um
determinado objeto ou fenômeno. É o mecanismo que usamos para dar significado às “coisas”
e formamos o nosso conhecimento (aprendizado) e nos certificamos de sua existência,
podendo ter uma coerência grupal (um conjunto especifico de indivíduos-teorias) ou
simplesmente pessoal. É nele que “vemos” os objetos de maneira significativa e familiar,
criando o nosso próprio conhecimento, é com ele que entendemos outras formas de
conhecimento, é partir do conceito que buscamos o conhecimento. É valido ressaltar, que o
conhecimento tem varias formas de apresentar-se, para nosso caso usaremos duas: o
conhecimento cientifico e o conhecimento popular, também chamado de senso comum.
Assim, Bizzo (2007) afirma que o conhecimento cientifico não é melhor ou mais
verdadeiro do que os outro tipos de conhecimentos apenas diferente. Em termos absolutos, de
modo geral, o conhecimento científico não contradiz o senso comum. No senso comum há
coincidência entre causa e intenção. Ele é prático e aplicável, resulta em beneficio individual
e imediato com relações perceptíveis e explicáveis. Está vinculado a crenças de um
determinado povo, sendo justificado pela experiência do quotidiano. Não há a utilização de
algum método universal conhecido. Já o cientifico é racional, sistemático e verificável. Sua
origem está nos procedimentos de verificação baseados na metodologia universal especifica.
Nada é do acaso, sendo “formado” por meio da observação empírica dos fatos que ocorrem no
ambiente (CACHAPUZ, PRAIA e JORGE, 2004).
Os conceitos formulados a partir do senso comum são relativista (podem se aplicar a
qualquer contexto sem depender do outro), sincrético (associa todas as teorias possíveis) e
plurissignificísta (apresenta vários significados). Por sua vez os conceitos formulados, a partir
do conhecimento cientifico, são reais (fatos relacionados à observação), objetivos (não
aceitam contradição, se esta aparecer pode ocorrer à queda de uma das duas ou mais teorias
que se contradizem), sistemático (por ter uma terminologia definida e padronizada),
interdependente (uma teoria completa a outra), independe do contexto, simbólicos e abstratos
(BIZZO, 2007). Este é o tipo de conhecimento que é ensinado nas escolas e são estes os
conceitos que são aplicados nas novas metodologias de ensino, e por tal e considerado
verdadeiro. Não que o senso comum não seja irreal, mas pode ser “manipulado” com
informações não verídicas, citamos o exemplo nacional da “manga com leite”, contudo
existem conceitos derivados do senso comum que foram explicitados por meio do
conhecimento cientifico como a utilização de substancias derivadas das plantas para o
tratamento de doenças. A partir do início da modernidade, a ciência foi definida como o
caminho privilegiado e mais seguro de acesso à realidade, sendo que desta se espera que os
indivíduos que fazem o seu uso produzam conhecimentos úteis e também forme pessoas
capazes de atender aos requisitos de um mundo economicamente ativo e moldado pelas
mesmas: ciência e tecnologia. (GOERGEN, 1998).
O grande problema do senso comum é seu caráter individual. Deve-se tomar cuidado
ao se partir de interpretações próprias do individuo com relação ao meio, assim, pode-se
conceituar de maneira errônea, ao que diz respeito à concepção verdadeira das coisas, estes
mesmo objetos, dando significados totalmente inversos sobre um mesmo fenômeno, o que de
certa forma não seria interessante ao aprendizado de nenhum estudante. A conceituação
apresenta-se em crianças que começam a ter um uma visão mais critica a sobre o mundo que
lhe é apresentado, esta relacionada ao desenvolvimento cognitivo que o individuo apresenta
(MAIA e JUSTI, 2008). Citando ainda Maia e Justi, (2008) no ponto que alguns chamam de a
idade dos “por quês”, onde o individuo tem o contado com o ambiente e se interroga, de
maneira critica sobre a coerência do conceito que lhe esta sendo apresentado. Todavia, essa é
uma via de mão dupla, no que se refere ao aprendizado. Por um lado é muito interessante
aproveitar o senso critico, recém desperto, que o individuo apresenta nesta etapa da vida,
porém, sem a devida orientação o mesmo pode formar significados alienados a respeito dos
conceitos que o circundam. A isso Bizzo (2007), reflete ao dizer que cada estudante traz uma
forma de conhecimento consigo, este adquirido de uma fonte: a observação do meio onde
vive, suas relações sociais, meios de comunicação (TV, Mídia escrita e internet). Bizzo
(2007), ainda completa dizendo que este conhecimento pode ser uma concepção alternativa do
real, uma visão alienada do verdadeiro conceito oriundo da educação formal.
Citaremos trechos de um livro infantil nacional da Autora Ruth Rocha com o titulo
Marcelo, marmelo, martelo, que exemplifica a respeito dos conceitos e sua alienação:
Neste trecho surgem as indagações, a fase dos “Por quês”:
[...] No dia seguinte, lá vinha ele outra vez: - Papai, por que é que
mesa chama mesa? - Ah, Marcelo, vem do latim. - Puxa, papai, do
latim? E latim é língua de cachorro? - Não, Marcelo, latim é uma
língua muito antiga. - E por que é que esse tal de latim não botou na
mesa nome de cadeira, na cadeira nome de parede, e na parede nome
de bacalhau?[...]
[...] Daí a alguns dias, Marcelo estava jogando futebol com o pai: -
Sabe, papai, eu acho que o tal de latim botou nome errado nas coisas.
Por exemplo: por que é que bola chama bola? [...]
Neste trecho Marcelo mantém o senso critico, contudo começa a formar concepções
alternativas sobre os conceitos:
Aqui o pai de Marcelo tenta orientá-lo a respeito de suas concepções dos conceitos:
METODOLOGIA
RESULTADOS E DISCUSSÕES
CONCLUSÃO
Se fossemos citar as fontes que nos dão o significado de cada conceito aqui
relacionado verificaríamos que estes por sua vez apresentam certa diferença na forma pela
qual são ilustrados. Podemos dizer que um dicionário de língua portuguesa do Brasil relataria
de forma objetiva e clara o significado de cada um dos conceitos consonante ao emprego da
palavra, enquanto uma lei, ou leis, seriam mais abrangentes no seu significado e as possíveis
interpretações que podem surgir a esse respeito, ao passo que um pesquisador, ou até mesmo
na literatura cientifica se mostraria o mais sistemático possível para evitar colocações
equivocada e individuais.
Entretanto, quando falamos de concepções de pessoas, o individuo faz questão de
colocar sua própria opinião, de forma critica e singular, mas é de se salientar que mesmo tento
o senso critico este acaba fornecendo uma concepção alternativa e às vezes distante do
verdadeiro significado que corresponde a palavra. É valido que cada individuo tenha em
mente o seu senso a respeito disso, contudo, não se deve torna-se uma variável que inflige as a
razão pelo qual se busca o conhecimento.
Deve-se partir do pressuposto que o conhecimento é universal. Se fizermos como o
Marcelo do livro infantil, estaremos nos isolando do mundo (conceito universal do
conhecimento) e isolando as possíveis trocas de conhecimentos que poderíamos fazer com
outros indivíduos. Ao mudarmos a nossa concepção de uma centrada no senso comum para
uma formada no conhecimento cientifico abrimos o novo horizonte onde os entendimentos
surgem para o beneficio próprio do individuo, uma visão utópica, mas coerente a este
respeito. O entendimento se manifestaria de forma abrangente firmado em sintonia com a
relação de busca e aquisição, troca e mudança, para formalizar o aprendizado de forma
dinâmica e concreta.
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
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