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luís palma de jesus Escola Secundária Severim de Faria – Évora

http://geografismos.blogspot.com GEOGRAFIA-A NO 10º ANO


SEBENTA DAS UNIDADES DIDÁCTICAS

SEBENTA DAS MATÉRIAS


DE GEOGRAFIA-A DE 10ºANO

OS RECURSOS DO SUBSOLO
inserido no tema “Os Recursos Naturais de que a população Dispõe: Usos, Limites e
Potencialidades”

ÍNDICE DOS ASSUNTOS:

- Enquadramento no programa oficial da disciplina


- Conceitos e noções básicas sugeridos pelo programa oficial - definições breves
- Resumos elementares

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RECURSOS DO SUBSOLO:
• Os principais recursos são:
- Minerais metálicos
- Minerais não metálicos
- Rochas ornamentais e industriais
Importância dos - Águas minerais
recursos do subsolo • Os recursos do subsolo podem contribuir para o desenvolvimento de
algumas actividades económicas (agricultura, construção civil,
joalharia, indústrias química, metalúrgica, siderúrgica, cerâmica...)
• O contributo da exportação é importante para a economia do país

Áreas de exploração dos • Verificam-se desigualdades espaciais no que se refere à distribuição


recursos do subsolo das áreas de exploração destes recursos
• As condições de acessibilidade das minas
• A dimensão das empresas
• O agravamento dos custos de exploração
• As dificuldades de exploração e de prospecção
• A paralisação de algumas explorações mineiras
• O aumento do desemprego
• A desestabilização dos mercados
• A concorrência de outros países
Problemas na
• O impacte ambiental das explorações
exploração dos recursos
do subsolo • Consumo:
- Grande consumo de recursos energéticos importados
- Aumento do consumo a um ritmo mais rápido do que o PIB
- Deficiente grau de eficiência energética
- Desigualdades espaciais
• Necessidade de importação de combustíveis
• Dependência face à oscilação dos preços
• Dificuldades de adaptação da política energética do país às exigências
da UE
• Impacte ambiental da utilização de combustíveis fósseis, em especial do
petróleo e derivados
• Aumento da inventariação e da avaliação dos recursos minerais
• Emprego de novas tecnologias
Novas perspectivas
• Exploração de alguns recursos que antes não tinham aplicações
de exploração e
• Reestruturação das empresas
utilização
dos recursos do subsolo: • Aproveitamento das águas minerais e de mesa:
medidas para - Aumento da exportação
a potencialização - Incremento do turismo termal com o desenvolvimento das áreas
desses recursos onde se insere e expansão de outras actividades
• Recuperação de áreas mineiras abandonadas
• Utilização cada vez maior das energias renováveis

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A IMPORTÂNCIA DOS RECURSOS DO SUBSOLO DE PORTUGAL

Explorados através da indústria extractiva constituem, regra geral, matérias-primas


para a indústria, para além da produção de energia.

Em Portugal, apesar da relativa abundância de recursos do subsolo (e.g., grande


variedade de jazidas minerais) este sector de actividade tem um peso económico pouco
relevante, quer porque, em alguns casos, as reservas são diminutas, quer porque a
conjuntura internacional condiciona o mercado destes produtos.

ASSIMETRIAS: as áreas de exploração, a importância e a utilização dos recursos do


subsolo apresentam desigualdades regionais.

É necessário promover a potencialização desses recursos tendo em vista a sua exploração


sustentável.

ESCLARECER: RECURSOS NATURAIS


RECURSOS NATURAIS são elementos da Natureza que o Homem utiliza directamente
ou que transforma para obter outros bens de que necessita

Os recursos naturais podem ser:

• Renováveis - são aqueles que estão em renovação permanente, embora devam ser
usados com moderação para permitir que se regenerem - a água, a energia geotérmica, as
espécies animais e vegetais, etc.

• Não renováveis - são aqueles que se esgotam após utilização mais ou menos prolongada
e cuja renovação não é feita à escala humana - combustíveis fósseis (carvão, petróleo e
gás natural), recursos minerais (cobre, ferro, etc.l.

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CONCEITOS E NOÇÕES BÁSICAS: RECURSOS NATURAIS


Aguas minerais - Águas naturais, gaseificadas ou não, ricas em determinados sais
minerais, o que lhes confere propriedades terapêuticas.

Aguas termais - Águas muito ricas em determinados sais minerais, usadas com fins
medicinais e que podem aparecer à superfície a temperaturas muito elevadas.

Combustíveis fósseis - Fontes de energia como o carvão, o petróleo ou o gás natural que
resultaram da decomposição, há milhões de anos, de matéria orgânica.

Energia geotérmica - Energia resultante do aproveitamento do calor do interior da Terra.


Jazida - Área de grande concentração de substâncias minerais.

Mineral energético — Mineral explorado para a obtenção de energia, como por exemplo
o carvão e o urânio.

Mineral metálico - Mineral constituído por substâncias metálicas, como por exemplo o
ferro, o cobre e o volfrâmio.

Mineral não metálico — Mineral constituído por substâncias não metálicas, como por
exemplo o quartzo, o caulino e o sal-gema.

Recurso endógeno - Recurso de um país ou região.

Recurso exógeno — Recurso disponível noutros países ou regiões.

Recurso não renovável - Recurso esgotável, finito, como, por exemplo o petróleo, o
carvão e o ferro.

Recurso renovável - Recurso que não se esgota, como por exemplo a energia solar,
eólica e geotérmica.

Rochas industrais - Rochas que têm como destino a indústria ou a construção civil.

Rochas ornamentais - Rochas utilizadas para fins decorativos.

Turismo termal - Turismo que se desenvolve em torno da exploração de águas termais.

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RECURSOS DO SUBSOLO: RECURSOS MINERAIS

RECURSOS DO SUBSOLO:
RECURSOS MINERAIS EM PORTUGAL CONTINENTAL

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LOCALIZAR: RECURSOS MINERAIS EM PORTUGAL CONTINENTAL (cont.)

Em Portugal continental existem três unidades geomorfológicas :

1- Maciço Antigo ou Maciço Hespérico


É a unidade mais antiga do território, constituída fundamentalmente por granitos e xistos.

É nesta unidade que se localizam as jazidas mais importantes de minerais metálicos


(cobre, volfrâmio, ferro e estanho), energéticos (carvão e urânio) e de rochas ornamen-
tais (mármore e granito).

2- Orlas sedimentares (ocidental e meridional) :


Constituídas essencialmente por rochas sedimentares, os recursos minerais mais
explorados são as rochas industriais (calcário, areias, argilas, arenitos).

3- Bacias do Tejo e do Sado:


Correspondem à unidade geomorfológica mais recente do território, formada pela depo-
sição de sedimentos de origem marinha e fluvial.
Os recursos minerais mais explorados são, fundamentalmente, rochas industriais (areias e
argilas).

Nas regiões autónomas dominam as rochas magmáticas vulcânicas (basalto e pedra-


pomes), mas a sua exploração não tem relevância económica.

A ECONOMIA NACIONAL E OS RECURSOS MINERAIS

Apesar de a indústria extractiva ter vindo a perder peso no contexto da economia


nacional, o valor total da produção tem aumentado.

Este aumento deve-se ao


crescimento dos subsectores das
rochas ornamentais, rochas
industriais e das águas minerais.

O subsector dos recursos minerais


não metálicos é insignificante
relativamente aos restantes.

O subsector dos minerais metálicos


registou uma diminuição do valor da
produção no período em causa.
“Evolução de valor da produção” In Informação Estatística, nº7, 2002, IGM

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ASSIMETRIAS REGIONAIS E OS RECURSOS MINERAIS

A nível regional existem grandes contrastes.

O Alentejo é a região com maior valor de produção.


O Algarve, a par das regiões autónomas, aquelas onde é
menor.

O Alentejo destaca-se quer pela exploração de jazidas de


minerais metálicos (cobre e estanho e, também, o ferro,
respectivamente nas minas de Neves Corvo e na do Cercal),
quer pela exploração de rochas ornamentais, como o
mármore e o granito, em numerosas pedreiras.

Nas regiões Norte e Centro, a exploração de águas


minerais e a extracção de rochas ornamentais (granito e
xisto) têm o maior valor da produção.

Na região de Lisboa e Vale do Tejo as rochas industrias


têm o maior valor da produção.

Nota:
Este sector representa apenas
0,5%-07% do PIB

Distribuição Regional da Produção em 1998

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A EXPLORAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DOS MINERAIS METÁLICOS

O sector dos minerais metálicos registou uma diminuição do valor da produção.


(apesar da importância das reservas de alguns destes minerais)

Actualmente os principais minerais metálicos: ferro, o cobre, o estanho e o volfrâmio.

O FERRO, utilizado fundamentalmente na indústria siderúrgica, é actualmente explorado


somente no Cercal, Alentejo. A produção é insuficiente, pelo que se recorre à importação
deste mineral.

O COBRE é extraído nas minas de Neves Corvo, no Alentejo, descobertas em 1977 e


que entraram em funcionamento em 1988.
Portugal possui as maiores reservas de cobre da UE e é o maior produtor na União Euro-
peia.
A principal aplicação deste recurso é na indústria de componentes eléctricos (é um bom
condutor)

O ESTANHO é utilizado na composição de variadas ligas metálicas. Provem, na sua


maior parte, da mina de Neves Corvo, no Alentejo, tendo a sua exploração tido início em
1990.

O VOLFRÂMIO é utilizado principalmente no fabrico de ligas metálicas e de filamentos


para lâmpadas incandescentes, de que Portugal possui abundantes.
Actualmente é extraído unicamente nas minas da Panasqueira.
A crise observada na produção deste minério resultou, fundamentalmente, da entrada no mercado
internacional de volfrâmio proveniente da China a baixos preços, com os quais Portugal não conseguiu
competir, e da substituição deste produto por outros mais baratos e muito eficazes.

A EXPLORAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DOS MINERAIS NÃO METÁLICOS


Reservas pouco significativas e com um valor de produção diminuto.

Actualmente os principais minerais não metálicos: sal-gema, feldspato, quartzo, caulino.

O SAL-GEMA é utilizado fundamentalmente na indústria química e agro-alimentar,


Explorado em três minas dos distritos de Leiria, de Lisboa e de Faro.

O QUARTZO e FELDSPATO destinam-se à indústria de vidro e cerâmica.


Explorado em vários locais do país, no Norte, no Centro e no Alentejo.

O CAULINO, matéria-prima para a indústria cerâmica.


Explorado em vários locais, próximos do litoral, com especial destaque para o Norte.

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A EXPLORAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DAS ROCHAS INDUSTRIAIS E ORNAMENTAIS


Sector em crescimento, quer em número de explorações, quer em valor de produção.
O aumento da exploração resulta não só do aumento da procura (pelo mercado interno e
pelo mercado externo), mas também da qualidade dos produtos e do elevado número de
jazidas.

AS ROCHAS INDUSTRIAIS: têm o maior valor de produção deste sector.


As mais exploradas são as areias comuns, o calcário e as argilas.
Constituem importantes matérias-primas para a indústria do vidro, da cerâmica, da construção civil e
obras públicas e das cimenteiras.
Exploram-se um pouco por todo o país, tendo como referência as características geológicas do território.

As ROCHAS ORNAMENTAIS, de elevado valor unitário e elevado valor de produção.


Os mármores e os granitos são os mais importantes.

Os mármores são rochas carbonatadas, localizando-se a principal área de exploração no Alentejo, na


faixa Estremoz - Borba -Vila Viçosa.

Os granitos pertencem ao grupo de rochas siliciosas e as principais áreas de exploração localizam-se no


Alentejo, nos distritos de Portalegre e Évora.
(algumas explorações no Norte comecem a ganhar, cada vez mais, expressão relevante)

A EXPLORAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS


Este sector engloba as águas minerais, águas de nascente e águas termais.
Portugal tem importantes recursos hidrominerais, com significativo crescimento do seu
valor de produção e aumento do número de explorações dedicadas ao engarrafamento.

As ÁGUAS MINERAIS (naturais, gaseificadas ou não) caracterizam-se pela sua riqueza


em determinados sais minerais, o que lhe confere propriedades terapêuticas.

As ÁGUAS DE NASCENTE, sem qualidades particulares para fins terapêuticos,


destinam-se ao consumo diário (sem qualquer restrição).
Distribuindo-se por todo o território, sobretudo no Norte e no Centro do país.

As ÁGUAS TERMAIS, ricas em minerais e utilizadas para os mais variados fins


terapêuticos, constituem um subsector com tendência para se expandir.

As estâncias termais são frequentadas, ano a ano, por um número crescente de aquistas.

Com um território muito rico em nascentes termais, é no Norte e no Centro do país que se
regista a maior concentração.

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RECURSOS ENERGÉTICOS
É possível classificar os recursos energéticos em:

RECURSOS ENERGÉTICOS NÃO RENOVÁVEIS:


Os combustíveis fósseis: carvão, petróleo e gás natural
Os minérios radioactivos: urânio

RECURSOS ENERGÉTICOS RENOVÁVEIS:


radiação solar, vento, água, plantas e calor interno da terra

A ECONOMIA E OS RECURSOS ENERGÉTICOS

Portugal tem vindo a registar


um aumento de consumo de
energia.

Em 2007 o consumo de energia


final per capita foi 1,76
tep/habitante.

Portugal tem os menores


consumos per capita da EU:
em 2006 foi 4799 kWh/hab
(corresponde ao 21º lugar ).
Só a Bulgária, Hungria,
Polónia, Lituânia, Letónia e a
Roménia têm valores menores.

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CARACTERIZAÇÃO NACIONAL DOS RECURSOS ENERGÉTICOS

NA PRODUÇÃO:

O território nacional é pobre em


recursos energéticos

NO CONSUMO:
A indústria e os transportes são
os maiores consumidores.

Existem fortes contrastes regionais:


O litoral tem os maiores valores de
consumo de energia (possui uma
maior concentração populacional e
industrial).

Importam-se os mais consumidos:


petróleo, gás natural e carvão.

A balança comercial é negativa


para este sector.

Há uma forte dependência externa (82,9% em 2007)

Importa assim aumentar a contribuição das energias renováveis:


hídrica, eólica, solar, geotérmica, biogás e lenhas e resíduos.

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EXPLORAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DO CARVÃO


Mineral energético de origem fóssil, não renovável.
Os recursos carboníferos em Portugal são escassos. Face à dificuldade de extracção do
carvão e à fraca qualidade do mesmo, a última mina, localizada no Pejão, Aveiro,
encerrou, em 1994.
Desde então, todo o carvão consumido (centrais termoeléctricas, indústrias siderúrgica e
cimenteira) é importado da Colômbia, África do Sul e EUA.

EXPLORAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DO PETRÓLEO


Combustível fóssil, não renovável.
É o recurso energético mais utilizado em Portugal (tal como no mundo). Serve, como
matéria-prima de muitas indústrias químicas.

Não existe em Portugal. Ainda não foi encontrada nenhuma jazida petrolífera cuja
exploração fosse viável economicamente.

O petróleo que chega a Portugal por via marítima é descarregado nos Portos de Leixões e
de Sines, onde é refinado.
Os derivados são utilizados, na sua maior parte, como combustíveis para os transportes e
para centrais termoeléctricas.

EXPLORAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DO GÁS NATURAL


Combustível fóssil, não renovável.
Mais vantajoso do que o carvão ou petróleo porque mais barato, mais fácil de transportar,
menos poluente e as reservas mundiais são mais vastas e menos concentradas
geograficamente do que as de petróleo na actualidade.

Não existe em Portugal. Totalmente importado. Distribuído em Portugal em 1997.


Usado em centrais termoeléctricas, transportes e no abastecimento doméstico.

Importado da Argélia e transportado até ao nosso país através do gasoduto do Magrebe.


Importado da Nigéria, por barco metaneiro, que transporta o gás liquefeito, que é
regaseificado no porto de Sines, onde é descarregado e introduzido na rede de gasodutos
nacional.

EXPLORAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DO URÂNIO


Mineral energético radioactivo, não renovável.
Utilizado na produção de energia nuclear, que pode ser transformado em electricidade.

Existe em Portugal (importantes reservas). Não é consumido. A extracção, na mina da


Urgeiriça, Viseu, tem diminuído e destina-se totalmente à exportação.

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EXPLORAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DA ENERGIA GEOTÉRMICA

Energia renovável. Utiliza o calor libertado pelo interior da Terra.


Produzida nos Açores, na ilha de São Miguel, para produção de energia eléctrica (onde
50% da energia eléctrica consumida tem esta origem)

Irrelevante à escala nacional mas com potencialidades. No território continental esta forma
de energia está associada a nascentes de águas termais o que tem conduzido à
dinamização de vários projectos que visam a sua exploração.

PROBLEMAS NA EXPLORAÇÃO DOS RECURSOS DO SUBSOLO

1 - DEPENDÊNCIA EXTERNA

A dependência externa de Portugal


face aos recursos minerais é muito
elevada.

Com excepção da produção de


rochas, água e cobre, Portugal não
revela autonomia para satisfazer a
procura nacional de recursos de
subsolo.

No sector dos minerais energéticos


a dependência externa é total (os recursos de origem fóssil, os mais consumidos, não
são produzidos). Há uma balança comercial negativa e uma grande vulnerabilidade
económica e política face aos mercados abastecedores e à conjuntura internacional.

2 - IMPACTE AMBIENTAL

O sector extractivo é muito poluente, quer a exploração se faça ao ar livre ou no interior


do subsolo.

Contaminação dos solos e das águas superficiais ou subterrâneas, uma vez que na
extracção são utilizados produtos químicos, por vezes altamente tóxicos.
Destruição de solos agrícolas e florestais.
Degradação das paisagens, acompanhada da alteração do relevo.

3 - CUSTOS DE EXPLORAÇÃO
Apesar da relativa riqueza do subsolo português em recursos minerais a sua exploração
nem sempre se revela fácil e viável economicamente devido aos seus custos.

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PROBLEMAS NA EXPLORAÇÃO DOS RECURSOS DO SUBSOLO (cont)

4 - FRACA ACESSIBILIDADE DAS JAZIDAS


Muitas jazidas encontram-se em áreas de difícil acesso, que elevam os custos de
transporte e portanto os custos finais do produto, o qual perde, assim, competitividade.
Em algumas áreas, a inexistência até de infra-estruturas viárias impossibilita a própria
exploração das jazidas.

5 - QUALIDADE DO MINÉRIO
O baixo teor de muitos minérios, associado à difícil extracção, devido à elevada
profundidade das jazidas, aumenta os custos de exploração e tem conduzido ao
encerramento de muitas explorações.

6 - DIMENSÃO DAS EMPRESAS


A maioria do sector extractivo são empresas de pequena dimensão (dimensão familiar).
Nestes casos, a capacidade financeira das empresas é insuficiente para garantir
investimentos na área da modernização tecnológica e na qualificação da mão-de-obra,
entrando em colapso económico por falta de competitividade com outras empresas,
nomeadamente estrangeiras.

7 – ARTICULAÇÃO ENTRE INDÚSTRIA TRANSFORMADORA E INDÚSTRIA


EXTRACTIVA
A deficiente articulação da actividade extractiva com o sector da indústria
transformadora conduz à exportação dos produtos em bruto. Nessa situação, o seu
valor comercial é baixo, não se tornando rentável a sua comercialização.

8 – NOVOS PRODUTOS
Inovações tecnológicas têm conduzido à substituição de muitos produtos minerais por
novos materiais, que se revelam mais eficazes e com menores custos. Originando uma
redução da procura de recursos minerais.

9 – FALTA DE SEGURANÇA
A falta de segurança para os trabalhadores em geral e para a população que vive
próximo das explorações.
As pedreiras que estão na origem de elevados níveis de poluição sonora, pela utilização
de máquinas perfuradoras muito ruidosas e de explosivos, e de poluição atmosférica,
pelas enormes quantidades de poeiras que originam, que acabam por afectar a saúde e o
bem-estar das pessoas).
As minas abandonadas com contaminação dos aquíferos ou a destruição da paisagem e
tendo por vezes como poços sem vedação e sem sinalização que constituem autênticas
armadilhas e situações de grande perigo

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NOVAS PERSPECTIVAS DE EXPLORAÇÃO E UTILIZAÇÃO SO SUBSOLO

1- TÉCNICAS DE PROSPECÇÃO
Adoptar técnicas de prospecção que permitam um conhecimento mais rigoroso dos
recursos do subsolo.

2 – REDIMENSIONAR
Fazer o redimensionamento das empresas, a fim de atingirem capacidade económica
que permita a introdução de técnicas e tecnologias mais modernas e mais rentáveis.

3 – EVITAR AS EXPORTAÇÕES EM BRUTO


Desenvolvimento da indústria transformadora a jusante da extracção, que evita a
exportação em bruto.

4 – REQUALIFICAÇÃO AMBIENTAL
Implementação de medidas de requalificação ambiental e a valorização económica de
áreas recuperadas.

5 – APOSTAR NAS ROCHAS E ÁGUAS SUBTERRÂNEAS


Investimento nos sectores com mais potencialidades, como é o caso das rochas e das
águas, minerais e termais.

6 – APOSTAR NAS ENERGIAS RENOVÁVEIS


Aumento da produção de energias renováveis (solar, eólica, hidráulica, ondas e marés,
biomassa e geotérmica) a fim de diminuir a dependência externa energética

7 – REDUÇÃO DE CONSUMOS
Racionalização do consumo de energia, a fim de melhorar a eficiência energética.

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