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13o POSMEC - Simpósio do Programa de

Pós-Graduação em Engenharia Mecânica


Universidade Federal de Uberlândia
Faculdade de Engenharia Mecânica

SIMULAÇÃO NUMÉRICA DE PROCESSOS DE


CONFORMAÇÃO MECÂNICA

Profa Sonia A. G. Oliveira

1. INTRODUÇÃO

Em conformação de metais, uma peça inicial (blank) é plasticamente deformada para


obter a configuração final desejada. Desse modo, uma peça de geometria simples passa a
ter uma forma complexa, por meio de ferramentas que possuem as características da
geometria desejada e aplicam a pressão necessária no material a ser deformado, através do
contato material-ferramenta. Este processo de fabricação, é de grande aplicação nas
industrias automobilísticas, aeroespacial, de artigos domésticos, de embalagens e etc.

O propósito de usar técnicas de análise estrutural em conformação de metais é investigar o


mecanismo dos processos de deformação plástica, com os seguintes objetivos:
♦ Estabelecer as relações cinemáticas (forma, velocidades, razões de deformação e
deformações) desde a peça não deformada até a peça deformada ou acabada, ou seja,
durante todo o processo de conformação..
♦ Estabelecer os limites de conformabilidade, ou seja, determinar se é possível ou não
realizar a operação, sem causar danos superficiais ou internos no material, ao final
do processo.
♦ Prever as tensões, os esforços e a energia necessária para realizar a operação de
conformação. Essas informações são necessárias para o projeto das ferramentas e
para a seleção dos equipamentos com capacidades apropriadas (força e energia).

Um grande número de defeitos e falhas são encontrados na estampagem de chapas. Em


Lange (1985), Hornauer agrupou a maioria dos defeitos em três classes principais:

• Erros de forma e dimensionais.


• Defeitos no produto final ou na sua superfície.
• Propriedades mecânicas insatisfatórias.

As causas dos defeitos podem ser:

• Defeitos no material do blank.


• Erro no projeto do produto final.
• Erros no processo (escolha da prensa, ferramentas desgastadas, qualidade
das instalações, etc.).
Para se evitar os defeitos mencionados, é importante se ter um conhecimento profundo da
distribuição de tensão gerada na estampagem, do comportamento mecânico dos materiais,
e das condições dos equipamentos de conformação. Os ajustes dos parâmetro de
estampagem, muitas vezes são feitos por tentativa e erro, o que causa um grande prejuízo
de tempo e material. Assim a simulação numérica pode ser utilizada para otimizar todas as
fases dos processo, com uma grande economia de tempo e redução de custos, Kobayashi,
(1989).

Segundo Reddy (1993), qualquer fenômeno da natureza, seja biológico, geológico ou


mecânico, pode ser descrito com o auxílio das leis da física, em termos de equações
algébricas, diferenciais ou integrais as quais relatam variáveis de interesse.
A maioria dos engenheiros e cientistas que estudam fenômenos físicos está envolvida em
duas grandes tarefas:

• formulação matemática do problema físico;


• análise numérica do modelo matemático.

A formulação matemática de um problema físico requer o uso de conceitos relacionados


com o assunto e, muitas vezes, ferramentas matemáticas sofisticadas. Essas formulações
resultam em expressões matemáticas, geralmente equações diferenciais, que relatam
variáveis de interesse para o entendimento ou projeto do problema físico. Em uma
simulação numérica, um método numérico é utilizado para avaliar o modelo matemático e
estimar as várias características do processo.

Embora a derivação das equações governantes de um problema físico não seja um


trabalho dos mais complicadas, suas soluções por métodos exatos e analíticos é
geralmente uma tarefa difícil. Nesses casos, métodos de aproximação da análise provêem
formas alternativas para se encontrar soluções. O método mais utilizado na simulação de
processos de conformação mecânica, é o método de elementos finitos explicito e não
linear, (Bathe, 1996 e Belytschko et al., 2000).

2. ESTAMPAGEM DE CHAPAS

Estampagem é o processo no qual um blank ou peça de trabalho é forçado para dentro de


uma matriz, através de um punção, com o objetivo de formar um componente que tenha
praticamente a mesma espessura do material original. A Figura 1 mostra um esquema do
processo de estampagem de um copo cilíndrico.

Prensa-chapas

Punção

Matriz Blank

Figura 1 – Diagrama esquemático do processo de estampagem de copos cilíndricos


A utilização de programas explícitos de elementos finitos na simulação de estampagem,
vem sendo de grande ajuda nas industria e tem sido bem aceita no meio. Existem vários
programas comerciais que tem uma interface amigável e que dão ótimos resultados, como
por exemplo o programa STAMPACK®. Este programa foi desenvolvido no Centro
Internacional de Métodos Numéricos em Engenharia (UPC/Espanha). As aplicações
mostradas a seguir foram feitas com a versão 5.5.3 deste programa.

• Simulação da estampagem em 5 estágios de um rolete controlador de ponte


rolante, Figura 2.

t ~ 1.6 mm

t ~ 3.2 mm

t ~ 1.67mm

a) Parte da peça analisada

b) Resultado da simulação –
Valores de espessura relativa

Figura 2 –Resultados de Simulação Axi-simétrica

• Simulação em 3D de peças automotivas, Figura 3.

Figura 3: Espessura relativa de uma peça automotiva, antes e depois do corte.


• Simulação da recuperação elástica de peças conformadas, Figura 4.

P1 P3
(b) seção 1

(c) seção 2
P2

(d) seção 3

(a) Vista geral

Figura 4 – Forma final após a recuperação elástica (cinza), comparada


com a forma antes da recuperação (vermelho)

Alem destas aplicações mostradas, o programa possibilita outros processos de


estampagem, tais como:

• Estampagem profunda;
• Dobramento (flangeamento);
• Hidro-conformação;
• Stretch forming;
• Packaging (com decoração);
• Hemming e seaming.

A simulação numérica dos processos de fabricação de peças por conformação mecânica, é


uma excelente ferramenta para as industrias desta área e também para as industrias que
produzem ferramentas para estes processos. A redução nos custos de produção bem como
a economia no tempo de projeto, tem sido uma das rações para a grande aceitação desta
técnica.

3. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Bathe, K.-J., 1996, “Finite Element Procedures”, Prentice-Hall, Inc., New Jersey, USA.

Belytschko, T., Liu, W. K. and Moran, B., 2000, “Nonlinear Finite Elements for
Continua and Structure”, John Wiley & Sons, Inc., England.

Kobayashi, S., Oh, S.I. and Altan, T., 1989, “Metal Forming and the Finite-Element
Method”, Oxford University Press, New York, USA.

Lange, K., 1985, “Handbook of Metal Forming”, McGraw-Hill, New York, USA.

Reddy, J. N., 1993, “An Introduction to the Finite Element Method”, McGraw Hill
International Editions, Singapore.

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