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A história da roupa íntima feminina

1. História da Roupa Íntima Feminina


A “roupa de baixo” ou roupa íntima proporciona higiene e
proteção, modela o corpo e ainda tem forte apelo sexual. Por
vários séculos, as mulheres se apertaram em roupas de
diferentes tamanhos e modelos, de acordo com a moda vigente.
A tanga é a forma mais simples de roupa de baixo, e foi
provavelmente a primeira forma de roupa íntima usada pelos
seres humanos. Em climas quentes, era possivelmente, a única
roupa utilizada, mas em climas frios, formava a “base” para
outras roupas. Na pré-história, homens e mulheres usavam
tangas e capas de peles grotescas. O povo Egípcio, em 3000
a.C, usava uma tanga, feita de tecido, enrolada várias vezes ao
redor do corpo e presa por um cinto. Na tumba de Tutahnkamon
foram achadas 150 dessas peças. O traje típico dos Etíopes
consistia numa tanga simples de couro ou lã, usada por homens
e mulheres, sobre a qual se vestia uma peça semelhante a uma
capa; essa tanga, posteriormente, passou a ser usada apenas
como traje cerimonial, pelas classes mais altas. Sacerdotes
assírios usavam uma túnica de mangas curtas, até os joelhos,
como roupa de baixo. Na Ilha de Creta, homens e mulheres
usavam uma tanga curta. Em Roma, temos o primeiro registro
de algo que se assemelha a uma calcinha, datando de 40 A.C:
pedaços de algodão, linho ou lã amarrados ao corpo como
fraldas, e faixas de tecidos amarrados na altura dos seios como
sutiãs. Nos séculos XII e XII, a roupa de baixo feminina consistia
numa longa camisa folgada, como uma túnica (chemise), sem
nada mais por baixo. Abaixo dos seios usava-se um cinto, para
dar-lhes sustentação. No final do século XIV, as roupas íntimas,
agora feitas de um material fino e transparente, começam a
aparecer através do decote e das mangas. Um véu de
musselina, bem apertado sobre os seios fazia o papel de sutiã.
Busto e ventre também eram bem apertados, por coletes
almofadados e corpetes. Durante a Idade Média, a roupa íntima
era usada pelas mulheres européias para poupar roupas caras e
pesadas, difíceis de lavar, principalmente num período em que
tomar banho não era habitual. As roupas íntimas eram sempre
escondidas pelas roupas de cima, mas algumas pinturas
medievais, mostram trabalhadores em serviço pesado usando
apenas suas roupas de baixo, bem como prisioneiros, mas os
medievais não atribuíam muita “importância sexual” a essas
roupas. Quanto aos materiais utilizados na confecção dessas
peças íntimas, o linho era bastante escolhido pelo conforto que

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proporcionava, embora fosse um item caro. A lã adicionava
conforto à proteção térmica, e também fazia uma distinção
social, enquanto os mais ricos preferiam o linho. O algodão não
era muito utilizado por ser importado e caro, bem como a seda.
As crianças, depois de saídas das fraldas, não usavam nenhum
tipo de roupa de baixo, e as das classes baixas andavam
completamente nuas. Nos primeiros anos do Renascimento, por
volta de 1500, as damas da sociedade usavam por debaixo dos
vestidos, somente uma camisa, atada por um cinto. A roupa
interior era um objeto de elite, o que lhe conferia um caráter de
prenda de luxo. Cortesãs venezianas usavam ceroulas na versão
feminina durante o Renascimento, mas o estilo não foi bem
aceito, porque se associava calças à masculinidade. As ceroulas
para mulheres foram usadas primeiramente por prostitutas,
dançarinas de cancan e meninas pequenas, mulheres da elite
adotaram a idéia somente no século XIX, por razões de
modéstia, calor e higiene. O uso de uma espécie de calção,
inspirado nos culotes masculinos, foi introduzido no século XVI,
por Catarina de Médicis, que o utilizava para montar a cavalo. A
partir desse século, a roupa íntima feminina, mais elaborada e
produzida com tecidos claros, começou a distinguir-se mais da
masculina.
Catarina de Médicis usava também, ligas luxuosamente
bordadas, com fios de ouro e prata, para unir os calções às
meias. Essas ligas eram deixadas à mostra somente em
ocasiões especiais, eram de algodão, linho ou seda, e ajudavam
as mulheres a conseguir pretendentes. Em meados do século
XVII, surge na Espanha o espartilho, que disfarçava as formas do
corpo, conforme as exigências da moda vigente.
Considera-se o início da história da roupa íntima,
propriamente dita, o século XVIII, quando as cinturas eram bem
apertadas para ficarem cada vez mais finas, a silhueta tomava
forma de cone, através dos corpetes, que comprimiam os
órgãos internos, muitas vezes provocando desmaios. Em 1700,
homens e mulheres de alguns países europeus, como França e
Alemanha, usavam como roupa de baixo, a “chemise”, uma
longa túnica interior, as classes mais altas as tinham
confeccionadas em tecidos mais ricos e bordados. Com a
Revolução Francesa, as mulheres começaram a usar calças
coladas e compridas, como calcinhas, mas várias décadas se
passaram até que essas tivessem larga aceitação. A maioria das
mulheres continuava usando somente a chemise, o que durou
até o século XIX. Algumas mulheres com trajes típicos da
Alemanha, continuaram sem usar roupas de baixo até 1950.
Vários médicos da época advertiam as mulheres contra o uso de
calcinhas por motivos higiênicos, alegando que a genitália

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necessitava ser arejada para evitar infecções, e que o uso das
calcinhas deveria restringir-se ao inverno. No século XVIII, calças
curtas eram usadas como calcinhas, e tinham uma abertura na
virilha, para facilitar na hora de urinar, coisa que as mulheres
faziam de pé, ao ar livre, sem nenhuma vergonha. No século
XIX, as mulheres já usavam anáguas e calçolas, surge também
no final desse século, na França, o sutiã, como o temos hoje. Os
corpos eram controlados por corpetes e crinolinas. Em 1930 é
lançado o sutiã sem alças, o tomara-que-caia; em 1950, a malha
de algodão passa a ser utilizada na confecção de roupa íntima,
bem como o nylon. Na década de 60, com o movimento
feminista, as mulheres queimam seus sutiãs em protesto, e em
1970 as mulheres dispensam a peça. Dez anos depois, o culto
ao corpo traz de volta os sutiãs, e a lingerie passa a ser usada
como roupa, não mais escondida, como no início do século XXI,
onde a moda é deixar aparecer o sutiã, em conjunto com a
roupa.

2. Calcinhas
Tirá-la, nem sempre foi um gesto sensual, assim como
colocá-la nem sempre foi sinônimo de pudor Desde sua remota
história, quando servia de cinturão de castidade, essa pequena
prenda percorreu um longo caminho. Quanto à origem do nome
“calcinha”, remetemos à palavra braca , em latim, traduzida
para o espanhol bragas, que pode ter sua origem ligada ao
nome de uma tribo celta: os braqui, que viviam no sudoeste da
atual França e noroeste da Itália. Esses usavam como
indumentária, somente uns calções de couro, que nenhuma
outra tribo possuía igual, o que os distinguia dos demais. Mas
este nome se referia a peças de roupas masculinas e foi
somente em épocas mais recentes que tornou-se feminina.
Essas bragas dos povos celtas e galos, são o antecedente das
calças. Quando os bárbaros destruíram o Império Romano, seu
uso se popularizou entre as classes mais baixas. Os primeiros
registros que mostram modelos de calcinhas, datam do ano de
40 A.C, em Roma, onde pedaços de algodão, linho ou lã, eram
amarrados ao corpo como fraldas, como demonstram algumas
pinturas decorativas da época. Da época medieval sobrevivem
boatos de que nas Cruzadas, as mulheres eram obrigadas a usar
cintos de castidade.
No século XVI, Catarina de Médicis introduz o uso de
calções, inspirados nos culotes masculinos, para facilitar as
atividades de equitação. Perto de 1700, a maioria dos homens e
mulheres na Alemanha, França, e outros países europeus,
usavam uma longa camisa, que ia até os joelhos, como roupa de

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baixo, somente os homens podiam usar calças como roupa
exterior, sendo um símbolo de sua autoridade, embora algumas
vezes as mulheres tenham vestido peças similares a calças,
como roupas de baixo, para facilitar atividades de equitação, e
quando o clima era muito frio. Depois da Revolução Francesa, as
mulheres começaram a usar calções compridos, mas décadas
passaram até que eles tivessem aceitação geral. A maioria das
mulheres continuava a usar somente a chemise, como roupa
íntima. Em 1757, um médico alemão advertia as mulheres
contra o uso de calções ou outro tipo de roupa íntima fechada,
alegando que sua genitália necessitava ser arejada, para que os
fluidos vaginais evaporassem mais facilmente, evitando “odores
desagradáveis”. O doutor alemão considerava aceitável o uso
de calções no inverno, como proteção contra o frio e insetos.
Dizia-se também que se as mulheres não usassem
calcinhas, suas virilhas estariam mais ventiladas e secas, ao
invés de fechadas e úmidas, local ideal para a proliferação de
fungos e bactérias, que se nutrem dos fluidos vaginais. Então,
para as mulheres que tinham problemas com a virilha que ficava
esfolada e/ou assada, descartar a calcinha era a melhor opção.
Os odores desagradáveis seriam reduzidos com a eliminação
das calcinhas, reduzindo a necessidade de “lavagens”. Toda a
área da virilha, tanto de homens quanto de mulheres não
precisa ser muito lavada, porque ela própria se mantém limpa,
visto que se mantém escondida pelas roupas exteriores. Assim
alegavam na época, querendo evitar que as mulheres usassem
calcinhas. Nos séculos XVIII e XIX, espécies de calças mais
curtas eram utilizadas como calcinhas, iam até a altura do
joelho e tinham uma abertura na virilha, que facilitava na hora
de urinar, já que a peça era difícil de tirar. Normalmente, as
calcinhas eram vistas como uma inconveniência, porque usar
somente as saias compridas, sem nada por baixo, era muito
mais prático na hora de urinar, mas não o era nos períodos
menstruais. No início de 1800, as mulheres da aristocracia e a
burguesia inglesa, demonstravam interesse no uso de calções,
porque eram cômodos, higiênicos, e permitiam andar a cavalo,
levar uma vida mundana sem demasiadas preocupações, e sem
mudar muito suas vidas sexuais. Mas os homens se negavam a
aceitar o uso dos tais calções, e a igreja os condenava, alegando
que “mulheres em calções estão sujeitas a perigosas liberdades
de movimentos”.
As calçolas, calças largas e compridas , que, a princípio
apareciam por debaixo das saias, haviam se tornado peça
íntima generalizada. Folgadas, em geral eram feitas de algodão
e linho. À medida que silhuetas mais delgadas entraram em
moda no início de 1900, foram substituídas por peças menos

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volumosas, como os “macaquinhos”, que na versão mais
comrpida são conhecidos como pantalettes. Começava o século
XX, e a indústria de produção em massa estourava, a
competição forçava os produtores a lançaram produtos
inovadores e com design arrojado, os tecidos também
melhoravam em tecnologia, e o que antes levava dias para
fazer, agora era feito em minutos. As calcinhas sofreram
alterações. Modelos justos, até os joelhos, eram confeccionados
em novos tecidos no período de 1900 à 1914. No final de 1910,
Chalmers Knittin Company, divide a roupa íntima
(“macaquinho”) em duas peças. Com o crescimento da indústria
de roupas íntimas, em 1910 surge a primeira propaganda
dessas peças, uma pintura de óleo sobre tela, de J.C.
Leyendecker, publicada em 1911, no Saturday Evening Post.
A partir da década de 20, as calcinhas começam a ficar
cada vez mais curtas. As senhoras elegantes, que dispunham de
recursos, recebiam em suas casas, catálogos de lingerie, como o
Harrod´s, com um grande número de roupas íntimas para
escolher, inteiramente feitas à mão. É provável que as
mulheres mais pobres, ainda não usassem nada por de baixo
das saias, a não ser que tivessem algum tempo, no meio dos
afazeres domésticos, para confeccionar suas próprias calcinhas.
Com a abertura de grandes lojas de departamentos (como a
Gath & Chaves, em Londres), a confecção e o consumo de
roupas íntimas começa a abandonar círculos mais privados, para
converter-se num artigo mais acessível ao público em geral.
Ainda na década de 20, encontrava-se no catálogo da
Harrod´s , uma ampla variedade de “novidades para enfeite” ,
elementos para o lar e lingerie para senhoras, devidamente
diferenciada da lingerie para meninas. Uma era mais sensual,
outra mais inocente. As senhoras maduras levavam calções com
sustentação para as nádegas e elásticos de fio de algodão,
preso com botões e cordões. Tais calções também vinham
preparados, para, uma vez por mês, serem usados com
“cinturão higiênico”, uma espécie de liga para segurar o que
seria um absorvente, impermeável, de goma natural, nos
períodos menstruais. Em 1927, a loja de departamentos Gath &
Chaves, anunciava uma espetacular oferta: “ Calção fechado de
lã mescla com jersey, com elástico na cintura e nas pernas, de
bom corte e esmerada confecção”. Em 1930 a feminilidade
estava de volta, as mulheres usavam corpetes e as calcinhas
continuavam a diminuir de tamanho. Com a Segunda Guerra
Mundial, em 1940, qualquer tipo de roupa íntima era muito
difícil de achar, então algumas mulheres alemãs fabricavam
suas próprias calcinhas, utilizando as fibras das sacas de açúcar,
no período de 1945-1946, como exposto no Museu de Munique.

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Na década de 50, a malha de algodão passa a ser utilizada na
confecção de roupa íntima, principalmente nas calcinhas. A
escassez das sedas durante a Segunda Guerra Mundial também
favoreceu a produção de tecidos sintéticos, como o nylon, que
passou, posteriormente, a ser explorado pela indústria de
tecidos. A partir de 1960, as lingeries começaram a ficar cada
vez mais elaboradas e coloridas . Em 1970 e 80, a lingerie passa
a ser mostrada e torna-se moda, com Madonna e Cyndi Lauper,
que aparecem em público mostrando suas roupas íntimas por
cima das roupas. Em 1990, a moda hip-hop faz as calcinhas
aparecem, com calças largas e de cintura muito baixa. Já no
século XXI, a moda continua impelindo as mulheres a
mostrarem sua lingerie, que passa a ser vista como uma
segunda pele, com forte apelo sexual. Atualmente no mercado
existem diversos tipos de calcinhas, com diferentes utilidades,
podem ajudar a esconder a barriga, definir cintura, aumentar as
nádegas, enrijecer o bumbum, entre outras. As mulheres estão
mais livres nas suas escolhas de lingerie do que nunca.

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