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ADMINISTRAÇÃO APLICADA À

SEGURANÇA DO TRABALHO

Prof. Almir Vieira

Engenheiro Mecânico e de Segurança no Trabalho


Mestre em Engenharia Metalúrgica

Email: almir-antonio.vieira@arcelormittal.com.br
almir_antonio@uol.com.br
Telefone celular : (31) 9162-0453

1º sem/2010
SUMÁRIO

1 NEXO TÉCNICO EPIDEMIOLÓGICO (NTEP)

1.1 Fundamentos básicos

1.2 Acidentes de Trabalho X CAT

1.3 Flexibilização das alíquotas previdenciárias

1.4 Instrução Normativa do INSS Nº 31 (NTEP)


1.5 Exercícios

2 LEGISLAÇÕES TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIAS


2.1 Lógica do PPRA
2.2 Normas de Higiene Ocupacional (NHOs) da Fundacentro
2.3 Controle dos EPIs
2.4 Lógica do PCMSO
2.5 Estruturação do Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP)
2.6 Integração dos documentos legais
2.7 Exercícios

3 FATOR ACIDENTÁRIO PREVIDENCIÁRIO (FAP)


3.1 Fundamentação básica
3.2 Cálculo do FAP
3.3 Perguntas Freqüentes sobre o FAP
3.4 Exercícios

4 ADICIONAIS DE INSALUBRIDADE E PERICULOSIDADE


4.1 Conceitos básicos
4.2 Influência na folha de pagamento
4.3 Exercícios

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5 GUIA DE RECOLHIMENTO DO FUNDO DE GARANTIA DO TEMPO DE SERVIÇO
E INFORMAÇÕES À PREVIDÊNCIA SOCIAL (GFIP)
5.1 Introdução
5.2 Exercícios

6 APOSENTADORIA ESPECIAL
6.1 Introdução
6.2 Exercícios

7 DECRETO 3.048
7.1 Noções básicas
7.2 Exercícios

8 CONTROLE DOS DOCUMENTOS LEGAIS, ROTINAS DE INSPEÇÃO E


TREINAMENTOS FOCADOS NAS NRs
8.1 Introdução
8.2 Exercícios

9 EXERCÍCIO/TRABALHO FINAL

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1- NEXO TÉCNICO EPIDEMIOLÓGICO
PREVIDENCIÁRIO (NTEP)
Fundamentação: IN PRESIDENTE INSS 31/08 – IN – Instrução Normativa Presidente
do Instituto Nacional do Seguro Social – INSS – Presidente INSS nº 31 de 10.09.2008

Acidentes de Trabalho

Acidente de trabalho é o que ocorre pelo exercício da atividade a serviço da empresa


ou pelo exercício do trabalho, provocando lesão corporal ou perturbação funcional
que cause a morte ou a perda ou a redução, permanente ou temporária, da
capacidade para o trabalho.

Será devido o benefício de auxílio-doença decorrente de acidente do trabalho ao


segurado empregado (exceto o doméstico), trabalhador avulso e segurado especial.

Atualmente, os acidentes do trabalho são classificados em três tipos:

1. Acidente típico (tipo 1), é aquele que ocorre pelo exercício do trabalho a
serviço da empresa;

2. Doença profissional ou trabalho (tipo 2);

3. Acidente de trajeto (tipo 3), é aquele que ocorre no percurso do local de


residência para o de trabalho, desse para aquele, ou de um para outro local de
trabalho habitual, considerando a distância e o tempo de deslocamento
compatíveis com o percurso do referido trajeto.

COMUNICAÇÃO DE ACIDENTE DO TRABALHO (CAT)


Ocorrendo o acidente do trabalho, deve-se comunicar o fato á Previdência Social, por
meio do formulário denominado CAT – Comunicado de Acidente do Trabalho, até o
primeiro dia útil seguinte ao da ocorrência e, em caso de morte, de imediato, á
autoridade competente, sob pena de multa variável entre o limite mínimo (R$465,00) e
o limite máximo (R$3.218,90) do salário de contribuição, sucessivamente aumentada
nas reincidências, aplicada e cobrada pela Previdência Social.

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NEXO TÉCNICO EPIDEMIOLÓGICO
A perícia médica do INSS considerará caracterizada a natureza acidentária da
incapacidade quando constatar ocorrência de nexo técnico epidemiológico entre o
trabalho e o agravo, decorrente da relação entre a atividade da empresa e entidade
mórbida motivadora da incapacidade elencada na Classificação Internacional de
Doenças (CID).

O nexo técnico previdenciário poderá ser de natureza causal ou não, havendo três
espécies:

a) Nexo técnico profissional ou do trabalho: fundamentado nas associações entre


patologias e exposições constantes das listas A e B do anexo II do Decreto
3.048/1999;

b) Nexo técnico por doença equiparada a acidente de trabalho ou nexo técnico


individual: decorrente de acidentes de trabalho típicos ou de trajeto, bem como
de condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele relacionado
diretamente;

c) Nexo técnico epidemiológico previdenciário: aplicável quando houver


significância estatística da associação entre o código da Classificação
Internacional de Doenças (CID), e o da Classificação Nacional de Atividade
Econômica (CNAE), na parte inserida pelo Decreto no. 6.042/2007, na lista B do
anexo II do Decreto 3.048/1999.

INTERPOSIÇÃO DE RECURSO
Fatores de Risco de Natureza Profissional

Os agravos associados aos agentes etiológicos ou fatores de risco de natureza


profissional e do trabalho das listas A e B do anexo II do Decreto no. 3.048/1999,
presentes nas atividades econômicas dos empregadores, cujo segurado tenha sido
exposto, ainda que parcial e indiretamente, serão considerados doenças
profissionais ou do trabalho.

Diante do resultado da análise do INSS, a empresa poderá interpor recurso ao


Conselho de Recursos da Previdência Social (CRPS) até 30 (trinta) dias após a data
em que tomar conhecimento da concessão do benefício em espécie acidentária por
nexo técnico profissional ou do trabalho, quando dispuser de dados e informações
que demonstram que os agravos não possuem nexo técnico com o trabalho exercido
pelo trabalhador.
O recurso interposto contra o estabelecimento de nexo técnico com base no anexo II
do Decreto no. 3.048/1999 não terá efeito suspensivo.

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Condições Especiais de Trabalho

Os agravos decorrentes de condições especiais em que o trabalho é executado serão


considerados doenças profissionais ou do trabalho, ou ainda acidentes de trabalho.

A empresa poderá interpor recurso ao CRPS até 30 (trinta) dias após a data em que
tomar conhecimento da concessão do benefício em espécie acidentária por nexo
técnico por doença equiparada a acidente de trabalho ou nexo técnico individual,
quando dispuser de dados e informações que demonstrem que os agravos não
possuem nexo técnico com o trabalho exercido pelo trabalhador.

O recurso interposto contra o estabelecimento de nexo técnico não terá efeito


suspensivo.

Estabelecimento do Nexo Técnico Epidemiológico

Considera-se estabelecido o nexo entre o trabalho e o agravo quando se verificar


nexo técnico epidemiológico entre a atividade da empresa e a entidade mórbida
motivadora da incapacidade, elencada na Classificação Internacional de Doenças –
CID em conformidade com o disposto na Lista C do anexo II deste regulamento.

A inexistência de nexo técnico epidemiológico não elide (não exclue/não isenta) o


nexo entre o trabalho e o agravo, cabendo á perícia médica a caracterização técnica
do acidente do trabalho, fundamentalmente, sendo obrigatório o registro e a análise
do relatório do médico assistente, além dos exames complementares que
eventualmente o acompanhem.

Nesta hipótese, a perícia médica poderá, se necessário, solicitar as demonstrações


ambientais da empresa, efetuar pesquisa ou realizar vistoria do local de trabalho ou
solicitar o Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP), diretamente ao empregador.

A perícia médica do INSS poderá deixar de aplicar o nexo técnico epidemiológico


mediante decisão fundamentada, quando dispuser de informações ou elementos
circunstanciados e contemporâneos ao exercício da atividade que evidenciem a
inexistência do nexo técnico entre o agravo e o trabalho.

Não Aplicação do Nexo Técnico Epidemiológico

A empresa poderá requerer ao INSS, até 15(quinze) dias após a data para a entrega da
GFIP (Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e
Informações á Previdência Social) a não aplicação do nexo técnico epidemiológico ao
caso concreto, desde que disponha de dados e informações que demonstrem que os
agravos não possuem nexo técnico com o trabalho exercido pelo trabalhador.

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Para que a alegação seja apreciada em instância administrativa, é necessário
protocolizar o requerimento tempestivamente, ou seja, dentro do prazo de 15(quinze)
dias após a entrega da GFIP.

Caracterizada a impossibilidade de atendimento ao prazo citado anteriormente,


motivada pelo não conhecimento tempestivo da informação do diagnóstico do
agravo, este requerimento poderá ser apresentado no prazo de 15(quinze) dias da
data para entrega da GFIP do mês de competência da realização da perícia que
estabeleceu o nexo entre o trabalho e o agravo.

Com o requerimento, a empresa formulará as alegações que entender necessárias e


apresentará a documentação probatória, em duas vias, para demonstrar a
inexistência do nexo técnico entre o trabalho e o agravo.

Será considerada apenas a documentação probante que contiver a indicação,


assinatura e número de registro, anotação técnica, ou equivalente do responsável
legalmente habilitado, para os respectivos períodos e escopos, perante o conselho
de profissão.

A Agência da Previdência Social (APS), mantenedora do benefício, encaminhará o


requerimento e as provas produzidas á perícia médica, para análise prévia.

Alegações do Segurando

Caso a instrução do pedido evidencia a possibilidade de reconhecimento de


inexistência do nexo técnico entre o trabalho e o agravo, o segurado será oficiado
sobre a existência do requerimento da empresa, informando-lhe que poderá retirar
uma das vias apresentadas pela mesma para, querendo, apresentar contra razões no
prazo de 15 (quinze) dias da ciência do requerimento,

Decisão do Requerimento

A análise do requerimento e das provas produzidas será realizada pela perícia


médica, cabendo ao setor administrativo da Agência da Previdência Social (APS),
comunicar o resultado da análise á empresa e ao segurado.

O INSS procederá á marcação eletrônica do benefício no Sistema de Administração


de Benefícios por Incapacidade (SABI), que estará sob efeito suspensivo, deixando
para alterar a espécie após o julgamento do recurso pelo CRPS, quando for o caso.

Da decisão do requerimento cabe recurso com efeito suspensivo, por parte da


empresa ou, conforme o caso, do segurado, ao Conselho DE Recursos da
Previdência Social (CRPS).

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A interposição de recurso não prejudica o pagamento regular do benefício, desde que
atendidos os requisitos de carência que permitam a manutenção do reconhecimento
do direito ao benefício como auxílio-doença previdenciário.

Comunicação de Decisão

A informação do diagnóstico do agravo será disponibilizada para consulta pela


empresa, por meio do endereço eletrônico www.previdencia.gov.br ou,
subsidiariamente, pela Comunicação de Decisão do requerimento de benefício por
incapacidade, entregue ao segurado.

Incapacidade para o Trabalho

A existência de nexo de qualquer espécie entre o trabalho e o agravo não implica o


reconhecimento automático da incapacidade para o trabalho, que deverá ser definida
pela perícia médica.

Uma vez reconhecida pela perícia médica do INSS a incapacidade para o trabalho e
estabelecido o nexo técnico entre o trabalho e o agravo, serão devidas as prestações
acidentárias a que o beneficiário tenha direito (ex: auxílio-doença acidentário).

Exames periciais
Quando dos exames periciais por Pedido de Prorrogação (PP), ou Pedido de
Reconsideração (PR), de benefícios em manutenção, não serão apresentados ao
perito médico os quesitos sobre as espécies de nexo técnico, haja vista que a
eventual prorrogação decorre da incapacidade para o trabalho e não da natureza
acidentária do agravo.
Os requerimentos de revisão e recurso tempestivos do segurado visando á
transformação do benefício previdenciário em acidentário, serão analisados pela
perícia médica e operacionalizados no Sistema de Administração de Benefícios por
Incapacidade (SABI), pela ferramenta revisão médica.

Ação Regressiva contra o Empregador

Uma vez contatados indícios de culpa ou dolo por parte do empregador, em relação
aos benefícios por incapacidade concedidos, a perícia médica do INSS deverá oficiar
á Procuradoria Federal Especializada – INSS, subsidiando-a com evidências e demais
meios de prova colhidos, notadamente quanto aos programas de gerenciamento de
riscos ocupacionais, para as providências cabíveis, inclusive para ajuizamento de
ação regressiva contra os responsáveis, de modo a possibilitar o ressarcimento á
Previdência Sócias do pagamento de benefícios por morte ou por incapacidade,
permanente ou temporária.

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Nesse sentido, prevê a Lei nº.8.213/1991:

“Art.120. Nos casos de negligência quanto ás normas padrão de segurança e higiene


do trabalho indicados para a proteção individual e coletiva, a Previdência Social
proporá ação regressiva contra os responsáveis”.
“Art.121. O pagamento, pela Previdência Social, das prestações por acidente do
trabalho não exclui a responsabilidade civil da empresa ou de outrem.”

Assim, quando a perícia médica do INSS constatar desrespeito ás normas de


segurança e saúde do trabalhador, fraude ou simulação na emissão de documentos
de interesse da Previdência Social, por parte do empregador ou de seus prepostos,
deverá produzir relatório circunstanciado da ocorrência e encaminhá-lo, junto com as
evidências e demais meios de prova colhidos, á Procuradoria Federal Especializada –
INSS para conhecimento e providências pertinentes, inclusive, quando cabíveis,
representações ao Ministério Público e/ou a outros órgãos da Administração Pública
encarregados da fiscalização ou controle da atividade.

Obrigação da Empresa

A dispensa de vinculação do benefício a uma CAT no Sistema Único de Benefícios,


para a sua concessão em espécie acidentária, não desobriga a empresa da emissão
da mesma.

Todavia, vale esclarecer que não caberá aplicação de multa variável entre o limite
mínimo (R$ 465,00) e o limite máximo (R$ 3.218,90) do salário de contribuição,
sucessivamente aumentada nas reincidências, por não emissão de CAT, quando o
enquadramento decorrer de aplicação do Nexo Técnico Epidemiológico.

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INSTRUÇÃO NORMATIVA INSS Nº 31 10-09-2008

SUMÁRIO: DISPÕE SOBRE PROCEDIMENTOS E ROTINAS REFERENTES AO NEXO


TÉCNICO PREVIDENCIÁRIO, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.

OBS.: A PERÍCIA MÉDICA DO INSS CARACTERIZARÁ TECNICAMENTE O ACIDENTE DO TRABALHO


MEDIANTE O RECONHECIMENTO DO NEXO ENTRE O TRABALHO E O AGRAVO. PARA OS FINS
DESTA INSTRUÇÃO, CONSIDERA-SE AGRAVO: A LESÃO, A DOENÇA, O TRANSTORNO DE SAÚDE, O
DISTÚRBIO, A DISFUNÇÃO OU A SÍNDROME DE EVOLUÇÃO AGUDA, SUBAGUDA OU CRÔNICA, DE
NATUREZA CLÍNICA OU SUBCLÍNICA, INCLUSIVE MORTE, INDEPENDENTEMENTE

QUESITOS A SEREM RESPONDIDOS:


DO TEMPO DE LATÊNCIA.

1. A EMPRESA XX ESTÁ CIENTE QUE OS AGRAVOS ASSOCIADOS AOS


AGENTES ETIOLÓGICOS OU FATORES DE RISCO DE NATUREZA
PROFISSIONAL E DO TRABALHO DAS LISTAS A E B DO ANEXO II DO
DECRETO Nº 3.048,/99; PRESENTES NAS ATIVIDADES ECONÔMICAS
DOS EMPREGADORES, CUJO SEGURADO TENHA SIDO EXPOSTO,
AINDA QUE PARCIAL E INDIRETAMENTE, SERÃO CONSIDERADOS
DOENÇAS PROFISSIONAIS OU DO TRABALHO, NOS TERMOS DOS
INCISOS I E II, ART. 20 DA LEI Nº 8.213/91 (ART.4º)?

2. A EMPRESA XX ESTÁ CIENTE QUE OS AGRAVOS DECORRENTES DE


CONDIÇÕES ESPECIAIS EM QUE O TRABALHO É EXECUTADO SERÃO
CONSIDERADO DOENÇAS PROFISSIONAIS OU DO TRABALHO, OU
AINDA ACIDENTES DE TRABALHO, NOS TERMOS DO § 2º DO ART. 20
DA LEI Nº 8.213/91 (ART. 5º)?

3. A EMPRESA XX TEM CIÊNCIA QUE O NEXO TÉCNICO ENTRE O


TRABALHO E O AGRAVO SERÁ CONSIDERADO SEMPRE QUE SE
VERIFICAR A EXISTÊNCIA DE ASSOCIAÇÃO ENTRE A ATIVIDADE
ECONÔMICA DA EMPRESA, EXPRESSA PELA CNAE E A ENTIDADE
MÓRBIDA MOTIVADORA DA INCAPACIDADE, RELACIONADA NA CID,
EM CONFORMIDADE COM O DISPOSTO NA PARTE INSERIDA PELO
DECRETO Nº 6.042/07, NA LISTA B DO ANEXO II DO DECRETO Nº
3.048,/99 (ART.6º)?

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4. A EMPRESA XX ESTÁ CIENTE QUE A INEXISTÊNCIA DE NEXO TÉCNICO
EPIDEMIOLÓGICO NÃO ELIDE O NEXO ENTRE O TRABALHO E O
AGRAVO, CABENDO Á PERÍCIA MÉDICA A CARACTERIZAÇÃO TÉCNICA
DO ACIDENTE DO TRABALHO, FUNDAMENTADAMENTE, SENDO
OBRIGATÓRIO O REGISTRO E A ANÁLISE DO RELATÓRIO DO MÉDICO
ASSISTENTE, ALÉM DOS EXAMES COMPLEMENTARES QUE
EVENTUALMENTE O ACOMPANHEM (ART.6°, §1°)? NOTA: A EMPRESA
DEVERÁ OBSERVAR AS ESPECIFICAÇÕES DOS §2° E 3°DO ART.6°.

5. A EMPRESA XX ESTÁ CIENTE QUE PODERÁ REQUERER AO INSS, ATÉ


15 DIAS APÓS A DATA PARA A ENTREGA DA GFIP, A NÃO APLICAÇÃO
DO NEXO TÉCNICO, AO CASO CONCRETO, QUANDO DISPUSER DE
DADOS E INFORMAÇÕES QUE DEMONSTREM QUE OS AGRAVOS NÃO
POSSUEM NEXO TÉCNICO COM O TRABALHO EXERCIDO PELO
TRABALHADOR, SOB PENA DE NÃO CONHECIMENTO DA ALEGAÇÃO
EM INSTÂNCIA ADMINISTRATIVA, CASO NÃO PROTOCOLIZE O
REQUERIMENTO A TEMPO (ART.7º)?NOTA: OBSERVAR TODOS OS § DO
ART.7°.

6.

7. A EMPRESA XX ESTÁ CIENTE QUE ESTA INSTRUÇÃO NORMATIVA SE


APLICA AOS BENEFÍCIOS REQUERIDOS OU CUJA PERÍCIA INICIAL FOI
REALIZADA A PARTIR DE 1º DE ABRIL DE 2007, DATA DE INÍCIO DA
APLICAÇÃO DAS NOVAS REGRAS DE ESTABELECIMENTO DO NEXO
TÉCNICO PREVIDENCIÁRIO (ART.8º)? NOTA: OBSERVAR OS INCISOS I
A III DO ART. 8°.

8. A EMPRESA XX ESTÁ CIENTE QUE A COMUNICAÇÃO DE DECISÃO


QUANTO AO REQUERIMENTO DE BENEFÍCIO POR INCAPACIDADE
DEVERÁ CONTER INFORMAÇÕES SOBRE A ESPÉCIE DE NEXO
TÉCNICO APLICADA AO BENEFÍCIO, BEM COMO A POSSIBILIDADE DE
RECURSO PELO EMPREGADOR E A ASSOCIAÇÃO ENTRE CNAE E CID,
E A CONCLUSÃO PERICIAL SOBRE O NEXO, EM CASO DE NÃO
APLICAÇÃO DO NTEP PELA PERÍCIA MÉDICA, BEM COMO A
POSSIBILIDADE DE CONTESTAÇÃO E/OU RECURSO PELO SEGURADO
(ART.9º)?

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9. A EMPRESA XX ESTÁ CIENTE QUE A EXISTÊNCIA DE NEXO DE
QUALQUER ESPÉCIE ENTRE O TRABALHO E O AGRAVO NÃO IMPLICA
O RECONHECIMENTO AUTOMÁTICO DA INCAPACIDADE PARA O
TRABALHO, QUE SERÁ DEFINIDA PELA PERÍCIA MÉDICA
(ART.10)?NOTA: RECONHECIDA PELO INSS A INCAPACIDADE PARA O
TRABALHO E ESTABELECIDO O NEXO TÉCNICO ENTRE O TRABALHO
E O AGRAVO, SERÃO DEVIDAS AS PRESTAÇÕES ACIDENTÁRIAS A
QUE O BENEFICIÁRIO TENHA DIREITO

10. A EMPRESA XX ESTÁ CIENTE DE QUE NÃO SERÃO APRESENTADOS


AO PERITO MÉDICO OS QUESITOS SOBRE AS ESPÉCIES DE NEXO
TÉCNICO, QUANDO DOS EXAMES PERICIAIS POR PEDIDO DE
PRORROGAÇÃO-PP, OU PEDIDO DE RECONSIDERAÇÃO-PR, DE
BENEFÍCIOS EM MANUTENÇÃO, HAJA VISTA QUE A EVENTUAL
PRORROGAÇÃO DECORRE DA INCAPACIDADE PARA O TRABALHO E
NÃO DA NATUREZA ACIDENTÁRIA DO AGRAVO (ART.11)?

11. A EMPRESA XX ESTÁ CIENTE QUE A DISPENSA DE VINCULAÇÃO DO


BENEFÍCIO A UMA CAT NO SISTEMA ÚNICO DE BENEFÍCIOS, PARA A
SUA CONCESSÃO EM ESPÉCIE ACIDENTÁRIA, NÃO DESOBRIGA A
EMPRESA DA EMISSÃO DA MESMA, CONFORME PREVISTO NOS ARTS.
19 A 23 DA LEI Nº 8.213/91 (ART.14)?NOTA: NÃO CABE APLICAÇÃO DE
MULTA, POR NÃO EMISSÃO DE CAT, QUANDO O ENQUADRAMENTO
DECORRER DE APLICAÇÃO DO NTEP, CONFORME DISPOSTO NO § 5º,
ART. 22 DA LEI Nº 8.213/91, REDAÇÃO DADA PELA LEI Nº 11.430/06.

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2- LEGISLAÇÕES TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIAS

2.1 Programa de Prevenção de Riscos Ambientais


- PPRA (NR-09)

A Norma Regulamentadora - NR estabelece a obrigatoriedade da elaboração


e implementação, por parte de todos os empregadores e instituições que
admitam trabalhadores como empregados, do Programa de Prevenção de Riscos
Ambientais - PPRA, visando á preservação da saúde e da integridade dos
trabalhadores, através da antecipação, reconhecimento, avaliação e
conseqüente controle da ocorrência de riscos ambientais existentes ou que
venham a existir no ambiente de trabalho, tendo em consideração a
proteção do meio ambiente e dos recursos naturais.
As ações do PPRA devem ser desenvolvidas no âmbito de cada estabelecimento
da empresa, sob a responsabilidade do empregador, com a participação dos
trabalhadores, sendo sua abrangência e profundidade dependentes das
características dos riscos e das necessidades de controle.

O PPRA é parte integrante do conjunto mais amplo das iniciativas da


empresa no campo da preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores,
devendo estar articulado com o disposto nas demais NR, em especial com o
Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO previsto na NR
7.
Consideram-se agentes físicos as diversas formas de energia a que possam
estar expostos os trabalhadores, tais como: ruído, vibrações, pressões
anormais, temperaturas extremas, radiações ionizantes, radiações ionizantes,
bem como o infra-som e o ultra-som.

Consideram-se agentes químicos as substâncias, compostos ou produtos


que possam penetrar no organismo pela via respiratória, nas formas de poeiras,
fumos, névoas, neblinas, gases ou vapores, ou que, pela natureza da atividade
de exposição, possam ter contato ou ser absorvido pelo organismo através da
pele ou por ingestão.

Consideram-se agentes biológicos as bactérias, fungos, bacilos, parasitas,


protozoários, vírus, entre outros.

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Estrutura do PPRA
O Programa de Prevenção de Riscos Ambientais deverá conter, no
mínimo, a seguinte estrutura:

a) planejamento anual com estabelecimento de metas, prioridades e cronograma;


b) estratégia e metodologia de ação;
c) forma do registro, manutenção e divulgação dos dados;
d) periodicidade e forma de avaliação do desenvolvimento do PPRA.
Deverá ser efetuada, sempre que necessário e pelo menos uma vez ao ano,
uma análise global do PPRA para avaliação do seu desenvolvimento e
realização dos ajustes necessários e estabelecimento de novas metas e
prioridades.

Desenvolvimento do PPRA
O Programa de Prevenção de Riscos Ambientais deverá incluir as seguintes
etapas:
a) antecipação e reconhecimento dos riscos;
b) estabelecimento de prioridades e metas de avaliação e controle;
c) avaliação dos riscos e da exposição dos trabalhadores;
d) implantação de medidas de controle e avaliação de sua eficácia;
e) monitoramento da exposição aos riscos;
f) registro e divulgação dos dados.
A elaboração, implementação, acompanhamento e avaliação do PPRA poderão
ser feitas pelo Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em
Medicina do Trabalho - SESMT ou por pessoa ou equipe de pessoas que, a
critério do empregador, sejam capazes de desenvolver o disposto na NR 09.

O reconhecimento dos riscos ambientais deverá conter os seguintes itens,


quando aplicáveis:
a) a sua identificação;
b) a determinação e localização das possíveis fontes geradoras;
c) a identificação das possíveis trajetórias e dos meios de propagação dos
agentes no ambiente de trabalho;

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d) a identificação das funções e determinação do número de trabalhadores
expostos;
e) a caracterização das atividades e do tipo da exposição;
f) a obtenção de dados existentes na empresa, indicativos de possível
comprometimento da saúde decorrente do trabalho;
g) os possíveis danos á saúde relacionados aos riscos identificados, disponíveis na
literatura técnica;

h) a descrição das medidas de controle já existentes.

2.2 EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL

Cabe ao empregador
Cabe ao empregador quanto ao EPI :

a) adquirir o adequado ao risco de cada atividade;

b) exigir seu uso;

c) fornecer ao trabalhador somente o aprovado pelo órgão nacional competente em matéria


de segurança e saúde no trabalho;

d) orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado, guarda e conservação;

e) substituir imediatamente, quando danificado ou extraviado;

f) responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica; e,

g) comunicar ao MTE qualquer irregularidade observada.

Cabe ao empregado quanto ao EPI:

a) usar, utilizando-o apenas para a finalidade a que se destina;

b) responsabilizar-se pela guarda e conservação;

c) comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio para uso; e,

d) cumprir as determinações do empregador sobre o uso adequado.

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Cabe ao fabricante e ao importador

O fabricante nacional ou o importador deverá:

a) cadastrar-se, junto ao órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no


trabalho;
b) solicitar a emissão do CA.
c) solicitar a renovação do CA, quando vencido o prazo de validade estipulado pelo
órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde do trabalho;

d) requerer novo CA, quando houver alteração das especificações do equipamento


aprovado;

e) responsabilizar-se pela manutenção da qualidade do EPI que deu origem ao Certificado


de Aprovação - CA;

f) comercializar ou colocar á venda somente o EPI, portador de CA;

g) comunicar ao órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho


quaisquer alterações dos dados cadastrais fornecidos;
h) comercializar o EPI com instruções técnicas no idioma nacional, orientando sua
utilização, manutenção, restrição e demais referências ao seu uso;

i) fazer constar do EPI o número do lote de fabricação; e,

j) providenciar a avaliação da conformidade do EPI no âmbito do SINMETRO, quando for o


caso.

Certificado de Aprovação – CA

Para fins de comercialização o CA concedido aos EPI ter á validade:

a) de 5 (cinco) anos, para aqueles equipamentos com laudos de ensaio que não tenham sua
conformidade avaliada no âmbito do SINMETRO;

b) do prazo vinculado á avaliação da conformidade no âmbito do SINMETRO, quando for o


caso;

c) de 2 (dois) anos, quando não existirem normas técnicas nacionais ou internacionais,


oficialmente reconhecidas, ou laboratório capacitado para realização dos ensaios, sendo que
nesses casos os EPI terão sua aprovação pelo órgão nacional competente em matéria de
segurança e saúde no trabalho, mediante apresentação e análise doTermo de
Responsabilidade Técnica e da especificação técnica de fabricação, podendo ser renovado
até dezembro de 2007, quando se expirarão os prazos concedidos; e,

d) de 2 (dois) anos, renováveis por igual período, para os EPI desenvolvidos após a data da
publicação desta NR, quando não existirem normas técnicas nacionais ou internacionais,
oficialmente reconhecidas, ou laboratório capacitado para realização dos ensaios, caso em
que os EPI serão aprovados pelo órgão nacional competente em matéria de segurança e

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saúde no trabalho, mediante apresentação e análise do Termo de Responsabilidade Técnica e
da especificação técnica de fabricação.

O órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho, quando


necessário e mediante justificativa, poderá estabelecer prazos diversos daqueles dispostos.

Todo EPI deverá apresentar em caracteres indeléveis e bem visíveis, o nome


comercial da empresa fabricante, o lote de fabricação e o número do CA, ou, no caso de
EPI importado, o nome do importador, o lote de fabricação e o número do CA.

Na impossibilidade de cumprir o determinado, o órgão nacional competente em matéria


de segurança e saúde no trabalho poderá autorizar forma alternativa de gravação, a ser
proposta pelo fabricante ou importador, devendo esta constar do CA.

Restauração, lavagem e higienização de EPI

Os EPI passíveis de restauração, lavagem e higienização, serão definidos pela comissão


tripartite constituída, na forma do disposto, devendo manter as características de proteção
original.

2.3 PROGRAMA DE CONTROLE MÉDICO DE SAÚDE


OCUPACIONAL – PCMSO (NR-07)
A NR-07 estabelece a obrigatoriedade de elaboração e implementação, por parte de todos os
empregadores e instituições que admitam trabalhadores como empregados, do Programa de
Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO, com o objetivo de promoção e
preservação da saúde do conjunto dos seus trabalhadores.

Compete ao empregador:
a) garantir a elaboração e efetiva implementação do PCMSO, bem como zelar pela sua eficácia;

b) custear sem ônus para o empregado todos os procedimentos relacionados ao PCMSO;

c) indicar, dentre os médicos dos Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e


Medicina do Trabalho – SESMT, da empresa, um coordenador responsável pela execução do
PCMSO;

d) no caso de a empresa estar desobrigada de manter médico do trabalho, de acordo com a


NR 4, deverá o empregador indicar médico do trabalho, empregado ou não da empresa, para
coordenar o PCMSO;

e) inexistindo médico do trabalho na localidade, o empregador poderá contratar médico de


outra especialidade para coordenar o PCMSO.

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O PCMSO deve incluir, entre outros, a realização obrigatória dos exames médicos:

a) admissional;

b) periódico;

c) de retorno ao trabalho;

d) de mudança de função;

e) demissional.

Prazos e á periodicidade dos Exames Médicos:

No exame médico admissional, deverá ser realizada antes que o trabalhador assuma suas
atividades;

No exame médico periódico, de acordo com os intervalos mínimos de tempo abaixo


discriminados:

a) para trabalhadores expostos a riscos ou a situações de trabalho que impliquem o


desencadeamento ou agravamento de doença ocupacional, ou, ainda, para aqueles que
sejam portadores de doenças crônicas, os exames deverão ser repetidos:

a.1) a cada ano ou a intervalos menores, a critério do médico encarregado, ou se


notificado pelo médico agente da inspeção do trabalho, ou, ainda, como resultado de
negociação coletiva de trabalho;

a.2) de acordo com á periodicidade especificada no Anexo n.º 6 da NR 15, para os


trabalhadores expostos a condições hiperbáricas;

b) para os demais trabalhadores:

b.1) anual, quando menores de 18 (dezoito) anos e maiores de 45 (quarenta e cinco) anos de
idade;

b.2) a cada dois anos, para os trabalhadores entre 18 (dezoito) anos e 45 (quarenta e cinco)
anos de idade.)

No exame médico de retorno ao trabalho, deverá ser realizada obrigatoriamente


no primeiro dia da volta ao trabalho de trabalhador ausente por período igual
ou superior a 30 (trinta) dias por motivo de doença ou acidente, de natureza
ocupacional ou não, ou parto.

No exame médico de mudança de função, será obrigatoriamente realizada antes da data da


mudança.

19
Entende-se por mudança de função toda e qualquer alteração de atividade, posto de trabalho
ou de setor que implique a exposição do trabalhador á risco diferente daquele a que estava
exposto antes da mudança.

No exame médico demissional, será obrigatoriamente realizada até a data da homologação,


desde que o último exame médico ocupacional tenha sido realizado há mais de:

- 135 (centro e trinta e cinco) dias para as empresas de grau de risco 1 e 2, segundo o Quadro I
da NR 4;

- 90 (noventa) dias para as empresas de grau de risco 3 e 4, segundo o Quadro I da NR 4.

ATESTADO DE SAÚDE OCUPACIONAL - ASO

Para cada exame médico realizado, o médico emitirá o Atestado de Saúde


Ocupacional - ASO, em 2 (duas) vias.

A primeira via do ASO ficará arquivada no local de trabalho do trabalhador, inclusive


frente de trabalho ou canteiro de obras, á disposição da fiscalização do trabalho. A segunda
via do ASO será obrigatoriamente entregue ao trabalhador, mediante recibo na primeira
via.

O ASO deverá conter no mínimo:

a) nome completo do trabalhador, o número de registro de sua identidade e sua função;

b) os riscos ocupacionais específicos existentes, ou a ausência deles, na atividade do


empregado, conforme instruções técnicas expedidas pela Secretaria de Segurança e Saúde no
Trabalho-SSST;

c) indicação dos procedimentos médicos a que foi submetido o trabalhador,


incluindo os exames complementares e a data em que foram realizados;

d) o nome do médico coordenador, quando houver, com respectivo CRM;

e) definição de apto ou inapto para a função específica que o trabalhador vai exercer,
exerce ou exerceu;

f) nome do médico encarregado do exame e endereço ou forma de contato;

g) data e assinatura do médico encarregado do exame e carimbo contendo seu número


de inscrição no Conselho Regional de Medicina.

Os dados obtidos nos exames médicos, incluindo avaliação clínica e exames


complementares, as conclusões e as medidas aplicadas deverão ser registrados em
prontuário clínico individual, que ficará sob a responsabilidade do médico-coordenador do
PCMSO.

20
Os registros deverão ser mantidos por período mínimo de 20 (vinte) anos após o
desligamento do trabalhador.

Havendo substituição do médico, os arquivos deverão ser transferidos para seu sucessor.

2.4 PERFIL PROFISSIOGRÁFICO PREVIDENCIÁRIO


(PPP)

O Perfil Profissiográfico Previdenciário – PPP constitui-se em um documento


histórico-laboral do trabalhador que reúne, entre outras informações, dados
administrativos, registros ambientais e resultados de monitoração biológica, durante
todo o período em que este exerceu suas atividades.

Trata-se de ato declaratório, não constitutivo de direito, afirmação textual


empreendida pelo empregador em relação ao seu ambiente de trabalho, narrativa
formal das condições laborais, da presença ou não dos agentes nocivos, relato
fidedigno do modus operandi do trabalhador, extensão formal da CTPS, dela
guardando a presunção jurídica juris tantum de veracidade.

A partir de 1º de janeiro de 2004, a empresa ou equiparada a empresa deverá elaborar


PPP, conforme Anexo XV, de forma individualizada para seus empregados,
trabalhadores avulsos e cooperados, que laborem expostos a agentes nocivos
químicos, físicos, biológicos ou associação de agentes prejudiciais á saúde ou á
integridade física, considerados para fins de concessão de aposentadoria especial,
ainda que não presentes os requisitos para a concessão desse benefício, seja pela
eficácia dos equipamentos de proteção, coletivos ou individuais, seja por não se
caracterizar a permanência.

Após a implantação do PPP em meio magnético pela Previdência Social, este


documento será exigido para todos os segurados, independentemente do ramo de
atividade da empresa e da exposição a agentes nocivos, e deverá abranger também
informações relativas aos fatores de riscos ergonômicos e mecânicos.

O PPP tem como finalidade:

I- comprovar as condições para habilitação de benefícios e serviços


previdenciários, em especial, a aposentadoria especial;

II- prover o trabalhador de meios de prova produzidos pelo empregador


perante a Previdência Social, a outros órgãos públicos e aos sindicatos, de
forma a garantir todo direito decorrente da relação de trabalho, seja ele
individual, ou difuso e coletivo;

III- prover a empresa de meios de prova produzidos em tempo real, de modo a


organizar e a individualizar as informações contidas em seus diversos

21
setores ao longo dos anos, possibilitando que a empresa evite ações
judiciais indevidas relativas a seus trabalhadores;

IV- possibilitar aos administradores públicos e privados acesso a bases de


informações fidedignas, como fonte primária de informação estatística, para
desenvolvimento de vigilância sanitária e epidemiológica, bem como
definição de políticas em saúde coletiva.

O PPP será impresso nas seguintes situações: Alterada pela INSTRUÇÃO


NORMATIVA INSS/PRES No. 29, de 04 de junho de 2008 – DOU de 16/06/2008 –
REPLUBICADA

I- por ocasião da rescissão do contrato de trabalho ou da desfiliação da


cooperativa, sindicato ou OGMO, em duas vias, com fornecimento de uma
das vias para o trabalhador, mediante recibo;

II- sempre que solicitado pelo trabalhador, para fins de requerimento de


reconhecimento de períodos laborados em condições especiais;

III- para fins de análise de benefícios por incapacidade, a partir de 1º de janeiro


de 2004, quando solicitado pelo INSS;

IV- para simples conferência por parte do trabalhador, pelo menos uma vez ao
ano, quando da avaliação global anual do Programa de Prevenção de
Riscos Ambientais – PPRA, até que seja implantado o PPP em meio
magnético pela Previdência Social; e

V- quando solicitado pelas autoridades competentes.

O PPP deverá ser assinado por representante legal da empresa, com poderes
específicos outorgados por procuração, contendo a indicação dos responsáveis
técnicos legalmente habilitados, por período, pelos registros ambientais e resultados
de monitoração biológica.
A comprovação da entrega do PPP, na rescisão de contrato de trabalho poderá ser
feita no próprio instrumento de rescisão, bem como em recibo á parte.

O PPP e a comprovação de entrega ao trabalhador, na rescisão de contrato de


trabalho ou da desfiliação da cooperativa, sindicato ou OGMO, deverão ser mantidos
na empresa por 20(vinte) anos.

A prestação de informações falsas no PPP constitui crime de falsidade ideológica,


nos termos do art. 297 do Código Penal.

As informações constantes no PPP são de caráter privativo do trabalhador,


constituindo crime nos termos da Lei no. 9.029, de 13 de abril de 1995, práticas
discriminatórias decorrentes de sua exigibilidade por outrem, bem como de sua
divulgação para terceiros, ressalvado quando exigida pelos órgãos públicos
competentes.

22
ANEXO XV

INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 27/INSSPRES, DE 30 DE ABRIL DE 2008

INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 20/INSSPRES, DE 10 DE OUTUBRO DE 2007

PERFIL PROFISSIOGRÁFICO PREVIDENCIÁRIO – PPP

I-SEÇÃO DE DADOS ADMINISTRATIVOS


1-CNPJ do Domicílio Tributário/CEI: 2-Nome Empresarial: 3-CNAE:

4-Nome do Trabalhador 5-BR/PDH 6-NIT

7-Data do 8-Sexo (F/M) 9-CTPS (Nº, Série e UF) 10-Data de Admissão 11-Regime
Nascimento Revezamento

12-CAT REGISTRADA
12.1 Data do Registro 12.2 Número da CAT 12.1 Data do Registro 12.2 Número da CAT

13-LOTAÇÃO E ATRIBUIÇÃO
13.1 Período 13.2 CNPJ/CEI 13.3 Setor 13.4 Cargo 13.5 13.6 13.7 Cód. GFIP
Função CBO
__/__/__ a __/__/__
__/__/__ a __/__/__
__/__/__ a __/__/__
__/__/__ a __/__/__
14–PROFISSIOGRAFIA
14.1 Período 14.2 Descrição das Atividades
__/__/__ a __/__/__
__/__/__ a __/__/__
__/__/__ a __/__/__
__/__/__ a __/__/__
II-SEÇÃO DE REGISTROS AMBIENTAIS
15-EXPOSIÇÃO A FATORES DE RISCOS
15.6
15.7 EPI
15.2 15.3 Fator 15.4 15.5 Técnica EPC
15.1 Período Eficaz 15.8 CA EPI
Tipo de Risco Itens./Conc Utilizada Eficaz
(S/N)
(S/N)
__/__/__ a __/__/__
__/__/__ a __/__/__
__/__/__ a __/__/__
__/__/__ a __/__/__
15.9 Atendimento aos requisitos das NR-06 e NR-09 do MTE pelos EPI informados (S/N)
Foi tentada a implementação de medidas de proteção coletiva, de caráter administrativo ou de
organização do trabalho, optando-se pelo EPI por inviabilidade técnica, insuficiência ou interinidade, ou
ainda em caráter complementar ou emergencial
Foram observadas as condições de funcionamento e do uso ininterrupto do EPI ao longo do tempo,
conforme especificação técnica do fabricante, ajustada ás condições de campo.
Foi observado o prazo de validade, conforme Certificado de Aprovação - CA do MTE.
Foi observada a periodicidade de troca definida pelos programas ambientais, comprovada mediante
recibo assinado pelo usuário em época própria.
Foi observada a higienização.

23
16-RESPONSÁVEL PELOS REGISTROS AMBIENTAIS
16-RESPONSÁVEL PELOS REGISTROS AMBIENTAIS
16.3 Registro Conselho de 16.4 Nome do Profissional Legalmente
16.1 Período 16.2 NIT
Classe Habilitado
__/__/__ a __/__/__
__/__/__ a __/__/__
__/__/__ a __/__/__
__/__/__ a __/__/__
__/__/__ a __/__/__
III-SEÇÃO DE RESULTADOS DE MONITORAÇÃO BIOLÓGICA
17-EXAMES MÉDICOS CLÍNICOS E COMPLEMENTARES (Quadros I e II, da NR-07)
17.4 Exame
17.1 Data 17.2 Tipo 17.3 Natureza 17.5 Indicação de Resultados
(R/S)
( ) Normal ( ) Alterado
( ) Estável
__/__/___ ( ) Agravamento
( ) Ocupacional
( ) Não Ocupacional
( ) Normal ( ) Alterado
( ) Estável
__/__/___ ( ) Agravamento
( ) Ocupacional
( ) Não Ocupacional
( ) Normal ( ) Alterado
( ) Estável
__/__/___ ( ) Agravamento
( ) Ocupacional
( ) Não Ocupacional
( ) Normal ( ) Alterado
( ) Estável
__/__/___ ( ) Agravamento
( ) Ocupacional
( ) Não Ocupacional
18-RESPONSÁVEL PELA MONITORAÇÃO BIOLÓGICA
18.3 Registro Conselho 18.4 Nome do Profissional Legalmente
18.1 Período 18.2 NIT
de Classe Habilitado
__/__/___
__/__/___
__/__/___
__/__/___
__/__/___

IV-RESPONSÁVEIS PELAS INFORMAÇÕES


Declaramos, para todos os fins de direito, que as informações prestadas neste documento são verídicas e foram
transcritas fielmente dos registros administrativos, das demonstrações ambientais e dos programas médicos de
responsabilidade da empresa. É de nosso conhecimento que a prestação de informações falsas neste documento
constitui crime de falsificação de documento público, nos termos do artigo 297 do Código Penal e, também, que tais
informações são de caráter privativo do trabalhador, constituindo crime, nos termos da Lei nº 9.029/95, práticas
discriminatórias decorrentes de sua exigibilidade por outrem, bem como de sua divulgação para terceiros, ressalvado
quando exigida pelos órgãos públicos competentes.
19-Data Emissão PPP 20-REPRESENTANTE LEGAL DA EMPRESA
20.1NIT 20.2 Nome

____/___/___

(Carimbo) _____________________________
(Assinatura)
OBSERVAÇÕES

24
INSTRUÇÕES DE PREENCHIMENTO

CAMPO DESCRIÇÃO INSTRUÇÃO DE PREENCHIMENTO


SEÇÃO I SEÇÃO DE DADOS ADMINISTRATIVOS
CNPJ relativo ao estabelecimento escolhido como domicílio tributário, nos
termos do art. 127 do CTN, no formato XXXXXXXX/XXXX-XX; ou
CNPJ do Domicílio Matrícula no Cadastro Específico do INSS (Matrícula CEI) relativa á obra
1
Tributário/CEI realizada por Contribuinte Individual ou ao estabelecimento escolhido como
domicílio tributário que não possua CNPJ, no formato XX.XXX.XXXXX/XX,
ambos compostos por caracteres numéricos.
2 NOME EMPRESARIAL Até 40 (quarenta) caracteres alfanuméricos.
Classificação Nacional de Atividades Econômicas da empresa, completo, com
7 (sete) caracteres numéricos, no formato XXXXXX-X, instituído pelo IBGE
3 CNAE através da Resolução CONCLA nº 07, de 16/12/2002.
A tabela de códigos CNAE-Fiscal pode ser consultada na Internet, no site
www.cnae.ibge.gov.br
4 NOME DO TRABALHADOR Até 40 (quarenta) caracteres alfabéticos.
BR – Beneficiário Reabilitado; PDH – Portador de Deficiência Habilitado; NA –
Não Aplicável.
Preencher com base no art. 93, da Lei nº 8.213, de 1991, que estabelece a
obrigatoriedade do preenchimento dos cargos de empresas com 100 (cem) ou
mais empregados com beneficiários reabilitados ou pessoas portadoras de
5 BR/PDH
deficiência, habilitadas, na seguinte proporção:
I - até 200 empregados.....................2%;
II - de 201 a 500...............................3%;
III - de 501 a 1.000...........................4%;
IV - de 1.001 em diante. ..................5%.
Número de Identificação do Trabalhador com 11 (onze) caracteres numéricos,
no formato XXX.XXXXX.XX-X.
6 NIT O NIT corresponde ao número do PIS/PASEP/CI sendo que, no caso de
Contribuinte Individual (CI), pode ser utilizado o número de inscrição no
Sistema Único de Saúde (SUS) ou na Previdência Social.
7 DATA DO NASCIMENTO No formato DD/MM/AAAA.
8 SEXO (F/M) F – Feminino; M – Masculino.
Número, com 7 (sete) caracteres numéricos, Série, com 5 (cinco) caracteres
9 CTPS (Nº, Série e UF) numéricos e UF, com 2 (dois) caracteres alfabéticos, da Carteira de Trabalho e
Previdência Social.
10 DATA DE ADMISSÃO No formato DD/MM/AAAA.
Regime de Revezamento de trabalho, para trabalhos em turnos ou escala,
especificando tempo trabalhado e tempo de descanso, com até 15 (quinze)
REGIME DE
11 caracteres alfanuméricos.
REVEZAMENTO
Exemplo: 24 x 72 horas; 14 x 21 dias; 2 x 1 meses.
Se inexistente, preencher com NA – Não Aplicável.
Informações sobre as Comunicações de Acidente do Trabalho registradas pela
empresa na Previdência Social, nos termos do art. 22 da Lei nº 8.213, de
1991, do art. 169 da CLT, do art. 336 do RPS, aprovado pelo Dec. nº 3.048, de
12 CAT REGISTRADA
1999, do item 7.4.8, alínea “a” da NR-07 do MTE e dos itens 4.3.1 e 6.1.2 do
Anexo 13-A da NR-15 do MTE, disciplinado pela Portaria MPAS nº 5.051, de
1999, que aprova o Manual de Instruções para Preenchimento da CAT.
12.1 Data do Registro No formato DD/MM/AAAA.
Com 13 (treze) caracteres numéricos, com formato XXXXXXXXXX-X/XX.
12.2 Número da CAT Os dois últimos caracteres correspondem a um número seqüencial relativo ao
mesmo acidente, identificado por NIT, CNPJ e data do acidente.
Informações sobre o histórico de lotação e atribuições do trabalhador, por
período.
A alteração de qualquer um dos campos - 13.2 a 13.7 - implica,
13 LOTAÇÃO E ATRIBUIÇÃO
obrigatoriamente, a criação de nova linha, com discriminação do período,
repetindo as informações que não foram alteradas.

25
Data de início e data de fim do período, ambas no formato DD/MM/AAAA.
13.1 Período No caso de trabalhador ativo, a data de fim do último período não deverá ser
preenchida.
Local onde efetivamente o trabalhador exerce suas atividades. Deverá ser
informado o CNPJ do estabelecimento de lotação do trabalhador ou da
13.2 CNPJ/CEI empresa tomadora de serviços, no formato XXXXXXXX/XXXX-XX; ou
Matrícula CEI da obra ou do estabelecimento que não possua CNPJ, no
formato XX.XXX.XXXXX/XX, ambos compostos por caracteres numéricos.
Lugar administrativo na estrutura organizacional da empresa, onde o
13.3 Setor trabalhador exerce suas atividades laborais, com até 15 (quinze) caracteres
alfanuméricos.
Cargo do trabalhador, constante na CTPS, se empregado ou trabalhador
13.4 Cargo avulso, ou constante no Recibo de Produção e Livro de Matrícula, se
cooperado, com até 30 (trinta) caracteres alfanuméricos.
Lugar administrativo na estrutura organizacional da empresa, onde o
trabalhador tenha atribuição de comando, chefia, coordenação, supervisão ou
13.5 Função
gerência. Quando inexistente a função, preencher com NA – Não Aplicável,
com até 30 (trinta) caracteres alfanuméricos.
Classificação Brasileira de Ocupação vigente á época, com seis caracteres
numéricos:
1 - No caso de utilização da tabela CBO relativa a 1994, utilizar a CBO
completa com cinco caracteres, completando com “0” (zero) a primeira
posição;
2 - No caso de utilização da tabela CBO relativa a 2002, utilizar a CBO
completa com seis caracteres.
Alternativamente, pode ser utilizada a CBO, com 5 (cinco) caracteres
13.6 CBO numéricos, conforme Manual da GFIP para usuários do SEFIP, publicado por
Instrução Normativa da Diretoria Colegiada do INSS:
1- No caso de utilização da tabela CBO relativa a 1994, utilizar a CBO
completa com cinco caracteres;
2- No caso de utilização da tabela CBO relativa a 2002, utilizar a família do
CBO com quatro caracteres, completando com “0” (zero) a primeira posição.
A tabela de CBO pode ser consultada na Internet, no site www.mtecbo.gov.br.
OBS: Após a alteração da GFIP, somente será aceita a CBO completa, com
seis caracteres numéricos, conforme a nova tabela CBO relativa a 2002.
Código Ocorrência da GFIP para o trabalhador, com dois caracteres
13.7 Código Ocorrência da GFIP numéricos, conforme Manual da GFIP para usuários do SEFIP, publicado por
Instrução Normativa da Diretoria Colegiada do INSS.
Informações sobre a profissiografia do trabalhador, por período.
14 PROFISSIOGRAFIA A alteração do campo 14.2 implica, obrigatoriamente, a criação de nova linha,
com discriminação do período.
Data de início e data de fim do período, ambas no formato DD/MM/AAAA. No
14.1 Período caso de trabalhador ativo, a data de fim do último período não deverá ser
preenchida.
Descrição das atividades, físicas ou mentais, realizadas pelo trabalhador, por
força do poder de comando a que se submete, com até 400 (quatrocentos)
14.2 Descrição das Atividades caracteres alfanuméricos.
As atividades deverão ser descritas com exatidão, e de forma sucinta, com a
utilização de verbos no infinitivo impessoal.
SEÇÃO II SEÇÃO DE REGISTROS AMBIENTAIS
Informações sobre a exposição do trabalhador a fatores de riscos ambientais,
por período, ainda que estejam neutralizados, atenuados ou exista proteção
eficaz.
Facultativamente, também poderão ser indicados os fatores de riscos
ergonômicos e mecânicos.
EXPOSIÇÃO A FATORES
15 A alteração de qualquer um dos campos - 15.2 a 15.8 - implica,
DE RISCOS
obrigatoriamente, a criação de nova linha, com discriminação do período,
repetindo as informações que não foram alteradas.
OBS.: Após a implantação da migração dos dados do PPP em meio magnético
pela Previdência Social, as informações relativas aos fatores de riscos
ergonômicos e mecânicos passarão a ser obrigatórias.

26
Data de início e data de fim do período, ambas no formato DD/MM/AAAA. No
15.1 Período caso de trabalhador ativo, a data de fim do último período não deverá ser
preenchida.
F – Físico; Q – Químico; B – Biológico; E – Ergonômico/Psicossocial, M –
Mecânico/de Acidente, conforme classificação adotada pelo Ministério da
Saúde, em “Doenças Relacionadas ao Trabalho: Manual de Procedimentos
15.2 Tipo para os Serviços de Saúde”, de 2001.
A indicação do Tipo “E” e “M” é facultativa.
O que determina a associação de agentes é a superposição de períodos com
fatores de risco diferentes.
Descrição do fator de risco, com até 40 (quarenta) caracteres alfanuméricos.
15.3 Fator de Risco Em se tratando do Tipo “Q”, deverá ser informado o nome da substância ativa,
não sendo aceitas citações de nomes comerciais.
Intensidade ou Concentração, dependendo do tipo de agente, com até 15
(quinze) caracteres alfanuméricos.
15.4 Intensidade / Concentração
Caso o fator de risco não seja passível de mensuração, preencher com NA –
Não Aplicável.
Técnica utilizada para apuração do item 15.4, com até 40 (quarenta)
caracteres alfanuméricos.
15.5 Técnica Utilizada
Caso o fator de risco não seja passível de mensuração, preencher com NA –
Não Aplicável.
S – Sim; N – Não, considerando se houve ou não a eliminação ou a
neutralização, com base no informado nos itens 15.2 a 15.5, assegurada as
15.6 EPC Eficaz (S/N)
condições de funcionamento do EPC ao longo do tempo, conforme
especificação técnica do fabricante e respectivo plano de manutenção.
S – Sim; N – Não, considerando se houve ou não a atenuação, com base no
15.7 EPI Eficaz (S/N)
informado nos itens 15.2 a 15.5.
Número do Certificado de Aprovação do MTE para o Equipamento de
Proteção Individual referido no campo 154.7, com 5 (cinco) caracteres
15.8 C.A. EPI
numéricos.
Caso não seja utilizado EPI, preencher com NA – Não Aplicável.
Observação do disposto na NR-06 do MTE, assegurada a observância:
1- da hierarquia estabelecida no item 9.3.5.4 da NR-09 do MTE (medidas de
proteção coletiva, medidas de caráter administrativo ou de organização do
trabalho e utilização de EPI, nesta ordem, admitindo-se a utilização de EPI
ATENDIMENTO AOS somente em situações de inviabilidade técnica, insuficiência ou interinidade á
REQUISITOS DAS NR-06 E implementação do EPC, ou ainda em caráter complementar ou emergencial);
15.9
NR-09 DO MTE PELOS EPI 2- das condições de funcionamento do EPI ao longo do tempo, conforme
INFORMADOS especificação técnica do fabricante ajustada ás condições de campo;
3- do prazo de validade, conforme Certificado de Aprovação do MTE;
4- da periodicidade de troca definida pelos programas ambientais, devendo
esta ser comprovada mediante recibo; e
5- dos meios de higienização.
RESPONSÁVEL PELOS Informações sobre os responsáveis pelos registros ambientais, por período.
16
REGISTROS AMBIENTAIS
Data de início e data de fim do período, ambas no formato DD/MM/AAAA. No
16.1 Período caso de trabalhador ativo sem alteração do responsável, a data de fim do
último período não deverá ser preenchida.
Número de Identificação do Trabalhador com 11 (onze) caracteres numéricos,
no formato XXX.XXXXX.XX-X.
16.2 NIT O NIT corresponde ao número do PIS/PASEP/CI sendo que, no caso de
Contribuinte Individual (CI), pode ser utilizado o número de inscrição no
Sistema Único de Saúde (SUS) ou na Previdência Social.
Número do registro profissional no Conselho de Classe, com 9 (nove)
caracteres alfanuméricos, no formato XXXXXX-X/XX ou XXXXXXX/XX.
A parte “-X” corresponde á D – Definitivo ou P – Provisório.
16.3 Registro Conselho de Classe A parte “/XX” deve ser preenchida com a UF, com 2 (dois) caracteres
alfabéticos.
A parte numérica deverá ser completada com zeros á esquerda.

27
Nome do Profissional Até 40 (quarenta) caracteres alfabéticos.
16.4 Legalmente Habilitado

SEÇÃO III SEÇÃO DE RESULTADOS DE MONITORAÇÃO BIOLÓGICA


EXAMES MÉDICOS Informações sobre os exames médicos obrigatórios, clínicos e
17 CLÍNICOS E complementares, realizados para o trabalhador, constantes nos Quadros I e II,
COMPLEMENTARES da NR-07 do MTE.
17.1 Data No formato DD/MM/AAAA.
A – Admissional; P – Periódico; R – Retorno ao Trabalho; M – Mudança de
17.2 Tipo
Função; D – Demissional.
Natureza do exame realizado, com até 50 (cinqüenta) caracteres
alfanuméricos.
17.3 Natureza
No caso dos exames relacionados no Quadro I da NR-07, do MTE, deverá ser
especificada a análise realizada, além do material biológico coletado.
17.4 Exame (R/S) R – Referencial; S – Seqüencial.
Preencher Normal ou Alterado. Só deve ser preenchido Estável ou
Agravamento no caso de Alterado em exame Seqüencial. Só deve ser
preenchido Ocupacional ou Não Ocupacional no caso de Agravamento.
17.5 Indicação de Resultados
OBS: No caso de Natureza do Exame “Audiometria”, a alteração unilateral
poderá ser classificada como ocupacional, apesar de a maioria das alterações
ocupacionais serem constatadas bilateralmente.
RESPONSÁVEL PELA Informações sobre os responsáveis pela monitoração biológica, por período.
18 MONITORAÇÃO
BIOLÓGICA
Data de início e data de fim do período, ambas no formato DD/MM/AAAA. No
18.1 Período caso de trabalhador ativo sem alteração do responsável, a data de fim do
último período não deverá ser preenchida.
Número de Identificação do Trabalhador com 11 (onze) caracteres numéricos,
no formato XXX.XXXXX.XX-X.
18.2 NIT O NIT corresponde ao número do PIS/PASEP/CI sendo que, no caso de
Contribuinte Individual (CI), pode ser utilizado o número de inscrição no
Sistema Único de Saúde (SUS) ou na Previdência Social.
Número do registro profissional no Conselho de Classe, com 9 (nove)
caracteres alfanuméricos, no formato XXXXXX-X/XX ou XXXXXXX/XX.
A parte “-X” corresponde á D – Definitivo ou P – Provisório.
18.3 Registro Conselho de Classe
A parte “/XX” deve ser preenchida com a UF, com 2 (dois) caracteres
alfabéticos.
A parte numérica deverá ser completada com zeros á esquerda.
Nome do Profissional Até 40 (quarenta) caracteres alfabéticos.
18.4
Legalmente Habilitado
SEÇÃO IV RESPONSÁVEIS PELAS INFORMAÇÕES
DATA DE EMISSÃO DO Data em que o PPP é impresso e assinado pelos responsáveis, no formato
19
PPP DD/MM/AAAA.
REPRESENTANTE LEGAL Informações sobre o Representante Legal da empresa, com poderes
20
DA EMPRESA específicos outorgados por procuração.
Número de Identificação do Trabalhador com 11 (onze) caracteres numéricos,
no formato XXX.XXXXX.XX-X.
20.1 NIT O NIT corresponde ao número do PIS/PASEP/CI sendo que, no caso de
contribuinte individual (CI), pode ser utilizado o número de inscrição no
Sistema Único de Saúde (SUS) ou na Previdência Social.
20.2 Nome Até 40 caracteres alfabéticos.
Carimbo e Assinatura Carimbo da Empresa e Assinatura do Representante Legal.
OBSERVAÇÕES
Devem ser incluídas neste campo, informações necessárias á análise do PPP,
bem como facilitadoras do requerimento do benefício, como por exemplo,
esclarecimento sobre alteração de razão social da empresa, no caso de
sucessora ou indicador de empresa pertencente a grupo econômico.
OBS: É facultada a inclusão de informações complementares ou adicionais ao PPP.

28
3- FATOR ACIDENTÁRIO DE PREVENÇÃO (FAP)
– Decreto 6957/2009 -
A Lei no. 10.666 de 8 de maio de 2003, possibilitou a redução ou majoração da
contribuição, recolhida pelas empresas, destinada ao financiamento dos benefícios
concedidos em razão do grau de incidência de incapacidade laborativa decorrente
dos riscos ambientais do trabalho. A referida Lei, em seu art. 10 prescreve que as
alíquotas de 1%, 2% e 3%, por empresa, poderão variar entre a metade e o dobro, de
acordo com a metodologia aprovada pelo Conselho Nacional de Previdência Social –
CNPS.

Trata-se, portanto, da instituição de um Fator Acidentário de Prevenção – FAP, que é


um multiplicador sobre a alíquota de 1%, 2% ou 3% correspondente ao
enquadramento da empresa segundo a Classificação Nacional de Atividades
Econômicas – CNAE preponderante, nos termos do Anexo V do Regulamento da
Previdência Social – RPS, aprovado pelo Decreto no. 3.048 de 06 maio de 1999. Esse
multiplicador deve variar em um intervalo fechado contínuo de 0,5 a 2,0.

O objetivo do FAP é incentivar a melhoria das condições de trabalho e da saúde do


trabalhador estimulando as empresas a implementarem políticas mais efetivas de
saúde e segurança no trabalho para reduzir a acidentalidade.

Assim, o FAP que será recalculado periodicamente, individualizará a alíquota de 1%,


2% ou 3% prevista no Anexo V do Regulamento da Previdência Social – RPS,
majorando ou reduzindo o valor da alíquota conforme a quantidade, a gravidade e o
custo das ocorrências acidentárias em cada empresa. Portanto, com o FAP as
empresas com mais acidentes e acidentes mais graves em uma subclasse CNAE
passará a contribuir com um valor maior, enquanto as empresas com menor
acidentalidade terão uma redução no valor de contribuição.

Índice de Freqüência

Indica a incidência da acidentalidade em cada empresa. Para esse índice são


computados as ocorrências acidentárias registradas por meio de CAT e os benefícios
das espécies B91 (Auxílio-doença por acidente) e B93 (Morte) sem registro de CAT,
ou seja, aqueles que foram estabelecidos por nexos técnicos, inclusive por NTEP.
Podem ocorrer casos de concessão de B92 (Invalidez) e B94 (Auxílio-acidente) sem a
precedência de um B91 (Auxílio-doença por acidente) e sem a existência de CAT e
nestes casos serão contabilizados como registros de acidentes ou doenças do
trabalho.

29
O cálculo do Índice de freqüência é obtido da seguinte maneira:

Índice de freqüência = (número de acidentes registrados em cada empresa, mais os


benefícios que entraram sem CAT vinculada, por nexo técnico)/número médio de
vínculos X 1.000 (mil).

Índice de Gravidade

Indica a gravidade das ocorrências acidentárias em cada empresa.

Para esse índice são computados todos os casos de afastamento acidentário por
mais de 15 dias, os casos de invalidez e morte acidentárias, de auxílio-doença
acidentário e de auxílio-acidente. É atribuído peso diferente para cada tipo de
afastamento em função da gravidade da ocorrência. Para morte o peso atribuído é
0,50, para invalidez é 0,30, para auxílio-doença o peso é de 0,10 e para auxílio-
acidente o peso é 0,10.

O cálculo do índice de gravidade é obtido da seguinte maneira:

Índice de gravidade =[número de benefícios auxílio-doença por acidente (B91) X 0,1 +


número de benefícios por invalidez (B92) X 0,3 + número de benefícios por morte
(B93) X 0,5 + o número de benefícios auxílio-acidente (B94) X 0,1] número médio de
vínculos X 1.000 (mil).

Índice de Custo

Representa o custo dos benefícios por afastamento cobertos pela Previdência. Para
esse índice são computados os valores pagos pela Previdência em rendas mensais
de benefícios.

No caso do auxílio-doença (B91), o custo é calculado pelo tempo de afastamento, em


meses e fração de mês, do trabalhador. Nos casos de invalidez, parcial ou total, e
morte, os custos são calculados fazendo um projeção da expectativa de sobrevida a
partir da tábua completa de mortalidade construída pela Fundação Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística – IBGE, para toda a população brasileira, considerando-se
a média nacional única para ambos os sexos.

O cálculo do índice de custo é obtido da seguinte maneira:

Índice de custo = valor total de benefícios/ valor total de remuneração paga pelo
estabelecimento aos segurados X 1.000 (mil).

Geração do Fator Acidentário de Prevenção – FAP por Empresa

30
Após o cálculo dos índices de freqüência, de gravidade e de custo, são atribuídos os
percentis de ordem para as empresas por setor (Subclasse da CNAE) para cada um
desses índices.

Desse modo, a empresa com menor índice de freqüência de acidentes e doenças do


trabalho no setor, por exemplo, recebe o menor percentil e o estabelecimento com
maior freqüência acidentária recebe 100%. O percentil é calculado com os dados
ordenados de forma ascendente.

O percentil de ordem para cada um desses índices para as empresas dessa


Subclasse é dado pela fórmula abaixo:

Percentil = 100 X (Nordem – 1) / (n - 1)


Onde n = número de estabelecimentos na Subclasse;
Nordem = posição do índice no ordenamento da empresa na Suclasse.

A partir dos percentis de ordem é criado um índice composto, atribuindo


ponderações aos percentis de ordem de cada índice.

O critério das ponderações para a criação do índice composto pretende dar o peso
maior para a gravidade (0,50), de modo que os eventos morte e invalidez tenham
maior influência no Índice composto.

A freqüência recebe o segundo maior peso (0,35) garantindo que a freqüência da


acidentalidade também seja relevante para a definição do índice composto. Por
último, o menor peso (0,15) é atribuído ao custo. Desse modo, o custo que a
acidentalidade representa faz parte do Índice composto, mas sem se sobrepor á
freqüência e á gravidade. Entende-se que o elemento mais importante, preservado o
equilíbrio atuarial, é dar peso ao custo social da acidentalidade.

Assim, a morte ou a invalidez de um trabalhador que recebe um benefício menor não


pesará muito menos que a morte ou a invalidez de um trabalhador que recebe um
salário de benefício maior.

O índice composto calculado para cada empresa é multiplicado por 0,02 para a
distribuição dos estabelecimentos dentro de um determinado CNAE – Subclasse
variar de 0 a 2. Os valores inferiores a 0,5 receberão o valor de 0,5 que é o menor
fator acidentário.

Então, a fórmula para o cálculo do Índice composto (IC) é a seguinte:

IC = (0,50 X percentil de gravidade + 0,35 X percentil de freqüência + 0,15 X percentil


de custo) X 0,02.

31
Exemplo:

Desse modo, uma empresa que apresentar percentil de gravidade 30, percentil de
freqüência 80 e percentil de custo 44, dentro do respectivo CNAE – Subclasse, terá o
Índice composto calculado do seguinte modo:

IC = (0,50 X 30 + 0,35 X 80 + 0,15 X 44) X 0,02 = 0,9920

O resultado obtido é o valor do FAP atribuído a essa empresa.

Supondo que esse CNAE – Subclasse apresente alíquota de contribuição de 2%, esta
empresa teria a alíquota individualizada multiplicando-se o FAP pelo valor da
alíquota, 2% X 0,9920, resultando uma alíquota de 1,984%.

Caso a empresa apresente casos de morte ou invalidez permanente, seu valor FAP
não pode ser inferior a um, para que a alíquota da empresa não seja inferior á
alíquota de contribuição da sua área econômica, prevista no Anexo V do
Regulamento da Previdência Social, salvo, a hipótese de a empresa comprovar, de
acordo com regras estabelecidas pelo INSS, investimentos em recursos materiais,
humanos e tecnológicos em melhoria na segurança do trabalho, com o
acompanhamento dos sindicatos dos trabalhadores e dos empregadores.

Periodicidade e divulgação dos resultados


Para o cálculo anual do FAP, serão utilizados os dados de dois anos imediatamente
anteriores ao ano de processamento. Excepcionalmente, o primeiro processamento
do FAP utilizará os dados de abril de 2007 a dezembro de 2008.

Para as empresas constituídas após janeiro de 2007, o FAP será calculado no ano
seguinte ao que completar dois anos de constituição.

Excepcionalmente, no primeiro ano de aplicação do FAP, nos casos, exclusivamente


de aumento das alíquotas constantes nos incisos I a III da art. 202 do RPS, estas
serão majoradas, observado o mínimo equivalente á alíquota de contribuição da sua
área econômica, em, apenas, 75% da parte do Índice apurado que exceder a um, e
desta forma consistirá num multiplicador variável num intervalo contínuo de um
inteiro a um inteiro e setenta e cinco décimos (1,75) e será aplicado com quatro casas
decimais, considerado o critério de arredondamento, a ser aplicado á respectiva
alíquota.

Taxa de rotatividade para a aplicação do Fator Acidentário de Prevenção


- FAP

Após a obtenção do índice do FAP, conforme metodologia definida no Anexo da


Resolução MPS/CNPS No. 1.308, de 27 de maio de 2009, não será concedida a

32
bonificação para as empresas cuja taxa média de rotatividade for superior a setenta e
cinco por cento.

Para cumprir o estabelecido anteriormente, a taxa média de rotatividade será definida


e calculada como se segue.

Definição

A taxa média de rotatividade do CNPJ consiste na média aritmética resultante das


taxas de rotatividade verificadas anualmente na empresa, considerando o período
total de dois anos, sendo que a taxa de rotatividade anual é a razão entre o número
de admissões ou de rescisões (considerando-se sempre o menor), sobre o número
de vínculos na empresa no início de cada ano de apuração, excluídas as admissões
que representarem apenas crescimento e as rescisões que representarem diminuição
do número de trabalhadores do respectivo CNPJ.

Justificativa

A taxa média de rotatividade faz parte do modelo do FAP para evitar que as empresas
que mantém por mais tempo os seus trabalhadores sejam prejudicadas por
assumirem toda a acidentalidade.

Fórmulas para o cálculo

O cálculo da taxa de rotatividade para cada ano é obtido da seguinte maneira:

Taxa de rotatividade anual = mínimo (número de rescisões ocorridas no ano ou


número de admissões ocorridas no ano) / número de vínculos no início do ano X 100
(cem).

Em seguida, calcula-se a taxa média de rotatividade da seguinte maneira:

Taxa média de rotatividade = média das taxas de rotatividade anuais dos últimos dois
anos.

Aplicação da taxa média de rotatividade

As empresas que apresentarem taxa média de rotatividade acima de setenta e cinco


por cento não poderão receber redução de alíquota do FAP, salvo se comprovarem
que tenham sido observadas as normas de Saúde e Segurança do Trabalho em caso
de demissões voluntárias ou término de obra.

Recursos contra o FAP

O Conselho de Recursos da Previdência Social, colegiado integrante da estrutura do


Ministério da Previdência e Assistência Social, é órgão de controle jurisdicional das

33
decisões do Instituto Nacional de Seguro Social, nos processos de interesse dos
beneficiários e dos contribuintes da seguridade social.

1º. Parágrafo O Conselho de Recursos da Previdência Social compreende os


seguintes órgãos:
I – vinte e nove Juntas de Recursos, com competência para julgar, em primeira
instância, os recursos interpostos contra as decisões prolatadas pelos órgãos
regionais do INSS, em matéria de benefício administrado pela autarquia ou quanto a
controvérsias relativas á apuração do FAP, a que se refere o art. 202-A, conforme
sistemática a ser definida em ato conjunto dos Ministérios da Previdência Social e da
Fazenda;

Das decisões do INSS nos processos de interesse dos beneficiários e das


controvérsias relativas á apuração do FAP caberá recurso para o CRPS, conforme
disposto neste Regulamento e no Regimento interno do Conselho.

Perguntas Freqüentes sobre o FAP

1- Qual é a fonte dos dados que foram utilizados no processo do FAP?


O processo do FAP 2009 ocorreu no ambiente Dataprev e teve como ponto de partida a extração
de três bases de dados anuais, base de vínculos e base de estabelecimentos (Datamart CNIS); base
de benefícios ( Sistema Único de Benefícios – SUB); e base de dados de Comunicação de
Acidentes do Trabalho CAT (CATWeb).

2- Onde encontro a descrição do processo metodológico do calculo do FAP de minha


empresa?
A metodologia de calculo do FAP foi aprovada pelo Conselho Nacional de Previdência Social –
CNPS mediante Resolução MPS/CNPS N° 1.308, de 27 de maio de 2009, publicada no Diário
Oficial da União - DOU N°106, Seção 1, do dia 5 de junho de 2009, e complementada pela
Resolução MPS/CNPS N°1.309, de 24 de junho de 2009, publicada no DOU N° 127, Seção 1, de
7 de julho de 2009.

3- Onde se encontra a expressão “Riscos Ambientais do Trabalho –RAT” em disposição


legal?
A lei N° 8.212, de 24 de julho de 1991, teve sua redação alterada pela Lei n° 9.732, de 11 de
dezembro de 1998, e traz no Inciso II do Art. 22, a definição: a empresa contribuirá entre outras
parcelas destinadas á Seguridade Social, para o financiamento do beneficio da Aposentadoria
Especial e daqueles concedidos em razão do grau de incidência de incapacidade laborativa
decorrente dos riscos ambientais do trabalho, sobre o total das remunerações pagas ou creditadas,
no decorrer do mês, aos segurados empregados e trabalhadores avulsos:
a) 1% (um por cento) para as empresas em cuja atividade preponderante o risco de acidentes do
trabalho seja considerado leve;

34
b) 2% ( dois por cento para as empresas em cuja atividade preponderante esse risco seja
considerado médio.
c)3% ( três por cento) para as empresas em cuja atividade preponderante esse risco seja
considerado grave.

4- O que significa “RAT Ajustado”?


A expressão RAT Ajustado foi cunhada pela Receita Federal do Brasil – RFB e equivale á
alíquota que as empresas terão que recolher, sobre o total das remunerações pagas ou creditadas,
no decorrer do mês, aos segurados, empregados e trabalhadores avulsos, a partir de janeiro de
2010, para custear as Aposentadorias Especiais e aqueles concedidos em razão do grau de
incidência de incapacidade laborativa decorrente dos riscos ambientais do trabalho.

5- Como é calculado o RAT Ajustado?


O calculo do RAT Ajustado é feito mediante aplicação da fórmula:
RAT Ajustado = RAT x FAP

6- O que provoca a chamada Trava de Mortalidade ou Invalidez?


Prevista no item 2.4 Geração do Fator Acidentário de Prevenção – FAP, da Resolução MPS/CNPS
N° 1.308/2009, caso a empresa apresente casos de morte ou invalidez permanente o seu valor FAP
não poderá ser inferior a um, para que a alíquota da empresa não seja alíquota de contribuição da
sua área econômica (prevista no anexo V do Regulamento da Previdência Social).

7- É possível reverter o efeito da Trava de Mortalidade ou invalidez?


Sim, caso a empresa comprove, de acordo com regras estabelecidas pelo INSS, investimentos em
recursos materiais, humanos e tecnológicos em melhoria na segurança do trabalho, com o
acompanhamento dos sindicatos dos trabalhadores e dos empregadores.

8- O que provoca a chamada Trava de Rotatividade?


Prevista no item3, Taxa de rotatividade para a aplicação do Fator Acidentário de Prevenção –
FAP, da Resolução MPS/CNPS N° 1.309/2009, implica em que as empresas que apresentam taxa
média de rotatividade acima de setenta e cinco por cento não poderão receber redução de alíquota
do FAP, salvo se comprovem que demissões voluntárias ou término da obra

9- É possível reverter o efeito da Trava da Rotatividade?


Sim, caso a empresa comprove, de acordo com as regras estabelecidas pelo INSS, investimentos
em matéria de Saúde e Segurança do Trabalho em caso de demissões voluntárias ou termino de
obra.

10- Qual período foi considerado para a formação da base de dados utilizada para o
processamento do calculo do FAP 2009?
Para o cálculo anual do FAP serão utilizados sempre os dados de dois anos imediatamente
anteriores ao ano de processamento. Excepcionalmente, o primeiro processamento do FAP (2009)
utilizou os dados de 1° de abril de 2007 aos 31 de dezembro de 2008.

11-O que é o componente do cálculo do FAP denominado Índice de Freqüência?


Indica a incidência da acidentalidade em cada empresa. Para esse índice são computadas as
ocorrências acidentárias registradas por meio de CAT e os benefícios das espécies B91 e B93 sem
registro de CAT, ou seja, aqueles que foram estabelecidas por nexos técnicos, inclusive por
NTEP. Podem ocorrer casos de concessão de B92 e B94 sem a precedência de um B91 e sem a

35
existência de CAT e nestes casos serão contabilizados como registros de acidentes ou doenças do
trabalho.

12- Quando tratamos de “todas as ocorrências acidentárias registradas por meio da CAT” o
que se refere?
Refere-se á contabilização de toda comunicação de Acidente do Trabalho - CAT protocolada junto á
Previdência Social. Inclui CAT registrada constando: Simples Assistência Médica., Afastamento
Inferior a 15 dias, Afastamento Superior a 15 dias ou Morte por Acidente ou Doença do Trabalho –
seja por acidente típico, trajeto ou doença profissional.

13- Como calcular o Índice de Freqüência de minha empresa segundo a metodologia de


calculo do FAP?
O calculo do índice de freqüência é obtido da seguinte maneira:
Índice de freqüência = número de acidentes registrados em cada empresa, mais os benefícios que
entraram sem CAT vinculada, por nexo técnico/ número médio de vínculos x 1.000 ( mil).

14- O que é o componente do cálculo do FAP denominado Índice de Gravidade?


Indica a gravidade das ocorrências acidentarias em cada empresa. Para esse índice são computados
todos os casos de afastamento acidentário por mais de 15 dias, os casos de invalidez e morte
acidentárias, de auxílio-doença acidentário e de auxílio - acidente.
É atribuído peso diferente para cada tipo de afastamento em função da gravidade da ocorrência.
Para morte o peso atribuído é de 0,50, para invalidez é 0,30, para auxílio-doença o peso é de 0,10 e
para auxilio - acidente o peso é 0,10.

15- Como calcular o Índice de Gravidade de minha empresa segundo metodologia de cálculo
do FAP?
O cálculo do índice de gravidade é obtido da seguinte maneira:
Índice de gravidade = ( número de benefícios auxílio doença por acidente (B91) x 0,1 + número de
benefícios por invalidez (B92) x 0,3 + número de benefícios por morte (B93) x 0,5 + o número de
benefícios auxilio acidente (B94) x 0,1/ número médio de vínculos x 1.000 ( mil).

16- O que é o componente do cálculo do FAP denominado Índice de Custo?


Representa o custo dos benefícios por afastamento cobertos pela Previdência. Para esses índices são
computados os valores pagos pela Previdência em rendas mensais de benefícios. No caso do auxilio
doença (B91), o custo é calculado pelo tempo de afastamento, em meses e fração de mês, do
trabalhador. Nos casos de invalidez, parcial ou total, e morte os custos são calculados fazendo uma
projeção da expectativa de sobrevida a partir da tábua completa de mortalidade construída pela
Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, para toda a população brasileira,
considerando-se a media nacional única para ambos os sexos.

17- Como calcular o Índice de Custo da minha empresa segundo a metodologia de calculo do
FAP?
O cálculo do índice de custo é obtido da seguinte maneira:
Índice de custo = valor total de benefícios / valor total de remuneração paga pelo estabelecimento
aos segurados x 1.000 (mil).

36
18- Como foi calculado o percentil de ordem, dentro da SubClasse da CNAE onde minha
empresa esta enquadrada, para um dos índices?
Após o cálculo dos Índices de Freqüência, de Gravidade e de Custos, são atribuídos os percentis de
ordem para as empresas por setor (Subclasse da CNAE) para cada um desses índices. Desse modo, a
empresa com menor índice de freqüência de acidentes e doenças do trabalho no setor, por exemplo,
recebe o menor percentual e o estabelecimento com maior freqüência de acidentaria recebe 100%. O
percentil é calculado com os dados ordenados de forma ascendente.
O percentil de ordem para cada um desses índices para a empresa dessa Subclasse é dado pela
formula abaixo:
Percentil=100x(Nordem – 1) (n – 1)
Onde: n = número de estabelecimentos na Subclasse ;
Nordem = posição do índice no ordenamento da empresa na Subclasse.

19- Como foi calculado o Índice Composto para minha empresa segundo a metodologia de
cálculo do FAP?
A partir dos percentis de ordem é criado um índice composto, atribuindo ponderações aos percentis
de ordem de cada índice:
IC = (0,50 x percentil de gravidade + 0,35 x percentil de freqüência + 0,15 x percentil de custo) x
0,02.

20- Qual o significado das ponderações definidas na fórmula do Índice Composto?


O critério das ponderações para a criação do índice composto pretende dar o peso maior para a
gravidade (0,50), de modo que os eventos morte e invalidez tenham maior influência no índice
composto. A freqüência recebe o segundo maior peso (0,35) garantindo que a freqüência da
acidentalidade também seja relevante para a definição do índice composto. Por último, o menor
peso (0,15) é atribuído ao custo. Desse modo, o custo que a acidentalidade representa faz parte do
índice composto, mas sem se sobrepor á freqüência e á gravidade. Entende-se que o elemento mais
importante, preservado o equilíbrio atuarial, é dar peso ao custo social da acidentalidade. Assim, a
morte ou a invalidez de um trabalhador que recebe um beneficio menor não pesará muito menos que
a morte ou invalidez de um trabalhador que recebe um salário de beneficio maior.

21- Qual o significado do fator “0,02” na fórmula do Índice Composto?


O Índice Composto calculado para cada empresa é multiplicado por 0,02 para a distribuição dos
estabelecimentos dentro de um determinado CNAE-Subclasse variar de 0 a 2.

22- Alguma empresa obteve 100% de redução ( FAP calculado igual a zero) na alíquota do
RAT?
Os valores inferiores a 0,5 receberão o valor de 0,5 que é o menor fator acidentário, conforme
definição legal.

23- Alguma empresa obteve 100% de acréscimo (malus integral) na alíquota do RAT segundo
o cálculo do FAP 2009?
Excepcionalmente, no primeiro ano de aplicação do FAP, nos casos, exclusivamente, de aumento
das alíquotas constantes nos incisos I a III do art. 202 do Decreto n° 3.048, de 6 de maio de 1999 (
alíquotas de 1,2 e 3%), estas serão majoradas, abservando o mínimo equivalente á alíquota de
contribuição da sua área econômica, em apenas, 75% da parte do índice apurado que exceder a um,
e desta forma consistirá num multiplicador variável num intervalo continuo de um inteiro e setenta e
cinco décimos (1,75) e será aplicado com quatro casa decimais, considerado o critério de
arredondamento, a ser aplicado á respectiva alíquota.

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24- Como posso avaliar os dados de minha empresa em relação ás demais enquadradas na
mesma Subclasse do CNAE equivalente a sua atividade preponderante?
Os percentis de ordem dos índices de freqüência, gravidade e custo, que são os fatores
correspondentes do Índice Composto, são obtidos mediante calculo efetuado sobre rol, com os
índices calculados ordenados de forma crescente, das empresas dentro de cada Subclasse da CNAE
correspondente ao enquadramento segundo atividade preponderante da empresa. Por definição
metodológica, e por garantia legal do sigilo de informações, a Previdência divulgou de forma
restrita os dados de cada empresa, desta forma não é possível á empresa acessar informações sobre
valores dos índices calculados para as outras empresas, o que não permite montar o rol referido,
todavia os dados particulares de cada empresa, apresentados no Módulo de consulta do FAP
permitem que cada empresa conclua como está em relação ás demais relativamente a cada quesito:
índice de freqüência, de gravidade, de custo, taxa media de rotatividade, etc.

25- Qual a definição de atividade preponderante da empresa?


Segundo os §§ 3°, 4° e 5° do Art.202 do Decreto N° 3.048/1999, considera-se preponderante a
atividade que ocupa, na empresa, o maior número de segurados, empregados e trabalhadores
avulsos. A atividade econômica preponderante da empresa e os respectivos riscos de acidentes do
trabalho compõem a Relação de Atividades Preponderantes e correspondentes Graus de Risco,
prevista no anexo V do referido Decreto, e é de responsabilidade de empresa realizar o
enquadramento na atividade preponderante, cabendo á secretaria da Receita Federal do Brasil revê-
lo a qualquer tempo.

26- O FAP foi calculado para as Empresas Optantes pelo Simples e para as Entidades
Filantrópicas?
O FAP não foi calculado, neste primeiro processamento (FAP 2009), para as Empresas Optantes
pelo simples e para as Entidades Filantrópicas, pois não contribuem para a formação do custeio das
Aposentadorias Especiais e daqueles benefícios concedidos em razão do grau de incidência de
incapacidade laborativa decorrente dos riscos ambientais do trabalho da mesma forma que as
demais empresas - as Empresas Optantes pelo Simples, por exemplo, tem as alíquotas 1,2 e 3%
substituídas pela alíquota de contribuição para o simples. A Previdência Social prossegue com
estudos a fim de ajustar e possibilitar a aplicação da metodologia para as empresas que não tiverem
seu FAP calculado.

27- Relativamente o Número Médio de Vínculos calculado para cada empresa, houve distinção
no calculo do FAP?
Empresas com número médio de vínculos igual ou inferior a 5 e FAP calculado superior a 1,0000(
cálculo equivalente á aplicação de malus) receberam o valor
FAP= 1,0000, por definição

28- O que significa a expressão Número Médio de Vínculos?


Vínculos empregatícios – media anual: é a soma do número de vínculos mensal em cada empresa
com registro junto ao CNIS informados pela empresa, Via SEFIP/GFIP dividido pelo número de
meses do período.

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29- Como ocorreu a distribuição de bônus e malus nas SubClasses da CNAE com número
pequeno de empresas?
Quando o número de empresas dentro de uma subclasse da CNAE é menos ou igual a 3 o FAP de
todas as empresas desse setor será, por definição, igual a 1,0000 – ou seja não houve distribuição de
bônus e malus.

30- O que é feito para evitar a duplicação, ou a falha, na contagem de acidentes e doenças do
trabalho já que desde abril de 2007 é possível a concessão de benefício acidentário sem
uma CAT vinculada?
Quando um benefício por incapacidade é analisado junto aos sistemas informatizados da
Providência Social; é efetuada rotina para averiguação de emissão de Comunicação de Acidente do
Trabalho – CAT para o evento que motivou o afastamento do trabalho. Caso seja encontrada uma
CAT, nestas condições, fica estabelecido um vinculo entre o beneficio requerido e a CAT
registrada. Na concessão de benefícios acidentários, por nexo técnico previdenciário, em casos onde
não há uma CAT vinculada, cada um desses benefícios implica a contabilização de um registro
equivalente ao protocolo de uma CAT.

31- O cálculo do FAP é realizado para cada estabelecimento da empresa?


Conforme previsto na metodologia, o calculo do FAP é realizado para a empresa, de forma
concentrada, assim todos os estabelecimentos de uma empresa adotarão o mesmo FAP calculado
para o CNPJ Raiz.

32- O que é matricula CEI?


A Matricula é a identificação dos sujeitos passivos perante RFB, podendo ser o número do:
I) Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) para empresas e equiparados a ele obrigados; ou
II) Cadastro Específico do INSS (CEI) para empresas e equipados desobrigados de inscrição no
CNPJ ou que ainda não tenham efetuado e toda obra de construção civil.
A matricula será efetuada no Cadastro Especifico do INSS(CEI) no prazo de trinta dias contados do
inicio de suas atividade, para a empresa e equipados, quando for o caso, e obra de construção civil.
A data do inicio da atividade corresponderá á data do arquivamento do ato constitutivo na Junta
Comercial ou Cartório de Registro Civil ou a data do inicio da obra.
Deverão efetuar a Matricula no Cadastro Especifico do INSS-CEI no prazo de máximo de até 30
dias do inicio de sua atividade, junto á Receita Federal do Brasil: a) a pessoa física equiparada a
empresa isenta de inscrição no CNPJ; b) empregador domestico situado em área urbana ou rural
optante pelo pagamento do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço – FGTS ou quando do
parcelamento de valores previdenciários devidos; C) produtor rural pessoa física e segurado
especial, quando comercializar sua produção com adquirente domiciliado no exterior ( até
11/12/2001 EC n° 33/01), diretamente, no varejo, a consumidor pessoa física, a outro produtor rural
pessoa física ou outro segurado especial; d) Consórcio simplificado de produtores rurais; e) a
empresa ou sujeito passivo ainda não cadastrado no CNPJ, embora esteja obrigada a este
procedimento; f) contribuinte individual, quando equiparado a empresa em relação aos segurados
que lhe prestem serviços; g) o proprietário do imóvel, o dono da obra ou o incorporador de
construção civil, pessoa física ou pessoa jurídica;h) a empresa construtora, quando contratada para a
execução de obra por empreitada total; i)empresa líder na contratação de obra de construção civil a
ser realizada por consórcio, mediante empreitada total de obra de construção civil.
(Fonte: http://www.receita.fazenda.gov.br/Previdencia/CadEmp.htm)

39
33- Qual foi o procedimento adotado para o calculo do FAP para as matriculas Cadastro
Especifico do INSS - CEI?
Os estabelecimentos com matricula CEI foram agregado á empresa vinculante no cálculo do FAP,
conforme previsto na metodologia, assim todas as matriculas CEI de uma empresa adotarão o
mesmo FAP calculado para a empresa vinculante.

34- Qual a periodicidade do cálculo do FAP?


O cálculo do FAP ocorrerá anualmente.

35- Quais os dados serão considerados para o cálculo anual do FAP?


Para o calculo anual do FAP, serão utilizados os dados de janeiro a dezembro de cada ano, até
completar o período de dois anos, a partir do qual os dados do ano inicial serão substituídos pelos
novos dados anuais incorporados.
Exemplo: O FAP 2010 será calculado considerando os dados levantados no período de janeiro de
2008 a dezembro de 2009.

36- Como será calculado o FAP para as empresas constituídas após o mês inicial da base de
dados considerada no cálculo?
Para a empresa constituída após janeiro de 2007, o FAP será a partir de 1° de janeiro do ano
seguinte ao que completar dois anos de constituição.
Considerando, por exemplo, que uma empresa tenha sido constituída em outubro de 2008, terá seu
FAP calculado no ano de 2011 ( FAP 2011) e terá como base de calculo os dados relativos ao
período de janeiro de 2009 e dezembro de 2010. Esta Empresa Contribuirá, para o custeio da
Aposentadoria Especial e dos benefícios decorrentes dos riscos ambientais do trabalho, com 1,2 ou
3% sobre o total das remunerações pagas ou creditadas, no decorrer do mês, aos segurados
empregados e trabalhadores avulsos, de outubro de 2008 a dezembro de 2011.

37- Como se obteve a SubClasse da CNAE na qual minha empresa está enquadrada para o
cálculo do FAP – bônus ou malus a ser aplicado?
O enquadramento da empresa na SubClasse da CNAE foi obtido mediante a apuração da
informação sobre sua atividade preponderante extraída da base da GFIPWEB.

38- O valor do Índice Composto é exatamente o valor do FAP?


O valor do Índice Composto é uma base a partir do qual é definido o valor do FAP segundo algumas
definições metodológicas. Por exemplo, no caso do índice composto apontar para uma bonificação
para a empresa (FAP< 1,000), mas se existir registro de morte ou aposentadoria por invalidez de
empregado a empresa não terá direito á bonificação e seu FAP será, por definição, igual a 1,0000.

39- A metodologia foi construída pela Previdência Social á revelia dos empregadores e
trabalhares?
A metodologia do calculo do FAP foi aprovada por resoluções expedidas pelo Conselho Nacional
de Previdência Social – CRPS, que tem composição quadripartite – representantes dos
empregadores, trabalhadores, associações de aposentados e pensionistas e do Governo – ou seja,
tantos empregadores quanto trabalhadores foram ouvidos mediante suas representações.

40
40) O que a Previdência Social espera proporcionar com a proposição da política de adoção do
FAP?
A aplicação do FAP trará ganho:
- para todos os trabalhadores, com sua efetiva valorização, já que as empresas estarão mais
preocupadas em aplicar as medidas de prevenção e com a melhoria da qualidade de vida. O
trabalhador passará a ter maior expectativa de vida e maior permanência no local de trabalho, com
proteção de sua saúde.
-para a Previdência Social porque diminuirão no futuro os gastos com benefícios de natureza
acidentária.
- para os consumidores e a população em geral, pois teremos menos custos nos processos produtivos
para o Brasil e consequentemente a produção com melhor qualidade.
- para as empresas que vão poder atuar de forma mais tranqüila, pois o mecanismo de calculo do
FAP produzirá a competitividade sadia entre elas. Pagará mais quem deve e haverá redução
tributária para quem faz o dever de casa da prevenção.

4. ADICIONAIS DE INSALUBRIDADE E DE
PERICULOSIDADE

As palavras insalubridade e periculosidade possuem, em sua definição lingüística, a


interpretação de risco para a saúde ou para o ambiente. No dicionário da língua
portuguesa, encontramos as seguintes definições:

a) Insalubridade (s.f.): Inadequado à vida, nocivo;


b) Insalubre |(adj.): Doentio, enfermo, prejudicial à saúde, nocivo;
c) Periculosidade (s.f.): Condição em que se coloca aquilo ou aquele que contribui
ou oferece perigo perante as leis;
d) Perigoso (adj.): Em que há perigo, que causa ou ameaça perigo; que envolve
periculosidade.

O exercício de trabalho em condições de insalubridade, de acordo com os


subitens do item anterior, assegura ao trabalhador a percepção de adicional,
incidente sobre o salário mínimo da região, equivalente a:

 40% (quarenta por cento), para insalubridade de grau máximo;


 20% (vinte por cento), para insalubridade de grau médio;

 10% (dez por cento), para insalubridade de grau mínimo;

41
No caso de incidência de mais de um fator de insalubridade, será apenas
considerado o de grau mais elevado, para efeito de acréscimo salarial, sendo vedada
a percepção cumulativa.
A eliminação ou neutralização da insalubridade determinará a cessação do
pagamento do adicional respectivo.

A eliminação ou neutralização da insalubridade deverá ocorrer:


a) com a adoção de medidas de ordem geral que conservem o ambiente de
trabalho dentro dos limites de tolerância;

b) com a utilização de equipamento de proteção individual.

 Cabe à autoridade regional competente, em matéria de segurança e


saúde do trabalhador, comprovada a insalubridade por laudo técnico de
engenheiro de segurança do trabalho ou médico do trabalho, devidamente
habilitado, fixar adicional devido aos empregados expostos à insalubridade
quando impraticável sua eliminação ou neutralização.
 Cabe à autoridade regional competente em matéria de segurança e saúde do
trabalhador, comprovada a insalubridade por laudo técnico de engenheiro de
segurança do trabalho ou médico do trabalho, devidamente habilitado, fixar
adicional devido aos empregados expostos à insalubridade quando
impraticável sua eliminação ou neutralização.

42
NR 15 – Atividades e Operações Insalubres
(Portaria nº 3.214, de 08/06/1978):
• Anexo 1 – Limites de Tolerância para Ruído Contínuo ou Intermitente;
• Anexo 2 - Limites de Tolerância para Ruído de Impacto;
• Anexo 3 – Limites de Tolerância para Exposição ao Calor;
• Anexo 4 – Foi revogado;
• Anexo 5 – Limites de Tolerância para Radiações Ionizantes;
• Anexo 6 – Trabalho sob Condições Hiperbáricas;
• Anexo 7 – Radiações Ionizantes;
• Anexo 8 – Vibrações;
• Anexo 9 – Frio;
• Anexo 10 – Umidade;
• Anexo 11 – Agentes Químicos cuja Insalubridade é Caracterizada por LT e
Inspeção no Local de Trabalho;
• Anexo 12 – Limites de Tolerância para Poeiras Minerais;
• Anexo 13 – Agentes Químicos;
• Anexo 14 – Agentes Biológicos.

43
GRAUS DE INSALUBRIDADE
Anexo Atividades ou operações que exponham o trabalhador a %
1 Níveis de ruído contínuo ou intermitente superiores aos LT fixados no 20
Quadro constante do Anexo 1 e no item 6 do mesmo Anexo
2 Níveis de ruído de impacto superiores aos LT fixados nos itens 2 e 3 do 20
Anexo 2
3 Exposição ao calor com valores de IBTUG superiores aos LT fixados nos 20
Quadros 1 e 2
4 Revogado pela Portaria 3.751, de 23/11/90 -
5 Níveis de radiações ionizantes com radioatividade superior aos LT fixados 40
neste Anexo
6 Trabalhos sob condições hiperbáricas 40
7 Radiações não-ionizantes consideradas insalubres, em decorrência de 20
inspeção realizada no local de trabalho
8 Vibrações consideradas insalubres, em decorrência de inspeção realizada 20
no local de trabalho
9 Frio considerado insalubre, em decorrência de inspeção realizada no local 20
de trabalho
10 Umidade considerada insalubre, em decorrência de inspeção realizada no 20
local de trabalho
11 Agentes químicos cujas concentrações sejam superiores aos LT fixados no 10,20 ou 40
Quadro 1
12 Poeiras minerais cujas concentrações sejam superiores aos LT fixados no 40
Quadro 1
13 Atividades ou operações envolvendo agentes químicos, considerados 10,20 ou 40
insalubres, em decorrência de inspeção realizada no local de trabalho
14 Agentes biológicos 20 ou 40

Destaca-se que os adicionais de insalubridade não são acumulativos, tampouco direito


adquirido. Esses incidem sobre as horas extras, adicional noturno, recolhimento do
FGTS e cálculos rescisórios, não sendo, obrigatoriamente, considerados para o caso de
premiação e participações sobre lucros da empresa.

Normalmente, o adicional de periculosidade (30% sobre o salário-base) é maior que o


de insalubridade. A exceção ocorre no caso de receber salário-mínimo e ter direito ao
adicional de insalubridade – grau máximo (40% sobre o salário-mínimo).

44
ATIVIDADES E OPERAÇÕES PERIGOSAS (NR-16)

São consideradas atividades e operações perigosas:

Quadro 1 – NR-16
ATIVIDADES ADICIONAL DE 30%

 no armazenamento de explosivos todos os trabalhadores nessa atividade ou que


permaneçam na área de risco.

 no transporte de explosivos todos os trabalhadores nessa atividade

 na operação de escorva dos cartuchos todos os trabalhadores nessa atividade


de explosivos

 na operação de carregamento de todos os trabalhadores nessa atividade


explosivos
 na detonação todos os trabalhadores nessa atividade

 na verificação de detonações falhadas todos os trabalhadores nessa atividade

 na queima e destruição de explosivos todos os trabalhadores nessa atividade


deteriorados

 nas operações de manuseio de todos os trabalhadores nessa atividade


explosivos

45
ATIVIDADES E OPERAÇÕES PERIGOSAS COM INFLAMÁVEIS

(ANEXO 2 – Quadro 3 da NR-16)

 na produção, transporte, processamento e na produção, transporte,


armazenamento de gás liqüefeito. processamento e armazenamento
de gás liqüefeito.
 no transporte e armazenagem de inflamáveis todos os trabalhadores da área de
líquidos e gasosos liqüefeitos e de vasilhames operação.
vazios não-desgaseificados ou decantados.

 nos postos de reabastecimento de aeronaves. todos os trabalhadores nessas


atividades ou que operam na área
de risco.
 nos locais de carregamento de navios-tanques, todos os trabalhadores nessas
vagões-tanques e caminhões-tanques e atividades ou que operam na área
enchimento de vasilhames, com inflamáveis de risco.
líquidos ou gasosos liqüefeitos.

 nos locais de descarga de navios-tanques, todos os trabalhadores nessas


vagões-tanques e caminhões-tanques com atividades ou que operam na área
inflamáveis líquidos ou gasosos liqüefeitos ou de risco
de vasilhames vazios não-desgaseificados ou
decantados.

 nos serviços de operações e manutenção de todos os trabalhadores nessas


navios-tanque, vagões-tanques, caminhões- atividades ou que operam na área
tanques, bombas e vasilhames, com de risco.
inflamáveis líquidos ou gasosos liquefeitos, ou
vazios não-desgaseificados ou decantados.

 nas operações de desgaseificação, decantação e Todos os trabalhadores nessas


reparos de vasilhames não-desgaseificados ou atividades ou que operam na área
decantados. de risco.

 nas operações de testes de aparelhos de Todos os trabalhadores nessas


consumo do gás e seus equipamentos. atividades ou que operam na área
de risco.

 no transporte de inflamáveis líquidos e gasosos motorista e ajudantes.


liqüefeitos em caminhão-tanque.

 no transporte de vasilhames (em caminhões de motorista e ajudantes


carga), contendo inflamável líquido, em
quantidade total igual ou superior a 200 litros,
quando não observado o disposto nos

46
O exercício de trabalho em condições de periculosidade assegura ao trabalhador a
percepção de adicional de 30% (trinta por cento), incidente sobre o salário, sem os
acréscimos resultantes de gratificações, prêmios ou participação nos lucros da empresa.

5. GUIA DE RECOLHIMENTO DO FUNDO DE


GARANTIA DO TEMPO DE SERVIÇO E
INFORMAÇÕES À PREVIDÊNCIA SOCIAL
(GFIP)

Definição:

É um conjunto de informações para o INSS, relativas aos valores pagos, retidos e


recolhidos pela empresa, atribuídos aos trabalhadores que lhe prestaram serviços no
mês.

De quem é a atribuição:

 É do setor de Recursos Humanos a responsabilidade pela elaboração e envio da


GFIP, pois lá pressupomos, se encontram todos os registros de todos os
trabalhadores de uma empresa seja qual for o seu vínculo, até mesmo os que
prestam serviços em caráter eventual, entretanto, peculiarmente nesta instituição,
o setor de pessoal invariavelmente, desconhece as contratações de autônomos,
contribuintes individuais.
 Geralmente, os dirigentes se preocupam apenas com os pagamentos, que
obviamente só podem ser feitos pelo setor financeiro, por isso, estes setores
ficam sobrecarregados, e a parte administrativa não lhes é cobrada
tempestivamente.
 Por este motivo, desde a entrada em vigor da Lei Complementar 84/96 e
alterações posteriores, são os setores financeiros que, quando cobrados pela
administração central, fazem o necessário, adquirindo assim indevidamente
obrigações de cunho administrativo de Pessoal.

47
Porque fazer a GFIP?
 Porque a GPS não identifica e não discrimina os nomes e valores dos salários
dos trabalhadores.

 Já através da GFIP, o INSS tem de forma precisa, o registro de seus segurados, e


passa a saber onde trabalham e quanto ganham.

 Conhecendo e acompanhando a vida laboral dos segurados; torna possível ao


INSS:

 Controlar a concessão de benefícios;


 Desobrigar, gradativamente, o segurado do ônus da prova;
 Facilitar a concessão de benefícios especiais;
 Fornecer ao segurado extrato de suas contribuições;

Legislação específica:

 A RESOLUÇÃO INSS nº 19, de 29 de fevereiro de 2000, CONSIDERANDO o


que estabelece a Lei nº 8.212 de 24 de julho de 1991, que dispõe sobre o Custeio
da Seguridade Social, e alterações posteriores;
 Lei nº 9.528, de 10 de dezembro de 1997, institui a GFIP.
 Decreto nº 3.048, de 06 de maio de 1999, que Regulamenta a Previdência Social.

 Portaria Interministerial n 326, de 19 de janeiro de 2000; estabeleceu a entrega


da GFIP em meio eletrônico.
 Circular CAIXA nº. 321, de 20/05/2004.
 Portaria Interministerial MPS/TEM nº227, de 25/02/2005.

Quem está obrigado a recolher e informar?

Todas as empresas cujos números de inscrição (CGC, CNPJ e CEI) não estejam
devidamente encerrados junto ao INSS. pessoas físicas e jurídicas, produtor rural e
contribuinte individual com segurados que lhe tenham prestado serviço, terão que
apresentar GFIP.
As empresas estão obrigadas à entrega da GFIP ainda que não haja recolhimento
para o FGTS, caso em que esta GFIP será declaratória, contendo todas as informações

48
cadastrais e financeiras da empresa e dos prestadores de serviço, para conhecimento à
Previdência Social.
Do mesmo modo, quando não houver recolhimento ao FGTS nem informações à
Previdência Social, a empresa deverá emitir uma GFIP apenas com seus dados
cadastrais e financeiros, contudo sem informação de prestadores de serviço, ficando
dispensada a entrega da GFIP referente às competências subseqüentes, enquanto não
houver pagamento de serviços prestados, e até que haja novo recolhimento ao FGTS
e/ou fato gerador de contribuição previdenciária.

Entrega e guarda dos documentos


De acordo com a legislação vigente, todos os documentos, que comprovem a entrega
de numerário a pessoas físicas e/ou jurídicas, devem ser guardados por 30 (trinta anos),
quando se tratar de transações com FGTS, e, 10 (dez anos), quando se tratar de
transações com o INSS, devendo estes documentos que comprovam a remuneração de
serviços, serem arquivados por competência, e com as seguintes peças:
1) A Folha de pagamento com seu resumo(obrigatório conforme Art. 225 inciso I
do Regulamento do INSS, Dec. 3.048 de 06/05/1999)
2) Ordem bancária ou cheque de pagamento
3) Guia de Recolhimento de previdência (GPS) e DARF se for o caso.
4) GFIP, com a respectiva RE
5) Protocolo de Entrega via internet.

Locais de Entrega

Até a competência outubro de 2004, a GFIP podia ser entregue em Papel / Disquete –
em qualquer agência bancária conveniada, de livre escolha do empregador/contribuinte.
Os disquetes eram identificados conforme modelo de etiqueta gerado pelo SEFIP,
todavia,
A partir da competência novembro de 2004, se tornou obrigatória a transmissão via
Internet - por meio do Sistema Conectividade Social, transmitido a partir da própria
empresa.
Onde após a transmissão eletrônica do arquivo, a CEF retorna um Protocolo de Envio
de Arquivo, gerado pelo Conectividade Social, o qual deve ser impresso e arquivado
junto com a GFIP, a GPS, a folha ou resumo da folha de pagamento e a ordem bancária
ou cheque de pagamento.

49
Reflexão importante:

Porque é de extrema importância a execução das tarefas de:


1. Descontar,
2. Recolher, e
3. Informar a contribuição previdenciária?

Porquê disso depende a segurança dos nossos colegas de trabalho, ou seja, o INSS,
mediante contribuições, retorna o direito do contribuinte (trabalhador) reivindicar
vários benefícios, que em certos momentos podem significar a própria sobrevivência
da pessoa, quais são esses direitos:

 Aposentadoria por idade


 Aposentadoria por invalidez
 Aposentadoria por tempo de contribuição
 Aposentadoria especial
 Auxílio-doença
 Auxílio-acidente
 Auxílio-reclusão
 Pensão por morte
 Salário-maternidade
 Salário-família

Quem estabelece o direito aos nossos colegas de trabalho, de reivindicar em momento


oportuno, os benefícios acima, são as pessoas que atuam nos setores de pessoal e
financeiro contábil das empresas, estes setores só podem garantir esses direitos, se
executarem bem, as tarefas de reter, recolher e informar a previdência, os valores e
beneficiários.

Como gerar a GFIP?

 A CEF (CAIXA ECONOMICA FEDERAL) produziu um sistema denominado


SEFIP, cuja versão hoje é SEFIP 8.1, que deverá ser baixado e instalado em seu
computador em conjunto com a ferramenta de transmissão de dados denominada,
CONECTIVIDADE SOCIAL.

50
6. APOSENTADORIA ESPECIAL
Introdução

A Aposentadoria Especial se encontra amparada legalmente pelo Art. 202, inciso II da Constituição
Federal 1988, e é um beneficio por tempo de serviço garantido ao trabalhador filiado ao Regulamento
Geral de Previdência Social (RGPS) e ao servidor civil ( Art 40) que “ exerce atividade perigosa,
penosa ou insalubre”. Um pequeno deslize lingüístico no texto constitucional colocou de forma vaga a
expressa “exerce”, que não significa claramente “estar exposto aos agentes nocivos”. Induzindo assim
diversas interpretações para o tema.
A partir da Lei 9.032 ( 29/04/95), que modificou o Art.57 da Lei 8.213/91 ( PBPS), foi
apresentado um novo conceito para Aposentadoria Especial corrigindo algumas interpretações
inadequadas provenientes do texto constitucional. Após esta data, os segurados da Previdência Social,
que:

Art. 57 – “exercem atividades perigosas, penosas ou insalubres”, passaram a ter que


comprovar através de laudos técnicos, a exposição “ habitual e permanente, não ocasional nem
intermitente, aos agentes físicos, químicos, biológicos e associações de agentes nocivos á
saúde ou á integração física.”.

O Decreto 3.048/99, que aprovou o novo Regulamento de Benefícios de Previdência Social


(RBPS), manteve o quadro do anexo IV, proveniente do Decreto 2.172/97, classificando os agentes
nocivos. O decreto (3.048/99) com relação á comprovação da aposentadoria especial de cooperados.
A Aposentadoria Especial é um beneficio concedido ao segurado que tenha trabalhado em
condições prejudiciais á saúde ou a integridade física. Para ter direito á aposentadoria especial, o
trabalhador deverá comprovar, além do tempo de trabalho, efetiva exposição aos agentes físicos,
biológicos ou associação de agentes prejudiciais pelo período exigido para a concessão do beneficio (
15,20 ou 25 anos).
Há pouco tempo, foi publicada uma nova atualização do plano de benefícios da Previdência
Social, através da IN 11/2006 cuja fundamentação legal esta relacionada abaixo. Lembramos ao leitor
que o INSS vem publicando diversas Instruções Normativas necessitando um acompanhamento
através da Internet ( www.mpas.gov.br).
 Lei n° 10.667, de 14/5/2003
 Lei n° 10.669, de 9/7/2003
 Lei n° 10.839, de 5/2/2004
 Lei n° 10.877, de 4/6/2004
 Lei n° 10.887, de 18/6/2004
 Lei n° 10.888, de 24/6/2004
 Lei n° 10.999, de 15/12/2004
 Lei n° 11.164, de 18/8/2005
 Decreto n° 5.061, de 30/4/2004
 Decreto n° 5.180, de 13/8/2004
 Decreto n° 5.339, de 24/3/2005
 Decreto n° 5.545, de 22/9/2005
 Decreto n° 5.699, de 13/2/2006

51
 Decreto n° 5.756, de 13/4/2006
 Portaria MPS n° 119, de 18/4/2006
 Portaria MPS n° 133, de 2/5/2006
 Parecer MPAS/CJ n° 2.549, de 23/8/2001
 Parecer MPS/CJ n° 39, de 3/4/2006
 Parecer MPS/CJ/AGU n° 3.509, de 26/4/2005
 Resolução INSS/PRES, n° 07 de 23/2/2006

2- HISTÓRICO DA LEGISLAÇÃO PREVIDENCIÁRIA

O beneficio da Aposentadoria Especial como se conhece atualmente surgiu á partir da Lei


Orgânica da Previdência Social – LOPS ( Lei 3.807/60, Art. 31), regulamentada através do Decreto
48.959-A/60(RGPS,Art. 65/66). A LOPS inicialmente garantia o direito ao segurados com no
mínimo, 50 anos de idade e 15 anos de contribuição e que tivessem trabalhando durante 15,20 ou 25
anos, conforme a atividade em serviços considerados penosos, insalubres ou perigosos definidos por
Decreto Executivo.
Posteriormente, surgiu o Decreto 53.831/64( Revogado pelo Decreto 63.230/68). A Lei 5.440-
A/68 pôs fim ao limite de idade. A Lei 5.527/68 restabeleceu o direito de certas categorias
profissionais. A carência de 180 para 60 contribuições mensais diminuiu com a Lei 5.890/73 (os 15
foram restabelecidos pelo PBPS). A lei 6.643/79 mandou computar o tempo de dirigente sindical,
critério desaparecido com a atual reforma do beneficio (1995).
A Lei 6.887/80 estendeu as regras da conversão á atividade comum. Já a Lei 8.213/81 (Art.
57) determinou o direito do segurando á Aposentadoria Especial, uma vez cumprida a carência
exigida nesta lei, caso o mesmo tenha trabalhado durante 15, 20 ou 25 anos, conforme a atividade
profissional e as condições especiais que prejudiquem a saúde ou integridade física.
A Constituição Federal de 1988 ( Art. 202), ao tratar da aposentadoria por tempo de serviço
integral e proporcional, reforça a garantia do beneficio da aposentadoria especial ao segurado da
previdência, “ sujeito a trabalho em condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade
física definidas em Lei”. A Emenda Constitucional 20/98 revogou o Art. 202 e alterou o Art. 201 com
a seguinte redação:

§ 10: É verdade a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão de


aposentadoria aos beneficiários do regime geral da previdência social, ressalvados aos casos de
atividade exercidos sob condições especiais, que prejudiquem a saúde ou a integridade física,
definidos em Lei complementar.

A conversão do tempo de serviço comum em especial desapareceu com a Lei 9.032/95. A


partir desta Lei, surge a necessidade da comprovação do exercício insalubre de forma habitual e
permanente, acabando de vez com o direito da aposentadoria especial por atividade profissional. As
Leis 9.528/95, 9.711/98 e 9.732/98 estabeleceram novas alterações aos critérios de conversão.
Após a promulgação da Lei 9.032/95, tomou-se muito difícil acompanhar as diversas
mudanças normativas provenientes do INSS através da publicação de diversos documentos (
Decretos, Portarias, Ordens de Serviço e Instruções Normativas). Vale ressaltar a questão do direito
adquirido na vigência de cada um dos documentos listados abaixo.
A seguir, apresentaremos o histórico da legislação previdenciária com as principais mudanças
na interpretação do direito da aposentadoria especial, lembrando ao leitor que estes documentos são
dinâmicos. Daí, a necessidade de consultar o site do MPAS ( www.mpas.gov.br) para ter acesso as
modificações na legislação.

52
a) Lei 3.807/(26/08/60) – cria a aposentadoria especial;
b) Decreto 53.831 (25/05/64) – estabelece o direito a aposentadoria especial para os
engenheiros de Construção Civil, Minas, Metalurgia e Elétrico;
c) Lei 5.440( 23/05/68) – Suprime as exigências de idade mínima;
d) Lei 5.527 ( 08/11/68) Restabelece o direito a aposentadoria especial para os engenheiros
civis e eletricistas;
e) Decreto 83.080 ( 24/01/79) –Unifica os quadros dos decretos 53.831/64 e 63.230/68;
f) Lei 6.887 ( 10/12/80) – Permite a conversão de especial para comum;
g) Lei 8.213 ( 24/07/91)- Aprova o Regulamento de Benefícios da Previdência Social (
RBPS)
h) Lei 9.032 ( 28/04/95) – Deu nova redação á Lei 8.213/91 e extingue o direito da
aposentadoria especial por atividade profissional.
i) Decreto 2.172 (05/03/97) – Extingue a aposentadoria especial por risco elétrico
j) Lei 9.528 ( 10/12/97) – Cria a exigência para o laudo técnico e perfil profissiográfico
k) Medida Provisória 1.663 (28/05/98) – Extingue a conversão da aposentadoria especial para
a comum.
l) Decreto 2.782 ( 14/09/98) –Retorna o direito á conversão da aposentadoria especial para
comum.
m) Ordem de Serviço 600 ( 02/06/98) - Enquadramento e comprovação do exercício de
atividade especial. Alterou o formulário SB40 para DSS8030.
n) Ordem de Serviço 612 (21/09/98) – Alteração do dispositivo para enquadramento e
comprovação do exercício de atividade especial.
o) Decreto 3.048 ( 06/05/99) – Republicado em 12/5/99 – publica o novo RBPS
(Regulamento de Benefícios da Previdência Social) e exige a elaboração do laudo técnico
e melhorias nas condições de trabalho.
p) Ordem de Serviço 623 (26/05/99)-Modificou os subitens 4.2 e 4.3 de OS 612/98 e
apresenta a exigência de elaboração do perfil profissiográfico;
q) Ordem de Serviço 98 ( 09/06/99)- Estabelece procedimento para a fiscalização das
empresas com segurados que exerçam atividades que permitam a concessão de
aposentadoria especial;
r) Lei 9.876 (26/11/99) – Dispõe sobre a contribuição previdenciária do contribuinte
individual e o calculo do beneficio, além de alterar as Leis 8.212/91 e 8.213/91;
s) Instrução Normativa 42 ( 22/01/01) – Motivada por liminar em ação civil pública do
Ministério Público Federal. Revogou a OS 600/98 com as alterações constantes nas OS
612/98 e OS 621/99.
t) Decreto 4.032 (26/11/01)-Altera dispositivos do RBS, aprovado pelo Decreto 3.048/99
mencionando pela primeira vez o termo Perfil Previdenciário Profissiográfico.
u) Instrução Normativa 57 (10/10/01) – Estabelecer Critérios a serem adotados pelas linhas
de arrecadação e de benefícios.
v) Instruções Normativas 78( 16/07/02)- Institui a comprovação da aposentadoria especial
através do Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP) estabelecendo o prazo até 01/01/03
para elaboração do PPP, e perda de eficácia dos formulários ( SB-40,Dises BE 5235,
Dirben 8030)
w) Instrução Normativa 84 ( 17/12/02) – Estabelece critérios a serem adotados pelas áreas de
arrecadação e de Benefícios, alterando a redação e os prazos estipulados na IN 78/02 para
30/06/03, a fim da implementação do PPP.
x) Instrução Normativa 87, de 27/03/03-Estabelece novos critérios a serem adotados
elaboram o PPP para a comprovação de atividade especial dos cooperados.

53
y) Instrução Normativa 90,16/06/03-Estabelece novos critérios a serem adotados pelas áreas
de RBPS, alterando a redação da IN 84/02 e prorrogando o prazo estabelecido na IN 84/02
para 01/11/03.
z) Decreto 4.729 (09/06/03)-Altera dispositivo do Regulamento da Previdência Social,
aprovado pelo Decreto 3.048/99 e dá outras providências;
aa) Decreto 4.827 (03/07/03)-Alterado o Art. 70 do Regulamento da Previdência Social
aprovado pelo Decreto no 3.048/99.
ab) Instrução Normativa INSS 99, de 05/12/03-Estabelece critérios a serem adotados pelas
áreas de Benefícios e da Receita Previdenciária.
ac) Instrução Normativa INSS 100, de 18/12/03- Dispõe sobre normas gerais de tributação
previdenciária e de arrecadação das contribuições sociais administrativas pelo INSS, os
procedimentos e atribuições da fiscalização.
ad) Instrução Normativa INSS 105, de 24/03/04-Altera a IN 100/03 em algum Item;
ae) Instrução Normativa INSS 111, de 30/1104-Estabelece critérios a serem adotados pelas
áreas de benefícios e da Receita Previdenciária.
af) Instrução Normativa INSS 118, DE 30/11/04-Atualiza o critérios a serem adotados pelas
áreas de Benefícios e da Receita Previdenciária.
ag) Instrução Normativa INSS 11, de 30/11/06 – Atualiza os critérios a serem adotados pelas
áreas de Benefícios e da Receita Previdenciária.

3. DOCUMENTOS COMPLEMENTARES.

Alguns dos documentos abaixo encontram-se disponíveis para consulta no site


www.gerenciamentoverde.com.br –seção “Downloads/Erratas”.

 Lei 8.213, de 24/07/91-Estabelece os direitos para as condições de trabalho


prejudicará á saúde e cria o novo RBPS;
 Lei 9.032, de 28/04/95 – Deu nova redação á Lei 8.213/91 e extingue o direito
da aposentadoria especial por atividade profissional.
 Decreto 3.048-, de 06/05/99- Republicado em 12/05/99 – Altera o
Regulamento da Previdência Social e obriga a empresa a dar condições
adequadas de trabalho.
 Decreto 4.729, de 09/06/03-Altera dispositivos do Regulamento da
Previdência, aprovado pelo Decreto 3.048/99 com relação á comprovação da
aposentadoria especial de cooperados e dá outras providencias.
 Decreto 4.827, de 03/07/03-Altera o Art. 70 do Regulamento da Previdência
Social, aprovado pelo Decreto no 3.048/99.
 Decreto 4.882, de 18/11/03-Altera dispositivos do Regulamento da Previdência
Social, validando a utilização das NHO (Normas da Higiene Ocupacional da
Fundacentro) como referência técnica e legal a ser utilizada.
 NHO 01, NHO 02, NHO 03, NHO 04, NHO 05, NHO 06 ,NHO 07 e NHO
08 – Normas de Higiene Ocupacional da Fundacentro para avaliação de agentes
físicas (ruído, calor e radiações ionizantes) e químicos ( incluindo poeira).
 Resolução CNEM – NE-3.01- Avaliação da exposição as radiações ionizantes.
 ISO 2.631 e ISO/DIS 5.349 - Metodologia para avaliação de vibrações em
corpo inteiro.

54
4. DEFINIÇÃO DE SEGURADO DA PREVIDENCIA SOCIAL.

São segurados obrigados da Previdência Social, além dos definidos nas Leis n° 8.212 e 8.213,
ambas de 1991, e no Regulamento da Previdência Social (RPS), aprovado pelo decreto n°
3.048, de 1999, as pessoas físicas elencadas nos artigos 3° a 8° da IN 11/2006 relacionadas
abaixo.

I- São segurados na categoria de empregado:

a) Aquele que presta serviço de natureza urbana ou rural a empresa, em caráter


não eventual, sob sua subordinação e mediante remuneração, inclusive
como diretor empregado;

b) O aprendiz, com idade de 14 a 18 anos, sujeito á formação profissional


metodologia do oficio em que exerça seu trabalho, observando que:
 A contratação como aprendiz, atendidos os requisitos da Lei n°
10.097, de 19 de Dezembro de 2000, será efetivos pela empresa na
qual se realizará a aprendizagem ou pelas entidades sem fins
lucrativos, que tem por objetivo a assistência ao adolescente e a
educação profissional, caso em que não gera vinculo de emprego
com a empresa com a empresa tomadora dos serviços;
c) O empregado de conselho, ordem ou autarquia de fiscalização no exercício
da atividade profissional, a contar de 1° de Abril de 1968, data em que
entrou em vigor a Lei n° 5.410, de 9/4/68;
d) O trabalhador volante, que presta serviço a agenciador de mão-de-obra
constituído como pessoa jurídica, observando as seguintes situações:
 Quando o gerenciador não estiver constituído como pessoa jurídica,
ambos (trabalhador e gerenciador) serão considerados empregador
do tomador de serviços;
 No período de 9 de março de 1992 ( OS/INSS-DISES n° 078/92) a
24 de novembro de 1994 ( OS/INSS/DSS n° 456/94), o prestador de
serviço, sob forma de agenciamento de mão-de-obra de natureza
agrária para produtores rurais, foi considerado autônomo, desde que
estivesse constituído juridicamente como empresa.
e) O assalariado rural safrista, de acordo com os art. 14,19 e 20 da Lei n°
5.889 de 8 de junho de 1973, observando-se que:
 Para aqueles segurados que prestam serviço a empresa agro-
industriais e agropecuárias, e caracterização, se urbana ou rural, dar-
se-á pela natureza da atividade exercida, de acordo com o definido
no Parecer CJ n° 2.522/2001, caracterizando, desta forma, sua
condição em relação aos benefícios previdenciário, conforme o
disposto no art. 34 desta IN.
f) O trabalhador temporário que a partir de 13 de março de 1974 (data de
publicação do Decreto n° 73.841, que regulamentou a Lei n° 6.019, de 3 de
janeiro de 1974) presta serviço a uma empresa, para atender á necessidade
transitória de substituição de seu pessoal regular e permanente ou para
atender ao acréscimo extraordinário de serviço, usando a intermediação de
empresa locadora de mão-de-obra temporária, tratado com os mesmos
direitos e as mesmas obrigações do segurado empregado, sendo que a partir

55
de 25 e julho de 1991, data da publicação da Lei n° 8.213, passou a integrar
definitivamente o rol da categoria de empregado, observando que:
 O trabalhador temporário eu, no período de 11 de junho de 1973
(data da publicação da Leu n° 5.890) e 12 de março de 1974
(véspera da publicação de decreto n° 73.841), foi incluído na
categoria de autônomo, ficando a empresa tomadora de serviço
excepcionalmente responsável pelo recolhimento das contribuições
previdenciárias.
 A caracterização do vinculo do trabalhador temporário, de que trata
a alínea anterior, far-se-á por contrato escrito celebrado com a
empresa. Nele, constarão, obrigatória e expressamente, os direitos
conferidos ao trabalhador, observando que o contrato não poderá
exceder três meses, salvo se autorizado pelo órgão local do
Ministério do Trabalho e Emprego, alem de que a condição de
temporário devera ser registrada em Carteira de Trabalho e
Previdência Social ( CTPS) ou Carteira Profissional (CP) ,
atendendo ao disposto na Lei n° 6.019/74.
g) Os prestadores de serviços eventuais dos órgãos públicos, a partir de 10 de
dezembro de 1993, data da publicação da Lei n° 8.745;
h) O contrato no exterior para trabalhar no Brasil em empresa constituída e
funcionando no território nacional, segundo as leis brasileiras, ainda que
com salário estipulado em moeda estrangeira, salvo se amparado pela
Previdência Social do país de origem, observando o disposto nos acordos
Internacionais porventura existentes;
i) Os auxiliares locais, de nacionalidade brasileira, admitidos para prestar
serviços no exterior ás missões diplomáticas e repartições consulares
brasileiras, ainda que a titulo precário e que, em razão de proibição da
legislação local, não possam ser filiados ao sistema previdenciário do pais
em domicilio, de acordo com as Portarias Intermediarias n° 452, de 25 de
agosto de 1995; n° 32 de 10 de junho de 1998; n° 2.640, de 13 de agosto de
1998; n° 774, de 4 de dezembro de 1998; e Portaria Conjunta n° 4, de 29 d
julho de 1999.
j) O empregado de organismo oficial internacional ou estrangeiro em
funcionamento no Brasil, salvo quando coberto por regime próprio de
Previdência Social, incluindo pelo Decreto n° 3.265 de 1999.
k) O contratado por titular de serventia da justiça, sob o regime de legislação
trabalhista, e qualquer pessoa que, habitualmente, presta-lhe serviços
remunerados sob sua dependência, sem relação de emprego com o Estado, a
partir de 1° de janeiro de 1967;
l) O escrevente e o auxiliar contratados por titular de serviços notariais e de
registro a partir de 21 de novembro de 1994, bem como aquele que optou
pelo Regime Geral da Previdência Social ( RGPS), em conformidade em a
Lei n° 8.935, de 18 de novembro de 1994;
m) O bolsista e o estagiário que prestam serviços á empresa, em desacordo com
a Lei n° 6.494, de 7 de Dezembro de 1977;
n) O exercente de mandato eletivo Federal, Estadual ou Municipal, desde que
não esteja vinculado a Regime Próprio de Previdência Social ( RPPS), a
partir da Lei n° 10.887/04, observado o disposto no parágrafo único deste
artigo e inciso VIII do art. 112 desta IN.

56
o) O prestador de serviço como diretor empregado de empresa urbana ou rural,
assim considerando o eleito como diretor de sociedade de contas por
responsabilidade limitada que, participando ou não do risco econômico do
empreendimento, seja contratado ou promovido para cargo de direção das
sociedades anônimas, mantendo as características inerentes as relações de
emprego.
p) O servidor Estadual, do Distrito Federal ou Municipal, incluídas suas
autarquias e fundações públicas, ocupante, exclusivamente, de cargo em
comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração, ou contratado
por tempo determinado para atender á necessidade temporária de
excepcional interesse publico, bem como de outro cargo temporária ou
emprego publico ( Consolidação das Leis do Trabalho), observando que:
 Até 15 de Dezembro de 1998, desde que não amparado por EPPS,
nessa condição;
 A partir de 16 de Dezembro de 1998, por força da emenda
constitucional n° 20, de 1998;
q) O servidor da União, incluídas suas autarquias e fundações de direito
publico, ocupante, exclusivamente de cargo em comissão declarado em lei
de livre nomeação exoneração, em decorrência da Lei n° 8.847, de 13 de
abril de 1993;
 Até de julho de 1993, quando não amparado por EPPS, nessa
condição;
 A partir de agosto de 1993, em decorrência da Lei n° 8.647, de 13 de
abril de 1993;
r) O exercente de mandato eletivo, no período de 1° de fevereiro de 1998 á 18
de setembro de 2004, nos termos da Portaria MPS n° 133, de 2 de maio de
2006, poderá optar por não pleitear restituição dos valores descontados
pelos entes federativos, solicitando a manutenção da filiação na qualidade
de segurado facultativo mediante recolhimento complementar das
contribuições relativas ao período, abatendo-se os valores retidos.
II- Art. 4° É segurado na categoria de empregado domestico, conforme o Inciso II
do Art. 9° da RPS, aprovado pelo Decreto n° 3.048/1999, aquele que presta
serviço de natureza continua a pessoa ou família, no âmbito residencial dessas,
em atividades sem fins lucrativos, a partir de competência abril de 1973,
vigência do Decreto n° 71.885, de 9 lucrativos, a partir de competência abril de
1973, que regulamentou a Lei n° 5.859, de 11 de Dezembro de 1972.
III- Art. 4° É segurado na categoria de contribuinte individual, conforme o inciso V
do art. 9° do RPS, aprovado pelo Decreto n° 3.048/1999.
a) A pessoa física, proprietária ou não, que explore atividade agropecuária
(agrícola, pastoril ou hortifrutigranjeira) ou pesqueira, em caráter
permanente ou temporário, diretamente a qualquer titulo, ainda que de
forma não contínua, a partir de 7 de novembro de 1975, data da publicação
da Lei n° 6.260;
b) Cada um dos condôminos de propriedade rural que explore a terra com
cooperação de empregados, havendo delimitação forma da área definida
sendo que, não existindo delimitação de áreas, todos os condôminos
assumirão a condição de contribuinte individual;

57
c) A pessoa física, proprietária ou não, que explore a atividade agropecuária ou
pesqueira, por intermédio de prepostos, com ou sem o auxilio de
empregados, observando o dispostos no Inciso II do art. 7° desta IN;
d) O marisqueiro que, sem utilizar embarcação pesqueira, exerça atividade de
captura dos elementos animais ou vegetais com auxilio de empregado;
e) A pessoa física, proprietária ou não, que explore atividade de extração
mineral garimpo em caráter permanente ou temporário, diretamente ou por
intermédio de prepostos, com ou sem o auxilio de empregado utilizado a
qualquer titulo, ainda que de forma não continua,
f) O garimpeiro inscrito no ex-INPS até 11 de janeiro de 1975, na condição de
autônomo e que estava contribuindo regulamente para a Previdência Social
pôde conservar sua filiação ao regime da Consolidação das Leis da
Previdência Social ( CLPS), na mesma categoria de trabalhador autônomo
até 24 de julho de 1991.
g) O ministério de confissão religiosa e o membro de instituto de vida
consagrada, de congregação ou de ordem religiosa, quando mantidos pela
entidade a que pertençam, salvo se obrigatoriamente filiados á Previdência
Social, em razão de outra atividade ou a outro regime previdenciário, militar
ou civil, ainda que na condição de inativos;
h) O sindico ou o administrador eleito, com percepção de remuneração, ou que
esteja isento da taxa de condomínio a partir de 6 de março de 1997, data de
publicação do Decreto n° 2.172;
i) O notário ou o tabelião e o oficial de registros ou registrador, titulares de
cartório, detentoras de delegação do exercício de atividades notarias e de
registro, não remunerados pelos cofres públicos, admitidos a partir de 21 de
novembro de 1994, data da publicação da Lei n° 8.935;
j) O médico residencial que trata a Lei n° 6.932 de 7 de julho de 1981, na
redação dada pela Lei n° 10.405, de 9 de janeiro de 2002;
k) O arbitro de jogos desportivos e seus auxiliares que atuem em conformidade
com a lei n° 9.615, a partir de 25 de março de 1998;
l) O cooperado de cooperativa de produção que, nesta condição, presta serviço
á sociedade cooperativa mediante remuneração ajustada ao trabalho
executado;
m) O cooperado de cooperativa de trabalho que, nesta condição preste serviços
a empresa ou a pessoa física mediante remuneração ajustada ao trabalho
executado;
n) O pescador que trabalha em regime de parceria, meação ou arrendamento,
em embarcação com mais de seis toneladas de arqueação bruta, ressalvo o
disposto no inciso VII do § 3° do art. 201 do RPS, aprovado pelo Decreto
3.048/1999.
o) O membro do conselho tutelar de que trata o art. 132 da Lei n° 8.069, de 13
de julho de 1990, quando remunerado;
p) O interventor, liquidante, o administrador especial e o diretor fiscal da
instituição financeira de que trata o § 6° do art. 201 do RPS, aprovado pelo
Decreto 3.048/1999;
q) O recolhimento á prisão sob regime fechado ou semi-aberto, que, nesta
condição, preste serviço remunerado, dentro ou fora da unidade penal, e
uma ou mais empresas, com ou sem intermediação da organização

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carcerária ou entidade afim, ou que exerça atividade artesanal por conta
própria.
r) A pessoal física contratada para prestação para a prestação de serviço em
campanhas eleitorais por partido político ou por candidato a cargo eletivo,
para prestação de serviço nas campanhas eleitorais, em razão do disposto no
art. 100 da Lei n°9.504, de 30 de setembro de 1997;
s) A pessoa física contratada por comitê financeiro e partido político ou por
candidato a cargo eletivo, para prestação de serviço nas campanhas
eleitorais, em razão do disposto no art. 100 da Lei n° 9.504, de 1997;
t) O titular de firma individual, urbana ou rural;
u) Todos os sócios, nas sociedades em nome coletivo e industrial ( incluídos
pelo Decreto n° 3.265, de 1999;
v) O membro de conselho fiscal de sociedade por ações;
w) O diretor não empregado e o membro de conselho de administração de
sociedade anônima; sócio de indústria, o sócio-gerente, o sócio-cotista,; o
administrador não empregado na sociedade por cotas de responsabilidades
limitada, o associado eleito para o cargo de direção em cooperativa,
associação ou entidade de qualquer natureza ou finalidade, que recebam
remuneração decorrentes de seu trabalho em empresa urbana ou rural;
x) O dirigente, ou o representante sindical, no período de 24 e março de 1997 (
data da publicação da Orientação Normativa MPAS/SPS n°8 ) a 10 de
novembro de 1997 ( véspera da publicação Medida Provisória n° 1.596-14),
que era remunerado somente pelo sindicato, manteve durante o seu mandato
a vinculação na condição de equiparado á do autônomo, observando o
disposto no inciso I do art. 8° desta IN;
y) O brasileiro civil que trabalhe no exterior para organismo oficial
internacional, no qual o Brasil seja membro efetivo, desde que lá
domiciliado e contratado, salvo quando coberto por regime próprio de
Previdência Social;
z) A pessoa que eventualmente preste serviço, de natureza urbana ou rural, a
uma ou mais empresas, fazendas, sítios, chácaras ou a um contribuinte
individual, em um mesmo período ou em períodos diferentes, sem relação
de emprego;
aa) A pessoa física que exerça, por conta própria, atividade econômica de
natureza urbana, com fins lucrativos ou não. Entende-se que a pessoa física,
proprietária ou não, explora atividade por intermediário de propostos
quando, na condição de parceiro outorgante, desenvolve atividade
agropecuária, pesqueira ou de extração de minerais através de parceiros ou
meeiros;
ab) O incorporador de que trata o art. 29 da Lei n° 4.591, de 16 de
dezembro de 1964;
ac) O bolsista da Fundação Habitacional do Exército contratado em
conformidades com a Lei n° 6.855, de 18 de novembro de 1980;
ad) Aquele que preste serviço de natureza não continua, por conta própria, a
pessoa ou família, no âmbito residencial deste, sem fins lucrativos;
ae) Aquele que, na condição de pequenos feirantes, compre para revender
produtos hortifrutigranjeiros ou assemelhados;
af) A pessoa física que edifique obra de construção civil;

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VI – Art. 5° - É segurado na categoria de trabalhador avulso, conforme o Inciso VI e §7° do art. 9° do
RPS, aprovado pelo Decreto N° 3.048/1999:
a) Aquele que preste serviço de natureza urbana ou rural, a diversas empresas, sem vinculo
empregatício com intermediação obrigatória do órgão gestor de mão-de-obra, nos termos da
Lei n° 8.630, publicada em 26 de fevereiro de 1993, ou do sindicato da categoria, observando
as restrições da legislação;
V – É segurado na categoria de segurado especial, conforme o Inciso VII da art. 9° do RPS,
aprovado pelo Decreto N° 3.048/1999:
a) O produtor, o parceiro, o meeiro, o arrendatário rural, o pescador artesanal e os assemelhados
a estes que exerçam atividade rural individualmente ou em regime de economia familiar, ainda
que com auxilio eventual de terceiros, em sistema de mútua colaboração e sem utilização de mão-
de-obra assalariada, bem como seus respectivos cônjuges ou companheiros e filhos maiores de 16
anos ou a eles equiparados desde que trabalhem, comprovadamente, com o grupo familiar
respectivo;
b) O parceiro outorgante que tenha imóvel rural com área total de, no máximo, quatro módulos
fiscais, que ceder em parceria ou meação até 50 % do imóvel rural, desde que outorgante e
outorgado continuem a exercer a atividade individualmente ou em regime de economia familiar,
observando as restrições da legislação;
c) A pessoa física, proprietária ou não que explorou atividade de extração mineral ou garimpo,
no período de 25 de julho de 1991 a 31 de março de 1993, observando o contido da alínea “d” do
Inciso V do art. 5° deste IN. Para efeito da caracterização do segurado especial, entende-se por:
 Produtor, aquele que, proprietário ou não, desenvolve atividades agrícolas, pastoris ou
hortifrutigranjeiras por conta própria, individualmente ou em regime de economia;
 Parceiro: aquele que tem contrato, escrito ou verbal, de parceria com o proprietário da terra ou
detentor de posse e desenvolve atividade agrícola;
 Meeiro: aquele que tem contrato, escrito ou verbal, com o proprietário da terra ou detentor da
posse e da mesma forma exerce atividade agrícola, pastoril ou hortifrutigranjeira, partilhando
rendimentos ou custos;
 Arrendatário: aquele que, comprovadamente utiliza a terra, mediante pagamento de aluguel
em espécie ou in natura, ao proprietário do imóvel rural, para desenvolver atividade agrícola
pastoril ou hortifrutigranjeira, individualmente ou em regime de economia familiar, sem
utilização de mão-de-obra assalariada de qualquer espécie;
 Comodatário: aquele que, por meio de contrato escrito ou verbal, explora a terra pertencente a
outra pessoa por empréstimo gratuito, por tempo determinado ou não, para desenvolver
atividade agrícola, pastoril ou hortifrutigranjeira;
 Condômino: aquele que explora imóvel rural, com delimitação de área ou não, sendo a
propriedade um bem comum, pertencente a várias pessoas;
 Pescador artesanal: aquele que, individualmente ou em regime de economia familiar, faz da
pesca sua profissão habitual ou meio principal habitual ou meio principal de vida, desde que
não utiliza embarcações; ou utiliza embarcações de até seis toneladas de arqueação bruta,
ainda que com auxilio de parceiro; ou, na condição exclusiva de parceiro outorgado, utiliza
embarcação de até seis toneladas de arqueação bruta, ainda que com auxilio de parceiro; ou na
condição exclusiva de parceiro outorgado, utilize embarcação de até dez toneladas de
arqueação bruta,
 Mariscador: aquele que, sem utilizar embarcação pesqueira, exerce atividade de captura ou de
extração de alimentos animais ou vegetais que tenham na água seu meio normal ou mais
freqüente de vida, na beira do mar, no rio ou na lagoa;

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 Índios em vias de integração ou isolados: aqueles que, não podendo exercer diretamente seus
direitos, são tutelados pelo órgão regional da Fundação Nacional do Índio (Funai).
 O usufrutuário- aquele que, não sendo proprietário de imóvel rural, tem direito á posse, ao uso,
á administração ou á percepção dos frutos, podendo usufruir o bem em pessoa ou mediante
contrato de arrendamento, comodato, parceira ou meação;
 O membro do grupo familiar que possui outra fonte de rendimento, qualquer que seja a sua
natureza, não poderá ser enquadrado como assegurado como segurado especial, ressalvados os
rendimentos provenientes;
I- Pensão por morte deixada pelo segurado especial e os benefícios de auxílio-acidente,
auxílio -suplementar, auxílio –reclusão e pensão por morte, cujo valor seja inferior ou
igual ao menor beneficio de prestação continuada, considerado o valor de cada beneficio,
quando receber mais de um;
II- Auxílios pecuniários de caráter assistencial concedidos pelos governos Federal, Estadual,
Municipal e do Distrito Federal, exceto o Beneficio de Prestação Continuada (BPC),
previsto no art. 20 da Lei n° 8.742/93;
III- Os recebidos pelo dirigente sindical que mantém o mesmo enquadramento perante o RGPS
que o anterior á investidura no cargo;
IV- Comercialização do artesanato rural na forma prevista no § 5° art. 200 do RPS, aprovado
pelo Decreto n° 3.048/1999, bem como os subprodutos e os resíduos por meio desses
processos;
V- Contratos de arrendamento, firmados em cumprimento á orientação contida no item 1.10
da OS/INSS n° 590/97, com registro ou reconhecimento de firma, efetuados até 28 de
novembro de 1999, data da publicação do Decreto n° 3.265, até o final do prazo
estipulado em clausura, exceto nos casos em que ficar comprovada a relação de emprego;
VI- Contratos de parceria e meação efetuados até 21 de novembro de 2000, data da publicação
do Decreto n° 3.668;
VII- Outros Segurados da Previdência Social;

São também segurados obrigatórios da Previdência Social:


a) O dirigente sindical observando as restrições da legislação;
b) Os índios integrados, assim denominados os incorporados á comunhão nacional e
reconhecidos mp pleno exercício de seus direitos civis, ainda que conservem usos, costumes
ou tradições características de sua cultura, serão tratados como qualquer beneficiário da
Previdência Social. A Funai, responsável pela tutela dos índios, deve apresentar uma
declaração formal reconhecendo a condição de integrado.
c) O magistrado da Justiça Eleitoral , nomeado na forma do Inciso II do art. 119 ou Inciso III do
§ 1° do art. 120 da Constituição Federal, mantém o mesmo enquadramento no RGPS que o
anterior á da investidura no cargo;
d) O servidos civil amparado por Regime Próprio de Previdência Social ou o militar, cedido para
outro órgão ou entidade, observando as restrições da legislação;
e) O maior de 16 anos que se filiar ao RGPS, mediante contribuição, desde que não esteja
exercendo atividade remunerada que o enquadra como segurado obrigatório da Previdência
Social ou de Regime Próprio de Previdência Social;
f) O sindico de condomínio, desde que não remunerado;
g) O beneficiário de auxílio-acidente ou de auxílio-suplementar, desde que simultaneamente não
esteja exercendo atividade que o filie obrigatoriamente ao RGPS;
h) O bolsista e estagiário, inclusive o de advocacia, que prestem serviços á empresa, de acordo
com a Lei n° 6.494, de 7 de dezembro de 1977, seguindo as restrições da legislação;

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Comentários _______________________________________________________________

 Nem todos os segurados filiados ao RGPS (Regime Geral da Previdência Social) conseguem
Aposentadoria Especial, devido á necessidade de comprovação da efetiva exposição aos
agentes nocivos insalubres.
 O RGPS inclui, tanto os segurados que exercem trabalhos com carteira assinada em empresas
estatais, ou privadas quanto autônomos, temporários, servidor sem regime próprio, algumas
categorias de avulsos e até mesmo empresários desde que comprovada a exposição de acordo
com os critérios da legislação previdenciária;
 Segundo a portaria MPAS 4.882/98, por falta de regulamentação, o servidor sob regime
próprio não faz jus ao beneficio, podendo o mesmo, recorrer através de uma ação judicial. Os
requisitos jurídicos que garantem o benefício á Aposentadoria Especial são:
a) Estar enquadrado como segurado da Previdência Social;
b) Período de carência;
c) Comprovação da exposição aos agentes nocivos insalubres de forma habitual e permanente,
não ocasional nem permanente, não ocasional nem intermitente na forma da Lei.
 Quem se filiar após o PBPS terá de somar 15 anos de contribuição, no mínimo, e quem já teve
tempo anterior a julho de 1991 e voltou a filiar-se após essa data bastará ter apenas cinco anos,
se conseguir totalizar os mesmos 15 anos.

5. DEFINIÇÕES E COMPROVAÇÕES DA ATIVIDADE ESPECIAL

A Aposentadoria Especial, uma vez cumprida a carência exigida, será concedida ao segurado
empregado, trabalhador avulso e contribuinte individual (este somente quando cooperado filiado á
cooperativa de trabalho ou de produção), que tenha trabalhado durante 15,20 ou 25 anos,
conforme o caso, sujeito a condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física.
A concessão da Aposentadoria Especial dependerá de comprovação pelo segurado, perante o
INSS, do termo de trabalho permanente, não ocasional nem intermitente, exercido em condições
especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física, durante o período mínimo fixado pela
legislação (IN 11/2006)
A Aposentadoria Especial será garantida ao segurado que comprovar o exercício do trabalho
em condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física, com exposições a agentes
nocivos de modo permanente, não ocasional nem intermitente. Isto esta tutelado pela Previdência
Social mediante concessão da aposentadoria especial, constituindo-se em fato gerador de
contribuição previdenciária para custeio deste beneficio.
O segurado deverá comprovar a efetiva exposição aos agentes físicos, biológicos ou
associação de agentes prejudiciais á saúde ou á integridade física pelo período equivalente ao
exigido para a concessão do beneficio. Esta comprovação será feita por meio da elaboração do
Perfil Profissiográfico Previdenciário a ser elaborado pela empresa baseado na existência de um
Laudo Técnico de Condições Ambientais de Trabalho (LTCAT) elaborado e assinado por medico
do trabalho ou engenheiro de segurança do trabalho.
São consideradas condições especiais que prejudicam a saúde ou integridade física, conforme
definido no Anexo IV do RPS, aprovado pelo Decreto n° 3.048/99, a exposição a agentes nocivos
químicos, físicos ou biológicos, em concentração ou intensidade e tempo de exposição que
ultrapassem os limites de tolerância ou que, dependendo do agente, tornem a simples exposição
em condições especial á saúde.
Os agentes nocivos não arrolados no Anexo IV do RPS, aprovado pelo Decreto n°
3.048/1999, não serão considerados para fins de concessão da aposentadoria especial. As
atividades constantes no Anexo IV do RPS, aprovado pelo Decreto n° 3.048/1999, são

62
exemplificativas, salvo para agentes biológicos. O núcleo da hipótese de incidência tributária,
objeto do direito á aposentadoria especial, é composto de:
a) Nocividade, que no ambiente de trabalho é entendida como situação combinada ou
não de substância, energias e demais fatores de riscos reconhecidos, capazes de
trazer ou ocasionar danos á saúde ou a integridade física do trabalhador;
b) Permanência, assim entendida como o trabalho não ocasional nem intermitente,
durante 15, 20 ou 25 anos , no qual a exposição do empregado , do trabalhador
avulso ou do cooperado ao agente nocivo, seja indissociável da produção. do bem ou
da prestação de serviço, em decorrência da subordinação jurídica a qual se submete.
Para a comprovação da atividade especial do segurado, há que se considerar se a exposição aos
agentes nocivos é:
a) Qualitativa, sendo a nocividade presumida e independente de mensuração, constatada pela
simples presença do agente no ambiente de trabalho, conforme os Anexos 6;13 13-A e 14 da
Norma Regulamentadora n° 15 (NR15) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), e no
Anexo IV do RPS, aprovado pelo Decreto n° 3.048/1999, para os agentes iodo e níquel;
b) Quantitativa, sendo a nocividade considerada pela ultrapassagem dos limites de tolerância ou
doses, dispostos nos Anexos 1,2,3,5,8,11 e 12da NR-15 do TEM, por meio da mensuração do
intensidade ou da concentração , no tempo efetivo da exposição no ambiente de trabalho.

Com relação á permanência da exposição (não ocasional nem intermitente), não quebra a permanência
o exercício de função de supervisão , controle ou comando em geral ou outra atividade equivalente,
desde que seja exclusivamente em ambientes de trabalho cuja nocividade tenha sido constatada.
As condições de trabalho, que dão ou não direito á aposentadoria especial, deverão ser comprovadas
pelas demonstrações ambientais, que fazem parte das obrigações acessórias dispostas na legislação
previdenciária e trabalhista. As demonstrações ambientais de que trata o caput constituem-se, entre
outros, nos seguintes documentos:
a) Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA);
b) Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR);
c) Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Industria da Construção (PCMAT)
d) Programa de controle Médico de Saúde Ocupacional ( PCMSO)
e) Laudo Técnico de Condições Ambientais do Trabalho (LTCAT)
f) Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP)
g) Comunicação de Acidente do Trabalho (CAT)

As informações constantes do CNIS será observadas para fins do recolhimento do direito á


Aposentadoria Especial, nos termos do art. 19 e § 2° do art. 68, ambos do RPS, aprovado pelo
Decreto n° 3.048/1999. Fica assegurado ao INSS a contraprova das informações referidas no caput,
no caso de dúvida justificada, promovendo de oficio a alteração do CNIS, desde que comprovada
mediante o devido processo administrativo.
As demonstrações ambientais de que trata o Art. 158 da IN 11/2006 deverão embasar o
preenchimento da GFIP e do formulário para requerimento da aposentadoria especial nos termos dos
§§ 2° e 7° do art. 68, do RPS, aprovado pelo Decreto n° 3.048/1999.
Presumem-se verdadeira as informações geradas pela empresa na GFIP, para a concessão ou
não da Aposentadoria Especial, constituindo crime a prestação de informações falsas neste
documento. A empresa deverá apresentar, sempre que solicitadas pelo INSS, as demonstrações
ambientais de que trata o art. 158, da IN 11/2006, para fins de verificação das informações.

63
Comentários
____________________________________________________________________

 O aposentado especial, pelo Regime Geral de previdência Social (RGPS), que permanecer ou
retornar á atividade sujeita a este regime, não terá direito ao recebimento de outros benefícios
de Previdência Social. Isto se deve á não-permissão do acúmulo de benefícios, ou seja,
recebimento de 02 (dois) ou mais benefícios. Os únicos benefícios aos quais o aposentado que
retornar ás atividades terá direito são: o salário – família, o salário – maternidade e a
reabilitação profissional.
 A Aposentadoria Especial concedida pela Previdência Social é irreversível e Irrenunciado
(Decreto n° 3.265 de 29/11/1999, artigo 181-b). Ou seja, a partir do recebimento do primeiro
pagamento da aposentadoria, o segurado não pode reverter nem renunciar este beneficio, salvo
quando o segurado ainda não tenha recebido o primeiro pagamento.
 As atividades penosas, embora previstas na CF/88, ainda não possuem, ate o momento,
regulamentação especifica e não são consideradas para fins de Aposentadoria Especial.
 Ressalta-se que, a partir da publicação, da IN 90 (16/03/2003), ficou instituído o PPP ( Perfil
Profissiográfico Previdenciário). Este passou a contemplar as informações contidas nos
formulários SB-40, DISES BE 5235, DIRBEN 8030, os quais perderam sua validade em
01/11/2003.

6. INTERPRETANDO A LEGISLAÇÃO PREVIDENCIÁRIA – APOSENTADORIA ESPECIAL.

Os comentários que se seguem foram baseados em citações do site do Ministério da Previdência Social,
Manual de Segurança da Fiesp, no livro do Engenheiro Antonio Carlos Vendrame, no Perfil
Profissiográfico Previdência e na experiência profissional do engenheiro Giovanni Moraes, nos cursos e
consultorias sobre o tema.

O Decreto 3.048 de 06 de Maio de 1999 atualizou o Regulamento de Benefícios da Previdência Social


(RBPS), consolidando documentos anteriores e mantendo o Anexo IV do Decreto 2.172/97, que trata da
classificação dos agentes nocivos. O RBPS vem passando por constantes emendas e atualizações por parte
do INSS, sendo as mais recentes o Decreto 4.032/01, Decreto 4.079/02 e Decreto 4.729/03.

A concessão da Aposentadoria Especial dependerá de comprovação pelo segurado, perante o INSS. O


INSS considera tempo de trabalho , os períodos correspondentes ao exercício de atividade habitual e
permanente, não ocasional nem intermitente, durante a jornada de trabalho. Segundo o INSS, são:

a) Trabalho habitual e permanente: aquele em que o segurado, no exercício de todas as suas


funções esteve efetivamente exposto a agentes nocivos físicos, químicos, biológicos ou
associação de agentes;
b) Trabalho não ocasional nem intermitente: aquele em que, na jornada de trabalho, não
houve interrupção ou suspensão da atividade em exposição aos agentes nocivos.

Como já foi previsto, para ter direito ao beneficio da Aposentadoria Especial, O trabalhador
deve comprovar a exposição aos agentes ambientais nocivos, em condições prejudiciais á saúde ou
integridade física do segurado do INSS, durante o período mínimo fixado. A identificação dos agentes
insalubres esta regulamentada através da Portaria MTE 3.214/78 (NR 15), ao passo que as
metodologias para avaliação dos agentes quantitativos devem atender ás Normas de Higiene
Ocupacional (NHO), publicadas pela Fundacentro.

64
O segurado deverá comprovar além do tempo de trabalho, exposição aos agentes nocivos
químicas, físicos, biológicos ou á integridade física, pelo período equivalente ao exigido para
concessão do beneficio. Os períodos de recebimento de auxilio – doença, ou de aposentadoria por
invalidez, não contam para a carência nem são considerados como tempo de trabalho sob condições
especiais, exceto aos acidentários.

A publicação do Decreto 4.882, de 18/11/03, finalmente deixou evidente a obrigatoriedade da


utilização das NHO (Norma de Higiene Ocupacional) da Fundacentro como referencia técnica e legal a
ser utilizada nos laudos ambientais para agentes químicos (ruído e calor) e agentes químicos. Destaca-
se ainda a necessidade do uso das Normas Internacionais ISO 2.631 e ISO/DIS 5.349 para avaliação
das vibrações em corpo inteiro bem como a NHO 05 para a exposição aos raios X e Resolução CNEN-
NE-3.01 para os demais casos de exposição ás radiações ionizantes.

Somente será permitida a conversão de tempo especial em comum, sendo vedada a conversão
de tempo comum em especial. O tempo de trabalho exercido sob condições especiais prejudicais á
saúde ou a integridade física do trabalhador, conforme a legislação vigente á época da prestação do
serviço, será somado, após a respectiva conversão, ao tempo de trabalho exercido em atividade comum,
qualquer que seja o período trabalhado, com base no Decreto n° 4.827/03, aplicando-se a seguinte
tabela de conversão, para efeito de concessão de qualquer beneficio:

Tempo de Para 15 Para 20 Para 25 Para 30 Para 35


atividade a ser
Convertido
De 15 anos 1,00 1,33 1,67 2,00 2,33
De 20 anos 0,75 1,00 1,25 1,50 1,75
De 25 anos 0,60 0,80 1,00 1,20 1,40

Para o segurado que houver exercido sucessivamente duas ou mais atividades sujeitas a
condições especiais prejudicial á saúde ou á integridade física, sem completar em qualquer delas o
prazo mínimo exigido para a Aposentadoria Especial, os respectivos períodos serão somados, após a
conversão do tempo relativo ás atividades não preponderante não convertida.
Será considerada atividade preponderante aquele que, após a conversão para um mesmo
referencial, tenha maior número de anos. Serão levados em conta, para fins de alternância entre
períodos comum e especial, o tempo de serviço militar, mandato eletivo, aprendizado profissional,
tempo de atividade rural , contribuinte em dobro ou facultativo, período de certidão de tempo de
atividade rural, contribuinte em dobro ou facultativo, período de certidão de tempo de serviço publico
(contagem recíproca) ou beneficio por incapacidade previdenciária (intercalado).
A partir de 29 de abril de 1995, data da publicação da Lei n° 9.032, de 28 de abril de 1995, o
trabalhador que estiver exposto, de modo permanente, não ocasional nem intermitente, a condições
especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física, durante 15, 20 ou 25 anos, terá direito á
concessão de Aposentadoria Especial nos termos do art. 57 da Lei n° 8.213, de 1991, observando a
carência exigida. Para instrução do requerimento da Aposentadoria Especial, deverão ser apresentados
os seguintes documentos:

a) Para períodos laborados até 28 de abril de 1995, será exigido do segurado o formulário
para requerimento da Aposentadoria Especial e a CP ou a CTPS, bem como LTCAT,
obrigatoriamente para o agente físico ruído.
b) Para períodos laborados entre 29 de abril de 1995 a 13 de outubro de 1996, será exigido do
segurado formulário para requerimento da Aposentadoria Especial, bem como LTCAT ou
demais demonstrações ambientais, obrigatoriamente para o agente físico ruído.

65
c) Para os períodos laborados entre 14 de outubro de 1995 a 31 de dezembro de 2003, será
exigido do segurado formulário para requerimento da Aposentadoria Especial, bem como
LTCAT ou demais demonstrações ambientais, qualquer necessário, será exigido o LTCAT.
d) Para períodos laborados a partir de 1° de janeiro, o único documento exigido do segurado
será o formulário para o requerimento deste beneficio. Se necessário, será exigido o
LTCAT.
Poderão ser aceitos, em substituição ao LTCAT, ou ainda de forma complementar a este, os
seguintes documentos:

a) Laudos técnicos -periciais emitidos por determinação da Justiça do Trabalho, em ações


trabalhistas, acordos ou dissídios coletivos;

b) Laudos emitidos pela Fundacentro Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do


Trabalho (Fundacentro);

c) Laudos emitidos pelo MTE ou, ainda, pelas DRT;

d) Laudos individuais acompanhados de :


 Autorização escrita da empresa para efetuar o levantamento, quando o responsável
técnico não for seu empregado;
 Cópia do documento de habilitação profissional do engenheiro de segurança do
trabalho ou médico do trabalho, indicando sua especialidade;
 Nome e identificação do acompanhamento da empresa, quando o responsável técnico
não for seu empregado;
 Data e local da realização da perícia.

e) Os programas PPRA, PGR, PCMAT e PCMSO, de que trata o art. 161 desta IN.

Para fins de comprovação da exposição aos agentes ambientais nocivos, não serão aceitos:
 Laudo elaborado por solicitação do próprio segurado;
 Laudo relativo á atividade diversa, salvo quando efetuada no mesmo setor;
 Laudo relativo a equipamento ou setor similar;
 Laudo da empresa diversa;
Na impossibilidade de apresentação de algum dos documentos obrigatórios mencionados neste
artigo, o segurado poderá protocolizar junto ao INSS processo de JA, conforme estabelecido
por capitulo, próprio desta IN, observando que:

a) Tratando-se de empresa legalmente extinta para fins de comprovação da atividade exercida


em condições especiais, será dispensada a apresentação do formulário para requerimento
da Aposentadoria Especial;
b) Para períodos anteriores a 28 de abril de 1995, a JA deverá ser instruída com base nas
informações da CP ou da CTPS em que conste a função exercida, verificada a correlação
entre a atividade da empresa e a profissão do segurado, salvo nos casos de exposição a
agentes nocivos passíveis de avaliação quantitativa;
c) A partir de 28 de abril de 1995 e, em qualquer época , nos casos de exposição a agentes
nocivos passíveis de avaliação quantitativa, a JÁ deverá der instruída, obrigatoriamente,
com laudo de avaliação ambiental, coletivo ou individual, nos termos dos §§ 2° e 3°.

66
Comentários

 A IN 11/2006 reforçou a proibição da perícia indireta (reconstituição de cenários),


conforme redação do Art. 155 § 3°, dificultando a comprovação do segurado exposto
em empresas que faliram, mudaram de endereço ou tiveram suas instalações
danificadas por fogo ou inundações.

 As regras atuais criam uma questão polêmica para o caso dos segurados que não têm
como comprovar as informações no período em que as empresas não eram obrigadas a
entregar o documento no ato do desligamento do trabalhador.

 A conversão de Aposentadoria Especial para comum só é possível para o período


trabalho até 28/05/98. A partir desta data, mesmo que o trabalhador exerça atividades
na condição de especial, não poderá converter o período.

 Somente poderá ocorrer conversão se houver alternando período especial e comum,


nos quais o seguinte não tenha o direito adquirido ate essa data, ele precisa de , no
mínimo , 20% do período de tempo necessário em condições especiais. Por exemplo,
se ele atua em uma atividade que prevê aposentadoria com 15 anos, ele precisa ter, no
mínimo, três anos de tempo de serviço em condições especiais para poder converter.

 A aposentadoria pode ser requerida a qualquer tempo, apenas no período posterior a


28/05/95 não poderá ser convertida. Para a concessão da Aposentadoria Especial, não é
necessário o rompimento do vinculo empregatício, porém a manutenção do pagamento
do beneficio impede a continuação ou exercício do trabalho em área de risco.

A empresa e o segurado deverão apresentar os originais ou cópias autênticas dos documentos previstos
nesta Subseção. Consideram-se formulários para requerimento da Aposentadoria Especial os antigos
formulários, SB-40,DISES-BE 5235,DSS 8030 e DIRBEN 8030, segundo seus períodos de vigência,
observando-se para tanto, a data de emissão do documento. Estes formulários deixaram de ter validade para
os períodos laborados a partir de 1° de janeiro de 2004, conforme disposto no § 14 do Art. 178 da IN
11/2006.

Mesmo após 1°/1/2004, serão aceitos os formulários referidos no caput, referentes a períodos laborados
até 31/12/2003 quando emitidos até esta data, observando, as normas da regência vigentes nas respectivas
datas de emissão.

A partir de 29 de abril de 1995, a Aposentadoria Especial somente será concedida aos segurados
empregados, trabalhadores avulsos e, a partir de 13 de dezembro de 2002, data da publicação da Medida
Provisória –MP n° 83, de 12/12/2002, também aos cooperados filiados á cooperativa de trabalho ou de
produção. Os demais segurados classificados como contribuinte individual não têm direito á Aposentadoria
Especial

É considerado período de trabalho sob condições especiais, os períodos de descanso determinados pela
legislação trabalhista, inclusive férias, os de afastamento decorrente de gozo de benefícios de auxilio- doença
ou aposentadoria por invalidez acidentárias, bem como os de percepção de salário – maternidade, desde que,
á data do afastamento, o segurado estivesse exercendo atividade considerada especial.

O direito á concessão de Aposentadoria Especial aos 15 e aos 20 anos, constatados a nocividade e a


permanência nos termos do Art. 157 da IN 11/2006 aplica-se ás seguintes situações:

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a) Exposição á associação de agentes químicos, físicos e biológicos.
b) Vinte anos:
a. Trabalhos com exposição ao agente químico asbesto (amianto)
b. Trabalhos em mineração subterrânea;

c) quinze anos: trabalhos em mineração, em frentes de produção com exposição á associações de


agentes físicos, químicos e biológicos.
O direito á Aposentadoria Especial não fica prejudicado na hipótese de exercício de atividade em mais
de um vínculo, com tempo de trabalho concomitante (comum e especial), desde que constatada a nocividade do
agente e a permanência em, pelo menos, um dos vínculos nos termos do Art. 160 da IN 11/2006. A redução de
jornada de trabalho por acordo, convenção coletiva de trabalho ou sentença normativa não descaracteriza a
atividade exercida em condições especiais.
Qualquer que seja a data do requerimento dos benefícios previstos no Regime Geral da Previdência
Social (RGPS), as atividades exercidas deverão ser analisadas, considerando no mínimo os elementos
obrigatórios do Art. 161 da IN 11/2006, conforme quadro a seguir:

Período Trabalhado Enquadramento


Até 28/4/1995 Quadro anexo ao Decreto n° 53.831, de 1964, Anexo I e II do RBPS, aprovado
pelo Decreto n° 83.080, de 1979.
Formulário; CP/ CTPS; LTCAT, obrigatoriamente para o agente físico ruído.

De 29/04/1995 a Código 1.0.0 do Quadro Anexo ao Decreto n° 53.831, de 1964. Anexo I do


13/10/1996 RBPS, aprovado pelo Decreto n° 83.080, de 1979.
Formulário : LTCAT ou demais demonstrações Ambientais, obrigatoriamente
para o agente físico ruído.

De 14/10/1996 a Código 1.0.0 do Quadro Anexo ao Decreto n° 53.831. de 1964. A nexo I RBPS
5/3/1997 aprovado pelo Decreto n° 83.080, de 1979.
Formulário : LTCAT ou demais demonstrações Ambientais, para todos os
agentes nocivos.

De 6/3/1997 a Anexo IV do RBPS, aprovado pelo Decreto n° 2.172, de 1997.


31/12/1998 Formulário, LTCAT ou demais Demonstrações Ambientais para todos os
agentes nocivos.

De 1°/1/1999 a Anexo IV do RBPS, aprovado pelo Decreto n° 2.172, de 1997.


6/5/1999 Formulário, LTCAT ou demais Demonstrações Ambientais, para todos os
agentes nocivos. que deverão ser confrontados com as informações relativas ao
CNIS para homologação da contagem do tempo de serviço especial, nos termos
do art. 19 e § 2° do art. 68 do RPS, com redação dada pelo Decreto 4.079, de
2002
De 7/5/1999 a Anexo IV do RPS, aprovado pelo Decreto n 3.048, de 1999.
31/12/2003 Formulário, LTCAT ou demais Demonstrações Ambientais, para todos os
agentes nocivos. que deverão ser confrontados com as informações relativas ao
CNIS para homologação da contagem do tempo de serviço especial, nos termos
do art. 19 e § 2° do art. 68 do RPS, com redação dada pelo Decreto 4.079, de
2002
A partir de 1/1/2004 Anexo IV do RPS, aprovado pelo Decreto n 3.048, de 1999.
Formulário, que deverá ser confrontado com as informações relativas ao CNIS
para homologação da contagem do tempo de serviço especial, nos termos do art.
19 e § 2° do art. 68 do RPS, com redação dada pelo Decreto 4.079, de 2002

68
As alterações trazidas pelo Decreto n° 4.882, de 18 de novembro de 2003 não geram efeitos retroativos
em relação ás alterações conceituais por ele introduzidas. Na hipótese de atividades concomitantes sob
condições especiais, no mesmo ou em outro vinculo empregatício, será considerada aquela que exigir menos
tempo para a Aposentadoria Especial.

Quando for constatada divergência entre os registros constantes na CTPS ou CP e no formulário, esta
deverá ser esclarecida, por diligencia prévia na empresa, a fim de verificar a evolução profissional do
segurado, bem como os setores de trabalho, por meio de documentos contemporâneos aos períodos laborados.

Em caso de divergência entre o formulário e o CNIS ou entre estes e outros documentos ou evidências,
o INSS deverá analisar a questão no processo administrativo, com adoção das medidas necessárias.

Serão consideradas evidências, de que trata o parágrafo anterior, entre outros, os indicadores
epidemiológicos dos benefícios previdenciários cuja etiologia esteja relacionada aos agentes nocivos.

Reconhecido o tempo especial sem correspondência com as informações constantes no CNIS,


prestadas por meio da Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço e Informação á
previdência Social (GFIP), a Divisão/Serviço da Secretaria da Receita Previdenciária, será comunicada para
providências a seu cargo.

Serão considerados as atividades e os agentes arrolados em outros atos administrativos, decretos ou leis
previdenciárias que determinem o enquadramento por atividade para fins de concessão de Aposentadoria
Especial, exceto as circulares emitidas pelas então Regionais ou Superintendências Estaduais do INSS, que, de
acordo com o Regimento Interno do INSS, não possuíam a competência necessária para expedi-las, ficando
expressamente vedada sua utilização.

Deverão ser observados os seguintes critérios para o enquadramento do tempo de serviço como
especial nas categorias profissionais ou nas atividades abaixo relacionadas:

I -Telefonista em qualquer tipo de estabelecimento:


a) O tempo de atividade de telefonista poderá ser enquadrado como especial no código 2.4.5 do
quadro anexo ao Decreto n° 53.831,de 25 de março de 1964, até 28 de abril de 1995

b) se completador ao 25 anos, exclusivamente na atividade de telefonista, ate 13 de outubro de 1996,


poderá ser concedido a Aposentadoria Especial;
c) a partir de 14 de outubro de 1996, data da publicação da MP n° 1.523, de 11 de outubro de 1996,
não será permitido o enquadramento em função da denominação profissional de telefonista.

II - Guarda, vigia ou vigilante até 28 de abril de 1995:

a) entende-se por guarda, vigia ou vigilante o empregado que tenha sido contratado para garantir a
segurança patrimonial, impedindo ou inibindo a ação criminosa em patrimônio das instituições
financeiras e de outros estabelecimentos públicos ou privados, comerciais, industriais ou entidades sem
fins lucrativos, bem como pessoa contratada por empresa especializada em prestação de serviços de
segurança, vigilante e transporte de valores, para prestar serviço relativo á atividade de segurança
privada a pessoa e a residência.
b) A atividade do guarda, vigia ou vigilante na condição de contribuinte individual não será considerada
como especial;
c) Em relação ao empregado em empresa prestadora de serviços de vigilância, além das outras
informações necessárias á caracterização da atividade, deverá constar no formulário para o
requerimento da Aposentadoria Especial os locais e empresas onde o segurado esteve desempenhado a
atividade:

69
III - Professor: a partir da Emenda Constitucional n° 19 de 30 de junho de 1981, não é permitida a conversão
do tempo de exercício de magistério para qualquer espécie de beneficio, exceto se o segurado implementou
todas as condições ate 29 de junho de 1981, considerando que a Emenda Constitucional retirou esta
categoria profissional do quadro de anexo ao Decreto n° 53.831, de 1964 para incluí-la em legislação
especial e especifica, que passou a ser regida por legislação própria.

IV - Em atividades, de modo permanente, com exposição aos agentes nocivos frio, eletricidade, radiações não
ionizantes e umidade, o enquadramento somente será possível até 5 de março de 1997.

V- Em atividades, de modo permanente, com exposição a agentes biológicos:

a) Até 5 de março de 1997, o enquadramento poderá ser caracterizado, para trabalhadores expostos ao
contato com doentes ou materiais infecto-contagiantes, de assistência médica, odontológica, hospitalar
ou outras atividades afins, independentemente do serviço ter sido exercido em estabelecimento de
saúde;
b) A partir de 6 de março de 1997, tratando-se de estabelecimentos de saúde somente serão enquadradas
as atividades exercidas em contato com pacientes portadores de doenças ou materiais ou com manuseio
de materiais contaminados, no código 3.0.1 do Anexo IV do RBPS, aprovado pelo Decreto n° 2.172,
de 5 de março de 1997, ou do Anexo IV do RPS, aprovado pelo Decreto n° 3.048, de 1999.
c) As atividades de coleta, industrialização do lixo e trabalhos em galerias, fossos e tanques de esgoto, de
modo permanentes, poderão ser enquadradas no código 3.0.1 do Anexo IV do RPS, aprovado pelo
Decreto n° 3.048, de 1999, mesmo que exercidas em períodos anteriores, desde que exista exposição a
microorganismo e parasitas infecto-contagiosos vivos e suas toxinas.

Também são considerados como tempo de serviço exercido em condições especiais:

a) Funções de chefe, de gerente, de supervisor ou outra atividade equivalente;


b) Períodos em que o segurado exerceu as funções de servente, auxiliar ou ajudante, de qualquer das
atividades constantes dos quadros anexos ao Decreto n° 53.831, de 1964, e ao Decreto n° 83.080, de 24
de janeiro de 1979, até 28 de abril de 1995: o enquadramento será possível desde que o trabalho, nessas
funções, seja exercido nas mesmas condições e no mesmo ambiente em que trabalha o profissional
abrangido por esse Decreto.

Existindo dúvidas com relação á atividade exercida ou relação á efetiva exposição a agentes nocivos, de
modo habitual e permanente, não ocasional nem intermitente, a partir das informações contidas no PPP e no
LTCAT, quando estes forem exigidos, e se for o caso nos antigos formulários mencionados no art. 162 desta
IN, quando esses foram apresentados pelo segurado, poderá ser solicitado pelo servidor do INSS
esclarecimento á empresa, relativos á atividades exercida pelo segurado,bem como a apresentação de outros
registros existentes na empresa que venham a convalidar as informações prestadas.
O período em que o empregado esteve licenciado da atividade para exercer cargo de administração ou de
representação sindical, exercido até 28 de abril de 1995, será computado como tempo de serviço especial;
desde que, á data do afastamento, o segurado estivesse exercendo atividade considerada especial.

Comentários

 O tempo de trabalho exercido sob condições especiais que sejam ou venham a ser consideradas
prejudiciais á saúde ou a integridade física será somado, após a respectiva conversão ao tempo de
trabalho exercido em atividade comum, segundo critérios estabelecidos pelo Ministério de
Previdência e Assistência Social, para efeito da concessão de qualquer beneficio.
 Alertamos ao leitor que, devido á complexidade do tema envolvendo a Aposentadoria Especial,
resultando inclusive em diversas ações na justiça, o INSS se vê obrigado a publicar diversas
Instruções Normativas para atender aos aspectos técnicos e legais envolvidos nesta questão. Por
isso, sugerimos aos leitor, que se mantenha atualizado pela Internet www.mpas.gov.br.

70
ELABORAÇÃO DO PERFIL PROFISSIOGRÁFICO PREVIDENCIÁRIO –PPP

O Perfil Profissiográfico Previdenciário, chamado PPP, é um documento criado para identificar e


detalhar o exercício das atividades exercidas pelo segurado em condições especiais, aplicando-se aquele que
estejam expostos aos agentes ambientais definidos.
O Perfil Profissiográfico Previdenciário foi regulamentado inicialmente pelo Decreto 2.172/97 e se
mantém em vigência por força do Decreto 3.048/99. Desde a obrigatoriedade em se elaborar o Perfil
Profissiográfico, o INSS através da sua Diretoria do Seguro Social (DSS), vem disciplinando o assunto através
de sucessivas Ordens de Serviço e Instruções Normativas, listadas anteriormente.
O PPP está previsto no artigo 58 da Lei 8.213/91, com redação dada pela Medida Provisória 1.523/96 e
convertida na Lei 9.528/97 regulamentada pela IN 78/02. Pelo menos na teoria, o PPP passou a ser exigido
desde 1996, com a OS 557/96, seguida pela OS 600/98. A partir daí, foram feitas sucessivas alterações pelas
OS 612/98, OS 621/99 e OS 623/99, além das Instruções Normativas IN 42/01, IN 78/02, IN 84/02, IN 90/03 e,
por último, a IN 99/03 que teve artigos e prazos pela IN 100/03 e IN 111/04.
O Decreto 4.032/01, Art. 68, § 2°,determinou a denominação de Perfil Profissiográfico Previdenciário
(PPP) para o documento necessário para comprovação da efetiva exposição do segurado aos agentes nocivos.
Somente com a IN 78/02 foi aprovado o formulário PPP.
A primeira prorrogação (01/07/03) para implementação do PPP ocorreu com a publicação da IN 84/02.
A segunda prorrogação ocorreu em 01/11/03, com a publicação da IN 90/03. A última prorrogação para
implementação do PPP passou para 01/01/2004, por força da IN 96/03 publicada no Diário Oficial da União
(27/10/03). A maior novidade imposta pela IN 96/03 é que essa obrigação passa a ser exigida apenas para
empresas cujos empregados estejam expostos a riscos físicos (como excesso de calor, som e vibração)
químicos (benzeno, amianto, sílica e chumbo, por exemplo) e biológicos (como parasitas, vírus e bactérias
Infecto-contagiosas).
O IN 99/03 estendeu até 01/01/04 a validade dos documentos SB-40, DISES BE 5235, devendo ser
entregue, pelo menos, o mais atual, que é o DIRBEN 8030. No entanto , mesmo após 01/01/04, serão aceitos os
formulários, referentes a períodos laborados até 31/12/03, quando emitidos até a data, observando as normas de
regência vigentes nas respectivas datas de emissão. Por enquanto, será exigida a elaboração do PPP apenas
para as empresas com trabalhadores expostos a agentes nocivos, considerados para fins de Aposentadoria
Especial.
A IN 11/2006 reforça as definições e objetos do PPP publicadas nas Instruções Normativas anteriores
descritos nos artigos abaixo:

Art.176. O Perfil Profissiográfico Previdenciário – PPP, constitui-se em um documento histórico - laboral do


trabalhador que reúne, entra outras informações, dados administrativos, registros ambientais e
resultados de monitoração biológica, durante todo o período em que este exerceu suas atividades.

Art. 177. O PPP tem como finalidade:

I- comprovar as condições para habilitação de benefícios e serviços previdenciários, em especial, o


beneficio de que trata a Subseção V desta Seção;
II- Prover o trabalhador de meios de prova produzidas pelo empregador perante a Previdência
Social, a outros órgãos públicos e aos sindicatos, de forma a garantir todo direito decorrente da
relação de trabalho, seja ele individual, ou difuso e coletivo;
III- Prover a empresa de meios de prova produzidos em tempos real, de modo a organizar e a
individualizar, as informações contidas em seus diversos setores ao longo dos anos,
possibilitando que a empresa evite ações judiciais indevidas relativas a seus trabalhadores;
IV- Possibilitar aos administradores públicos e privados acessos a bases de informações fidedignas,
como fonte primária de informação estatística, para desenvolvimento de vigilância sanitária e
epidemiológica, bem como definição de políticas em saúde coletiva;

71
Art. 178 – A partir de 1° de janeiro de 2004, a empresa ou equiparada á empresa deverá elaborar PPP,
conforme Anexo XV desta IN, de forma individualizada para seus empregados, trabalhadores
avulsos e cooperados, que laboram expostos a agentes nocivos químicos, biológicos ou associação
de agentes prejudicam á saúde ou á integridade física, considerados para fins de concessão de
aposentadoria especial, ainda que não presentes os requisitos para a concessão desse benefício, seja
pela eficácia dos equipamentos de proteção, coletivos ou individuais, seja por não se caracterizar a
permanência.

§ 1° - A exigência do PPP referida no caput, em relação aos agentes químicos e ao agente


físico ruído, fica condicionada ao alcance dos níveis de ação de que trata o subitem 9.3.6, da
Norma Regulamentadora – NR n° 09, do Ministério do Trabalho e Emprego - MTE e aos
demais agentes, á simples presença no ambiente de trabalho.

§ 2° - Após a implantação do PPP em meio magnético pela Previdência Social, este


documento será exigido para todos os segurados, independentemente do ramo de atividade da
empresa e da exposição a agentes nocivos, e deverá abranger também informações relativas aos
fatores de riscos ergonômicos e mecânicos.

§3° A empresa ou equiparada á empresa deve elaborar, manter atualizado o PPP para os
segurados referidos no caput, bem como fornecera estes, quando da rescisão do contrato de
trabalho ou da desfiliação da cooperativa, sindicato ou Órgão Gestor de Mão de Obra –
OGMO, conforme o caso, cópia autêntica desse documento.

§ 4° O PPP deverá ser emitido pela empresa empregadora, no caso de empregado; pela
cooperativa de trabalho ou de produção, no caso de cooperado filiado; pelo OGMO, no caso de
trabalhador avulso portuário e pelo sindicato da categoria, no caso de trabalhador avulso não
portuário.

5 § O sindicato de categoria ou OGMO estão autorizados a emitir o PPP, bem como o


formulário que ele substitui, nos termos do § 14, somente para trabalhadores avulsos a eles
vinculados.

6 § O PPP deverá ser emitido com base nas demais demonstrações ambientais de que trata o
artigo 161 desta IN.

7 § O PPP deverá ser atualizado sempre que houver alteração que implique mudança das
informações contidas nas suas seções, com a atualização feita pela menos uma vez ao ano,
quando permanecerem inalteradas suas informações.

8 § O PPP será impresso nas seguintes situações :

I- por ocasião da rescisão do contrato de trabalho ou de desfiliação de cooperativa, sindicato


ou OGMO, em duas vias com fornecimentos de uma das vias para o trabalhador, mediante
recibo;
II- para fins de requerimento de reconhecimento de períodos laborados em condições
especiais;
III- para fins de analise de benefícios por incapacidade, a partir de 1° de janeiro de 2004,
quando solicitado pelo INSS;
IV- para simples conferência por parte do trabalhar, pelo menos uma vez ao ano, quando da
avaliação global anual do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais –PPRA, até que
seja implantado o PPP em meio magnético pela Previdência Social
V- quando solicitada pelas autoridades competentes.

72
§ 9° O PPP deverá ser assinado por representante legal da empresa, com poderes específicos
outorgados por procuração, contendo a indicação dos responsáveis técnicos legalmente
habilitados, por período, pelos registros ambientais e resultados de monitoração biológica.

§10° A comprovação da entrega do PPP, na rescisão de contrato de trabalho ou da desfiliação da


cooperativa, sindicato ou OGMO, poderá ser feita no próprio instrumento de rescisão ou de
desfiliação, bem como em recibo á parte.

§ 11° O PPP e a comprovação de entrega ao trabalhador, na rescisão de contrato de trabalho ou de


desfiliação de contrato de trabalho ou da desfiliação da cooperativa, sindicato ou OGMO, deverão
ser mantidos na empresa por vinte anos.

§ 12° A prestação de informações falsas no PPP constitui crime de falsidade ideológica, nos termos
do art. 297 do Código Penal.

§ 13° As informações constantes no PPP são de caráter privativo do trabalhador, constituindo


crime nos termos da Lei n° 9.029, de 13 de abril de 1995. Práticas discriminatórias decorrentes de
sua exigibilidade por outrem, bem como de sua divulgação para terceiros, ressalvado quando
exigida pelos órgãos públicos competentes.

§ 14° O PPP substitui o formulário para comprovação da efetiva exposição dos segurados aos
agentes nocivos para fins de requerimento da aposentadoria especial, a partir de 1° de janeiro de
2004, conforme determinado pelo parágrafo 2° do art. 68 do RPS, aprovado pelo Decreto °
3.048/1999 e alterado pelo Decreto n° 4.032 de 2001.

O PPP é um instrumento importante para empresários, trabalhadores e Governo, segundo avaliação


do diretor do Departamento do Regime Geral de Previdência da Secretaria da Previdência Social
do Ministério da Previdência Social, Geraldo Arruda. Para o trabalhador o PPP será um meio de
prova produzido pelo empregador perante a Previdência Social, de forma a garantir todos os
direitos decorrentes das relações trabalhistas. Do lado da empresa, será possível gerenciar melhor
os riscos ambientais e se precaver contra a possibilidade de ações jurídicas indevidas. Finalmente,
para o governo, o PPP será um instrumento para elaboração de políticas de saúde ocupacionais
mais adequadas e compatíveis com as condições de trabalho reais do país.

O engenheiro Antonio Carlos Vendrame destaca em seu livro Perfil Profissiográfico


Previdenciário, que a criação do PPP extinguiu a triplicidade de documentos (Perfil
Profissiográfico, Laudo Técnico e DIRBEN 8030). Para entender o Perfil Profissiográfico
Previdenciário na sua forma atual, é importante relembrar que sua origem nas primeiras referencia
ao Perfil Profissiografico, documento que o INSS vem tentando implementar, com dificuldades,
desde a publicação da MP 1.523/9. Em seguida a, Lei 9.528/97, que alterou a Lei 8.213/91,
acrescentou o Art. 58 com a redação:

§ 4° A empresa deverá elaborar e manter atualizado Perfil Profissiográfico abrangendo as


atividades desenvolvidas pelos trabalhadores fornecer a este documento, quando da rescisão do
contrato de trabalho, cópia autentica desse documento;

A empresa deve elaborar e manter atualizado o PPP , abrangendo as atividades desenvolvidas pelo
trabalhador exposto aos agentes nocivos. O PPP é o documento histórico do trabalhador que presta
serviço á empresa que, entre outras informações, registra dados administrativos, parâmetros
ambientais e indicadores biológicos.

Sobre a parte administrativa, o documento deverá conter informações sobre setor, cargo, função
atividades desenvolvidas, os registros de Comunicação de Acidentes de Trabalho ( CAT) e o

73
conjunto das exigências morfo-bio-psiquicas, disponíveis no setor de Recursos Humanos das
Empresas. Sobre o ambiente de trabalho, as informações necessárias são os fatores de riscos
ambientais (físico, químico e biológico), ergonômicos, choque, explosão e quaisquer outros, a
utilização de equipamentos de proteção coletiva, a presença de medidas administrativas de
proteção e a utilização de equipamento de proteção individual.

Na área biológica, deve ser informada a relação de exames, realizados para controle médico-
ocupacional, complementares e obrigatórios (admissionais, periódicos de retorno, de afastamento
ou troca de funções e demissionais), alem de informações sobre as perdas temporárias ou
permanentes da capacidade de trabalho.

É bom lembrar que o PCMSO, PPRA PCMAT e PGR servirão de base para a elaboração do
LTCAT, podendo até mesmo substituí-lo. Estes documentos darão subsídios para o preenchimento
do PPP, uma vez que trazem informações relativas ás condições ambientais da organização e ás
condições do trabalhador. O PPP já trará a conclusão do laudo técnico e a descrição das atividades
desenvolvidas pelo trabalhador, a existência de agentes prejudiciais á sua saúde ou integridade
física e o caráter permanente ou não da exposição aos riscos.

O PPP deve ser assinado pelo representante legal da empresa ou preposto, indicado o nome do
medico do trabalho e engenheiro de segurança do trabalho. OPPP será atualizado magneticamente
ou por meio físico, com a seguinte periodicidade:

a) Anualmente, na mesma época em que se apresentar os resultados da analise global do


desenvolvimento do PPRA ( NR9), PGR(NR22), PCMAT(NR18) e do PCMSO ( NR 7);
b) Nos casos de alterações de layout da empresa com alterações de exposições de agentes nocivos
mesmo que o código da GFIP/SEFIP não se altere.

O descumprimento da obrigatoriedade da elaboração do PPP gerará a empresa infratora multa por empregado,
a ser aplicada por fiscais da Previdência. O PPP deverá ser emitido por meio físico nas seguintes condições.

a) Por ocasião do encerramento de contrato de trabalho, em duas vias com fornecimento de uma das vias
para o empregado mediante ao recibo.
b) Para fins de requerimento de reconhecimento de períodos laborados em condições especiais.
c) Para fins de concessão de benefícios por incapacidade, a partir de 01/11/03, quando solicitado pela
Pericia Médica do INSS.

O formato do PPP consta da IN 11/2006. Este modele reúne todas as informações em um único documento,
que pode ser elaborado por papel ou meio magnético. A IN 11/2006 e suas possíveis atualizações encontram-se
disponíveis na pagina do Ministério da Previdência Social ( WWW.mpas.gov.br)

Apenas o trabalhador, a empresa onde trabalha e o INSS terão acesso ás informações contidos no PPP. Se esse
trabalhador mudar de emprego, seu novo empregador não terá acesso ao PPP anterior. Isto é totalmente
proibido. Ou seja, as informações contidas no PPP são de caráter privativo do trabalhador constituindo crime ,
nos termos da Lei 9.029/95, qualquer prática discriminatória decorrente de sua exigibilidade, bem como sua
divulgação a terceiros, ressalvada a exigência por órgãos públicos competentes.

Comentários

 Devido às divergências modificações colocadas pelo INSS através das Instruções Normativas,
sugerimos ao leitor um acompanhamento mais dinâmico via internet no site WWW.mpas.gov.br, pois
torna-se quase que impossível manter publicações atualizadas sobre o assunto.

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 O PPP é uma analise histórica profissional com ênfase na caracterização de exposição do
segurado aos agentes ambientais nocivos. Este documento deve ser mantido atualizado, pois
as condições da exposição podem se alteradas.

 O PPP é um documento que reúne informações administrativas, ambientais e de


monitoração biológica sobre as condições de trabalho do trabalhador em determinada
empresa, a fim de que ele possa ter um histórico sobre sua vida profissional. Com o PPP,
será mais fácil para o trabalhador comprovar á Previdência Social as condições para sua
habilitação a benefícios e serviços previdenciário.

 O PPP é um importante instrumento de gestão das condições de saúde e segurança no


trabalho, propiciando ao Governo, aos empregados e trabalhadores acesso a informações
prévias que lhes permitam a adoção de medidas que visam a prevenir doenças e acidentes

 A IN 11/2006, apresenta a forma de preenchimento do PPP é padrão e deve conter todas as


informações do formulário para que seja possível caracterizar o tipo de trabalho, a forma de
exposição aos agentes ambientais nocivos, bem como a proteção fornecida pelo empregador.
Os campos do formulário podem ser ajustados nas dimensões para que seja possível
preencher as informações consideradas necessárias pela empresa.

 A implementação do PPP não trata apenas da substituição dos antigos formulários que
vinham sendo utilizados, SB-40, DISES BE 5235, DSS-8030, DIRBEN 8030, mas de um
documento mais completo para caracterizar a exposição do empregado aos agentes nocivos,
para fins de comprovação da atividade especial.

 O PPP visa não apenas á comprovação da exposição do segurado aos agentes nocivos, para
efeito de Aposentadoria Especial, mas também por ocasião de requerimento de benefícios
por incapacidade, como acidentário ou o previdenciário por ocasião de encerramento do
contrato de trabalho (lei 9.528/97).

 Não cabe a empresa decidir sobre a entrega do PPP ao trabalhador. Quando houver o
desligamento, o empregador deve fornecer o PPP aos trabalhadores expostos aos agentes
nocivos sob pena de multa. Caberá ao INSS analisar as informações do documento e decidir
sobre a concessão da aposentadoria Especial.

 Ao contrário dos formulários SB-40, DISES BE 5235, DSS-8030, DIRBEN 8030, que
podiam ser preenchidos e assinados por qualquer representante do empregador, o PPP deve
ser assinado pelo Médico coordenador do PCMSO, engenheiro de segurança do trabalho (se
houver), do responsável pela elaboração do Laudo Ambiental, bem como a assinatura do
emitente do PPP (gerente do RH ou representante Legal do empregador).

 Estas exigências reforçam a necessidade da participação do médico coordenador do PCMSO


na avaliação deste documento. Nenhum profissional do SESMT, que não seja engenheiro de
segurança ou médico do trabalho podem assinar o PPP.

 A elaboração do PPP para outras empresas ocorrerá em uma segunda etapa, cuja data ainda
não foi fixada. Essa data entretanto, será anunciada com a devida antecedência, para que as
empresas possam se preparar para confeccionar o documento.

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 O Governo entende que a elaboração do PPP não aumentará a burocracia. Pelo contrário,
poderá reduzi-la, uma vez que a empresa deixara de ter que elaborar e entregar ao
trabalhador a Dirben 8030 e o Laudo Técnico de Condições Ambientais do Trabalho
(LTCAT), caso possua PPRA (NR-9). Isso porque essas informações estarão
condensadas no PPP.

 O custo será apenas o de consolidar as informações já existentes no diversos setores da


empresa. Contudo, em longo prazo, isso trará benefícios para as empresas, tendo em
vista a melhoria do ambiente de trabalho e a possibilidade de redução da contribuição
para o Seguro Acidente de trabalho (SAT), a partir das normas de flexibilização dessas
alíquotas para as empresas que demonstrarem melhorias das condições
de saúde e segurança e redução dos acidentes.

 De forma geral, o custo que está sendo alegado para a contratação de profissionais
habilitados (profissionais do SESMT) já existe, diante das normas trabalhistas que
exigem a elaboração da PPRA e PCMSO. Não é o PPP que obrigará a empresa a
contratar esses serviços, uma vez que esses profissionais já deveriam ser contratados
para o comprimento da legislação trabalhista.

 De forma geral, as empresas não precisam contratar consultoria para elaboração do PPP.
A assessoria para implementação dos requisitos técnicos e legais poderá ser realizada por
empregados da própria empresa, por empregados prestadoras de serviços ou por
estruturas coletivas contratadas por segmentos da categoria a que a empresa pertence
(sindicados, federações, confederações ou entidades do Sistema “S”).

 Portanto, se a empresa já cumpre a legislação trabalhista, que determina a elaboração do


PCMSO (NR 7) e o PPRA (NR 9), não deverá encontrar dificuldade de elaboração do
PPP. É importante frisar que a forma de elaboração do documento será uma decisão da
empresa, sem qualquer ligação com o INSS.

 A reformulação do PPP poderá acabar com a indústria do laudo. Isso porque o PPP
valorizará o bom profissional, aquele que muitas vezes não encontra mercado de trabalho
em face da deterioração verificada hoje. Constata-se a venda de laudos sem nenhuma
sintonia com a realidade da empresa ou a realização de exames médicos sem correlação
com os fatores de riscos ambientais ou, até mesmo, realizados sem a presença do
trabalhador.

 O mau profissional do SESMT, deverá ser denunciado ao conselho de classe respectivo e


ao Ministério Público para, quando for o caso, a propositura da correspondente ação
penal.

 Existem diversas empresas de consultoria em engenharia e medicina do trabalho que


realizam tais obrigações, para uma maior didática, passemos a descrever, sucintamente,
todas essas obrigações.

 LTCAT (Laudo Técnico de Condições Ambientais do Trabalho) – Deve ser


expedito por medico do trabalho ou engenheiro de segurança do trabalho. Este
documento retrata as condições do ambiente de trabalho, de acordo com as

76
avaliações dos riscos identificados no PPRA. Seu custo varia pelo numero de
funcionários e tamanho do estabelecimento. Temos como base um custo de R$
2,00 por empregado, com um mínimo de R$ 100,00 / ano, para empresas que
não apresentam nenhum risco aparente. Se houver riscos, esse valor pode subir
e chegar a uma media de R$ 500,00.

 PPRA – Programa de ação continua que visa a preservar a saúde e a integridade


dos trabalhadores, pela antecipação, reconhecimento, avaliação e controle da
ocorrência de riscos ambientais relativos á exposição aos agentes ambientais
nocivos (químicos, físicos e biológicos).

 PCMSO – Deve ser implementado a partir do PPRA, com o objetivo de


promover prevenção, rastreamento e diagnóstico precoce dos danos á saúde
relacionados ao trabalho, além da constatação da exigência de casos de doenças
profissionais ou danos irreversíveis á saúde. Consiste em realizar exames
clínicos ocupacionais de admissão, periódico, troca de função e demissional,
além da emissão dos atestados de saúde ocupacional. Seu valor varia de R$5.00
a R$ 10,00 por empregado mês, condicionado a um mínimo de R$ 120,00/mês.

7. ELABORAÇÃO DO LAUDO TECNICO DAS CONDIÇÕES DO


AMBIENTE DE TRABALHO ( LTCAT )

O INSS vem estabelecendo diversos critérios para elaboração do Laudo Técnico previsto
na lei 9.032/95, através das Ordens de serviços e Instruções Normativas, como forma de
complementar as informações apresentadas nos antigos formulários Dirbem 8030 (antigo
DSS 8030 e SB 40). O Laudo técnico, sempre que possível, deverá ser individual, tendo
como objetivo constatar a existência de agentes nocivos prejudiciais á saúde di
trabalhador, a verificação das condições ambientais de trabalho e a utilização de medidas
de controle individual ou coletiva.

O Decreto 4.079/02 alterou dispositivos do RBPS, aprovado pela Decreto 3.048/99,


destacando a necessidade de comprovação da exposição aos agentes insalubres, conforme
redação dada pelo Art. 64, § 2º transcrito abaixo:

§ 2º O segurado deverá comprovar a efetiva exposição aos agentes nocivos


químicos, físicos, biológicos ou associação de agentes prejudiciais á saúde ou á
integridade física, pelo período equivalente ao exigido para a concessão do
benefício.

A IN 84/01 ratificou as condições para a concessão da Aposentadoria Especial,


mediante a comprovação da exposição aos agentes nocivos por meio de laudo técnico:

Art.139 A partir de 29 de abril de 1995, data da publicação da Lei

77
Nº 9.032, a caracterização de atividade como especial depende de
comprovação do tempo de trabalho permanente, não ocasional nem
intermitente, durante quinze, vinte ou vinte e cinco anos em atividade com
efetiva exposição a agentes nocivos químicos,, físicos, biológicos ou
associação de agentes prejudiciais á saúde ou á integridade física, observada a
carência exigida.

A IN 11/2006 reforça as definições e os objetivos do LTCAT publicados nas


Instruções Normativas anteriores descritos nos artigos abaixo:

Art.179 - Os procedimentos técnicos de levantamento ambiental, ressalvada disposição em contrário,


deverão considerar:

I - a metodologia e os procedimentos de avaliação dos agentes nocivos estabelecidos pelas


Normas de Higiene Ocupacional – NHO da FUNDACENTRO:

II – os limites de tolerância estabelecidos pela NR – 15 do MTE.

§ 1º Para o agente químico benzeno, também deverão ser observados a


a metodologia e os procedimentos de avaliação, disposto nas Instruções Normativas
MTE/SSST nº 1 e 2, de 20 de dezembro de 1995.

§ 2º As metodologias e procedimentos de avaliação não contemplados pelas NHO da


FUNDACENTRO deverão estar definidas por órgão nacional ou internacional
competente e a empresa deverá indicar quais as metodologias e os procedimentos
adotados nas demonstrações ambientais de que trata o Art. 161.

§ 3º Deverão ser consideradas as normas referenciadas nesta subseção, vigentes á


época da avaliação ambiental.

§ 4º As metodologias e os procedimentos de avaliação que foram alterados por esta IN


somente serão exigidos para as avaliações realizadas a partir de 1º de janeiro de
2004, sendo facultado á empresa a sua utilização antes desta data.

Art. 180. A exposição ocupacional a ruído dará ensejo á aposentadoria especial quando os
níveis de pressão sonora estiverem acima de oitenta dB (A), noventa dB(A) ou oitenta e
cinco DB(A), conforme o caso observado o seguinte.

I - Até 5 de março de 1997, será efetuado o enquadramento quando a exposição for superior
a oitenta dB(A), devendo ser anexado o histograma ou memória de cálculos;

II - A partir de 6 de março de 1997 e até 18 de novembro de 2003, será efetuado o


enquadramento quando o exposição for superior a noventa dB(A), devendo ser anexado
o histograma ou memória de cálculos;;

III – A partir de 19 de novembro de 2003, será efetuado o enquadramento quando o NEN se


situar acima de 85 (oitenta e cinco) dB (A) ou for ultrapassada a dose unitária, aplicando:

A) Os limites de tolerância definidos no Quadro Anexo I da NR-!5 do MTE;

78
B) As metodologias e os procedimentos definidos na NHO-01 da FUNDACENTRO,
com as fórmulas ajustadas para incremento de duplicidade da dose igual a cinco;

IV - Será considerada a adoção de Equipamento de Proteção Coletiva – EPC que elimina ou


neutralize a nocividade, desde que asseguradas as condições de funcionamento do EPC
ao longo do tempo, conforme especificação tecnica do fabricante e respectivo plano de
manutenção, estando essas devidamente registradas pela empresa;

V - Será considerado a adoção de Equipamento de Proteção Individual – EPI que atenue a


nocividade aos limites de tolerância, desde que respeitado o disposto na NR-06 do MTE
e assegurados e devidamente registrada pela empresa a observância:
A) da hierarquia estabelece no item 9.3.5.4 da NR-09 MTE (medidas de proteção
coletiva, medidas de caráter administrativo ou de organização do trabalho e utilização
de EPI, nesta ordem, admitindo-se a utilização de EPI somente em situações de
inviabilidade técnica, insuficiência ou interinidade á implementação do EPC ou, ainda,
em caráter complementar ou emergencial);

B) das condições de funcionamento e do uso ininterrupto do EPI ao longo do tempo,


conforme especificação técnica do fabricante, ajustada ás condições de campo:

C) do prazo de validade, conforme Certificado de Aprovação do TEM;

D) da periodicidade da troca definida pelos programas ambientais, comprovada mediante


recibo assinado pelo usuário em época própria;

E) da higienização.

Art 181. A exposição ocupacional a temperatura normais, oriundas de fontes


artificiais, dará ensejo á aposentadoria especial quando:

I – para o agente físico calor, forem ultrapassados os limites de tolerância definidos no


anexo 3 da NR-15 do Ministério do Trabalho e emprego – MTE, sendo avaliado segundo as
metodologias e os procedimentos adotados pelas NHO-06 da FUNDACENTRO para
períodos trabalhados a partir de 18/11/2003.

Parágrafo único:. Considerando o disposto no item 2 do quadro I do anexo 3 da NR-15 do


MTE e no art. 253 da CLT, os períodos de descanso são considerados tempos de serviço
para todos os efeitos legais.

Art. 182 A exposição ocupacional a radiação ionizantes dará ensejo á aposentadoria especial quando
forem ultrapassadas os limites de tolerância estabelecidos no anexo 5 da NR-15 do MTE.

Parágrafo único: Quando se tratar de exposição ao raio X em serviços de radiologia, deverá


ser obedecida a metodologia e os procedimentos de avaliação constantes na NHO- 05 da
FUNDACENTRO para os demais casos, aqueles constantes na resolução CNEN – NE-3.01.

79
Art. 183 A exposição ocupacional a vibrações localizadas ou no corpo inteiro dará ensejo á
aposentadoria especial quando forem ultrapassados os limites de tolerância definidos pela
Organização Internacional pela Normalização ISO, em suas Normas ISO nº 2.631 e
ISSO/DIS nº 50349, respeitando-se as metodologias e os procedimentos de avaliação que
elas autorizam.

Art. 184 A exposição ocupacional a agentes químicos e a poeiras minerais constantes do anexo IV do
RPS aprovado pelo Decreto nº3.048/1999, dará ensejo á aposentadoria especial, devendo
considerar os limites de tolerância definidos nos anexos 11e 12 da NR-15 do MTE, sendo
avaliados segundo as metodologia e procedimentos adotados pelas NHO-02, NHO-03,
NHO-04 e NHO-07 da FUNDACENTRO.

Art. 185 A exposição ocupacional a agentes nocivos de natureza biológicas infecto-contagiosa,


constantes do Anexo IV do RPS, aprovado pelo Decreto Nº 3.048/1999, dará ensejo á
aposentadoria especial exclusivamente nas atividades previstas nesse Anexo.

Parágrafo único. Tratando-se de estabelecimento de saúde, a aposentadoria especial ficará restrita


aos segurados que trabalhem de modo permanente com pacientes portadores de doenças infecto-
contagiosas, segregados em áreas ou ambulatórios específicos , e aos que manuseiam exclusivamente
materiais contaminados provenientes dessas áreas..

Da mesma forma que os laudos técnicos periciais destinados á Justiça do trabalho, o LTCAT
deverá ser elaborado somente por engenheiro de segurança ou médico do trabalho (Art. 58 da lei
8.213/91), pois esta competência está em acordo com o Art. 195 da CLT. Existem diversas situações
em que o LTCAT poderá ser substituído por outros documentos como prevê a IN 11/2006, Art. 161,§
2

§ 2º Poderão será aceitos, em substituição ao LTCAT, ou ainda de forma


complementar a este, os seguintes documentos:

I – Laudos técnico-periciais, emitidos por determinação da Justiça


do trabalho, em ações trabalhistas, acordo ou dissídios
Coletivos.

II – Laudos emitidos pela Fundação Jorge Duprat Figueiredo de


Segurança e Medicina do trabalho (Fundacentro):

III – Laudos emitidos pela MTE, ou ainda, pelas DRT:

IV - Laudos individuais acompanhados de:

A) Autorização escrita da empresa para efetuar o levantamento, quando o


responsável técnico não for seu empregado.

B) Cópia do documento de habilitação profissional do engenheiro de


segurança do trabalho ou médico do trabalho, indicando sua
especialidade:

80
C) Nome e identificação do acompanhante da empresa, quando o
responsável técnico não for seu empregado:

D) Data e local da realização da perícia.

V- Os programas PPRA, PGR, PCMAT e PCMSO, de que trata o.


Art. 161 da IN 11/2006

Os laudos técnico-periciais de datas anteriores ao exercício das atividades que atendam aos
requisitos das normas da época em que foram realizados servirão de base para o enquadramento da
atividade com exposição a agentes nocivos, desde que a empresa confirme, no formulário Dirben-
8030 ou no PPP, que as condições atuais de trabalho (ambiente, agente nocivo e outros)
permaneceram inalterados a partir de sua elaboração.

Os laudos técnicos elaborados com base em levantamento ambiental, emitidos em datas


posteriores ao exercício da atividade do segurado, deverão retratar fielmente as condições ambientais
do local de trabalho,detalhando, além dos agentes nocivo existentes á época, as datas das alterações
ou das mudanças das instalações físicas ou do layout daquele ambiente.
Após a edição da Lei 9.032/95 e os demais dispositivos legais que se sucederem, ficaram
evidentes a postura do INSS em exigir das empresas, que expõem seus empregados as condições
prejudiciais á saúde, uma contribuição maior prevista na Lei 9.732/978, incentivando o caráter
preventivo em todas as atividades econômicas.

Comentários

 O termo LTCAT, anteriormente denominado simplesmente de Laudo Técnico surgiu com


a IN 78/02 que institui o PPP, sendo que a IN 99/03 reforçou a possibilidade de sua
substituição pelo PPRA, PCMSO e PGR,
O que nos parece bastante razoável, pois evitará que a empresa elabore e mantenha
documentos redundantes.

 No caso do auditor fiscal do INSS encontrar irregularidades nas informações de GFIP, este
deverá lavrar Notificação Fiscal de Lançamento de débito
( NFLD ) ou auto de infração, além de comunicar á DRT e ao Serviço de
Perícia Médica do INSS.

 O LTCAT , anteriormente chamado apenas de Laudo Técnico, passou a ser exigido desde
29/04/95, por força da Ação Civil Publica de 26/10/00 e o Perfil Profissiográfico
Previdenciário, a partir do Decreto 3.048/99.

 O LTCAT não possui modelo definido e não precisa ser mais entregue ao INSS junto com
o PPP, porém deve ser mantido atualizado sob guarda do empregador. Os auditores fiscais
do INSS poderão requisitar a qualquer momento este documento para fins de
comprovação das informações fornecidas no PPP.

 No LTCAT, deverão constar informação sobre a existência de tecnologia de proteção


coletiva ou individual que diminua a intensidade do agente agressivo a limites de
tolerância e recomendamos sobre sua adoção pela empresa.

81
 Desde 01/08/99, os documentos para concessão de Aposentadoria Especial serão
analisados em conjunto entre a área de Concessão de Benefícios e pela Pericia Médica do
INSS, que poderá realizar inspeção no local de trabalho do segurado.

 A empresa que não mantiver Laudo Técnico atualizado com referência aos agentes
nocivos, ou emitir documentos em desacordo com o respectivo laudo, estará sujeito
a multa variável de R$ 758,11 a R$ 75.810,50 (valor atualizado em 01/06/01).

 A IN 11/2006 reforçou a dispensa de apresentação do LTCAT para fins de comprovação


da exposição de segurado aos agentes nocivos, entretanto o mesmo deve permanecer
atualizado na empresa , á disposição dos Auditores Fiscais da previdência social. Esta
exigência se aplica ao PCMSO. PPRA e PGR, caso estes documentos seja utilizados pela
empresa em substituição ao LTCAT.

 O LTCAT pode ser terceirizado desde que respeite as exigências legais previstas,
entre elas a autorização escrita da empresa para efetuar o levantamento, quando o
responsável técnico não for empregado da mesma, lembrando que o laudo
particular solicitado pelo próprio segurado não será admitida.

 Antes da lei 9.032/95, sem a obrigação por parte do empregador de entregar os


documentos no ato do desligamento, o trabalhador tinha que procurar a empresa
muitos anos depois para pegar o antigo SB-40, Dises BE 5235, Dirbem 8030. Nesta
ocasião, depara-se com falta de informações, mudança e ou extinção da empresa,
entre outros problemas.

Os Agentes ambientais nocivos do Anexo IV aprovado anteriormente pelo Decreto 2.172/97


(revogado) foram transferidos sem alteração para o Decreto 3.048/99. Este Anexo foi definido em
conjunto entre o MTE e o MPAS

Interação entre PPRA x PCMAT x PRGXPGR e o PPP

São visíveis os esforços do Ministério da Previdência Social em evitar a sobreposição de


princípios técnicos e legais, bem como de documentos, já existentes em funções da legislação
trabalhista. Desta forma, é possível usar os documentos: PCMSO ( NR7), PPRA (NR9); PCMAT (NR
18) e o PGR (NR22), como documentos possíveis de comprovação da exposição aos agentes
ambientais nocivos em substituição ao LTCAT.
Por isso, mais um motivo para que estes documentos devem ser realizados com seriedade e
consistência com as realidades e em total sinergia com o PPP e o LTCAT.

a) O PPRA ( Programa de Prevenção dos Riscos Ambientais), segundo a NR 9, visa á


identificação, avaliação e a antecipação dos riscos ambientais com o objetivo de garantir as
condições de segurança e saúde dos trabalhadores, mediante a adoção de controle que
minimizem a exposição, sendo sua abrangência e profundidade dependentes das características
dos riscos e métodos de trabalho. O PPRA deve ser elaborado para todo estabelecimento,
independentemente da quantidade de trabalhadores.

b) O PCMAT ( Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na indústria da


construção, nos termos da NR 18, obrigatório para estabelecimentos que desenvolvem

82
indústria da construção ( grupo 45 da tabela CNAE), com 20 trabalhadores ou mais,
implementa medidas de controle e sistemas preventivos de segurança nos processos, nas
condições e no meio ambiente de trabalho.

c) O PCMSO ( Programa de Controle Medico de Saúde Ocupacional), nos termos da NR7,


objetiva promover e preservar a saúde dos trabalhadores a ser elaborado e implementado pela
empresa ou pelo estabelecimento, a partir do PPRA e do PCMAT, com caráter de promover
prevenção, rastreamento e diagnóstico precoce dos agravos á saúde relacionado ao trabalho,
inclusive de natureza sub-clínica, além de constatação da existência de casos de doenças
profissionais ou danos irreversíveis á saúde.

d) O PGR ( Programa de Gerenciamento de Riscos), nos termos da NR 22, segue a mesma linha
dos outros programas citados acima, utilizando inclusive os elementos de avaliação e controle
previstos no PPRA e PCMSO e visa a garantir as condições de segurança e saúde dos
trabalhadores de mineração. O PGR elimina a necessidade do PPRA.
 O LTCAT deve possuir detalhes do monitoramento ambiental dos agentes
quantitativos previstos nos Anexos da NR 15: ruído continuo ou intermitente
(Anexo 1), ruído de impacto (Anexo 2), calor (Anexo 3), radiação ionizantes
(Anexo 5), vibrações (Anexo 8), agentes químicos ( Anexo 11), e poeiras ( Anexo
12).
 O LTCAT não deve ser confundido com o PPRA (NR 9), PCMAT (NR 16),
PPEOB ( NR 15 Anexo 13ª) ou PGR ( NR22). No entanto, estes documentos serão
utilizados para amparar tecnicamente as informações contidas no PPP e no
LTCAT.
 O fato de um trabalhador exercer atividades ou operações perigosas nos termos da
NR 16 não significa ter o direito á Aposentadoria Especial. Para isso deverá
comprovar pelo LTCAT a exposição de forma habitual e permanente, não
ocasional nem intermitente aos agentes ambientais nocivos.

Comentários

 Por força da legislação, toda empresa, deve manter atualizados o PPRA (NR 9), o PCMSO
( NR 7), o PCMAT ( NR18) e o PGR ( NR 22). Estes documentos servirão de base para a
elaboração do PPP e LTCAT.

 A inclusão do PGR (NR 22), mesmo com a existência do PPRA, é importante para que
seja possível caracterizar o tipo de atividade do trabalhador de mineração exposto aos
agentes associados de que trata o quadro Anexo do Decreto 2.172/97 incorporado pelo
Decreto 3.048/1999.

 O PPP deverá ser emitido com base no Laudo Técnico de Condições Ambientais,
atualizado, anualmente, na mesma época em que se atualiza o PPRA, PGR ou o PCMAT,
dependendo do caso, e quando de alterações do layout da empresa com alterações de
exposição de agentes nocivos, mesmo que o código GFIP/Sefip não se altere.

83
 O PPP substitui os formulários SB-40, DISES BE5235 e DIRBEN 8030, porém, vale
ressaltar que os mesmo continuam validos, desde que emitidos antes de 31/12/03, o que
deverá ser comprovado pela data de elaboração e emissão dos mesmos.

 O INSS não apresentava restrições quanto á qualificação do profissional responsável pelo


preenchimento dos formulários SB-40, DISES BE 5235 e DIRBEN 8030, o que resultou
na emissão de documentos deficientes de informação sobre a efetiva exposição de
segurado aos agentes insalubres nocivos.

 O PPP apresenta o histórico de exposição do segurado aos agentes insalubres nocivos,


permitindo acompanhar as diversas atividades exercidas as diversas empresas em que o
segurado exerceu suas atividades profissionais.

 As diversas alterações apresentadas pelas Instruções Normativas nos levam a concluir que
o fato do LTCAT ser individual, não quer dizer que o levantamento ambiental deve ser
feito para cada um dos trabalhadores, apenas o documento é individual. Neste caso, a
comprovação da exposição poderá seguir a metodologia baseada no Grupo Homogêneo de
Exposição (GHE), como normalmente é feito para a realização dos levantamentos
ambientais do PPRA.

 Como o LTCAT esta alinhado como os princípios técnicos do PPRA, PCMAT e PGR,
lembramos que os levantamentos ambientais quantitativos, necessários para comprovar a
exposição dos riscos ambientais, são feitos por GHE.

9. FISCALIZAÇÃO CONJUNTA – MPAS e MTE

Existe um esforço do Ministério da Previdência e Assistência Social (MPAS) e do


Ministério do Trabalho (MTE) em atuar de forma conjunta. O auditor Fiscal do Trabalho e o
do INSS poderão autuar a empresa que deixar de manter o LTCAT atualizado com referencia
aos agentes nocivos existentes no ambiente de trabalho ou emitir documentos de comprovação
de efetiva exposição em desacordo com o respectivo LTCAT.
O médico perito do INSS tem a responsabilidade de avaliar a qualidade dos LCAT,
podendo inclusive exigir informações complementares, conforme prevê os artigos da IN
11/2006 listados abaixo.

Art. 193. O Médico Perito da Previdência Social – MPPS emitirá parecer técnico na avaliação dos
benefícios por incapacidade e realizará análise médico-pericial dos benefícios de aposentadoria
especial, proferindo despacho conclusivo no processo administrativo ou judicial que instrua
concessão, revisão ou recurso dos referidos benefícios, inclusive para fins de custeio.

Art. 194. O MPPS poderá, sempre que julgar necessário, solicitar as demonstrações ambientais de que
trata o art.158 desta IN e outros documentos pertinentes á empresa responsável, bem como
inspecionar o ambiente de trabalho.

§1º O MPAS não poderá realizar avaliações médico-pericial nem analisar qualquer das demonstrações
ambientais de que trate o art.158 desta IN, quando essas tiverem a sua participação, nos termos do art.
120 do Código de Ética e do art. 12 da Resolução CFM Nº1. 488, de 11 de fevereiro de 1998.

84
§ 2º O campo “justificativas Técnicas”, do Anexo XI desta IN, deve conter, parecer médico do
serviço/Seção de Gerenciamento de Benefícios por incapacidade GBENIN, da Gerência – Executiva,
de forma clara, objetiva e legível, a fundamentação que justifique a decisão.

§ 3° quando da análise do EPI e níveis de pressão sonora, deve ser observado pelo GBENIN o contido
no Inciso V do art. 180 desta IN, solicitando a empresa á apresentação dos documentos que
comprovem as condições de funcionamento, validade e certificado de aprovação do EPI observando
que:

I- Caso a empresa não comprove todas as condições exigidas, será considerado o período,
ainda que o uso de EPI atenue a nocividade aos limites de tolerância.
Como pode ver, também é passível de infração a empresa que deixar de elaborar e manter atualizado
o Perfil Profissiografico Previdenciário. Em uma Ação Fiscal e da inspeção do Local de Trabalho, o
Auditor Fiscal ou o Medico Perito do INSS, poderá solicitar á empresa, por estabelecimento e, se esta
for contratante de serviços de terceiros também de suas empresas contratadas os documentos abaixo:

a) PPRA, PGR, PCMAT conforme o caso;


b) PCMSO;
c) PPP e o LTCAT;
d) GFIP – guia de Recolhimento do FGTS e Informações á Previdência Social, a partir da
competência janeiro de 1999;
e) GRFP Guia de Recolhimento Rescisório do FGTS e informações á Previdência Social a partir
da competência fevereiro de 1999;
f) CAT- Comunicação de Acidente do Trabalho.

Comentários

 A Previdência Social confere poderes à equipe de perícias médicas do INSS para verificação
dos ambientes de trabalho em condições especiais descritos nos laudos técnicos.

 A falta, ou divergências no laudo técnico do perfil profissiográfico em relação ás condições


ambientais de trabalho implicará em multa pela alíquota máxima prevista na Lei 8.212/91 e
Decreto 3.048/99, cabendo o ônus de prova á empresa.

 O Art.156 reforça a perda de validade dos antigos formulários SB-40 Dises BE 5235 e Dirben
8030 somente a partir de 01/01/04, data da vigência do PPP. Entretanto, vale ressaltar que
estes documentos permanecem válidos, quando emitidos no período de sua vigência, antes de
31/12/2003. Este fato está relacionado ao direito adquirido pelo trabalhador na vigência de
legislação.

 Vale ressaltar que os documentos citados, SB-40, dises BE 5235 e Dirben 8030, podem ter
sido entregues ao trabalhador quando o mesmo se desligou da empresa, ou em um período
anterior a 01/01/04. Para a validação de sua vigência, deve ser observada a data de sua
emissão.

85
Dos Procedimentos Técnicos de Levantamento Ambiental
Art. 170. Os procedimentos técnicos de levantamento ambiental, ressalvada disposição em
contrário, deverão considerar:

I- A metodologia e os procedimentos de avaliação dos agentes nocivos estabelecidos pelas


Normas de Higiene Ocupacional-NHO da FUNDACENTRO;
II- Os limites de tolerância estabelecidos pela NR-15 do MTE.

§ 1º Para o agente químico benzeno, também deverão ser observados a


metodologia e os procedimentos de avaliação, dispostos nas instruções normativas
MTE/SSST nº 1 e 2, de 20 de dezembro de 1995.

§ 2º As metodologias e procedimentos de avaliações não contemplados pelas NHO da


FUNDACENTRO deverão estar definidos por órgão nacional ou internacional competente e a
empresa deverá indicar quais as metodologias e os procedimentos adotados nas demonstrações
ambientais de que trata o artigo 152.

§ 3º Para os agentes quantitativos que não possuam limites de tolerância estabelecidos pela NR-15
do MTE, deverão ser utilizados os limites de tolerância da última edição da ACGIH ou aqueles
que venham a ser estabelecidos em negociação coletiva de trabalho, desde que mais rigorosos do
que os critérios técnico-legais estabelecidos, nos termos da alínea “C”, item 9.3.5.1 da NR-09 do
MTE.

§ 4º Deverão ser consideradas as normas referenciadas nesta subseção, vigentes á época da


avaliação ambiental.

§ 5º As metodologias e os procedimentos de avaliação que foram alteradas por esta Instrução


Normativa somente serão exigidos para as avaliações realizadas a partir de 1º de janeiro de 2004,
sendo facultado á empresa a sua utilização antes desta data.

Art. 171. A exposição ocupacional a ruído dará ensejo á aposentadoria especial quando os níveis de
pressão sonora estiverem acima de oitenta dB (A), noventa dB (A) ou oitenta e cinco dB (A),
conforme o caso, observando o seguinte:

I- ate 5 de março de 1997, será efetuado o enquadramento quando a exposição for superior a
oitenta dB(A), devendo ser anexado o histograma ou memória de cálculos;

II- a partir de 6 de março de 1997 e ate 18 de novembro de 2003, será efetuado o


enquadramento quando a exposição for superior a noventa dB(A), devendo ser anexado o
histograma ou memória de cálculos;

III- a partir de 19 de novembro de 2003, será efetuado o enquadramento quando o NEN se


situar acima de oitenta e cinco dB(A) ou for ultrapassada a dose unitária, aplicando-se a

86
NHO-01 da FUNDACENTRO, que define as metodologias e os procedimentos de
avaliação;

IV- será considerada a adoção de Equipamentos de Proteção Coletiva (EPC) que elimine ou
neutralize a nocividade, desde que asseguradas as condições de funcionamento do EPC ao
longo do tempo, conforme especificações técnica do fabricante e respectivo plano de
manutenção, estando essas devidamente registrada pela empresa;

V- será considerada a adoção de Equipamento de Proteção Individual (EPI) que atenue a


nocividade aos limites de tolerância, desde que respeitado o disposto na NR-06 do MTE e
assegurada e devidamente registrada pela empresa a abservância:

a) Da hierarquia estabelecia no item 9,3,5,4 da NR-09 do MTE (medidas de proteção coletiva,


medidas de caráter administrativo ou de organização de trabalho e utilização de EPI, nesta
ordem, admitindo-se a utilização de EPI somente em situações do inviabilidade técnica,
insuficiência ou interinidade á implementação do EPC ou, ainda, em caráter complementar ou
emergencial);
b) Das condições de funcionamento e do uso ininterrupto do EPI ao longo do tempo, conforme
especificação técnica do fabricante, ajustada ás condições de campo;
c) Do prazo de validade, conforme Certificado de Aprovação do MTE;
d) Da periodicidade de troca definida pelos programas ambientais, comprovada mediante recibo
assinado pelo usuário em época própria;
e) Da higienização.

Art. 172. A exposição ocupacional a temperatura anormais, oriundas de fontes artificiais, dera
ensejo á aposentadoria especial quando:

I- para o agente físico calor, forem ultrapassados os limites de tolerância definidos no Anexo 3 da
NR-15 do TEM ou NHO-06 da FUNDACENTRO;

II – para o agente físico frio, se for constatada a nocividade nos termos do anexo 9 da NR-15,
observando o disposto no artigo 253 da CLT.

Parágrafo Único. Considerando o disposto no item 2 do quadro I do anexo 3 da NR-15 do MTE e no


artigo 253 da CLT, os períodos de descanso são consideração tempo de serviço para todos os efeitos
legais.

Art.173. A exposição ocupacional a radiações ionizantes dará ensejo á aposentadoria especial quando
forem ultrapassados os limites de tolerância estabelecidos no anexo 5 da NR-15 do MTE.

Parágrafo Único. Quando se tratar de exposição ao raio X em serviços de radiologia, deverá ser
obedecida a metodologia e os procedimentos de avaliação constantes na NHO-05 da
FUNDACENTRO; para os demais casos, aqueles constantes na resolução CNEN-NE-3.01.

Art. 174. A exposição ocupacional a vibrações localizadas os de corpo inteiro dera ensejo á
aposentadoria especial quando forem ultrapassados os limites de tolerância definidos pela

87
Organização Internacional para Normalização - ISO, em suas Normas ISO nº 2.631 e ISO/DIS nº 5.
349, respeitando-se as metodologias e os procedimentos e avaliação que elas autorizam.

Art. 175. A exposição ocupacional a agentes químicos e a poeiras minerais constantes do anexo IV
do RPS dará ensejo a aposentadoria especial, devendo considerar os limites de tolerância definidos
nos anexos 11 e 12 da NR-15 do MTE, sendo avaliado segundo as metodologlas e procedimentos
adotados pelas NHO-02, NHO-03, NHO-05 e NHO-07 da FUNDACENTRO.

Art. 176. A exposição ocupacional a agentes nocivos de natureza biológica infecto-contagiosa,


constantes do anexo IV do RPS dará ensejo á aposentadoria especial exclusivamente nas atividades
previstas neste anexo.

Parágrafo Único. Tratando-se de estabelecimentos de saúde, a aposentadoria especial ficara restrita


aos segurados que trabalhem de modo permanente com pacientes portadores de doenças infecto-
contagiosas, segregados em áreas ou ambulatórios específicos, e aos que manuseiam exclusivamente
materiais contaminados provenientes dessas áreas.

Comentários

 Fica claro com a IN 99/03 o alinhamento da Aposentadoria Especial com os requisitos


técnicos e legais da caracterização de atividade e/ou operação insalubre, de acordo com o Art.
189 da CLT e NR 15 da Portaria MTE 3.214/78, incluindo a Fundacentro.

 A grande novidade da IN 99/03 foi deixar evidente a validade das metodologias de avaliação
quantitativa desenvolvidas pela Fundacentro, denominadas de NHO (Normas de Higiene
Ocupacional). Vale destacar que a NHO 01 (Metodologia de Avaliação de Ruído), apresenta
critérios divergentes na tabela de limite de tolerância em relação à NR- 15. Recomendarmos a
leitura do livro Perícia e Avaliação de Ruído e Calor (co-autor Giovanni Moraes-
WWW.nrcomentada.com.br).

 Para acabar de vez com a polêmica sobre a validade legal das normas de Higiene Ocupacional
(NHO), ocorreu a publicação do Decreto Federal 4.882, de 18/11/03, assinado pelo presidente
da Republica, que altera dispositivos do Regulamento da

Previdência Social, em seu parágrafo 11, transformando em referência oficial as normas de higiene
ocupacional elaboradas pela Fundacentro, conforme texto abaixo:

§ 11. As avaliações ambientais deverão considerar a classificação dos agentes nocivos e os limites de
tolerância estabelecidos pela legislação trabalhista, bem como a metodologia e os procedimentos de
avaliação estabelecidos pela fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho
– FUNDACENTRO.

 A IN 99/03 deixa claro que somente será concedida a Aposentadoria Especial, quando ficar
comprovado por laudo ambiental, que a exposição do segurado aos agentes insalubres era
nociva, isto é, sem a utilização de EPI e/ou EPC, ou nos casos em que estes controles não

88
foram comprovadamente eficazes para atenuar ou minimizar a exposição abaixo dos limites de
tolerância previstos na legislação.

 Ficar notória a necessidade de comprovação da eficácia dos EPI e/ou EPC no PPRA, PGR e
PCMSO e/ou LTCAT. Isto porque existem situações em que os EPI e/ou EPC podem não ser
eficazes para atenuar e/ou eliminar a intensidade ou concentração dos agentes físicos e
químicos do local de trabalho.

 O MPAS publicou, em janeiro de 2000, nota técnica autorizando a Aposentadoria Especial


(aos 15, 20 ou 25 anos) de todos os trabalhadores que exerciam atividade insalubre até
13/12/98, mesmo que a empresa tenha fornecido EPI.

 O benefício vinha sendo negado com base na lei 9.732/98, cuja redação apresentava a seguinte
questão: “Quando a empresa fornecer EPI ou amenizar os efeitos do agente agressivo a saúde,
adequando aos limites de tolerância, o segurado não tem direito á aposentadoria especial”.
Conforme parecer da consultoria jurídica da previdência, essa exigência só tem validade a
partir da data de publicação da lei 9.732/98. Quem possui o tempo necessário para o beneficio
antes desta data, tem direito adquirido e não pode ser atingido por esta medida.

 Outro aspecto preventivo importante, e de difícil comprovação por partes das empresas,
envolve a comprovação do uso efetivo do EPI durante toda a jornada de trabalho. O
empregador deve manter procedimento, programas de inspeção e auditoria interna para
evidenciar o atendimento desde requisito.

 Os aspectos relacionados a guarda, conservação, reposição e higienização do EPI fortalece a


implementação da NR 6 dos programas específicos como o Programas de Conservação
Auditiva (PCA) é o Programa de Proteção Respiratória (PPR).

 É fundamental que o empregador organize evidências mais consistentes, para fins de


comprovação do atendimento desses requisitos, através de documentos e listas de
treinamentos.

 A comprovação da eficácia se aplica, por exemplo, no caso da comprovação da atenuação


efetiva de ruído por protetores auriculares. Neste caso, será necessário calcular a eficiência do
protetor em campo.

 No caso da proteção respiratória, o empregador devera apresentar evidencias da


implementação do programa da proteção respiratória (PPR), segundo a IN 01/94, bem como
fator de proteção dos respiradores.

89
7. DECRETO 3.048 DE 06-05-1999

SUMÁRIO: APROVA O REGULAMENTO DA PREVIDÊNCIA SOCIAL, E DÁ OUTRAS


PROVIDÊNCIAS. DISPÕE SOBRE APOSENTADORIA ESPECIAL, E PERFIL
PROFISSIOGRÁFICO PREVIDENCIÁRIO - PPP. DISCIPLINA A APLICAÇÃO,
ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO FATOR ACIDENTÁRIO DE PREVENÇÃO -
FAP E DO NEXO TÉCNICO EPIDEMIOLÓGICO, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.
DISPÕE SOBRE A GUIA DE RECOLHIMENTO DO FUNDO DE GARANTIA DO TEMPO
DE SERVIÇO E INFORMAÇÕES Á PREVIDÊNCIA SOCIAL - GFIP.

QUESITOS A SEREM RESPONDIDOS:

1. A EMPRESA XX COLABORA, NA FORMA DA LEI, PARA A SEGURIDADE SOCIAL?

2. A EMPRESA XX ADOTA MEDIDAS COLETIVAS E INDIVIDUAIS DE PROTEÇÃO E


SEGURANÇA DA SAÚDE DOS TRABALHADORES, PRESTANDO INFORMAÇÕES
PORMENORIZADAS AOS MESMOS SOBRE OS RISCOS DA OPERAÇÃO A
EXECUTAR E DO PRODUTO A MANIPULAR (ART. 338, CAPUT E § 1º)?

3. A EMPRESA XX AFIXA CÓPIA DA GPS, RELATIVAMENTE AO DESCRITO NOS


INCISOS IV E V DO ART.225, DURANTE O PERÍODO DE UM MÊS, NO QUADRO DE
HORÁRIO DE QUE TRATA O ART. 74 DA CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS DO
TRABALHO (ART. 225, VI)?

4. A EMPRESA XX COMUNICA Á PREVIDÊNCIA SOCIAL O ACIDENTE DO


TRABALHO, DE QUE TRATAM OS ARTS. 19, 20, 21 E 23 DA LEI Nº 8.213, DE 1991,
OCORRIDO COM O SEGURADO EMPREGADO, EXCETO O DOMÉSTICO, E O
TRABALHADOR AVULSO, ATÉ O PRIMEIRO DIA ÚTIL SEGUINTE AO DA
OCORRÊNCIA E, EM CASO DE MORTE, DE IMEDIATO, Á AUTORIDADE
COMPETENTE (ART.336)?

5. A EMPRESA XX EFETUA A CONTRIBUIÇÃO DESTINADA AO FINANCIAMENTO


DA APOSENTADORIA ESPECIAL, NOS TERMOS DOS ARTS. 64 A 70, E DOS
BENEFÍCIOS CONCEDIDOS EM RAZÃO DO GRAU DE INCIDÊNCIA DE
INCAPACIDADE LABORATIVA DECORRENTE DOS RISCOS AMBIENTAIS DO
TRABALHO, DE ACORDO COM OS PERCENTUAIS DESCRITOS NO ART. 202?
NOTA: ESTES PERCENTUAIS SÃO INCIDENTES SOBRE O TOTAL DA
REMUNERAÇÃO PAGA, DEVIDA OU CREDITADA A QUALQUER TÍTULO, NO
DECORRER DO MÊS, AO SEGURADO EMPREGADO E TRABALHADOR AVULSO.

90
6. A EMPRESA XX ESTÁ CIENTE DE QUE AS ALÍQUOTAS CONSTANTES NOS
INCISOS I A III DO ART. 202 SERÃO REDUZIDAS EM ATÉ CINQÜENTA POR
CENTO OU AUMENTADAS EM ATÉ CEM POR CENTO, EM RAZÃO DO
DESEMPENHO DA EMPRESA EM RELAÇÃO Á SUA RESPECTIVA ATIVIDADE,
AFERIDO PELO FATOR ACIDENTÁRIO DE PREVENÇÃO - FAP (ART. 202-A)?
NOTA: A INCIDÊNCIA DA FAP É DISCRIMINADA NO ART. 202-A, §§ 1º A 4º,
SENDO PERTINENTE NO CÁLCULO OS ÍNDICES DE FREQÜÊNCIA, GRAVIDADE E
CUSTO CONFORME ESTES CRITÉRIOS.

7. A EMPRESA XX ESTÁ CIENTE DE QUE O ACIDENTE DO TRABALHO SERÁ


CARACTERIZADO TECNICAMENTE PELA PERÍCIA MÉDICA DO INSS, MEDIANTE
A IDENTIFICAÇÃO DO NEXO ENTRE O TRABALHO E O AGRAVO (ART. 337)?
NOTA: ESTE NEXO OCORRE QUANDO SE VERIFICAR NEXO TÉCNICO
EPIDEMIOLÓGICO ENTRE A ATIVIDADE DA EMPRESA E A ENTIDADE MÓRBIDA
MOTIVADORA DA INCAPACIDADE, ELENCADA NA CLASSIFICAÇÃO
INTERNACIONAL DE DOENÇAS (CID) EM CONFORMIDADE COM O DISPOSTO NA
LISTA B DO ANEXO II DESTE REGULAMENTO (ART. 337, §3º).

8. A EMPRESA XX ESTÁ CIENTE DE QUE PODERÁ REQUERER A NÃO APLICAÇÃO


DO NEXO TÉCNICO EPIDEMIOLÓGICO AO CASO CONCRETO MEDIANTE A
DEMONSTRAÇÃO DE INEXISTÊNCIA DE CORRESPONDENTE NEXO CAUSAL
ENTRE O TRABALHO E O AGRAVO (ART . 337, § 7º)? NOTA: ESTE
REQUERIMENTO PODERÁ SER APRESENTADO NO PRAZO DE 15 DIAS DA DATA
PARA A ENTREGA, NA FORMA DO ART. 225, IV, DA GFIP QUE REGISTRE A
MOVIMENTAÇÃO DO TRABALHADOR, SOB PENA DE NÃO CONHECIMENTO DA
ALEGAÇÃO EM INSTÂNCIA ADMINISTRATIVA. VER ART . 337, §§ 9º E 10.

9. A EMPRESA XX ESTÁ CIENTE DE QUE, NOS CASOS DE NEGLIGÊNCIA QUANTO


ÁS NORMAS DE SEGURANÇA E SAÚDE DO TRABALHO INDICADAS PARA A
PROTEÇÃO INDIVIDUAL E COLETIVA, A PREVIDÊNCIA SOCIAL PODERÁ
PROPOR AÇÃO REGRESSIVA CONTRA A EMPRESA XX E DEMAIS
RESPONSÁVEIS (ART.341)? NOTA: O PAGAMENTO PELA PREVIDÊNCIA SOCIAL
DAS PRESTAÇÕES DECORRENTES DO ACIDENTE A QUE SE REFERE O ART. 336
NÃO EXCLUI A RESPONSABILIDADE CIVIL DA EMPRESA OU DE TERCEIROS
(ART.342).

91
10. A EMPRESA XX ESTÁ CIENTE DE QUE, CARACTERIZADA A IMPOSSIBILIDADE
DE ATENDIMENTO AO DISPOSTO NO § 8º, MOTIVADA PELO NÃO
CONHECIMENTO TEMPESTIVO DO DIAGNÓSTICO DO AGRAVO, O
REQUERIMENTO DE QUE TRATA O § 7º PODERÁ SER APRESENTADO NO
PRAZO DE 15 DIAS DA DATA EM QUE A EMPRESA TOMAR CIÊNCIA DA DECISÃO
DA PERÍCIA MÉDICA DO INSS REFERIDA NO § 5º DO ART. 337 (ART . 337, § 9º)?

11. A EMPRESA XX ESTÁ CIENTE DE QUE, RECONHECIDOS PELA PERÍCIA MÉDICA


DO INSS A INCAPACIDADE PARA O TRABALHO E O NEXO ENTRE O TRABALHO
E O AGRAVO, NA FORMA DO § 3º DO ART. 337, SERÃO DEVIDAS AS
PRESTAÇÕES ACIDENTÁRIAS A QUE O BENEFICIÁRIO TENHA DIREITO (ART.
337, §5º)? NOTA: A PERÍCIA MÉDICA DO INSS DEIXARÁ DE APLICAR O
DISPOSTO NO § 3º DO ART. 337 QUANDO DEMONSTRADA A INEXISTÊNCIA DE
NEXO CAUSAL ENTRE O TRABALHO E O AGRAVO, SEM PREJUÍZO DO
DISPOSTO NOS §§ 7º E 12 DO MESMO ARTIGO.

12. A EMPRESA XX INFORMA MENSALMENTE AO INSS, POR INTERMÉDIO DA GFIP,


DADOS CADASTRAIS, TODOS OS FATOS GERADORES DE CONTRIBUIÇÃO
PREVIDENCIÁRIA E OUTRAS INFORMAÇÕES DE INTERESSE DO INSS, E
ENCAMINHA AO SINDICATO REPRESENTATIVO DA CATEGORIA PROFISSIONAL
MAIS NUMEROSA ENTRE SEUS EMPREGADOS, ATÉ O DIA 10 DE CADA MÊS,
CÓPIA DA GUIA DA PREVIDÊNCIA SOCIAL RELATIVAMENTE Á COMPETÊNCIA
ANTERIOR (ART.225, IV E V)?

13. CASO EXERÇA ATIVIDADES QUE GEREM EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL A


AGENTES NOCIVOS, CONSIDERADOS PARA FINS DE CONCESSÃO DE
APOSENTADORIA ESPECIAL, A EMPRESA XX ELABORA E MANTÉM
ATUALIZADO PERFIL PROFISSIOGRÁFICO PREVIDENCIÁRIO, ABRANGENDO AS
ATIVIDADES DESENVOLVIDAS PELO TRABALHADOR E FORNECE A ESTE,
QUANDO DA RESCISÃO DO CONTRATO DE TRABALHO OU DO DESLIGAMENTO
DO COOPERADO, CÓPIA AUTÊNTICA DESTE DOCUMENTO, SOB PENA DA
MULTA PREVISTA NO ART. 283 (ART. 68, § 6º)?

14. REFERENTE AO PEDIDO DE DESCARACTERIZAÇÃO DO NEXO TÉCNICO


EPIDEMIOLÓGICO, A EMPRESA XX ESTÁ CIENTE DE QUE A DOCUMENTAÇÃO
PROBATÓRIA PODERÁ TRAZER, ENTRE OUTROS MEIOS DE PROVA,
EVIDÊNCIAS TÉCNICAS CIRCUNSTANCIADAS E TEMPESTIVAS Á EXPOSIÇÃO
DO SEGURADO, PODENDO SER PRODUZIDAS NO ÂMBITO DE PROGRAMAS DE
GESTÃO DE RISCO, A CARGO DA EMPRESA, QUE POSSUAM RESPONSÁVEL
TÉCNICO LEGALMENTE HABILITADO (ART. 337, § 11)?

92
15. A EMPRESA XX ESTÁ CIENTE DE QUE O MPS PUBLICARÁ ANUALMENTE, NO
DOU, SEMPRE NO MESMO MÊS, OS ÍNDICES DE FREQÜÊNCIA, GRAVIDADE E
CUSTO, POR ATIVIDADE ECONÔMICA, E DISPONIBILIZARÁ, NA INTERNET, O
FAP POR EMPRESA, COM AS INFORMAÇÕES QUE POSSIBILITEM A ESTA
VERIFICAR A CORREÇÃO DOS DADOS UTILIZADOS NA APURAÇÃO DO SEU
DESEMPENHO (ART. 202-A, § 5º)? NOTA: O FAP PRODUZIRÁ EFEITOS
TRIBUTÁRIOS A PARTIR DO PRIMEIRO DIA DO QUARTO MÊS SUBSEQÜENTE AO
DE SUA DIVULGAÇÃO (ART. 202-A, § 6º).

16. A EMPRESA XX INFORMA MENSALMENTE, POR MEIO DA GUIA DE


RECOLHIMENTO DO FUNDO DE GARANTIA DO TEMPO DE SERVIÇO E
INFORMAÇÕES Á PREVIDÊNCIA SOCIAL - GFIP, A ALÍQUOTA
CORRESPONDENTE AO SEU GRAU DE RISCO, A RESPECTIVA ATIVIDADE
PREPONDERANTE E A ATIVIDADE DO ESTABELECIMENTO, APURADAS DE
ACORDO COM O DISPOSTO NOS §§ 3º E 5º (ART. 202, § 13)?

17. A EMPRESA XX ESTÁ CIENTE DE QUE O MINISTÉRIO DA PREVIDÊNCIA E


ASSISTÊNCIA SOCIAL PODERÁ ALTERAR O ENQUADRAMENTO DE EMPRESA
QUE DEMONSTRE A MELHORIA DAS CONDIÇÕES DO TRABALHO, COM
REDUÇÃO DOS AGRAVOS Á SAÚDE DO TRABALHADOR, OBTIDA ATRAVÉS DE
INVESTIMENTOS EM PREVENÇÃO E EM SISTEMAS GERENCIAIS DE RISCO, A
FIM DE ESTIMULAR INVESTIMENTOS DESTINADOS A DIMINUIR OS RISCOS
AMBIENTAIS NO TRABALHO (ART.203)? NOTA: TAL BENEFÍCIO ESTARÁ
CONDICIONADO Á INEXISTÊNCIA DE DÉBITOS JUNTO AO INSS E MPAS.

18. A EMPRESA XX GARANTE AO EMPREGADO QUE SOFREU ACIDENTE DO


TRABALHO A QUE SE REFERE O ART. 336, PELO PRAZO MÍNIMO DE 12 MESES,
A MANUTENÇÃO DO SEU CONTRATO DE TRABALHO, APÓS A CESSAÇÃO DO
AUXÍLIO-DOENÇA ACIDENTÁRIO, INDEPENDENTEMENTE DE PERCEPÇÃO DE
AUXÍLIO-ACIDENTE (ART.346)?

19. A EMPRESA XX PROVIDENCIA QUE O ACIDENTADO OU SEUS DEPENDENTES


RECEBAM CÓPIA FIEL DA COMUNICAÇÃO DO ACIDENTE DO TRABALHO Á
PREVIDÊNCIA SOCIAL, BEM COMO ENCAMINHA CÓPIA AO SINDICATO A QUE
CORRESPONDA A SUA CATEGORIA (ART.336, § 1º)?

93
20. REFERENTE AO PEDIDO DE DESCARACTERIZAÇÃO DO NEXO TÉCNICO
EPIDEMIOLÓGICO, A EMPRESA XX ESTÁ CIENTE DE QUE, JUNTAMENTE COM O
REQUERIMENTO DE QUE TRATAM OS §§ 8º E 9º, DEVERÁ FORMULAR AS
ALEGAÇÕES QUE ENTENDER NECESSÁRIAS E APRESENTAR AS PROVAS QUE
POSSUIR DEMONSTRANDO A INEXISTÊNCIA DE NEXO CAUSAL ENTRE O
TRABALHO E O AGRAVO (ART. 337, § 10)?

21. A EMPRESA XX PAGA AO SEGURADO EMPREGADO O SEU SALÁRIO DURANTE


OS PRIMEIROS QUINZE DIAS CONSECUTIVOS DE AFASTAMENTO DA ATIVIDADE
POR MOTIVO DE DOENÇA, PROVENDO AINDA O EXAME MÉDICO E O ABONO
DAS FALTAS CORRESPONDENTES AOS PRIMEIROS QUINZE DIAS DE
AFASTAMENTO (ART. 75)?

94
8. CONTROLE DE DOCUMENTOS LEGAIS, ROTINAS
DE INSPEÇÃO E TREINAMENTOS FOCADOS NAS
NORMAS REGULAMENTADORAS (NRs)

LISTA DE DOCUMENTOS
LEGAIS
A listagem a seguir explicita os principais documentos previstos nas Normas
Regulamentadoras (NRs) do Ministério do Trabalho e Emprego:

Item Documento Requisito Controle dos Revisão e Atualização


Legal Registros
1 Acordo ou Convenção CLT Anual Anual de acordo com a legislação
Coletiva trabalhista
2 CAI NR-02 Durante a vida da Sempre que ocorrer ampliação ou
instalação mudança significativa no processo.
3 Quadros Estatísticos NR-04 Critério da Empresa Atualização mensal
(III, IV, V e VI)
4 Registro do SESMT na NR-04 Enquanto existir Sempre que houver mudança no seu
DRT SESMT dimensionamento
5 Registro da CIPA na NR-05 Vigência da CIPA Registrar em cada gestão
DRT
6 Mapa de Riscos NR-05 / NR-22 / Vigência da CIPA Reavaliação em cada gestão da CIPA
Ambientais NR-29
7 SIPAT NR-05 Vigência da CIPA Anual
8 CAT INSS (IN 118/05) Critério da empresa Sempre que ocorrem
e NR-05
9 PCA NR-06, NR-07, 30 anos Sempre que ocorrerem
INSS OS 608/99
10 PPR (Contratante) IN 01/94 e Critério da empresa Sempre que as condições do ambiente,
NR-06 processo ou métodos de trabalho forem
modificados
11 PCMSO (Contratante) NR-07 20 anos após a Anual ou quando o PPRA for
realização do exame modificado
12 PPRA (Contratante) NR-09 20 anos Anual ou quando as condições do
ambiente, processo ou métodos de
trabalho forem modificados
13 Permissão para Trabalho NR-11 e NR-10 Critério da empresa Não aplicável
(PTr)
14 Laudo de Aterramento de NR-10, NR-22 e Anual Verificação anual por profissional
Máquinas NR-29 qualificado (por medição)
15 Inspeção e Laudo de NR-10 Anual Verificação anual por profissional
Para-Raios qualificado (por medição)
16 Cartão de Identificação NR-11, NR-22 e Anual Revalidação anual após realização dos
de Operadores de NR-29 exames médicos
Equipamentos de
Transporte de Carga
17 Registro de Inspeção de NR-11, NR-22 e Anual ou Sempre que forem identificados
Equipamentos de NR-29 recomendações do desgastes prematuros
Movimentação de Carga fabricante

95
18 Laudo Ambiental de ACGIH Critério da empresa Sempre que as condições do ambiente,
Poeiras Incômodas (PPRA) processo ou métodos de trabalho forem
modificados
19 Laudo Qualitativo – NR-15 – Anexos Critério da empresa Sempre que as condições do ambiente,
Inspeção do Local de 6, 7, 9 e 10 processo ou métodos de trabalho forem
Trabalho modificados
20 Laudo de Periculosidade NR-16 e Art. 195 Critério da empresa Sempre que as condições do ambiente,
da CLT processo ou métodos de trabalho forem
modificados (líquidos inflamáveis)
21 PPRE NR-17 Critério da empresa Sempre que ocorrem alterações no
processo ou métodos de trabalho
22 PCMAT NR-18 Não aplicável Sempre que tiver obra com mais de 20
empregados
23 PGR NR-01 e NR-22 Durante a vida da Em todas as instalações industriais
instalação
24 Registro da CIPAMIN NR-22 Vigência da CIPAMIN Sempre após a implementação da
(item 31.7) CIPAMIN
25 SIPATMIN NR-22 Vigência da CIPAMIN Anual
(item 22.36.7)
26 PAE NR-23 Durante a vida da Em todas as instalações industriais
instalação
27 CPATP NR-29 Bianual Em todas as atividades portuárias
(Item 29.2.2)
28 SESSTP NR-29 Vigência a CIPATP Anual
(Item 29.2.2.15)
29 Quadros Estatísticos NR-29 Anual Anual
(item 29.2..1.5)

30 GSSTB NR-30 Durante a operação da Em todas as embarcações com


(Item 30.4.1) embarcação arqueação bruta abaixo de 500 AB

31 Certificado de Classe das NR-30 Durante a vida da Em todas as embarcações SOLAS


Embarcações SOLAS (Item 30.2.3.2) instalação
32 Registro do SESTR na NR-31 Enquanto existir Sempre que houver mudança no seu
DRT (Item 31.6) SESTR dimensionamento
33 Registro da CIPATR NR-31 Vigência da CIPATR Sempre após a implementação da CIPA
(Item 31.7) (2 anos)
34 Permissão para Trabalho NR-31 Critério da empresa Atividades não rotineiras incluindo um
(PTr) – Medidas de (Item 31.19.2) dos sete fatores de fatalidade: altura,
Proteção eletricidade, atividades de batida e
colheita em terrenos acidentados
35 Termo de NR-31 20 anos No ato da entrega e reposição de EPI –
Responsabilidade de EPI (Item 31.20) Ficha de Controle para cada empregado.
Evidenciar a responsabilidade do
contratante.
36 Termo de NR-31 20 anos No ato da entrega e reposição de EPI –
Responsabilidade de EPI (Item 31.20) Ficha de Controle para cada empregado.
(Terceiros) Evidenciar a responsabilidade do
contratante.
37 Programa de Vigilância NR-32 Critério da empresa Sempre que ocorrerem mudanças na
Sanitária exposição aos agentes biológicos

38 Programa de vacinação NR-32 Critério da empresa Sempre que existir exposição aos
agentes biológicos
39 Registro e inspeção da NR-32 Critério da Vigilância
Vigilância Sanitária para Vigilância Sanitária Enquanto existir ambulatório
ambulatórios Sanitária

96
40 PPP e LTCAT INSS No desligamento do Entregar ao empregado no seu
IN 11/06 empregado desligamento. Sempre que as condições
do ambiente, processo ou métodos de
trabalho forem modificados
41 Certificado de Registro IEF No ato da compra Sempre que adquirir nova motossera
de Motosserra Lei 9.605/98
42 Plano de Ação IEF Durante vigência das Em todas as atividades florestais
Emergencial contra operações
Incêndios
43 Curso MOPP dos Decreto 96.044 e Durante período de Validade por cinco anos
motoristas de produtos Resolução ANTT validade
perigosos 420/04

ROTINAS DE INSPEÇÕES DE
SEGURANÇA – Requisitos
Técnicos e Legais (NRs)
Podem existir outras inspeções para atendimento aos requisitos legais das NRs, caberá ao uma
leitura mais aprofundada para identificar as necessidades.

Item Documento Requisito Controle dos Justificativa


Legal Registros
1 Uso de EPI NR-06 Critério da empresa Evidenciar a co-responsabilidade do
contratante com relação ás
obrigações das EPS.
Garantir a implementação da
padronização
2 Equipamentos de NR-07 Critério da empresa Garantir a operacionalidade dos
Primeiros Socorros (item 7.5.1) equipamentos
3 Para-raios NR-10 Anual Verificação anual por profissional
(item 10.2.4 qualificado com medição da
alínea b) resistência ôhmica
4 Equipamentos de NR-11 Anual ou Identificar desgastes prematuros.
Movimentação de Carga (item 11.1.3) recomendações do Periodicamente no programa de
(Fixo) fabricante manutenção preventiva.
5 Equipamentos de NR-11 Anual ou Identificar desgastes prematuros.
Movimentação de Carga recomendações do Periodicamente no programa de
(Máquinas) fabricante manutenção preventiva.

6 Acessórios para NR-11 Critério da empresa Garantir a utilização do equipamento


movimentação de cargas (item 6 do em condições seguras antes do início
Anexo I) dos trabalhos diários dando suporte
ao programa de manutenção
preventiva.
7 Inspeção de transporte NR-11 Critério da empresa Garantir o transporte seguro de
ferroviário materiais

8 Veículos para transporte NR-11 Critério da empresa Garantir a utilização de veículos em


de materiais e pessoas (item 11.1.3) condições seguras dando suporte ao
programa de manutenção preventiva

97
9 Verificação diária de NR-12 Critério da empresa Garantir a utilização do equipamento
motosserra (item 12.6.3) em condições seguras antes do início
e NR-31 dos trabalhos diários, dando suporte
ao programa de manutenção
preventiva
10 Periódica de motosserra NR-12 Critério da empresa Garantir a utilização do equipamento
(item 12.6.3) em condições seguras, dando suporte
e NR-31 ao programa de manutenção
preventiva

11 Alarmes e dispositivos de NR-12 Critério da empresa Garantir a operacionalidade dos


segurança dispositivos de segurança de
máquinas e equipamentos

12 Caldeiras NR-13 Conforme item 13.5 Garantir a utilização de equipamento


em condições seguras, dando suporte
ao programa de manutenção
preventiva

13 Vasos de Pressão NR-13 Conforme item Garantir a utilização de equipamento


13.10 em condições seguras, dando suporte
ao programa de manutenção
preventiva
14 Fornos NR-14 Critério da empresa Garantir a utilização de veículos em
condições seguras dando suporte ao
programa de manutenção preventiva
15 Equipamento Oxi- NR-18 Critério da empresa Identificar vazamentos e presença de
combustível válvulas unidirecionais e dispositivos
contra-retrocesso de chama
16 Inspeção em andaimes NR-18 Critério da empresa Garantir a operacionalidade dos
equipamentos
17 Equipamentos de NR-22 Critério da empresa Garantir a utilização de equipamento
transporte contínuo em condições seguras, dando suporte
ao programa de manutenção
preventiva
18 Equipamentos de NR-23 Controle mensal Garantir a operacionalidade dos
combate a incêndio (item 23.14) equipamentos. Enquanto existir o
equipamento preventivo
19 Equipamento do NR-32 Critério da empresa Garantir a segurança e higiene dos
ambulatório equipamentos
20 Lista para liberação de Decreto 96.044 e Critério da empresa Evidenciar a co-responsabilidade do
caminhão de produtos Resolução ANTT embarcador. Usar lista de verificação
perigosos 420/04 com aprovação do SESMT e/ou
supervisor EPS.

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TREINAMENTOS
– Requisitos Técnicos e Legais (NRs) -
Podem existir outros treinamentos para atendimento aos requisitos legais das NRs, caberá ao
uma leitura mais aprofundada para identificar as necessidades.
Item Nome do Treinamento Carga Horária Requisito Legal Reciclagem
Recomendada
1 Noções Básicas de Segurança 8h NR-01 Na admissão
(Introdução de Novos Empregados)
2 Programa de Familiarização com a Critério da empresa NR-01 Na admissão ou
Tarefa (Tutores/Padrinhos) mudança de função
3 Riscos Operacionais Critério da empresa NR-01 Critério da empresa
4 CIPA 40h NR-05 02 anos
5 Ferramenta de Investigação e Critério da empresa NR-05, NR-22 e Critério da empresa
Análise de Incidentes NR-29
6 EPI 4h NR-06 Critério da empresa
7 Primeiros Socorros 8h NR-07 Anual
8 Divulgação do PPRA 4h NR-09 Anual
9 Curso Básico para Eletricistas 40h NR-10 02 anos
10 Curso SEP para Eletricistas 40h NR-10 02 anos
11 Operadores de Máquinas e 20h NR-11 Critério da empresa
Equipamentos
12 Operação de veículos ferroviários Critério da empresa NR-11, Critério da empresa
NR-29 e
NR-31
13 Direção Defensiva 8h NR-11, Critério da empresa
NR-29 e
NR-31
14 Operadores de Motosserra 8h NR-11 e Anual
NR-31
15 Operador de Caldeiras 80h NR-13 Critério da empresa
(Estágio Prático)
16 Operador de Processo 40h NR-13 Critério da empresa
(Vasos sob Pressão)
17 Processo Oxi-Combustível Critério da empresa NR-18 Critério da empresa
18 Espaço Confinado 16h NR-33 Anual
(Trabalhadores autorizados e Vigias)
19 Armazenagem, Manuseio e Critério da empresa NR-11, NR-15, Critério da empresa
Transporte de Produtos Perigosos NR-20, NR-29
20 CIPAMIN 40H Nr-22 Anual
21 Prevenção e Combate a Incêndios 16h NR-23 Anual
22 Simulados Emergenciais 4h NR-23 Anual
23 CIPATP Critério da empresa NR-29 Bianual
24 GSSTB Critério da empresa NR-30 Critério da empresa
25 CIPATR 40h NR-31 02 anos
26 Segurança no Manuseio de 20h NR-31 Anual
Agrotóxicos
27 MOPP – Movimentação de Produtos 40h Decreto 96.044/88 e 05 anos
Perigosos (Reciclagem 20h) NR-29

99
9. Exercício/Trabalho final

100

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