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Grávida tem estabilidade durante aviso prévio

Fonte: Consultor Jurídico


Jomar Martins

Para garantir estabilidade, a gravidez não precisa ser confirmada,


obrigatoriamente, antes da rescisão contratual. Pode ocorrer no curso do aviso
prévio, ainda que indenizado. Foi o que decidiu a 10ª Turma do Tribunal Regional
do Trabalho da 4ª Região, com sede em Porto Alegre, ao dar provimento ao recurso
de uma reclamante contra decisão de primeiro grau que lhe fora desfavorável. Com
o julgamento do recurso, feito no dia 27 de janeiro, ela deve ser indenizada pelo
período de estabilidade a que tem direito. Cabe recurso. O Tribunal Superior do
Trabalho já vem decidindo neste sentido.

A trabalhadora foi admitida em 2 de julho de 2007 e dispensada sem justa causa


em 17 de agosto de 2009. Ela foi liberada do cumprimento de aviso prévio - o que
motivou a busca pelos seus direitos em primeiro grau. Ela apelou ao TRT-4 porque
se viu inconformada com a decisão da juíza Patrícia Dornelles Peressutti, da 7ª Vara
do Trabalho de Porto Alegre, que deu apenas parcial procedência à ação. No
recurso ao TRT-4, pediu a reforma da sentença. Ela pediu: garantia de emprego
(reintegração ou indenização equivalente); diferenças de verbas resilitórias
(aplicação dos arts. 467 e 477, parágrafo 8º, da CLT); acúmulo de funções; horas
extras, repousos semanais e feriados.

O relator do recurso, desembargador Milton Varela Dutra, na fundamentação do


seu voto, disse que, salvo disposição contratual ou coletiva mais benéfica, a
garantia à gestante é projetada por força constitucional a até cinco meses após o
parto - uma vez confirmada a existência de gravidez no curso do contrato de
trabalho. No acórdão, ele disse que o direito indenizatório do tempo de garantia
independe da prévia ciência do empregador e decorre da norma contida no art. 10,
inciso II, "b", do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias
vigentes. ?"Entendo, portanto, ser irrelevante a ciência prévia do empregador para
a valência da garantia constitucional --, tampouco o conhecimento da gravidez pela
empregada no ato da despedida". Em outras palavras, o desconhecimento do
estado gravídico pelo empregador não afasta o direito ao pagamento da
indenização decorrente da estabilidade. Logo, considerou inválida a despedida sem
justa causa incontroversamente praticada.

O TRT gaúcho levou em consideração vários exames médicos que comprovam que
a concepção aconteceu durante o aviso prévio ou até mesmo no período de efetiva
prestação de trabalho pela reclamante. Entretanto, como na data do julgamento, o
período de estabilidade já havia terminado, o colegiado rejeitou o pedido de
reintegração no emprego. A trabalhadora deve receber o pagamento dos salários,
desde o ajuizamento da ação (12 de janeiro de 2010) até cinco meses após o
parto, bem como das férias com um terço, 13º salário e FGTS com 40% de multa,
referentes ao mesmo período. O valor da condenação foi estimado em R$ 10 mil.

Quinta-feira, 10 de Março de 2011.

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