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Elas, no fundo, são sutis variações das três premissas básicas da longa tradição do
pensamento neoclássico. A primeira é a racionalidade: os agentes econômicos maximizam
suas funções de utilidade e lucro, isto é, agem racionalmente. A segunda diz respeito ao
atomismo: os mercados livres, inclusive o mercado de trabalho, tendem para o equilíbrio via
flexibilidade de preços e salários. Finalmente, a terceira refere-se à simetria de informações:
todos os agentes têm informação perfeita e jamais se enganam.
As Finanças Racionais apresentam três ideias capitais. A primeira é diz respeito ao fluxo de
caixa descontado. Traduz-se pelo provérbio “tempo é dinheiro”: certa quantia de dinheiro, se
recebida hoje, vale mais do que a mesma quantia recebida no futuro. A segunda relaciona-se
à diversificação de riscos (“não colocar todos os ovos na mesmas cesta”): o portfolio com
ativos cujos preços serão afetados em direções opostas por eventos futuros é menos arriscado
do que cada ativo que o compõe. A terceira é a da eficiência do mercado. Como no mercado
eficiente a informação está disponível para todos, o investidor teria de acertar o caminho
aleatório do conteúdo da próxima notícia para superar o rendimento médio do mercado.
Ninguém conseguiria isso, sistematicamente, durante longo período. Em outras palavras,
“você não consegue enganar a todos durante todo o tempo”.
Para que serve esse conhecimento sintético das principais correntes do pensamento
econômico? Para o leitor identificar a linha de raciocínio dos autores a partir de seu “parti
pris”, ou seja, sua opinião assumida antecipadamente, de maneira preconcebida ou
tendenciosa. A conclusão é que “é necessário estudar Economia para não ser enganado por
Economista”.