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Pensamento Econômico

A sofisticação do público leitor quanto ao conhecimento de Economia coloca ao colunista um


desafio crítico: ele não deve só concretizar as antecipações do público, para não correr o
risco de causar confusão e desapontamentos, como também necessita concretizar sua
expectativa por leitura inédita e inesperada, para não correr o risco de entediá-lo. Esse
truque duplo é impossível sem conhecimento da matéria que ultrapasse o do público.

Como se sintetizam as “correntes principais” [mainstream] da história do pensamento


econômico? Buscando o que há de comum entre as premissas do Neoclassicismo,
Monetarismo, Novo-classicismo, Novo-keynesianismo, Finanças Racionais e Finanças
Comportamentais.

Elas, no fundo, são sutis variações das três premissas básicas da longa tradição do
pensamento neoclássico. A primeira é a racionalidade: os agentes econômicos maximizam
suas funções de utilidade e lucro, isto é, agem racionalmente. A segunda diz respeito ao
atomismo: os mercados livres, inclusive o mercado de trabalho, tendem para o equilíbrio via
flexibilidade de preços e salários. Finalmente, a terceira refere-se à simetria de informações:
todos os agentes têm informação perfeita e jamais se enganam.

O monetarismo mantém a primeira premissa e altera as outras duas, substituindo-as,


respectivamente, por ilusão monetária – com taxas de inflação crescentes, os salários reais
estariam sempre atrás do crescimento dos preços – e expectativas adaptativas, formadas a
partir da experiência passada, com ênfase maior para os períodos mais recentes. O novo-
classicismo, não questionando a racionalidade, focaliza a desestabilização, quando variações
previstas na oferta da moeda não afetariam a produção, apenas as mudanças imprevistas o
fariam. Adota as expectativas racionais, supondo que todos os agentes, seja capitalistas, seja
trabalhadores, têm o mesmo modo de entender a economia, que é correspondente à lógica
verdadeira de funcionamento.

Além de manter o suposto de racionalidade, as duas hipóteses que o novo-keynesianismo


adota são a rigidez de preços e a descoordenação. Ele estuda os fundamentos
microeconômicos (instituições, contratos, clientela, etc.) para explicar a rigidez de salários e
preços. Esta rigidez decorre de externalidades das decisões individuais e dos problemas de
coordenação entre os agentes.

As Finanças Racionais apresentam três ideias capitais. A primeira é diz respeito ao fluxo de
caixa descontado. Traduz-se pelo provérbio “tempo é dinheiro”: certa quantia de dinheiro, se
recebida hoje, vale mais do que a mesma quantia recebida no futuro. A segunda relaciona-se
à diversificação de riscos (“não colocar todos os ovos na mesmas cesta”): o portfolio com
ativos cujos preços serão afetados em direções opostas por eventos futuros é menos arriscado
do que cada ativo que o compõe. A terceira é a da eficiência do mercado. Como no mercado
eficiente a informação está disponível para todos, o investidor teria de acertar o caminho
aleatório do conteúdo da próxima notícia para superar o rendimento médio do mercado.
Ninguém conseguiria isso, sistematicamente, durante longo período. Em outras palavras,
“você não consegue enganar a todos durante todo o tempo”.

Portanto, todas as principais correntes do pensamento econômico possuem em comum a


premissa de racionalidade dos agentes. Apenas as Finanças Comportamentais partem do
pressuposto de irracionalidade. Elas demonstram que os investidores baseiam suas decisões
em regras de bolso, cuja maioria é inconsistente, o que faz com que tenham crenças
enviesadas. Há também dependência da forma, pois os investidores têm sua percepção sobre
o risco e o retorno de investimento bastante influenciada pela forma como o problema é
apresentado. Destacam a ineficiência do mercado: vieses heurísticos e dependência da forma
desviam os preços de seus fundamentos, não sendo apenas pequenas anomalias randômicas
corrigidas por arbitragem.

Para que serve esse conhecimento sintético das principais correntes do pensamento
econômico? Para o leitor identificar a linha de raciocínio dos autores a partir de seu “parti
pris”, ou seja, sua opinião assumida antecipadamente, de maneira preconcebida ou
tendenciosa. A conclusão é que “é necessário estudar Economia para não ser enganado por
Economista”.

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